Florestas flutuantes chegam à Holanda e Nova York
Uma das principais dificuldades de se colocar em prática o desenvolvimento sustentável é aliar o crescimento das grandes cidades com a necessidade das áreas verdes em centros urbanos.
Pensando nisso, surgiram as florestas flutuantes, que como o próprio nome sugere, são constituídas de árvores flutuando sobre águas no meio da cidade, chamando a atenção de todos para a necessidade de um meio urbano mais sustentável e ecológico, além de estreitar a relação do homem com a natureza.
A grande inspiração para a criação de florestas flutuantes vem da obra “Search of Habitus”, do artista colombiano Jorge Bakker, na qual ele mostra um modelo de floresta flutuante em miniatura, com peças representando árvores boiando em um aquário.
Em março deste ano, um coletivo holandês chamado Mothership decidiu transformar a ideia em realidade, criando uma floresta flutuante que será instalada no porto de Rijnhaven, em Roterdã, na Holanda.
A criação do coletivo consiste em 20 mudas de árvores colocadas em boias recicláveis, que ficarão circulando pelo local.
O material utilizado é reaproveitado de boias marítimas sem serventia, e de árvores que já seriam cortadas para a construção de prédios e afins.
A inovação também chegou à cidade de Nova York. A artista norte-americana Mary Mattingly desenvolveu um projeto de floresta urbana flutuante – nomeada de Swale – que tem o intuito de produzir alimentos para a população.
A floresta será colocada no Rio Hudson, no Brooklyn. O projeto tem a principal intenção de chamar a atenção de todos para a produção de alimentos no meio urbano, transformando em serviço público o fornecimento de comida saudável e gratuita.
O complexo terá mais de 80 tipos de alimentos, além de um espaço para manifestações culturais.
A ideia da artista veio da busca por uma maior facilidade de produção de alimentos, em relação a hortas tradicionais, que precisam de constante replantio. O formato de floresta proposto pela artista foi pautado no fato de que vegetação consegue se manter sozinha.
O público será levado ao local através de uma balsa, e poderá colher qualquer alimento sem nenhum tipo de custo, o que representa um grande passo em termos de mudança de aproveitamento da área pública e da relação que o ser humano possui com a produção do próprio alimento, de acordo com a idealizadora do projeto.
Quem sabe, em breve, as florestas flutuantes não cheguem ao Brasil?
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