Energia solar no Chile ficou gratuita. Entenda:

06/06/2016 por Redação SustentArqui

A indústria de energia solar no Chile está expandindo tão rapidamente que está gerando eletricidade de forma gratuita.

Depois das boas notícias sobre a produção histórica de energias renováveis em Portugal e na Alemanha, agora é a vez do Chile mostrar a força da energia solar na América Latina.

A produção de energia solar no Chile foi suficiente para garantir eletricidade gratuitamente em algumas regiões do país durante 113 dias do ano, até abril. Quer dizer que nos primeiros 121 dias de 2016, apenas em oito dias o país não teve energia solar suficiente para garantir eletricidade a custo zero. O recorde deve superar o total do ano passado, que foi de 192 dias, segundo a operadora da rede central do Chile.

Aparentemente para os consumidores a notícia é boa, mas para os produtores não. Sem capacidade de vender o excesso de eletricidade produzida, os distribuidores são obrigados a assumir perdas com a disponibilização gratuita aos consumidores. Isso diminui a possibilidade das empresas conseguirem investimentos para financiar novos parques.

O grande problema é a falta de uma rede de distribuição adequada. O país possui duas redes de energia principais, a central e a do norte, que não estão conectadas entre si. E a maior parte da produção está na parte norte do Chile, no deserto de Atacama, que tem exposição solar prolongada e intensa durante a maioria dos dias e onde estão instalados 29 parques solares.

Além disso, houve uma diminuição na demanda de energia no país por causa da desaceleração da produção de cobre, o que causou um excesso de energia produzida concentrada em uma região e sem rede de distribuição para escoar o excedente para outras regiões.

O governo chileno se comprometeu a construir uma uma linha de transmissão de 3.000 quilômetros para ligar as duas redes do país até 2017, e uma linha para descongestionar onde há colapso. Tais medidas devem permitir uma a diminuição dos preços da energia no país mas solucionar o “problema” de muitos consumidores conseguirem eletricidade grátis.



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