Uma breve historia sobre os Selos Verdes
Introdução sobre selos verdes de verdade.
Há dois tipos de selos sendo exibidos nas embalagens de produtos e nas propagandas: os independentes e os auto-reguladores:
– Os primeiros são selos de instituições independentes privadas ou estatais, de organizações não-governamentais ou associações empresariais.
– Os segundos são selos que a própria empresa ou instituição cria para tentar se auto-regulamentar e comunicar o consumidor. Nem seria preciso dizer que os auto-reguladores são uma questão polêmica.
Afinal, o consumidor precisa acreditar no que o fornecedor está dizendo e que ele faz sua própria auditoria e fiscalização.
Uma breve história da criação dos Selos Verdes :
Nos anos de 1940, surgiram no mundo desenvolvido uma série de rótulos obrigatórios para produtos, visando principalmente precauções à saúde do consumidor.
Mas é no final dos anos 70, com a pressão do movimento ambientalista que começaram a surgir os primeiros selos verdes. A Alemanha inaugurou essa cultura com o “Anjo Azul” (Blau Engel) em 1978.
Trata-se de um selo do governo alemão, que atesta produtos oriundos da reciclagem, com baixa toxicidade, sem CFC (clorofluorcarbonetos) etc. São 3,6 mil produtos certificados para os consumidores (dados de 2008).
Os Estados Unidos têm desde 1989 o Green Seal. E a União Européia tem desde 1992 o Ecolabel. Todos esses selos são independentes e não sofrem com a desconfiança que existem nos selos auto-reguladores.
Como conseqüência da sua própria regulamentação, muitos países começaram a exigir a mesma contrapartida para os produtos importados.
É nesse contexto e embalado pelo encontro da ECO-92, que a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) criou a certificação de Gestão Ambiental, em 1993.
Na verdade, esse selo é uma ratificação nacional do selo ISO 14001, uma certificação internacional que compreende princípios básicos de gestão como cuidados no tratamento de resíduos, controle da compra de insumos e matérias-primas etc.
Nos anos 2000, houve uma verdadeira explosão dos selos verdes.
Só de agricultura orgânica são cerca de 20 selos hoje no mercado brasileiro. O país conseguiu importantes avanços na área como selo Procel, por exemplo, do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) que diz a faixa de consumo de energia de seus eletrodomésticos.
Algumas das certificadoras internacionais já se instalaram no Brasil como a Forest Stewardship Council, o maior certificador de manejo florestal do mundo, que aqui tornou-se Conselho Brasileiro de Manejo Florestal.
Além disso, muitas empresas têm procurado a certificação internacional diretamente para suprir a falta de alternativas brasileiras.
Por exemplo, a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), sistema norte-americano de certificação de construções sustentáveis, já vem sendo usado no país. Em setembro de 2008, 38 projetos brasileiros haviam se candidatado para receber o selo da instituição.
E os números não param de crescer, de acordo com o balanço divulgado pelo Green Building Council Brasil, o país fechou 2013 com 829 pedidos de registro ao selo.
Veja o gráfico abaixo que mostra a evolução do mercado:
Fonte: Uol e GBC Brasil
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Comentários
muito bom essas informações