Michael Reynolds e a primeira escola 100% sustentável no Uruguai
Projetada por Michael Reynolds, a escola com 270 m², foi construída por aproximadamente 60% de materiais reaproveitados como: 2 mil pneus, 5 mil garrafas de vidros, 2 mil metros quadrados de papelão e 8 mil latinhas de alumínio, com o custo total de 300 mil dólares.
Quem é Michael Reynolds?
Arquiteto, norte americano, Michael Reynolds o “Guerreiro do lixo”, fundou sua própria comunidade no deserto de Taos, no Novo México.
A Earthship Biotecture foi criada com intuito das pessoas viverem em harmonia com o entorno, sem renunciar o conforto, e aprenderem a reutilizar materiais descartados, que hoje representam um desafio para o meio ambiente.
Reynolds é responsável por diversos projetos e obras pelo mundo, entre eles a Rapa Nui no Chile e a Nave Tierra na Argentina.
A viabilização do projeto da escola sustentável, se concretizou devido ao trabalho da TAGMA, uma organização sem fins lucrativos que implantou o método construtivo Earthship Biotecture no local.
Com o a missão de habitar o mundo de forma mais sustentável, a ONG teve como objetivo aliar a construção da escola de forma autossuficiente que diminuíssem os custos de operação e facilitassem a aprendizagem da comunidade sobre inovação e sustentabilidade.
O local escolhido para a implantação, foi Jaureguiberry, uma região costeira de Canelones. Dos 500 habitantes existente na comunidade, uma boa porcentagem é de crianças com idade escolar.
A escola, foi construída em apenas sete semanas, com a ajuda de vizinhos e 200 colaboradores, do Uruguai e de toda parte do mundo, onde se uniram para a construção, e aprendizado com Michael Reynolds.
A obra foi além da reutilização de materiais, desde o início de sua construção, no final de 2014, crianças, pais, professores e vizinhos foram envolvidos, para compreender o que compõe uma escola autossustentável.
O porquê, e como o processo de construção, como a seleção de resíduos, foi objeto de apresentações, oficinas e outras instâncias de intercâmbio com a comunidade, tornando uma oportunidade única para a participação dos envolvidos.
Graças as paredes térmicas feitas com os resíduos, a escola não possui ar condicionado, no entanto não está conectada à rede elétrica, pois possui baterias que armazenam energia obtida de placas solar fotovoltaica e de moinhos de vento.
A água da chuva é recolhida pelas calhas e direcionada à uma cisterna, com filtro, que armazena 33 mil litros, posteriormente utilizada nos vasos sanitários e rega de horta, que também recebe água cinza, depois de tratada.
A água negra possui tratamento natural, utilizando poços com pneus de caminhão.
Imagens: Una Escuela Sustentable
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