Brasil mantém posição de destaque no Ranking dos Green Buildings
Brasil mantém posição de destaque no Ranking dos Green Buildings, continuando na 4ª posição na lista de Países com maior número de projetos LEED. A certificação LEED contribui para os esforços do Brasil no combate às mudanças climáticas.
O U.S. Green Building Council (USGBC) anunciou o Ranking Anual dos 10 Países e Regiões com o maior número de projetos LEED. A lista reconhece mercados fora dos Estados Unidos que utilizam o LEED na construção de espaços onde as pessoas possam morar, trabalhar e estudar com melhor saúde e qualidade de vida).
O Brasil se manteve na 4a posição com mais de 460 empreendimentos certificados LEED, que totalizam mais de 14.8 milhões de metros quadrados certificados.
“Ao redor do mundo, líderes estão se comprometendo com inciativas contra as mudanças climáticas com o intuito de melhorar a qualidade da vida de cidadãos, além de garantir um futuro sustentável a todos,” diz Mahesh Ramanujam, Presidente e CEO do USGBC e do Green Business Certification Inc. (GBCI), organização global que certifica projetos LEED. “O progresso ocorre a cada nova construção e aplaudimos estes mercados por sua liderança e contribuição para que possamos entregar edifícios melhores e mais saudáveis.”
A lista destaca países e regiões em termos de metragem certificada acumulada, considerando dados de 31 de dezembro de 2017, 6.657 projetos foram certificados, totalizando mais de 158 milhões de metros quadrados. A certificação LEED, ou Leadership in Energy and Environmental Design, é a ferramenta de orientação ambiental para edifícios sustentáveis mais utilizada no mundo, presente em 167 países, com mais de 205.800 de metros quadrados de área certificada diariamente.
Os Estados Unidos, país de origem do LEED, não está no ranking e se mantém como o maior Mercado mundial.
O LEED é uma solução global, regional e local que fornece parâmetros para edifícios, comunidades e cidades criarem espaços saudáveis, altamente eficientes e econômicos, ao mesmo tempo que melhoram a qualidade de vida de seus ocupantes.
“Trata-se de uma mudança de padrão necessária. As tendências mundiais para os próximos anos mostram que a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas serão as bases para que projetos sejam planejados, soluções sejam desenvolvidas e inovações sejam implementadas. E os profissionais e empresas no Brasil, demonstram capacidade de se colocarem nesse cenário como uma referência.” Pondera Felipe Faria, CEO do GBC Brasil e Presidente do Comitê dos GBCs das Américas pelo World GBC.
Trata-se de um mercado próspero, onde a indústria da construção sustentável movimenta trilhões de dólares, atrelando também o mercado de materiais sustentáveis, que acredita-se, chegará a um valor de $234 bilhões de dólares até 2019.
Além dos benefícios sociais e ambientais, as construções sustentáveis são consideradas hoje o melhor modelo de negócio no segmento imobiliário, agregando valor ao imóvel e promovendo economias nos custos operacionais das edificações. Estudo da Fundação Getúlio Vargas, liderada pelo Professor Phd. Odilon Costa, aponta que apenas o fator “certificação LEED”, independente de outros fatores como localização, idade da laje, tamanho, dentre outros, favorece uma valorização por metro quadrado no aluguel de 4% a 8%.
Isto sem prejudicar a ocupação, pelo contrário, também foi constatado que as construções certificadas LEED registraram taxa de vacância de 28,6%, contra 34,1% nas edificações não certificadas. O estudo analisou mais de 2.000 prédios comerciais na cidade de São Paulo entre o 1º trimestre de 2010 e 3° trimestre de 2014.
Dentre as razões da ascensão das construções sustentáveis, está o desejo das corporações em gerar economia.
Prédios verdes, por exemplo, possuem taxas de condomínio menores, bem como garantem aos consumidores que a edificação em que moram ou trabalham, isto é, onde passam a maior parte do tempo de suas vidas, possuem desempenho acima de todas as normas técnicas que disciplinam os diversos sistemas de uma edificação.
Os Green Buildings são totalmente viáveis para aqueles que os constroem, mas principalmente, são extremamente importantes para aqueles que os habitam. Em resumo, trata-se de alta qualidade influenciando não apenas o bolso, mas também na qualidade de vida e bem-estar das pessoas.
Fonte: GBC Brasil
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