Pavimento solar que gera energia elétrica está em teste em Barcelona
Um pavimento solar de 50 m2 irá gerar eletricidade em Barcelona, na Plaça de las Glòries. A proposta venceu o desafio municipal “Gerar pavimentos”, com o qual se pretende encontrar soluções inovadoras para a geração de energias renováveis nas infraestruturas da cidade.
O objetivo é avançar na mudança do modelo energético e apostar na autogeração e autoconsumo, para um futuro mais sustentável.
A instalação vai gerar 7.560 kWh / ano, consumo anual de três residências, que serão monitorados em tempo real para controlar a eficiência do sistema.
Uma comissão avaliará os resultados e analisará a conveniência de reproduzir a fórmula em outras partes da cidade.
A viabilidade do projeto será avaliada após seis meses, se o resultado for positivo, a medida será implantada em outras áreas da cidade.
O desgaste terá que ser avaliado porque, obviamente, não é o mesmo que colocar painéis fotovoltaicos em um telhado, mesmo que sejam muito resistentes. Na França foi testada uma estrada solar que não teve muito êxito, mas o desgaste era muito maior por causa do peso dos veículos. Já na Holanda a tecnologia foi instalada em uma ciclovia e teve os resultados melhores que o esperado.
Como funciona o pavimento solar?
O pavimento é constituído de um vidro altamente resistente e antideslizante conectado a módulos fotovoltaicos e fiação que irá descarregar a energia para a rede geral.
O piso terá duplo uso, pois manterá sua função de espaço de tráfego, ou seja, pode ser percorrido ou circulado por cima.
A instalação terá uma potência de 9 kWp, irá gerar uma energia de 6,7 kWh e será ligada em modo de autoconsumo num ponto de Bicing (bicicleta compartilhada) da praça. Com essa área de superfície e energia, a energia gerada significará uma economia equivalente a cerca de 2.722 kg de dióxido de carbono por ano.
Por um futuro mais sustentável
A iniciativa responde ao objetivo global da cidade de mudar o modelo energético para contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa, 50% em 2030 em relação a 1992, e para a cidade ser neutra em carbono em 2050.
A cidade financiou a instalação com 30.000 euros, sendo o restante pago pelo fabricante.
Recentemente, com o mesmo objetivo de criar uma cidade mais sustentável e contribuir para a adaptação dos efeitos causados pelas mudanças climáticas, a prefeitura promoveu um Concurso de Telhados Verdes onde os projetos vencedores receberão uma doação de 75% do valor do conjunto de ações e estudos técnicos necessários e até um limite de 100.000 euros para cada cobertura verde.
Fonte e crédito das imagens: Prefeitura de Barcelona
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