Bahia terá laboratório de certificação de painéis fotovoltaicos

Boas novas para a Bahia e para o nordeste! A Coelba, uma das distribuidoras do grupo Neoenergia, iniciou as obras do Laboratório de Certificação de Painéis Fotovoltaicos, que funcionará em uma área de 600 m², no Parque Tecnológico da Bahia.

O empreendimento será o primeiro do tipo no Nordeste, e um dos quatro no Brasil. Fruto de convênios da Coelba com a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (Secti) e com a Universidade Federal da Bahia (UFBA), o projeto faz jus ao potencial solar gigantesco do nordeste, sendo o laboratório uma grande evolução para o uso da energia solar.

O estado da Bahia, que já recebia grandes investimentos em energia eólica, têm mais uma vez uma grande chance de crescer na busca e produção de fontes energéticas renováveis e corretas ecologicamente. Estão sendo investidos mais de quatro milhões, através do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento do Neoenergia, o qual foi aprovado pela ANEEL. O laboratório também irá realizar trabalhos em conjunto com outros laboratórios e empresas do Centro Tecnológico e, após o terceiro ano de funcionamento, a Coelba doará o dinheiro ao Parque.

O espaço ficará pronto até o final de junho e, partir daí, os equipamentos começarão a ser adquiridos. Entre eles, simuladores solares, câmaras climáticas e equipamentos de medição. O passo seguinte é o reconhecimento formal pelo Inmetro de que o laboratório de certificação de painéis fotovoltaicos está apto para funcionar.

Serão aplicadas normais internacionais para energia solar e calibração de fontes de luz e sensores. Além disso, programas de capacitação e avaliação de novas tecnologias de painéis solares fotovoltaicos serão desenvolvidos. A estrutura ficará à disposição dos fabricantes que queriam vender as placas nacionalmente, sobretudo porque, para a realização da venda, é preciso passar pelo processo de certificação.  De acordo com José Antônio Brito – um dos gestores da Coelba – em entrevista à revista Primeira Página, “a geração de energia solar em grande escala está a ponto de se tornar realidade”.

A Coelba, por sua vez, já possui experiência com o uso de sistemas solares fotovoltaicos, haja vista o programa Luz para Todos e a inauguração do primeiro sistema solar fotovoltaico em um estádio da América Latina. Por isso, o laboratório de certificação de painéis fotovoltaicos tem dezenas de pontos a seu favor e promete ser um grande avanço e conquista na geração de energia solar para o nordeste e para o Brasil.

E já que estamos falando em Bahia, você sabia que a maior usina solar ficará no estado? Veja mais.

 

PEC 65/12 pode fragilizar o licenciamento ambiental em obras públicas

Consequentemente, tal medida acaba com a obrigação do empreendedor de cumprir com a legislação ambiental aplicada a obras públicas, o que significa um grande retrocesso.

Se aprovada, a PEC vai para a Câmara dos Deputados e, caso tenha modificações, volta para o Senado. A sanção presidencial é a última etapa. A proposta, apresentada pelo Senador de Rondônia Acir Gurgacz, do PDT, e relatada pelo Senador Mato-Grossense  Blairo Maggi, do PR, é extremamente irresponsável, à medida que o empreendedor só precisa apresentar um Estudo de Impacto Ambiental para que nada mais impeça o andamento da obra. Com isso, as três etapas de avaliação técnica de órgãos reguladores como Ibama, Funai e Agência Nacional das Águas deixam de existir, assim como as licenças prévia, de instalação e de operação, que qualificavam um empreendimento com seguro e responsável.

Os argumentos favoráveis à PEC, segundo os senadores, são concentrados  na garantia de segurança jurídica à execução de obras públicas, além do que, segundo eles, interrupções de obras salutares ao desenvolvimento estratégico do país, são feitas em virtude de decisões judiciais e protelatórias. Com a quebra do rigor, essas obras poderiam ser executadas de uma forma mais ágil.

O SustentArqui deixa explícito o repúdio à PEC 65/12, tendo em vista que grandes obras têm diversos impactos ambientais negativos, e o licenciamento e as análises prévias têm cunho preventivo e essencial para a garantia do comprometimento da obra com o meio ambiente.

Em um artigo sobre o caso, o jornalista especializado em causas ambientais, André Trigueiro, aponta que o senador Blairo Maggi, autor da PEC, foi um dos maiores plantadores individuais de soja do mundo, além ter sido governador do Mato Grosso por dois mandados, estado que lidera estatísticas de desmatamento da Amazônia.

André ressalta uma fala de Maggi em uma declaração da época em que ainda era governador ” (…) um aumento de 40% no desmatamento não significa nada; não sinto a menor culpa (…). Estamos falando de uma área maior que a Europa toda e que ainda foi pouco explorada”. Maggi deixa explícita a sua pouca preocupação com os recursos ambientais, o que certamente explica o fato do senador ser o relator da PEC 65/12 que é essencialmente oposta a um modelo de desenvolvimento ético e sustentável.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o senador Randolfe Rodrigues, o coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, Sarney Filho, o superintendente de Políticas Públicas e Relações Externas do WWF-Brasil, Henrique Lian são alguns do que já manifestaram a posição contrária à PEC 65/12 e o total repúdio às suas ações. Para todos esses, a medida beneficia apenas uma parte dos interessados, e desconsidera a responsabilidade que uma obra precisa ter com o meio ambiente.

Uma simples apresentação de um Estudo do Impacto Ambiental (EIA) pelo empreendedor não pode e não deve ser suficiente para impedir o cancelamento de uma obra. Esperamos que essa proposta de emenda constitucional não chegue até o fim. Nós, do SustentArqui, que tanto falamos sobre construção sustentável, temos o dever de nos posicionar contra a essa medida retrógrada que retira o poder que o licenciamento possui de classificar um empreendimento como ambientalmente adequado ou não. Continuaremos acompanhando o caso da PEC 65/12, na esperança de que não se concretize.

 

 

Horta orgânica no deserto do Saara. Será possível?

Jordânia e Noruega, desde 2008, estão desenvolvendo um projeto inovador, uma horta orgânica no deserto do Saara. Além de fornecer alimentos orgânicos, a horta, batizada de Floresta do Saara, trará energia limpa e água para o local.

horta orgânica saara
Foto: Divulgação Sahara Forest

O projeto piloto da gigante horta orgânica no deserto foi idealizado em Aqaba, cidade costeira do extremo sul da Jordânia. Ele terá uma área total de 200 mil metros quadrados, com possível expansão futura em dez vezes.

O projeto funciona de maneira integrada, e é uma verdadeira inovação para a região.A água se tornará potável através dos espelhos solares que aquecem a água do mar até ferver, atingindo uma temperatura superior a 540 graus célsius. Uma turbina transformará a água fervida em eletricidade.

horta orgânica saara foto
Foto: Divulgação Sahara Forest

A energia solar concentrada, a água do mar e o cultivo das culturas tradicionais compõem a tríade do projeto para conseguir comida, água limpa, energia limpa e biomassa. A “floresta” será formada por uma usina termossolar e uma estufa de água salgada com funcionamento já atestado em outros programas piloto. O projeto começa a ser construído em novembro.

A água potável  será utilizada para cultivar vegetais frescos para alimentação e algas que ajudam na absorção do CO2, otimizando ainda mais o processo e ajudando na produção de combustíveis.

Três empreendedores locais,o arquiteto Michel Pawlyn, o designer Charlie Paton e o engenheiro Bill Watts, criaram o projeto. A ideia foi apresentada em 2009 na COP15 de Mudanças Climáticas. Em 2010, o rei da Jordânia se interessou pelo projeto e, a partir daí, a horta orgânica no deserto foi se tornando uma ideia real.

 

horta orgânica saara foto3
Foto: Divulgação Sahara Forest

Atualmente, uma unidade está sendo construída na Jordânia , e, em breve deve chegar à Tunísia, país onde 75% do território é composto por deserto. Uma verdadeira esperança para o local!

 

Falamos também aqui no SustentArqui sobre como planejar uma horta orgânica urbana. Veja!

 
 Fonte: The Greenpost

 

 



Reaproveitamento de vidro vira design e negócio lucrativo

Visando a reciclagem e o reaproveitamento de vidro, material que pode levar até um milhão de anos para se decompor, um arquiteto do Mato Grosso do Sul, fez da reutilização do material, um verdadeiro negócio.

Por ser dono de bar, via diariamente o desperdício e o prejuízo financeiro diante de copos quebrados, tentando solucionar o problema, ele fundou a Casa do Vidro, local onde qualquer pessoa pode chegar com uma peça de vidro – quebrada ou inutilizada – e pedir que seja transformada em um objeto útil ou de decoração. Com isso, ao invés de ir para lixões, o vidro se transforma em luminárias, copos criativos e outros itens.

O negócio de reaproveitamento de vidro deu tão certo que atraiu várias empresas parceiras e já tem dois anos e meio no mercado, processando atualmente 80% do vidro descartado por residências e estabelecimentos de Bonito, cidade turística muito visitada no Mato Grosso do Sul.

casa do vidro Reaproveitamento de vidro
Foto: Divulgação

Por ano, são 20 toneladas processadas na fábrica, e as peças criadas através da reutilização de vidro são comercializadas até internacionalmente e também via e-commerce. A Casa do Vidro teve um investimento inicial de 180 mil reais com três máquinas de processamento. A ideia é patenteada e é a fábrica é a única do continente a ter esse tipo de negócio em larga escala. Os objetos são peças únicas, personalizadas a gosto do cliente que pedem o modelo ao chegarem à fábrica com os seus vidros que seriam descartados.

reciclagem de vidro - casa de vidro
Fotos: Casa do Vidro

A Casa do Vidro tem alguns parceiros em Bonito como o restaurante Casa do João, que manda quinzenalmente 100 quilos de vidro para a produção de copos que se tornaram a marca do restaurante. Atualmente, a fábrica tem nove funcionários e quinze prestadores de serviço e, segundo os donos, a expectativa é de que a produção dobre em 2016.

Reaproveitamento de vidro moringas
Moringas. Foto: Casa do Vidro

Quem visita o local, se encanta com as peças expostas, são arandelas, queijeiras, jarras, luminárias, relógios, enfim, o que não faltam são inspirações.

 CONFIRA O LUSTRE COM REAPROVEITAMENTO DE VIDRO NO NOSSO CATÁLOGO

P.s: já que estamos falando de reaproveitamento, veja o projeto que transforma mangueiras descartadas em mobiliário.



Lama de Mariana vira material para construção

O ano passado foi desastroso para cidade de Mariana, do interior de Minas Gerais. Barragens da mineradora Samarco romperam e Mariana ficou imersa à destruição de muita lama. Tentando reconstruir a cidade e melhorar as atuais condições de vida da população local, um projeto, batizado de Tijolos de Mariana,  tem o intuito de transformar a lama de mariana em tijolos para a reconstrução de casas populares, hospitais e escolas para cerca de 400 famílias.

A ideia central do projeto é aproveitar a quantidade enorme de rejeitos que se espalhou por Mariana e no entorno, transformando-as em algo útil, ajudando na reconstrução da cidade. O Tijolos de Mariana é fruto de uma parceria das empresas Grey Brasi, Ecobrick (empresa de tijolos ecológicos) e os alunos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

A ideia é que a fábrica do projeto, funcione com a mão de obra local, gerando 80 empregos diretos e indiretos à comunidade. Até o momento, foram fabricados apenas tijolos artesanais simbólicos, produzidos em Campinas, com o objetivo de divulgar a campanha para angariar fundos para a construção da fábrica em Mariana.

lama de mariana
Foto: Divulgação

Todos os tijolos contam com a letra “M” em homenagem à cidade de Mariana, e se tudo der certo poderão ser encontrados à venda em lojas nacionais, com lucro revertido para ajudar a região. Atualmente, há um projeto de financiamento coletivo criado para ajudar o projeto Tijolos de Mariana , com valores de R$ 25 a R$ 5 mil. 

O processo de fabricação, segundo os fabricantes, começa com a filtração da lama, que é transformada em um composto limpo e atóxico. Posteriormente, essa lama ganha um formato de tijolo através de um processo ecológico que não envolve a emissão de gases. Segundo os criadores, esses tijolos são até sete vezes mais resistentes que os tijolos comuns.

Outro projeto que tem aproveitado a lama de Mariana foi encabeçado pela empresa Lepri. A marca desenvolveu uma técnica para reaproveitar a lama na produção da linha de revestimento cerâmico Brick Natura. Parte do lucro da venda da linha será revertido em doação para a cooperativa Linhares, afetada com a tragédia. A intenção da empresa é introduzir a técnica de reaproveitamento em outras linhas.

lama de mariana para cerâmica
Revestimento em cerâmica da Lepri. Foto: Lepri

Se provado que o material não é tóxico e não apresenta risco aos trabalhadores e usuários, essas Iniciativas mostrarão que o reaproveitamento, além de ser fundamental para o meio ambiente, pode ajudar a reconstruir uma cidade.

 

 

Edifício Jacarandá: prédio em São Paulo tem certificação LEED Platinum

O Edifício Jacarandá, localizado na capital paulista, é um  exemplo de sustentabilidade sendo um verdadeiro prédio verde. O empreendimento é o primeiro edifício comercial no Brasil a receber a certificação LEED Corel and Shell Platinum v3 (a versão 4 -v4– deve entrar no mercado ainda este ano), a maior categoria do selo LEED.

À propósito, em 2015 o Brasil foi o 4º país no mundo com maior número de certificações LEED.

Projetado pelo arquiteto Carlos Bratke, o prédio  possui localização com fácil acesso a vários tipos de transporte coletivo e em todo o empreendimento há o incentivo ao uso de trens e ônibus, de modo a contribuir para a redução do número de veículos nas ruas e consequentemente, a poluição de São Paulo.

Há também o incentivo à caminhada, já que serviços básicos como supermercados, farmácias e padarias são encontrados próximos ao Edifício Jacarandá.

edifício jacarandá panorama
Foto: Marcus Leoni/FolhaPress

 

O prédio possui um bicicletário com 36 vagas, vestiários e armários para os ciclistas, de modo a incentivar também o uso desse transporte. O empreendimento conta com 100% dos estacionamentos nos subsolos, diminuindo as áreas pavimentadas, promovendo a minimização das ilhas de calor, com a adoção de coberturas verdes e a utilização de materiais com alto índice de refletância solar.

 

edifício jacarandá biciletario
Foto: Marcus Leoni

O empreendimento possui 1.925 m² de áreas verdes que promovem a biodiversidade local, além de ter um Plano de Gerenciamento de Águas Pluviais que reduz as coberturas impermeáveis e promove a infiltração, coleta e tratamento da água de escoamento correspondente a 90% da média anual de chuva.

Além de um sistema para coleta e tratamento de água cinza e água proveniente do dreno do sistema de ar condicionado para usos não potáveis.

Foi elaborado também um sistema de Simulação Computacional para avaliar a eficiência energética do Edifício Jacarandá, e foram adotadas estratégias de racionalização de energia em toda a sua operação. Por exemplo, a iluminação é desligada automaticamente nas áreas comuns,  como nas garagens, no térreo e nos escritórios, quando os mesmos não estão sendo ocupados.

Foi aplicado um sistema de condicionamento de ar adequado, o qual não oferece riscos ao meio ambiente. Os gases refrigerantes são  de baixo impacto na camada de ozônio e no aquecimento global.

Edifício Jacarandá materiais
Foto: Marcos Leoni

Na fase de construção, 93% dos resíduos gerados foram destinados à reciclagem e reaproveitamento. Além disso, foram aplicados materiais com conteúdo reciclado e de origem regional, incentivando a mão de obra local, contribuindo com a redução de extração de novas matérias-primas e com a redução do impacto da poluição no transporte.

O layout do Edifício Jacarandá permite que, em todos os ambientes, os ocupantes tenham visibilidade das paisagens externas.

Sensores de CO2 foram instalados em todos os espaços, garantindo a qualidade do ambiente interno, assim foram utilizados adesivos, selantes, tintas e revestimentos com baixo valor de Compostos Orgânicos Voláteis (COV).

Edifício Jacarandá escada
Foto: Marcos Leoni

Essas são apenas algumas das iniciativas e realizações sustentáveis do Edifício Jacarandá, que em toda a sua construção e funcionamento, mostra porque é um exemplo para o Brasil, para o mundo e para o progresso da sustentabilidade no setor.

Logística reversa será aplicada em São Paulo

Um programa piloto de logística reversa de eletrodomésticos começa hoje na capital paulista e vai até 2017, fruto de uma parceria da prefeitura de São Paulo/SP , da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA ) e de algumas grandes lojas varejistas.

Pontos de coleta para eletrodomésticos pequenos – até 60 cm de largura, 50 cm de comprimento e 76 cm de altura – serão instalados na zona oeste da capital e nas redes participantes e, para os de grande porte, um serviço oferecerá retirada em domicílio.

A logística reversa, regulamentada pela Lei nº 12.305/2010, é um instrumento de desenvolvimento econômico e social pautado em ações destinadas a fomentar a coleta e a restituição de resíduos sólidos ao setor empresarial, no intuito de reaproveitar, reciclar ou fornecer a esses resíduos qualquer destino que seja adequado à preservação do meio ambiente. Em suma,  a logística reversa aplica a responsabilidade com o ciclo de vida dos produtos. No programa de São Paulo, os produtos coletados irão para uma cooperativa de resíduos eletrônicos e a reciclagem priorizará o máximo aproveitamento do material.

No ato da compra de algum eletrodoméstico de grande porte, tais como fogões, geladeiras e afins, em uma das lojas participantes, os clientes recebem um cupom que poderá ser usado na retirada do item velho que será substituído, mediante pagamento de uma pequena taxa que será utilizada na logística de retirada. O serviço ainda não está em vigor, mas entrará em breve.

Na cooperativa, os produtos serão desmontados e os materiais (plástico, metal) serão separados dos componentes eletrônicos. A cooperativa prevê que até 2017 já poderão estimar o grau de reciclagem alcançado com o projeto. A prefeitura de São Paulo pretende expandir o projeto de logística reversa para outras regiões da capital até 2020. A zona oeste, mais especificamente a Lapa, foi escolhida diante de pesquisas da JICA apontarem que os moradores da região são mais ligados à questões de sustentabilidade e meio ambiente.

Já que estamos falando em reaproveitamento, veja só essa matéria sobre reciclagem de resíduos de construção!

 



Equipamentos para energia solar recebem incentivo do BNDES

Boas novas para o Brasil! Um total de 20 equipamentos para energia solar, produzidos por 17 fabricantes, já estão credenciados na linha da Finame (Financiamento de Máquinas e Equipamentos) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A intenção do banco é incentivar gradativamente a presença da energia solar na matriz energética brasileira.

Dentre os credenciados, cinco correspondem a indústrias nacionais que produzem no Brasil os painéis fotovoltaicos para geração solar; outros cinco são para fornecedores de sistema fotovoltaicos; sete são para a fabricação de inversores; dois para a fabricação dos trackers, equipamentos para energia solar que direcionam o painel fotovoltaico para que ele acompanhe o movimento do sol e otimize a irradiação solar; e um para a caixa de conexão central, a stringbox.

Cabe ao BNDES verificar se o fabricante está dentro das exigências do chamado “conteúdo nacional mínimo”. Sem isso, os equipamentos para energia solar não podem receber o financiamento. Um dos fabricantes de painéis solares que já estão participando do credenciamento, tem a capacidade de fornecer energia a sistemas de grande porte. Outros quatro são voltados para sistemas de pequeno porte, como placas solares em residências e pequenos comércios.

Mais quatro fabricantes de painéis fotovoltaicos estão em processo de credenciamento com o BNDES, sendo três brasileiros e um estrangeiro. Quando instaladas suas unidades, terão capacidade de produzir um gigawatt anualmente.

Outros projetos em fase de consulta já estão no BNDES, e a estimativa é de que o fluxo aumente consideravelmente até o final de 2016. O Governo Federal, como forma de incentivo, já realizou três leilões – um em 2014 e dois em 2015 – para comprar energia solar, e outros dois devem ocorrer em 2016. A expectativa do banco é que a energia solar no Brasil trace o mesmo caminho da energia eólica, a qual já representa 6% da matriz energética brasileira, incentivo que o BNDES também pretende aumentar cada vez mais.

 

Casas de Argila na Arábia: exemplo de construção ecológica

Na província de Asir, na Arábia Saudita, as construções mais modernas da região seguem o modelo das tradicionais casas de argila, compostas de belos pátios interiores e com base em pedra.

O local faz parte do planalto da Arábia e está cerca de dois mil metros acima do nível do mar.

casas de argila foto
Foto: Ahmed Beltagi – Natural Homes

O clima moderado do local, que varia de 12 a 21ºC, costuma trazer fortes chuvas e ventos com bastante poeira. As casas de pedra, situadas nas colinas, e as casas de argila, situadas nos vales, são uma resposta a esse clima que não favorece a região.

As paredes das casas de argila têm cerca de 50 cm de espessura construídas sobre uma camada de pedra e são construídas em etapas, de modo que cada nível de argila seque perfeitamente.

As paredes de barro são inclinadas para dentro e sua espessura é reduzida à medida que ganham altura, isso reduz a quantidade de material utilizado e também a pressão em cima das paredes inferiores.


Imitando o design dos edifícios de pedra, as paredes de barro se levantam nos cantos, e a característica mais marcante são que as partes projetadas para fora, fazem com que a chuva caia em cascata e não estrague tanto a argila.

casas de argila arábia
Fotos: Richard Wilding

O que mais chama a atenção nas casas de argila e pedra da província de Asir são as decorações extremamente coloridas espalhadas por dentro e por fora da casa.

De acordo com os costumes da região, os homens são responsáveis pela construção das residências, enquanto as mulheres cuidam da decoração, o que na cultura do local representa um reflexo da capacidade feminina de expressar sua personalidade e uma cultura masculina que obriga os homens a se retirarem da vida pública para cuidarem de suas próprias casas.



Independentemente disso, trata-se de uma iniciativa extremamente válida para o meio ambiente, já que prega a utilização de materiais locais, uma prática da construção ecológica.

Uma outra inspiração de construção ecológica onde as mulheres também cuidam da decoração que já falamos aqui no SustentArqui, são as casas de terra da Tribo Gurunsi. Veja!

Fonte: Natural Homes

Poste sustentável é criação vencedora de prêmio

Um poste sustentável e econômico feito com lâmpada de LED e garrafas pet foi o objeto que concedeu um prêmio internacional à comunidade Um Litro de Luz, em parceria com uma empresa júnior da Universidade de Brasília, a ENETEC.

O prêmio Saint Andrews Prize For Environment, que ocorreu na Escócia, pagou aos criadores do poste sustentável a quantia equivalente a 360 mil reais. Com o montante, é possível montar mais de mil estruturas de energia solar e atender mais de 40 comunidades, o que faz parte do intuito principal dos vencedores – ajudar pessoas. Segundo os líderes do Um Litro de Luz, o dinheiro será utilizado para iluminar comunidades ribeirinhas na Amazônia.

poste sustentável um litro de luz
Entrega do prêmio ao representante do Um Litro de Luz. Foto: Reprodução Facebook Um Litro de Luz

Quarenta postes com a tecnologia foram instalados em abril de 2015 na comunidade Vila Beira Mar, no Rio de Janeiro. A invenção provém de uma inspiração de uma lâmpada desenvolvida por Alfredo Moser em 2002, cuja tecnologia consiste na lâmpada imersa dentro de uma garrafa pet em uma solução de água e alvejante, a qual gera a refração da luz.

Os idealizadores do poste sustentável, por sua vez, o fizeram com a energia vinda de uma bateria de moto, carregada por uma placa solar. O objeto contém também um sensor que mantém a lâmpada acesa automaticamente à noite com a mesma intensidade de uma lâmpada convencional de 60 watts.

O custo de cada poste desenvolvido é de 260 reais, à medida que um poste tradicional custa, em média, três mil reais.



Sistema promissor de fazendas urbanas: Impact Farm

No intuito de melhorar o aproveitamento do espaço urbano, transformando-o em áreas produtivas e garantindo a segurança alimentar, os dinamarqueses Mikkel Kjaer e Ronnie Markussen fundaram um sistema que cria fazendas urbanas em áreas inutilizadas – como estacionamentos ou vãos de prédios – denominado Impact Farm.

Além de melhorar a segurança alimentar na cidade, o projeto tem a intenção de diminuir a pegada ecológica da produção de alimentos e gerar empregabilidade.


A estrutura, que foi projetada para se adaptar às mudanças de terreno, é autossuficiente em água, eletricidade e calor.

O espaço necessário para a instalação da fazenda urbana é de 163 metros quadrados e nela é possível produzir diversos tipos de plantas frutíferas, ervas, verduras e legumes.

Impact Farm fazendas urbanas
Foto: Divulgação

Estima-se que a área é suficiente para colher de três a seis toneladas por ano, a depender do modo de produção escolhido.

Restaurantes e pequenos comerciantes, por exemplo, escolhem um modelo de menor capacidade, a fim de colherem o suficiente para abastecer o seu negócio. Modelos maiores podem servir para abastecer escolas, creches e afins.

Mikkel e Ronnie, antes de criarem o projeto, tinham o objetivo comum de ligar as pessoas à produção de alimentos, dar às cidades um espaço verde que trouxesse de volta a natureza para os centros urbanos.

A dupla passou dois anos explorando modelos de fazendas urbanas, e chegaram à conclusão de que os Estados Unidos é o país alvo para o Impact Farm, já que muitas cidades norte-americanas, sobretudo do interior, são constituídas por espaços vazios não utilizados, desertos alimentares e pessoas ocupando subempregos ou desempregadas.

Para eles, o sistema de fazendas urbanas é uma solução para todos esses problemas.

Impact Farm fazendas urbanas sistema dentro
Foto: Divulgação

Além da funcionalidade das fazendas urbanas, o projeto tem toda a preocupação com a estética.

A proposta central consiste em uma fazenda urbana bonita, chamativa, revitalizante e que faça uma agricultura urbana mais inteligente.

O Impact Farm é fácil de ser montado e transportado, e todo o seu sistema é constituído de materiais reaproveitados.

O que se espera do projeto é que ele seja uma solução eficaz na produção de alimentos em locais com terrenos ruins e espaços abandonados, mostrando que o reaproveitamento é a chave do sucesso.



Um outro modelo de fazenda urbana já foi desenvolvido no Brooklyn, em Nova York, nos Estados Unidos. Conheça!

Atrações turísticas mais sustentáveis: um mundo de opções

Quando se fala em turismo, logo vem à cabeça os grandes parques, praias, monumentos, museus e lugares mundo afora. O que nem todo mundo sabe, é que existem vários projetos que têm tornado vários desses pontos turísticos mais sustentáveis, no intuito de contribuir para a preservação do meio ambiente para as gerações futuras, aliando o entretenimento com sustentabilidade.

Pensando nisso, o SustentArqui listou algumas atrações turísticas mais sustentáveis para você conhecer e visitar:

1- Bondinho do pão de açúcar com energia solar

O bondinho do pão de açúcar é conhecido mundialmente, sendo o queridinho do Rio de Janeiro e do Brasil. Recentemente, foram desenvolvidos projetos para a produção de energia 100% limpa, por meio de um conjunto fotovoltaico. O uso das placas e painéis solares tem representado uma economia de 02 MWh por mês, os quais proviam anteriormente de rede elétrica convencional. E não para por aí! A CCAPA ( Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar), que administra o ponto turístico, continuará investimento em projetos sustentáveis de eficiência energética, fazendo do bondinho um sistema de transporte limpo.

atrações turísticas mais sustentáveis - bondinho
Foto: Divulgação

2- Cristo Redentor com iluminação LED

O segundo da lista das atrações turísticas mais sustentáveis é considerado uma das sete maravilhas mundiais e, desde 2011, conta com uma iluminação sustentável em LED. A iluminação em LED apresenta alta eficiência energética e flexibilidade quanto ao gerenciamento da luz. Desde a utilização desse sistema, os gastos de energia do monumento do Cristo Redentor foram reduzidos em aproximadamente 20 vezes em relação à iluminação utilizada anteriormente.

O sistema possui um controle inovador, chamado Lighting Control Engine, que permite um gerenciamento individual de cada projetor. O sistema permite a criação de um número de cenas praticamente infinitas, o que possibilita iluminar o cristo em diferentes momentos de forma única.

atrações turísticas mais sustentáveis -  cristo
Foto: Osram

3- Torre Eiffel com energia eólica

O ícone de Paris será abastecido com energia renovável. Foram instaladas duas turbinas eólicas no monumento capazes de gerar 10 mil Kwh de energia, a qual alimentará os museus, restaurantes e lanchonetes que ficam no primeiro andar da torre. Outras medidas também foram tomadas para tornar a Torre Eiffel sustentável, como iluminação de LED e um sistema de recuperação da água da chuva.

torre eiffel energia renovável
Foto: UGE

Saiba mais na matéria que o SustentArqui fez sobre os projetos sustentáveis da Torre Eiffel.

4 – Ônibus em Londres elétrico

O ônibus é um dos símbolos do transporte público em Londres. E, desde o ano passado, os veículos desse tipo têm sido testados com eletricidade armazenada em baterias. A previsão é que até 2020 todos os veículos do transporte público de Londres sejam substituídos por veículos com zero emissão de carbono.

O sistema funciona com uma recarga sem fio, com uma placa no solo possibilitando a transferência de energia. O ponto transfere para o conjunto de baterias do ônibus uma carga de 10 KW a cada cinco minutos.

atrações turísticas sustentáveis -  onibus
Foto: Divulgação

Saiba mais

5 – Times Square mais amigável para os pedestres

A avenida mais famosa de Nova York, e uma das mais famosas do mundo, tirou os carros das ruas e deixou o espaço mais amigável para os pedestres através de praças criadas especialmente para eles. Os objetivos concentram na diminuição da poluição atmosférica e no aumento da qualidade de vida das pessoas nas ruas.

Dados de 2014 apontam que 75% do espaço público dos principais cruzamentos da Times Square já estava sendo destinado aos pedestres, com mesas e cadeiras para conversar.

atrações turísticas mais sustentáveis -  times square
O antes e depois da Times Square. Foto: Divulgação

6 – Empire State Building em Nova York é LEED EB-OM

O Empire State Building, em Nova York,se tornou um Green Building, certificado LEED EB-OM Gold em 2010, sistema de certificação para edifícios existentes que avalia a sua operação e manutenção. Esse sistema de certificação fornece um mapa claro de melhorias e aperfeiçoamentos, apresentando medidas simples para qualquer edifício, funcionando como uma boa ferramenta de gestão operacional.

atrações turísticas mais sustentáveis -  empire state
Foto: Divulgação

Saiba mais sobre edifícios existentes certificados

7 – Disney com energia solar

Recentemente, falamos aqui no SustentArqui sobre o projeto de energia solar que abastecerá os parques do Walt Disney World. Uma usina, inaugurada no último dia 12, foi desenvolvida com 48 mil painéis solares em uma fazenda localizada próximo ao parque Epcot, e produzirá uma energia de 5 megawatts.

A usina tem o formato da cabeça do Mickey e o seu sistema possui eficiência mil vezes maior ao sistema utilizado nos telhados de residências para a captação de energia solar fotovoltaica.

disney energia solar
Foto: Nearmap

Que esse tipo de conscientização se espalhe cada vez mais por atrações turísticas pelo Brasil e pelo mundo.

Quer ver sugestões de turismo sustentável no Brasil, o site EcoHospedagem preparou um roteiro, divido por estados, de vários locais com turismo sustentável de diferentes tipos pelo Brasil.

Shopping em container é sucesso em Buenos Aires

O Quo Container Center, projeto da BZZ Arquitectura, é um shopping em container construído em Buenos Aires, na Argentina. Cidades cosmopolitas como Londres e Nova York já possuem essa tendência e, seguindo o mesmo caminho, foram utilizados 57 containers de variadas cores para o estabelecimento argentino.

O shopping em container possui telhado verde e painéis solares, e como qualquer shopping comum, conta com restaurantes, lojas varejistas, escritórios e um café.

O local se tornou ponto de referência para encontrar roupas e objetos originais, almoçar ao livre e desfrutar da natureza tendo um contato mais próximo com ela.

shopping em container panorama
Shopping QUO
shopping em container estrutura

Os containers, que em sua usabilidade original são equipamentos utilizados para transportar cargas, foram colocados de modo a permitir a maior quantidade de espaços verdes abertos, formando, então, três andares. Um dos mais famosos restaurantes do lugar é totalmente envidraçado e suspenso, como uma espécie de ponte.

O acesso aos andares é feito pelas escadas ou elevadores exteriores. No alto do prédio, estão as árvores circundantes que adentram para as lojas e restaurantes.

Um grande terraço ensolarado oferece aos clientes do shopping em container, a chance de se apropriar de um ar fresco e a luz solar. No entanto, para driblar dias de sol mais forte, a sombra foi garantida com um tecido resistente à água colocado sob o terraço.

Conheça as Vantagens e Desvantagens das Construções em contêineres

Os painéis solares do shopping  transformam a energia solar em eletricidade, a qual é usada para abastecer as  áreas comuns.

O telhado verde, por sua vez, ajuda a melhorar o isolamento térmico e também a qualidade do ar.

Como não há espaço suficiente para os banheiros dentre os containers, os visitantes são incentivados a utilizar os banheiros públicos, os quais são decorados com tampas de garrafas coloridas.

shopping em container paineis
shopping em container escadas
banheiros com tampinhas
Banheiros decorados com tampas de garrafas coloridas.

Quando passar por Buenos Aires, vale a pena conhecer esse shopping em container, o QUO Container Center fica em Mendoza 1667, Ingeniero Maschwitz, Buenos Aires, e abre de terça a domingo, das 10h às 19h.

container area externa
.
shopping em container loja
.
container teto
.

Outros projetos parecidos de construções em containers, foram feitos na França para Moradia de Estudantes e outro o Container City no México.


Fonte e Fotos: Inhabitat

Instituto Pindorama apresenta livro sobre permacultura

Pensando em um mundo onde as pessoas devem estar atentas à composição e origem de tudo que as cerca no intuito de contribuir para um meio ambiente mais sustentável, Nilson Dias, fundador do Instituto Pindorama, escreveu um livro sobre permacultura, o “Permacultura para Organizações e Casas Ecológicas”.

O objetivo do autor é fazer com que as pessoas aprendam didaticamente sobre como projetar e reformar imóveis sustentáveis, implementando soluções para desperdício de água, energia, lixo em suas próprias casas.

O termo permacultura, criado pelo professor australiano Bill Mollison na década de 1970, faz referência a um sistema de design para a criação de ambientes humanos sustentáveis e produtivos, em equilíbrio com a natureza.

Nesse contexto, Nilson Dias quis criar um livro sobre permacultura que fosse simples e eficaz, capaz de atingir desde arquitetos até pessoas comuns, funcionando como um guia prático para a economia de recursos e realização de projetos sustentáveis.

O livro sobre permacultura está em um estágio de pré-venda, e o lançamento oficial só ocorrerá se o Instituto Pindorama conseguir arrecadar o valor necessário através de um sistema de crowfunding. Os valores são de R$ 60 até R$ 2000, e a retribuição varia de acordo com o valor. O dinheiro arrecadado com a pré-venda será utilizado, sobretudo, no pagamento de impostos, na impressão e distribuição da primeira tiragem dos livros, além do envio das retribuições pelos valores pagos.

Nilson Dias iniciou sua jornada pela sustentabilidade desde criança, mostrando preocupação com a reutilização de objetos, ao invés do descarte. Em 2009, fundou o Instituto Pindorama em uma propriedade rural, e, a partir daí, passou a dedicar-se à pesquisa e prática da permacultura. O livro sobre permacultura é resultado de muito estudo sobre o assunto, voltado para construções e organizações  – de qualquer tamanho – comprometidas com o meio ambiente.

Para entender mais sobre o livro sobre permacultura e contribuir com a campanha de crowfunding, acesse aqui.

Veja o vídeo da campanha:

 

E para ver, na prática, como funciona uma casa pautada na permacultura, veja só esta residência em Goiânia que adotou uma série de medidas sustentáveis.

Casas de garrafas pet compõem vila no Panamá

Uma vila composta de casas de garrafas pet está sendo construída em Isla Cólon, em Bocas Del Toro, no Panamá.

As garrafas reaproveitadas compõem as paredes externas e internas das casas, contribuindo para a diminuição do envio de materiais para o aterro, e, consequentemente, para um ambiente mais sustentável.

De acordo com o idealizador da vila, Robert Bezeau, que contou com a ajuda de outros arquitetos, cada casa será composta por uma gaiola de aço cheia de garrafas pet recicladas, que posteriormente serão cobertas com uma mistura de concreto.

A primeira casa da vila tem dois quartos e utilizou cerca de 10 mil garrafas pet, gerando significativos benefícios ambientais.

Estrutura de uma casa de garrafa pet na vila. Foto: Divulgação
Estrutura de uma casa de garrafa pet na vila. Foto: Divulgação

Para Bezeau, era necessário um serviço de reciclagem de plástico que driblasse os desafios enfrentados pela região do Boca Del Toro com resíduos não gerenciados.

No processo inicial, foram recolhidas milhares de garrafas pet e, a partir disso, veio o sonho de utilizá-las como acabamento para residências. Desde o desenvolvimento do conceito da vila de casas de garrafas pet, o idealizador também se comprometeu em criar uma facilidade educacional, ensinando aos demais a implementarem a técnica de reciclagem em suas próprias habitações.



Foram desenvolvidos três modelos de casas de garrafas pet diferentes, todas com resistência suficiente a fatores externos, como chuvas ou ventos fortes.

Cada casa será entregue com um sistema completo de canalização e eletricidade, além de portas e janelas padronizadas.

casas de garrafas pet
Construção de uma casa de garrafa pet. Foto: Divulgação

A reutilização dos materiais viabiliza a construção da vila de casas de garrafas pet, já que o tempo utilizado é menor e os custos também, se comparados à construção de uma casa tradicional. A vila será construída em 83 acres de terra, entre colinas, vales e riachos de água doce, além de uma extensa variedade de fauna e flora indígena.

Quando concluída, a vila terá 120 casas e lotes, um jardim para a comunidade, uma espécie de “boutique”, zonas verdes, e mini-parques ideais para ioga e demais atividades ao ar livre.

Para o idealizador do projeto, quando o seu estilo de construção de casas for adotado, ocorrerá uma mudança consciente na terra. Segundo ele, se a ideia da vila de casas de garrafas pet se alastrar pelo mundo, aquilo que o ser humano consome, será reaproveitado na construção de habitações modernas, de qualidade e comprometidas com o meio ambiente.

acabamento casas de garrafas pet
Um dos tipos de casa com garrafas pet da vila. Foto: Divulgação

Um projeto parecido também já foi colocado em prática na Bolívia. Aqui no Brasil, uma cadeira feita com pet foi objeto finalista de um concurso. O que vale é usar a criatividade para reciclar e inspirar um mundo pautado na reutilização e na construção consciente.



Energia solar na Disney entra em ação

O mundo dos parques encantados mais famosos do planeta agora possui uma fonte de energia renovável. Trata-se de um projeto de energia solar na Disney, através de uma usina desenvolvida e inaugurada pela Duke Energy, em parceria com Walt Disney World Resort e Reedy Creek Improvement District.

A usina, que curiosamente tem o formato da cabeça do personagem mais famoso da Disney – o Mickey -,  foi montada com 48 mil painéis solares numa fazenda com área de 22 acres – aproximadamente 80 mil metros quadrados – localizada próximo ao parque Epcot. A energia produzida será de 5 megawatts e atenderá as necessidades energéticas do Complexo Walt Disney World Resort e de outros estabelecimentos como Four Seasons Resort e Hotel Plaza Boulevard.

De acordo com  o presidente da Duke Energy, Alex Gleen, ele e os demais idealizadores do projeto de energia solar na Disney têm o intuito de oferecer para os clientes o maior acesso à energia renovável possível, além de promover uma conscientização de todos para um mundo mais sustentável em diversos aspectos. A usina foi inaugurada no último dia 12, com um interruptor gigante marcando a abertura.

projeto energia solar na disney
Usina de energia solar na Disney em fase de projeto. Foto: Nearmap

O sistema da nova usina é mil vezes maior ao sistema utilizado nos telhados de residências para a captação de energia solar fotovoltaica, e, por isso, promete ser bastante eficiente. Para Angie Renner, diretor de integração ambiental da Disney, o projeto faz parte de um conjunto de medidas que a companhia adota para a preservação e proteção no planeta, e, o projeto de energia solar na Disney auxiliará nos esforços pra conservar os recursos naturais.

Esse é só um dos grandes projetos da companhia Duke Energy, que até 2024 promete gerar 500 megawatts de energia solar à Flórida.

Aqui no Brasil foi inaugurado recentemente um projeto inovador de usina solar fotovoltaica flutuante em hidrelétrica. Que esse tipo de ação continue e em proporções cada vez maiores por todo o mundo!

 



Florestas flutuantes chegam à Holanda e Nova York

Uma das principais dificuldades de se colocar em prática o desenvolvimento sustentável é aliar o crescimento das grandes cidades com a necessidade das áreas verdes em centros urbanos.

Pensando nisso, surgiram as florestas flutuantes, que como o próprio nome sugere, são constituídas de árvores flutuando sobre águas no meio da cidade, chamando a atenção de todos para a necessidade de um meio urbano mais sustentável e ecológico, além de estreitar a relação do homem com a natureza.

A grande inspiração para a criação de florestas flutuantes vem da obra “Search of Habitus”, do artista colombiano Jorge Bakker, na qual ele mostra um modelo de floresta flutuante em miniatura, com peças  representando árvores boiando em um aquário.

floresta flutuante maquete
Criação de Jorge Bakker que inspirou as florestas flutuantes. Foto: Jorge Bakker

Em março deste ano, um coletivo holandês chamado Mothership decidiu transformar a ideia em realidade, criando uma floresta flutuante que será instalada no porto de Rijnhaven, em Roterdã, na Holanda.

A criação do coletivo consiste em 20 mudas de árvores colocadas em boias recicláveis, que ficarão circulando pelo local.

O material utilizado é reaproveitado de boias marítimas sem serventia, e de árvores que já seriam cortadas para a construção de prédios e afins.

florestas flutuantes holanda
Florestas Flutuantes. Foto: Mothership

A inovação também chegou à cidade de Nova York. A artista norte-americana Mary Mattingly desenvolveu um projeto de floresta urbana flutuante – nomeada de Swale – que tem o intuito de produzir alimentos para a população.

A floresta será colocada no Rio Hudson, no Brooklyn. O projeto tem a principal intenção de chamar a atenção de todos para a produção de alimentos no meio urbano, transformando em serviço público o fornecimento de comida saudável e gratuita.

O complexo terá mais de 80 tipos de alimentos, além de um espaço para manifestações culturais.

A ideia da artista veio da busca por uma maior facilidade de produção de alimentos, em relação a hortas tradicionais, que precisam de constante replantio. O formato de floresta proposto pela artista foi pautado no fato de que vegetação consegue se manter sozinha.

O público será levado ao local através de uma balsa, e poderá colher qualquer alimento sem nenhum tipo de custo, o que representa um grande passo em termos de mudança de aproveitamento da área pública e da relação que o ser humano possui com a produção do próprio alimento, de acordo com a idealizadora do projeto.

projeto florestas flutuantes
Projeto de floresta flutuante produtiva em Nova York. Foto: Divulgação
floresta flutuante ny
Floresta flutuante em Nova Yotk. Foto: Divulgação

Quem sabe, em breve, as florestas flutuantes não cheguem ao Brasil?



Energia eólica no Brasil alcança novos recordes em Abril

O mês de Abril tem representado um grande avanço para a energia eólica no Brasil.No último dia 18, o subsistema nordeste alcançou 4.600 MW, o que representa 43% da carga desse sistema, alcançando um fator de capacidade de 74%. O curioso é que o último recorde havia sido no dia anterior, com o alcance de 4.052 MW.

Desde 2015, o crescimento da geração de energia eólica no Brasil supera novos recordes constantes. Em 2015, o avanço foi de 74,8% em relação a 2014. A geração média do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica, foi de 2.433,56 MW. De acordo com a análise de 2015 feita pela ABEEólica, em 2 de Novembro, o Nordeste representou 45% da carga desse subsistema e os quatro estados com a maior geração no período foram Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia e Rio Grande do Sul.

Ainda em 2015, o Brasil ganhou 111 parques de geração de energia eólica, o que representa 2.753,79 MW de potência ao parque nacional. Ao todo, Brasil fechou o ano passado com 349 usinas e 8.725,88 MW de potência eólica, o que representa 46% de crescimento em relação a 2014. Além do Brasil, países como a Dinamarca obtiveram também grandes resultados em potencial eólico no ano de 2015.

Segundo a ABEEólica, o avanço eólico evitou que 10,42 milhões de toneladas de C02 fossem emitidos em 2015, o equivalente a onze milhões de automóveis durante todo o período. Caminhando lado a lado com o meio ambiente e a despoluição, o potencial de energia eólica no Brasil tem tudo para alcançar novos recordes em 2016 e representar ainda mais conquistas.

Este quadro, da ABEEólica, mostra os números atualizados do setor:

energia eólica no brasil
Fonte: Associação Brasileira de Energia Eólica

De acordo com a Associação, as perspectivas para o final de 2017 indicam 8,7 GW de eólica em operação na matriz elétrica brasileira.

 

Energia renovável em ponto de ônibus londrino

Uma tecnologia inovadora de energia renovável desenvolvida em Londres pela empresa Polyslar, apresentada em conjunto com o Canary Wharf Group, mostra o primeiro ponto de ônibus londrino que produz energia solar.

Constituído de um vidro fotovoltaico capaz de gerar 2.000 kW/horas por ano, energia suficiente para alimentar uma casa inteira.

energia renovável em ponto de ônibus londrino
Foto: Divulgação

O ponto de ônibus londrino é a prova de que é possível ser funcional, bonito, sustentável e inovador ao mesmo tempo.

A inclinação do telhado impede o escoamento da água sob os pedestres e  o vidro fotovoltaico é capaz de gerar energia limpa, mesmo em ambientes de pouca luminosidade.

Energia renovável Londres
Foto: Divulgação

A pretensão da empresa desenvolvedora é utilizar os vidros de energia solar fotovoltaica em todo o setor de transportes de Londres gerando um impacto significativo na geração energética da cidade.

energia renovável em ponto de ônibus londrino
Foto: Divulgação

Aqui no Brasil, a inovação dos pontos de ônibus também chegou em Salvador e Florianópolis.

Feira de móveis em Milão foca em sustentabilidade

O Salão de Móveis de Milão 2016 que está ocorrendo de 10 a 20 de Abril, é uma feira de móveis focada nas criações de diversos designers. Algumas peças retratam sustentabilidade e reutilização.

Para a maioria dos profissionais expositores, construir pensando em sustentabilidade não é apenas uma questão de idealismo, mas também de inserção de mercado, já que a tendência atual se baseia em empresas que pensam e agem para um meio ambiente mais sustentável e circular.

Durante 10 dias, o evento transborda design, inovação e desenvolvimento. Por meio de uma pesquisa, o SustentArqui selecionou 9 peças que se destacaram na feira de móveis de Milão, mostrando que sustentabilidade e criatividade são elementos chave que devem andar lado a lado para o sucesso de uma criação.

Confira 9 peças de ecodesign da Feira de Móveis de Milão 2016:

1- Bobina Chair: uma cadeira feita de materiais reutilizados apresentada por Studio Nito

feira de móveis milão - cadeira
Foto: Casa Vogue

2- Mesa Fungi por Alcarol: feita a partir da recuperação de madeiras atacadas por fungos e resina.

feira de móveis mesa de fungos
Foto: Alcarol

3- Materiais reutilizados que se transformam em ambientes. Este é metade cozinha, metade banheiro e pode ser transportado, por Henry&Co.

feira de móveis milão cozinha
Foto: Casa Vogue

4- Merdacotta: material sustentável para fabricação de móveis criado pelo arquiteto italiano Luca Cipelleti a partir de esterco de vaca e massa de argila.

feira de móveis milão merdacotta
Foto: Divulgação

5- Uma cadeira que funciona como aquecedor. Quando conectada a um radiador, os tubos de aço ocos construídos dentro da cadeira são preenchidos com água que aquecem a uma temperatura confortavelmente quente.

feira de móveis milão cadeira aquecedora
Foto: Inhabitat

6- Para lembrar os tempos antigos da cultura japonesa, na qual um vaso ou utensílio quebrado era colado com fios de ouro e prata, o designer Jo Nagasaka desenvolveu uma linha de utensílios recuperados através de cerâmicas velhas quebradas, unindo com uma tecnologia precisa de modelagem que utiliza material cerâmico ao invés de ouro.

feira de móveis milão cerâmica
Foto: Inhabitat

7- Um estúdio de design de Bolonha apresentou móveis funcionais aproveitados com teclados de computadores da Apple, dando a eles uma segunda vida. O resultado é extremamente inovador.

móveis teclado apple
.
feira de móveis milão teclado reutilizado
Fotos: Inhabitat

8- Uma lâmpada sem fios gera sua própria eletricidade a partir do etanol bio, criando energia suficiente para carregar um smartphone. A lâmpada utiliza uma chama sem fumaça criada para gerar eletricidade.  O item, criado pelo designer argentino Francisco Gomez Paz, foi reconhecido como uma inovação tecnológica para substituir a lâmpada de óleo tradicional.

luminária que carrega celular
Foto: Divulgação

 9- Projeto japonês Beautiful Remnants;  recupera sobras de fabricação da madeira e transforma em mobiliário e objetos.

feira de móveis milão mesa
Foto: Casa Vogue

 

Quer ver mais sobre inovação e design? Confiram aqui peças de ecodesign feita em uma Bienal na Bélgica.