Eficiência energética: um caminho para a sustentabilidade na construção

09/08/2014 por Redação SustentArqui

Eficiência energética: fazer mais com menos energia é um dos caminhos para alcançar a sustentabilidade na construção civil.

Fazer mais com menos energia veio surgindo aos poucos num formato tecnicista. Eficiência energética é um conceito da física, relação entre a energia que entra e a energia que sai em um processo, uma instalação, um equipamento.

Conter a demanda e eliminar os desperdícios de energia elétrica era o objetivo inicial. Depois se buscou um melhor rendimento energético dos equipamentos, processos, construções e edificações.

De certa forma, os governos vêm procurando conscientizar seus cidadãos para a utilização, e não para o consumo de energia.

No Brasil podemos destacar três grandes programas: o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), coordenado pelo Inmetro; o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), coordenado pela Eletrobras; e o Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás (Conpet), coordenado pela Petrobras.

Em 2001, no auge da crise de suprimento de eletricidade, foi aprovada no Congresso a Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia (Lei de Eficiência Energética).

Eficiência energética - Procel Edifica

Essa coleta de dados não é fácil porque existe um relacionamento intrínseco entre energia, crescimento econômico, meio-ambiente, eficiência e desperdício, ficando difícil algum desses temas serem tratados individualmente.

Passou-se também a adotar um índice da intensidade energética na economia: toneladas equi-valentes de petróleo/Produto Interno Bruto em US$ mil. No Brasil, em 1970, esse índice era de 0,156 e, em 1980, caiu para 0,117 tep/PIB. Em 1990 aumentou para 0,124; em 2000 cresceu para 0,130; em 2010, registrou-se 0,129. Na avaliação do potencial futuro de economia de energia, a AIE (Agência Internacional de Energia) e o WEC (Conselho Mundial de Energia), a maior esperança deveria estar nas edificações, seguindo-se – pela ordem – os transportes, a indústria, os eletrodomésticos e a iluminação.

Nas edificações, três elementos são fundamentais: a envoltória (casco do edifício), o que existe dentro dela e o modo como eles são utilizados. Vários parâmetros estão envolvidos: isolamento térmico, ventilação natural, aquecimento e resfriamento dos espaços, aquecimento de água, iluminação natural e artificial e aparelhos eletromecânicos e eletrônicos, que vão desde a qualidade da aquisição até o modo como são utilizados.

O 1º Prêmio Algás/Ademi de Eficiência Energética foi recentemente entregue ao projeto do edifício mais eficiente no uso da energia.

Além do uso mais eficiente das fontes de energia, dentre elas, o gás natural, e da relação custo-benefício, o prêmio sinaliza uma série de oportunidades de negócio: nova filosofia de projeto, mercado de trabalho para esses projetistas, modificação nos códigos de construção, novas formas de construir, novos negócios com a aquisição de diversificados equipamentos, acesso às informações sobre o uso da energia, aprimoramento da saúde e da produtividade dos ocupantes, maior valia para os proprietários dos imóveis e para os investidores, reforço das marcas corporativas e criação de valor para as empresas de energia.

Visão ampliada, eficiência e eficácia são conceitos que não devem estar apenas na produção e no uso da energia, mas em todos os campos da ação humana.

“O mundo não será salvo pelos caridosos, mas pelos eficientes” – Roberto Campos

Matéria Original: Revista Turismo e negócios por Geoberto Espírito Santo – Presidente da ALGÁS



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