Conforto e eficiência energética são compatíveis?

15/02/2016 por Redação SustentArqui

Todos já estão sentindo no bolso os efeitos da crise energética que o Brasil está enfrentando, com os aumentos em série das tarifas de energia elétrica nos últimos meses.

As empresas estão respondendo com um interesse crescente em eficiência energética, contratando consultorias e treinamentos para ajudá-las a encontrar estratégias para reduzir o seu consumo, mas quais esforços devem ser feitos na busca pela economia? Vale reduzir o ar condicionado ou apagar uma parte da iluminação? Como isso afetará o conforto das pessoas?

Ao aplicar medidas de eficiência energética, a redução no consumo não deve comprometer a qualidade dos serviços oferecidos pelo edifício aos seus ocupantes.

Há índices mínimos de conforto térmico e visual que devem ser respeitados por legislação. Além disso, o bem-estar das pessoas na sua área de trabalho influi diretamente no seu grau de produtividade, e é também uma ferramenta valiosa para manter bons funcionários.

Considerando também que a folha salarial compõe mais de 80% dos custos operacionais de um edifício comercial típico, é importante que os usuários do prédio estejam satisfeitos.

Avaliar a satisfação dos usuários de um edifício não é tarefa fácil, já que os parâmetros são muito subjetivos e complexos.

Por isso, após décadas de estudos, foi desenvolvida uma metodologia no Reino Unido conhecida como BUS (Building Use Studies), que transforma a percepção dos ocupantes em resultados quantitativos, permitindo uma avaliação objetiva dos prédios e a recomendação de melhorias.

Conforto e eficiência energética - BUS-Graphs
Figura 1 – O BUS gera resultados gráficos objetivos para diversos aspectos de conforto numa escala de 1 a 7, criando índices gerais para o prédio e também exibindo detalhes sobre as respostas dos ocupantes.

O BUS fornece aos diretores de empresas e gestores prediais as ferramentas para tomar decisões que melhorem o conforto de seus funcionários ao mesmo tempo em que aumentem o seu rendimento, com base em informações concretas.

Após ter sido adotado oficialmente pelo Governo do Reino Unido para a avaliação dos prédios ingleses, o BUS se espalhou por todos os continentes, tendo sido usado para a avaliação de mais de 800 edifícios em todo o mundo. 

A metodologia já está presente no Brasil, e pode ser aplicada como ferramenta para avaliar e melhorar os edifícios nacionais, com foco na produtividade e nas pessoas

Matéria enviada por: Alexandre Schinazi da MITSIDI (parceira oficial do BUS)

 


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