O Parque Olímpico e a Sustentabilidade
O Parque Olímpico, foi além dos parâmetros exigidos pelo Comitê Olímpico Internacional, com diversos procedimentos para garantir um empreendimento sustentável. A ideia principal do local, foi evitar os elefantes brancos, aplicar a arquitetura nômade e aproveitar a estrutura dos Jogos Pan-americanos de 2007.
O Parque Olímpico, foi implantado em uma área de 1,18 milhão de metros quadrados. A sustentabilidade iniciou em sua implantação, na Lagoa Jacarepaguá, uma área degradada, que foi recuperada com o plantio de vegetação nativa de mangue e restinga. Além da recuperação da área, a infraestrutura e o transporte teve destaque, na região da Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio de Janeiro.
Afim de evitar os elefantes brancos, onde se constroem gigantescas edificações, sem ter utilidades após os Jogos, foram utilizadas instalações existentes do Pan-americano: o Parque Aquático Maria Lenk, e a Arena Olímpica do Rio. A maioria das novas edificações foram baseadas na arquitetura nômade, onde prevê o reaproveito das estruturas para outros edifícios.
O Centro Principal de Mídia, o MPC (Main Press Centre), recebeu a pré-certificação LEED Core&Shell, foi financiado pela iniciativa privada e após os Jogos servirá como edifício comercial.
O edifício do IBC (International Broadcast Center), possui uma área de 79 mil metros quadrados com capacidade para mais de 10 mil pessoas que trabalham com rádio e TV. Todas as estruturas utilizadas serão desmontadas e colocadas em containers, para serem montadas para a próxima Olimpíada de inverno na Coréia em 2018 e depois para a Olimpíada de Tóquio em 2020. No Rio foi o primeiro local a ser utilizado esse sistema.
A parte de HVAC (Heating Ventilation and Air-Conditioning – ar condicionado), toda a estrutura metálica que abrange o edifício também será desmontada, e levada para construir um alojamento para os atletas, atrás das arenas cariocas, onde ficará instalado o Centro Olímpico de atletas brasileiros.
Outros métodos sustentáveis foram aplicados ao Parque Olímpico, como a coleta seletiva de lixo, a irrigação automatizada dos jardins, onde a economia é de 30% de água, e a iluminação aplicada em LED, para a redução de gasto de energia;
“Precisávamos unir 4 vantagens em um único piso: 1- durável, para não ter manutenção no futuro; 2- nível de reflexibilidade, para evitar ilha de calor; 3- permeável, onde 20% da água é drenada; 4- sem trepidação, para utilização de cadeirantes e idosos” Além de alguns pisos em áreas especiais terem 90% de permeabilidade” diz Tânia Braga, gerente de sustentabilidade do Comitê Rio 2016.
Outra parte interessante, são os pratos e talheres disponibilizados no restaurante principal e de toda Vila Olímpica, são feitos de fibra natural, e são 100% compostáveis.
Além de abrigar todo o centro de imprensa, o Parque Olímpico recebe em sua área comum 120 mil pessoas diariamente; a seguir apresentamos as novas edificações:
Centro Olímpico de Tênis:
Aplicado o conceito da arquitetura bioclimática, a edificação foi otimizada na utilização da iluminação e ventilação natural. Assim como todos os estádios, a acessibilidade respeitada, com rampas de 5% de inclinação, piso tátil para deficientes visual.
Disponibilizado para 10.000 telespectadores, foi construído por haver a necessidade de uma arena, para sediar campeonatos mundiais e torneios internacionais de tênis, no país. Sem a demanda da necessidade da construção de uma outra grande Arena, duas Arenas temporárias foram montadas ao lado da arena principal com 5.000 lugares para uma e 3.000 lugares para a outra.
Velódromo:
A edificação possui captação de água da chuva e é o primeiro Centro Olímpico de Ciclismo do Brasil, após os Jogos, também vai ser utilizado para treinamento de outros esportes, como taekwondo, judô, etc.
Toda a madeira do Velódromo por exigência da Federação Internacional de Ciclismo, foi construída com madeira de eucalipto pinus da Sibéria, e por sua vez o Comitê Rio 2016, fez a exigência de ser madeira certificada, para não ter riscos de crimes ambientais.
Arenas Cariocas:
Estas obras priorizam a luz natural e a captação de água da chuva, serão utilizadas para o GEO – Ginásio Experimental Olímpico, onde escolas municipais voltadas para a educação esportiva poderão utilizar estas instalações, que possui capacidade para 850 alunos.
Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos:
Sem a necessidade da construção de um novo Centro Aquático, este estádio foi pensado em uma flexibilidade de uso futuro. Toda a estrutura modular, permiti a divisão do prédio em dois, onde tudo foi planejado, até no transporte das estruturas para o novo destino, assim como acontece com as escadas, rampas e elevadores. A fachada é toda costurada para poder ser desmontada sem danificar.
O Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos, se tornará duas instalações aquáticas diferentes; uma será montada no parque de Madureira e o outro em Campo Grande.
Arena do Futuro:
A Arena do futuro está prevista para a construção de 4 escolas públicas. Os 16 pilares principais, que serão disponibilizados 4 para cada escola. As estruturas foram parafusadas de modo externo, para facilitar o desmonte.
As tesouras estruturais, fachada, telhado, escadas, banheiros, rampas e elevadores, também serão reaproveitados assim como os pilares.
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