Brasil “come” etapas e produz células solares orgânicas

02/07/2014 por Redação SustentArqui

Ainda sem uma indústria de energia fotovoltaica, à base de silício, o Brasil pode saltar etapas e dar um grande passo para a produção eficiente de células solares orgânicas.

O projeto que vai receber o investimento de US$19 milhões durante os próximos três anos, é resultado da associação entre a gestora de capitais brasileira, FIR Capital, e do Centre Suisse dÉlectronique e Microtechnique, CSEM S.A.

Embora menos eficiente, a energia usada na produção das células solares orgânicas é vinte vezes menor comparada à produção dos painéis de silício, suas características permitem uma redução considerável nos custos de instalação, sendo considerada uma opção ainda mais verde para o reaproveitamento de energia solar.

“Temos a vantagem competitiva de estar no Brasil, com muito sol e uma matriz energética complementar que ainda não cobre 100% da população. Além disso, estamos confiantes com as nossas parcerias globais e com o time de excelência montado com doutores e profissionais que são líderes em suas áreas de atuação,” afirma o Dr. James Buntaine, da CSEM Brasil.

Células Solares Orgânicas

O processo de fabricação das células fotovoltaicas orgânicas – impressão em rolos ou roll to roll – permite a produção em massa, baixo custo e rapidez para chegar ao mercado. E, diferente do silício, as células solares orgânicas são feitas com plásticos, o que as torna leves, flexíveis e transparentes.

Assim, em vez dos painéis solares rígidos e retangulares, as películas fotovoltaicas podem ser usadas como fonte de energia limpa no revestimento de edifícios e casas, como fachadas, janelas, aparelhos eletrônicos como celulares e computadores, e até mesmo nos componentes eletrônicos de automóveis.

Além de outras aplicações inovadoras, essas características permitem uma redução significativa nos custos de instalação, responsáveis por até 70% do custo total dos sistemas fotovoltaicos tradicionais. E, embora possua vantagens em relação ao silício, a eletrônica orgânica impressa é uma tecnologia que não pretende substituir as aplicações da eletrônica tradicional – sendo utilizada apenas em soluções novas e complementares.

Fotos: Divulgação



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