COP21: Países assinam acordo em Paris
No ultimo sábado dia 12, a conferência do clima da ONU em Paris a COP21, foi firmado acordo entre 197 países, com objetivo de manter o aumento da temperatura abaixo de 1,5°C ou 2°C em relação aos níveis industriais.
O documento é considerado o mais importante desde o Protocolo de Kioto, em 1997, e o primeiro a ter um compromisso geral com a redução de emissões de gases do efeito estufa. Desta vez todos os países do mundo ratificaram o texto. O Acordo, no entanto, não estabelece as ações que cada país deverá adotar para reduzir suas emissões. Sugere apenas a necessidade de iniciar estudos.
Em 2018 acontecerá uma revisão global na forma de um diálogo e até 2020, essas informações deverão estar delineadas e os países prontos para perseguir as metas.
A ideia, em resumo, é a seguinte: como as metas de redução de emissões (INDCs), são incapazes de segurar a temperatura no patamar necessário, será preciso fazer ajustes nelas a cada cinco anos, a partir de 2023. Esses ajustes precisariam de um referencial, que saiu do texto: tudo o que ficou como menção é que as emissões precisarão chegar ao pico “o quanto antes” e que um equilíbrio entre as emissões de carbono e o sequestro precisará ser atingido “na segunda metade do século”.
A polêmica questão do financiamento climático, que até o último minuto de negociação ameaçou levar Paris a pique, foi resolvida como costuma ser em negociações desse tipo: de forma salomônica. Ficou no texto da decisão da COP, mas não no texto do acordo, que os US$ 100 bilhões por ano que os países desenvolvidos prometeram aportar para ações de combate à mudança do clima e de adaptação nos países em desenvolvimento serão um piso. Uma nova cifra, que deverá ir além disso, só será definida em 2025.
Para ambientalistas, o acordo coloca o mundo no caminho das energias renováveis e o início do fim dos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e derivados).
Aliança em prol das construções sustentáveis:
Dia 3 de dezembro na COP21 foi o “Building Day” (Dia do Edifício), que foi marcado pelo lançamento da Aliança Global para Edifícios e Construção, uma nova aliança de 16 países e mais de 60 organizações (que inclui o WorldGBC, seus 74 conselhos e as 27.000 empresas associadas).
Um novo texto de 50 páginas foi postado no site da UNFCCC, com o compromisso de uma “transformação global do mercado” para alcançar os dois objetivos principais: atingir quase 100% de “edifícios de energia zero” (NZEB) para novas construções em 2020, e para retrofits de edifícios existentes em 2030.
Também foi lançado o compromisso de ajudar os países a cumprirem os seus INDCs através da construção verde.
Fonte: Brasileiros, Observatorio do clima e Edie
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