A sustentabilidade dos jardins de Cingapura

23/11/2016 por Cristiane Nunes

O tema jardim para qualquer cidade, poderia ser simples, mas se tratando de Cingapura, nada é simples, ainda mais contando com a sustentabilidade dos jardins com tecnologias de ponta, chamadas de engenharia sustentável do século XXI.

Os arquitetos britânicos Wilkinson Eyre e os arquitetos paisagistas Grant Associates foram os responsáveis por projetar um enorme jardim tropical em Cingapura, o “Gardens by the Bay” (Jardins na Baía) um complexo de jardins, com uma área de 101 hectares. Marcou o início da transformação “Uma cidade para um jardim”, planejada para elevar o perfil paisagistico da cidade, enquanto exibe o melhor da horticultura e da arte do jardim.

Inaugurado em 28 de Junho de 2012, o “Gardens by the Bay” venceu 16 prêmios, entre eles o The Landscape Institute Awards 2013 for Climate Change Adaptation and World Building of the Year, e este ano recebeu o Certificado de Excelência do TripAdvisor.

A sustentabilidade dos jardins

As tecnologias de ponta utilizadas nestes jardins, chamadas de engenharia sustentável do século XXI, foram pensadas buscando neutralizar as emissões de carbono com soluções de eficiência energética, uso eficiente dos recursos naturais, principalmente no que se refere a energia e a água. São tecnologias passivas e ativas sustentáveis que criam o micro clima perfeito para as plantas.

Os envelopes são a chave para toda a operação das estufas dos jardins;  os painéis Low-e absorvem aproximadamente 65% da luz incidente, e deixam passar apenas 35% do calor solar, agem deixando entrar a luz, mas reduzindo o ganho de calor solar.

Uma caldeira de biomassa no local fornece calor e eletricidade e é abastecida inteiramente com resíduos dos parques.

O complexo, é dividido em diversos jardins, entre eles:

Supertrees

São 18 enormes estruturas em forma de árvore, algumas unidades com captação de água da chuva, para ser utilizada nos jardins, e 11 delas possuem placas solares fotovoltaicas, para a fabricação da energia elétrica necessária para seu próprio abastecimento.

sustentabilidade dos jardins

Flower Dome

É uma estufa que reproduz o clima frio e seco das regiões subtropicais mediterrâneas e semiáridas.

Para reduzir a quantidade de energia necessária no processo de refrigeração, o ar é desumidificado por dessecante líquido (agente de secagem) antes de ser resfriado. Este dessecante é reciclado utilizando o calor residual da queima da biomassa.

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Cloud Forest

Representa uma floresta tropical, reproduz um clima frio e úmido característico de regiões montanhosas com clima intertropical, com aproximadamente 1500-3500 metros de altitude.

sustentabilidade dos jardins

O Flower Dome e o Cloud Forest são estufas com infraestrutura ambiental inteligente, que permite o crescimento de plantas ameaçadas de extinção, com alto valor de conservação. Os telhados destes jardins estão equipados com um sensor retrátil de “cortinas” monitoradas por computador que se abrem automaticamente para fornecer sombra para as plantas, barrando o calor da radiação solar.

Com a tecnologia de ponta de eficiência energética, se consegue uma economia de até 30% no consumo total de energia, quando comparada as tecnologias convencionais.

A refrigeração se dá através de tubos de água gelada lançados dentro das lajes, que permitem que o ar fresco se assente na zona ocupada inferior enquanto o ar quente sobe e é ventilado para fora em níveis elevados.

 

Fonte e Imagens: Gardens by the Bay

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