Projeto agrega soluções da arquitetura sustentável

24/05/2017 por ZoomBlog

 FGMF projeta edifício leve e dinâmico que agrega soluções da arquitetura sustentável.

Uma delas é o uso intenso da iluminação natural, o que exigiu do projeto controle da incidência solar através de brises que “tecem” fachadas suaves e, ao mesmo tempo, dinâmicas. Presas em tirantes, aproximadamente 1400 chapas de alumínio brancas flutuam ao redor do grande prisma retangular suspenso sobre pilotis.

O projeto foi finalista do “Prêmio de Arquitetura-Habitat Sustentável”, da Saint Gobain, e rendeu ao FGMF o “Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa” na categoria Escritórios Predial -Projeto de 2016. Foi feito para a concorrência da nova sede de uma companhia de energia, mas não foi o vencedor.

Além do aproveitamento da iluminação natural, o projeto, prevê o reaproveitamento da água de chuva captada pela cobertura verde, que também incorpora placas fotovoltaicas para a geração de energia elétrica destinada aos equipamentos de iluminação de baixo consumo.

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Projeto agrega solução sustentável

Ora na horizontal, ora na vertical, as placas de alumínio (60cm x 30cm) são sustentadas por tirantes presos nas lajes inferior e na de cobertura.

“Queríamos passar a impressão de uma distribuição randômica e aleatória destas placas. Mas, a cada 10 metros, há uma repetição de um conjunto de placas ou módulos, explica o arquiteto Rodrigo Marcondes Ferraz, um dos sócios do FGMF, juntamente com os arquitetos Fernando Forte e Lourenço Gimenes.

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Os brises flutuantes controlam a incidência de luz solar sem bloquear a vista do entorno, que é emoldurada pelos caixilhos retangulares de vidro com 2m de largura e altura variável (3m ou 3,5m).

A independência entre estrutura metálica e vedação deu aos arquitetos liberdade para compor e diversificar o interior da construção, que é enriquecida pelos blocos, passarelas e mezaninos recortados que valorizam o percurso do usuário.

Projeto agrega soluções da arquitetura sustentável

A inserção de parte do programa de necessidades em blocos, no pavimento superior, criou uma variação formal que quebra a monotonia espacial, assim como a diversificação dos materiais que os compõem (vidro, madeira e aço corten).

Os guarda-corpos de vidro das passarelas e mezaninos interferem minimamente no conjunto.

Projeto agrega soluções da arquitetura sustentável

O projeto tira proveito do efeito chaminé para promover a ventilação natural. Além de liberar o térreo para a circulação de pessoas e veículos, o pilotis favorece a entrada de ar natural que sobe pelos vãos internos.

As grandes aberturas em diferentes níveis geram um fluxo de ar ascendente que é liberado pela cobertura e aberturas na fachada posterior.

Projeto agrega soluções da arquitetura sustentável
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A adoção de sistemas construtivos industrializados e racionalização da obra reduzem a geração de resíduos no canteiro, diminuindo o desperdício de material e o impacto ambiental da obra.

Outras vantagens oferecidas pela escolha de componentes pré-fabricados para erguer o prédio, segundo os arquitetos, é o controle de qualidade e aumento da durabilidade da construção.

Para o FGMF, o maior desafio do projeto foi atender às necessidades específicas de cada área da empresa, criando um conjunto harmônico que deverá se tornar uma nova referência urbana para a cidade de Cataguases.

Questionado se o projeto havia sido desenvolvido para receber a certificação LEED, Marcondes afirmou que não.

“Os conceitos e decisões de projeto tornam o edifício mais correto do ponto de vista ambiental. Para nós, mais importante do que conseguir a certificação é fazer um edifício com um projeto responsável que funcione, consumindo o mínimo de recursos naturais”, finaliza o arquiteto.

Veja as soluções de arquitetura sustentável que foram agregadas no projeto:

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Ficha técnica:
Projeto para concorrência da Nova Sede da Energisa
Cataguases (MG), Brasil
Ano de projeto: 2015
Arquitetos: FGMF
Equipe: Fernando Forte, Lourenço Gimenes e Rodrigo Marcondes Ferraz (arquitetos autores), Luciana Bacin (arquitetos coordenadores), Ana Meirelles, Caroline Endo, Rodrigo Moura, Gabriel Mota, Luiz Falavigna (arquitetos colaboradores) e Nara Diniz (estagiária)
Área do terreno: 14.000m2
Área construída: 5.300m2

equipe de arquitetos
Da esquerda para a direita, os arquitetos Lourenço Gimenes, Rodrigo Marcondes e Fernando Forte

Fonte: ZoomBlog por Valentina Figuerola

  1. Errata: A matéria foi editada dia 25/05/2017, para corrigir que o projeto participou da concorrência da Nova Sede da Energisa, mas não foi o vencedor, e não será executado.

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  • Gostei muito e como professora de geografia gostaria que a pessoa que montou o projeto entre em contato pois estou trabalhando com meus alunos do ensino médio o conceito de inovação e sustentabilidade caso a empresa se interesse a fazer uma Live ou palestra para minha turma seria um incentivo a mais a nossos alunos e uma oportunidade única. Desde já agradeço a atenção.