Construção em contêiner: Vantagens e Desvantagens

A construção em contêiner está crescendo e ganhando popularidade no mundo todo. Além do aspecto moderno, surgem como uma alternativa mais sustentável pela reutilização do material.

O que é um contêiner?

O contêiner (também container ou contentor) é uma caixa, feita em aço, alumínio ou fibra, muito bem estruturada para resistir ao uso constante de transporte de mercadorias de diversos tipos. É resistente a chuva, incêndio e outras intempéries.

A vida útil do contêiner para o mercado náutico é de aproximadamente 8 anos tendo uma vida real de 100 anos, o que geraria uma média de 92 anos de “inutilidade forçada”.

Dois tipos de contêineres podem ser usados para construção: O contêiner marítimo comum, feito de aço corten, muito resiste à corrosão mas com deficiente isolamento térmico e acústico. O outro tipo é o container reefer, usado para transportar carga congelada, mais caro mas com melhor isolamento.


Há um número enorme de contêineres vazios ao redor do mundo, apenas ocupando espaço nos portos. Uma das razões para isso é que é muito caro para reenviar os recipientes vazios de volta para sua origem, na maioria dos casos, é mais barato comprar novos contêineres da Ásia. O resultado é um excedente de contêineres sem função que podem se transformar em uma casa, escritório,escola, estúdio, abrigos de emergência e etc.

Construção em contêiner
Exemplos de construções em containers

 

A Construção em contêiner pode ser considerada mais sustentável por ser uma obra mais limpa e rápida e pelo próprio reuso do material, mas esse tipo construtivo requer cuidados de isolamento térmico e acústico, confira as vantagens e desvantagens:

Vantagens da Construção em Contêiner:

–  Obra mais limpa com redução de entulho e de outros materiais;

Rapidez na execução, leva geralmente entre 60 a 90 dias para ficar pronta.

– Economia de recursos naturais, menor uso de areia, tijolo, cimento, água, ferro etc

Reutilização do material.

Flexibilidade: Além da construção poder ser desmontada e montada em outro terreno,  suas características modular e geométrica permite diversas configurações e  facilita a construção e/ ou montagem.

Baixo custo – Bem administrada a construção pode ser  30% mais barato do que a tradicional.

Durabilidade; o contêiner tem vida útil longa; pois é projetado para resistir às diversas intempéries e suportar grandes cargas.

– Na maioria das vezes, não requer serviços de fundação e terraplenagem.

– Mantém boa permeabilidade do terreno.


Desvantagens e Cuidados na Construção em Contêiner:

– O terreno precisa ter espaço para as manobras dos guindastes no transporte e armazenamento dos contêineres.

– Requer mão-de-obra especializada, principalmente nos cortes das esquadrias.

Requer cuidados especiais de isolamento térmico e acústico. O contentor é feito de aço que é um ótimo condutor de calor e péssimo isolante acústico.

– Como se trata de um tipo novo de construção, carece de legislação adequada e dificuldade de obtenção de financiamento.

– Dependendo do que o contêiner transportava no passado, podem haver vestígios contaminantes.

– Os solventes liberados da pintura e selantes utilizados na fabricação do contêiner podem ser prejudiciais à saúde.

– Pode haver a ferrugem, é preciso tratamento adequado antes da aplicação na construção.

Obs: Consulte sempre um especialista!

Veja alguns exemplos de construções em contêineres : Construção em contêiner para moradia de estudantesContainer City ,  Casa Manifesto – Contêineres + Materiais recicladosProjeto Cidade do Container no Rio de Janeiro e a  Casa Contêiner em Curitiba.

Construção em contêiner - Container
Exemplos de construções em containers

Quer ver mais ideias de construções em containers? Confira no nosso painel no Pinterest.

Créditos das imagens no Pinterest.


Edifício do Sinduscon-BA terá o Selo Ouro do IPTU Verde

Recentemente a prefeitura de Salvador regulamentou o IPTU Verde uma iniciativa para incentivar empreendimentos a realizarem ações e práticas de sustentabilidade

Com o certificado regulamentado a sede do Sinduscon-BA receberá o Selo Ouro, o edifício sustentável também foi o primeiro empreendimento comercial da Bahia a conquistar a Certificação do Processo AQUA nas fases Realização, Programa e Concepção.

A construção de nove pavimentos, inaugurada em 2013, foi baseada nos critérios estabelecidos pela certificação AQUA-HQE (Alta Qualidade Ambiental), visando à redução dos impactos ambientais ao longo do seu ciclo de vida, o uso racional de recursos, gestão sustentável da água e a adoção de soluções que propiciem a eficiência energética, desde da fase construtiva ao seu uso operacional final.

Sinduscon-BA IPTU Verde
Imagens: Sinduscon – BA

A construção da nova sede do Sinduscon-BA incentiva a importância de se investir na sustentabilidade e promete transformar o ambiente em uma troca de experiências entre os profissionais do setor de construção civil da Bahia.

Algumas ações sustentáveis aplicadas no edifício Sinduscon – BA:

Telhado Verde e jardins verticais com uso de vegetação nativa

Captação e reutilização das águas da chuva.

Reutilização das águas cinzas e de condensação do sistema de ar-condicionado

Energia Renovável: edifício utilizará placas solares e energia eólica

– Ar-condicionado ecoeficiente:  sistema a gás natural, que reduz em 90% a energia

– Vidros de controle solar.

Fachada Bioclimática

Plano de desconstrução seletiva do antigo imóvel

Sistema de Automação Predial

Veja mais no vídeo abaixo sobre a construção da sede do Sinduscon-BA IPTU Verde Ouro:



Ponte verde em Barcelona promete “comer” a poluição

A Ponte de Sarajevo será reformada para se transformar em uma nova ponte verde em Barcelona. O projeto de revitalização é do escritório BCQ Arquitectos e servirá como portal de entrada da cidade pela região norte.

Neste caso, um portal verde, coberto de jardins verticais e com uma pérgola de trepadeiras que gerará sombra ao novo espaço urbano, desenhado para privilegiar os pedestres.

Ponte Sarajevo - ponte verde em Barcelona come a poluição

A Câmara Municipal de Barcelona pediu aos arquitetos para que após a reforma, a ponte que atravessa a movimentada Avenida Meridiana, se transformasse em um novo portal de entrada para a capital catalã.

A renovação e melhoria da Ponte Sarajevo é parte de uma série de ações que priorizam os pedestres, o objetivo é que a intervenção se torne um ponto de encontro entre os dois bairros de suas extremidades

Ponte Sarajevo - ponte verde em Barcelona come a poluição
Ponte verde em Barcelona

Além do uso da vegetação para melhorar a qualidade do ar, o revestimento existente da ponte será substituído por concreto fotocatalítico – um material de auto-limpeza que também neutraliza os poluentes do ar, através da absorção de óxidos de nitrogênio os convertendo em substâncias inofensivas.

A tecnologia também foi usada no pavilhão italiano da Expo 2015 Milão e pode ser aplicada no cimento branco ou cinza.

Pavimentação que brilha no escuro – Dentro deste concreto, elementos foto-luminescentes irão fornecer uma fonte de luz ambiente, similar às estradas brilhantes que estão sendo testado na Holanda, estas adições não são radioativas nem tóxicas. Absorvem a energia solar durante o dia e, lentamente, soltando-o depois de escurecer.

Nova ponte verde em Barcelona promete "comer" a poluição

A nova ponte também será energeticamente autossuficiente, através de placas fotovoltaicas que gerarão toda a energia que consumirá a iluminação, feita exclusivamente por lâmpadas LEDs.

Imagens: BCQ Arquitectura Barcelona

Conheça o projeto da nova sede sustentável do Google

As gigantes da web; Apple, Facebook e Google;  estão demonstrando preocupação com o seu impacto no meio ambiente, recentemente lançaram juntas um projeto que pretende alimentar a internet com 100% de energia renovável. Seguindo com a ideia de ser mais amiga do meio ambiente, a Apple, apresentou o projeto sustentável da sua nova sede, de autoria do renomado arquiteto Norman Foster. Agora é a vez do Google anunciar o projeto para o seu novo campus verde.

A nova sede sustentável do Google está sendo projetada pelo grupo de arquitetos Bjarke Ingels Group (BIG) junto com o estúdio de arquitetura Heatherwick, e  será construída na cidade de Mountain View, na famosa região do Vale do Silício, na Califórnia.

google sede sustentável

 

sede sustentável do Google

A idéia é, em vez de construir edifícios de concreto imóveis, criar estruturas leves que possam ser movimentadas facilmente, adaptando-se as necessidades da empresa. Grandes coberturas translúcidas cobrirão os espaços, controlando o clima interno, deixando entrar luz e ar.

Com muitas árvores, belo paisagismo, cafés e ciclovias que circundam estas estruturas com conceitos de arquitetura bioclimática, o objetivo é eliminar a distinção entre os edifícios e natureza.

Para os diretores da empresa, o projeto é muito mais do que apenas o espaço de escritórios; trata-se de fazer mais para a comunidade local também. Os espaços e as ciclovias serão de uso comum e as oportunidades de varejo, como restaurantes, serão abertas para as empresas locais.

sede sustentável google

 

Além das estratégias sustentáveis do projeto; como ventilação e iluminação natural, estruturas leves, estímulo a utilização de transportes livres de combustíveis fosséis e uso de energia renovável; com a implantação das áreas verdes pretende-se também aumentar a biodiversidade do local

sede sustentável do Google sede sustentável do Google

Com este projeto, o Google quer provar que a tecnologia e inovação podem andar juntos com o desenvolvimento sustentável. Uma maneira de compensar, mesmo que apenas em parte, as enormes emissões de carbono produzidos por seus servidores gigantes e muitas outras invenções de tecnologia avançadas desenvolvidas pela empresa.

O vídeo abaixo (em inglês) mostra como será a construção da nova sede sustentável do Google:

 

Imagens: Divulgação

Selo Procel Edificações: Certificado de Eficiência Energética em Edificações

O Selo Procel Edificações identifica as edificações que apresentem as melhores classificações de eficiência energética.

Trata-se de um instrumento de adesão voluntária, estabelecido em novembro de 2014.

Sabemos que o setor da construção civil tem extrema importância no mercado de energia elétrica. Representa cerca de 50% do consumo de eletricidade do País, por isso a importância de motivar o mercado consumidor a adquirir e utilizar imóveis mais eficientes.

Nos edifícios comerciais, de serviços e públicos são avaliados três sistemas:

– Envoltória,

– Iluminação,

– E condicionamento de ar.

Já nas Unidades Habitacionais são avaliados:

– Envoltória

– e o sistema de aquecimento de água.

O Selo pode ser outorgado tanto na etapa de projeto, válido até a finalização da obra, quanto na etapa da edificação construída.

Os Selos são emitidos pela Eletrobras Procel após a avaliação realizada por um Organismo de Inspeção Acreditado (OIA) pelo Inmetro, com escopo de Eficiência Energética em Edificações – OIA-EEE.

Uma edificação que inicia com um projeto eficiente tem potencial de economizar 50% de energia elétrica. Entretanto as edificações construídas que recebam um retrofit, o ganho em termos de economia de energia pode eventualmente atingir 30%.

Fala-se em potencial pois se não receberem correta manutenção, os edifícios ainda que certificados, provavelmente não atingiram a eficiência energética esperada.



Diferença entre a Etiqueta Procel Edifica e o Selo Procel Edificações:

– O Procel Edifica é um subprograma do Procel criado em 2003, com a finalidade de promover a eficiência energética nas edificações.

Através deste criou-se a “Etiqueta PBE Edifica” que classifica de A (mais eficiente) a E (menos eficiente) a eficiência energética dos edifícios, semelhante a que encontramos em eletrodomésticos e veículos.

Dependendo do critério de desempenho avaliado, a etiqueta recebe nomes diferentes. Quando a principal informação é a eficiência energética do produto ou da edificação, por exemplo, ela se chama Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE).

Entretanto é mais uma identificação do que um certificado, considerando que ela apenas classifica o desempenho. Qualquer edificação que solicitar a etiqueta pode recebê-la, mesmo tendo um mau desempenho na avaliação.

– O Selo Procel Edificaçõetambém faz parte do programa Procel Edifica, mas diferente da etiqueta que apenas classifica, o selo identifica as edificações que apresentem as melhores classificações de eficiência energética em uma dada categoria.

Assim sendo, só podem receber o selo as edificações que obtiverem ótimo resultado na avaliação do programa; classe A em cada um dos três sistemas analisados.

Até o momento, dezesseis edificações receberam o selo, sendo sete na fase de projetos e nove edificações concluídas.

Entre elas, duas da Eletrosul: o retrofit do edifício sede, em Florianópolis; e a nova construção do setor de manutenção da empresa, localizada também em Santa Catarina, mas no município de Campos Novos.

Selo Procel edificações - Sele Eletrosul
Sede Eletrosul – Imagem: Eletrosul

Hangar Business Park - Salvador - Imagem: Divulgação
Hangar Business Park Salvador- Selo Procel Edificações: etapa projeto  – Imagem: Divulgação

 Publicações técnicas relacionadas:

Regulamento Selo Procel Edificações

– Critérios técnicos para o Selo Procel Edificações Comerciais

 Manual de Identidade Visual do Selo Procel Edificações

Equivalência do Selo Procel Edificações com o LEED:

O Comitê Diretivo do LEED aprovou um Alternative Compliance Path (ACP) com a finalidade de comprovar o segundo pré-requisito de Energia e Atmosfera do LEED -EAp2, que trata do desempenho energético mínimo no sistema de classificação LEED BD & C de 2009.

Desse modo, a demonstração da conformidade com as exigências do pré-requisito atualmente pode ser feita através do Selo.

Sendo assim, o novo sistema pode ser aplicado a as edificações comerciais, de serviços e públicas. Com exceção dos edifícios destinados à assistência médica, data centers, instalações industriais, armazéns e laboratórios.



Arquiteto Frei Otto é o vencedor do Pritzker 2015

O alemão Frei Otto foi anunciado ontem como o vencedor do prêmio Pritzker de 2015, um dia depois de sua morte, aos 89. Segundo o júri, o arquiteto e engenheiro praticou e avançou ideias de sustentabilidade muito antes do tema estar em voga.

O anúncio, que estava previsto para ser divulgado no dia 23 de março, foi antecipado devido ao falecimento do arquiteto. Mas o arquiteto já havia recebido a notícia do prêmio pessoalmente em sua casa, quando teve oportunidade de agradecer ao júri e a sua família.

“Nunca fiz nada para ganhar este prémio. O sentido da minha arquitectura foi desenhar novos tipos de casas para ajudar as pessoas mais pobres especialmente após desastres naturais e catástrofes. Mas eu não poderia receber coisa melhor do que ganhar este prémio. Usarei o tempo que me resta para continuar a fazer aquilo que sempre fiz, que é ajudar a humanidade. Sou um homem feliz”, disse o arquitecto alemão

Frei Otto nasceu em Siegmar, Alemanha, em 31 de Maio de 1925, e cresceu em Berlim, “Frei” em alemão significa “livre”; sua mãe pensou no nome depois de participar de uma palestra sobre a liberdade.

Frei Otto Parque Olímpico de Munique
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Frei Otto Parque Olímpico de Munique
Parque Olímpico de Munique – Uma das obras mais conhecidas de Frei Otto

Em 1943, Otto foi chamado para o serviço militar, em abril de 1945 foi capturado e se tornou um prisioneiro de guerra. Ele permaneceu por dois anos em um campo de prisioneiros perto de Chartres, na França. Lá ele trabalhou como arquiteto de campo; e ali aprendeu a construir muitos tipos de estruturas com o mínimo de material possível.

Depois da guerra, em 1948, Frei Otto voltou a estudar arquitetura na Universidade Técnica de Berlim. Sua arquitetura seria sempre uma reação aos pesados edifícios, com colunas construídas para uma suposta eternidade.

A obra de Otto, ao contrário, era leve, aberta para a natureza, democrática, de baixo custo, e às vezes até temporária.

Ele também estudou sociologia e desenvolvimento urbano na Universidade de Virginia, EUA, e realizou um doutorado de engenharia civil, em 1954, na mesma universidade que se graduou em Berlim.

Frei otto - Pavilhão do Japão
Pavilhão do Japão na Expo2000 – Foto: © Hiroyuki Hirai

Era conhecido por suas tensoestruturas, coberturas monumentais e de aparência leve para grandes instalações, como a do Parque Olímpico de Munique para os Jogos Olímpicos de Verão de 1972 (com Behnisch + Partner e outros), a do pavilhão alemão em 1967 Internacional e Exposição Universal (Expo 67), a do pavilhão do Japão na Expo 2000, em Hannover, na Alemanha (em 2000, com Shigeru Ban, vencedor  do Prêmio Pritzker de 2014), além de uma série de estruturas de tendas para exibições federais na Alemanha na década de 1950, e por seu trabalho no Oriente Médio.

Pioneiro no uso de modernas e leves estruturas de tendas, ele foi atraído para elas, em parte, pelos seus valores econômicos e ecológicos.  Também trabalhou com outros materiais e sistemas construtivos tais como o bambu, e treliças de madeira.

Diplomatic Club Heart Tent. Image © Atelier Frei Otto Warmbronn
Diplomatic Club Heart Tent. Image © Atelier Frei Otto Warmbronn

O pavilhão alemão da Expo 67, criado em colaboração com Rolf Gutbrod e Fritz Leonhardt, foi sua estreia internacional como um arquiteto, sendo um dos primeiros exemplos de edifício solar passivo em grande escala.

Frei Otto_Pavilhão da Alemanha - Expo 67
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Além de ter sido professor em renomadas universidades, Otto fundou várias instituições e escreveu alguns livros, como o Biologia e Construção (Biology and Building,1972).

“Ele adotou uma definição de arquiteto que incluiu também a de pesquisador, inventor, engenheiro, construtor, professor, colaborador, ambientalista, humanista e criador de espaços e prédios memoráveis”, diz a nota do júri do Pritzker, justificando a escolha por Otto

Ele acreditava em fazer uso eficiente e responsável dos materiais, e que a arquitetura deve ter um impacto mínimo no meio ambiente. Frei Otto era um utópico que nunca deixou de acreditar que a arquitetura pode fazer um mundo melhor para todos.

Em produção com colaboração do canal de televisão PBS CPT12,  o documentário Frei Otto: Spanning The Future, pretende divulgar o perfil do arquiteto, que apesar de ter uma obra excepcional não era muito conhecido para o público em geral.

Eficiência energética em edifícios é tema de curso promovido pelo MMA

O Curso de eficiência energética em edifícios tem como objetivo treinar profissionais sobre regras e normas vigentes no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE).

O Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com a Escola de Administração Fazendária (Esaf), oferecerá 240 vagas para interessados na certificação de eficiência energética de edifícios. Os cursos e oficinas ocorrerão em Brasília, Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Recife e Rio de Janeiro a partir do dia 10 de março.

As inscrições podem ser feitas por e-mail, com até três dias de antecedência da oficina ou do curso. Cada turma tem 30 vagas e é destinada às equipes de engenharia e manutenção de órgãos públicos de todo o País.

O objetivo é sensibilizar os profissionais para a etiquetagem de eficiência energética, conforme o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), e o rebatimento desse processo nas licitações.

Metodologias:

Com caráter prático e duração de quatro horas, as oficinas apresentarão metodologias de extração de dados para a etiquetagem dos sistemas com o objetivo de analisar o custo-benefício a partir de situações reais.

Já os cursos têm 16 horas de encontros presenciais e quatro horas na modalidade de educação a distância. Entre os conteúdos, estão o histórico do processo, a certificação no contexto dos pregões públicos e os cálculos de etiqueta geral.

Saiba mais:

A Etiqueta PBE Edifica faz parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e foi desenvolvida em parceria entre o Inmetro e a Eletrobrás/PROCEL Edifica. As etiquetas podem ser obtidas para edificações comerciais, de serviços, públicas e residenciais. O selo atesta que o prédio atende aos requisitos de desempenho e, em alguns casos, de segurança estabelecidos em normas e regulamentos técnicos.

Relacionado: Saiba mais sobre selos e certificações para construções sustentáveis.

Atualmente, o PBE é composto por 38 Programas de Avaliação de Conformidade em diferentes estágios de implantação, que incluem desde a etiquetagem de eletrodomésticos como fogões e geladeiras até os automóveis e edificações. As etiquetas prestam informações sobre o desempenho e a eficiência energética dos produtos.

Cronograma dos cursos de eficiência energética em edifícios:

Oficinas

Belo Horizonte – 10 de março
Brasília – 10 de março
Rio de Janeiro – 16 de abril
Curitiba – 24 de maio

Cursos

Rio de Janeiro: 13 a 15 de abril
Curitiba: 21 a 23 de maio
Belém: 2 a 4 de junho
Recife: 9 a 11 de junho

Eficiência energética em edifícios
Esplanada dos Minístérios: eficiência energética – Foto: Paulo de Araújo/MMA

Fonte: MMA Por: Lucas Tolentino

Torre Eiffel sustentável: o ícone de Paris agora tem energia eólica

O maior ícone de Paris e a atração turística mais famosa do mundo está cada vez mais sustentável, a Torre Eiffel, será abastecida por energia renovável. Recentemente foram instaladas duas turbinas eólicas capazes de gerar 10 mil kWh de energia.

As turbinas foram instaladas no segundo nível da Torre Eiffel, um ponto alto, onde a produção da energia do vento é maximizada, a energia produzida por elas será usada para alimentar o primeiro andar da torre, onde estão localizados os museus, restaurantes e lanchonetes.

 

Torre Eiffel Sustentável - energia eólica
Foto: Divulgação UGE

Além das turbinas eólicas, as medidas para tornar a Torre Eiffel sustentável, incluem iluminação LED e um sistema de recuperação de água da chuva que canaliza a água diretamente para os sanitários do local. O retrofit completo irá custar aproximadamente 30 milhões de euros.

As turbinas são pequenas e pintadas de modo a não causarem tanto impacto visual no monumento. Na verdade a Torre Eiffel já é 100% alimentada por energia renovável, produzida fora do local, a instalação das turbinas é também uma manifestação publicamente visível  da meta de sustentabilidade de Paris, uma maneira de chamar atenção para todos para a necessidade de utilizar energias renováveis, já que a torre é um dos monumentos mais visitados do mundo.

O projeto faz parte da meta da cidade para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 25% até 2020 e 75% até 2050.

 



O que é a Agenda 21 e a sua importância para a construção de cidades sustentáveis

O que é a Agenda 21?

A Agenda 21 é uma programa global para o desenvolvimento sustentável, um instrumento de planejamento participativo para a construção de sociedades sustentáveis, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.

Foi um dos principais resultados da Eco-92, conferência que aconteceu no Rio de Janeiro em 1992.

No documento estabeleceu-se a importância de cada país a se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não-governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas socioambientais.

De certa forma, o Plano de Implantação de Johannesburgo, aprovado em setembro de 2002, ao final da Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, substitui em parte a Agenda 21 Global no cenário internacional.

Agenda brasileira:

As ações prioritárias da Agenda brasileira são os programas de inclusão social (com o acesso de toda a população à educação, saúde e distribuição de renda), a sustentabilidade urbana e rural, a preservação dos recursos naturais e minerais e a ética política para o planejamento rumo ao desenvolvimento sustentável.

Mas o mais importante ponto dessas ações prioritárias, segundo este estudo, é o planejamento de sistemas de produção e consumo sustentáveis contra a cultura do desperdício

Foi coordenado pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 (CPDS); construído a partir das diretrizes da Agenda 21 Global; e entregue à sociedade em 2002.

 Agenda 21

 

A Agenda 21 Local:

É o processo de planejamento participativo de um determinado território que envolve a implantação de um Fórum de Agenda 21. Composto por governo e sociedade civil, o Fórum é responsável pela construção de um Plano Local de Desenvolvimento Sustentável, que estrutura as prioridades locais por meio de projetos e ações de curto, médio e longo prazos. Pode ser construída e implementada em municípios ou em quaisquer outros arranjos territoriais

O MMA publicou o Passo-a-Passo da Agenda 21 Local, que propõe um roteiro organizado em seis etapas: mobilizar para sensibilizar governo e sociedade; criar um Fórum de Agenda Local; elaborar um diagnóstico participativo; e elaborar, implementar, monitorar e avaliar um plano local de desenvolvimento sustentável.

O MMA criou também o Sistema Agenda 21 – um banco de dados de gestão descentralizada que permite o compartilhamento de informações – para que o público possa saber mais sobre as experiências no Brasil.

Para que uma Agenda Local seja constituída, é imperativo que sociedade e governo participem de sua construção.

A Agenda e a construção de Cidades Sustentáveis:

Uma cidade sustentável é aquela onde prioriza-se a qualidade de vida da população antes do crescimento econômico e outros interesses. Garantindo a disponibilidade dos recursos naturais à comunidade, para que viva em harmonia com seu meio ambiente.

Os caminhos para se aproximar ao ideal de sustentabilidade nas cidades podem ser traçados pela  Agenda 21 local.

Os temas abordados são: uso e ocupação do solo; planejamento e gestão urbana; habitação e melhoria das condições ambientais; serviços de saneamento, água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem; prevenção, controle e mitigação dos impactos ambientais; relação economia x meio ambiente urbano; conservação e reabilitação do patrimônio histórico; transporte; e rede urbana e desenvolvimento sustentável dos assentamentos humanos.

O último levantamento realizado deflagrou, até então, 544 experiências entre as municipais, estaduais e regionais. Um exemplo é a do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que está sendo construído em Itaboraí.

Um exemplo internacional bem sucedido é a Agenda 21 de Barcelona. Depois de um longo processo participativo, Barcelona concretizou sua Agenda com o Compromiso Ciudadano por la Sostenibilidad 2002-2012, um documento amplamente discutido que define os princípios, objetivos e linhas de ação para avançar até a uma cidade melhor.

Referências: Ibram, MMA, PNUMA, Agenda 21 de Barcelona e Wikipedia

Incríveis jardins verticais em Nova Iorque

Alex Kosovsky projeta jardins verticais em Nova Iorque de tirar o fôlego, são verdadeiras e majestosas tapeçarias verdes que necessitam baixíssima manutenção.

Com apenas 18 anos de idade, o então adolescente transformou seu amor pela água e o gosto de trabalhar com madeira em um negócio, começando sua própria empresa de design de aquários personalizados para os nova-iorquinos.

Fundou em 1996 o Aqua Design Group, e sua mente criativa manteve-se em sintonia com a integração de elementos naturais para ambientes construídos. Seus aquários ornamentados, estão presentes em marcos emblemáticos tais como o Lincoln Center Atrium e o World Trade Center Memorial.

Mas talvez as mais fascinantes de todas as criações de Kosovsky, sejam suas paredes verdes primorosamente concebidas, que incluem plantas vivas e espécies preservadas que não necessitam manutenção para se manterem.

 jardins verticais em Nova Iorque
 jardins verticais em Nova Iorque

Através do desenvolvimento de um sistema único (um segredo comercial que eles guardam a sete chaves), Kosovsky e sua equipe de especialistas criam paredes verdes que não necessitam de rega, iluminação, solo, poda, ou controle de temperatura.

Construído com plantas de verdade que passam por um processo especial, estas belas muralhas de vegetação são preservadas para manter seu aspecto estético.

Suas paredes vivas são projetadas com a baixa manutenção e baixo consumo de energia em mente, usando um quadro escondido que suporta os sistemas de raiz e que permite que as plantas caiam em cascata elegantemente até o chão dentro de um sistema auto-suficiente que suporta a recolha eficiente da água, irrigação e drenagem adequada.

Jardim Vertical em escritórios
jardins verticais em Nova Iorque

As plantas são escolhidas exclusivamente por sua cor, aparência e formas derivadas dos princípios do Feng Shui. A

s plantas, que representam a energia da madeira no Feng Shui, incentivam a energia vibrante e o crescimento, ao mesmo tempo que purificam o ar naturalmente. O imenso amor de Alex pela natureza é evidente onde quer que seu trabalho esteja presente,

“Eu me orgulho pessoal e igualmente de cada projeto em que estou investindo”, diz Kosovsky. “A minha equipe de peritos e eu somos capazes de trabalhar com os quatro elementos; ar, fogo, água e terra-e combiná-los com vários metais, vidro e pedra todos integrados com os sistemas mecânicos e elétricos que nos permitem transmitir a vida e a harmonia em torno dos elementos arquitectónicos e dos ambientes ao ar livre. “

jardins verticais em Nova Iorque
jardins verticais em Nova Iorque

Fonte: Inhabitat

Imagens: Aqua Design Group

Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental – Fitabes

A Fitabes – Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental, reúne as principais empresas do setor para expor as novidades em tecnologias, produtos, serviços e equipamentos a um público altamente qualificado. É a maior e mais expressiva feira de tecnologias de saneamento ambiental de toda a América Latina.

Este ano, a 11ª edição do evento, acontecerá no Riocentro e terá entre os temas tratados o grande potencial de crescimento do setor no país

O mercado estará voltado para o potencial do segmento de saneamento básico em todo país. De acordo com os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS 2012), menos da metade da população brasileira (48,3%) têm acesso à coleta de esgoto e apenas 38,7% dos esgotos do país são tratados. A meta estabelecida pelo Governo Federal através do Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) é de dentro de duas décadas, o Brasil alcance a universalização dos serviços de coleta e tratamento de esgoto e abastecimento de água. O valor estimado é de investimento de R$ 508,4 bilhões até 2033, em recursos públicos e da iniciativa privada.

O Instituto Trata Brasil, uma OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, formado por empresas com interesse nos avanços do saneamento básico e na proteção dos recursos hídricos do país, monitora as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em municípios com população superior a 500 mil habitantes. Ao final do ano passado, o instituto avaliou o andamento de 219 grandes obras espalhadas por todo país – sendo 149 obras de esgotos e 70 obras de água. Juntas, somam investimentos de R$ 10,31 bilhões (R$ 8,32 bilhões para esgotos e R$ 1,99 bilhões para água).

As principais fontes de financiamento são os recursos do Orçamento Geral da União (OGU), que respondem por R$ 3,47 bilhões (33,7%), financiamentos da Caixa Econômica Federal – R$ 5,17 bilhões (50,2%) e BNDES com R$ 1,66 bilhão (16,1%).

“O objetivo do Fitabes é oferecer conteúdo qualificado, apresentando as inovações e últimas tecnologias para o setor. Esse evento gera um excelente ambiente de negócios, integrando e fomentando oportunidades onde existe uma demanda latente”, afirma Victor Montenegro, diretor de negócios da feira, acrescentando que estarão presentes cerca de 200 marcas expositoras entre as companhias nacionais e internacionais. São esperados cerca de 9 mil visitantes. “É um mercado em crescimento que oferece ótimas oportunidades”, comenta.

Com promoção e organização da Fagga | GL events Exhibitions e realização da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), o evento acontecerá em paralelo ao 29º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Serão apresentadas palestras, debates, painéis e mesas-redondas, com a exposição de cases e experiências bem sucedidas.

Serviço:

Data: 04 a 07 de outubro

Local: Riocentro – Av. Salvador Allende, 6.555 | Barra da Tijuca | Rio de Janeiro

 

Fonte: Segs

Casa de terra eco-eficiente na Austrália

Esta casa de terra batida mostra que a simplicidade pode ser impressionante e eficiente. Além da utilização de materiais naturais, a casa gera a sua própria energia e captura a água da chuva para seu consumo.

Localizada no nordeste de Victoria, na Austrália, em um local relativamente remoto sem abastecimento de energia e água, a casa tem design simples e compacto.

Respondendo às condições climáticas relativamente severas, utiliza materiais com boas propriedades térmicas e técnicas passivas de construção.

casa de terra Australia
casa de terra e autossuficiente

Elementos construtivos foram racionalizados para atender às restrições de orçamento e tempo, bem como para reduzir o desperdício durante a construção.


O telhado foi pré-fabricado permitindo grandes vãos livres e também reduziu o tempo de construção no local.

Aliás, o telhado tem grande importância no projeto, seu formato em borboleta facilita o recolhimento da água da chuva e a ventilação cruzada. É nele também que estão localizados os painéis fotovoltaicos que geram toda a energia da casa.

casa de terra Australia

A água da chuva recolhida fica armazenada em um tanque de 110 mil litros e recebe tratamento no local para ser reutilizada para o consumo da família.

A residência tem um único aquecedor, e não necessita de ar condicionado para conforto térmico, graças as técnicas passivas da construção. 

As janelas estão situadas de maneira a facilitar a ventilação cruzada e a iluminação natural .

residência ecológica Australia
interior casa de terra
interior residência ecológica

O projeto é do escritório de arquitetura Steffen Welsch, o primeiro  onde aplicaram os princípios do design ambientalmente sustentável por toda parte.


Destaques do projeto da casa de terra:

– Paredes de taipa
– Técnicas Passivas
– Captação de energia solar
Ventilação natural
– Elementos de construção pré-fabricados
– Tanques para captação de água de chuva de 110.000 litros

Fotos: Steffen Welsch Architects

ONGs que constroem casas e esperança

Organizações não governamentais que ajudam a concretizar o sonho da moradia própria e levam esperança aos menos favorecidos financeiramente no Brasil.

– ONG TETO:

ONGs que constroem casas
Imagem: Divulgação ONG teto

É uma organização, criada no Chile, presente na América Latina e no Caribe, que busca superar a situação de pobreza em  que vivem milhões de pessoas nos assentamentos precários, através da ação conjunta de seus moradores e  jovens voluntários.

Com a implementação de um modelo de intervenção focado no desenvolvimento comunitário, TETO busca, através da construção de moradias de emergência, programas de Habilitação Social e trabalho em rede, construir uma sociedade justa e sem pobreza, onde todas as pessoas tenham a oportunidade de desenvolver suas capacidades e exercer plenamente seus direitos.

Recentemente a ONG selou uma parceria com a FSC para o uso de madeira certificada em todas as suas construções. A parceria entre as duas instituições reforça a preocupação com a sociedade e o meio ambiente.

Para colaborar com doações para a ONG Teto: https://www.techo.org/paises/brasil/seja-amigo-do-teto/formulario/

– ONG HABITAT

ONGs que constroem casas
Imagem: Divulgação ONG Habitat

É uma organização, sem fins lucrativos, que tem como causa a promoção da moradia como um direito humano fundamental e como meta a eliminação de todas as formas de moradia inadequada. HPH Brasil faz parte da rede internacional Habitat for Humanity (HFH) fundada em 1976 e presente em mais de 70 países.

No Brasil desde 1992, HPH Brasil articula e apóia o desenvolvimento de comunidades, por meio de ações de construção, reforma e melhoria de unidades habitacionais; regularização urbanística e fundiária de assentamentos. O objetivo dessas ações é viabilizar condições adequadas de habitabilidade para que famílias e comunidades, em situação de vulnerabilidade, tenham um lugar seguro para viver e se desenvolver.

A organização também possui linhas de atuação voltadas para iniciativas de gestão de microcrédito, educação financeira e ações de fortalecimento do protagonismo comunitário.

Além disso, a HPH Brasil apóia os Movimentos de Luta por Moradia, participando do Fórum de Reforma Urbana e de instâncias de gestão democrática no campo do desenvolvimento urbano (conselhos e conferências), como também influencia os processos de construção das Políticas Públicas urbanas e habitacionais.

Para colaborar com doações para a ONG Habitat: doe.hph.org.br

As duas ONGs que constroem casas e esperança, além de receberem ajudas financeiras, promovem trabalhos voluntários para quem quer quiser botar a mão na massa.

Bar tem decoração com materiais reaproveitados

Uma antiga bodega do século XIX na Ucrânia, foi transformada em um bar moderno  e estiloso com decoração com materiais reaproveitados.

O Shustov Brandy Bar, que também funciona como uma espécie de museu de conheque e brandy, foi projetado em 2013 pelo escritório de arquitetura e design  Studio Belenko e fica localizado na cidade de Odessa.

decoração com materiais reaproveitados

A decoração é elegante mas tem uma pegada ecológica, mostrando que é possível aliar sofisticação com sustentabilidade.

As paredes foram revestidas com barris reaproveitados e o teto do segundo andar foi coberto por garrafas de brandy, o que conferiu ao local um ambiente diferenciado e uma iluminação especial.

As mesas foram feitas de madeira de carvalho também reaproveitadas de barris.

decoração com materiais reaproveitados
BarUcrania-7
Shustov Brandy Bar tem decoração com materiais reaproveitados

Foram utilizadas 20000 unidades de garrafas de brandy para compor o teto do segundo andar.

bar tem decoração com materiais reaproveitados
Bar U Brandy
decoração com materiais reaproveitados

Não foi informado se outras medidas sustentáveis  foram aplicadas ao projeto, mas a criativa decoração com materiais reaproveitados.serve de grande inspiração.

Fotos: Pavel Babienko

 

Casa passiva em bambu na França

O conceito de casas passivas (Passivhaus) tem tomado força nos países europeus. Essa casa construída em Paris é um dos exemplares mais bonito. A riqueza de detalhes arquitetônicos e a sua segunda pele de bambu  resultam em um bom exemplo de união de beleza e sustentabilidade.

Essa casa passiva em bambu foi construída em 2010 na cidade de Bessancourt , projetada  pelo escritório de arquitetura francês Karawitz, e a primeira a receber a certificação PassivHaus no país.

Passivhaus Casa

O sucesso do projeto começou com a boa orientação da casa.

Todos os cômodos estão voltados para a fachada sul, como está localizada no hemisfério norte  é fachada que recebe mais radiação solar, onde estão localizados os painéis fotovoltaico.

casa passiva em bambu - planta baixa
Passivhaus Casa15



Um dos princípios fundamentais da certificação alemã, é a preocupação com as pontes térmicas e as esquadrias, neste caso a solução foi a utilização de vidros triplos e portas e janelas pré -fabricadas com excelente isolamento térmico.

Aliados a aplicação da segunda pele em bambu, que protege a casa do sol, conferiram um ótimo resultado de eficiência energética a edificação.

Segunda pele em bambu - passivhaus

Uma ventilação mecânica garante a recuperação de calor e a entrada de ar fresco no interior.

A casa passiva em bambu se adapta a todas as estações do ano, no verão ela se abre, e o seus moradores podem desfrutar da varanda.

casa passiva em bambu
casa passiva em bambu

O projeto de interiores é simples e moderno, se beneficia dos jogos de luzes da iluminação natural e possui revestimentos naturais.

casa bassiva em bambu
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casa passiva em bambu - interior
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Imagens cedidas por Karawitz

Conheca os 7 princípios básicos da PassivHaus.



Biblioteca pública do RJ tem certificação LEED Ouro

A  Biblioteca Pública Estadual do Estado do Rio de Janeiro é a  1ª no Brasil a alcançar a certificação LEED Ouro, reaberta em março deste ano, com um projeto de construção mais eficiente, que contempla energia solar, reaproveitamento das águas das chuvas, uso de madeira certificada, entre outras medidas de sustentabilidade.

O prédio projetado originalmente por Glauco Campelo nos anos 1980, recebeu um retrofit verde que contou com projeto de interiores assinado por Bel Lobo e consultoria de sustentabilidade da Casa do Futuro.

Algumas das características sustentáveis acrescentadas ao edifício foram a produção de energia elétrica proveniente de fontes renováveis e reaproveitamento das águas das chuvas na irrigação, vasos e mictórios.

Com a reforma a biblioteca reduziu o consumo de energia elétrica em aproximadamente 28%, e o de água em 45%.

Biblioteca RJ Interior
Fotos: Bibliotecários sem Fronteiras

Segundo a arquiteta Danielle Garcia, da Casa do Futuro, os custos operacionais de um edifício sustentável são reduzidos de forma significativa.

Além disso, são minimizados os impactos ambientais associados à geração e consumo de água e energia.  

No caso da Biblioteca Parque Estadual, a performance será garantida pela implantação de tecnologias como os painéis fotovoltaicos, o uso de vidros duplos de proteção solar e baixa reflexão, que reduzem em até 52% a entrada de calor; e a instalação de telhados verdes com área total de mais de 2.000 metros quadrados, que vão contribuir para o maior conforto térmico da edificação, além de reduzir o efeito “ilha de calor”, comum em centros urbanos.

Biblioteca pública do RJ recebe a certificação LEED Ouro
Foto: cestanne.com

A Light financiou o desenvolvimento e deu apoio, ,por meio do programa estadual Rio Capital da Energia, na construção de uma área de aproximadamente 2.000m² de ecotelhado nos prédios principal e administrativo, mais uma usina de geração de energia fotovoltaica.

O  equipamento fornece cerca de 40 kWp de potência instalada e 50 MWh por ano. Foram implantados 162 módulos monocristalinos, apoiados em estrutura fixada na cobertura, e seis inversores que transformarão a energia para uso no sistema elétrico. A usina compensará 132,5 toneladas de CO2.

energia solar em biblioteca no RJ
Usina de Energia Solar – Fotos: rj.gov.br

Além disso, a madeira do piso do salão principal da biblioteca é certificada FSC, que garante o manejo responsável das florestas, os jardins respeitam a diversidade necessária para garantir a vida e seu ecossistema, a instalação dos bicicletários que ajuda a desestimular o uso de automóveis, e um espelho d’água no pátio interior que cria um micro-clima e refresca.

biblioteca sustentável no rio de janeiro
Foto: cestanne.com
biblioteca verde

Toda essa tecnologia será devidamente explicada aos cerca de 1,5 milhões de visitantes que passarão pelo prédio de 15 mil metros quadrados a cada ano. Eles encontrarão totens com informações sobre a estrutura da biblioteca verde e sobre a importância da educação ambiental.
Foto: cestanne.com

Fonte: Casa do Futuro e BPE

Exposição no Moma de Urbanismo em Metrópoles tem estudo sobre o Rio de Janeiro

Exposição no Moma sobre Urbanismo em Metrópoles – Uneven Growth, Tactical Urbanisms for Expanding Megacities é um projeto desenvolvido pelo MoMa, de Nova York para estudar novas possibilidades arquitetônicas capazes de atender ao crescimento rápido e irregular de seis metrópoles mundiais: Hong Kong, Istambul, Lagos, Mumbai, Nova Iorque e Rio de Janeiro.

O resultado desse trabalho, ao longo de 14 meses, estará sendo exibido no Museu de 22 de novembro de 2014 a 10 de maio de 2015.

Nos últimos anos, a abordagem do urbanismo tático surgiu na forma de iniciativas cotidianas, diárias, de baixo para cima, de forma a atender a problemas locais, em contraponto a uma noção clássica de planejamento, de cima para baixo. O evento Uneven Growth (crescimento desigual) questiona se os profissionais de arquitetura e desenho urbano podem aprender com essa evolução e apresentar propostas urbanísticas baseadas nessas práticas intuitivas.

Estudos de caso das cidades e equipes:

Nova Iorque: SITU Studio, New York, e Cohabitation Strategies (CohStra), Rotterdam e New York

Urbanismo em Metrópoles - Moma NY
A outra Nova Iorque. 2014. Cooperative Housing Trusts. ). Cortesia: Cohabitation Strategies (CohStra)

 

Rio de Janeiro: RUA Arquitetos, Rio de Janeiro, e MAS Urban Design, ETH Zurich

Urbanismo em Metrópoles -Mostra Moma Rio
A maneira carioca de fazer cidades. 2014. Varanda Products panorama. Cortesia: RUA Arquitetos e MAS Urban Design, ETH Zurich

 

Mumbai: URBZ: cidades geradas por usuários, Mumbai, e Ensamble Studio/MIT-POPlab, Madrid e Cambridge

Moma Mumbai
Reivindicando crescimento. 2014. Perspectiva de Mumbai . Cortesia: Ensamble Studio/MIT-POPlab

 

Lagos: NLÉ, Lagos e Amsterdam, e Zoohaus/Inteligencias Colectivas, Madrid

Urbanismo em Metrópoles - Exposicao no Moma - Lagos
Lagos Amanha. 2014. Water. Cortesia: NLÉ e Zoohaus/Inteligencias Colectivas

 

Hong Kong: MAP Office, Hong Kong, e Network Architecture Lab, Columbia University, New York

-Uneven Growth, Tactical Urbanisms for Expanding Megacities - Moma Hong Long
Hong Kong 2014. A ilha de excedente. Cortesia MAP Office

 

Istambul: Superpool, Istanbul, e Atelier d’Architecture Autogérée, Paris

-Uneven Growth, Tactical Urbanisms for Expanding Megacities - Moma Istambul
Istambul: Táticas para desenvolvimento pós-urbano resiliente. 2014. KITO compound. Cortesia Atelier d’Architecture Autogérée

 

A exposição apresenta proposta de desenho urbano com desenhos, representações, animações e vídeos produzidos por seis equipes interdisciplinares de profissionais locais e especialistas internacionais, cada um tratando de uma cidade específica. E, para explorar ainda mais essas idéias, o Museu publicou um livro e criou um Tumblr que recolhe exemplos desse urbanismo de guerrilha nas seis cidades.

A mostra, que segue até maio de 2015, é organizada pelo Museu de Arte Moderna de Nova York, em colaboração com o Museu de Artes Aplicadas (MAK), de Viena.
Uneven Growth: Tactical Urbanisms for Expanding Megacities
22 de Novembro de 2014 a  10 de Maio de 2015
Architecture and Design Galleries, 3o andar
MoMa, Nova York
Informações no site do museu

 

Fonte: Mobilize  Autor: Marcos de Sousa

Livro – Tornando Nosso Ambiente Construído Mais Sustentável – Custos, Benefícios e Estratégias

O Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP) lançou o livro ” Tornando Nosso Ambiente Construído Mais Sustentável- Custos, Benefícios e Estratégias”, do norte-americano Greg Kats, especialista no estudo dos aspectos econômicos relativos à construção sustentável. O download gratuito da versão digital da obra em português foi disponibilizado pelo sindicato em seu portal – www.secovi.com.br/downloads .

Kats demonstrou satisfação em ter o seu livro traduzido para o português e de a versão eletrônica ser distribuída para um mercado tão grande como o brasileiro. “Está se tornando arriscado não construir prédios sustentáveis. Nos EUA, 50% dos prédios públicos construídos são verdes. A edificação de edifícios sustentáveis, que são mais eficientes, saudáveis e que oferecem mais qualidade, pode transformar o Brasil”, disse.

O livro foi apresentado pelo diretor de Sustentabilidade da entidade, Hamilton de França Leite Junior. Um dos principais dados, resultante de uma pesquisa com mais de 170 edifícios certificados, é que, em média, a construção de um prédio sustentável custa apenas 2% a mais que um convencional. “A percepção das pessoas é que esse custo adicional é de 17% – uma percepção errada”, afirmou. E este custo adicional é superado em quatro vezes pelos benefícios diretos (economia de água e energia, saúde etc.) proporcionados aos ocupantes da edificação.

Nas escolas verdes pesquisadas, houve incremento de 3% na produtividade, aprendizado e performance e redução de 3% no turnover de professores, 15% em pessoas com resfriado e gripe e 25% em asma. Já nos edifícios comerciais, os ganhos foram na valorização dos imóveis: a taxa de ocupação é 5% maior, o ganho com aluguel cresce 35% e o valor do imóvel aumenta em 64%, em comparação com os convencionais.

“O livro mostra que todo mundo ganha ao construir prédios sustentáveis, desde o loteador até o morador. Mas por que mais prédios verdes não são construídos?”, questionou Hamilton, já emendando a resposta baseada em sua pesquisa de mestrado sobre o mesmo tema: “Conflitos de interesses entre incorporador e usuário; visão de curto prazo do incorporador, cujo papel vai só até a entrega das chaves, ficando para os usurários usufruir os benefícios proporcionados pelo tipo de construção, entre outros”.

José Moulin Netto, do Green Building Council Brasil, enfatizou a importância de não se olhar somente os custos da construção, mas todo o ciclo, que chega a durar 50 anos na ocupação de um edifício, período em que os benefícios serão usufruídos.

As vantagens para a saúde e qualidade de vida dos ocupantes dos edifícios sustentáveis apontados no livro foram destacados por Marcelo Takaoka, do CBCS, e por Luiz Ceotto, da Tishman Speyer. “Todo Governo deveria olhar atentamente para o ambiente mais saudável proporcionado por esses prédios. Isso impacta diretamente o sistema de saúde das cidades”, ressaltou Takaoka. “O impacto dessas construções na vida do ser humano é um ponto pouco explorado no Brasil, e sempre ganha cunho político, pouco científico”, lamentou Ceotto.

Qualidade da informação e metodologia adotada na pesquisa realizada pelo autor do livro foram destacadas por Rafael Tello, pesquisador da Fundação Dom Cabral. “Precisamos de informações para dar sentido à construção sustentável. O livro serve de parâmetro para Brasil”, afirmou. Ele elogiou a transparência com que as informações são mostradas na obra de Kats.

“Se a construção sustentável traz benefícios, é necessário quebrar barreiras para ser mais adotada. É possível ter empreendimentos sem custo adicional. Basta escolher os requisitos”, disse. Em concordância com Tello, Greg Kats adicionou que “construções que não são sustentáveis estão ultrapassadas”.

 

Fonte: Secovi – SP

Arquitetura sustentável em loja de varejo na Inglaterra

Exemplo de arquitetura sustentável em espaços comercias, loja da famosa rede de varejo na Inglaterra, Marks & Spencer, combina uma série de soluções de sustentabilidade e ganhou a certificação excelente do Breeam, selo de construção sustentável.

A loja de Sheffield, construída em 2011, serve de modelo e inspiração para as novas unidades da rede. Foi a primeira vez que uma loja do Reino Unido teve toda a iluminação de LED e foi também a primeira a ganhar certificação FSC completa. O projeto de arquitetura é do escritório Lewis and Hickey.

jardim vertical Mark spencer
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 Conceitos de sustentabilidade da loja:

Transporte:

– Incentivo ao uso de bicicleta; com a instalação de um bicicletário feito de madeira certificada FSC e com um telhado verde.

-Incentivo ao uso de transporte público; uma tela LED no interior da loja informa os horários dos próximos ônibus em tempo real.

– Incentivo ao uso de veículos elétricos; com a instalação de um ponto de recarga e estacionamento preferencial

Arquitetura sustentável em loja - bicicletário com telhado verde
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MS carro eletrico
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Eficiência Energética:

– 100% do aquecimento na loja é fornecido pelo calor expelido das suas unidades de refrigeração.

– Toda a iluminação com lâmpadas de LEDs.

– Iluminação natural através de dutos.

Ventilação natural nas áreas de estoque e pessoal.

– Portas de vidro nos frigoríficos, economizam aproximadamente 45% da energia comparado aos sem portas.

Uso eficiente da água:

– O consumo de água foi reduzido em 46%

Uso da água da chuva tratada para abastecer todos os banheiros e irrigar o jardim vertical.

– Todas as torneiras possuem sensores automáticos



Materiais:

– Toda a madeira utilizada na loja tem a certificação FSC

– Todos os tijolos foram recuperados de uma fábrica abandonada em Manchester

–  O piso de de concreto recebeu um polimento especial e não houve a necessidade de receber revestimento.

Uso do solo:

– A unidade foi construída  em um terreno de uma antiga garagem de carros abandonada, considerado um terreno  Brownfields – termo que designa instalações industriais e comerciais abandonadas ou subutilizadas. A área foi recuperada.

Redução de resíduos:

– 98,2% do solo foi reutilizado no local e o restante foi tratado fora e reciclado.

Poluição e Ecologia:

Jardim vertical na fachada lateral,  contribui para o isolamento do edifício, age como um filtro da poluição e atrai os pássaros.

Telhados verdes no bicicletário e no abrigo dos carrinhos de compras

– Caixas para abrigo de pássaros foram colocadas ao redor do muro do terreno.

– 62 tipos de espécies de plantas estão incluídas no paisagismo ao redor da loja

Saúde e Bem-estar:

– O sistema de refrigeração é livre de HFC

Além das iniciativas na construção a loja incentiva várias ações sócio-ambientais.

Arquitetura sustentável em loja
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arquitetura sustentável em loja
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Todos os funcionários foram treinados para entender as características ambientais da loja e são incentivados a compartilhar essas informações com os clientes.



Placas informativas sobre suas ações sustentáveis estão espalhadas por todo o ambiente.

Arquitetura sustentável em loja
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arquitetura sustentável em loja na inglaterra
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Fotos: Juliana Rangel

Conhece mais exemplos de arquitetura sustentável em loja ou espaços comercias? Comenta aqui embaixo e compartilhe com seus contatos. 😉

Jardim de algas em viaduto transforma CO2 em combustível na Suiça

Um Jardim de algas, criado pelo The Cloud Collective para um festival de verão em Genebra, mostrou que mesmo em um ambiente urbano poluído como um viaduto, pode-se produzir biomassa para gerar energia.

O “jardim” se alimenta das emissões de CO2 dos carros que passam abaixo dele e da luz solar. Bombas e filtros regulam o sistema, como é demontrado na figura.

Jardim de algas no viaduto

A instalação foi um dos 13 jardins produzidos para o festival “Genève: Villes et Champs”. O festival centra-se na co-habitação do urbano e do natural dentro do contexto da expansão urbana de Genebra.

Um sistema de tubos transparentes ligado ao viaduto que também faz o papel de proteção dos ciclista e pedestres

Uma estrutura de aço suporta todos os equipamentos secundários, tais como bombas, filtros e painéis solares, e também funciona como um marcador do tráfego dos carros que passam debaixo.

Painéis didáticos fornecem informações detalhadas sobre o projeto para pedestres e ciclistas na ponte.

O projeto anuncia um futuro possível para a agricultura urbana: um futuro que inclui a produção de combustível e alimentos, a conservação de zonas verdes e a redefinição da infra-estrutura existente.

Jardim de algas no viaduto

Não sendo exatamente um jardim comum, os criadores justificaram a escolha do viaduto, um local completamente fora de sintonia da ideia do jardim de algas como um refúgio tranquilo e natural, para demonstrar que mesmo nestes locais é possível a produção de alimentos e biomassa.

Jardim de algas no viaduto

Imagens: Divulgação The Cloud Collective