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Indicadores de Sustentabilidade
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Tijolos e Blocos confeccionados com massa que recebe solos com resíduos de petróleo na perfuração de poços e tem na queima redução do uso de lenha.
DESCRIÇÃO DO PRODUTO: Tijolos e Blocos que no processo da queima para sua confecção reduz o uso da lenha e utiliza tb. materiais naturais alternativos como pó de serra, resíduos de coco e coqueiros. Isso reduziu em 40 mil ton/ano a emissão de carbono da cerâmica. Solos contaminados com resíduos de petróleo na perfuração de poços pela Petrobras são inseridos na massa dos tijolos e blocos, minimizando um problema ambiental. A Ceramica Bandeira como compromisso social promove cursos para funcionários e oferece serviços de saúde, entre outros, para suas famílias e comunidade do município de Capela (AL), onde está localizada. Por causa desse conjunto de práticas e atitudes sustentáveis, a Cerâmica Bandeira é certificada, desde 2008, como geradora de créditos de carbono pela Verified Carbon Standart (VCS) dos Estados Unidos e Carbono Social do Instituto Ecológica de Tocantins. A empresa é monitorada e auditada pela certificadora internacional Bureau Veritas Certification. O projeto de crédito de carbono da empresa foi desenvolvido pela Sustainable Carbon. Até o momento, os créditos de carbono da Cerâmica Bandeira foram comprados por investidores da Inglaterra, França, Alemanha e Suiça. “Ela é um exemplo para as demais cerâmicas nordestinas, pois investe muito em ações ambientais e sociais”, afirma Larissa Tega da Fonseca, analista da Sustainable Carbon. “A empresa tem que estar enraizada na comunidade”, declara Frederico Gondim Carneiro de Albuquerque, proprietário da Cerâmica Bandeira. “Fabricamos nossos produtos, mas também geramos empregos, informações e educação. É uma obrigação moral, principalmente em uma região carente como a nossa, demonstrar que vale a pena ser cidadão, trabalhar e ter dignidade”, ressalta. Materiais alternativos Há cinco anos, a cerâmica de Capela se tornou parceira de pesquisa de materiais alternativos, que poderiam ser utilizados no segmento ceramista do nordeste , pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O projeto de pesquisa contou com recursos da Finep e UFAL. “Alagoas não tem reflorestamento e biomassa suficiente para servir como combustível”, explica o empresário. Uma mini usina de beneficiamento de resíduos naturais chegou a ser montada na universidade, mas ainda não funciona. “Fizemos os testes na própria empresa e começamos a utilizar resíduos de serrarias, de coco e coqueiros. Com isso deixamos de lançar na atmosfera 40 mil ton/ano”, informa Frederico. O empreendimento também investiu no plantio de clones de eucalipto em uma área de 150 ha para mitigar o impacto ambiental já causado. Futuramente essa madeira será usada em seus fornos. O bambu se tornou outro excelente material que serve como combustível para a Cerâmica Bandeira. “É uma espécie exótica, pois não é da nossa região, e seu corte gera renda para as famílias”, diz o empresário. Esta planta se alastra e faz sombra atrapalhando os plantios, explica. A empresa compra o bambu cortado, que alimenta a queima de tijolos e blocos.