10 dicas e vantagens de usar rolhas de vinho na decoração

Todo mundo conhece as rolhas de vinho ou espumante, não precisa ser um enólogo para reconhecê-las. Mesmo as pessoas que não apreciam a bebida, acham de alguma forma simpático o produto que vem tampando a garrafa.

Com alguns dias da entrada do inverno, a estação mais fria do ano, tempo propício para a bebida ser degustada, que tal guardar todas as rolhas e aproveitar algumas inspirações criativas, encontradas na net, que o SustentArqui separou?


Inspirações de decoração com rolhas de vinho:

1. Tags de mesa

rolhas de vinho na decoração

Fonte de imagem: Chiquedebonito  

Colocar em cima da mesa com os nomes dos convidados em uma recepção com amigos, ou uma pequena festa, dará um charme especial em sua mesa.

2. Imã de geladeira

Rolha de vinho

Imagem: chiquedebonito

Apreciou um bom vinho, ou ganhou de uma pessoal especial, que tal usar de enfeite como imãs de geladeira?

3. Fecho de saquinhos

rolhas de vinho na decoração
Imagem: tobarata

Esta ideia é bem prática para solucionar o problema de fechar os saquinhos de bolachas, biscoitos, ração do bichinho de estimação, etc, basta cortar ao meio, deixando metade inteira, e seu fecho de saquinhos estará pronto.

4. Luminária com vela

rolhas de vinho na decoração

Imagem: soniasampaio

Rústico, porém romântico. Simplesmente é espalhar as rolhas de vinho dentro de um recipiente de vidro, contendo outro vidro com uma vela dentro, para iluminar o ambiente.

5. Puxador de gavetas

rolhas de vinho na decoração

Imagem: artesanatonarede

Fazendo um puxador com rolha de espumante, será uma pequena mudança que faz toda a diferença dando um charme no visual do ambiente.


6. Painel de recados

rolhas de vinho na decoração

Imagem: lojaskd

Esqueça aqueles recadinhos deixados na geladeira. Este painel organiza um cantinho para deixar o mural de recados. No site da fonte da imagem, ensina fazer este lindo painel de rolhas de vinho.

7. Molduras e porta-retratos

rolhas de vinho na decoração

Imagem: pinterest

Nas molduras e porta-retratos há várias maneiras de serem coladas as rolhas de vinho, podendo ser inteiras, cortadas ao meio de comprido, ou mesmo em rodelas.

8. Quadro com rolhas

Rolha de vinho

Imagem: pinterest

Receber uma visita em sua casa e saborear aquele delicioso vinho ou espumante, e no final da noite com as rolhas guardadas, escrever a data e pedir para cada convidado assinar, depois guardar no seu quadro de rolhas, é uma lembrança divertida e com toque especial.

9. Letras de rolhas

rolhas de vinho na decoração
Imagem: nationaldrinkwineday

Ter o cantinho do vinho ou adega, e decorar com charmosas letras cobertas com rolhas, deixará o ambiente mais charmoso. Ou mesmo a letra inicial do nome da pessoa, amante de vinhos.

10. Capacho

rolhas de vinho na decoração

Imagem: pinterest

Depois de itens a serem usados para decoração interna de sua casa, os capachos de rolhas de vinho é realmente uma ideia muito autêntica.

Após as dicas de inspiração de como usar rolhas de vinho na decoração, explicaremos um pouco mais sobre a cortiça, material que são feitas as rolhas.

O que é Cortiça?

A cortiça é a casca do Sobreiro, uma árvore nobre que cresce nas regiões mediterrânicas como Portugal, Espanha, Itália, França, Marrocos e Argélia. Ela sobrevive em média 150 a 200 anos, apesar dos muitos descortiçamentos que lhe fazem ao longo da sua existência.  A primeira cortiça é retirada com 30 anos, e depois de nove em nove anos.

Sobreiro-cortiça
Imagem: Cristiane Nunes

Portugal é o maior produtor de cortiça no mundo, recolhe mais o produto do que a soma de todos outros países produtores do material.

Cada colheita são 160.000 toneladas. Depois de colhida manualmente, a cortiça seca durante 12 meses, e passa por água fervente a 98° para tirar as impurezas.

Os maiores pedaços e sem defeitos, viram rolhas de cortiça pura e qualidade natural, extraído com uma broca do tamanho da rolha. Todo o material desprezado da rolha natural, é triturado, granulado e comprimido já em tubos para serem são cortados, e viram outro tipo chamado rolha técnica.

A cortiça possui qualidades únicas, inigualáveis como:

  1. leveza
  2. impermeabilidade de líquido e gases
  3. elástica e compressível
  4. isolante térmico e acústico
  5. combustão lenta
  6. muito resistente ao atrito

Acima de tudo é um material 100% natural, reciclável e biodegradável três atributos importantes em uma sociedade que deseja cada vez menos poluir e ser amiga do meio ambiente, já que a exploração da cortiça é um processo ambientalmente sustentável, uma vez que nenhuma árvore é cortada e somente de nove em nove anos é realizado o descortiçamento.

Em Portugal a reciclagem de rolhas de vinho é feita por algumas organizações como a Ong Green Cork e pelo Programa Escolha Natural, que em parceria com a indústria, garante a cada mil rolhas arrecadadas, um sobreiro plantado. Então se em um ano, arrecadam 5 milhões de rolhas, viram 5 mil sobreiros. As rolhas trituradas em ambas organizações, são triturada e transformam em outros produtos, como pavimentos, peças de automóvel, bolsas, sapatos, e muitos outros produtos.

Ideias como essas devem ser copiadas aqui no Brasil, pois ainda não temos reciclagem de rolha.

Porque usar rolhas na decoração é uma atitude sustentável?

Dar uma nova utilidade a materiais no fim de sua vida útil em vez de jogar no lixo, contribui para preservação do meio ambiente, e também diminui a quantidade de lixo nos aterros sanitários. Nesse caso, principalmente no Brasil, conforme falamos, não existe um programa de reciclagem para este produto.

Fonte: Realcork  e WWF


Green Dunes: Parque Sustentável em Pequim

Este projeto localizado em Pequim, transformará um local de 16,5 hectares em um parque sustentável urbano de alta densidade. A zona possui níveis diferente e varias ligações para pedestres atravessarem entre os blocos.

O Green Dunes segue alguns  dos princípios fundamentais do urbanismo sustentável como; prioridade ao pedestre, densidade equilibrada, uso misto, conectividade e integração.

Essa integração foi o foco do projeto, que liga estradas principais, estações de metro e trem e possui escritórios, hotéis, torres residenciais, comércio, espaços para eventos, jardins, Soho (Small Office-Home-Office).

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Alimentando o coração da cidade de Pequim, e localizada entre duas das suas principais artérias, o objetivo do projeto Green Dunes (Dunas Verdes) é transformar o local em um parque urbano de alta densidade e uso misto.

Projetado por Mauro Resnitzky, do Girimun Arquitetos, o Grren Dunes é inovador em todos os aspectos; serve a cidade substancialmente através do início de um enorme espaço multiuso dentro da cidade.

O parque engloba várias áreas verdes que suavizam as estruturas construídas;  oferece um ambiente em constante mudança, com suas praças aterradas e suas torres de arranha-céus.

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Os cidadãos, bem como os visitantes terão a oportunidade de desfrutar do vasto programa de Green Dunes. Planejado para acomodar sete torres residenciais, seis torres de escritórios, duas torres soho, varejo, lazer e espaços culturais, bem como um edifício hotel.

O projeto também facilita o tráfego ligando duas estradas principais com estações de metro e trem. Os espaços comerciais e culturais estão diretamente ligados à rede de metro.

O núcleo do plano diretor é exclusivo para pedestres, assim carros e outros veículos só serão acessados ao redor do parque.

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O programa é organizado de acordo com as relações de ruas circundantes aos edifícios. Ao longo das principais estradas norte e sul, estão localizadas as torres comerciais no nível superior. No lado ocidental do plano, estão localizadas as torres residenciais em uma paisagem verde entre extensas áreas de telhados verdes. No lado oposto, a Leste do plano subterrâneo esta a zona de entretenimento onde possui cafés, lojas e espaços culturais para servir a cidade e os frequentadores do parque.

“Este projeto ecoa as formas geológicas naturais das dunas, dando-lhe uma presença mais forte dentro de seu ambiente”. diz o arquiteto Mauro Resnitzky.

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O projeto cria uma mistura integrada dos edifícios, torres e pódios ao longo de um eixo central “parque urbano verde” Norte-Sul com passagens de vários níveis cortando os blocos.

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Imagens: Girimun.com



Iniciativa de Ilhas de Calor Urbana em Chicago

Depois de passar por um onda de calor violenta em 1995, deixando centenas de mortos, Chicago foi escolhida para participar do programa Urban Heat Island Initiative (Iniciativa de Ilhas de Calor Urbana), idealizado pela agência americana de proteção ambiental (EPA)  para reduzir as temperaturas do ar em zonas urbanas por todo o país.

Ilhas de calor urbana

 

O City Hall foi o primeiro escolhido para participar dessa iniciativa, por ser um dos edifícios mais visível e conhecido na cidade. Em 2000, foi concebido um projeto de instalação de um telhado verde, como demonstração, para testar os seus benefícios e como eles afetam a temperatura e a qualidade do ar.

O edifício inaugurado em 1911, foi projetado para receber mais andares do que foi executado, o que possibilitou que a estrutura e a fundação pudessem receber o telhado verde. Essa estrutura foi ideal para suportar uma vegetação mais pesada, inclusive árvores.

telhado verde City hall - combate as ilhas de calor

 

Telhado Verde do City Hall

O jardim é composto de 20.000 plantas de mais de 150 espécies, incluindo arbustos, cipós e árvores.

As plantas foram selecionadas por sua capacidade de prosperar no telhado, que é exposto ao sol, árido e pode ter muitos ventos. A maioria são plantas pradaria nativas à região de Chicago.

Com os beneficios dos telhados verdes, o jardim da Prefeitura municipal, melhora a qualidade do ar, conserva a energia, reduz o escoamento de águas pluviais, podendo reter até 75% de uma precipitação antes que haja escoamento de águas pluviais para os esgotos.

O jardim diminui o efeito de ilha de calor urbana, substituindo o telhado de concreto por  plantas verdes, absorvendo menos calor do sol do que o telhado de concreto, mantendo City Hall mais fresco no verão e exigindo menos energia para ar condicionado, economizando US$ 5.000 por ano em contas de serviços públicos.

Telhado Verde em Chicago - combate as Ilhas de calor
Telhado Verde em Chicago – Foto: http://aasid.parsons.edu/

Mas afinal, o que são ilhas de calor urbana?

As ilhas de calor urbana são um fenômeno climático que ocorrem quando a temperatura em determinadas regiões das grandes cidades fica muito maior do que a temperatura nas regiões mais afastadas.

Fatores como poluição atmosférica, alta densidade demográfica, pavimentação com diminuição da área verde, construção de prédios barrando a passagem do vento, grande quantidade de veículos, tudo isso contribui para elevação da temperatura, em alguns pontos das cidades chegam a registrar um aumento de 5 a 10ºC em relação às áreas periféricas.

Ilhas de calor ubrbana em Chicago

A radiação solar seria absorvida normalmente pela vegetação e pelo solo, através da evapotranspiração  enquanto que a ausência de poluentes permitiria que parte da radiação refletisse na superfície e fosse enviada para as camadas mais altas da atmosfera, diminuindo a quantidade de calor.

Com o asfalto e concreto a radiação solar é absorvida e convertida em ondas de calor que ficarão armazenadas, em grande parte durante o dia, escapando à noite.

Imagens: asla.org

Fonte: cityofchicago.org

Casa positiva em carbono na Austrália

A casa conhecida como “casa positiva em carbono”, é da empresa australiana ArchiBlox, que lançou seu projeto para ser a primeira casa pré-fabricada no mundo, com design mais consciente e energeticamente eficiente.



A casa positiva também apresenta um estilo de vida sustentável após a sua construção e soluções inteligentes com tecnologia de controle térmico, para reduzir custos com refrigeração e aquecimento dos ambientes.

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Ganhos adicionais em desempenho térmico são alcançados através de um fechamento das estruturas chamada zona tampão, que separa as condições térmicas das áreas externas e internas.

Foi projetada para aproveitar a energia solar através de uma série de painéis montados no telhado verde, que também funciona como uma continuação das paredes, que possuem hortas e servem para reduzir e filtrar a radiação solar no verão, enquanto no inverno elas são retiradas para facilitar a conservação interna dos ambientes.

Tubos puxam o ar para dentro da casa que depois é expelido através das janelas em sentido oposto, criando uma ventilação cruzada natural. A reciclagem de água da chuva também faz parte do projeto de sustentabilidade, o que reduz o consumo de água.

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Outras medidas sustentáveis adotadas foram o uso de janelas com vidros duplos e quebrados termicamente e que todos os materiais usados ​​na casa estão livres de emissões nocivas e são de origem sustentável, para criar um ambiente mais saudável não só para os ocupantes, mas para toda a comunidade.

Conheça também Casa de terra eco-eficiente na Austrália

Após uma avaliação inicial de Ciclo de Vida, chegaram a conclusão que a casa permite uma poupança anual de 101% nas emissões de carbono, atingindo uma classificação Platinum.

Testes similares foram realizados para avaliar as emissões de gases de efeito estufa e as reduções traduzem um equivalente de 267 carros retirados da estrada, 6.095 árvores nativas plantadas, ou remoção de 31 milhões balões contendo CO2 da atmosfera.

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O modelo de teste está em exibição na principal praça pública de Melbourne

Resumo das características sustentáveis da Casa Positiva em Carbono:

• Tubos instalados no solo para ajudar na refrigeração;

• Jardim comestível nas paredes para bloquear o sol;

Telhado verde para isolamento térmico;

• A zona tampão separa o ambiente externo

• Materiais saudáveis ​​livres de formaldeído e livre de VOC

• Hermético – edifício envelope melhora a proteção de som e economiza energia

• Linhas de dados para reduzir a radiação eletromagnética

• Energia Solar

Reaproveitamento da água da chuva

• Estratégias passivas de desenho

Casa positiva de carbono na Austrália
Planta Baixa Archi+ Carbon Positive House“

Imagens: Archiblox



O Exemplo da Cidade Inteligente e Sustentável de Fujisawa

Fujisawa, situada cerca de 50 km a oeste de Tóquio, foi construída em uma área de um antigo complexo de fabricas da Panasonic, junto com outras 8 empresas e funciona de forma inteligente e sustentável.

O intuito do projeto é mostrar como uma cidade pode ser verde, quando se reúnem várias tecnologias para trabalhar em harmonia.

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As construções sustentáveis em Fujisawa:

O projeto das casas foi pensado para melhor uso da ventilação e luz natural, além disso o revestimento externo é feito com um material onde a sujeira não gruda, evitando desperdiço de água para limpeza.

As unidades possuem modernos painéis solares, além de fornecem energia para a casa, o sistema armazena energia em uma bateria para uso posterior.



Também possui um sistema de gerenciamento de energia inteligente, que permite diagnosticar os maiores consumos e melhorar o uso do recurso, por exemplo.

Os moradores, através do uso de um aplicativo, podem desligar um eletrodoméstico em um clique no celular.

Cada casa de 130m² é vendida entre US$ 500 mil e US$ 600, valor cerca de 10% mais caro que as casas convencionais da região.

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A Cidade Inteligente e Sustentável:

No total a cidade possui 200.000m², com 600 casas, 400 apartamentos, lojas, serviços de educação e saúde além de uma estrutura que favorece o convívio comunitário dos cerca de três mil habitantes.

Um sistema de monitoramento permite que os moradores acompanhem a produção e consumo de energia, até os filhos brincando no parquinho os pais podem acompanhar pela televisão de casa.

Cidade Inteligente e Sustentável de Fujisawa

Sensores em rede controlam a iluminação pública, garantindo que a energia não seja desperdiçada. E para economizar água, utilizam o sistema de captação de água de chuva.

Ao longo das estradas principais existe plantio de arvores e parques chamado de “eixo verde”.

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A infraestrutura de transporte oferece um bairro exclusivo para moradores que não possuem carros, com opções para o compartilhamento e alugueis de carros elétricos e bicicletas.

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A cidade começou a receber os novos moradores em março de 2014, e terminará de preencher as casas até 2018.

 As novas soluções tecnológicas e a arquitetura sustentável utilizadas na cidade buscam reduzir em 70% a emissão de CO2 e economizar 30% no consumo de água.

Fujisawa é apenas um modelo que a Panasonic esta utilizando como teste, e servirá para outras grandes comunidades do Japão e do mundo.

 

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Imagens: Fujisawasst.com



O uso do cobogó na arquitetura bioclimática

O Cobogó é um elemento de vedação vazado e modular, tipicamente brasileiro, que proporciona iluminação e ventilação natural; conceitos básicos da arquitetura bioclimática.

A Origem do Cobogó:

Criado em 1929 por três pessoas que trabalhavam na construção civil o comerciante português Amadeu Oliveira COimbra, o alemão Ernst August BOeckmann e o engenheiro pernambucano Antônio de es (iniciais dos sobrenomes que formou a palavra).

cobogó arquitetura brasileira

Os três inventores que moravam em Recife criaram uma solução para amenizar as condições climáticas no interior das casas nordestinas, levantando paredes sem vedar a entrada de ar no ambiente.

Inspirado no Muxarabi (Mashrabiya): elemento tradicional da arquitetura árabe, que consiste em treliças de madeira instaladas nas sacadas e janelas das casas, com o intuito de que as mulheres não fossem vistas no interior do edifício. Este recurso foi também utilizado, de maneira adaptada, na arquitetura colonial brasileira.

muxarabi - inspiração para o COBOGÓ
Muxarabi – inspiração para o COBOGÓ

 

Adotado pela arquitetura modernista, o cobogó passou a ser popularizado e muito utilizado por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.

Nos anos 40 e 50 esse elemento construtivo começou a ter o seu espaço dentro das casas, servindo de divisor de ambientes. Ainda no final da década de 50 foi muito utilizado na construção da nova capital do país, adotados em residências e edifícios públicos do plano piloto.

Já na década de 60 foi amplamente utilizado nas fachadas posteriores, onde estavam localizadas as áreas de serviços, justamente pela sua capacidade de aeração. 

Com isso, foi caracterizado como um elemento construtivo pejorativo, utilizado para os “fundos” da edificação, e acabou caindo em desuso nas décadas seguintes.

Fachada do edifício no Parque Guinle – RJ – Projeto Lúcio Costa – 1954

Retorno do cobogó:

Nos últimos anos, o elemento voltou com força total na arquitetura e decoração, em busca da identidade cultural nacional do elemento.

Inicialmente foi criado em concreto, mas hoje pode ser encontrado repaginado em diversos tipos de materiais como mármore, vidro, cerâmica, resina, pvc, acrílico, madeira e também em diversas cores.

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Exemplo de utilização no interior do ambiente

Também foi adotado como inspiração para diversos designers como os irmãos Campana e a arquiteta Lia Siqueira.

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Mesas inspiradas no design do Cobogó: Irmãos Campana / Lia Siqueira
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A importância do uso do cobogó na arquitetura sustentável:

O seu uso atende à várias premissas da arquitetura sustentável; como iluminação e ventilação natural e a valorização da cultura local.

O elemento é uma identidade da arquitetura nacional. Criado para o clima tropical, proporciona eficiência energética pois filtra o sol e garante ventilação permanente, o que diminui a necessidade do uso de ar condicionado e iluminação artificial nas edificações.

Além da função estética, seus desenhos garantem um jogo de luz e sombras únicos e também conferem privacidade ao interior.

Apesar das inúmeras vantagens, a parte acústica deixa a desejar, uma vez que os vazados do elemento não trazem reverberação.

Alguns arquitetos utilizaram como elemento principal em residências, veja alguns exemplos:

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Casa Cobogó arquiteto Marcio Kogan – MK27 – Fotos: Nelson Kon
Casa Cobogó - Arquiteto Ney Lima
Casa Cobogó – Arquiteto Ney Lima – Fotos: Edgard Cezar
Cobogó
Casa Cobogó – arquitetos: Luiz Gustavo Grochoski Singeski e Isabela Fiori

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Renzo Piano transforma viaduto com materiais reciclados

Sob a coordenação de Renzo Piano, o grupo G124 formado por 6 jovens está transformando espaços esquecidos com materiais reciclados. Esses locais voltam à cidade através de uma estratégia ambiental sustentável.



Um vazio urbano voltou à cidade e aos cidadãos, esta conexão social tornou não só um caminho físico entre os bairros, mas uma nova “linha verde” que veio estimular os habitantes a viverem o espaço urbano, enriquecido com novas estruturas e funções; incluindo uma ciclovia, um local com equipamentos esportivos, e de convivência.

material reciclado 3

O viaduto Dos Presidentes em Roma era uma área abandonada e frequentada por usuários de drogas, por isso foi escolhido para ser reurbanizado.

O local foi uma tentativa fracassada de construir um sistema ferroviário.

O trabalho inicial foi um projeto financiado pela União Européia sobre as utilizações temporárias de espaços negligenciados e esquecidos.

Renzo Piano
Antes
Renzo Piano e G124
Depois

Under the Viaduct” (debaixo do viaduto) é o nome do projeto coordenado por Renzo Piano e realizado pelo grupo G124, formado por seis jovens que foram selecionados prestando um concurso. 

Também fizeram parte jovens arquitetos romanos e a colaboração da prefeitura, criando uma sinergia para a construção de espaços públicos.

Renzo Piano

O local faz uso de containers doados por uma empresa que não ia utiliza-los mais, proporcionando espaços de multiuso como workshops para moradores da região.

Pneus reciclados foram utilizados como peças de mobiliários diversas para instalações artísticas, criando um espaço comunitário convidativo. Além disso foram utilizados palets para forração do solo. Aos domingos, há atividades recreativas, sociais, educacionais, e música ao vivo.

Renzo Piano

O G124 trabalha com vários projetos para a melhoria de comunidades, não só para a utilização de espaço publico, como se envolvendo no processo de tomada de decisão com organizações locais e autoridades públicas, recebendo feedback para adequar melhor seus projetos às distintas comunidades.

Assim como o projeto do Viaduto Dos Presidentes em Roma, também trabalham em outras cidades italianas., como Turim e Catânia.

Renzo Piano

Veja como ficou o projeto “Under the Viaduct” no vídeo  abaixo:

Sotto il ViadoTTo – il Report from HexaVideo on Vimeo.

Imagens: Floornature



Americano constrói própria casa com materiais reciclados

O arquiteto norte americano Jefferey, conhecido como construtor natural, projetou sua pequena casa com materiais reciclados no meio da floresta de Cottage Grove, no estado no Oregon, EUA.

O objetivo dele era construir uma cabine de forma barata, com baixo impacto ambiental, e utilizando  a maior quantidade de material destinado a aterros sanitários.

casa com materiais reciclados

Eu queria uma cabine pequena, com espaço suficiente para apenas uma cama, mesa e pequeno fogão a lenha para aquecer no inverno.” disse Jefferey

O formato geodésico foi escolhido para ficar sem cantos e o morador se sentir mais acolhido. A base foi feita com madeira e blocos de concreto encontrados em um cais.

A estrutura da cúpula superior foi feita com madeiras de paletes, fixadas em tubos de PVC, tudo proveniente de materiais reciclados.

materiais reciclados

Por causa da localização em Oregon, onde há época de chuva longa, Jefferey resolveu colocar um telhado por algumas razões: proteger às janelas no verão, e as paredes exteriores, e impermeabilizar os ângulos da cúpula, utilizando lã de ovelha, material fácil de encontrar naquela região, onde o arquiteto trocou 6 sacos de lã por 1 dia de trabalho em uma fazenda de criadores de ovelha.

casa com materiais reciclados

As paredes foram feitas a partir de uma mistura entre a argila coletada localmente, areia e palha, que havia sobrado de um projeto realizado no campus da Universidade de Aprovecho, onde realizou um workshop para ensinar o reboco de barro com o intuito de educar alguns dos estagiários.

casa com materiais reciclados

O objetivo era deixar o lado de fora rustico para se misturar a paisagem. Nas paredes internas o arquiteto tomou bastante cuidado com a recuperação dos materiais, para que o ambiente se tornasse muito agradável.

Os poucos móveis como a cama e mesa de pinho foram feitas com madeira retiradas no local, escolhidas seletivamente para manter a floresta saudável.

casa com materiais reciclados

Os gastos básicos foram com parafusos, pregos, areia e pequenos materiais, que somaram US$ 200. A construção total levou aproximadamente dois meses.

Fonte e imagens: jeffreythenaturalbuilder.com

Loja verde de rede de supermercado

A rede carioca de supermercados Zona Sul inaugurou uma filial em Copacabana com vários conceitos sustentáveis. O Jardim Vertical é o destaque, mas a loja verde também conta com sistema de captação de água da chuva, compostagem e telhado jardim.

A fachada verde tem aproximadamente 120m2 e recebe insolação direta até as 14 hs. As espécies escolhidas são todas resistentes ao clima e algumas dão flores, deixando o jardim vertical ainda mais colorido, sendo elas Zebrina, Aspargo Pendente, Liriope, Convolvo, Quaseminha e Russélia.

A Bioma Urbano Paisagismo executou o jardim com o sistema Canguru da Ecotelhados, a responsabilidade técnica ficou com o engenheiro agrônomo Eric Watson Netto de Oliveira.

jardim vertical loja verde zona sul
fachada verde - loja verde zona sul

Menos visto, mas não menos interessante, o telhado verde ocupa toda a cobertura do edifício e é irrigado com água proveniente do sistema de aproveitamento da chuva, que serve também para a limpeza, descarga e irrigação dos jardins.

telhado verde - loja verde zona sul

Antes da reforma foi realizada uma reunião com a Associação dos moradores do bairro para discutirem sobre o impacto do novo edifício. Conversamos com algumas pessoas, que relataram  os prós e os contras da nova loja verde instalada no bairro.

A principal vantagem vista pelos moradores é que a fachada verde valorizou muito o entorno, a desvantagem foi o aumento da movimentação de caminhões na rua.

Já o funcionário Gilson, que antes trabalhava em outra filial, só vê vantagens, disse que faz toda a diferença trabalhar em um local mais verde, pela visão que relaxa, tranquiliza e melhora o ambiente de trabalho.

O jardim vertical e o telhado verde além de efeitos visuais permitem melhorias térmicas ao ambiente, com a redução de temperatura interna, diminuindo a utilização de ar condicionado, também colabora para a qualidade do ar e a biodiversidade, atraindo pássaros e borboletas entre outros.

Preocupado com os seus impactos ambientais, há cinco anos o atual presidente Fortunato Leta já investe na compostagem dos resíduos orgânicos produzidos pelos supermercados, tendo em vista que o setor é um dos maiores geradores de lixo orgânico.

De acordo com o responsável pela área de sustentabilidade da rede, Vicenzino Zicarelli, é uma questão de consciência ambiental mesmo, porque financeiramente o custo da compostagem ainda não compensa.

O lixo orgânico fica armazenado em uma câmera fria enquanto aguarda o serviço de coleta , que dependendo do volume passa 1 a 2 vezes por dia nas 39 lojas da rede.

compostagem - loja sustentável Zona Sul

No final de 2012 a rede também promoveu a campanha do consumo sustentável onde cartilhas coloridas e criativas foram distribuídas a consumidores, com várias dicas contra o desperdício e a favor da compra de produtos ecológicos. E pro futuro planejam mais lojas verdes.

loja verde zona sul Copacabana
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Fotos: Equipe SustentArqui

Bioma Urbano Paisagismo e Naturação – Tel. (21) 3158-2362, (21) 7872-7039 e (21) 98410-9625 email – contato@latitudeverde.com.br – Projeto Execução e Manutenção de Jardins Verticais, Telhados Verdes, Hortas, Irrigação e Paisagismo para qualquer tipo de ambiente urbano, rural, interno e externo.

A Bioma participa da mudança na arquitetura dos grandes centros urbanos, compartilhando experiências, participando dos projetos, promovendo a naturação de novos espaços urbanos com foco na sustentabilidade, funcionalidade, baixa demanda energética e de manutenção.

Certificação LEED Platinum no Centro de Convenções em Vancouver

O Centro de Convenções de Vancouver no Canadá, inaugurado em 2009, foi o primeiro Centro de Convenções no mundo a receber o mais alto nível de certificação LEED®. 

 

O edifício foi projetado pelo PWL Partnership para receber o LEED Ouro, mas a qualidade em sua concepção, construção e operação, garantiu o LEED Platinum, tornando um líder em sustentabilidade ambiental na categoria.

Certificação LEED Platinum  no Centro de Convenções em Vancouver
Imagem: PWL Partnership

A fundação além de sustentar o edifício sobre a água foi projetado um arrecife artificial para recriar um habitat natural para a vida marinha.

Arquitetos e biólogos desenvolveram um plano de restauração de 200 m² de habitat para mexilhões, algas, estrelas do mar, caranguejos e várias espécies de peixes.

A água do mar é aproveitada para o sistema de aquecimento e refrigeração, semelhante ao edifício antigo, onde a água é bombeada e a troca de calor controla a temperatura interna do edifício.

Certificação LEED Platinum  no Centro de Convenções em Vancouver
Imagem: Vancouver Convention Centre

O telhado verde possui  400 mil plantas nativas, proporcionando habitat natural de aves, insetos, e pequenos mamíferos.

A irrigação é feita com a água da chuva, que abastece os reservatórios durante boa parte do ano. O telhado foi projetado para funcionar como um isolante térmico, reduzindo os ganhos de calor no verão em até 95% e no inverno perdas em até 26%.

O complexo ainda possui 37.000 m² de calçadas, ciclovias, espaço público aberto e praças;

Certificação LEED Platinum  no Centro de Convenções em Vancouver
Imagem: Vancouver Convention Centre
 Além da certificação o edifício recebeu varias premiações entre elas da AIPC’s “World’s Best Conference Centre” (Melhor Centro de Congressos do mundo), em 2002 e novamente em 2008.
 Leed Platinum
Imagem: PWL Partnership

As características sustentáveis do edifício incluem:

  • seis hectares telhado verde;
  • sistema de drenagem de água da chuva;
  • tratamento de água cinza, onde conseguiu reduzir o consumo de abastecimento de água em 72,6%;
  • os resíduos da construção civil foram desviados 83%  dos aterros;
  • sistema de reciclagem com média de 180 mil kg de materiais de resíduos gerados no edifício;
  • compra de energia verde gerada a partir de baixo impacto de fontes renováveis;
  • habitat marinho restaurado na fundação do edifício;
  • sistema de aquecimento e de refrigeração que aproveita a água do mar para produzir refrigeração para o edifício durante os meses mais quentes e aquecimento nos meses mais frios;
  • ventilação controlada conforme demanda, espaço ventilados apenas quando estão sendo ocupados;
  • luz natural e ventilação maximizada em todo o edifício;
  • Iluminação artificial de alta eficiência energética;
  • utilização de materiais locais  e baixo COV em todo edifício.
Leed Platinum
Imagem: Vancouver Convention Centre

 

Construção em container para moradia de estudantes

Essa construção em container modular é uma moradia de estudantes na cidade universitária Le Havre, na França.

Projetada pelo escritório Cattani Architects, foi  feita com containers usados, montados em uma grade de metal, onde os recipientes deram forma a um prédio de quatro andares que abriga 100 apartamentos de 24 m² cada, o conforto foi o ponto principal.

Construção em container na França

No conjunto foram criados espaços como calçadas, pátios e varandas, de maneira que interligasse um container ao outro e fugisse da solidez do volume que ele proporciona, evitando que os alunos se sentissem vivendo em uma caixa.

Os arquitetos buscaram garantir vida independente a cada unidade, evitando a simples sensação de empilhamento das unidades.

As sequências dos corredores transversais que dão acesso aos apartamentos na fachada, cria uma sucessão de espaços cheios e vazios dando à estrutura uma transparência mais visual.

Construção em container - Moradia para estudantes

O edifício é distribuído em quatro andares, onde o primeiro nível foi levantado a partir do solo.

Desta forma, as unidades deste pavimento podem desfrutar da mesma privacidade oferecida às unidades nos andares superiores.

Todos os apartamentos têm vista para um jardim interior e estão equipados em ambas as extremidades com paredes de vidro que permitem a iluminação natural dos espaços.

Moradia para estudantes

A Construção em container é considerada mais sustentável por ser uma obra mais limpa e rápida e pelo próprio reuso do material, mas esse tipo construtivo requer cuidados de isolamento térmico e acústico, principalmente em um ambiente de estudo.

Para garantir o máximo de conforto aos estudantes, foram usadas paredes adjacentes que dividem as diferentes unidades, revestidas com material de 40 centímetros de largura, além das camadas de borracha para amortecer as vibrações.

Construção em container para Moradia de estudantes

Na fachada externa foi mantida a ondulação natural do container, repintadas em cinza metálico.

No interior, os designers optaram por paredes brancas e móveis de madeira. Cada estúdio tem um banheiro, quarto/sala, cozinha e Wi-Fi grátis.

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Construção em container para estudantes
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 Conheça mais construções em containers

Fonte e imagens: Contemporist 



Construção em PET recebe a certificação LEED

O Ecoark é uma construção em PET que foi pensada em cima do lema “Reduzir, Reutilizar e Reciclar”.

Utilizando tijolos feitos com garrafas pets, tem a metade do peso de um edifício convencional, com um diferencial, resistir a fenômenos da natureza como terremos e furacões incluindo o fogo.

EcoARK construção em PET certificada LEED
Ecoark - Construção em PET
Imagem: Natgeotv

Inaugurado em 2010 em Taipei, Taiwan o Ecoark foi projetado pelo arquiteto Arthur Huang,  diretor da empresa Miniwiz – Sustainable Energy Development, o edifício ocupa uma área de 2.186 metros quadrados e foi construído com 1,5 milhão de Polli-Bricks – tijolos em forma de garrafa feitos de garrafas pets recicladas.

Possui anfiteatro, salão de exposições e espaço para museu distribuídos em 3 pavimentos, equivalentes a nove andares.

A estrutura com 28 metros de altura é completamente desmontada, como se fosse peças Lego que pode desmontar e montar em outro local.

Construção em PET
Imagem: Natgeotv

Os Polli-Bricks foram moldados permitindo um perfeito encaixe das células chamado Brick-Cell.

A estrutura modulada em forma de colmeia é presa por uma malha metálica e uma peça de acrílico revestida de uma substância não inflamável para proteger os Polli-Bricks do fogo e das tempestades.

As garrafas foram deixadas vazias, pois Huang acredita que o ar é o melhor isolamento térmico, deixa passar a luz, reduzindo a utilização de iluminação artificial.

Tijolo de garrafas pets
Imagens: Archello

Esta edificação alcançou a certificação LEED Platino , além do critério de sustentabilidade na reutilização de garrafas pets, o edifício ainda utiliza água da chuva em seu sistema de resfriamento, e também conta com placas solares para abastecimento da iluminação LED nas fachadas.

Construção em PET

 A construção em PET foi patrocinada pelo The Far Eastern Group e será doado para prefeitura de Taipei.

O mais interessante é que realmente o fato de que os objetos utilizados para a fachada, são mais do que simples garrafas pets de resíduos plástico.

Tijolo de garrafas pets
Imagem: Natgeotv
EcoArk Taiwan

6 Dicas de coleta seletiva para sua empresa

Encaminhar corretamente os resíduos da sua empresa é lei e requer a participação de todos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei 12.305/10, contém instrumentos importantes para permitir avanço ao País, para enfrentar os problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos.

Dependendo o segmento de atuação da sua empresa é o que traduz o resíduo produzido por ela, por isso é importante mapear as atividades. Primeiramente é saber quais os resíduos que são gerados, qual a quantidade desse resíduo, como armazena-lo e como encaminhar corretamente  para a reciclagem,  reutilização, ou aterro sanitário.

Estabelecimentos comerciais geralmente envolve resíduos como papel, papelão, embalagens de papel ou plástico, e as vezes resíduos orgânicos. Caso o destino final de alguns resíduos seja os aterros, é responsabilidade do órgão municipal encarregado da limpeza pública. Para a garantia que seu produto chegue ao destino adequado, é necessário a coleta seletiva, a seguir sugerimos algumas dicas de como implantar na sua empresa:

1) Faça o diagnóstico e classificação dos resíduos gerados em sua empresa;

2) Mantenha um local específico (seco, limpo e arejado) para acondicionamento e armazenamento temporário dos resíduos até a coleta;

3) Disponibilize coletores em locais de fácil acesso e com alto fluxo de pessoas;

4) Estabeleça parcerias com cooperativas da região;

5) Promova campanhas de conscientização/educativas para colaboradores e clientes, explicando a importância da separação de resíduos;

6) Reunir empresas próximas para agilizar a coleta, uma vez que as cooperativas precisam de volume adequado para transporte.

Coleta seletiva Sebrae
Imagem: Fernando Pscheidt

Fonte: Sebrae



Espírito verde no Lollapalooza Chile: evento recebe selo de Eficiência Energética

O Lollapalooza Chile que aconteceu no inicio de março deste ano, implantou três iniciativas para buscar uma mudança positiva, convidando os visitantes a viver experiências inovadoras sobre o meio ambiente e sustentabilidade.

Esta foi a quinta edição e a primeira que conta com o selo de Eficiência Energética, recebido pela Lotus Producciones e contendido pela AChEE, agência Chilena de Eficiência Energética. que reconheceu os quatro pilares de sustentabilidade do evento: Eficiência Energética, Gestão Integral dos Resíduos Sólidos, Gestão da pegada de Carbono e Ações Sustentáveis.

Espírito verde no Lollapalooza Chile

Carbono Zero:

O Lollapalooza Chile foi o primeiro evento na América Latina a neutralizar a emissão de CO2, onde foi medido através de entrevistas feitas por 50 pessoas treinadas, que recolhiam informações para o calculo da pegada de carbono. Foram entrevistadas 1000 pessoas por dia a quem perguntaram que meio de transporte usaram para chegar ao evento e que região era.

Com simples ações como o uso da bicicleta, transporte público, compartilhar automóvel ou participar do Rock & Recycle, ajudaram a diminuir a pegada de carbono. Até um aplicativo de celular pôde ser baixado para medir a redução do carbono, avisando o meio de transporte utilizado.

Espírito verde no Lollapalooza Chile

Rock & Recycle:

Esta iniciativa propõem reciclar os resíduos que foram gerados durante os dias do festival. Para alcançar essa meta, cada edição  contam com mais de mil voluntários. Nos anos anteriores conseguiram resultados positivos, e 2015 bateram o recorde chegando a 50% total dos resíduos gerados, que se traduz em 15 toneladas de material para reciclagem.

Varios pontos do Rock & Recycle foram distribuídos pelo parque, onde o visitante retirava uma sacola e enchia com utensílios consumidos no evento, depois de cheia levava aos pontos onde podiam concorrer a sorteios com vários prêmios.

Espírito verde no Lollapalooza Chile
Imagem: Lollapalooza Chile, Lotus Producciones, Rock & Recycle

Aldeia verde:

O espaço aldeia verde teve o propósito de ser um espaço interativo para o aprendizado e experiência, desenvolvendo trabalhos referentes ao tema ambiental, social e como uma plataforma para empreendimentos sustentáveis.

Um lugar no qual os visitantes puderam conhecer as necessidades do país, as propostas de iniciativas de organizações locais e empreendedores sustentáveis, para descobrir os impactos ecológicos e problemas sociais. A Aldeia Verde é parte do Lollapalooza Chile, e procura gerar vínculos entre assistentes e organizações participantes e os empreendimentos apresentados.

Espírito verde no Lollapalooza Chile
Imagem: Lollapalooza Chile, Lotus Producciones, Rock & Recycle

O evento, que acontece também no Brasil este final de semana, tem ações sustentáveis mais tímidas no nosso país. Mas para provar que o festival prega a sustentabilidade e estimular o público a ir de transporte público, ano passado, o fundador do Lolla e líder do Jane’s Addiction, Perry Farrell, fez o percurso usando um trem da CPTM .

Alfredo Borret transforma tampinhas de metal em arte sustentável

A arte sustentável de Alfredo Borret ,batizada de ecotampas, reaproveita as tampinhas de metal transformando-as em outros objetos e quadros com a inspiração nos cartões postais do Rio de Janeiro e pintores consagrados.

O destino do material poderia ter outro fim, como nas ruas de nossas cidades, pois as tampinhas não são reaproveitadas na reciclagem como as latas que têm 90% de aproveitamento, mas o artista transforma o que seria lixo em beleza.

Ecotampas - Arte Sustentável

A história deste carioca de 33 anos, começa em 2004 quando fez um curso de uma Oficina de Responsabilidade Social, onde se destacou com um projeto chamado “Eco Pet”, e a partir de 2007, começou a trabalhar com a tampinha de metal gerando outra alternativa para esse tipo de resíduo.

tampinhas de metal

Os primeiros trabalhos foram broches, imãs de geladeira e chaveiros. Em 2008, ele distribuía brindes de Ecotampas nos pontos turísticos do Rio de Janeiro com a seguinte frase: “se beber, recicle – esta tampa levaria 100 anos para se decompor na natureza”, e foi dessa forma junto com a mobilização no bairro onde mora, vizinhos, amigos e familiares, começaram a ter outra visão quanto as tampinhas de metal, e ajudaram o artista a juntá-las para desenvolver sua arte.

Arte Sustentável

No ano de 2011, foi premiado pelo Jornal O Globo no concurso aniversário do Rio, onde cerca de 2.500 participantes declararam seu amor ao Rio de Janeiro em forma de arte. A votação foi pela internet e os internautas elegeram o segundo lugar à iniciativa das Ecotampas.

Em 2012, criando uma técnica inédita, as tampinhas foram transformadas em quadros! O artista utiliza em média 700 unidades em cada obra.

No carnaval do ano passado no Rio, executou uma obra de arte em um quadro de 13m x 10m, utilizando 11mil tampinhas, dando forma a uma mulata criada pelo designer e publicitário Jérôme Poignard.

Arte Sustentável

Ainda em 2014 realizou uma exposição no Galpão da Arte Urbanas Hélio G. Pellegrino, no Rio de janeiro e no final do ano fez uma árvore de Natal com 8 metros de altura usando 80 mil tampinhas de metal para escola de samba Salgueiro.

arte sustentável de Alfredo Borret

De 2007 até hoje já foram retiradas das ruas mais de 500 mil tampinhas de metal para fazer sua arte. O artista também capacita crianças e participa de palestras e oficinas, com o objetivo de mostrar seu sucesso para outras pessoas verem que com a reciclagem pode-se ganhar a vida.

Os planos de Alfredo para 2015?

Meu objetivo é levar minha arte para fora do país, mas antes fazer uma nova exposição no Brasil. E outro desejo que trago comigo desde comecei a trabalhar com tampinhas é,  aumentar a quantidade recolhidas das ruas e transformar em arte. “se beber, recicle.”

 

Imagens: Arquivo pessoal do artista



Aproveitamento de água caseiro criado por jovem inventor

Adolescente de 15 anos cria um sistema de baixo custo para aproveitamento de água na sua própria casa. Depois de muita pesquisa na internet e dedicação, o jovem Raphael Marra construiu um sistema de aproveitamento de água da chuva e reutilização da agua dos chuveiros e maquina de lavar roupa. Mas as invenções não param por aí, até o vapor de água produzido durante o banho, o jovem transforma em água.

No banheiro, o vapor de água é capturado através de uma ventoinha de computador, ele puxa todo o vapor e vai condensando e é canalizado em um galão de água de 10 litros, onde gera 50 ml de água por banho. No ralo do chuveiro ele utiliza uma bomba de aquário para direcionar a água para uma caixa d’água (localizada na laje do térreo da residência), onde é tratada com o mesmo sistema da Sabesp, o sulfato de alumínio, para retirar todo o sabão fazendo todas as impurezas decantarem,  e finaliza o tratamento com cloro. Depois de tratada um cano liga a uma torneira à parte, na pia da cozinha.

aproveitamento de água
Sistema de aproveitamento de água do chuveiro

Raphael instalou um cano na laje para captar toda a água da chuva, antes que chegasse a grelha do seu corredor, que enviava para o sistema de esgoto, Esse cano vai direto para um reservatório primário, que também recebe a água da máquina de lavar. Através de outro cano com filtro de lã acrílica (que barra qualquer elemento sólido), conecta ao segundo reservatório. Recebendo a água mais limpa, esse reservatório contém um filtro de polipropileno, que foi desenvolvido pela NASA para tratar a ureia dos astronautas e também é tratado com cloro ou filtro de ultravioleta (que degenera qualquer DNA das bactérias).

aproveitamento de água
A imagem mostra cano que possui a lã acrílica e liga os dois reservatórios

Para fazer experimentos e montar o sistema completo, o jovem gastou R$1.500,00, dinheiro guardado em aniversário, páscoa, Natal, datas comemorativas. Hoje faz o mesmo projeto para vizinhança por R$900,00, o dinheiro arrecadado Rafael está juntando para pagar a análise da água resultante do tratamento. O jovem inventor não para por ai, o próximo desafio é produzir biodiesel com o óleo de cozinha.

Lembre-se que a água da chuva nunca pode ser consumida para fins como; beber, cozinhar, escovar os dentes e tomar banho; antes de receber tratamento adequado, pois é ácida e pode conter coliformes, metais pesados, entre outros perigos à saúde.  O indicado é que esta água só seja utilizada para fins não potáveis, como limpeza e rega de plantas.

Relacionado: Dicas para Aproveitamento de água da chuva: para uso não potável.

Confira no vídeo abaixo, o sistema criado por Raphael:

Vídeo: MPDesenvolvimentos



Casa Vallarta: telhado e paredes verdes no México

A casa está localizada em Puerto Vallarta, cidade resort localizada no Oceano Pacífico, onde aproveita uma linda vista panorâmica da baia mexicana.

A Casa Vallarta projetada pelo arquiteto Ezequiel Farca,  foi pensada com o objetivo de isolar a casa do calor, ajudar a integração da paisagem e criar um importante espaço que convida o contexto do exterior ao interior, abrindo a casa para o mar e gerando um ambiente relaxante sem deixar de lado a privacidade de seus habitantes.

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Imagem: Greenroofs
casa vallarta
Imagem: Greenroofs

A intenção foi dar ao jardim um design com movimento, o que inspirou as curvas da paisagem, com espécies altas sobre a seleção de plantas, devido ao fato de que eles produzem um movimento ondulado quando não há vento.

Outra intenção do projeto foi inovar nas cores; para que o telhado verde e as paredes verdes não sejam apenas verdes, mas muito coloridas, criando uma harmonia entre as cores.

Apesar da casa estar localizada ao lado de uma torre de 24 andares, os autores do projeto também pensaram em garantir uma experiência única para os que estivessem sobre o telhado da torre, usando plantas que criam diferentes texturas visuais e alturas que possam mostrar certo dinamismo à residência vista de cima.

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Imagem: Greenroofs

Além da eficiência energética com a redução do uso de ar condicionado, e redução da quantidade de equipamentos, as águas pluviais são capturadas em alguns pontos no telhado e armazenadas em um tanque, onde é filtrada através de um sistema de areia e distribuída para irrigação.

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Imagem: Greenroofs

 

Características deste projeto com telhado e paredes verdes:

  • 750 m² de jardim no telhado;
  • 290m² de jardim nas paredes;
  • Foram plantadas mais de 19.619 plantas de diferentes espécies;
  • Foram utilizadas mais de 33.500 garrafas PET para fabricação do sistema utilizado;
  • Eficiência energética;
  • As águas pluviais são utilizadas para rega;
  • Geração de micro- habitats para espécies locais, como abelhas, aranhas e libélulas.
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Imagem: Jaime Navarro e Roland Halbe

Rapa Nui, a primeira escola de música 100% sustentável no Chile

O arquiteto americano Michael Reynolds mais conhecido como o “Guerreiro do lixo” criou um método construtivo, Earthship Biotecture, baseado na construção sustentável, utilização de materiais reciclados e autossuficientes.

Rapa Nui - escola de múscia 100% sustentável

O arquiteto chegou a Ilha de Pascoa no final do ano passado para iniciar a primeira parte da construção da escola de músicaa 100% sustentável.

Esta é a segunda obra do arquiteto na América Latina, a primeira foi a “Nave Tierra” no Ushuaia, Argentina.

Rapa Nui - escola de múscia 100% sustentável

A escola a princípio era em espaços provisórios que não cumpriam as condições devidas para a realização das atividades cotidianas. O projeto se iniciou com a ONG Toki, fundada pelos pascoenses, a pianista Mahani Teave e pelo construtor Enrique Icka, responsável pela doação do terreno.

 

Também conta com o apoio da prefeitura da Ilha de Pascoa, com 70 voluntários de diversos países, que ali chegaram com Reynolds e mais 80 voluntários nativos, que têm a oportunidade de aprender o método do arquiteto e utilizar nas próximas construções, além de serem responsáveis pelas outras fases do projeto.

Rapa Nui - escola de múscia 100% sustentável

O projeto é baseado em uma flor, feito pelo arquiteto em outros lugares com a mesma característica climática,  é basicamente uma planta octogonal com salas multiuso, recepção, cozinha e banheiros.

A primeira etapa terminou o ano passado, a segunda fase está sendo realizada, a terceira e ultima está prevista para ser entregue no final de setembro deste ano.

Rapa Nui

 

A construção da escola Rapa Nui foi feita quase completamente com materiais reciclados.

Com o turismo e o crescimento desordenado, o lixo era um problema na Ilha. Combinados com cimento, as garrafas pet, garrafas de vidro e latas servem de tijolo, os pneus preenchido com terra são as estruturas.

Captação de água da chuva permitem que seja reutilizada outras vezes com tratamento de células botânicas, a energia é obtida através de placas fotovoltaicas.

Rapa Nui

Materiais reutilizados e elementos sustentáveis utilizados na escola Rapa Nui:

Pneus: cheios de terra como suporte estrutural da construção. Além disso, eles atuam como isolamento térmico;

Papel: reutilizado, também funciona como isolamento térmico;

Garrafas de vidro e plástico: são utilizadas como tijolos, além de permitir a entrada de luz natural e manter uma temperatura agradável no interior do edifício;

Latas de alumínio: também utilizadas como tijolos;

Galões: para armazenar água da chuva;

Células botânicas: filtra a água;

Placas fotovoltaicas: energia limpa para alimentar as lâmpadas e bombas para circulação da água.

Rapa nui - Michael Reynolds,

Imagens: Earthship

 

Jardim vertical do Palácio de Congressos de Vitoria, na Espanha

O jardim vertical do Palácio de Congressos de Vitoria-Gasteiz, cidade do norte da Espanha, tem o propósito de trazer o ecossistema da região de Álava para o centro da cidade e foi realizado pelos estúdios Urbanarbolismo e Unusualgreen, junto a Urbaser e Zikotz.

A cidade é conhecida internacionalmente pela biodiversidade e integração dos espaços verdes com o tecido urbano. Esta fachada vegetal fica dentro do projeto de anel verde interno da cidade.

Jardim vertical do Palácio de Coingresso de Vitória - Espanha

A fachada tem uma superfície de 1492m² dos quais 1000m² é de jardim vertical utilizando o sistema f+p hidropônico (sistema composto por dois elementos: um contínuo de feltro no tecido e painéis de substrato inerte pré plantados)e 492m² com plantas trepadeiras que cobrem as grandes janelas.


Para sua implementação foram usadas mais de 33.000 plantas de diversas variedades nativas da zona de Álava e País Basco.

Jardim vertical 2

O principal foco deste projeto foi melhorar o consumo energético do palácio. O sistema proposto tem uma resistência térmica de 2,644m2.K/W, isto significa 270% mais de isolamento sobre a fachada existente com consequente economia de energia.

Relacionado: Conheça as vantagens dos jardins verticais

Jardim vertical 12

Na base do jardim estão localizadas placas de aço corten iluminadas, onde explicam os ecossistemas e as espécies vegetais que foram plantados na fachada. Essa base se converte também em espaço de descanso, com bancos embaixo do jardim vertical.

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A utilização das plantas nativas, foi um dos principais desafios do projeto, pois as plantas encontradas em torno da cidade, estão acostumadas com o período de seca do clima de planalto e tem dificuldades para sobreviver em locais mais úmidos como o sistema convencionais do jardim vertical.

O sistema F+P aproveita a saturação da água do substrato de maneira que o tipo de planta possa crescer perfeitamente.

Jardim vertical na Espanha

O sistema hidropônico utilizado para manter este jardim confere ao substrato ótimas condições de nutrientes, pH, condutibilidade e umidade para este tipo de vegetação; todo o sistema esta monitorado mediante a um controle remoto com objetivo de economizar água, energia e controlar o desenvolvimento das plantas.


No centro da fachada os perfis de alumínio reproduzem a estrutura dos campos de Álava, dentro deste espaço foi implementada uma horta vertical, que muda o cultivo conforme a estação do ano, por exemplo no inverno, havia agrião e alface.

jardim vertical do Palácio na Esapanha

As grandes janelas ficaram cobertas por videiras, que permitem a entrada da luz do sol no inverno e protegem o edifício no calor do verão, criando um edifício biologicamente eficiente.

jardim vertical do Palácio de Congressos em Vtoria

O perfil metálico que estrutura o desenho do bosque vertical, é iluminado à noite mediante leds de baixo consumo, criando um entorno agradável para passear a noite pelo centro da cidade.

Jardim vertical do palácio
jardim vertical do Palácio

Fonte: Urbanarbolismo

Imagens: Quintas Fotografos, Jordi Serramia Ruiz, Hugo Riquelme Ortega

Uma casa de bambu em Parque Estadual de Niterói

Esta casa localizada no Parque Estadual da Serra da Tiririca, em Niterói – RJ, foi construída em bambu, como o principal material construtivo.

O projeto é assinado pela a arquiteta Celina Llerena, diretora da Ebiobambu (Escola de Bioarquitetura e Centro de Pesquisa e Tecnologia Experimental em Bambu), que escolheu o bambu por ser um material ecologicamente correto. 


Após três anos de vida, o material permite em média dois cortes anuais e possui um dos mais rápidos crescimentos no reino vegetal.

 “O bambu é autorrenovável e autossustentável, quanto mais se corta, mais fortalece a moita, que cresce sem parar, sem esquecer os critérios de corte e manejo” diz a arquiteta.

Casa de bambu
Imagem: Arquiteta Celina Llerena

Além de ser sustentável, o projeto é versátil e de baixo custo.

A fundação da casa foi feita com manilhas, preenchidas com concreto ciclópico (ou fundo de pedra amassada) e vigas pré-moldadas, que sustentam a laje de piso. Utilizou, ainda, outros materiais, como as pedras para revestimento de uma das fachadas laterais, e o eucalipto para a rampa de acesso – material especificado por ser mais resistente a intempéries.

casa de bambu
Imagem: AU – Arquitetura e Urbanismo, Editora PINI

O bambu utilizado nesse projeto foi o Phyllostachys pubecens, diferente da madeira, essa planta não possui cerne, por isso em bambus usam-se parafusos, e não pregos.

É preciso deixar a base do bambu de 40 cm a 50 cm acima do nível do solo, evitando o contato com a umidade que sobe por capilaridade, além de evitar a incidência direta de sol e chuva com estrutura como beirais.

As estruturas com bambus são leves e resistentes, possuem feixes fibrovasculares mais concentrados que formam uma fração fibrosa, conferindo à planta elevada resistência mecânica como tração, compressão e flexão dependendo da espécie e idade do tipo de caule, chamados de colmos.

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Imagem: AU – Arquitetura e Urbanismo, Editora PINI

A casa com 255 m² possui estrutura que segue um princípio básico de pilares e soleiras. São dois tipos de pilares: os de fechamento que são os suportes para a sustentação das paredes, portas e janelas; e os pilares estruturais, que vão até o telhado, criando uma espécie de esqueleto da casa, tudo de bambu.

As paredes receberam quadros de madeira grampeados com chapas de ferro laminado, nas quais foram aplicadas argamassa com simples desempenadeiras. O resultado é uma parede comum, sem o uso de tijolos.

casa de bambu
Imagem: AU – Arquitetura e Urbanismo, Editora PINI

Para o telhado jardim foram instaladas na cobertura, as mesmas chapas de ferro, aparafusadas no próprio bambu, com uma camada de argamassa de 4 cm.

O material foi coberto com uma manta com geotêxtil que, por sua vez, foi sobreposta com uma camada de 6 cm a 7 cm de terra. Já com a terra, foram colocados os rolos de gramas e arranjos com bromélias e outras flores de raízes rasas.

Fonte: AU – Arquitetura e Urbanismo, Editora PINI