Biblioteca pública do RJ tem certificação LEED Ouro
A Biblioteca Pública Estadual do Estado do Rio de Janeiro é a 1ª no Brasil a alcançar a certificação LEED Ouro, reaberta em março deste ano, com um projeto de construção mais eficiente, que contempla energia solar, reaproveitamento das águas das chuvas, uso de madeira certificada, entre outras medidas de sustentabilidade.
O prédio projetado originalmente por Glauco Campelo nos anos 1980, recebeu um retrofit verde que contou com projeto de interiores assinado por Bel Lobo e consultoria de sustentabilidade da Casa do Futuro.
Algumas das características sustentáveis acrescentadas ao edifício foram a produção de energia elétrica proveniente de fontes renováveis e reaproveitamento das águas das chuvas na irrigação, vasos e mictórios.
Com a reforma a biblioteca reduziu o consumo de energia elétrica em aproximadamente 28%, e o de água em 45%.
Segundo a arquiteta Danielle Garcia, da Casa do Futuro, os custos operacionais de um edifício sustentável são reduzidos de forma significativa.
Além disso, são minimizados os impactos ambientais associados à geração e consumo de água e energia.
No caso da Biblioteca Parque Estadual, a performance será garantida pela implantação de tecnologias como os painéis fotovoltaicos, o uso de vidros duplos de proteção solar e baixa reflexão, que reduzem em até 52% a entrada de calor; e a instalação de telhados verdes com área total de mais de 2.000 metros quadrados, que vão contribuir para o maior conforto térmico da edificação, além de reduzir o efeito “ilha de calor”, comum em centros urbanos.
A Light financiou o desenvolvimento e deu apoio, ,por meio do programa estadual Rio Capital da Energia, na construção de uma área de aproximadamente 2.000m² de ecotelhado nos prédios principal e administrativo, mais uma usina de geração de energia fotovoltaica.
O equipamento fornece cerca de 40 kWp de potência instalada e 50 MWh por ano. Foram implantados 162 módulos monocristalinos, apoiados em estrutura fixada na cobertura, e seis inversores que transformarão a energia para uso no sistema elétrico. A usina compensará 132,5 toneladas de CO2.
Além disso, a madeira do piso do salão principal da biblioteca é certificada FSC, que garante o manejo responsável das florestas, os jardins respeitam a diversidade necessária para garantir a vida e seu ecossistema, a instalação dos bicicletários que ajuda a desestimular o uso de automóveis, e um espelho d’água no pátio interior que cria um micro-clima e refresca.
Toda essa tecnologia será devidamente explicada aos cerca de 1,5 milhões de visitantes que passarão pelo prédio de 15 mil metros quadrados a cada ano. Eles encontrarão totens com informações sobre a estrutura da biblioteca verde e sobre a importância da educação ambiental.
Foto: cestanne.com
Fonte: Casa do Futuro e BPE
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