Conforto e eficiência energética são compatíveis?
Todos já estão sentindo no bolso os efeitos da crise energética que o Brasil está enfrentando, com os aumentos em série das tarifas de energia elétrica nos últimos meses.
As empresas estão respondendo com um interesse crescente em eficiência energética, contratando consultorias e treinamentos para ajudá-las a encontrar estratégias para reduzir o seu consumo, mas quais esforços devem ser feitos na busca pela economia? Vale reduzir o ar condicionado ou apagar uma parte da iluminação? Como isso afetará o conforto das pessoas?
Ao aplicar medidas de eficiência energética, a redução no consumo não deve comprometer a qualidade dos serviços oferecidos pelo edifício aos seus ocupantes.
Há índices mínimos de conforto térmico e visual que devem ser respeitados por legislação. Além disso, o bem-estar das pessoas na sua área de trabalho influi diretamente no seu grau de produtividade, e é também uma ferramenta valiosa para manter bons funcionários.
Considerando também que a folha salarial compõe mais de 80% dos custos operacionais de um edifício comercial típico, é importante que os usuários do prédio estejam satisfeitos.
Avaliar a satisfação dos usuários de um edifício não é tarefa fácil, já que os parâmetros são muito subjetivos e complexos.
Por isso, após décadas de estudos, foi desenvolvida uma metodologia no Reino Unido conhecida como BUS (Building Use Studies), que transforma a percepção dos ocupantes em resultados quantitativos, permitindo uma avaliação objetiva dos prédios e a recomendação de melhorias.
O BUS fornece aos diretores de empresas e gestores prediais as ferramentas para tomar decisões que melhorem o conforto de seus funcionários ao mesmo tempo em que aumentem o seu rendimento, com base em informações concretas.
Após ter sido adotado oficialmente pelo Governo do Reino Unido para a avaliação dos prédios ingleses, o BUS se espalhou por todos os continentes, tendo sido usado para a avaliação de mais de 800 edifícios em todo o mundo.
A metodologia já está presente no Brasil, e pode ser aplicada como ferramenta para avaliar e melhorar os edifícios nacionais, com foco na produtividade e nas pessoas
Matéria enviada por: Alexandre Schinazi da MITSIDI (parceira oficial do BUS)
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