Como produzir energia eólica com microgeradores

15/12/2014 por Redação SustentArqui

Desde 2012, quando entrou em vigor a Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012, o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis e fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade, em contrapartida, a distribuidora oferece desconto na conta de luz proporcional ao injetado na rede pela unidade consumidora.

Para produzir energia eólica em residências ou pequenos negócios é necessário a instalação de mini ou microgeradores.

O que são os mini e microgeradores eólicos:

Micro e minigeradores eólicos são pequenas turbinas que usam a força dos ventos para gerar energia para o abastecimento de pequenos consumidores. Os microgeradores são aqueles com potência instalada menor ou igual a 100 quilowatts (kW), e os minigeradores, aqueles cujas centrais geradoras possuem de 101 kW a 1 megawatt (MW).

Vantagens da instalção dos microgeradores eólicos:

Investimento cada vez mais atrativo.  Em um momento que o custo da eletricidade tem aumentado e o valor para instalar sistemas eólicos de pequeno porte diminuindo anualmente, compensa o investimento. Após recuperar o investimento inicial, é possível ter economias significativas a longo prazo, tendo em vista que  um sistema eólico pode gerar energia por pelo menos 20 anos.

Redução do impacto ambiental.  A energia gerada no mesmo local do consumo, elimina as perdas ocorridas na transmissão e distribuição. Além de diminuir a dependência das termoelétricas.

Valorização de imóvel.

Autonomia. Pequenas turbinas podem ser instaladas mesmo em comunidades isoladas que ainda não são atendidas pela rede elétrica.

Passo a passo para instalção dos microgeradores eólicos:

1- Fazer a avaliação do terreno e a condição dos ventos,  junto com uma empresa instaladora qualificada.

2- Verificar se a prefeitura da sua cidade exige algum tipo de licença para esse tipo de instalação.

3- Contratar uma empresa qualificada para projetar, instalar e conectar o microgerador eólico à rede.

4- Obter a lista da documentação necessária junto à distribuidora.

5- A empresa contratada projetará o sistema mais adequado com base na medição dos ventos.

6- Com o projeto em mãos e junto com a documentação requirida, solicita-se a distribuidora o acesso à rede, que deverá dar o parecer de acesso em até 30 dias. Caso seja necessário fazer obras o parecer pode demorar 60 dias.

7- Com o parecer aprovado, é a hora de instalar e testar o microgerador.

8- Após a instalação, solicitar a vistoria da distribuidora para que o ponto de conexão seja aprovado. Em até 15 dias será emitido um relatório da vistoria.

9- Depois da aprovação, solicite a distribuidora orientação quanto à elaboração e assinatura do relacionamento operacional entre você e a distribuidora.

10- Acompanhar a instalação do novo medidor.

Incentivos à energia eólica no Brasil: (ainda são poucos)

– A prefeitura de Fortaleza estuda um desconto no IPTU e no ICMS.  a quem aderir à produção de energia nas residências, mas ainda não houve uma negociação formal. Também existe um projeto de lei federal no qual prevê ICMS reduzido e vantagens econômicas para a produção de pessoas e empresas que investem na geração própria.

– Os aerogeradores foram incluídos recentemente na lista de produtos que podem ser adquiridos pelo Construcard, linha de financiamento da Caixa Econômica Federal para materiais de construção (com até 96 meses para pagar, com taxas de juros de 0,90% a 1,85% ao mês).

– O BB Consórcio lançou planos especiais para a compra de sistemas de energia renovável e a contratação de serviços técnicos por prestadores especializados.

 

CONFIRA O GUIA COMPLETO DE MICROGERADORES EÓLICOS DO INSTITUTO IDEAL

O Instituto Ideal lançou a cartilha “Como faço para ter energia eólica em minha casa? O material inédito informa sobre tipos de microgeradores eólicos e traz um passo a passo com os procedimentos para a conexão à rede de equipamentos instalados em residências ou comércios.

O guia de microgeradores eólicos foi produzido pelo Ideal, com o apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH. Além disso, o material conta com o apoio institucional da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), da ABEEólica, do Instituto Senai de Tecnologia – Energias Renováveis, do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).  Paula Scheidt é a responsável pelo conteúdo e projeto editorial.

Fonte: Instito Ideal

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