Primeiro museu da América Latina com certificação LEED

31/07/2014 por Juliana Rangel

O MAR – Museu de Arte do Rio – é o primeiro museu com certificação LEED da América Latina. O empreendimento recebeu o selo categoria Prata.

O espaço cultural é composto por dois edifícios; a Escola do Olhar, construída recentemente com um estilo contemporâneo; e o palacete Dom João VI, construído na primeira metade do século XX. Os dois edifícios são interligados por uma cobertura em formato de onda.

Para atingir a certificação internacional, foram utilizadas diversas técnicas de construção sustentável.

Entre elas, uma cisterna que armazena a água da chuva e depois é usada nos vasos sanitários dos dois prédios, e a instalção de vidros especiais com uma película que reduz a incidência de luz e calor – dando conforto térmico no interior, mas sem dispensar a iluminação natural.

Além disso, foram usados tijolos reciclados, madeira certificada e outros materiais reaproveitados. As sobras, como o aço, foram enviadas para pontos de reciclagem na cidade.

museu com certificação Leed

A coordenadora de projetos e obras da Fundação Roberto Marinho, Claudia Coutinho, explica que o conceito de sustentabilidade foi empregado ao projeto desde a sua concepção e que o principal desafio foi o retrofit realizado no palacete.

– A Fundação já tem este conceito sustentável, e a decisão foi de agregar a sustentabilidade aos museus. No caso do MAR, começamos as obras pelo restauro do palacete que é mais antigo, que é um pouco mais difícil já que as mudanças esbarram em algumas questões técnicas mesmo, pois não há como mexer na estrutura em si. Mas usamos, por exemplo, materiais menos agressivos ao meio ambiente – afirma Claudia, que completa:

– O teto é um elemento muito marcante na arquitetura que liga os dois prédios. Ele contribuiu também para redução da incidência solar pois cobre os dois. Tem outros elementos que contribuem para isso. Para a coordenadora, a maior dificuldade para se conseguir o resultado sustentável é que, segundo ela, durante as obras que ocorreram em 2010, o assunto ainda não era amplamente conhecido.

– A maior dificuldade na obra foi que na época não havia esta cultura de onde encontrar ou depositar materiais reciclados, tanto por parte dos fornecedores como de quem estava envolvido na obra. Hoje as pessoas já sabem o que é um prédio verde, inclusive valorizam o que é sustentável.

Fonte: GBC Brasil

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