A tribo Gurunsi (Kassena) vive na região do Tiebélé na fronteira de Ghana e Burkina Faso; pequeno país na África que não é muito conhecido, nem possui muitos recursos ou riqueza econômica, mas possui matérias-primas abundantes e um rico e bonito exemplo de bioarquitetura de aldeias, feitas de casas de terra ornamentadas.
Construídas com técnicas vernáculas da tribo, suas habitações ocupam uma comunidade que tem pouco mais de um hectare de área e são feitas com uma mistura de argila, palha e fezes de vaca umedecidas, tudo misturado com os pés, formando uma argamassa capaz de criar fortes estruturas.
Nas casas são adicionadas várias camadas da massa, mantendo a parede com uma espessura suficiente para suportar tempestades e temperaturas extremas. Paredes mais baixas são usadas como elementos de paisagismo urbano e formam bancos para sentar ou trabalhar.
A característica mais surpreendente, porém, é a ornamentação geométrica que cobre quase cada centímetro quadrado dessas casas de terra.
Pintadas com barro colorido, pequenas pedras, penas e palha, contam a expressiva história da cultura da antiga tribo. Os motivos podem ilustram tanto objetos da vida cotidiana, como símbolos religiosos e distinguem uma casa da outra.
O formato da casa também indica a personalidade dos moradores. Por exemplo, as com formato retangular e terraço pertencem a jovens casais, já nas pequenas casas redondas vivem os jovens solteiros.
A construção é uma tarefa realizada pelos homens mas a pintura é uma atividade das mulheres da tribo.
A ornamentação das casas acontece durante um festival de cultura e arte anual, que também inclui apresentações musicais e outras atividades da comunidade.
No vídeo abaixo mostra como as mulheres da tribo adornam as suas casas de terra:
Há dois tipos de selos sendo exibidos nas embalagens de produtos e nas propagandas: os independentes e os auto-reguladores:
– Os primeiros são selos de instituições independentes privadas ou estatais, de organizações não-governamentais ou associações empresariais.
– Os segundos são selos que a própria empresa ou instituição cria para tentar se auto-regulamentar e comunicar o consumidor. Nem seria preciso dizer que os auto-reguladores são uma questão polêmica.
Afinal, o consumidor precisa acreditar no que o fornecedor está dizendo e que ele faz sua própria auditoria e fiscalização.
Uma breve história da criação dos Selos Verdes :
Nos anos de 1940, surgiram no mundo desenvolvido uma série de rótulos obrigatórios para produtos, visando principalmente precauções à saúde do consumidor.
Mas é no final dos anos 70, com a pressão do movimento ambientalista que começaram a surgir os primeiros selos verdes. A Alemanha inaugurou essa cultura com o “Anjo Azul” (Blau Engel) em 1978.
Trata-se de um selo do governo alemão, que atesta produtos oriundos da reciclagem, com baixa toxicidade, sem CFC (clorofluorcarbonetos) etc. São 3,6 mil produtos certificados para os consumidores (dados de 2008).
Os Estados Unidos têm desde 1989 o Green Seal. E a União Européia tem desde 1992 o Ecolabel. Todos esses selos são independentes e não sofrem com a desconfiança que existem nos selos auto-reguladores.
Como conseqüência da sua própria regulamentação, muitos países começaram a exigir a mesma contrapartida para os produtos importados.
É nesse contexto e embalado pelo encontro da ECO-92, que a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) criou a certificação de Gestão Ambiental, em 1993.
Na verdade, esse selo é uma ratificação nacional do selo ISO 14001, uma certificação internacional que compreende princípios básicos de gestão como cuidados no tratamento de resíduos, controle da compra de insumos e matérias-primas etc.
Nos anos 2000, houve uma verdadeira explosão dos selos verdes.
Só de agricultura orgânica são cerca de 20 selos hoje no mercado brasileiro. O país conseguiu importantes avanços na área como selo Procel, por exemplo, do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) que diz a faixa de consumo de energia de seus eletrodomésticos.
Algumas das certificadoras internacionais já se instalaram no Brasil como a Forest Stewardship Council, o maior certificador de manejo florestal do mundo, que aqui tornou-se Conselho Brasileiro de Manejo Florestal.
Além disso, muitas empresas têm procurado a certificação internacional diretamente para suprir a falta de alternativas brasileiras.
Por exemplo, a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), sistema norte-americano de certificação de construções sustentáveis, já vem sendo usado no país. Em setembro de 2008, 38 projetos brasileiros haviam se candidatado para receber o selo da instituição.
E os números não param de crescer, de acordo com o balanço divulgado pelo Green Building Council Brasil, o país fechou 2013 com 829 pedidos de registro ao selo.
Veja o gráfico abaixo que mostra a evolução do mercado:
Eficiência Energética em foco é uma das tendências deste ano. Prova disso é que os bancos federais, BNDES e Caixa, estudam financiamentos para estimular energia mais eficiente.
“Preocupado com a competitividade da indústria brasileira e o aumento das emissões de gases do efeito estufa, devido ao acionamento maior de térmicas nos últimos anos, o governo planeja aperfeiçoar as medidas de estímulo para a redução do consumo de energia no segmento industrial, que responde por 40% da energia utilizada no país. Os dois principais bancos federais – Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – preparam novas linhas de financiamento para o setor neste ano.
A Caixa pretende lançar, em parceria com o banco alemão KfW Bankengruppe, uma linha de crédito de 150 milhões de euros (cerca de R$ 480 milhões) para médias e grandes empresas, destinada à eficiência energética e energias renováveis.
Na prática, o banco estatal tomará os recursos junto à instituição alemã para essas finalidades. Também serão obtidos mais 4,5 milhões de euros (cerca de R$ 14,5 milhões) para medidas complementares.
Segundo a Caixa, a linha de crédito será voltada para investimentos em sistemas de recuperação de calor, cogeração de energia, motores eficientes, sistemas de refrigeração por absorção, sistemas fotovoltaicos, entre outros. O objetivo é que os investimentos permitam a redução do consumo de energia elétrica e de combustíveis principalmente no setor industrial.
Já o BNDES estuda aperfeiçoar a linha de crédito existente para eficiência energética – o Proesco. O objetivo, na prática, é simplificar o processo, já que muitas empresas que recorrem ao banco são de pequeno e médio porte e possuem dificuldades burocráticas e de depósito de garantia para terem acesso aos recursos.
De acordo com informações do BNDES, as mudanças no Proesco ainda estão em fase de discussão interna e sem previsão para conclusão. No mercado, contudo, comenta-se que a medida possa ser implementada no segundo trimestre deste ano.
Para solucionar o entrave com relação ao depósito de garantias, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) disponibilizou desde o ano passado um fundo garantidor, com um volume total de US$ 25 milhões (cerca de R$ 60 milhões). A instituição cobre até 80% do aval bancário para projetos de eficiência energética.
“O banco financiador passa a ter uma garantia dupla. Ele tem a própria garantia do projeto feito pela empresa e a garantia do projeto analisado, aprovado e com respaldo do BID. Com isso, também queremos fazer com que a taxa de juros do empréstimo diminua, em função de uma redução do risco de crédito”, afirma o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviço de Conservação de Energia (Abesco), Rodrigo Aguiar.
Segundo ele, as medidas de financiamento poderão viabilizar um mercado anual de R$ 15 bilhões. O valor é equivalente à economia de energia que pode ser alcançada pelas empresas que adotarem medidas de eficiência. Hoje, esse mercado movimenta cerca de 10% desse valor, ou R$ 1,5 bilhões por ano.
As “escos”, como são chamadas as empresas de serviço de conservação de energia, vivem basicamente da economia de energia obtida pelos projetos que instalam nas companhias e indústrias. Elas operam na forma de “contrato de performance”, em que a remuneração é feita com uma parte do valor de economia de energia proporcionada pela implantação do projeto. Dessa forma, os clientes não precisam desembolsar recursos para a contratação do projeto.
Com esse mecanismo, e considerando o pequeno e médio porte das escos, o financiamento é fundamental para o desenvolvimento do mercado. Hoje, a principal fonte de recursos para as escos ainda é o programa compulsório de eficiência energética (PEE) das distribuidoras, fiscalizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Em 2012, último dado anual disponível, foram investidos R$ 445 milhões por meio do PEE. De acordo com o contrato de concessão firmado com a agência, as distribuidoras são obrigadas a aplicar anualmente o montante de, no mínimo, 0,5% de sua receita operacional líquida para atividades de eficiência energética.
A agência também realizou aprimoramentos nesse programa. Desde o ano passado, as distribuidoras são obrigadas a realizar chamadas públicas para a apresentação de projetos de eficiência energética aptos a serem desenvolvidos com os recursos do programa. “Nossa expectativa é que a medida dê certo e torne o processo mais democrático”, explica o superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética da Aneel, Máximo Pompermayer.
O superintendente também prevê que neste ano seja solucionado outro entrave do programa. Atualmente, por lei, pelo menos 60% dos recursos devem ser obrigatoriamente aplicados em consumidores residenciais beneficiados pela Tarifa Social. O problema é que essa reserva de capital impede que muitos recursos sejam destinados para outros segmentos, como industrial e comercial, onde o potencial de economia de energia é muito maior.
Segundo Pompermayer, um projeto de lei que prevê a eliminação desse percentual mínimo foi aprovado pela Comissão de Minas e Energia da Câmara. A proposta foi encaminhada para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e, se aprovada, irá a plenário. O superintendente espera que a lei possa ser sancionada no primeiro semestre.
De acordo com o Plano Decenal de Energia (PDE) 2022, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o potencial de economia de energia daqui a dez anos é de 48 terawatts-hora (TWh), o equivalente a 5% do consumo total de energia elétrica prevista para aquele ano.”
O Rio de Janeiro vai ganhar mais ciclovias e estações de bicicletas compartilhadas (Bike Rio) este ano.
Serão 200 novas estações até o final do ano, por meio do projeto Bike Rio. Com o novo plano, todas as regiões da capital fluminense serão contempladas pelo sistema de transporte, que vai somar 260 pontos pela cidade, onde serão oferecidas 2.600 bicicletas aos cariocas e turistas.
Os planos de expansão do projeto de compartilhamento foram apresentados no ano passado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, em parceria com a prefeitura do Rio. O objetivo é transformar a bicicleta num meio de transporte cada vez mais eficiente, por meio da ampliação do sistema e do aumento da infraestrutura para os ciclistas, tendo em vista, inclusive, os eventos esportivos que serão realizados na cidade – como os jogos da Copa e as Olimpíadas de 2016.
A criação das novas estações foi confirmada após o Itaú renovar seu contrato com a prefeitura do Rio de Janeiro por mais cinco anos. Desde sua criação, em 2011, o projeto de mobilidade caiu no gosto dos cariocas, e a alta procura pelas bikes evidencia a necessidade de ampliação da estrutura. Até o momento, são 60 estações que atendem a mais de 200 mil usuários cadastrados no sistema, realizando cerca de 2,5 milhões de viagens desde outubro de 2011.
As novas estações funcionarão no mesmo modelo dos pontos existentes, com liberação das bicicletas via celular e integração aos outros meios de transporte público por meio do RioCard.
Como parte do plano, as ruas de Copacabana, na Zona Sul, vão ganhar mais de 13,87 quilômetros de ciclovias, com o objetivo de incentivar a mobilidade sustentável. O projeto abrange todas as ruas do bairro, exceto as vias contempladas pelo BRS (Nossa Senhora de Copacabana, Barata Ribeiro e Princesa Isabel).
O bairro da princesinha do mar é o que mais faz uso de bicicletas da cidade, de acordo com a Ong Transporte Ativo, 60 mil viagens são feitas diariamente no bairro, das quais, 12 mil são para entregas.
Sabemos que ainda temos muito caminho pela frente, mas já é um começo. É vantajoso para todos, inclusive para os comerciantes, já que foi provado que ciclovias beneficiam o comercio local. E melhor ainda para quem pedala, veja abaixo um infográfico que mostra os benefícios da magrela:
À primeira vista, parecia muito fantástico para ser verdade, mas agora está quase pronto o edifício que será a primeira floresta vertical do mundo! Localizado em Milão, o Bosque Vertical (Bosco Verticale) é a solução encontrada pelo escritório de arquitetura Boeri Studio para a questão de como tornar as cidades mais verdes com uma população urbana cada vez mais densa.
Desde que as primeiras imagens do projeto deste bosque vertical foram divulgada em 2011, que foram reproduzidas massivamente pela imprensa, o mundo todo estava ansioso para ver o edifício acabado.
Novas fotografias começam a mostrar a aparência dos acabamento finais das torres residenciais do bosque vertical, agora que a maioria dos andaimes foram desmontados.
A maioria das 100 diferentes espécies de árvores e arbustos estão no lugar nas fachadas das torres.
A conclusão está prevista para o final de 2014, e o pedido para certificação de construção sustentável, LEED Gold, já foi submetido.
Se fosse colocado em terreno plano, a área verde de cada prédio teria a capacidade de cobrir uma área equivalente a 10.000 metros quadrados de floresta.
Isso inclui 480 árvores de grande e médio porte, 250 árvores de pequeno porte, 11 mil plantas rasteiras e cinco mil arbustos.
As plantas distribuídas em todas as fachadas, tem a função de filtrar a poeira do ar, absorver o dióxido de carbono e liberar oxigênio ao exterior, enquanto que dão sombra e um microclima que refresca os meses de verão, além claro, de embelezar a cidade.
As torres contarão com um sistema de irrigação que aproveitará água do sistema de esgoto e residuais, e com um sistema de eficiência energética que funcionará através de energia eólica e solar.
Cada torre comporta uma população equivalente a uma área de habitações unifamiliares de cerca de 50.000 metros quadrados.
O menor apartamento tem 65 metros quadrados e inclui um pequeno terraço floresta. O maior apartamento é de cerca de 450 m² com um terraço de cerca de 80 metros quadrados.
Os arquitetos estão ansiosos para a próxima fase, quando os engenheiros, construtores, pedreiros, advogados e eletricistas terminarem seus trabalhos e os moradores começarem uma nova vida dentro do edifício.
Cada planta foi escolhida por botânicos para prosperar em sua orientação e microclima especial dentro da estrutura.
Além disso, uma empresa de manutenção especializada irá manter a floresta vertical em boas condições nos próximos anos.
Florestas verticais urbanas poderiam virar moda, utilizando este conceito inovador, para aumentar a biodiversidade e proporcionar moradias e cidades mais sustentáveis e inspiradoras.
Uma piscina biológica ou ecológica pode ser descrita como um sistema no qual não se utiliza cloro ou outros produtos químicos para o tratamento de sua água.
De uma forma natural e sustentável, as plantas aquáticas substituem os filtros e químicos habitualmente associados à limpeza das piscinas convencionais.
As plantas garantem a limpeza e a manutenção da própria piscina biológica, através da libertação de oxigênio que caracteriza o processo de fotossíntese.
Algumas das plantas aquáticas utilizadas para a filtragem da água são as Nenúfares ou Ninféias. Porém a espécie da planta depende do clima do local onde será feito o projeto.
Sempre é aconselhável procurar um especialista.
A piscina natural é dividida em 2 áreas:
uma para o banho propriamente dito
e outra para a purificação biológica com as pedras e as plantas.
No esquema abaixo, um exemplo de detalhe da construção de uma piscina ecológica:
Vantagens e desvantagens de uma piscina biológica:
Vantagens:
– A vantagem principal em construir uma piscina ecológica ou biopiscina é a ausência de cloro. Não necessita de produtos químicos.
– Tempo e custos de manutenção reduzidos.
– Como a piscina biológica não requer equipamentos elétricos complexos, os custos energéticos são menores.
– As piscinas biológicas ajudam a equilibrar o ecossistema, eliminando a presença de insetos indesejados.
– Promoção da biodiversidade (fauna e flora).
– Apesar do seu aspeto natural e da existência de plantas aquáticas, as piscinas biológicas não atraem mosquitos.
Desvantagens:
– Custo inicial elevado. Somados todos os custos o valor de uma piscina ecológica fica em torno de 20% a mais que os modelos convencionais.
– Pode haver a existência de animais anfíbios na zona das plantas aquáticas e que podem ocasionalmente surgir na zona de banhos.
Arquitetura Vernácula no Tibet. Este centro de visitantes, projeto do escritório de arquitetura chinês Standardarchitecture-Zhaoyang Studio, foi construído com técnicas locais.
As paredes interiores de pedra foram pintadas com pigmentos coloridos de minerais locais.
Chamado de ´Niyang Rio Visitor Center´, o edifício contém uma bilheteria, um vestiário e um banheiro.
O texto abaixo é de autoria dos arquitetos :
´Niyang Rio Visitor Center´ Mirui Road é uma estrada turística que liga o Tibete a província de Sichuan e se desenvolve ao longo do rio Niyang. O terreno situado as margens da estrada, onde pode-se apreciar a paisagem do rio, fica a 20 km de distância do Brahmaptra Canyon. Daze foi a vila escolhida para ser a entrada desta atração turística.
Havia pouco espaço sobrando para o desenvolvimento desta aldeia, por isso, a praia fluvial perto da estrada foi a única escolha para o local do centro turístico..
A estrada separa a praia fluvial das montanha próximas. Estabelecer uma relação entre o edifício e seu entorno era a nossa principal preocupação.
O limite exterior do edifício é uma consequência dos limites das condições do local. O espaço público interno é ” esculpido ” a partir do volume de forma irregular. O pátio central conecta quatro aberturas, respondendo às orientações e a circulação.
A massa à esquerda acomoda as três principais funções do interior -a bilheteria, um vestiário e os sanitários. Este plano aparentemente arbitrário é moldado pelo programa e pelas condições do local.
O caráter geométrico do volume e do espaço formam um diálogo com a paisagem circundante.
No topo da fundação de concreto foi erguida uma parede estrutural de 600 milímetros de espessura.
A maioria das aberturas tem reentrâncias profundas. As paredes de 400 milímetros de espessura nas laterais das aberturas funcionam como apoio, aumentando a estabilidade estrutural global e também reduzindo o vão interior.
As vigas dos maiores vãos são feitas a partir de pequenos troncos unidos. Uma camada de 150 milímetros de argila “Aga” cobre a toda a membrana.
A argila “Aga” é um material impermeabilizante vernáculo, ela endurece quando adicionada com água e funciona como uma camada de impermeabilização e isolamento térmico .
A sua plasticidade permite que as calhas sejam moldadas.A drenagem do telhado é feita com estas calhas e drenos de tubos de aço.
A cor é um elemento fundamental na cultura visual do Tibet. Nós introduzimos cor na instalação interior do espaço público. Os pigmentos minerais locais estão diretamente pintados nas superfícies da pedra .
As transições de cores destaca as transições geométricas do espaço. Desde o amanhecer até o anoitecer, a luz do sol muda de direção, altitude e ângulo , penetrando através das diferentes aberturas.
Ao passar pelo prédio, as pessoas percebem a constante mudança da combinação das cores, de ponto de vista diferente e em momentos distintos.
Não há simbolismo cultural neste conceito cor. Estas cores são abstratas. Elas multiplicam a experiência espacial e também funcionam como um espetáculo de cores independentes do conceito de arquitetura.
Jerry Yudelson, é um líder de destaque no mundo dos “Edifícios verdes”, publicou recentemente a sua lista anual das tendências da construção sustentável para o novo ano. Fundador da consultoria de construção verde Yudelson Associates, Yudelson é autor de diversos livros sobre o tema Greenbuild.
Confira a lista:
1 – O mercado da construção sustentável estará em alta. No topo da lista de Yudelson está a previsão de que o mercado vai continuar seu forte crescimento em 2014, com a edificação de novos imóveis comerciais em conjunto com o governo, universidades e instituições sem fins lucrativos. “Edifício verde é o tsunami do futuro que irá inundar todo o setor imobiliário”, diz.
No Brasil, o mercado da construção sustentável tem passado ileso pelo desempenho errático da economia nos últimos anos. De acordo com um estudo realizado pela EY (antiga Ernst & Young), em 2012, os prédios verdes movimentaram R$ 13,6 bilhões no país. O valor dos imóveis que reivindicam a certificação alcançou 8,3% do total do PIB de edificações naquele ano, que foi de R$ 163 bilhões.
2 – Eficiência energética em foco. Crescente foco da eficiência energética em todos os tipos de edifícios, incluindo o papel cada vez maior da automação predial para a eficiência energética utilizando sistemas baseados em nuvem.
Tamanho e dimensão das janelas e os tipos de vidro escolhidos, iluminação, que avalia, por exemplo, a intensidade de luz natural no prédio e o desligamento automático do sistema estão entre soluções que ajudam a evitar o desperdício de energia.
3 – Prédios de Energia Zero. Outra megatendência são os Edifícios de Energia Zero (zero energy buildings ou ZEBs, na sigla em inglês), que produzem mais energia do que consomem ao longo de um ano. Os ZEBs já estão sendo incorporados na estratégia energética de diversos países no mundo, como Alemanha e Noruega e também nos Estados Unidos.
4 – Novas certificações de construção sustentável. A principal certificação de construção sustentável, o LEED (sigla em inglês de “Leadership in Energy and Environmental Design”) vai atrair competidores como nunca. Yudelson prevê que o custo e a complexidade da certificação abrirá o mercado para outros concorrentes.
Nos EUA, por exemplo, um dos recém-chegados é o sistema de classificação Green Globes, que conta com ajuda de ações recentes do governo Obama para ficar em pé de igualdade com o LEED nos projetos federais. No Brasil, um dos selos mais procurados, além do Leed, é o selo Aqua.
5 – Retrofit verde em prédios antigos. O foco da indústria de construção verde continuará a mudar dos novos projetos para a adaptação de edifícios existentes aos padrões sustentáveis. Esta tendência, chamada de retrofit verde, cresce desde 2010 e é um caminho mais rápido para que edifícios antigos e clássicos atinjam um padrão sustentável em comparação à construção de um novo projeto. Veja um exemplo de Retrofit Sustentável.
6 – Produtos de construção saudáveis. Exigências para a divulgação do conteúdo do produto, juntamente com várias ” listas negras” de produtos químicos, vão se tornar ferramentas para o consumo de produtos menos nocivos à saúde .
7 – O uso de energia solar em edifícios vai continuar a crescer. As oportunidades de financiamento para projetos dessa natureza ajudarão a fornecer capital para instalação de sistemas de cobertura de edifícios comerciais, estacionamentos, armazéns e lojas de varejo, além de residências. Atualmente, gerar energia solar em casa, no Brasil, por exemplo, já permite que não se tenha que pagar nada na conta de luz no fim do mês e até ficar com crédito com a distribuidora de energia.Veja um exemplo de casa que adotou este método.
8 – Automação Predial. Edifícios verdes serão cada vez mais planejados e gerenciados por tecnologias de informação inovadoras baseados na “nuvem “. Na verdade, Yudelson chama 2014, ” O Ano da Nuvem “, pela rapidez com que esta tendência vai se tornar totalmente estabelecida.
9 – Divulgação do desempenho dos edifício verdes vai continuar como uma grande tendência nos Estados Unidos, com destaque para os requisitos de divulgação promulgada em 2013 por mais de 30 grandes cidades em todo o país. As leis exigem que proprietários de edifícios comerciais divulguem o real desempenho dos “Greenbuildings”.
10 – A consciência de que a água é um recurso escasso vai aumentar globalmente. Alimentada pelo risco de uma crise de abastecimento de água potável. Para Yudelson, os edifícios verdes pode ser um aliado no combate ao problema, por meio da incorporações de sistemas que otimizam o uso de água. Exemplos que vão da instalação de descargas que usam menos água nos banheiros à incorporação de telhados verdes, que coletam água da chuva para reuso no prédio.
Novo Centro de vistantes de Stonehenge, na Inglaterra com projeto sustentável de Denton Corker Marshall.
O Stonehenge é uma estrutura formada por círculos concêntricos de pedras, onde se identificam três distintos períodos construtivos pré-históricos. É o mais visitado e conhecido do mundo, e até hoje é incerta a origem da sua construção, bem como da sua função, mas acredita-se que era usado para estudos astronômicos, mágicos ou religiosos.
Os ingleses aguardavam há muito tempo um centro para acolher os visitantes deste local.
O edifício foi projetado para se harmonizar sutilmente com esta paisagem. Reversibilidade – a capacidade de retornar o local ao seu estado atual – foi o conceito-chave do projeto sustentável.
O edifício deve durar tanto tempo quanto ele precisar, mas pode, se necessário, ser removido, deixando pouco impacto no local.
Isto se conseguiu através do formato do edifício, como uma jangada, que foi implementado sem muita alteração na topografia do solo. O uso de colunas delgadas e paredes leves permitiu que a profundidade das fundações fosse minimizada.
Outras características sustentáveis do projeto são:
-Bomba de calor geotérmica. Permite que o edifício seja aquecido sem a necessidade de combustíveis fósseis.
– Painéis estruturais com isolamento. Permitem melhor eficiência na construção, minimizando os resíduos e garantindo um excelente isolamento térmico.
– Modo de ventilação misto. O edifício será naturalmente ventilado sempre que as condições climáticas permitirem
– Materiais locais, recicláveis e renováveis foram utilizados sempre que possível.
Stephen Quinlan , sócio da Denton Corker Marshall , disse:
” Várias estratégias foram adotadas no projeto para garantir que o centro fosse ambientalmente amigável e utilizasse os recursos naturais de forma responsável. Desde a proteção solar da cobertura que promove a ventilação natural e a redução da necessidade de refrigeração artificial, até por soluções mais técnicas: como as bombas de calor e o isolamento de alta eficiência” .
Será que o Rio Tietê pode ter o mesmo charme e usabilidade que o famoso Rio Sena em Paris?
Um importante passo para a realização desse antigo sonho dos paulistanos foi dado nessa sexta-feira 13. Os governos do Estado de São Paulo e da França assinaram um acordo de cooperação internacional, um pacote de 50 iniciativas conjuntas, incluindo o projeto para despoluição do Rio Tietê, utilizando a mesma tecnologia aplicada no Rio Sena.
O projeto de despoluição do Tietê iniciou em 1992 e já foram investidos quase US$ 4 bilhões. A última etapa vai começar em 2014 e deve custar US$ 2 bilhões. É nesta fase que entra a parceria com a França.
Os franceses trarão a tecnologia que foi usada para descontaminar o Rio Sena, que foi considerado biologicamente morto no início dos anos 1960, degradado pela retomada industrial pós-guerra e pelo esgoto doméstico, mas foi recuperado com leis de proteção e um grande investimento em estações de tratamento e recuperação do ecossistema.
O acordo lança a iniciativa “2014: Ano de São Paulo e de Île-de-France para o desenvolvimento urbano sustentável”.
O acordo inclui várias iniciativas conjuntas, além da despoluição do Rio Tietê. Conheça algumas delas:
– Projeto piloto de sustentabilidade na Serra do Mar no Estado de São Paulo, com aplicação de tecnologias inovadoras e sustentáveis em habitações populares;
– Planejamento Metropolitano (Emplasa) para exploração sustentável do Litoral Norte, para um maior aproveitamento econômico e turístico da área;
– A Secretaria de Energia e o governo de Île-de-France vão colaborar na área de eficiência energética em três áreas prioritárias: legislação, uso rentável da energia de resíduos sólidos urbanos e energia solar e fotovoltaica.
– Mobilidade urbana – A Secretaria de Transportes Metropolitanos fará parceria com a RATP (Régie Autonome des Transports Parisiens) e o STIF (Sindicato dos Transportes de Île-de-France) para troca de informações sobre gestão planejada de transportes e sobre agências reguladoras de transportes.
Unicef Brick – Tijolo que fornece alimentos, água e abrigo para vítimas de desastres ou situações de emergência em países de terceiro mundo. O conceito é baseado nos blocos do brinquedo Lego.
Fornecimento de alimentos e abrigo para as vítimas de desastres naturais é uma das prioridades para os serviços de emergência, mas o processo pode gerar uma grande quantidade de resíduos muitas vezes desnecessários.
Para ajudar a resolver este problema , a UNICEF desenvolveu um tijolo reutilizável que funciona como um recipiente de armazenamento de alimentos e água e material de construção – o Unicef Brick.
O tijolo tem dois compartimentos – um com alimentos não perecíveis e outro com água. Uma vez que estes são consumidos , os tijolos podem ser preenchido com terra e areia ou rochas, e facilmente empilhados como blocos de LEGO para construir abrigos.
O conceito simples e inovador foi desenvolvido pela empresa de design Psychic Factory e visa eliminar o desperdício e os problemas logísticos encontrados no fornecimento de comida e água engarrafada em situações de emergência.
Barcelona pode se gabar de ter o mais bem sucedido programa de bicicletas urbanas do mundo, segundo um relatório publicado na quinta-feira, em Washington, que explica os segredos de se conseguir com que mais gente passe a adotar o transporte sobre duas rodas.
O programa de bicicletas urbanas da cidade mediterrânea espanhola conta com uma média de 10,8 viagens por bicicleta e 67,9 trajetos por morador, destacou o Instituto para Transporte e Desenvolvimento de Políticas (ITDP), uma organização de pensamento estratégico sediado na capital americana.
Outras cidades que pedalam bastante – entre os 400 sistemas existentes de serviços com 700.000 bicicletas – são Lyon, Cidade do México, Montreal, Nova York, Paris e Rio de Janeiro.
Pouco conhecidos dez anos atrás, os programas de bicicletas urbanas se expandiram rapidamente em todo o mundo e um número estimado entre 400 e 600 cidades – de grandes a pequenas – lançaram sistemas do tipo e muitas outras planejam fazê-lo no futuro próximo.
“Não estamos dizendo que nenhum (destes sistemas) seja melhor do que o outro”, disse Colin Hughes, diretor de política nacional e avaliação de projetos do ITDP.
“A questão principal é que estes esquemas estão demonstrando um alto impacto real na mobilidade das cidades onde são implantados – há uma grande quantidade de pessoas usando-os – e são bastante rentáveis”, disse Hughes à AFP.
“O investimento público realmente vale a pena aqui”, prosseguiu.
Cidades do futuro com qualidade de vida
Para o informe “O guia dos programas de bicicleta de uso livre”, o ITDP compilou dados de esquemas de bicicletas urbanas do mundo todo para estabelecer pela primeira vez o que precisa ter uma rede de aluguel de bicicletas bem sucedida.
Alguns pontos são óbvios, como que sejam “confortáveis, bicicletas para andar pelas cidades”, especialmente desenhadas para impedir o roubo, bem como fáceis de usar, sistemas automáticos de cadeados nos postos de devolução e preços atraentes para incentivar o maior uso possível.
Mas o que é especialmente importante, destaca o informe, é “uma extensa rede de estações… Com distância média de 300 metros” entre elas.
“Recomendamos entre 10 a 16 estações por quilômetro quadrado e de 10 a 30 bicicletas para cada 1.000 moradores em uma área de cobertura”, afirmou Hughes.
“Faz-se uma escala das estações por área e em seguida se estuda o número de bicicletas nas estações com relação ao número de pessoas que está morando ali”, acrescentou.
Outro elemento fundamental é o uso de tecnologia móvel para fazer um acompanhamento da disponibilidade das bicicletas em tempo real e compartilhar estes dados pela internet, em smartphones, telas de computador e postos de devolução ou empréstimo de bicicletas.
Uma lição que algumas cidades, como Washington, aprenderam com dificuldade ao lançar um sistema com poucas bicicletas e poucos lugares para deixá-las.
“Tendemos a ver que os sistemas que são mais bem sucedidos não começam em pequena escala”, afirmou.
“Quando se inicia um esquema, este é o tempo mais valioso. Este é o momento em que se geram notícias. É a primeira vez que você está expondo ao público o seu sistema e o que realmente quer é que as pessoas tenham uma primeira experiência realmente positiva”, prosseguiu.
Também têm que haver ciclovias, embora Hughes tenha apontado que a popularidade do sistema de bicicletas tende a incentivar a expansão da infraestrutura de duas rodas nas cidades.
Para o futuro, Hughes prevê um contínuo aumento dos programas de uso livre de bicicletas no mundo em um momento em que as cidades abraçam o conceito de uma cidade do século XXI, apresentando-se como locais interessantes para viver, trabalhar ou investir.
“É uma pista, uma forma de dizer, ‘esta é uma cidade que valoriza a qualidade de vida’… Esta é a razão pela qual algumas grandes empresas se alinham para patrocinar estes sistemas, porque as bicicletas de uso livre têm uma imagem positiva”, afirmou.
O relatório pode ser encontrado online na página go.itdp.org.
Arena Castelão, em Fortaleza (CE), foi o primeiro estádio a ser concluído para a Copa do Mundo, também o primeiro da América do Sul a receber a Certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), desenvolvida pelo Conselho Americano de Edifícios Verdes (Green Building Council–USGBC).
Durante a obra, a Arena seguiu critérios de sustentabilidade e eficiência energética, com adoção de medidas e equipamentos que promoveram redução de impactos ambientais, como o reaproveitamento de estruturas já existentes.
Após inauguração, o espaço continua investindo na área, com a utilização de louças com menor consumo de água e descargas a vácuo, que contribuem para a redução do consumo de água potável.
Na obra da Arena Castelão, a busca pela sustentabilidade foi estabelecida desde definições de projetos, fase construtiva até o legado. Prova disso, foi a otimização do uso de materiais e recursos, durante a execução dos serviços.
Foram usados, na nova arena, materiais de acabamento com índice de VOC (Compostos Orgânicos Voláteis) baixo, equipamentos e sistemas elétricos com baixo consumo energético, sistemas de iluminação de alto rendimento, sistema hidráulico eficiente proporcionando uma economia considerável no consumo de água.
As ações começaram no canteiro de obras. A Galvão Engenharia, com consultoria da OTEC, instalou um Sistema de Gestão Ambiental que buscou o uso racional dos recursos naturais e a preservação da biodiversidade com uma melhor administração dos resíduos sólidos produzidos.
Exemplo disso foi a instalação de uma usina de reciclagem montada dentro do canteiro de obra, onde todo o entulho gerado na demolição foi reciclado para ser usado na pavimentação do novo estacionamento.
O respeito ao meio ambiente foi tão presente no dia-a-dia da obra que foi implantado um “lava-rodas” de veículos, para evitar sujeira nas vias públicas. Houve também treinamento com os colaboradores mostrando a importância da sustentabilidade na obra.
Disseminadas em todo o ciclo de vida da obra, as ações ganharam continuidade com as equipes de projetistas. Desde a compra de materiais até os projetos de arquitetura, hidráulico, elétrico, luminotécnico e de automação. Cada detalhe foi pensado minunciosamente para assegurar a sustentabilidade no estádio.
Hidráulico – A Arena Castelão conta com sistema eficiente de reaproveitamento da água da chuva para a irrigação do campo. Além disso, foram utilizados metais e louças com menor consumo de água, dentre eles: descargas Dual Flush e torneiras com fechamentos automáticos. Também foi utilizado um sistema de esgoto a vácuo que resulta numa economia expressiva no consumo de água, serão gastos apenas 10% da água que seria necessária para o esgoto convencional.
Elétrico, Luminotécnico e Automação – Todos os aparelhos de ar condicionado, motores elétricos, lâmpadas e reatores são de modelos mais eficientes e econômicos. Além disso, há sensores de presença para iluminação, tudo pensado a fim de evitar desperdícios.
Especificação de materiais – Foi usado na obra portas com selo 100% FSC, selo internacional e aprovado pelo Conselho Brasileiro de Manejo Florestal que garante que a madeira extraída vem de florestas de manejo. O cuidado chega ainda no uso de tintas, colas e selantes entre outros materiais usados no dia-a-dia da obra. Tudo analisado para garantir uma melhoria na qualidade do ar, tanto para os colaboradores quanto para quem irá utilizar os novos ambientes.
Arquitetura – A coberta do estádio é translúcida para evitar o efeito “ilha de calor“. Outra novidade diz respeito às reservas de vagas solidárias. O estádio conta com espaços reservados para carona solidária; veículos de baixa emissão de poluentes e bicicletários para funcionários, estimulando o uso de transportes menos poluentes.
LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é um sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações, utilizado em 143 países, e possui o intuito de incentivar a transformação dos projetos, obra e operação das edificações, sempre com foco na sustentabilidade de suas atuações. A pontuação para os empreendimentos inscritos no nível “Certificado” fica entre 40 e 49 pontos. A Arena Castelão conseguiu atingir a marca de 46 pontos.
Itens sustentáveis da Arena Castelão:
1. Sítios Sustentáveis Ações de prevenção da poluição causada pela obra Proteção das bocas de lobo para reter os detritos e não obstruir a tubulação da rede pluvial; Bacias de decantação (caixa de coleta) retendo os efluentes da água da chuva por um período de tempo mais alargado, permitindo a homogeneização da fase líquida e a remoção de alguns compostos por decantação; Localizado na saída da obra, o lava-rodas evitava que os sedimentos presos nas rodas dos veículos sujassem as vias públicas; Tapumes bem fixados no solo contribuíram para manter os sedimentos dentro do perímetro da obra; Aspersão de água com carros pipa ajudaram a diminuir a poeira em suspensão na obra, melhorando a qualidade do ar; Lava-bicas, local para a lavagem dos caminhões betoneiras a fim de evitar contaminação do solo pela água resultante da lavagem desses veículos. Estímulo ao transporte mais sustentável 5% do total de vagas do empreendimento demarcadas como vagas preferenciais para prática da carona solidária que diminui emissão de poluentes, estimulando pessoas que fariam o mesmo trajeto separadamente a usar um único veículo; 5% do total de vagas do empreendimento demarcadas como vagas preferenciais para veículos de baixa emissão de poluentes; Instalação de bicicletário para os funcionários do Estádio e da Secretaria de Esportes para estimular o uso de transportes não poluentes; Diminuição do efeito ilha de calor Especificações de coberturas e pisos claros para evitar o efeito ilha de calor, reduzindo o impacto no micro clima, melhorando o conforto humano e para a vida selvagem da vizinhança.
2. Consumo eficiente de água Preservação dos mananciais de água potável Na Secretaria de Esporte foram instaladas descargas de duplo acionamento (com a opção de descarga de 3 e 6l no mesmo componente) que gera uma redução no consumo de água; Uso de torneiras com fechamento automático, diminui o tempo de abertura das torneiras, evitando o desperdício por esquecimentos ou ações propositais, contribuindo para o uso racional da água potável no estádio; Instalação de um sistema de esgoto à vácuo ocasionando a diminuição do consumo de água e preservação dos mananciais, bem como redução do volume de esgoto gerado.
3. Energia e Atmosfera Melhor desempenho energético Os sistemas de ar-condicionado (chillers que utilizam água gelada e splits mais eficientes) projetados para o Estádio e Secretaria de Esportes equipamentos altamente eficientes e, ao demandar menos da nossa matriz energética, possibilita a preservação das reservas ecológicas; A iluminação é feita com lâmpadas eficientes tanto no Estádio quanto na Secretaria de Esportes que além de menor consumo energético possuem maior vida útil. Quanto maior a durabilidade, menor é a necessidade de produtos de reposição ou de manutenção, menor será a quantidade de resíduos; Automação para desligamento programado de ar-condicionado e iluminação de algumas áreas; Todos os sistemas de instalações foram comissionados com o objetivo de determinar os padrões eficientes e garantir sua correta montagem e uso.
4. Materiais e Recursos Preocupação com o ciclo de vida dos materiais usados Os materiais permanentes de madeira no projeto possuem o selo 100% FSC. Esse é um selo internacional e aprovado pelo Conselho Brasileiro de Manejo Florestal que garante a origem de florestas de manejo; Os resíduos foram separados e acondicionados de forma correta desde sua geração e destinados a locais que reutilizaram ou reciclaram esses resíduos. Que nos garantiu a meta de desviar de aterros sanitários ou industriais 95% dos resíduos gerados na obra; Reciclagem do material da demolição de parte do estádio foi feito dentro na própria obra com uma recicladora de concreto. O material foi usado como sub-base do estacionamento; Preocupação com o ciclo de vida dos materiais usados foi realizado um tratamento da água proveniente da lavagem dos pincéis a fim de diminuir a quantidade de resíduo perigoso.
5. Qualidade do Ar Interno Gerenciamento do ar interno durante a construção Proteção dos dutos durante a construção da obra para evitar o acúmulo de poeira que seria jogado no ambiente após seu acionamento; Uso de lixadeiras com aspirador diminuindo a quantidade de partículas suspensas na construção. Renovação do ar dos ambientes ocupados Renovação de ar do ambiente é maximizada. Todos os projetos atendiam às taxas de vazão de ar externo seguindo a norma americana ASHRAE 62.1 e da brasileira ANVISA; Uso de materiais de baixa emissão; Uso tintas, colas, selantes e pisos com baixo teor de VOC(compostos orgânicos voláteis), garantindo a qualidade do ar nos ambientes durante sua aplicação e ocupação futura; Controle dos sistemas por parte dos usuários Em escritórios, como é o caso da Secretaria de Esportes, a produtividade dos ocupantes é melhorada quando o projeto provê controles de iluminação para pelo menos 90% dos ocupantes ou em cada ambiente multi-usuário; Em escritórios, como é o caso da Secretaria de Esportes, pelo projeto 50% dos ocupantes têm controle individual sobre o conforto térmico de seus espaços, podendo ajustar temperatura, velocidade do ar ou umidade.
Foi inaugurado recentemente, o PAMM (Museu de Arte de Miami). Projeto de Herzog & de Meuron, o edifício foi desenhado para se adequar ao clima tropical de Miami. Por isso foi classificado pelo próprio Herzog como um exemplo de arquitetura vernacular para a cidade.
“Eu acho que algo que pode ser um tipo de vernáculo, é um edifício que é específico para este lugar ” disse Herzog.
A varanda ao redor do edifício, cria uma plataforma de transição entre as galerias e a cidade, é apoiada sobre palafitas para oferecer permeabilidade.
A plataforma fornece uma temperatura confortável por meios naturais. O espaço de transição tem a vantagem minimizar o impacto solar sobre a fachada do edifício, reduzindo o custo de proteger o ambiente para as obras de arte.
O paisagismo é projeto do botânico Patrick Blanc que usa suas técnicas de horticultura avançadas e cria um jardim vertical com plantas tropicais nativas penduradas entre as colunas estruturais.
A equipe do projeto também trabalhou para selecionar espécies vegetais que possam suportar a exposição ao sol e ao vento, bem como a temporada de tempestades da cidade.
O projeto reflete a paisagem natural e urbana de Miami e responde ao crescimento rápido da cidade como destino cultural.
A nova instalação faz fronteira com a MacArthur Causeway, e tem sua fachada frontal voltada para a baía, tornando-se um marco altamente visível em meio a paisagem urbana de Miami.
O PAMM inclui 32.000 metros quadrados de galerias, bem como instalações educacionais, uma loja, café à beira-mar, praças e jardins exteriores.
O PAMM abre com uma grande exposição do artista chinês Ai Weiwei , ao lado de mostras dedicadas ao pintor cubano Amelia Pelaez e ao artista nascido no Haiti Edouard Duval- Carrie.
Um simples vazamento pode acarretar uma diferença significativa “no bolso” e no meio ambiente. No dia a dia podemos realizar pequenas providências, para combater o desperdício de água sem necessidade de grandes consultas técnicas.
Segue abaixo uma simples tabela de como podemos fazer pequenos reparos nos equipamentos hidro / sanitários de acordo com os defeitos apresentados.
Dicas de Reparos nos Equipamentos Hidro / Sanitários:
À título de curiosidade, segue abaixo uma tabela elucidativa de perdas de água geradas pelos vazamentos:
Projeto de design de interior sustentável para um Café em Melbourne, na Austrália, utiliza madeira e materiais reciclados.
Com um pequeno orçamento, e o objetivo de dar uma sensação acolhedora, com atmosfera de casa ao local, a designer francesa Anne- Sophie Poirier, trabalhou com materiais reciclados para criar uma identidade visual ao pequeno café, localizado em Fitzroy, um dos bairros mais populares da cidade.
Uma parede de 12 metros, feita de sobras de madeira de carpinteiros locais é o destaque do projeto, onde as diferentes profundidades das diversas madeiras é utilizada com charme servindo de apoio para objetos e temperos.
Além disso, a maioria dos itens da decoração , incluindo azulejos, abajures e uma sinal de trânsito, também foram adquiridos em “mercados de pulga” próximos. As mesas e a bancada são feitas de restos de pisos de madeira.
O letreiro externo iluminado é alimentado por um painel solar localizado no topo de uma caixa de ferramentas garimpada.
O café Slowpoke Expresso oferece comida orgânica e o cartão de visita é feito de papelão reciclado carimbado seguindo a linha do design consciente.
O Colégio Estadual Erich Walter Heine, em Santa Cruz, agora oficialmente depois de quase 3 anos da sua inauguração, recebeu certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), concedida pela entidade internacional Green Building Council.
É a primeira escola do Brasil e de toda a América Latina a receber a certificação de construção sustentável.
Projeto de arquitetura do escritório Arktectus, foi construída pela ThyssenKrupp CSA em parceria com o Governo do Estado e a prefeitura do Rio de Janeiro dentro de padrões que geram redução de até 40% no consumo de energia.
A unidade passou por uma série de inspeções depois da inauguração, que atestaram a eficácia das mais de 50 medidas adotadas para maior eficiência energética e melhor aproveitamento dos recursos naturais.
O colégio verde foi projetado em forma de catavento, de maneira que o ar circule por todo o espaço.
O teto, que favorece a iluminação natural, conta com áreas abertas que fazem com que o ar quente suba e se dissipe como em uma chaminé.
O investimento na aplicação de conceitos e iniciativas sustentáveis foi de R$16 milhões. Como, por exemplo, o uso de materiais ecologicamente corretos, utilização de lâmpadas LED, painéis solares, sistema de aproveitamento de água de chuva, coleta de lixo seletivo e espaço de reciclagem.
Além de ser totalmente adaptada para receber alunos com necessidades especiais, com portas mais largas, pisos táteis, rampas com pouca inclinação e inscrições em braile.
O telhado verde é outro destaque do projeto, o espaço é usado para aprendizagem, e conta com uma vegetação especial para diminuir a absorção de calor e reabsorver a água da chuva.
O Colégio oferece 600 vagas de ensino médio integrado em Administração com ênfase em Logística e conta com corpo pedagógico especialmente preparado para adoção e conscientização dos alunos sobre práticas sustentáveis.
O resultado aparece nas avaliações de desempenho, possuem a segunda melhor média de rendimento escolar do Estado.
O LEED é uma certificação para edifícios sustentáveis concedida pela U.S. Green Building Council. O selo para escolas, apresenta exigências específicas: a apresentação de um relatório ambiental da qualidade do solo, para que não seja perigoso à saúde das crianças, e o tratamento acústico nas salas de aula, corredores e ambientes internos próximos às salas.
Reciclagem de resíduos da construção deve crescer nos próximos dez anos de 3% para 20%, segundo especialista.
A indústria da construção civil no Brasil deve gerar 100 milhões de toneladas de entulho até o final de 2013. 90 milhões são resíduos da construção e demolição, sendo que só 10% têm algum tipo de reaproveitamento – 3% são reciclados e 7% são usados sem passar por qualquer tipo de beneficiamento, geralmente para tapar buracos, e têm baixo valor agregado.
Quando os resíduos da construção civil (entulho) não tem uma destinação final adequada, eles acabam sendo depositados, clandestinamente, em terrenos baldios, áreas de preservação permanente, vias e logradouros públicos, causando impactos ambientais e na qualidade de vida da população.
Mas com tanto entulho, a indústria da reciclagem começa a vislumbrar uma mina nas construções abandonadas, onde é possível extrair mármore, granito, madeira, brita e areia, além de vidros e telhas. A melhor parte é que a atividade reduz a pressão sobre os recursos naturais e diminui a emissão de gases-estufa.
Segundo estimativas do pesquisador Francisco Mariano Lima, do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, com a reciclagem de resíduos de construção e demolição, que vem sendo chamada de mineração urbana, a tendência é que as cidades se consolidem como fornecedoras de recursos naturais.
— A mineração urbana é um novo setor da reciclagem que está se consolidando no país — afirma Mariano Lima. — Hoje, porém, pouquíssimo é reciclado. Em países como o Brasil, a indústria recicladora ainda emergente só aproveita os produtos de baixa qualidade, que só servem para a base e a sub-base de estradas ou aterros. Por outro lado, a indústria madura nos países desenvolvidos chega a 90% de material reciclado, produzindo agregados de qualidade semelhante aos produtos naturais.
Segundo o especialista, a chave para impulsionar a mineração urbana é a separação de materiais. Em vez de colocar um prédio abaixo de uma vez, os especialistas do setor precisam de tempo para recolher os produtos mais nobres. Primeiro devem ser retirados os vidros, depois os mármores. Em seguida, as telhas e o madeirame são recolhidos, incluindo portas e o que houver de valor. Só então a demolição deve começar.
— Só no prédio da Daslu, em São Paulo, R$ 3 milhões em mármore foram perdidos. Em geral, contratantes querem o terreno liberado rapidamente — lamenta o pesquisador. — A Lei Nacional de Resíduos Sólidos, que determina a logística reversa (quem coloca um produto no mercado deve retirar seus resíduos), deve impulsionar a mineração urbana. O aumento do preço do agregado natural também dará viabilidade à reciclagem.
Para quem quiser iniciar no setor, o Sebrae – MG oferece um guia de negócios, e a Abrecom – Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição disponibiliza no seu site, alguns pontos de recebimento de entulhos recicláveis.
U Rock” Chair – uma cadeira feita com PET s reciclados – projeto dos designers brasileiros Davi Deusdara, Érica Martins, Tais Costa e Rafael Studart Alencar, foi uma das 5 finalistas do concurso para escolher o novo mobiliário do Battery Park de Nova Iorque.
A ideia básica da U Rock” Chair é usar os próprios resíduos do parque para transformar a sua paisagem, usando garrafas PET recolhidas em lixeiras especialmente identificadas. Assim, os visitantes, turistas e usuários diários do parque seriam diretamente responsável por seus futuros assentos, sendo capaz de se conectá-los através do design e do processo de reciclagem. Isso criaria um vínculo emocional entre a “U Rock” e seus usuários antes mesmo da sua produção, aumentando a sensação de que os assentos pertencem a todos e diminuindo possíveis atos de vandalismo, mostrando-lhes uma prática sustentável diferente.
Outro conceito da “U Rock” é ser uma cadeira móvel, que pode ser movimentada facilmente, para outros lugares ou sem sair do lugar, balançando de uma forma divertida. Confortável e bonita, seu design é agradável para todas as idades por ser leve, empilhável e fácil de transportar. Também contribui para muitas combinações e situações sociais diferentes.
Para aumentar a resistência da estrutura, a cadeira feita com PET também contém fibras de vidro na sua composição. Esta adição reduz significativamente o peso do assento. As cores brilhantes são provocativas, especialmente nos dias frios do inverno, quando a paisagem está repleta de tons mais cinzentos .
Quanto ao armazenamento das cadeiras, ao invés de ter uma estrutura pesada para escondê-las , os designers desenvolveram uma estrutura em aço inoxidável que funciona como um estacionamento de bicicletas, uma forma de incentivar hábitos mais saudáveis.
Tudo foi pensado para aumentar o prazer das pessoas no parque. Na sua essência , o conceito da competição é uma visão muito contemporânea sobre a nossa forma de experimentar espaços públicos, onde coexistem diferentes usuários de forma rica , colorida e pacífica. A “U Rock” complementa essa maneira de pensar , gerando uma conexão emocional duradoura para seus usuários, convidando-os a voltar, se mover um pouco e manter o balanço.
Ter uma horta em casa, está virando moda. Mas mais importante que estar na moda, ter acesso fácil a alimentos e temperos frescos é uma opção saudável e sustentável, e ainda ajuda a economizar dinheiro nas compras.
Falta de espaço não é desculpa, se tiver um jardim ou um quintal, ótimo! Se não, vale no parapeito da janela, na área de serviço, na varanda, numa parede como jardim vertical ou até começar por um pote que ia para o lixo. É só usar a criatividade!
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Confira 10 dicas para fazer a sua horta em casa:
1- O ideal é que o espaço tenha pelo o menos 4 horas de iluminação do sol e proteção contra ventos.
2- Prepare a terra. O sucesso da horta depende muito desse preparo. Se tiver um terreno, afofe bem a terra antes de plantar. Em floreiras coloque uma camada de argila espandida antes da terra.
3- Uma boa rega é fundamental. O melhor horário para regar as plantas é logo de manhã ou no fim da tarde, mas evite encharcá-las porque isso pode causar o surgimento de fungos.
4- Para começar, prefira ervas e temperos, os resultados são mais rápidos, o que incentiva continuar o seu “projeto horta em casa”. Você pode ir retirando as folhinhas sem matar a plantas, e usar imediatamente para temperar seus pratos.
5- Utilize adubos naturais. Você pode comprar em lojas especializada ou aproveitar para usar o seu próprio lixo orgânico através da compostagem. O adubo orgânico é mais rico em nutrientes e ajudará a sua horta crescer com mais vigor.
6- O indicado é enriquecer a terra com adubo a cada dois meses.
7- É melhor não plantar mudas diferentes no mesmo canteiro. Mas se quiser você pode juntar as que têm necessidades parecidas e que são da mesma família, cuidado apenas ao escolher as espécies que dividirão o mesmo espaço. Misturas que combinam: alecrim, tomilho e sálvia; manjericão, anis, carqueja e sálvia; e manjericão, manjerona e cebolinha.
8- Colocar pedrinhas ou folhas seca por cima da terra, ao lado das mudas, ajuda a manter a terra mais úmida.
9- Consuma com frequência as suas ervas e temperos. Quanto mais são consumidos, maior é o estímulo à produção de novas folhas. Se não for usá-los, não esqueça de podá-los.
10- Aviso importante: Cuidado com a dengue!!! Não esqueça de colocar um pouco de areia nos pratos abaixo das floreiras, água parada serve de criatório para mosquitos.
No mais, divirta-se, que além de todas as vantagens já destacadas, plantar uma horta em casa também é uma terapia.
Para quem quiser mais informações, esse arquivo em PDF, possui um guia completo com passo-a-passo e fotos para cultivar uma horta orgânica doméstica. Ou encomende o livro da Embrapa Hortaliças “Horta em Pequenos Espaços” que traz informações detalhadas de todas as etapas do cultivo de hortas caseiras desde o preparo do solo até o manejo diário das hortaliças.
Esse vídeo, ensina como plantar em uma garrafa PET.