Transformando sorvete em energia

Ben & Jerry tornou-se a primeira empresa de sorvete do mundo a suprir energéticamente uma de suas fábricas transformando subprodutos de sorvete em energia.

O BIOPAQ®AFR Biodigestor – também conhecido como “O Chunkinator” – está instalado e funcionando na fábrica da Ben & Jerry em Hellendoorn na Holanda, depois de um ano de testes.

O “Chunkinator” é um reator anaeróbio de flotação. Os resíduos de sorvete alimentam o seu tanque, onde 24 bilhões de microrganismos naturais quebram suas partículas, transformando-os em biogás.

Transformando sorvete em energia

Ao mesmo tempo águas residuais, utilizadas para a limpeza da fábrica, também alimentam o tanque com micro-organismos. O que faz com que seja original ,é que os fluxos das águas residuais que contém gordura e óleo são tratadas num reator compacto, em conjunto com as partículas biodegradáveis​​, diferentemente dos sistemas convencionais. Sendo que isso só é possível, devido a uma série de etapas de processamento.

O biogás criado pelo biodigestor é usado no projeto “GreEnergy” da fábrica, reduzindo drasticamente a necessidade de gás natural para o aquecimento da fábrica.

Ben & Jerry’s transforma resíduos de sorvete em energia

 

Redução e reutilização de resíduos

Arjan Vloon, engenheiro-chefe do Chunkinator, disse: “Por sua própria natureza, a fabricação produz resíduos. Nosso objetivo é primeiro reduzir o desperdício ao máximo e depois utilizar de forma produtiva os resíduos gerados . O biodigestor dá a Ben & Jerry a oportunidade de transformar os resíduos em um benefício para o próprio negócio – produzindo energia. ”

Atualmente a fábrica é capaz de utilizar todo o esgoto produzido e cerca da metade dos resíduos da produção de sorvete para gerar energia.

 

Fonte: The Guardian

Imagens: www.paques.nl

Hugo França transforma desperdício em ecodesign

Hugo França é um gaúcho, que buscou seu refúgio junto da natureza na Bahia. Foi lá que que despertou a sua consciência sobre os desperdícios da extração e uso da madeira e começou a desenvolver seu trabalho, produzindo peças de design a partir de resíduos florestais.

Hoje o designer se divide entre as suas oficinas de Trancoso (BA) e Louveira (SP), onde são produzidas as suas peças. Sempre pautado na preocupação com o desperdício da madeira, sobretudo das espécies descartadas pela movelaria tradicional, acreditando na possibilidade de reaproveitamento total deste material tão nobre.

Hugo França
Foto: Divulgação Hugo França

A criatividade de Hugo França surge de um diálogo criativo com a matéria-prima que é a sua maior inspiração – a árvore – tudo começa e termina nela.

A sua intenção é levá-la, de forma harmoniosa, de volta ao convívio humano. Utiliza árvores condenadas naturalmente, por ação das intempéries ou pela ação do homem, a partir desse material, cria peças únicas com seus troncos, galhos e raízes que não teriam mais utilidade se nao fosse sua intervenção. Intervenções mínimas mas que geram peças únicas.

Hugo França design
Fotos: Divulgação Hugo França

Na busca de resíduos florestais para a sua produção, o designer conta com a ajuda de sua equipe, da população de Trancoso (BA) e também com o conhecimento da região que adquiriu durante os 15 anos em que morou por lá.

Os blocos monumentais de madeira recebem os primeiros cortes no local onde são encontrados, devido a dificuldade de transporte. Ali já começa a criação, posteriormente as peças têm seu desenho definido e recebem o acabamento final.

Hugo França transforma desperdício em ecodesign
Foto: Divulgação Facebook Hugo França

Seu trabalho está entre os mais conceituados do design contemporâneo nacional, além de ser muito reconhecido internacionalmente.

Hugo França
Foto:André Godoy



Expo Arquitetura Sustentável discutirá o avanço da construção civil em direção a Sustentabilidade

A primeira edição da Expo Arquitetura Sustentável acontecerá de 26 a 28 de agosto de 2014, no Expo Center Norte, em São Paulo.

Em respota ao forte crescimento do mercado da construção sustentável no Brasil, a Reed Exhibitions Alcantara Machado lança nova feira para atender demanda de mercado, cujo objetivo principal é fomentar o desenvolvimento e aceleração para a transformação da Indústria Nacional da Construção Civil em direção a Sustentabilidade.

Cada vez mais empresas estão trilhando o rumo da ecoeficiência, uma vez que o ramo da construção civil é um dos mais importantes para a consolidação dos conceitos de sustentabilidade na sociedade.

Tornar a construção e arquitetura sustentável assuntos mais próximos do consumidor, engenheiro, arquitetos, aliando também outras atividades como minimizar o impacto socioambiental da indústria da construção, eficiência energética, melhor qualidade ambiental do ar, uso racional da água, menor custo de operação e manutenção dos empreendimentos, conforto, bem-estar e melhora na qualidade de vida dos usuários são algumas das principais motivações da Expo Arquitetura Sustentável .

Simultaneamente à feira, durante três dias será realizada conferência, com especialistas das diversas áreas abordadas no evento. O momento para a realização de uma feira deste porte é propício. Hoje, o Brasil é o terceiro país entre os que concentram edificações ecologicamente corretas. Aqui, segundo dados setoriais de 2013, mais de 800 projetos em processo de certificação dos empreendimentos. Além disso, o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida requer obrigatoriedade do uso de energia solar em todos os novos empreendimentos destinados às famílias com renda máxima de três salários mínimos, prova de que, além da iniciativa privada, o governo federal incentiva medidas verdes também para casas populares.

Todos os modelos e normas de certificações reconhecidas internacionalmente, tais como HQE (França) – adaptada para o Brasil como AQUA; BREEAM (Reino Unido), DGNB (Alemanha), CASBEE (Japão) e LEED (EUA), terão oportunidade de exposição.

A organização da feira estima 7 mil visitantes/compradores, em uma área de 8 mil m² e 100 marcas nacionais e internacionais. A conferência deve reunir 800 congressistas que assistirão e debaterão em painéis de 80 palestrantes.

A Expo Arquitetura Sustentável tem o apoio institucional da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA), Fundação Vanzolini, Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA), Câmara Brasileira da Indústria da Construção ( CBIC ), Sindicato da Indústria de Artefatos de Metais não Ferrosos no Estado de São Paulo (SIAMFESP) – Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (ABRAFATI), Associação Tecnologia Verde Brasil (ATVerdeBrasil), UK Trade & Investment e UBIFRANCE.

Acompanhe as novidades da Expo Arquitetura Sustentável por aqui, a SustentArqui apoia o evento como parceira de mídia.

 

Expo Arquitetura Sustentável – Feira Internacional de Construção, Reforma, Paisagismo e Decoração.
Data: 26 a 28 de agosto de 2014
Local: Expo Center Norte, Pavilhão Vermelho – São Paulo – SP
Horários: Exposição: 11h às 20h / Conferência: 9h às 18h

 

Primeiro museu da América Latina com certificação LEED

O MAR – Museu de Arte do Rio – é o primeiro museu com certificação LEED da América Latina. O empreendimento recebeu o selo categoria Prata.

O espaço cultural é composto por dois edifícios; a Escola do Olhar, construída recentemente com um estilo contemporâneo; e o palacete Dom João VI, construído na primeira metade do século XX. Os dois edifícios são interligados por uma cobertura em formato de onda.

Para atingir a certificação internacional, foram utilizadas diversas técnicas de construção sustentável.

Entre elas, uma cisterna que armazena a água da chuva e depois é usada nos vasos sanitários dos dois prédios, e a instalção de vidros especiais com uma película que reduz a incidência de luz e calor – dando conforto térmico no interior, mas sem dispensar a iluminação natural.

Além disso, foram usados tijolos reciclados, madeira certificada e outros materiais reaproveitados. As sobras, como o aço, foram enviadas para pontos de reciclagem na cidade.

museu com certificação Leed

A coordenadora de projetos e obras da Fundação Roberto Marinho, Claudia Coutinho, explica que o conceito de sustentabilidade foi empregado ao projeto desde a sua concepção e que o principal desafio foi o retrofit realizado no palacete.

– A Fundação já tem este conceito sustentável, e a decisão foi de agregar a sustentabilidade aos museus. No caso do MAR, começamos as obras pelo restauro do palacete que é mais antigo, que é um pouco mais difícil já que as mudanças esbarram em algumas questões técnicas mesmo, pois não há como mexer na estrutura em si. Mas usamos, por exemplo, materiais menos agressivos ao meio ambiente – afirma Claudia, que completa:

– O teto é um elemento muito marcante na arquitetura que liga os dois prédios. Ele contribuiu também para redução da incidência solar pois cobre os dois. Tem outros elementos que contribuem para isso. Para a coordenadora, a maior dificuldade para se conseguir o resultado sustentável é que, segundo ela, durante as obras que ocorreram em 2010, o assunto ainda não era amplamente conhecido.

– A maior dificuldade na obra foi que na época não havia esta cultura de onde encontrar ou depositar materiais reciclados, tanto por parte dos fornecedores como de quem estava envolvido na obra. Hoje as pessoas já sabem o que é um prédio verde, inclusive valorizam o que é sustentável.

Fonte: GBC Brasil

Primeiro sistema solar integrado a gerar eletricidade e calor

Foi instalado em Sydney, na Austrália, o primeiro sistema solar integrado do mundo a gerar eletricidade e calor.

O sistema instalado numa casa no subúrbio de Sydney, pode ser um divisor de águas para a indústria da energia solar. Além de painéis fotovoltaicos, um sistema de duto térmico inovador aquece e resfria o ar para complementar a climatização das casas. A matriz do último piso combina painéis com um sistema de dutos de energia solar térmica que aquece e resfria o ar. A camada superior produz eletricidade a partir do sol, enquanto o calor fica preso entre as camadas e distribuído para a casa

sistema solar integrado do mundo

 

O fabricante de aço australiano Bluescope, produziu o sistema térmico integrado ao PV com o apoio do governo por meio de uma doação da Agência de Energia Renovável Australiana (ARENA).

“Hoje nós estamos testemunhando uma inovadora solução tecnológica que sai do laboratório para um protótipo de um telhado residencial australiano pela primeira vez”, disse o CEO da ARENA Ivor Frischknecht. “Essas primeiras instalações são um passo importante para que a tecnologia se mova no rumo da comercialização e competitividade com os custos dos painéis solares convencionais.”

O sistema solar integrado poderia, eventualmente, reduzir os custos de instalação e energia, melhorar a eficiência energética do edifício e reduzir a pressão da demanda nos horários de pico da rede elétrica. Apesar do sucesso do projeto, a comercialização do produto ainda deve demorar.

 

Fonte: Inhabitat

Fotos: Renew Economy



Vencedor do Prêmio Solar Decathlon 2014 de habitação sustentável

O Prêmio Solar Decathlon 2014 é uma competição internacional de habitação sustentável, que começou em Washington, nos Estados Unidos, em 2002, patrocinado pelo Departamento de energia. A princípio, a competição era fechada, mas desde 2010 a participação foi aberta a outros países.

Este ano foi promovido pelo Governo francês e a premiação aconteceu no Palácio de Versailles, em Paris. O objetivo  do prêmio é apresentar projetos relacionados à pesquisa universitária, sustentabilidade, design e inovação em projetos auto-suficiente energeticamente, que funcionem apenas com energia solar.

A competição consite em construir, em dez dias, uma casa que além de funcionar somente com energia solar,  deve superar a dez testes sobre o funcionamento da casa e a avaliação final por um júri profissional.

Como todos os anos a competição foi acirrada, considerando a qualidade dos projetos abrangidos pelas melhores universidades do mundo.

Segue abaixo a classificação:

solar decathlon 2014

O projeto italiano “RhOME for DenCity“ foi o vencedor, um bairro ecológico em Roma, que leva em conta os desafios trazidos pelas mudanças climáticas, a proteção da natureza e a economia de energia.

O projeto aplica na prática cinco pilares inspirardos na filosofia Smart City, os 5 Rs: Regeneração Urbana, relacionamento da população, rapidez na inovação de soluções construtivas dinâmicas, reutilização de componentes e redução do impacto ambiental.

Vencedor do premio Solar Decathlon 2014

Em segundo lugar ficou a equipe francesa Atlantic Challenge com o projeto Phileas, que prevê a reabilitação do Cap 44, um imóvel industrial do século 19, que está fora de uso, numa cidade no oeste da frança, Nantes.
Este ano o Brasil não teve nenhum projeto representado.

 

Fonte: Construction21

Fotos: Divulgação

 

Novidades nos sistemas de compartilhamentos de bicicletas públicas

Os sistemas de compartilhamentos de bicicletas públicas, crescem cada vez mais Brasil afora. Além de mais cidades aderiram ao programa, novidades como bicletas elétricas e tablets embutidos são acrescentados a alguns sistemas.

Tais sistemas ajudam a diminuir a dependência dos usuários as viagens motorizadas nas cidades. Um estudo sobre a mudança de comportamento das novas gerações revelou uma boa oportunidade para os formuladores de políticas públicas do mundo avançarem na direção do futuro com um transporte urbano mais sustentável.

No Brasil, a última cidade a aderir ao compartilhamento de bicicletas públicas, foi a capital, Brasília.

Neste mapa do Google mostra todas as cidades do mundo que já possuem o sistema. Claro que para esses sistemas funcionarem como meio de transporte, tem que estar acompanhados de uma malha de ciclovias e ciclofaixas decentes, e isso ainda é um caminho longo que temos que percorrer nas cidades brasileiras.

Conheça as últimas novidades nos sistemas de compartilhamentos de bicicletas públicas:

– BiciMad, o sistema de bicicletas públicas elétricas de Madri:

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BiciMad

A Espanha pode se gabar de ter o mais bem sucedido programa de bicicletas urbanas do mundo, o Bicing em Barcelona. Agora inova mais uma vez, com o BiciMad. O sistema é formado por 1.560 bicicletas, distribuídas em 123 estações por cinco distritos da capital. Em média, há uma estação a cada 300 metros e todas funcionam 24 horas, sete dias por semana, todos os dias do ano. As bicicletas possuem três marchas para permitir que as pessoas tenham mais facilidade para superar os aclives da cidade. Ao pedalar, o motor elétrico é iniciado e assume grande parte do esforço do usuário. As bikes são recarregadas nas estações e possuem autonomia de 70 km. As estações são monitoradas e as bicicletas são equipadas com um sistema de GPS , para evitar roubo.

– GoBike, sistema em Copenhague de bicicletas públicas elétricas com tablets embutidos:

sistemas de compartilhamentos de bicicletas públicas
GoBike

Provavelmente o sistema mais tecnológico do mundo, numa das cidades mais “bikefriendly” do mundo! O sistema de empréstimo de bicicletas de Copenhague se conecta a todos os meios de transporte – ônibus, metro e trens – e reúne todas as informações de horários e percursos em um tablet com GPS instalado em cada bicicleta, os cabos são embutidos no guidão para evitar roubo e vandalismo. Para os turistas, há dicas de pontos de interesse, restaurantes e serviços.

As bicicletas são elétricas e feitas de alumínio, o banco é ajustado com um sistema de pressão a gás e, uma vez que o assento é adaptado, o guidão se ajusta automaticamente para garantir a ergonomia. Para completar o sitema é ambientalmente consciente, a eletricidade das estações é gerada por usinas de energias renováveis que existem no país, especificadamente as eólicas.

– P’tit Vélib’ – bicicletas compartilhadas para crianças de 2 a 10 anos:

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P’tit Vélib’

Paris tem o terceiro maior serviço de compartilhamento de bicicletas do mundo, o Vélib’, recentemente passou a oferecer 300 bicicletas para crianças de 2 a 10 anos de idade em diferentes tamanhos.

Imagens: Divulgação BiciMad , Go Bike , P’tit Vélib’



Projeto em bambu para um concurso de ideias sustentáveis.

O projeto em bambu, “One With The Birds” – um entre os pássaros –  foi desenvolvido para a  “AIM Legend of the Tent” que acontece na China. A competição convocou arquitetos para projetar um hotel- tenda com baixo impacto ambiental.

O escritório de arquitetura Penda – um coletivo de design com sede em Viena e Pequim –  desenvolveu este projeto conceito feito de varas de bambu, projetado para levar os hóspedes mais perto da natureza. O conceito é de um hotel portátil que pode ser movido e ampliado com facilidade.

Projeto em bambu
Projeto em bambu modular sustentável

 

Com a possibilidade de ser uma casa, hotel, ou um local de descanso, o esquema tem como objetivo fornecer uma alternativa mais confortável, propiciando uma experiência diferenciada para os amantes da floresta, permitindo a exploração tridimensional da paisagem, bem como vistas acima das copas das árvores.



“A estrutura poderia crescer tão alto quanto as árvores”, disse Chris Precht do Penda. “Ligado à verticalidade das árvores, podemos experimentar uma floresta a partir da perspectiva de uma criança subindo em uma árvore, entre as copas das árvores, com os pássaros -. Totalmente conectados com a natureza em 3D e HD”

One_With_The_Birds_by_Penda

Penda surgiu com um conceito de uma estrutura de bambu flexível que pode ser facilmente expandido horizontalmente e verticalmente, inspirados nas construções dos nativos americanos, que seriam construídas com juntas em forma de “X “.

O material foi escolhido por sua flexibilidade e disponibilidade na China.

One_With_The_Birds_by_Penda
Projeto em bambu modular sustentável
Projeto em bambu modular sustentável

O espaço de cada módulo é de 4,7 m na horizontal e 4m na vertical. A estrutura seria levantada um pouco acima do chão, para que as alterações dos níveis possam ser facilmente ajustadas.

As juntas seriam amarradas com corda, ao invés de fixos com pregos, mantendo intacto o bambu para que ele possa ser desmontado e reutilizado em outros projetos.

estrutura em bambu
estrutura em bambu SustentArqui
estrutura em bambu
estrutura em bambu

“O foco foi a criação de uma estrutura que não deixasse nenhum impacto sobre o local, nem qualquer dano no próprio bambu, depois que é desconstruída. Os materiais podem ser reutilizados como andaime, em um canteiro de obras ou reutilizados como outro hotel temporário em uma localização diferente “, disse Precht.

One with the birds by penda from chris precht on Vimeo.

Imagens: Cortesia Penda

Fonte: Dezeen



Retrofit verde no Edifício RB12

O retrofit verde é uma  das tendências mundias da construção sustentável. O conceito que introduz sustentabilidade na adaptação e melhoria de prédios antigos, está presente no projeto do escritório franco-brasileiro, Triptyque, para um edifício no Rio de Janeiro.

A torre com 21 andares que fica na Avenida Rio Branco, será o primeiro edifício corporativo do país capaz de produzir energia elétrica para o próprio consumo.

 

O escritório Triptyque criou para o retrofit verde do Edifício RB12 uma fachada bioclimática e dinâmica composta por vidros brilhantes em ziguezague, paisagismo suspenso e geração de energia por meio de painéis fotovoltaicos e células de hidrogênio.

Com a produção própria de energia elétrica, o prédio poderá até vender a eletricidade excedente.

Retrofit verde
Retrofit - Prédio RB12

O eifício também vai contar com outras estratégias sustentáveis; o terraço verde melhora o conforto térmico; fachadas de vidro duplo com brilho diamantado reduzem a temperatura e permitem a entrada de luz natural nos ambientes internos; além de um sistema de reuso da água.

Retrofit verde

Segundo o comunicado oficial do escritório, o objetivo principal do prédio é oferecer economia para os compradores, além de posicionar positivamente as empresas ali instaladas, do ponto de vista socioambiental.

Com a expectativa de faturar R$75 milhões com a venda das salas da torre, a Natekko, empresa responsável pela obra e líder no mercado francês em termos de construções sustentáveis, pretende começar as obras no Edifício RB12 no final desse ano.

 

Relacionado: Conheça um retrovit verde em Bilbao, na Espanha, que transformou um edifício histórico em “inteligente”

Fonte: Arq!Bacana

Imagens: Divulgação

 

LEED v4: a nova versão da certificação sustentável e suas atualizações

A nova versão da certificação de construção sustentável – LEED v4 – apresenta novos requisitos para obtenção do selo, principalmente com atualizações técnicas visando aumentar as exigências do mercado verde.

A certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é uma ferramenta voluntária que quantifica parâmetros e desempenho na adoção de práticas de construção sustentável na edificação.

Tem como objetivo estimular o desenvolvimento de novas edificações ou reforma de edificações em consonância com práticas, metodologias e tecnologias de construção sustentável.

Para elevar os padrões técnicos desse mercado, em uma periodicidade que varia de 2 a 4 anos, uma nova versão da certificação LEED é desenvolvida.

A mais recente atualização – o LEED v4 – apresenta modificações estruturais e de processo, principalmente atualizações técnicas visando aumentar as exigências ao mercado.

As práticas e pontuações da nova certificação, ao analisar os atributos de sustentabilidade de uma edificação, prioriza aquelas ações que, na ordem a seguir, tratam de assuntos relacionados a: mudanças climáticas (35%), Saúde (20%), Recursos Hídricos (15%), Biodiversidade (10%), Recursos Naturais (10%) Economia Verde (5%) e Comunidade (5%).

Três pontos principais guiaram a concepção da nova certificação LEED v4:

1 – Maior restrição do ponto de vista técnico e aumento de suas exigências.

2 – Destaque no cenário global, estando presente em 153 países.

3- Diversidade de edificações que buscam a certificação: estádios, centro de convenções, prédios comerciais, hospitais, data centers, hotéis, escolas, centro de distribuição, edificações existentes, entre outros.

Principais mudanças no LEED v4:

Espaços sustentáveis: Pontua projetos nos chamados “terrenos de alta prioridade”, que contempla o desenvolvimento social frente à necessidade de determinada região, definida por planos diretores ou identificada por meio de um conjunto de fatores sociais.

Nova categoria “localização e transporte”, com o objetivo de estimular que os projetos considerem o aproveitamento máximo das práticas relacionada à mitigação ao impacto no transporte. Também pontua projetos que privilegiem o acesso a pé e ao transporte público/alternativo (bicicletas, etc).

– Uso eficiente da água: Aumentou a pontuação que pode ser atingida com o gerenciamento de água da chuva:, sem contar a obrigatoriedade da medição do consumo da água nas edificações.

– Energia e Atmosfera: a principal mudança está no pré-requisito de eficiência energética, ainda mais exigente que a versão anterior. Isso sem contar que considera não só o consumo energético da edificação, mas também o cumprimento das recomendações da concessionária perante a escala urbana de consumo.

Materiais e recursos: Foco no ciclo de vida dos materiais, com novos créditos que premiam produtos com Declaração Ambiental de Produtos (DAPs). Aumento nos requerimentos de informes para matéria-prima, incluindo lugares de extração e compromissos ambientais por parte dos fornecedores.

Alinhado com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, o LEED v4 exige a apresentação de um Planejamento de Gerenciamento de Resíduos e estimula o uso de reuso de materiais.

– Sinergia:Crédito específico para pontuar os projetos nos quais a equipe responsável pela concepção do projeto demonstra conhecer profundamente acerca do processo integrado na concepção do projeto.

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Fonte: USGBC

Uma das principais características da certificação LEED é basear-se pela busca do consenso de diversos segmentos do mercado. O processo de discussão e aprovação do LEED v4 iniciou-se em 2010, envolvendo milhares de profissionais voluntários de diversos países, passando por seis períodos de comentários públicos, onde foram recebidos, analisados e considerados 22.000 comentários.

“Trata-se de um trabalho necessário para que a certificação cada vez mais possa estimular os avanços nas construções sustentáveis, a partir de melhorias em processos, produtos e com base nas exigências globais de sustentabilidade”, afirma Felipe Faria, Diretor do Green Building Council Brasil (GBC Brasil).

A versão LEED v4 passa a ser obrigatória a partir de 31 de outubro de 2016.

Concurso de ideias para projeto de uma fazenda vertical na Avenida Paulista

Os estudantes de arquitetura poderão se inscrever no concurso de ideias para projeto de uma fazenda vertical na Avenida Paulista, até o dia 7 de julho. A competição é promovida pelo Portal Projetar.org e as equipes inscritas deverão enviar seus trabalhos até o dia 14 do mesmo mês.

“Um centro urbano com escalas monumentais, como São Paulo, enfrenta muitos problemas de logística para realizar a entrega de alimentos com qualidade. Estes problemas afetam a qualidade do produto durante o trajeto, fazendo com que grande parte dos alimentos não seja aproveitada nas gôndolas dos mercados. Os supermercados de São Paulo descartam certa de 13 milhões de toneladas de alimento por ano, e as feiras livres jogam fora mais de mil toneladas de frutas, legumes e verduras por dia.” –  INSTITUTO AKATU. A nutrição e o consumo consciente

Com este cenário em vista, a proposta do Concurso 006 da Projetar.org é que os estudantes projetem uma fazenda vertical na Av. Paulista, centro pulsante de São Paulo, por onde 1,5 milhão de pessoas transitam todos os dias.

O local proposto para o concurso está situado no número 1.373 da avenida, adjacente ao prédio da Justiça Federal. No terreno, que tem aproximadamente 1.940 m² e 30 m de frente, havia um casarão, demolido em 2013. O desafio das equipes será projetar um edifício com caráter e uso diferentes dos atualmente localizados na região.

Os critérios de avaliação serão originalidade na proposta, habilidade de projetar um espaço que possa ser replicado em todo o território nacional, habilidade de compreensão do programa de necessidades e de expressar claramente as ideias geradoras da proposta.

A comissão julgadora, formada pelos arquitetos Raphael Souza e André Augusto Prevedello, e o sócio fundador e idealizador do Projetar.org Caio Smolarek Dias, deverá divulgar o resultado do concurso no dia 8 de agosto no portal.

O primeiro colocado receberá prêmio no valor de R$ 2,3 mil, o segundo receberá R$ 1,7 mil e o terceiro, R$ 1 mil. Todos os trabalhos vencedores serão publicados em revistas, redes sociais, sites e blogs, e darão direito ao certificado. Poderão ser escolhidas também até duas menções honrosas.

Para participar, cada equipe deverá ter, no máximo, cinco integrantes. A taxa de inscrição por grupo é de R$ 100. Mais informações estão disponíveis no site Projetar.org

Fonte: CAU e Projetar.org

Futuro das construções sustentáveis no Brasil será discutido durante evento em São Paulo/SP

5ª edição da Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo – reunirá empresas e principais nomes desse segmento para debater os avanços das construções sustentáveis no Brasil e no mundo

Em tempos de debates relacionados ao meio ambiente, o Brasil segue a tendência mundial de desenvolvimento tecnológico em busca de produtos que tenham foco em construções sustentáveis, com melhor custo-benefício e eficiência térmica/energética. De acordo com o Green Building Council Brasil (GBC Brasil), o país ocupa atualmente a quarta posição no ranking mundial de edificações registradas na certificação LEED, presente em 143 países, atrás de Estados Unidos, China e Emirados Árabes, com perspectivas de, no curto prazo, melhorar ainda mais a sua posição. Com este cenário ao fundo, será realizada a 5ª edição da Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo – o evento da construção sustentável da América Latina, entre os dias 5 e 7 de agosto, no Transamerica Expo Center, em São Paulo/SP.

Esta edição reunirá empresas e importantes nomes da indústria da construção civil sustentável, além de promover a capacitação profissional por meio de cursos e sessões educacionais com vistas ao desenvolvimento econômico deste setor. Em paralelo ao evento, será realizado o Congresso Mundial do World Green Building Council, que reunirá os principais líderes globais que atuam diretamente nas questões ligadas às construções sustentáveis.

Com base no balanço recente divulgado pelo GBC Brasil – organização que concede a certificação LEED no país – até o terceiro trimestre de 2014, o Brasil contabiliza 873 edificações registradas. Desse total, 158 já receberam a certificação. O LEED é um sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações, com o propósito de incentivar a transformação da indústria da construção desde as fases de projetos, a obra em si e a operação das edificações, sempre com foco na sustentabilidade.

Para que um imóvel garanta a certificação é necessário cumprir pré-requisitos e sugestões de práticas de green building, que são creditados ao projeto quando conseguem atingir as recomendações estabelecidas. O nível da certificação é definido conforme a quantidade de pontos adquiridos na avaliação, podendo variar de 40 pontos (nível certificado) a 110 pontos, (nível platina). “Para ter-se uma ideia, a soma de toda a área já registrada no Brasil representa 34 milhões de m² construídos”, ressalta Felipe Faria, diretor geral do Green Building Council Brasil.

No restante do mundo, dos 59.212 edifícios registrados até agora, 21.500 já receberam certificação. Os números representam cerca de 10,2 bilhões de metros quadrados construídos, que podem gerar, dependendo das características do projeto, uma redução no consumo de 40% de água e 30% de energia elétrica. Deste total de pedidos de certificação, cerca de 40% dos projetos estão fora dos Estados Unidos e concentram-se, sobretudo, em países como China, Emirados Árabes, Brasil, Canadá, Índia, México, Alemanha, Turquia e Chile.

De acordo com estudo feito pela consultoria Ernest Young, em parceria com o GBC Brasil e divulgado em 2013, a participação das construções verdes no PIB da construção no Brasil chegou aos 10% e deve crescer. “Com o aumento gradativo nos pedidos de certificação que o país apresenta ano a ano, a tendência é que num futuro breve possamos equiparar-nos aos líderes desse segmento em termos de participação. Só em 2013, o GBC Brasil quantificou dois novos registros a cada três dias úteis no ano, sendo quatro certificações por mês”, afirma Faria.

O evento

De olho no desenvolvimento do mercado das construções sustentáveis, a 5ª edição da Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo – tem a expectativa de reunir cerca de 10.000 visitantes, 1.600 congressistas e 120 empresas expositoras – nacionais e internacionais – distribuídas em um espaço de mais de 8 mil metros quadrados.

A 5ª Greenbuilding Brasil receberá em seus três dias de realização um público qualificado, composto por tomadores de decisão da indústria da construção sustentável, diretores de empresas, arquitetos, construtoras e contratantes, engenheiros, prestadores de serviço, líderes de Green Building, entidades governamentais, arquitetos, instituições financeiras, associações e instituições das áreas socioambientais, desenvolvimento sustentável, habitação, planejamento urbano, energia, água, entre outros.

“A Greenbuilding Brasil consolida-se a cada ano como referência neste segmento, com conteúdo técnico qualificado e soluções que contribuem fortemente para o desenvolvimento das construções sustentáveis no Brasil e na América Latina”, afirma Sergio Jardim, diretor geral da Clarion Events Brasil, empresa organizadora do evento.

Entre as empresa confirmadas para esta edição estão a Armacell, Axion, Bayer, Bosch, Bragenix, Chevrolet, Citibank, Carrier, Conforlab, CTE (Centro de Tecnologia de Edificações), Cushman & Wakefield, Daikin, Deca, Docol, Ecoquest, Envec, Fademac, LCP Construções, Libercon, Lutron, Midea, Novelis do Brasil, Otis, Remaster, Robert, Solutia, Tarket, Trane, entre outras empresas e entidades do setor.

O programa de conferências desta edição contará com a presença do presidente da república, Fernando Henrique Cardoso, que falará aos presentes sobre as projeções para o futuro do desenvolvimento social, político e econômico voltados às construções sustentáveis. Também serão discutidos temas importantes como o gerenciamento de sustentabilidade em edifícios históricos; Códigos, normas e selos verdes para edifícios sustentáveis; A gestão do uso da água como ferramenta para redução da pegada hídrica; Edificações sustentáveis e sua operação, manutenção e M&V; entre outros. Confira a programação completa do programa de conferências em http://www.expogbcbrasil.org.br/agenda-da-conferencia/.

De acordo com Felipe Faria, “a realização de cursos, palestras e conferências focados no aperfeiçoamento e assimilação de conceitos é fundamental para disseminar cada vez mais este mercado, certo que um dos principais atributos do movimento de green building vem sendo a elevação do padrão técnico do mercado, ao ponto que a capacitação neste sentido oferece muitas oportunidades profissionais”, ressalta.

construções sustentáveis no Brasil

Patrocinadores e apoiadores

A edição deste ano conta com o patrocínio de importantes empresas, tais como a Bayer, Chevrolet, Citibank, CTE, Cushman & Wakefield, Daikin, Deca, Docol, Libercon, Midea Carrier, Otis, Robert Bosch, Tarkett, Trane além de apoios de importantes instituições, como a Abrava, AHRI, AsBea, Associação Grama Legal, CAU/SP, CEBDS, ICLEI, Instituto Ideal, Instituto ETHOS e Secovi.

 A SustentArqui apoia a 5ª Greenbuilding Brasil 2014 como apoio de mídia.

Serviço
5ª Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo
Data: 5 a 7 de agosto de 2014
Horário de exposição: 10h – 20h
Horário do congresso: 9h – 19h
Local: Transamerica Expo Center
Endereço: Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro – São Paulo
Mais informações: http://www.expogbcbrasil.org.br/
Informações à imprensa:
M.Free Comunicação
Tel: (11) 3171-2024. r 2
Paulo Tonon, Marcio Freitas

Holandês reaproveita sucata e cria móveis novos para sua casa

O holandês François Duquesnoy leva o conceito upcycle ao pé da letra, e cria seus próprios móveis com materiais usados, encontrados na rua.

O designer nômade já mudou de casa oito vezes nos últimos anos, porém, cansou de todo o trabalho que tinha em transportar seus móveis e objetos para sua respectiva casa nova. Foi quando teve a brilhante ideia de criar sua própria mobília com materiais descartados.

Holandês cria móveis para sua casa nova com sucatas

 

“À medida que o consumo excessivo e o desperdício são questões em todo o mundo, sempre haverá materiais disponíveis”, escreve Duquesnoy.

Com criatividade, a cada semana François cria um móvel novo utilizando raquete de tênis velha ou até mesmo roda de bicicleta encontrada no lixo. Além de dar uma cara nova e criativa a sua casa, esses objetos ganham sobrevida, estendendo seu ciclo de vida que, provavelmente teriam o aterro como destino.

móveis feitos de sucata

móveis feitos de sucata

“Ao invés de comprar novos materiais ou móveis, prefiro encontrá-los já usados e posteriormente usá-los novamente, criando o mobiliário para minha nova casa. Ao fazer isso, eu não só equipo minha residência de forma quase gratuita, como também acabo revelando o grande potencial de objetos descartados.” diz o designer.

Até agora, Duquesnoy já criou três coleções de móveis diferentes e exclusivos, todos procedentes das sucatas que encontra pela rua. Com sua criatividade e um pouco de improviso, a cada semana, pode se ver um novo objeto diferente em sua casa, sem precisar comprar móveis novos.

Holandês cria móveis feitos de sucata para sua casa

móveis feitos de sucata

Fotos: Fracois Duques

Shigeru Ban usa papelão no projeto do pavilhão da Copa em Tóquio

O arquiteto vencedor do prêmio Pritzker 2014 – Shigeru Ban – usou mais uma vez o papelão reciclado, material utilizado em alguns de seus projetos anteriores, para construir a estrutura temporária do pavilhão da Copa do Mundo na Embaixada do Brasil em Tóquio.

Foi desenvolvida pela Embaixada do Brasil em Tóquio uma construção de Pavilhão provisório para a realização de atividades diversas durante a Copa. Como o prédio é de um famoso arquiteto brasileiro (Ruy Ohtake) foi pedido a um dos maiores arquitetos japoneses, Shigeru Ban, para fazer o projeto de um Pavilhão que permitisse atividades abertas ao público por 40 dias.

Shigeru Ban usa papelão no projeto do pavilhão da Copa em Tóquio

Ban é particularmente conhecido pela sustentabilidade de seus projetos. Ele propôs um Pavilhão que será montado em parte pela própria comunidade brasileira e desmontado logo após a Copa, sem resíduo em nenhum momento do processo. O principal material utilizado é papelão extra forte reciclado.

Shigeru Ban usa papelão no Pavilhao de Tokyo

Ao longo da Copa do Mundo está sendo montada uma programação ligada à cultura brasileira, com pequenos shows de bossa nova ao vivo, exibição de filmes, workshops e outras atrações informais e gratuitas para o público no Pavilhão.

A ideia de unir uma intervenção provisória de um grande arquiteto japonês num prédio de um arquiteto renomado brasileiro permite reforçar a qualidade dos laços dos dois países em momento de grande visibilidade para o Brasil.

Fonte e Imagens: Embaixada do Brasil em Toquio

Etiqueta de eficiência energética é requisito obrigatório para edifícios públicos federais

Etiqueta de eficiência energética será requisito obrigatório para edifícios públicos federais a partir de Agosto de 2014. Três aspectos devem ser observados: o sistema de iluminação, ar-condicionado e envoltória

Para promover economia de energia no setor público, as novas construções e reformas em prédios públicos federais deverão dispor de etiquetas de eficiência energética. A determinação é do Ministério do Planejamento e Orçamento (MPOG), que publicou no dia 5 de junho uma Instrução Normativa (IN), que abrange também a aquisição de eletrodomésticos e automóveis energeticamente mais eficientes. A instrução normativa entra em vigor em agosto de 2014.

Na parte de construções, a obrigatoriedade da etiqueta de eficiência energética se aplica às obras novas acima de 500m² e também a prédios que passarem por reformas significativas.

Três aspectos devem ser observados para melhorar a eficiência energética: o sistema de iluminação, ar-condicionado e envoltória (paredes, cobertura e janelas). Esse conjunto faz parte da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), que classifica as construções em diferentes níveis: do A, que é o mais eficiente, até o E, que é o que consome mais energia.

A Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) teve sua base técnica desenvolvida pelo Laboratório de Eficiência Energética em Edificações (LabEEE) da UFSC, em convênio com a Eletrobrás. “Muito do conhecimento ligado ao método saiu de teses de doutorado desenvolvidas”, explica o professor do Departamento de Engenharia Civil da UFSC, Roberto Lamberts, que coordena o LabEEE.

eficiência energética em Edificios Publicos

Existem dois tipos de Etiqueta de eficiência energética: a do projeto e a da obra construída.

Na UFSC, por exemplo, a ala nova do Restaurante Universitário recebeu a etiqueta de eficiência energética nível A para envoltórias. Outras três obras da universidade também foram avaliadas na fase de projeto: Centro de Tecnologias Sociais para a Gestão da Água (CETRAGUA), Laboratório de Pesquisa em Gás e Energia e Inpetro Laboratórios Sapiens Park.

A ENCE para edifícios comerciais foi criada em 2009, por meio do Programa Brasileiro de Etiquetagem do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

No ano seguinte foi a vez da etiquetagem para residências. Até o momento, cerca de 70 edifícios comerciais receberam a ENCE, metade com etiqueta de projeto e a outra com edifício construído. Mais de 2 mil residências foram etiquetadas. “Considero ainda pouco para o período em que a ENCE existe, mas uma das razões é que a norma é voluntária”, explica Lamberts. “Com a Instrução Normativa, espera-se a expandir o conhecimento sobre etiquetagem, alavancar novos mecanismos de avaliação e divulgar mais o tema”, completa.

A gerente técnica do OI3E, Greici Ramos, explica que a validade da etiqueta de um projeto é de cinco anos, enquanto a da obra construída não tem prazo de vencimento. “Com esta Instrução Normativa, deve aumentar o conhecimento sobre a etiquetagem no Brasil e até servir de estímulo para que outras esferas governamentais passem a adotar, como os estados e municípios”, avalia Greici Ramos.

Materia original: Notícias da UFSC

 



Energia solar na Alemanha quebra 3 recordes em 2 semanas

Apesar de ser um país muito cinza, com níveis de radiação solar média pior até mesmo que o Noroeste dos EUA e Alaska, a Alemanha é líder de energia solar do mundo. Só nas últimas duas semanas, quebrou mais três recordes.

Energia solar na Alemanha
Potencial solar da Alemanha © National Renewable Energy Laboratory

Em 6 de junho, entre 13:00 e 14:00, a produção de energia solar aumentou para um recorde de 24,24 GW, de acordo com o Fraunhofer ISE instituto de pesquisa de energia solar. Foi uma sexta-feira, durante toda a semana, os sistemas de energia solar na Alemanha geraram 1,26 TWh de eletricidade, um novo recorde para o país.

Dia 09 de junho, na segunda-feira seguinte, a produção de energia solar na Alemanha aumentou para 23,1 GW. Devido ao fato de ser um feriado nacional e de haver menos demanda, a Alemanha bateu mais um recorde do uso da energia solar, alcançando  a marca de 50,6% do total da demanda de energia elétrica do país.

Naturalmente, o sol de fim de primavera contribui para isso, mas nada disso seria possível sem o forte crescimento e liderança da Alemanha nesse setor.
No entanto, este amadurecimento do mercado de energia solar faz outra tecnologia ser cada vez mais importante – o armazenamento de energia. A grande produção de energia solar no meio do dia faz baixar os preços da electricidade nesse período. Se os produtores pudessem armazenar a energia solar de maneira mais barata, ajudaria a equilibrar a montanha-russa  de preços da electricidade e fazer contínuo o crescimento da energia solar.

energia solar na alemanha
Painéis solares em casa alemã – CC BY 2.0 Tim Fuller

“A grande quantidade de energia solar que está sendo gerada demonstra claramente que a Alemanha vai precisar de mais capacidade de armazenamento de energia no futuro. Já que, os mais de 1,4 milhões de sistemas fotovoltaicos estão produzindo um excedente, especialmente em dias de sol, ao redor do meio-dia,” disse Tobias Rothacher, perito de energias renováveis ​​na Germany Trade & Invest.

O armazenamento é de fato crescente e os custos cairão cada vez mais, com a produção na escalas de 4.000 novos sistemas de armazenamento a bateria que foram adicionados na Alemanha desde que um incentivo alemão para sistemas residenciais de baterias de lítio-íon  foi implantado há um ano. Este é o  tipo de incentivo que impulsiona o crescimento solar no país.

Se um país com tão poucos recursos solares pode ser uma potência na energia solar não há razões para o Brasil não fazer o mesmo.

Fonte: Treehugger

Prefeitura incentiva a compostagem em São Paulo

A administração municipal de São Paulo junto à empresa Morada da Floresta criaram o Movimento Composta São Paulo, que vai distribuir 2 mil composteiras domésticas.

Por usar minhocas na decomposição do material orgânico, o equipamento também é chamado minhocários. O processo permite a transformação de resíduos em adubo, diminuindo o desperdício orgânico destinado aos aterros sanitários. A iniciativa vai oferecer oficinas, manejo e até plantio urbano para os participantes.

Composto por cascas de frutas, borra de café, legumes, ovos e saquinhos usados de chá, o material pode ser acondicionado em quintais, áreas de serviço ou até mesmo em cozinha, pois não emite cheiro.

compostagem em São Paulo

O material é dividido em três compartimentos: na primeira parte fica a matéria orgânica que é coberta com folhas para evitar o mau cheiro e insetos. A segunda parte produz o húmus, as minhocas ficam espalhadas na terra que ajudam a acelerar o processo de decomposição do material. O último segmento é onde fica acumulado o líquido do processo. Rico em nutrientes leva cerca de um mês para ficar pronto e pode ser usado como fertilizante para plantas.

compostagem em São Paulo

De acordo com o Composta São Paulo, as composteiras foram feitas com recursos da administração municipal destinada as empresas de coleta de lixo que, por contrato, vão fazer campanhas educativas de preservação ambiental.

Para receber uma composteira gratuitamente em casa, deve preencher o formulário no site www.compostasaopaulo.eco.br. Além de informações, a página abriga uma comunidade participante do projeto piloto que vão definir planos para estimular a prática na cidade.

Aulas NAMU: como fazer compostagem em casa from Composta São Paulo on Vimeo.

Mais de 50% dos resíduos domésticos – cerca de 5 mil toneladas diárias somente em São Paulo  –  são resíduos orgânicos que poderiam ser compostados em casa. Uma atitude simples além de contribuir para o adubo, diminui a quantidade de resíduos que vão para os lixões. Só requer um pouco de tempo para cuidar e entender seu funcionamento. Nós torcemos para que iniciativas como essa se espalhe por todo país.

Imagens: Composta São Paulo



LEED Earth – projetos inovadores poderão receber a Certificação LEED gratuita

Projetos inovadores, em países onde a LEED ainda não criou raízes, poderão receber a certificação gratuita. A campanha LEED Earth é promovida pelo U.S. Green Building Council (USGBC).

WASHINGTON, 5 de junho de 2013 /PRNewswire/ – Em um esforço para acelerar o desenvolvimento sustentável no mundo, o U.S. Green Building Council (USGBC), criadores do programa de edifício verde LEED, anunciou no Dia Mundial do Meio Ambiente, uma nova campanha oferecendo certificação LEED gratuita para os primeiros projetos de edifícios verdes a serem certificados nos 112 países onde a LEED ainda não criou raízes.

Denominada “LEED Earth“, essa campanha tem como objetivo levar a certificação LEED e, consequentemente, edifícios com melhor desempenho, para novos mercados. Todos os tipos de edifícios são bem-vindos a participar através do conjunto de sistemas de classificação LEED.

“LEED é uma linguagem global e pode se tornar um catalisador para um aumento da mudança rumo a um futuro sustentável. A USGBC está comprometida em levar a LEED a todos os países do mundo e ao mesmo tempo continuar a promover inovação e realizações em mercados globais existentes”, afirmou , Presidente, CEO e Fundador da USGBC.

“Edifícios são o maior contribuinte isolado para emissões de gás de efeito estufa de qualquer setor, e a forma menos custosa de aliviar os estresses ambientais de nosso mutável planeta. O LEED é a ferramenta para realizar o trabalho.”

Saiba mais sobre Selos para Construção Sustentável

Com projetos LEED em 140 países e territórios, 1,5 milhão de pés quadrados de espaço de construção recebem a certificação LEED diariamente, o equivalente a aproximadamente quatro Edifícios Empire State por semana.

Para participar do programa e registrar um projeto, entre em contato conosco pelo email LEEDEarth@usgbc.org. Para conhecer as regras e regulamentos da campanha, clique aqui. Compartilhe seu envolvimento na campanha ou siga as atualizações no Twitter com a hashtag #LEEDEarth.

U.S. Green Building Council (USGBC)

A U.S. Green Building Council (USGBC) está comprometida com um futuro próspero e sustentável através de edifícios verdes com boa relação custo-benefício e economia de energia .

A USGBC trabalha para realizar sua missão de transformação do mercado através de seu programa de certificação de edifícios verdes LEED, ofertas educacionais robustas, uma rede de seções e afiliados, a Greenbuild International Conference & Expo anual (Conferência e Exposição Anual Internacional de Construção Verde), e a luta em apoio de políticas públicas que encorajem e tornem possíveis edifícios e comunidades verdes. Para obter mais informações, visite o site , e conecte-se no Weibo e no LinkedIn.

Países que podem participar:

Afghanistan
Albania
Algeria
Andorra
Angola
Antigua and Barbuda
Armenia
Azerbaijan
Barbados
Belarus
Belize
Benin
Bhutan
Bolivia
Bosnia and Herzegovina
Botswana
Cambodia
Cameroon
Cape Verde
Central African Republic
Chad
Comoros
Cyprus
Dominica
Dominican Republic
Equatorial Guinea
Eritrea
Fiji
Gabon
Gambia
Georgia
Ghana
Grenada
Guinea
Guinea Bissau
Guyana
Iceland
Iraq
Jamaica
Kazakhstan
Kenya
Kiribati
Kyrgyzstan
Laos
Latvia
Lesotho
Liechtenstein
Lithuania
Macedonia
Malawi
Maldives
Mali
Marshall Islands
Mauritania
Mauritius
Micronesia
Moldova
Monaco
Mongolia
Montenegro
Morocco
Mozambique
Myanmar
Namibia
Nauru
Nepal
Nicaragua
Niger
Nigeria
Oman
Pakistan
Palau
Papua New Guinea
Rwanda
Saint Kitts and Nevis
Saint Lucia
Saint Vincent and the Grenadines
Samoa
San Marino
Sao Tome and Principe
Senegal
Seychelles
Sierra Leone
Slovenia
Solomon Islands
Suriname
Swaziland
Tajikistan
Tanzania
Timor-Leste
Togo
Tonga
Trinidad and Tobago
Tuvalu
Uganda
Uzbekistan
Vanuatu
Yemen
Zimbabwe

 

FONTE U.S. Green Building Council – Autor: Vinculado ao ipoom 

Maracanã recebe “medalha” de prata de sustentabilidade

O Maracanã, famoso estádio do Rio de Janeiro, recebeu a Certificação LEED Prata ,de construção sustentável, na véspera da primeira partida da Copa do Mundo de 2014 em seus gramados.

O Maracanã foi construído para receber a Copa do Mundo de 1950 e elevou seu patamar para sediar o Mundial de 2014.

O maior templo do futebol brasileiro vai receber seu primeiro jogo na atual edição do torneio com atestado de arena sustentável. O estádio conquistou o selo prata da certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), concedido pelo US Green Building Council (USGBC) para edificações que atestam a adoção de conceitos de sustentabilidade em todo o mundo.



O anúncio foi feito neste sábado (14.06), durante a coletiva de imprensa diária da FIFA no próprio palco do Rio de Janeiro, que receberá sete jogos da Copa do Mundo de 2014.

O Maracanã é a terceira arena dentre as 12 do Mundial a receber a certificação. O Castelão, em Fortaleza, e a Fonte Nova, em Salvador, também conquistaram os selos. A iniciativa de adotar medidas sustentáveis na construção dos estádios foi feita de forma voluntária pelo governo brasileiro.

Este foi um requisito para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberasse financiamento para as obras. A exigência, inclusive, será adotada pela FIFA para as próximas edições do Mundial.

Maracanã sustentável

Maracanã sustentável

Foram levados em consideração sete critérios para avaliar o Maracanã: espaço sustentável, eficiência do uso da água, energia e atmosfera, materiais e recursos, qualidade ambiental interna, inovação e processos e créditos de prioridade regional. “O Maracanã já sai vencedor antes mesmo de sua estreia na Copa do Mundo.

Nosso objetivo é tornar o estádio cada vez mais sustentável, não só em dias de jogo, mas no cotidiano do funcionamento do Maracanã. Hoje, contamos com a usina fotovoltaica, temos os reservatórios que acumulam água da chuva para reutilização e fazemos a coleta seletiva dos resíduos produzidos diariamente no estádio”, comentou João Borba, presidente da concessionária que administra a arena.

Durante a reforma do estádio, foram instaladas placas fotovoltaicas na superfície que cobre as arquibancadas, de aproximadamente 2,5 mil metros quadrados, com capacidade de geração de 400 mil kW/h por ano.

A usina fotovoltaica é capaz de produzir energia equivalente ao consumo de 240 residências e colabora para a redução do consumo da arena. O projeto, financiado pela Light e Eletricité de France (EDF), é suficiente para fornecer 9% da energia necessária para o funcionamento do Maracanã.

O estádio ainda conta com dispositivos que permitem economia de água, além de um sistema de captação de chuva na cobertura. A ação reduziu o uso de água potável em 50% e de água no geral em 40%. A chuva captada no “teto” é utilizada na irrigação do campo e no funcionamento dos banheiros, que contam com torneiras inteligentes (com fechamento automático) e com descargas ecológicas.

A concessionária do Maracanã também fez uma parceria com a Recicla Rio, rede formada por cinco cooperativas de catadores da Zona Norte da cidade. Uma equipe de trabalhadores separa o material reciclável dos resíduos produzidos diariamente no estádio.

Além de contribuir para a geração de emprego e renda nas cooperativas, os catadores recebem um salário mensal, custeado pelo administrador da arena, desde que o projeto foi implementado, em fevereiro deste ano. A parceria permite o reaproveitamento de sete toneladas por mês de materiais recicláveis, como latas de alumínio, papel, papelão e plástico.

Maracanã sustentável

Certificação LEED

A Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) é um sistema internacional de certificação e orientação ambiental, utilizado em 143 países, com objetivo de incentivar a transformação dos projetos, obras e operação das edificações, sempre com foco na sustentabilidade. Criada pelo Conselho de Construção Sustentável dos EUA (USGBC) em 2000, a certificação chegou ao Brasil em 2007. Atualmente, são 90 edificações certificadas no país, quarto do mundo em número de registros.

Texto e imagens: Portal da Copa

Escola sustentável em Nova Iorque

Escola sustentável em Nova Iorque será a primeira Net Zero Energy. Contará com painéis solares, além de outros programas sustentáveis ​​para reduzir o impacto ambiental.

O Departamento de Educação  Nova Iorque recentemente começou a construir o prédio que vai abrigar a primeira escola construída sobre os princípios Net Zero Energy.

 

A PS 62 foi projetada pelo estúdio SOM e contará com painéis solares que vão gerar energia suficiente para alimentar todo o edifício.

Além disso, a escola contará com outros programas sustentáveis ​​para reduzir o impacto ambiental, aumentar a sua auto-suficiência e proporcionar um maior nível de educação para os alunos.

Escola sustentável
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Localizada em um terreno de 3,5 hectares, a escola sustentável terá 444 alunos e está prevista para ser concluída em 2015.

O prédio contará com energia fotovoltaica e sistemas solares térmicos no telhado e nas fachadas sul. As salas de aula e os corredores receberão iluminação natural através de janelas e claraboias.

Os equipamentos utilizados de alta eficiência energética e um eficiente isolamento térmico contribuirão para minimizar o consumo de energia.

A escola sustentável em Nova Iorque também contará com um telhado verde, uma horta, e uma pista de caminhada ao redor do prédio.

Escola sustentável em Nova Iorque
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O vice-presidente de Arquitetura e Engenharia do departamento de educação de Nova Iorque disse que a sua intenção é que esse projeto sirva com um “laboratório de sustentabilidade” explorando novas tecnologias da construção sustentável, principalmente no quesito de economia de energia.

O projeto está alinhado com a nova política sustentável da cidade e o compromisso de redução das emissões de carbono.

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Fonte: Inhabitat

Imagens: ©SOM