Usina de lixo sem incineração pioneira no Brasil ficará em MG

02/05/2017 por Redação SustentArqui

A primeira ” usina de lixo ” sem incineração do Brasil será instalada na cidade de Boa Esperança, em Minas Gerais.

A obra deve ser entregue ainda em 2017, mas só deve entrar em operação em 2019. Os primeiros testes foram feitos com sucesso em uma planta menor no município de Mauá, no interior de São Paulo.

A planta terá 7,8 mil metros quadrados, localizada em uma área cedida pela Prefeitura de Boa Esperança, e com previsão de investimento de R$ 32 milhões. O empreendimento é resultado de um projeto de pesquisa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com execução de Furnas Centrais Elétricas.

O projeto da ” usina de lixo ” é pioneiro no Brasil e seu grande diferencial é utilizar uma nova tecnologia que é capaz de gerar energia elétrica através de resíduos sólidos, sem queima, e com menor taxa de emissão de poluentes.

A previsão é que quando a usina tiver em atividade tenha capacidade de gerar o correspondente a 25% de toda energia elétrica utilizada no município. Mas a princípio, a energia gerada será utilizada para abastecimento de prédios públicos, incluindo a prefeitura. Futuramente, o excedente, poderá ser comercializado, já que a usina estará interligada à rede da Cemig.

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O projeto se enquadra na regulamentação de minigeração da Aneel na qual a energia gerada pode ser compensada em escolas, postos de saúde, iluminação pública e outros prédios da administração municipal. A unidade será capaz de gerar 1 MW de eletricidade/mês.

A outra grande vantagem da nova usina é a previsão de acabar com os lixões da região em até 3 anos. Pois toda a produção de resíduos sólidos da cidade e o material já depositado no aterro sanitário servirá de combustível para a geração de energia elétrica.

Uma das ideias é que os catadores da comunidade que hoje trabalham no aterro sanitário, fazendo a coleta do lixo, possam fazer o mesmo trabalho dentro da usina que será construída.

A cidade mineira foi escolhida para ser a primeira a implantar a usina com essa nova tecnologia, através de um estudo técnico feito por uma universidade do Rio de Janeiro, considerando  também a proximidade com a hidrelétrica e o reservatório de Furnas. Se o projeto tiver sucesso, a ideia é instalar outras usinas do tipo em várias cidades brasileiras.

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