Alemanha propõe transporte gratuito como medida radical no combate a poluição

22/02/2018 por Redação SustentArqui

Com o objetivo de diminuir a poluição causada por carros e os congestionamentos, a Alemanha propõe, como medida radical, a adoção de transporte gratuito nas cidades de Essen, Bonn, Mannheim, Herrenberg e Reutlingen.

Se a medida se mostrar eficaz e economicamente viável, será estendida gradualmente a todas as outras cidades alemãs que mais sofrem com o problema da falta de qualidade do ar.



A solução que o Governo alemão propõe ainda está em estudo. Apesar das aparentes vantagens a medida é considerada radical por custar muito caro aos municípios. Hamburgo fez as contas e disse que custaria 789 milhões por ano para a cidade, o mesmo que pagou pela Elbphilharmonie, o edifício mais alto e icônico da cidade.

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Numa carta enviada a Bruxelas, e assinada por três ministros alemães (Ambiente, Agricultura e Assuntos Especiais), o executivo germânico propõem medidas mais convencionais (zonas urbanas de baixas emissões, incentivos extra para veículos elétricos e adaptação tecnológica de veículos existentes), além de avançarem com a ideia de ter ônibus, metrô e trens gratuitos para todos.

O país se encontra entre os nove países que a Comissão Europeia obrigou a realizar planos para combater a poluição em seus territórios. A proposta alemã pode ser o início de uma revolução em vários países: o transporte gratuito.

O executivo de Angela Merkel está sob pressão da Comissão Europeia que, em Janeiro, prometeu ser mais dura com a falta de qualidade do ar nas cidades, ameaçando penalizar os Estados-membros que violem as normas europeias em matéria de poluentes como o monóxido e o dióxido de azoto.



Depois do escândalo do “dieselgate”, que envolveu as principais empresas da indústria automotiva alemã – que manipularam os testes de emissões poluentes dos seus modelos vendidos em todo o mundo – o Governo germânico não quer mais passos em falso. Até porque o Estado alemão já enfrenta processos em tribunal por causa da poluição urbana.

A associação nacional das empresas municipais encarregada do trasporte público do país reconhece as vantagens da proposta, mas acha difícil que a ideia seja viabilizada economicamente.

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