Casa ITT – Sustentabilidade, Arquitetura, Arte e Amor
O projeto da Casa ITT propõe o conceito mais profundo da sustentabilidade e ascende o seu entendimento chegando a estimular o desenvolvimento da consciência da necessidade de evoluir com novos sistemas construtivos, mais eficientes, através do input da formação e educação em todos que nela atuaram.
Projetada pelo Atelier OR, a Casa ITT recebeu o prêmio Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura Habitat Sustentável 2020 – Modalidade projeto residencial.
A construção sustentável de alto padrão localizada em Carapicuíba – SP, acessa de forma positiva os operários construtores do edifico que fazem parte da base da pirâmide social.
Este edifício menos impactante converteu-se em um importante agente multiplicador desta consciência em toda a cadeia produtiva.
Gerou um ganho real de conhecimento e consequentemente de mudança de comportamento em favor da reconstrução de um planeta asfixiado pela necessidade humana de consumir seus recursos naturais de forma desordenada.
“Trouxemos para o projeto, soluções de tecnologia não como fim, mas como meio, em forma de ferramenta, para alcançar o maior grau de sustentabilidade oferecido com um menor impacto ambiental sem sobre custo. “Afirma a arquiteta Patrícia O´Reilly, uma das idealizadoras do projeto.
O projeto também foca na construção saudável aumentando o bem estar das pessoas que constroem e habitam o edifício.
Estratégias sustentáveis da Casa ITT:
- O design nasce do clima local.
- Estratégias passivas para atingir conforto lumínico, qualidade acústica e térmica.
- Materiais com zero toxicidade
- Materiais de alta performance
- Construção seca – Woodframing e MLC
- Sistemas de hidráulica e elétrica que minimizam os impactos na saúde de seus habitantes e no bioma local.
- Paisagismo nativo como meta restaurar a biodiversidade do lugar.
A palavra amor tange este projeto como um discurso prático que se move por diversas frentes desta construção, alicerçando-se como uma linguagem do âmbito social.
O amor tornou-se então, um elo de conexão que motivou mudanças mais profundas na busca do saber, promovendo conscientemente a sensação de pertencimento pelo planeta em que vivemos.
Aprender, crescer, entender, ensinar e expandir são ações que se conectaram ao universo deste fazer sustentável que acabou por transformar o ser, que por sua vez transforma o meio imediato chegando a refletir através de si mesmo a forma e a reorganização da maneira de lidar com o mundo.
Com efeito expansivo da regeneração, este edifício integrou diversas doações de saberes multidisciplinares em incontáveis níveis que provocaram e ofereceram um novo repertório para a equipe que reunida foi capaz de reconhecer que é o amor que modifica o mundo.
Quem ama busca harmonizar a relação com o todo através do sentimento e da emoção e a esta expressão chamamos de arte, a maior representação da vida humana no planeta.
Determinando as direções da síntese das artes e do pensamento criativo humano envolvidos no nascimento da variedade de todas as formas de compreensão criativa da realidade, incluímos fatores artísticos na interação entre arquitetura e outras formas de arte: cor e linha, plástica e volume escultural.
Introduziu-se nesta arquitetura, obras de arte do artista plástico Alexandre Mavignier que observa e reinterpreta os movimentos da natureza.
Inspirado pelas formigas cortadeiras avistadas no terreno, desenvolveu um design exclusivo para o elemento escultural da fachada, quadros feitos sob medida nas paredes e piscina pintada com tinta mineral, que chamamos de “deep art”. Um mergulho profundo na arte deste tempo através do edifico. A Série cortadeiras segue para a Bienal de Veneza.
Texto e imagens cortesia Atelier O’Reilly. Fotos: Marcelo Auge
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