Uma breve historia sobre os Selos Verdes

28/01/2014 por Redação SustentArqui

Introdução sobre selos verdes de verdade.

Há dois tipos de selos sendo exibidos nas embalagens de produtos e nas propagandas: os independentes e os auto-reguladores:

– Os primeiros são selos de instituições independentes privadas ou estatais, de organizações não-governamentais ou associações empresariais.

– Os segundos são selos que a própria empresa ou instituição cria para tentar se auto-regulamentar e comunicar o consumidor. Nem seria preciso dizer que os auto-reguladores são uma questão polêmica.

Afinal, o consumidor precisa acreditar no que o fornecedor está dizendo e que ele faz sua própria auditoria e fiscalização.


Uma breve história da criação dos Selos Verdes :

Nos anos de 1940, surgiram no mundo desenvolvido uma série de rótulos obrigatórios para produtos, visando principalmente precauções à saúde do consumidor.

Mas é no final dos anos 70, com a pressão do movimento ambientalista que começaram a surgir os primeiros selos verdes. A Alemanha inaugurou essa cultura com o “Anjo Azul”  (Blau Engel) em 1978.

Trata-se de um selo do governo alemão, que atesta produtos oriundos da reciclagem, com baixa toxicidade, sem CFC (clorofluorcarbonetos) etc. São 3,6 mil produtos certificados para os consumidores (dados de 2008).

selos verdes - Anjo Azul

Os Estados Unidos têm desde 1989 o Green Seal. E a União Européia tem desde 1992 o Ecolabel. Todos esses selos são independentes e não sofrem com a desconfiança que existem nos selos auto-reguladores.

Como conseqüência da sua própria regulamentação, muitos países começaram a exigir a mesma contrapartida para os produtos importados.

É nesse contexto e embalado pelo encontro da ECO-92, que a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) criou a certificação de Gestão Ambiental, em 1993.

Na verdade, esse selo é uma ratificação nacional do selo ISO 14001, uma certificação internacional que compreende princípios básicos de gestão como cuidados no tratamento de resíduos, controle da compra de insumos e matérias-primas etc.

Nos anos 2000, houve uma verdadeira explosão dos selos verdes.

Só de agricultura orgânica são cerca de 20 selos hoje no mercado brasileiro. O país conseguiu importantes avanços na área como selo Procel, por exemplo, do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) que diz a faixa de consumo de energia de seus eletrodomésticos.

Algumas das certificadoras internacionais já se instalaram no Brasil como a Forest Stewardship Council, o maior certificador de manejo florestal do mundo, que aqui tornou-se Conselho Brasileiro de Manejo Florestal.

selos verdes FSC

Além disso, muitas empresas têm procurado a certificação internacional diretamente para suprir a falta de alternativas brasileiras.

Por exemplo, a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), sistema norte-americano de certificação de construções sustentáveis, já vem sendo usado no país. Em setembro de 2008, 38 projetos brasileiros haviam se candidatado para receber o selo da instituição.

E os números não param de crescer, de acordo com o balanço divulgado pelo Green Building Council Brasil, o país fechou 2013 com 829 pedidos de registro ao selo.

Veja o gráfico abaixo que mostra a evolução do mercado:

LEED - selos verdes
Fonte: GBC

Fonte: Uol e GBC Brasil


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