Curitiba Ecoelétrico já reduziu quase duas toneladas de emissões
Em apenas dois meses, o Curitiba Ecoelétrico garantiu uma redução de quase duas toneladas (1.908 kg) de CO² emitidos na atmosfera da capital paranaense. Com o uso de veículos movidos a eletricidade, foram poupados 1.522 litros de combustível, o equivalente a dez barris de petróleo.
O projeto-piloto é composto por oito eletropostos e uma frota de dez veículos elétricos. Se esse comparativo levasse em consideração um universo de mil carros elétricos em um ano, por exemplo, 1.160 toneladas de CO2 deixariam de poluir o ar, quantidade de poluentes que, para ser neutralizada, exigiria o oxigênio produzido por 165 mil árvores.
O resultado foi apresentado nessa quarta-feira (20), durante a primeira avaliação do Curitiba Ecoelétrico, projeto piloto que reúne a Itaipu Binacional, a Prefeitura de Curitiba, a Renault, o Centro de Excelência da Indústria da Mobilidade (CeiiA) e outros parceiros.
A reunião foi no escritório de Itaipu, em Curitiba. Participaram a diretora financeira executiva da Itaipu, Margaret Groff; a vice-prefeita de Curitiba, Miriam Gonçalves; a diretora do CEiiA, Helena Silva; e a chefe de Veículos Elétricos da Renault, Silvia Barcik.
Frota compartilhada
Integram a frota do Curitiba Ecoelétrico seis Zoes, dois Kangoos e dois Twizys, da montadora Renault. No total, 40 usuários compartilham os veículos, distribuídos entre a Guarda Municipal, Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) e Instituto Curitiba de Turismo. Há ainda um veículo elétrico Zoe, da Itaipu Binacional, ligado ao sistema.
A frota opera dentro do sistema de gestão de mobilidade elétrica inteligente – Mobi-me, sistema desenvolvido pelo CeiiA, que permite o monitoramento on-line, com a atualização de indicadores de energia elétrica consumida, número de viagens e distâncias percorridas, entre outras informações.
Poluição
O monitoramento inclui o cálculo dos gases de efeito estufa que deixam de ser lançados na atmosfera, principalmente o CO², já que os veículos elétricos não provocam poluição do ar e nem sonora, pois o motor é silencioso. Esses dados podem ser acompanhados no endereço.
Em relação à poluição atmosférica, o projeto demonstra que o uso de carros elétricos de forma massiva contribuiria para reduzir os índices e, por consequência, também diminuir os riscos para a saúde pública.
Só no Estado de São Paulo, a poluição atmosférica vai matar até 256 mil pessoas nos próximos 16 anos, segundo projeção feita por pesquisadores da USP para o Instituto Saúde e Sustentabilidade.
Mobilidade
O Curitiba Ecoelétrico é considerado o maior sistema de mobilidade elétrica inteligente pública do País. O sistema integra o uso de veículos elétricos, eletropostos e outros dispositivos. O projeto é ancorado pelo Programa de Mobilidade Elétrica Inteligente da Itaipu, o Mob.I. Essa gestão integrada de mobilidade em tempo real permite informações personalizadas para os stakeholders.
“Durante esses dois meses, o que se buscou foi trabalhar várias frentes, a começar pelo aprimoramento do próprio projeto, que é piloto e precisa avançar em vários aspectos”, explicou Margaret.
Entre outros pilares, o Ecoelétrico quer contribuir para consolidar Curitiba como referência na mobilidade urbana sustentável, com base na mobilidade de nova geração, além de promover a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias para o Brasil.
Interesse
O projeto Ecoelétrico já garantiu um ganho incalculável em matérias jornalísticas positivas sobre a capital paranaense, o que demonstra a importância do tema. O projeto ganhou espaço em matérias jornalísticas de várias partes do mundo, principalmente no Brasil e em Portugal. O tema também foi levado para eventos científicos nos Estados Unidos e Europa.
“Estamos buscando, com esse projeto-piloto, avançar na pesquisa e no desenvolvimento de novas tecnologias para o usuário final. Por isso, são fundamentais os aspectos de integração e conectividade, que estão na essência do projeto Mob.I”, disse Margaret.
O foco principal é o usuário final. Para que o projeto avance, novas avaliações serão feitas a cada dois meses. As reuniões serão permanentes com todos os envolvidos para o apontamento dos problemas diagnosticados e as soluções, segundo ainda Margaret. Em Brasília, um projeto-piloto semelhante também já está em testes. Os resultados serão divulgados em breve.
Matéria Original: Itaipu
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