Energia das ondas do mar no Rio de Janeiro

03/07/2014 por Redação SustentArqui

A partir do próximo ano, a cidade do Rio de Janeiro vai receber uma usina que gera energia elétrica a partir da movimentação das ondas do mar.

Em parceria com Furnas e a empresa Seahorse Wave Energy, a Coppe/UFRJ irá instalar um conversor offshore com capacidade de 100 kw, a cerca de 14 quilômetros da praia de Copacabana, próximo da Ilha Rasa. A usina ficará a uma profundidade de 20 metros e, sua capacidade pode abastecer o equivalente a 200 casas residenciais.

Energia das ondas do mar

O projeto conta com um investimento de R$9 milhões e tem conclusão prevista para 2015. Os protótipos do projeto estão sendo produzidos pelos pesquisadores do Laboratório de Tecnologia Submarina (LTS) da Coppe, em conjunto com os engenheiros da Seahorse Wave Energy.

Segen Estefen, coordenador do LTS, diz que o projeto é economicamente viável e explica que a primeira iniciativa começou com a instalação de uma usina no Porto de Pecém, Fortaleza (CE), resultado da parceria entre a Coppe, a Tractebel Energia e o Governo do Ceará. “Estamos colocando o Brasil entre os países que buscam o domínio das tecnologias de aproveitamento da energia das ondas para gerar eletricidade em grande escala. É fundamental que consigamos nos manter competitivos para que no futuro não tenhamos que importar tais tecnologias”, afirma Segen.

O professor afirma ainda, que o próximo passo é desenvolver usinas com estruturas flutuantes para ser instaladas em locais afastados da costa. “E, no futuro, com estas usinas flutuantes poderemos, inclusive, abastecer as plataformas dos campos do pré-sal”, adianta.

Energia das ondas do mar

A geração de energia da usina se dará a partir da movimentação vertical de um flutuador de onze metros de altura e 4,5 metros de diâmetro, impulsionado pelas ondas do mar. Quanto mais altas forem as ondas, mais energia pode ser captada, porém, é possível obter um bom resultado mesmo com ondas baixas, mas contínuas, como o mar de Copacabana que tem ondas com cerca de 1,5 metros.

Energia das ondas do mar

“O flutuador será guiado por uma coluna central, com fundação no leito marinho, e a sua movimentação será transformada em movimento rotativo no gerador, utilizando-se um sistema mecânico que integrará o flutuador e o gerador”, detalha Paulo Roberto, sócio proprietário da Seahorse Wave Energy.

A eletricidade gerada será enviada por cabo submarino, que vai ao fundo do mar até a ilha para conexão à rede elétrica, sendo toda geração feita pelo mar.

Essa iniciativa vem a ser um marco não só para cidade do Rio de Janeiro, mas também para o Brasil. Ao contrário das usinas hidrelétricas e nucleares, as usinas flutuantes não consomem combustível de nenhuma espécie e não exigem transporte de grandes equipamentos. Portanto, vão fornecer energia limpa, renovável e abundante.

Fonte: Planeta COPPE

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