Projeto Cidade dos Sonhos faz campanha para incluir medidas sustentáveis no Programa de Metas das prefeituras

Projeto Cidade dos Sonhos apoia instituições da sociedade para participar do Programa de Metas 2017-2020 das prefeituras de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Para a cidade de São Paulo foi criada a plataforma #MetasDeSP  (www.metasdesp.minhasampa.org.br) que facilita o envio de propostas para o Programa de Metas 2017-2020. Os  paulistanos podem apoiar as medidas sustentáveis sugeridas até dia 30 de abril, para que sejam incorporadas no Programa de Metas 2017-2020 da cidade de São Paulo.

Implantação de 260 quilômetros de faixas e corredores de ônibus, com 100% de combustíveis limpos. Oferta de coleta seletiva em 100% das residências, instalação de painéis de energia solar em 70% das 1.500 escolas municipais e criação de 47 novos parques. São exemplo de metas sugeridas pela plataforma.

A plataforma é resultado do trabalho do projeto Cidade dos Sonhos, uma iniciativa da Purpose que conta com a colaboração de diversas organizações da sociedade civil. Coletivamente, grupos temáticos revisaram as propostas da primeira versão do Programa de Metas relacionadas a Áreas Verdes, Energia Limpa, Gestão de Resíduos e Mobilidade. Esta análise gerou quatro documentos com sugestões que serão entregues à Prefeitura no final do período de consulta pública (disponíveis em http://bit.ly/rev_metas).

projeto cidade dos sonhos metas sp 2017

 

No #MetasDeSP, qualquer pessoa pode apoiar essas sugestões por meio de um formulário simples, fornecendo apenas nome e e-mail. As mensagens são enviadas diretamente ao prefeito João Doria e ao secretário de gestão Paulo Uebel solicitando a inclusão das propostas no Programa de Metas. A versão final desse documento deve ser divulgada pela Prefeitura apenas em junho.

Divulgado pela atual gestão da Prefeitura de São Paulo no final de março, o Programa de Metas está aberto para consulta pública durante o mês de abril. Segundo a Lei Orgânica do Município, o documento deve estabelecer um conjunto de ações estratégicas com indicadores e metas quantitativas com as quais o atual prefeito João Doria se comprometerá a cumprir nos quatro anos de sua gestão, priorizando as atividades em todos os setores da administração pública municipal e também em cada região da cidade.

 

Campanha nas ruas e nas redes sociais

Para incentivar a participação, uma campanha de redes sociais está sendo divulgada com as principais propostas da revisão, sempre com a hashtag #MetasDeSP. Também está sendo realizada uma série de 12 atividades presenciais em todas as regiões da cidade até o final do mês. “Nosso objetivo é que a população tenha uma maneira mais fácil e lúdica de participação e se engaje nos vários pontos discutidos para a melhoria da cidade, já que as formas de participação oferecidas pela Prefeitura estão sendo pouco divulgadas e foram prejudicadas por um calendário de apenas 4 dias de audiências públicas”, explica Gabriela Vuolo.

O projeto Cidade dos Sonhos vem debatendo os temas de mobilidade, gestão de resíduos, energia limpa e áreas verdes com organizações da sociedade civil desde as eleições municipais de 2016.

Em março deste ano, foram protocoladas propostas sobre cada um dos temas nas respectivas Secretarias Municipais. No começo do mês de abril, o grupo fez a análise da primeira versão do Programa de Metas apresentado pela Prefeitura e divulgou as propostas de revisão e inclusão de metas e linhas de ação.

 

Sobre o Projeto Cidade dos Sonhos e a Purpose

O projeto Cidade dos Sonhos – www.cidadedossonhos.org – é uma iniciativa da Purpose com o apoio de mais de 50 instituições da sociedade civil. A Purpose constrói movimentos que usam o poder de participação para mudar o mundo. Usamos a tecnologia para capacitar e inspirar as pessoas a tomar ações coletivas, tanto online quanto nas ruas. O trabalho da Purpose já envolveu milhões de pessoas, catalisando ações políticas, práticas empresariais e permitindo que indivíduos reivindiquem seu poder como cidadão, consumidor, corporativo e influenciador cultural.

Facebook: www.facebook.com/cidadesdossonhos
Twitter e Instagram: @sonhesuacidade

10 designers sustentáveis brasileiros

Conheça alguns designers sustentáveis brasileiros contemporâneos que tem a preocupação ambiental como base do seu trabalho.

10 designers sustentáveis no Brasil:

1- HUGO FRANÇA

O gaúcho buscou seu refúgio junto da natureza na Bahia. Foi lá que que despertou a sua consciência sobre os desperdícios da extração e uso da madeira e começou a desenvolver seu trabalho, produzindo peças de design a partir de resíduos florestais.

Hoje o designer se divide entre as suas oficinas de Trancoso (BA) e Louveira (SP), onde são produzidas as suas peças. Sempre pautado na preocupação com o desperdício da madeira, sobretudo das espécies descartadas pela movelaria tradicional, acreditando na possibilidade de reaproveitamento total deste material tão nobre.

DESIGNERS BRASILEIROS SUSTENTÁVEIS - Hugo Franca
Fotos: Divulgação Hugo Franca



2- TATI GUIMARÃES

Desde criança ela gostava de dar uma nova utilidade a objetos descartados, por isso estudou Design de Produto na PUC-RJ e depois seguiu para a Espanha para se especializar e trabalhar.

Sua filosofia é buscar soluções inovadoras em cada criação, com respeito ao meio ambiente, seguindo os princípios do ecodesign: reduzir, reutilizar e reciclar.

projetos de Ecodesign
Foto: Divulgação Ciclus

Uma de suas peças, o porta prato feito de rolhas Bakus, foi escolhida pelo MoMA, Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, e está sendo distribuída com exclusividade pela loja do museu.

3 – CARLOS MOTTA 

É uma estrela de primeira grandeza do design nacional, várias vezes premiado. A honestidade está presente na qualidade de elaboração do móvel, feito para durar muito, usando principalmente madeiras maciças como amendoim, mogno, cedro e cabriúva.

Arquiteto de formação, Carlos Motta preserva as características de ateliê de seu trabalho, pronto para projetar qualquer coisa que o cliente queira em madeira. Mas há vários criou produtos em linha, como mesas, camas, aparadores, escrivaninhas, armários, objetos e principalmente cadeiras, sua paixão declarada – já desenhou cerca de 25 modelos diferentes. Imune à pretensão do vanguardismo, Motta faz móveis belos de ver e confortáveis de usar, e permanece evoluindo dentro de um caminho próprio.

Na foto, Cadeira Rio, utilizou Eucalipto certificado FSC com óleo de laranja orgânico

Design Brasileiro sustentável
Cadeira Rio – Foto: Divulgação Carlos Motta

4 – DOMINGOS TÓTORA

O mineiro Domingos Tótora é um dos designers sustentáveis brasileiros mais aclamados. Nascido e criado em Maria da Fé, cidade situada na Serra da Mantiqueira, sul de Minas Gerais, cursou Artes Plásticas na FAAP e ECA-USP em São Paulo. De volta à sua terra após os estudos, elege o papel reciclado como matéria prima para o seu trabalho, que transita entre a arte e o design.

Suas peças de extrema beleza incluem bancos, mesas, vasos, fruteiras, centros de mesa e peças de mobiliário que se reportam às cores da natureza, como cascas de árvore, pedras e terra. Na textura seus objetos trazem os efeitos de luz e sombra do sol com a mesma intensidade que a luz solar percorre os vales.

Os pilotos são desenvolvidos num processo simultâneo onde concepção e execução andam juntas e se complementam em todos os níveis, da matéria prima aos aspectos econômicos e sociais.

O processo é 100% manual e tem a certificação do Instituto de Qualidade Sustentável.

Design Brasileiro Sustentável
Mesa Água – Foto: Divulgação Domingos Tótora

 

5 – RODRIGO ALMEIDA

O ecodesigner natural do interior de São Paulo é especialista em criar móveis com apelo global e criatividade brasileira.

O trabalho de Rodrigo tem materiais em contextos incomuns ao mobiliário; brincadeiras com texturas, que até poderiam ser consideradas irregularidades, mas que ganham novos significados para se tornarem informação de design. E o resultado são peças únicas e totalmente não óbvias.

Inspirado na cultura africana no Brasil, o designer Rodrigo Almeida escolheu as cores das cordas, feitas de garrafas pet recicladas, entrelaçadas na cadeira África, na foto abaixo. A base é do mesmo material.

Design Brasileiro sustentável
Cadeira África – Foto: Divulgação Rodrigo Almeida

 

6 – BRUNO JAHARA 

Nascido no Rio de Janeiro, Brasil, mas estética e tecnicamente treinado na Europa, Brunno criou sua consultoria em design, o Jahara Studio, em São Paulo, com foco na criação e na produção de objetos e móveis.

No lugar certo e na hora certa, moldado por suas experiências na Europa, Brunno começou sua própria atividade em São Paulo, abordando temas como sustentabilidade e reciclagem de material industrial, e ao mesmo tempo transitando por outras areas criativas como o design gráfico, instalações, design de interiores e jóias. Global, mas sempre localmente inspirado, o trabalho de Jahara representa a sua formação diversa na Europa e no Brasil, trazendo uma nova leitura das diferentes culturas e sociedades em que viveu.

Design Brasileiro Sustentável
Linha Batucada – Foto: Divulgação Brunho Jahara

Linha Batucada (foto) – São vasos e luminárias feitas de alumínio reciclado, que tiveram um processo de acabamento também sustentável, pintadas por meio de uma técnica de coloração que dispensa substâncias tóxicas.

7 – SÉRGIO MATOS

Natural de Paranatinga, Nordeste do Brasil, o designer Sérgio J. Matos mora há mais de dez anos em Campina Grande (PB), cidade que adotou desde o início do curso de Desenho Industrial.

Pelo fato de ter nascido em uma região próxima à reserva indígena do Xingu, cercado pela sua cultura e pela grande diversidade da floresta, Sérgio aprendeu a conhecer e a trabalhar materiais naturais.

designers sustentáveis Brasileiro
Puff Carambola – Foto: Divulgação Sergio Matos

Seu trabalho tem uma relação muito estreita com a cultura brasileira, peculiaridade fácil de identificar nas cores e nos materiais utilizados na produção de seus produtos. Os conceitos das suas peças vêm das lembranças de sua infância no interior do Brasil; dos móveis, dos objetos e dos detalhes da linguagem vernacular que passaram diante de seus olhos.

8- MARCELO ROSENBAUM

Marcelo Rosenbaum nasceu em Santo André em 1968. Com mais de 20 anos de atuação como designer, está à frente da Rosenbaum, escritório de design, arquitetura e inovação que gera valores a partir de ideias originais, inserindo a identidade cultural brasileira em tudo o que faz.

Seu trabalho alia a preocupação ambiental com o fator humano. Desde 2014 o A Gente Transforma faz parte da rede Yunus Social Business. O projeto tem um plano de atuação para 5 regiões do Brasil para ser implementado através do Instituto A Gente Transforma e da Rosenbaum®.

designers sustentáveis - marcelo rosenbaum
Cadeira Conexão feita de carcaças de CPU’s descartados- Coleção Rosenbaum e o fetiche para a Oppa (Foto Divulgação)

9 – PEDRO PETRY

Pedro Petry nasceu em Joinville, mas atualmente está baseado no interior paulista, em Itu. Há mais de 30 anos no mercado, é referência em sustentabilidade na produção de móveis e objetos, e conhecido por ser um dos precursores na reutilização de madeira.

Em seu trabalho utiliza madeiras descartadas, resíduos e espécies alternativas, para diminuir o consumo das mais utilizada, com o objetivo de reduzir o desequilíbrio ecológico e a extinção de espécies.

Tem como parceira desde 2008 a empresa Orsa Florestal, produtora de madeira tropical certificada pelo FSC (Forest Stewardship Council).

designers sustentáveis - pedro petry
Fotos: Divulgação

10- ETEL CARMONA

Etel é designer autodidata e começou sua trajetória profissional na década de 80, restaurando peças de época em seu sítio no interior de São Paulo. Resgatou as técnicas clássicas da marcenaria tradicional para assim deixar à vista a beleza dos encaixes, dos malhetes.

Em 1988 fundou a ETEL, e desde 1999 está envolvida em projetos sustentáveis com madeira de manejo florestal na região amazônica e também com a capacitação profissional dos povos da floresta. Em 2001 sua empresa foi uma das primeiras moveleiras do Brasil a conquistar a certificação do FSC.

Em 2002 fundou a AVER Amazônia. Instalada na cidade de Xapuri, no Acre, onde confecciona peças em madeira e outros produtos da floresta com o selo verde do FSC. A partir do seu envolvimento com a região, se deu a primeira floresta comunitária certificada do Brasil.

designers brasileiros sustentáveis - etel carmona
Aparador Cacos: um quebra-cabeça formado a partir de pequenos pedaços de reaproveitamento de madeiras. (Foto: Divulgação)

Essa foi apenas uma pequena seleção de alguns designers sustentáveis brasileiros, mas existem muitos outros profissionais fazendo trabalhos bem interessantes. Conhece algum? Deixe seu comentário.

Ilhas de Calor: O que são e quais estratégias para diminuir seus efeitos

O efeito das ilhas de calor urbanas são altamente prejudiciais ao meio ambiente e a nossa saúde.

O que são Ilhas de Calor urbanas?

Ilha de calor (ou ICU, ilha de calor urbana) é um fenômeno climático característico de centros urbanos, onde a temperatura destes locais fica mais elevada do que em outras regiões mais afastadas.

É o nome atribuído à distribuição espacial e temporal do campo de temperatura mais elevada sobre as áreas urbanizadas, definindo uma distribuição de isotermas que se parecem as curvas de nível da topografia de uma ilha.

Causas das Ilhas de Calor:

  • Impermeabilização da superfície do solo (ex: concreto e asfalto)
  • Diminuição da área verde,
  • Alta densidade de construções
  • Diminuição da velocidade média do vento, devido ao aumento da rugosidade urbana
  • O efeito “cânion urbano
  • Emissões de calor associadas à queima de combustíveis fósseis (ex: veículos) e uso de ar condicionado,
  • Poluição atmosférica (diminui a umidade relativa do ar, dando a sensação de mais calor).

Consequências:

  • Contribui com o aquecimento global,
  • Temperatura mais alta,
  • Aumento da precipitação convectiva sobre a área urbana,
  • Maior presença de gases tóxicos,
  • Maior probabilidade de problemas respiratórios que afetam a saúde da população.

Estratégias de projeto para diminuir o efeito das Ilhas de Calor:

Plantio de árvores (de preferência nativas), criação de novos parques e preservação das áreas verdes.

plantio de árvores contra os efeitos das ilhas de calor
As árvores fornecem sombra, que reduzem o calor, e a necessidade de refrigeração dos ambientes, diminuindo, também a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera. Além disso, realizam um processo de evapotranspiração, liberando vapor de água, o que ajuda a refrescar naturalmente. E são excelentes purificadoras de ar, contribuindo para o combate à poluição. – Foto: Pire/Pref.Olinda

– Implementação de telhado verdes (veja as vantagens)

telhados verdes
Telhados verdes absorvem o calor, ajudam a limpar o ar e a diminuir a necessidade de ar condicionado. – Foto: Telhado Verde em Chicago – http://aasid.parsons.edu/

– Uso de materiais com alto índice de refletância solar – SRI (Solar Reflectance Index) >29

telhado branco como combate as ilhas de calor
A utilização de materiais com alta refletância é mais eficaz em coberturas,mas esta estratégia também pode ser aplicada em fachadas. Exemplo Telhado Branco com alto SRI

– Aumentar a área permeável do solo

piso permeável
Pavimentos drenantes favorecem a permeabilidade do solo

– Jardins Verticais (veja as vantagens)

Jardim Vertical como estratégia para diminuir os efeitos das ilhas de calor
Nos centros urbanos existem poucas áreas disponíveis para plantio de vegetação, usar os espaços verticais para adicionar mais verde é uma boa estratégia. O processo de transpiração e fotossíntese das plantas absorve o calor e a poluição e libera oxigênio. – Foto: Jardim vertical em loja de varejo na Inglaterra -crédito: Juliana Rangel

– Instalação de lagos e espelhos d’água

espelho d´água contra os efeitos das ilhas de calor
A evaporação da água umedece o ambiente e diminui a sensação de calor. Foto: SESC Pompéia – Por Paulisson Miura

– Favorecimento da  ventilação natural

ilhas de calor ventilacao
A ventilação natural pode resfriar os edifícios tirando partido da diferença existente entre temperaturas do interior e do exterior e contribui para a diminuição do uso de ar condicionado.

O planejamento urbano e arquitetônico adequado é sem dúvida a melhor estratégia para combater os efeitos das ilhas de calor.

Cidades planejadas com mais áreas verdes, incentivo ao uso de transportes que não poluam o ar, entre outras estratégias de urbanismo sustentável, assim como edificações verdes, favorecem o meio ambiente e a qualidade de vida da população dos grandes centros urbanos.

Por que fazer sua decoração de Natal é mais sustentável?

como fazer sua decoração de Natal sustentavel

Por que fazer sua decoração de Natal é mais sustentável?

Já parou para pensar de quê são feitos os enfeites natalinos que encontramos por aí, e de onde eles vêm? Grande parte desse material é feito de plástico e vem da China, mais especificamente de uma cidade chamada Yiwu.

Estima-se que mais de 60% dos enfeites natalinos do mundo são fabricados na China e a maioria dessa produção é vendida exatamente em Yiwu, batizada de “cidade chinesa do Natal”, que abriga aproximadamente 600 fábricas e um shopping center de atacados, o International Trade Market, que é a vitrine de toda a produção de “bugigangas natalinas”.

Um dos grande problemas é que a maioria das pessoas que trabalham nestas fábricas são operários migrantes, que trabalham 12 horas por dia, por um salário que equivale a algo ente 900 e 1300 reais por mês.

Além disso, são expostos a condições de trabalho insalubres, há pó de tinta (provavelmente tóxica) por todas as partes, e os funcionários têm que fazer um esforço enorme para não respirá-lo.

como fazer sua decoração de Natal sustentável
Foto: China Daily/Reuters

Somado ao problema social da falta de condição de trabalho nas fábricas, todos esses enfeites, são importados de muito longe, o que não é nada sustentável.

Outra razão para fazer sua decoração de Natal é que você pode reutilizar materiais que seriam descartados em lixões e transformá-los em lindos objetos. Fica mais econômico, é socialmente mais justo e ecologicamente mais correto!

Em vez de comprar objetos “made in china”, junte a sua família e use a criatividade! Veja algumas dicas aqui.

dicas de como fazer sua decoração de Natal

Fontes: BBC, Outras Palavras



Acordo do Clima de Paris entra oficialmente em vigor hoje

Acordo do Clima de Paris entra oficialmente em vigor hoje (04/11/2016), quase um ano depois da sua aprovação por representantes de 195 países, na COP 21.

O acordo do clima de Paris assinado em dezembro de 2015, marcou a primeira vez que os governos determinaram limites juridicamente para frear o aumentos da temperatura global, e é fruto de mais de duas décadas de negociações internacionais sobre o combate às mudanças climáticas.

O acordo que irá substituir o Protocolo de Kioto em 2020, tem como objetivo manter o aumento da temperatura média mundial abaixo de 2°C, mas pretende limitar o aumento de temperatura a 1,5°C, em relação aos níveis pré-industriais, o que os cientistas consideram como o limite da segurança, para que a mudança climática não tenha consequências catastróficas e irreversíveis.

Veja também: A COP21 e as construções sustentáveis

A entrada em vigor ocorre após a meta de 55% dos países responsáveis pelas emissões mundiais de gases com efeito de estufa, terem ratificado o acordo, noventa e sete países já fizeram, o Brasil ratificou em setembro.

O feito também ocorre às vésperas da 22ª Conferência da ONU que acontecerá em Marrakesh  a partir da semana que vem. A COP22 deve ser uma conferência de ação e implementação, onde devem ser discutidos temas que vão desde a definição das regras de transparência ao aumento da ajuda financeira aos países em desenvolvimento, e a apresentação das metas de cada país para 2050.

Apesar de ser uma conquista histórica, talvez o acordo do clima não seja suficiente. Segundo um estudo da ONU, onde foram analisadas todas as propostas apresentadas pelos países, mesmo se todos cumprirem suas metas, ainda teremos um aquecimento global de 3ºC até o final do século.

Os cientistas avisam que se não tomarmos drásticas atitudes, o mundo ficará quatro graus mais quente, ou três graus, se os países cumprirem suas metas. Um relatório da ONU relembrou que o Acordo de Paris já vem atrasado e que é urgente agir rapidamente para evitar os impactos mais catastróficos das alterações climáticas.
acordo do clima de paris

O grande desafio está na desistência rápida da queima de carvão, petróleo e gás, e no maior investimento em tecnologias verdes e em eficiência energética. Com maior ambição, os objetivos climáticos acordados ainda podem ser alcançados, segundo especialistas.

Todo mundo tem que fazer a sua parte. Como é sabido, o mercado da construção civil é um dos grandes responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa. Na COP 21, foi postado um texto no site da UNFCCC, com o compromisso de uma “transformação global do mercado” e foi lançado o compromisso de ajudar os países a cumprirem os seus INDCs através da construção sustentável.



15 conceitos da construção sustentável

Antes de falarmos sobre os conceitos da construção sustentável, vamos a definição do termo:

O que é a construção sustentável ?

A construção sustentável é um conjunto de boas práticas que deve estar presente em todas as fases do processo construtivo

Aspectos ambientais, sociais e econômicos devem ser considerados em todas as decisões, desde a escolha do terreno, a implantação adequada ao entorno, passando pela eficiente gestão do canteiro de obras, a geração de resíduos, a relação com os trabalhadores, a escolha dos materiais, como afetará seus usuários e por fim a sua manutenção e desmontagem.

O tema mais comentado sobre a construção sustentável é a eficiência energética e hídrica, para alcançá-la pode-se usar técnicas passivas e adicionar o uso de novas tecnologias que otimizam a edificação, como por exemplo o uso de painéis solares fotovoltaicos, sistemas de automação, entre outros. Mas também não se pode esquecer de  promover o desenvolvimento social e cultural, além da viabilidade econômica.

15 conceitos da construção sustentável:

1 – Integração da construção com o entorno;

2- Planejamento integrado da obra;

3- Canteiro de obra sustentável;

4. Aproveitamento passivo dos recursos naturais (ex: iluminação e ventilação natural) ;

5. Eficiência energética;

6. Gestão e economia da água;

7-Gestão dos resíduos na edificação;

8. Qualidade do ar do ambiente interior;

9. Conforto termo-acústico;

10- Uso racional dos materiais e tecnologias de menor impacto ambiental; (veja como escolher um material sustentável)

11- Qualidade e durabilidade do processo construtivo;

12. Saúde e bem-estar dos ocupantes;

13. Responsabilidade Social;

14. Manutenção;

15. Desmontagem; como a construção se comporta no final do seu ciclo de vida.

 Veja alguns exemplos de edificações que utilizaram alguns conceitos da construção sustentável

conceitos da construção sustentável
Bullitt Center – Seattle * Ed. 25 Verde – Turim, Itália * Ed Intesa Sanpaolo -Turim, Itália

Segundo o CBCS, o setor da construção civil consome 75% dos recursos naturais, 20% da água nas cidades ( parte da mesma é desperdiçada), e gera 80 milhões de toneladas/ano de resíduos, sendo um dos principais responsáveis pelos impactos ambientais. Além disso é um dos setores que mais empregam no país e afeta diretamente todos nós, a maior parte do nosso tempo estamos em espaços construídos.

Por isso é fundamental que arquitetos, engenheiros e todos os profissionais envolvidos no processo construtivo conheçam e apliquem os conceitos da construção sustentável.

Veja os principais selos que certificam construções sustentáveis.

 

Caderno temático “Micro e Minigeração Distribuída” – ANEEL

A segunda edição do caderno temático “Micro e Minigeração Distribuída” está disponível no portal da ANEEL, elaborado numa parceria entre a SCR e a SRD.

O sistema de micro e minigeração regulamentado pela Resolução Normativa nº 482/2012,permite que o consumidor gere energia elétrica, para consumo próprio, a partir de pequenos geradores de fontes renováveis (como eólica ou solar) ou mesmo combustíveis fósseis.

Após a aprovação das alterações na Resolução, que entre as principais mudanças foi a possibilidade de instalação de geração distribuída em condomínios, e o Lançamento do Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD), houve um rápido crescimento nos projetos de residências microgeradoras de energia renovável .

Relacionado:Telhados serão protagonistas da energia solar no Brasil 

Os Cadernos Temáticos ANEEL são publicações de natureza técnica que buscam traduzir em linguagem mais acessível à população temas tratados pela Agência.

ANEEL caderno-temático-Micro-e-Minigeração-Distribuída
imagem: Divulgação

Baixe aqui o Caderno tematico Micro e Minigeração Distribuida – 2 edição

Fonte: Aneel

Entrevista com o bioarquiteto Michel Habib Ghattas

Michel Habib Ghattas é formado pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e estudou bioarquitetura no Instituto TIBÁ, fundado pelo autor do famoso livro Manual do Arquiteto descalço. Foi lá que o arquiteto teve certeza que a bioconstrução seria o caminho a seguir.

Michel atua profissionalmente na área da bioarquitetura e ecologia como transferidor do conhecimento teórico e prático em cursos, workshops e palestras para estudantes, profissionais e simpatizantes da construção civil, difundindo técnicas construtivas com materiais naturais e sistemas de baixo impacto ambiental. Atualmente desenvolve projetos e atividades em parceria com universidades, institutos e empresas.

Conversamos com Michel Habib Ghattas sobre suas experiências em construções ecológicas. Veja a seguir:

– Você se formou numa tradicional faculdade de arquitetura de São Paulo, a FAAP, em que momento despertou interesse pela bioarquitetura?

No ultimo ano da faculdade, quando o trabalho final de graduação virou o ponto alto do curso, eu estava interessado em sistemas construtivos e tecnológicos visando a eficiência energética e comecei a me aprofundar em temas como energia fotovoltaica e tratamento de esgoto para reuso das águas, onde o tema sustentabilidade estava sendo exaustivamente disseminado, porém o meu contato com a bioarquitetura e ecologia iniciou após a conclusão da faculdade quando me inscrevi no “programa de aprendiz” do TIBÁ (Tecnologia Intuitiva e Bio Arquitetura) onde passei um mês vivendo a rotina de uma propriedade rural e aprendendo arquitetura vernacular na prática. Após essa experiência encontrei a bioarquitetura como uma vertente a se seguir.



– Para você, qual a principal vantagem da bioarquitetura?

As vantagens são inúmeras e atuam na economia, conforto e saúde dos usuários e do planeta. Atualmente entendemos ser um projeto de bioarquitetura quando ele responde a três grandes premissas: o uso do conceito e de sistemas construtivos ecologicamente corretos, culturalmente ricos e com atitudes socialmente justas.

É difícil eleger a principal vantagem, acredito que o maior ganho seja mesmo ambiental.

Uma casa deve atender a um sistema construtivo que utilize materiais naturais e/ou materiais industrializados, levando em consideração o impacto ambiental gerado em todo o seu ciclo de vida, da extração ao descarte.

Essa “casa ecológicamente correta” é responsável por seu impacto e deverá, ao longo de sua existência, promover a valorização do entorno, além de ser responsável pela geração de sua energia, tratamento de suas águas, lixos além da qualidade do bem viver de seus usuários.

A bioconstrução atua de forma multidisciplinar, agregando o conhecimento empírico popular aos recursos tecnológicos encontrados nas áreas correlatas (Agronomia, Arquitetura, Biologia, Design, Ecologia, Engenharias e Geologia) com grande potencial em sua viabilidade, aplicação e expansão.

Relacionado: Conheça o Projeto Responsável da casa de Michel Habib Ghattas

 

– Qual a maior dificuldade que você enxerga para a maior disseminação desta prática nos dias de hoje? Sendo uma prática milenar, porque não é ensinada nas universidades de arquitetura?

Os desafios de se trabalhar com esse conceito, são basicamente ignorância cultural, econômica e política. Acredito que o Brasil tenha muito potencial na bioarquitetura, principalmente por estar apto a atender tais, com cultura histórica favorável, abundância de recursos e mão de obra disponível a ser capacitada.

Imagino que esse conceito não é ensinado nas universidades pela falta de interesse e conhecimento dos professores que muitas vezes não valorizam ou desconhecem suas técnicas por não fazer parte de sua realidade profissional.

Os cursos relacionados com a bioarquitetura são oferecidos em universidades no Brasil e exterior como cursos de pós-graduação e com o aumento da demanda novos projetos de mestrado e doutorado têm sido desenvolvido com tal conceito. Nas universidades o papel seria investigar técnicas para a melhoria dos materiais e sistemas construtivos já desenvolvidos de forma artesanal e empírica no passado.

– Você acredita que a bioconstrução poderia ser uma boa alternativa para o déficit habitacional, onde as pessoas poderiam construir suas próprias casas com materiais regionais? Existe algum tipo de incentivo governamental a esta prática? Na legislação, por exemplo, a técnica é regulamentada para construções de moradias tipo Minha Casa Minha Vida?

Com o avanço da tecnologia e o aumento da demanda, o sistema construtivo atual e a utilização dos recursos naturais cresceram de forma desordenada e compulsória. O sistema construtivo praticado hoje se mostra insustentável e incapaz de sanar o atual déficit habitacional. À medida que as pessoas se empoderam das técnicas de bioconstrução naturalmente ela seria replicada pela comunidade, como reflexo do que acorre hoje nos centros urbanos com o sistema construtivo atual.

O incentivo governamental é precário desde a conservação do patrimônio histórico até a disseminação das técnicas e principalmente sobre a educação popular com o intuito de desmistificar os preconceitos em relação as técnicas ecológicas.

Por um lado grandes empresas investem em pesquisa e produção das técnicas altamente lucrativas, independente do impacto causado ao meio ambiente, que vão contra o movimento de pequenas organizações de pesquisa sobre técnicas que utilizem os materiais naturais em seus sistemas construtivos.

Como membro da Rede TerraBrasil, tenho acompanhado o esforço dos profissionais focados na pesquisa, regulamentação e aplicação das técnicas de construção com terra que pela pluralidade dos materiais e suas características regionais é difícil adotar padrões e normas para tais produtos. Como alternativa estão sendo criadas normas de desempenho para que os mesmo possam ser regulamentados e então enquadrados como opção para instituições financeiras e governamentais.

Acredito que o programa Minha Casa Minha Vida seria um forte candidato a adotar esse tipo de construção com a vantagem de poder incluir a comunidade como mão de obra ativa para valorização do bem construído. Apesar de pessoalmente achar as edificações propostas pelo programa insalubres e precárias, entendo que os modelos aplicados se apoiam em materiais e técnicas normalizadas.



– Você acha que existe preconceito em relação a qualidade das construções naturais?

Com certeza, assim como as agencias financiadoras e seguradoras condenam casas pré fabricadas de madeira que foram amplamente comercializadas no passado e seguem edificadas e em uso até hoje, as construções ecológicas seguem técnicas milenares de construção que devido ao uso de materiais naturais, muitas vezes bruto ou manufaturado de forma artesanal sofre do mesmo preconceito que somado ao marketing das grandes industrias se fortalece cada vez mais. Podemos observar isso desde a história dos “Três Porquinhos” onde a única moradia segura era a de tijolo.

Apesar do preconceito social sobre essas técnicas, no Brasil o mercado está favorável, com cada vez mais pessoas interessadas em cuidar do meio ambiente e que inspiram mais pessoas a acreditarem no potencial da bioarquitetura como uma tendência a ser aplicada para o bem de todos.

-Você construiu a sua própria casa ecológica. Qual foi o preço final do m2? Foi mais caro que uma construção tradicional?

Economicamente esse sistema construtivo se nivela com os sistemas atuais de construção, porém adota outra logística de distribuição de recursos, utilizando materiais locais econômicos que acabam revertendo os altos custos de transporte, logística e tributos em incentivo à valorização da mão de obra local e o crescimento sócio econômico regional.

Acredito que temos que analisar o custo de uma obra sob diversos aspectos. Na maioria das vezes, um sistema tecnológico aliado a ecologia está no mercado a custos elevados. Em contrapartida a ecologia combinada com o artesanato, feito por uma mão de obra capacitada, é alcançada muitas vezes com economia financeira. Em uma construção, grande parte do investimento se destina a fase dos acabamentos e em função da oscilação do mercado os custos são variáveis com materiais de mesma função e qualidade. Só como exemplo, o valor dos revestimentos pode variar de R$ 15,00 a R$ 300,00 por metro quadrado.

Outro fator que é pertinente à economia do empreendimento, porém equivalente entre os sistemas construtivos ecológicos ou atuais, é o projeto que a partir de seus desafios e inovações pode aumentar ambos os custos. O trabalho de um profissional especializado no projeto, que pense sobre toda a sua logística construtiva e de manutenção, pode fazer toda a diferença na economia final.

Em minha experiência profissional, uma casa de bioarquitetura, com equivalência na metragem e nos padrões de acabamento, tem o mesmo custo final. Porém cada sistema pode variar seu custo. Para elucidar com o sistema atual de construção, uma residência de mesmo tamanho de alto padrão e uma popular são edificadas com os mesmos materiais como cimento, cal, gesso, tijolos cerâmicos e de concreto, tubulações de PVC, entre outros. Diferente da mão de obra e dos materiais de acabamentos que oscilam seu custo em função de qualidade, segurança e responsabilidade profissional.

Para essa casa em questão o custo foi de R$ 1.800,00 R$/m² incluindo toda a parte de gerenciamento, mão de obra, materiais e serviços terceirizados.



– Falando como usuário, não como arquiteto, qual a maior vantagem de morar numa casa ecológica?

Como usuário dessa construção, posso observar vantagens técnicas como exemplo do conforto ambiental da construção, que propicia uma salubridade do ambiente construído em função da regularidade de temperatura e umidade interna, refletindo diretamente na questão energética e portanto econômica, dispensando sistemas e energia para climatização do ambiente.

Por outro lado, acredito que a maior vantagem é o prazer de habitar uma construção que dia a dia me encanta com seus detalhes, onde cada material utilizado tem sua história e procedência conhecida, tornando a construção única e relevante na vida do morador e sua cultura, além de servir como exemplo positivo para a disseminação do conceito da bioarquitetura.

 Michel Habib Ghattas
Foto: Reprodução Facebook Michel Habib

 

Dicas para reutilizar caixotes de feira na decoração

Os caixotes de feira de madeira servem para transportar frutas, legumes e hortaliças e são facilmente encontrados em feiras livres, mercados, sacolões e centros de abastecimentos. Antigamente era muito fácil encontrá-los gratuitamente, mas atualmente com a moda de reutilizar caixotes de feira na decoração, é comum achar feirantes vendendo o material, mas ainda assim, vale muito a pena.

Porque decorar com caixotes de feira é uma atitude sustentável?

Reaproveitar materiais e dar a eles uma nova utilidade é uma boa maneira de contribuir com o meio ambiente. Os caixotes de feira que são descartados pelos feirantes, podem virar lindos objetos, diminuindo os resíduos dos lixões e a necessidade de matéria-prima para a fabricação de novos objetos.

Cuidados ao reaproveitar caixotes de feira na decoração:

– ANTES DE LEVAR PARA CASA: Recomendamos sempre limpar bem o material antes de levar para casa. Como são feitos de madeira de baixa qualidade, são ambientes propícios ao desenvolvimento de fungos e bactérias, escolha somente os que estiverem bem secos e faça uma higienização antes de colocá-los no seu lar.

– CUIDADOS: As caixas de feira costumam ter muitas farpas, é preciso ter cuidado ao transportá-las. Para removê-las tem que lixar bem toda a superfície. Logo é necessário aplicar algum produto contra praga, fungos e bactérias, hoje felizmente já existem alguns ecologicamente corretos

– SEGURANÇA: Se for utilizar em algo que levará peso, como uma estante, é bom reforçar a estrutura com parafusos, mas tenha cuidado para não rachar pois a madeira é frágil. Neste caso, escolha os mais fortes, dizem que os caixotes mais resistentes são os de transporte de laranjas.

SE FOR PINTAR: Escolha tintas livres de COV, ou com baixos níveis destes. Entenda porque aqui.

Agora confira 10 dicas para reutilizar caixotes de feira na decoração:

 

1- Fruteiras com caixas de feira:

Quase voltando a sua função original, as caixas podem ser pintadas ou apenas envernizadas e virar um ótimo móvel para guardar frutas e legume.

fruteiras com caixotes de feira

 

2- Pufes com caixotes de feira:

Um caixote de feira com uma almofada em cima, simples e útil! Pode aproveitar como sapateira também.

caixotes de feira na decoração

 

3-Caixa de feira como mesa de cabeceira:

Apenas com uma caixa de feira e um pouco de criatividade é possível fazer uma bela mesa de cabeceira.

decoração com caixotes de feira

4- Estantes: e prateleiras com caixotes de feira:

Caixas de feiras empilhadas ou simplesmente fixadas na parede são ótimas para guardar livros e objetos de decoração.

caixotes de feira na decoração
prateleiras com caixotes de feira

 

5- Mesinhas de apoio feitas com caixas de feira:

caixotes de feira na decoração
caixotes de feira na decoração
Esse exemplo de mesa feita de caixa de feira é do blog Casa de Colorir, que ensina como fazer, passo a passo.

6- Como cachepô:

Um cachepô é uma espécie de elemento decorativo que envolve os vasos de flores, plantas e ervas, um caixote de feira pintado ou rústico cumpre perfeitamente esta função.

caixotes de feira na decoração

 

7- Caixotes de feira no banheiro

Por ser um ambiente úmido é preciso atenção redobrada. Mas tomando os cuidados que citamos acima, os caixotes podem ser ótimos para guardar toalhas e enfeitar o banheiro.

caixas de feira no banheiro montagem

 

8- Na cozinha:

Também é preciso atenção redobrada neste ambiente, mas bem cuidadas as caixas servem como armários bem úteis na cozinha.

caixas na cozinha montagem

9- Caixas de feira iluminadas:

Como luminárias ou nichos iluminados, as caixas podem ser o destaque da iluminação do ambiente.

caixotes de feira na decoração

10-Decoração com caixotes de feira em espaços comerciais:

Quem pensa que reutilizar caixotes de feira na decoração é só para casa? Tem várias lojas e restaurantes pelo mundo adotando esta prática sustentável!

caixotes de feira e lojas

Obs:Não encontramos a fonte original de todas as imagens, mas as referências estão nosso Pinterest.

Medidas sustentáveis dão o tom nesta casa em Goiânia

Nesta casa localizada em um condomínio residencial em Goiânia, foram adotadas diversas medidas sustentáveis, que vão desde o uso de energia solar até a confecção de mobiliário ecológico.

A arquiteta Luana Lousa de Almeida projetou a sua própria residência com a intenção de promover uma arquitetura viva, saudável e permacultural.

A estrutura é de concreto mas na vedação e nas paredes internas foram utilizadas a alvenaria de taipa e adobe (tijolos de terra crua que medem 20x20x40cm), que garantem um excelente isolamento térmico e acústico , além disso, segundo a arquiteta, o material é altamente biocompatível, ou seja, o corpo humano tem identidade com este material, já que temos componentes em comum.

Algumas medidas sustentáveis adotadas na casa:

– Gestão da água:

– Reciclagem de águas cinzas (chuveiros, pias e lavanderia)

– Canteiro bio-séptico, desenvolvido pelo IPEC, que limpa as águas negras antes de enviá-las à rede publica

Aproveitamento da água da chuva.( um reservatório com 250mil litros abastece as bacias sanitárias, a irrigação do telhado verde e torneiras de jardim)

– Também foram instalados mecanismos economizadores de água nas bacias sanitárias, torneiras e chuveiros de menor consumo.

– Energia Renovável:

– Aquecimento de águas (piscina e chuveiros)

– Usina solar com sistema fotovoltaico

Telhado verde e energia solar
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 – Paisagismo sustentável:

–  Paisagismo sustentável e comestível, irrigados por água de reuso. A maior parte do paisagismo é produtivo, além de pequena horta e temperos, têm: banana, cocô, acerola, pitanga, graviola, lichia, laranja, limão, mexerica, amora comum, branca e roxa, framboesa selvagem, maracujá, carambola, jabuticaba, figo, kiwi, pera, uva.

Telhado verde irrigado pelo sistema de aproveitamento da água da chuva.

telhado verde
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– Estratégias passivas:

– Foram privilegiados os sistemas passivos de iluminação e ventilação visando menor consumo de energia.

medidas sustentáveis: iluminação natural
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– Reaproveitamento de materiais:

– Paredes de pedra feitas com refugos de pedreira que eram descartados.

– Vários revestimentos são de madeira de demolição, adobitos de terra crua ou tijolos antigos de demolição.

medidas sustentáveis: bancada em adobe
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– Toda a madeira utilizada, exceto decks, é de demolição, portas, portais e praticamente todo o mobiliário foi feito in loco e com madeira de demolição. Foram feitos desde armários de closet, banheiros, cozinha, as camas, mesas e bancos.

medidas sustentáveis: MOBILIÁRIO COM MADEIRA DE DEMOLIÇÃO
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medidas sustentáveis: MOBILIÁRIO COM MADEIRA DE DEMOLIÇÃO
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– Grande parte das luminárias foram desenvolvidas com sobras de serralheria, pelo artista Plástico Gilvan Cabral.

luminárias com sobras de serralheria
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Imagens enviadas pela arquiteta Luana Lousa de Almeida do escritório Arquitetura Viva



A COP21 e as construções sustentáveis

Um grupo de políticos e líderes mundiais estarão envolvidos na “COP21” em Paris, entre os dias 30 de Novembro e 11 de Dezembro de 2015, o que deve ser uma das maiores reuniões internacionais da história.

O que é a COP21 e a CMP11?

A COP21 é a 21.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que é um tratado internacional da ONU aprovado em 1992, na Rio 92. Também conhecida como Conferência do Clima de Paris, reunirá os principais líderes mundiais com o objetivo principal de conseguir um novo acordo entre os países para a redução das emissão de gases de efeito estufa, mantendo o aquecimento global abaixo do limite de 2ºC.

A CMP11 é a 11.ª reunião das Partes do Protocolo de Kyoto, que será realizada concomitante com COP21, onde deverá ser discutido e negociado a renovação do Protocolo, numa negociação envolvendo decisões políticas e econômicas internas de cada governo , onde cada um terá que se comprometer em reduzir as emissões dos GEEs à atmosfera.

Entenda as questões principais da COP21 neste infográfico.

O que podemos esperar das negociações da COP21?

Espera-se que no final das negociações aconteça a assinatura do maior acordo climático do mundo. Deverão ser definidos os planos de cada país participante para a ação climática, nos INDCs – Contribuições Internacionais Nacionalmente Determinadas –  descrevendo como e quanto vão reduzir as suas emissões poluentes.

Também deverá ser estabelecido um pacote de financiamento dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento, que necessitam da cooperação internacional, para poderem seguir na direção de um futuro de baixo carbono.

Em que as construções sustentáveis podem ajudar na redução das mudanças climáticas?

Segundo a UNEP (United Nations Environment Programme), mais de 30% das emissões globais de gases de efeito estufa são relacionados aos edifícios, e essas emissões podem dobrar até 2050, se continuarmos assim. A rápida urbanização poderia acelerar ainda mais esses impactos.

O setor da construção oferece um dos caminhos mais rentáveis ​​e economicamente viável para reduzir a demanda de energia e as suas emissões associadas. Além do que, o setor é responsável por mais de 50% da riqueza mundial e é um dos maiores empregadores locais, oferecendo também um caminho para a redução da pobreza. Consequentemente os benefícios econômicos, ambientais e sociais dos edifícios sustentáveis ​​são muito significativos. 

Com foco nesses benefícios, este ano acontecerá no dia 3 de Dezembro, o primeiro dia dedicado ao setor da construção e suas contribuições para o combate às alterações climáticas em uma COP -o “Building Day” (Dia do Edifício) – que será liderado pela  UNEP, pelo WorldGBC e por outros parceiros.

Better Build Green - COP-21
Imagem: Divulgação

O World Green Building Council lançou a campanha Better Build Green‬ (Melhor Construir Verde) que incide sobre as negociações da COP21. A campanha visa mostrar ao mundo que os edifícios verdes oferecem uma das melhores maneiras de baixo custo para combater as alterações climáticas e destaca  o papel fundamental dos edifícios verdes na redução das emissões.

A campanha também também irá chamar a atenção para o“Building Day”  e apresentará o compromisso coletivo global do WorldGBC para a COP21, assim como os compromissos nacionais de cada Green Building Council membro do conselho da construção verde.

Esperamos que o resultado da conferência, apresente propostas concretas mais do que vagas promessas. Sabemos que mesmo que todos os países cumpram as suas INDCs ,ainda assim não será suficiente para limitar as alterações climáticas. Mas a reunião é de extrema relevância para trazer força ao tema e para chamar a atenção de todos governante e de todos os setores da sociedade.

Fontes: World Green Building Council, Greenpeace, EBC e Unep.



Edifício bioclimático projetado por Renzo Piano é LEED Platium

Edifício bioclimático na Itália, projetado pelo escritório Renzo Piano Building Workshop, recebe a certificação máxima do USGBC, a LEED Platium.



A torre localizada em Turim tem 166 metros de altura, acomoda mais de 2.000 ocupantes e incorpora tecnologias e materiais de ponta. Sistemas de controles avançados e estratégias passivas, garantem uma redução no consumo de energia e conforto interno aos usuários.

edifício bioclimático Renzo piano croquis
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edifício bioclimático Renzo piano croquis
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A escritório utilizou o conceito de projeto integrado através de um planejamento antecipado e de grande colaboração entre as equipes, para ajudar a obter a certificação de construção sustentável.

Para apoiar a abordagem inovadora, foi realizado um estudo dinâmico do modelo do edifício que analisou a sua geometria, envelope, características técnicas, iluminação e sistemas de controle.

Usando um software analítico avançado, foi avaliado como o novo edifício bioclimático seria ocupado e usado diariamente, e analisado como a produção de energia a partir de recursos renováveis ​​e a reutilização da água da chuva diminuiria o impacto da pegada ambiental do edifício bioclimático.

prédio sanpaolo Renzo piano
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fachada prédio Renzo piano
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edifício bioclimático Renzo piano
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A fachada sul (que recebe maior incidência de sol por estar no hemisfério norte) possui painéis fotovoltaicos, para captar a energia solar, e uma pele de vidro duplo e alumínio branco que regula o calor através de um sistema de aberturas com persianas motorizadas, permitindo o controle térmico e lumínico nas zonas de trabalho e limitando a perda de calor no inverno.

A intenção era tirar o máximo partido das energias renováveis, além do uso da energia solar, as águas subterrâneas são utilizadas para o arrefecimento dos escritórios.

A torre apresentam uma série de instalações de lazer para uso público que incluem, um jardim na cobertura, restaurante com vista panorâmica e um auditório público de 364 pessoas. Além disso, uma área adjacente ao edifício foi transformada em um espaço de convivência arborizado.

edifício bioclimático Renzo piano
Escadarias envidraçadas dão identidade ao edifício bioclimático.
edifício sustentável patio interno
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O consumo de energia foi otimizado e o  interior foi projetado para maximizar a utilização da luz natural.

edifício bioclimático Renzo piano
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projeto Renzo piano
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Fotos: ©Enrico Cano

Desenhos e croquis: © RPBW



10 exemplos de escolas sustentáveis

Boas atitudes devem ser dadas desde cedo! Projetos de escolas sustentáveis ajudam as crianças a aprenderem ecologia e sustentabilidade, através de exemplos concretos.

 

Confira os exemplos de projetos de 10 escolas sustentáveis:

1 – Colégio Estadual Erich Walter Heine, em Santa Cruz- Rio de Janeiro:

O Colégio foi a primeira escola do Brasil e de toda a América Latina a receber a certificação LEED de construção sustentável.

Com projeto de arquitetura do escritório Arktectus, a escola passou por uma série de inspeções depois da inauguração, que atestaram a eficácia das mais de 50 medidas adotadas para maior eficiência energética e melhor aproveitamento dos recursos naturais.

 

2- Green School: escola sustentável construída com bambu em Bali

Considerada a escola mais verde do mundo, a Green School foi criada pelo canadense John Hardy e sua esposa, a americana Cynthia Hardy.

 É um exemplo de escola com um impacto ambiental quase zero.

Não é apenas uma das escolas sustentáveis, onde os prédios foram criados a partir de materiais naturais encontrados na região, mas também tem atos sustentáveis em seu sistema de educação. Com uma metodologia especial, ensinam ecologia e sustentabilidade.

 

3- Creche sustentável em Florianópolis

A edificação da Creche Municipal Hassis gera eletricidade por meio de energia fotovoltaica, aquece água potável por energia solar, faz aproveitamento da água de chuva e tem madeira certificada FSC.

Foi a primeira do país a receber o selo LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental) na categoria Platinum.

 

4- Escola primária na Dinamarca 

A escola primária apresenta uma arquitetura sustentável, compacta e triangular, com as suas principais fachadas orientadas de forma a otimizar a captação solar.

Através de painéis localizados na cobertura que produzem energia elétrica. Na cobertura também, além de áreas verdes, possui coletores de água da chuva.

 

5- El Guadual – Escola em bambu na Colômbia:

Como parte da estratégia nacional da Colômbia de atenção a juventude integral, o programa “De cero a siempre” os arquitetos Daniel Feldman e Ivan Quinonas criaram um centro infantil com o objetivo de transformar o centro da cidade de Vila Rica, promovendo educação, recreação e alimentação.

As estratégias de captação de água, a correta orientação em respeito ao sol e ao vento das salas de aula, assim como o uso de materiais locais e recicláveis, a reinterpretação das técnicas tradicionais de construção e a criação de espaços públicos e culturais foram os fatores determinantes para o sucesso do projeto.

 

6- PS 62: Escola sustentável em Nova Iorque

A PS 62 foi a primeira escola construída sobre os princípios Net Zero Energy, projetada pelo estúdio SOM.

Conta com painéis solares que geram energia suficiente para alimentar todo o edifício, além disso, a escola contará com outros programas sustentáveis ​​para reduzir o impacto ambiental, aumentar a sua auto-suficiência e proporcionar um maior nível de educação para os alunos.

 

7- Escola de Guastalla, na Itália

A escola de Guastalla, na Itália foi construída após um terremoto, em 2012, que destruiu duas escolas na região. É considerada uma das escolas sustentáveis mais importantes do mundo.

Projetada pelo arquiteto Mario Cucinella, possui painéis fotovoltaicos, sistema de aproveitamento da água da chuva para irrigação do jardim e descargas dos sanitários, além do uso de materiais naturais e reciclados.

O projeto integra o interior com o exterior. Nas áreas ao ar livre são estimulados os cinco sentidos das crianças: visão, audição, paladar, olfato e tato.

 

8-  METI School – arquitetura vernacular em Rudrapur, Bangladesh

A partir de técnicas vernaculares aprimoradas, especialistas e voluntários da Alemanha e da Áustria, liderados pelos arquitetos alemães Anna Heringer e Eike Roswag, juntaram-se aos artesãos locais, professores, pais e futuros alunos para construir a METI School.

Erguida com materiais locais, como o barro e o bambu, possui cortinas que regulam a entrada de luz e a ventilação natural.

 

9- Escola flutuante em Makoko (Nigéria)

Makoko, uma região pobre na Nigéria, enfrenta períodos de cheias todos os anos, que acabam prejudicando as aulas das crianças.

Kunlé Adeyemi (NLE Architects) teve a ideia de solucionar este problema com estruturas que flutuam devido a 256 bidões reaproveitados. Fazem uso de materiais e recursos locais que refletem a cultura da comunidade.

O edifício é autosuficiente em energia e água, graças a células fotovoltaicas na cobertura e um sistema de captação de água da chuva. Além disso, toda madeira que é utilizada como o principal material, é reutilizada.

10- Colégio Positivo Internacional, de Curitiba

Projetado pelo escritório Manoel Coelho Arquitetura e Design e construído de acordo com os critérios de green building.

O edifício prevê a redução de 45% do consumo de água e de 74% do consumo de energia, em comparação com escolas do mesmo porte. Dessa forma, o colégio conquistou a certificação internacional LEED Ouro, na categoria Schools.

 

Especialista em construção sustentável fala sobre suas experiências com LEED

Durante a 6 Expo greenbuilding Brasil entrevistamos uma das principais especialistas em implementação da certificação LEED no mundo e líder da área de Construção da Honeywell Building Solutions, Debra Gondeck-Becker, que esteve pela primeira vez no Brasil para uma apresentação durante o evento.

O tema da sua palestra, que ministrou junto com a vice Presidente do USGBC; Gretchen Sweeney, e com Anderson Benite; diretor da Unidade de Sustentabilidade do Centro de Tecnologia em Edficações – CTE,  foi “Nossas experiências com LEED: medidas, gestão e compromisso de alto desempenho”. A apresentação aconteceu no dia 11/08, onde Debra abordou a sua experiência no setor em diversas construções em todo o mundo e juntos mostraram a importância de monitorar a operação dos edifícios para alcançar melhores desempenhos.

 

1. De acordo com as suas experiências com LEED em todo o mundo. Como você enxerga o cenário atual nos países em desenvolvimento?

Acho que há atualmente uma maior adaptação do LEED em alguns dos países emergentes ou em crescimento, como na Índia e no Brasil. A América Latina é uma das regiões de maior crescimento do USGBC, assim como a China e a Índia, que estão entre os top 5 em países com edifícios certificados LEED.

Nesses países há um esforço mais concentrado agora, especialmente olhando para a escassez de recursos, levando em conta que edificações certificadas consomem menos água e energia. É um foco maior agora.

2. Quais os benefícios que edificações com certificações LEED podem trazer para o Brasil na atual crise hídrica e energética?

Historicamente os edifícios com certificação LEED usam 30% menos energia e 40% menos água, e essas são as duas das principais crises no Brasil. Isso é bastante significativo e não apenas na construção de novos edifícios de alto desempenho com padrões LEED, que são mais eficientes em termos de energia e mais conscientes em relação ao uso da água, mas também pensando no retrofit nos edifícios existentes.

Durante a apresentação, dei o exemplo de um cliente com um edifício de 25 anos, onde adotamos medidas de conservação de energia e água, e conseguimos uma redução no consumo de energia de 27%, isso em um edifício já certificado como LEED GOLD. Assim, mesmo os edifícios já certificados LEED NC, podem continuar sendo analisados para verificar onde ainda podem ser otimizado através, por exemplo, do LEED Dynamic Plaque, que é uma grande plataforma para acompanhar o desempenho da edificação em termos de energia e uso sustentável da água, bem como os outros fatores.

3. Além de estratégias passivas de projeto, novas tecnologias são fundamentais para melhorar o desempenho das edificações. Quais são as principais tecnologias que a sua empresa possui para melhorar eficiência dos edifícios?

O fundamental é a capacidade de tomar todas as tecnologias e aspectos do edifício e reuní-los todos numa só plataforma, integrando todos os diferentes sistemas do edifício permitindo que você aproveite o edifício por inteiro e ajude nas medidas de sustentabilidade, e para isso temos a nossa nova plataforma que se chama Command and Control Suite.

Uma das perguntas na apresentação era sobre o treinamento dos operadores dos edifícios, e com o Command and Control Suite é muito fácil; trata-se de uma grande tela tátil fácil de se navegar com os dedos. É possível se aprofundar em qualquer dado do edifício e descobrir mais e mais níveis de informação. Também ver alertas ou alarmes onde está acontecendo alguma anormalidade, por exemplo, ver se o nível de CO2 está alto e se a caixa VAV ainda não ligou para limpar o ar. Como gerente do edifício é possível entrar e averiguar o que se passa; verificar se a caixa VAV está operativa, e limpar o ar. Esse é só um exemplo, mas é uma forma holística de trabalhar, que engloba segurança, iluminação, HVAC, energia e é compatível com o LEED Dynamic Plaque que fornece uma interface simples aos ocupantes.

4. Depois do edifício construído e certificado, qual a importância de acompanhar e medir o desempenho do mesmo em sua operação?

É essencial acompanhar de perto o edifício pós-construção, pois como vimos hoje na apresentação do Anderson e da Gretchen, mesmo projetando e construindo edifícios de alto desempenho, o jeito que eles operam pode variar muito entre desempenho previsto e o real, e isso precisa ser monitorado.

Para poder monitorar isso é preciso ter as métricas no local e também a capacidade de visualizar todos estes dados. Assim você pode olhar para o seu edifício e perguntar: “Meu edifício não se comporta como esperado, o que aconteceu?”. Talvez uma empresa fez um evento durante o final de semana na sala de conferência e deixou ligado o ar condicionado desde então. Ter estas métricas numa plataforma comum é essencial, e tem que ser dinâmico.

Edifícios mudam com a passagem do tempo e também seu uso, número de ocupantes e como eles interagem com o edifício, mas isso é uma grande oportunidade. Se podemos ajudar as pessoas que ocupam o edifício a se comportarem mais sustentavelmente, e serem mais conscientes de como suas atividades têm impacto no edifício, poderemos não só construir edifícios melhores e mais inteligentes, mas tambem gerenciá-los melhor e mais inteligentemente.

5. Na sua palestra você apresentou o LEED Dynamic Plaque, como essa ferramenta pode ajudar no controle de uma edificação certificada?

Tem algumas maneiras que o LEED Dynamic Plaque pode ajudar. Primeiro porque possui a capacidade de expor todos dados que temos dos controles do edifício através da nuvem, mostrando as pontuações de desempenho em quase tempo-real nos itens como; energia, água e qualidade de ar dentro do edifício.

Os outros itens são transporte, experiência humana e resíduos que ainda não conseguimos automatizar, mas o LEED Dynamic Plaque fornece uma plataforma onde está facilmente comunicado como o edifício se comporta de forma geral. Penso que a capacidade de relatar isso não somente aos gerentes e técnicos que tradicionalmente gerenciam o edifício, mas também aos ocupantes em geral, dirigindo a consciência, e mudando seu comportamento para que ajam mais sustentavelmente.

Os controles ajudam a gerenciar o edifício e a interface simples estimula o engajamento dos ocupantes, desmistificando a operação do edifício.

LEED Dynamic Plaque
LEED Dynamic Plaque

 

Arquitetura ecológica x Arquitetura sustentável

Apesar do versus no título, a arquitetura ecológica e a arquitetura sustentável não são antagônicas, ao contrário são tão parecidas em conceito que muitos consideram como expressões sinônimas, a diferença muitas vezes é mais um caso de ênfase do que uma definição precisa.

Por ser um questionamento frequente, vamos tentar esclarecer as diferenças e semelhanças destes dois termos.

Definição de Arquitetura ecológica:

Para melhor compreensão, começamos com o conceito de ecologia. A palavra Ecologia tem origem no grego “oikos”, que significa casa, e “logos”, estudo. Em 1869, o cientista alemão Ernst Haeckel foi o primeiro a usar este termo para designar o estudo das relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem.

Logo, a arquitetura ecológica é aquela que tem cuidado especial com a integração do edifício com o meio ambiente, procurando causar o menor impacto possível à natureza.

Está associada à técnicas passivas de construção, como iluminação e ventilação natural, às estratégias verdes, como os jardins verticais e os telhados verdes, ao aproveitamento da água da chuva, e ao uso de materiais locais e naturais como por exemplo; a terra, o bambu, tijolos ecológicos, entre outros.

 

Definição de Arquitetura sustentável:

O conceito de sustentabilidade é mais novo e mais difícil de definir. O termo “sustentável” tem origem do latim sustentare, que significa sustentar, apoiar e conservar. A definição mais conhecida é a do relatório Brundland, (1987) da ONU  – “desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem a suas necessidades e aspirações”.

Mas muitos estudiosos, discutem e complementam esta definição. Por exemplo Leonardo Boff no seu artigo Sustentabilidade: tentativa de definição disse: ” Esse conceito é correto mas possui duas limitações: é antropocêntrico (só considera o ser humano) e nada diz sobre a comunidade de vida (outros seres vivos que também precisam da biosfera e de sustentabilidade)”

Outra definição muito usada é o tripé da sustentabilidade, que é formado por três elementos; econômico, ambiental e social.

Esse conceito foi criado nos anos 1990 pelo sociólogo britânico John Elkingtonque.

tripé da sustentabilidade - arquitetura sustentável
tripé da sustentabilidade

 

Portanto a arquitetura sustentável é aquela que busca minimizar os impactos ao meio ambiente, sendo ecologicamente correta, mas também deve promover o desenvolvimento social e cultural, além de ser viável no âmbito econômico.

O tema dominante na construção sustentável é a eficiência energética e hídrica, para alcançá-la pode-se usar as mesmas técnicas passivas da construção ecológica, mas além disso, também pode ser adicionado o uso de novas tecnologias que otimizam a edificação, como por exemplo o uso de painéis solares fotovoltaicos, materiais fabricados em escala industrial e sistemas de automação, entre outros.

Tem que ser levado em conta também a saúde dos usuários, o ciclo de vida da edificação e dos materiais; incluindo a qualidade e a durabilidade, além dos fatores sociais, como por exemplo a condição de trabalho dos funcionários envolvidos na obra.

 

 Afinal qual a diferença entre Arquitetura sustentável e Arquitetura ecológica?

Esta claro que os conceitos são semelhantes. Uma edificação ecológica pode ser sustentável e uma edificação sustentável pode ser ecológica, mas não necessariamente.

Uma construção ecológica pode não ser sustentável, quando, por exemplo, apesar de não agredir o meio ambiente o edifício tiver um ciclo de vida curto, ou a necessidade constante de manutenção que torne o uso financeiramente inviável, ou até quando não forem cumpridos os direitos dos trabalhadores.

 

Como dissemos no início, os conceitos são mais uma questão de ênfase e tem significados diferentes para cada pessoa. Para muitos a própria definição de arquitetura, da boa arquitetura, já quer dizer uma arquitetura sustentável ou ecológica.

O importante é ao projetar ter em mente todos os conceitos acima, independente do nome, até porque dificilmente uma edificação será 100% sustentável, por mais cuidado que se tenha ao pensá-la, sempre existe algum tipo de impacto, seja ele ambiental, social ou econômico. Mas o ideal é que seja o menor impacto possível.

Concorda com as definições? Deixe o seu comentário.

Thread – Inovadora construção ecológica no Senegal

Construção ecológica no Senegal combina materiais e costumes locais com design e geometria inovadora.

O Centro Cultural Thread tem materiais naturais e tradicionais; como a palha, o bambu e o barro, mas sua forma foi desenvolvida através da parametrização, uma das mais avançadas tecnologias de projeto.

Thread Construção Ecológica No Senegal
hread construção ecológica no Senegal
thread construção ecológica no Senegal

O projeto foi desenvolvido de forma colaborativa, apoiado pela fundação Josef & Anni  Albers que convidou a arquiteta japonesa radicada em Nova Iorque, Toshiko Mor para projetar o edifício. Seu processo construtivo foi supervisionado pelo líder local e um dos idealizadores do centro, o Dr. Magueye Ba, junto com engenheiros senegaleses.

 

Moradores e pedreiros locais forneceram seus conhecimentos de como trabalhar com os materiais locais, enquanto a arquiteta inovou na aplicação desses materiais em uma nova geometria, criando uma estrutura espetacular, com um grande vão livre, que protege o povo da aldeia da chuva e do calor intenso.

Como um dos exemplos dessa fusão de técnica vernacular com novo desenho; as paredes de tijolo perfurado que incorporam uma tecnologia local para circulação de ar, tomaram nova forma, projetadas por Toshiko.

construção ecológica no Senegal

Mas o exemplo mais surpreendente desta mistura colaborativa é o telhado. Construído em palha, um costume local, foi desenhado para captar a maior quantidade possível de água da chuva.

O sistema de captação e armazenamento é capaz de fornecer aproximadamente 40% da demanda anual dos mais de 700 moradores do entorno.

Além dos benefícios de maior acessibilidade à água, o sistema reduz os riscos de contaminação em comparação à prática de captação local, em poços.

senegal Toshiko-Mor agua
Inovadora construção ecológica no Senegal - Toshiko-Mori
hread construção ecológica no Senegal patio interno

Localizado em Sinthian, uma vila rural em Tambacounda, na região sudeste do Senegal, o espaço também abriga artistas de todo o mundo que queiram viver e trabalhar no local. 

A missão do Thread é dupla: permitir que artistas estrangeiros tenham acesso às matérias-primas e a cultura encontrada nesta área, raramente visitada; e usar a arte como um meio de desenvolver ligações entre o Senegal rural e outras partes do mundo.

Thread construção ecológica no Senegal

Apesar de ter apoio e a participação de estrangeiros na idealização e no projeto, é um edifício construído inteiramente pelo povo de Sinthian, para o povo de Sinthian, com exceção do desenho, nada veio de fora do vilarejo. Sua finalidade mais comum será como um centro cultural e fonte de água para a aldeia; e os artistas serão seus convidados.

Este inovador projeto já ganhou um prêmio AIANY e foi selecionado para a Bienal de Veneza de 2014.

hread construção ecológica no Senegal interno
hread construção ecológica no Senegal
hread construção ecológica no Senegal interno

Fotos: Iwan Baan

 

Dicas para reutilizar pneus na decoração

O descarte irregular de pneus é um problema ambiental grave e apresenta sério risco à saúde pública. Por isso reutilizar pneus na decoração pode ser uma boa ideia.

Os pneumáticos demoram cerca de 600 anos para se degradar e diminuem a eficiência dos aterros sanitários pois são muito volumosos, de difícil compactação e precisam ser armazenados em condições apropriadas para evitar riscos de incêndio e proliferação de mosquitos

Aproximadamente 70 milhões de pneus são produzidos no Brasil por ano. Depois de usados, os pneus ainda podem ser reutilizados após sua recauchutagem mas existe um limite no número deste processo que um pneu suporta sem afetar seu desempenho. Logo são classificados como  inservíveis e descartados, na maioria das vezes, de forma irregular, em aterros sanitários, mar, rios, lagos, terrenos baldios e queima a céu aberto.

pneus descartados

Graças à resolução 258 do Conselho Nacional do Meio Ambiente, desde 1999, as indústrias de pneus brasileiras têm que dar uma destinação ambientalmente correta para os pneus usados. Para seguir a legislação, os principais fabricantes de pneus novos fundaram a Reciclanip, que em parceria com as prefeituras criaram 834 pontos de coleta, distribuídos em todos os estados e Distrito Federal, para receber pneus inservíveis. A lista com todos os pontos de coleta está no site da entidade.

No Brasil, segundo a Reciclanip, uma das formas mais comuns de reaproveitamento dos pneus  é como combustível alternativo para as indústrias de cimento. Outros usos são na fabricação de solados de sapatos, borrachas de vedação, dutos pluviais, pisos para quadras poliesportivas, pisos industriais, de tapetes para automóveis e como componentes para a fabricação de manta asfáltica e asfalto-borracha.

Mas sabemos que infelizmente ainda nem todo o material é reciclado adequadamente conforme a lei, então podemos fazer a nossa parte, utilizando a criatividade para reutilizar os pneus velhos para decoração e outros fins.

Porque reutilizar pneus na decoração é uma atitude sustentável?

Utilizar materiais no fim de sua  vida útil e dar uma nova utilidade em vez de jogar no lixo contribui com a preservação do meio ambiente, porque diminui a necessidade do uso de matérias-primas virgens para a produção de novos produtos e também a quantidade de lixo nos aterro sanitários e nas ruas.

Cuidados para tomar ao reaproveitar os pneus na decoração:

Pneus são objetos cheios de impurezas, antes de levar para a sua casa lave bem para retirar a poeira e outras toxinas indesejáveis ​​presentes neles.

Em ambiente com crianças, evite colocar em algum lugar que a criança tenha acesso e possa colocar a boca. Dizem também que é melhor não cultivar alimentos dentro dos pneus, mas não há nada comprovado em relação a isso.

Cuidado extra no armazenamento ao ar livre, as carcaças podem acumular água e servirem como foco de proliferação de insetos transmissores de doenças (como a dengue).

Na internet há diversos sites com ideias de decoração sustentável com pneus. Selecionamos algumas ideias de upcycling com pneus para servir de inspiração, confira a seguir:

 

1 – Reutilização de pneus no jardim:

pneus na decoração - jardineiras
Decoração com pneu balanços
Fotos: Pinterest

2 – Reutilização de pneus para fazer pufes:

pneus como pufffes
Decoração com pneu puffs
Fotos: Pinterest

3 – Reutilização de pneus para mesas:

mesas feitas de pneus velhos
Fotos: Pinterest

4 – Reutilização de pneus pendurados em paredes:

pneus na decoração - paredes
Fotos: Pinterest

5 – Reutilização de pneus em projetos de interiores:

pneus - projeto de interiores
Ambiente projetado pelo escritório Guardini Stancati para o Campinas decor 2007 – Luminária e bancos feitos de pneus
Base de mesa feita de pneus
Ambiente projetado por Diogo Oliva – Base de mesa feita de pneus – Foto: Casa e Jardim
pneus em projeto de interiores
Loja de jóias em Berlin projeto Christian Koban – Foto Ana Lisa Alperovich para Inhabitat

Vale lembrar que a melhor maneira de proteger o meio ambiente, nesse caso, é reduzir o consumo dos pneus. Por isso, sempre que possível, evite o uso dos automóveis; ande a pé, de transporte público ou de bicicleta. Quando não for possível, mantenha os pneus do seu carro calibrados e alinhados e não esqueça de fazer rodízio e balanceamento, isso aumentará a durabilidade dos mesmos e logo levarão mais tempo para serem descartados.

Plantas que filtram o ar em ambientes internos

Cada vez mais aumenta a preocupação com a qualidade do ar dos interiores principalmente em ambientes climatizados, onde passamos a maior parte do nosso tempo. Por isso utilizar plantas que filtram o ar pode ser benéfico para sua saúde e bem-estar.

A qualidade do ar interno interfere diretamente nas condições de conforto, no bem estar, e na produtividade, em ambientes de trabalho.

Um estudo realizado durante 15 anos pela NASA, numa parceria com a Associated Landscape Contractors of America (ALCA), comprovou  que algumas plantas tem maior capacidade de purificar o ar, removendo gases tóxicos de ambientes fechados.

Os gases tóxicos encontrado em ambientes internos e testados no estudo da NASA são:

Benzeno – encontrado em tintas , óleos, plásticos, borrachas, detergentes, gasolina , farmacêutica, o fumo do tabaco e em fibras sintéticas.

Formaldeído – encontrado em isolamento de espuma , produtos de madeira compensada , de madeira pressionado , sacos de supermercado, papel encerado , retardadores de fogo , colas adesivas de revestimentos , fumaça de cigarro.

Tricloroetileno –  encontrado no desengorduramento de metais e indústrias de limpeza a seco ; também em tintas de impressão , tintas, vernizes , vernizes, adesivos.

Xileno- encontrado em tintas e vernizes; Adesivos; Perfumes e cosméticos; Repelentes; Farmacêutica; Pesticidas; Limpeza industrial

Amônia- encontrado em limpadores de vidro, ceras de assoalho e fertilizantes

Confira a lista das plantas que filtram o ar, segundo a Nasa:

1- Comigo-ninguém-pode (Aglaonema)

Plantas que purificam o Ar - Comigo ninguém pode

Filtra: Formaldeído e benzeno

Cuidados: Regas regulares, mas com moderação e pouca luz.

Locais mais indicados: Escritórios, salas de estar e banheiros.

2- Lírio da paz (Spathiphyllum “Mauna Loa”)

Plantas que purificam o Ar -Lírio da Paz


Filtra:
 Considerada uma das melhores purificadoras de ar, filtra o tricloroetileno, benzeno, xileno, amônia e formaldeído.

Cuidados: Pouca luz e alta umidade.

Locais mais indicados: Todas as salas, bom também em banheiros e lavanderias.

3- Gérberas (Gerbera Jamesonii)

Plantas que purificam o Ar - Gérbera

Filtra: Tricloroetileno, xilneno e formaldeído.

Cuidados: Bastante luz e solo levemente úmido.

Locais mais indicados: Pode ser utilizada em todos os ambientes. Boa em lavanderias e quartos

4- Espada de São Jorge (Sansevieria trifasciata ‘Laurentii’)

plantas purificadoras - espada de são Jorge

Filtra: Tricloroetileno, benzeno, xileno e formaldeído.

Cuidados:  Tolerante à rega irregular e pouca luz

Locais mais indicados: Um bom local para deixá-la é o banheiro

5- Jiboia (Scindapsus aureus)

Plantas que filtam o Ar - Jibóia

Filtra:  Formaldeído

Cuidados: Pouca luz

Locais mais indicados:  Ideal para garagens

6- Crisântemo (Chrysanthemum morifolium) 

Plantas que filtam o Ar -crisantemo

Filtra: As flores da planta ajudam a filtrar o benzeno, o tricloroetileno, xileno, amônia e formaldeído.

Cuidados:  Necessita incidência de luz solar

Locais mais indicados: Perto de uma janela

7- Dracena (Dracaena marginata)

Plantas que filtram o ar - Dracena

Filtra:  Tricloroetileno, benzeno, xileno e formaldeído.

Cuidados:  Pouca água, mas muita luz.  Necessita utilizar regularmente um óleo mineral para limpeza das folhas

Locais mais indicados: Escritório, salas, dormitórios e locais de fumantes.

8- Ficus (Ficus benjamina)

Plantas que filtam o Ar - - ficus

Filtra: Uma das plantas que filtram o ar mais eficiente para filtrar o formaldeído.

Cuidados:  Prefere luz indireta

Locais mais indicados: Utilizar em salas de estar, escritórios.

9- Hera (Hedera helix)

Plantas que filtam o Ar - Hera

Filtra: Benzeno, xileno e formaldeído.

Cuidados: Necessita  estar em ambientes com sol pleno ou meia-sombra e ser irrigado periodicamente.

Locais mais indicados: Boa para quem tem animal de estimação, especialmente aqueles que evacuam dentro de casa

10- Dracaena Warneck (Dracaena deremensis ‘Warneckii)

Plantas que filtam o Ar - Dracaena Warneck

Filtra: Tricloroetileno, benzeno e xileno

Cuidados: Pouca luz e irrigar pouco mas regularmente

Locais mais indicados: ambientes internos, mesmo sem luz solar

11-  Palmera- Bambu (Chamaedorea seifrizii)

Plantas que filtam o Ar - Palmera Bambu

Filtra: Formaldeído e xileno

Cuidados:  Prefere sombra, gosta de solos úmidos e ricos em matéria orgânica

Locais mais indicados: Uma boa escolha ser colocado em torno de móveis que podem estar soltando formaldeído

12-  Imbé (Philodendron oxycardium)

Plantas purificadoras Philodendron

Filtra: Formaldeído

Cuidados: Luz difusa e solo úmido

Locais mais indicados: Planta trepadeira que pode ser tóxica se ingerida, por isso, não tenha ela se você tiver crianças ou animais em casa.

13- Antúrios (Anthurium andraeanum)

plantas que filtram o ar - Antúrio

Filtra: Uma das plantas mais indicadas pela Nasa para filtrar amônia, também filtra o formaldeído e xileno.

Cuidados:  Local de luz indireta com abundância de luz.

Locais mais indicados: Ideal para cozinhas e banheiros

14-  Clorofito (Chlorophytum comosum)

plantas que filtram o ar - clorofito

Filtra: Formaldeído e xileno

Cuidados: Deixar em ambiente fresco e com acesso a luz solar direta, manter a terra úmida.

Locais mais indicados: Tem um efeito melhor ainda se for colocada na cozinha ou perto da lareira

15- Pau D´água (Dracaena fragrans ‘Massangeana’)

plantas que filtram o ar- Pau Dagua

Filtra: Formaldeído, tricloroetileno e benzeno

Cuidados:  Gosta de solo úmido, regar duas vezes por semana.Sol pleno e meia-sombra.

Locais mais indicados: Escritório e salas

 

Outras plantas purificadoras do ar:

– Samambaia (Nephrolepsis exaltata bostoniensis)

Plantas purificadoras de Ar Samambaia

Filtra:  remove poluentes, como benzeno, formaldeído,  xileno e  compostos orgânicos voláteis (COV)

Cuidados:  Local de sombra. Regar pouco na primavera e no verão, no inverno quase não necessita de rega.

Locais mais indicados: Podem ser utilizadas em corredores, salas, cozinhas e dormitórios.

– Azaleia (Rhododendron simsii)

Plantas que filtram o Ar - Azaléia

Filtra:  Combate o formaldeído

Cuidados: Desenvolvem melhor em temperaturas amenas em um ponto bem iluminado, com regas regulares

Locais mais indicados: Devem ser postas perto de uma janela pois necessitam de muita luz e frescura para crescerem de forma saudável. Boa para cozinhas e banheiros.

– Aloe Vera

planta purificadora aloe vera

Filtra: Benzeno e formaldeído

Cuidados: Fácil de cuidar, não precisa de muita água.

Locais mais indicados: Janela da cozinha

OBS: Muitas dessas plantas que filtram o ar são tóxicas, verifique as espécies quando estiverem em lugares acessíveis a animais domésticos e crianças

Fontes: Live´s GiftB. C. Wolverton, Rebecca C. McDonald, and E. A. Watkins, Jr. “Foliage Plants for Removing Indoor Air Pollutants from Energy-efficient Homes” (PDF File – Study from NASA – 5 pages), MNN

O edifício de escritórios mais sustentável do mundo

O Bullitt Center localizado em Seattle, nos Estados Unidos, é considerado o edifício de escritórios mais sustentável do mundo e recebeu a certificação Living Building  Challenge.

Com 50.000 metros quadrados, distribuídos em 6 andares, foi projetado pelo escritório de arquitetos Miller Hull Partnership e construído para durar 250 anos. O custo foi um terço maior do que um edifício sem as suas características sustentáveis, algo em torno de 30 milhões de dólares

A certificação Living Builgind Challenge, avalia os projetos com base em sete categorias ( chamada de “pétalas”): localização, água, energia, saúde, bem-estar, materiais, equidade, e estética.

Confira as características do Bullitt Center:

Localização:

A localização foi estrategicamente escolhida por sua alta visibilidade e acessibilidade, em um bairro predominantemente residencial, que busca o desenvolvimento comercial, perto do centro da cidade. O edifício está próximo a muitas opções de transportes públicos, além de possuir um bicicletário e um vestiário para estimular o uso da bicicleta.

bullitt center - edifício de escritórios mais sustentável
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Água:

Captação e aproveitamento da água da chuva: O edifício pode ter um consumo nulo de água canalizada. O sistema de coleta de água da chuva conta com uma cisterna onde a água passa por uma filtragem e é desinfectada, de maneira tão eficiente, que estão tentando mudar a legislação das entidades reguladoras de Seattle para poder utilizar essa água para consumo humano, inclusive para beber

edifício de escritórios mais sustentável
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Águas cinzas: A água cinza que vem das pias e chuveiros é capturada, tratada pelo sistema wetland e encaminhada ao solo reabastecendo os aquíferos.

Banheiro Seco: O sistema de banheiro seco trata os resíduos com um processo natural e cria um fertilizante que pode ser utilizado no final do seu processo.

banheiro seco
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Energia:

Energia Solar: O Bullitt Center gera mais energia do que a que consome, com os 575 módulos fotovoltaicos que produzem 230.000 kilowatts/hora por ano, instalados na sua cobertura. O excesso de produção é injetado na rede durante os meses de verão e recebe energia da rede durante o inverno.

edifício de escritórios mais sustentável
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Energia Geotérmica: O sistema de aquecimento é geotérmico cujo fluido de trabalho à base de etilenoglicol e de água é transportado para 26 poços em circuito fechado: no inverno a mistura é aquecida a uma temperatura constante de 12º C e bombeada para os diferentes pisos, e no verão o processo é invertido; o calor extraído destes últimos é encaminhado para o subsolo.

edifício de escritórios mais sustentável do mundo
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Saúde e bem-estar:

A saúde dos ocupantes foi uma das prioridades do projeto. Luz natural e vistas para o exterior estão disponíveis para cada estação de trabalho. Com um pé direito de quatro metros, possuem enormes janelas de três metros de altura, que contam com um sistema de persianas que abrem e fecham automaticamente em função do clima.

edifício de escritórios mais sustentável
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Foram selecionados acabamentos com baixo COV, o que contribuiu positivamente para a excelente qualidade de ar no interior do edifício.

Uma atrativa escada com envoltória em vidro, incentiva os ocupantes a incorporar o exercício em sua rotina diária, em troca de uma vista incrível da cidade.

escada design ativo
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Materiais: 

A maioria dos materiais do edifício são sustentáveis e sempre que possível foram obtidos localmente, num raio de 500 km. Entre as soluções adotadas está a ausência de 363 compostos e produtos químicos perigosos que constam em uma “lista negra”.

A equipe publicou a lista dos produtos utilizados na construção, no intuito de ajudar os futuros projetistas a encontrarem materiais mais saudáveis.​​

edifício de escritórios mais sustentável
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Equidade:

A construção serve de exemplo e tem como objetivo desenvolver a indústria da construção sustentável através da sua divulgação com cursos e visitas públicas ao edifício. A equipe técnica que participou da obra  fez um relatório completo sobre tudo o que aprenderam durante o procedimento de construção e o colocou a disposição dos profissionais do setor. No térreo há um espaço para o Centro de Desenho Integrado, que serve como um laboratório de aprendizagem para projetos sustentáveis e de eficiência energética.

A consciência de sustentabilidade também foi passada aos trabalhadores de seus escritórios, através do desenvolvimento de um sistema que permite consultar em tempo real a quantidade de energia e água consumida.

A principal missão do  Bullitt Center é demonstrar como é possível um prédio de escritórios contemporâneo e de carbono neutro ser economicamente viável e esteticamente agradável

Fonte e imagens: www.bullittcenter.org e www.bullittcenter.org

Bateria inovadora promete revolucionar o mercado da energia renovável

Empresa americana lança sistema de armazenamento que soluciona uma das principais dificuldades para a expansão do uso da energia solar e eólica e pode tornar as edificações completamente independentes da rede elétrica tradicional.

A bateria inovadora para casas mais sustentáveis foi desenvolvida pela Tesla, pioneira em carros elétricos. Elon Musk, o fundador e CEO da empresa, garantiu que o sistema pode ajudar a transformar a infraestrutura de energia de todo o mundo.

Tesla-Elon-Musk-bateria inovadora

Uma das grandes dificuldades do uso da energia solar e eólica é a sua característica intermitente, o novo sistema tem capacidade de armazenamento que resolve este problema, garantindo energia mesmo quando o sol não apareça ou o vento não sopre, além de proporcionar um backup seguro em caso de queda de energia.

O dispositivo também pode funcionar independente, apenas para a economia na conta de luz. As empresas de energia geralmente cobram um preço mais elevado para a eletricidade no horário de pico, a bateria pode armazenar eletricidade quando as taxas são baixas e alimentar a sua casa quando as taxas são mais altas.

O empresário apresentou dois modelos para uso residencial, um de 7kwh e outro de 10 kW e o Powerpack de 100kWh, modelo projetado para o consumo comercial que deve começar a ser vendido em 2016. As baterias para casas já podem ser encomendadas pelo site da Tesla apenas para serem entregues nos Estados Unidos a partir de julho, e na Alemanha e Austrália até o final do ano.

bateria inovadora pode tirar a sua casa da rede elétrica

 

Na verdade o sistema não é o primeiro a ser fabricado, outras empresas já desenvolveram baterias parecidas para o armazenamento de energias renováveis, mas numa escala  muito pequena. A grande novidade, além do design e dimensões mais atraente, é que a  Tesla Powerwall será produzida em larga escala, o que tornará o produto mais acessível ao consumidor.

A bateria inovadora custa hoje em torno de US $ 3.000 a US $ 3.500, dependendo do modelo, e não está incluída a taxa de instalação. O preço ainda assusta, considerando que este custo é apenas para a bateria, para instalar o sistema completo seriam necessários painéis solares e um inversor, que também são muito caros.

Mas Musk acredita que o produto será barateado rapidamente com a fabricação em massa, comparou o produto com a  tecnologia do celular, que a princípio era muito cara e hoje já tem alcance nas comunidades mais pobres do mundo.

bateria inovadora de energia solar

 

Sustentabilidade em foco: O CEO da empresa destacou a importância de tirar as grandes economias, como os Estados Unidos, da dependência dos combustíveis fósseis, não sustentáveis. A bateria inovadora promete ser também um grande passo para as regiões menos desenvolvidas, onde o fornecimento de eletricidade é precário e há energia solar e ou eólica abundante.

Mais de 300 instalações do produto já foram realizados em casas e uma dúzia de supermercados WalMart na Califórnia através de um projeto piloto da Solar City, o maior fornecedor de energia solar nos Estados Unidos, também liderado por Elon Musk.

 

Imagens: Tesla Motors