Integração da energia solar elétrica na arquitetura
A partir dos anos 90, quando a energia fotovoltaica começou a ter maior difusão, as limitações estéticas desta tecnologia foram consideradas um dos maiores obstáculos para a aceitação de arquitetos e usuários. Desde então, diferentes alternativas estão surgindo para a melhoria da imagem dos sistemas e sua integração à arquitetura.
O sistema fotovoltaico é muito versátil, já que o elemento captador pode atuar como revestimento de fachadas, elemento de fechamentos (coberturas planas ou inclinadas), elementos de sombras (pergolados, marquises, brises, etc).
Ao utilizarem os módulos com estas finalidades, os arquitetos deverão especificar produtos que ofereçam garantia de estanqueidade e durabilidade similares às dos materiais convencionais.
Quando integrados aos edifícios, além de gerar eletricidade, os elementos fotovoltaicos substituem os materiais tradicionais de acabamento e também podem ter função de iluminação diurna (células semitransparentes), sendo considerados materiais multifuncionais.
PROJETO E INSTALAÇÃO
Os produtos fotovoltaicos devem ser flexíveis a ponto de se adaptarem às exigências de dimensionamento dos projetos, responderem a certas propriedades estruturais e terem durabilidade igual ou superior à dos materiais que estão substituindo.
O arquiteto precisa pensar no sistema como um elemento standard que faz parte do edifício; o engenheiro estrutural deverá prever uma carga particular que requer um suporte estrutural especial feito sob medida; e a construtora deverá considerá-lo um sistema eletrônico que requer desenho técnico, especificação, encomenda e, em muitos casos, monitoração. A equipe deverá trabalhar de forma integrada desde o inicio.
Em estudo realizado pela IEA TAS 74, foi detectado que as grandes fábricas, complexos coorporativos e residenciais podem destinar em média ¼ da área do telhado para a localização do sistema fotovoltaico.
Os sistemas fotovoltaicos, assim como outras estratégias de sustentabilidade, são, na maioria das vezes, introduzidos ao projeto sem criar harmonia com o conjunto, podendo causar um impacto visual negativo, desvalorizando a arquitetura, de modo que se forem aplicados corretamente o resultado pode ser muito inovador.
Os arquitetos são os responsáveis por soluções criativas que permitam otimizar os níveis de conforto interior e reduzir o consumo de energia, sem renunciar à arquitetura moderna e à criação de novas formas, agregando, assim, valor à edificação.
Alguns exemplos de integração da energia solar fotovoltaica na arquitetura sustentável:
Matéria enviada pela arquiteta Maíra Nazareth de Macedo – Mestre em Arquitetura Sustentável pela Universidat Politècnica de Catalunya e MBA em Gestão em Negócios Imobiliários pela ESPM
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