Casas de palha: vantagens e desvantagens

As casas de palha ficaram populares no século XIX, quando colonos de Nebraska, nos Estados Unido, não obtinham madeira para construírem suas residências e utilizaram os fardos de palha nas suas construções.

Atualmente o método construtivo tem chamado a atenção por sua eficiência e por se tratar de um material reaproveitado e renovável.

De acordo com o Departamento de Energia dos Estados Unidos, que a cada ano 200 milhões de toneladas de palha são desaproveitadas no país. E muitas acabam sendo queimadas, provocando poluição no ar.

 

Apesar de contribuírem apenas para uma parte da construção, utilizar fardos de palha pode significar a diminuição dos desperdícios e de alguns custos, sobretudo no que tange à eficiência energética.

Com o acabamento de reboco, a palha obtém um elevado valor-R (mede a resistência do isolamento térmico da parede).

As paredes de fardos de palha podem servir como um excelente isolante térmico que mantém o calor dentro ou fora da casa, além de serem um ótimo isolamento acústico.

As casas de palha também podem diminuir em até 75% os custos anuais de uma casa com aquecimento e refrigeração.

Ao contrário do que se pensa, as casas de fardo de palha são três vezes mais resistentes ao fogo do que as casas convencionais devido aos blocos de palha serem extremamente compactos, e em um bloco compacto, não há oxigênio e, por conseguinte, o risco de combustão é diminuído.

É necessário, contudo, mergulhar os fardos em uma mistura de terra e água, escorrendo-os e esperando secar, ou mesmo rebocar a parede. Dessa maneira, eles atuam ainda mais na proteção contra o fogo.

O Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá realizou testes com paredes de fardo de palha revestidas com reboco, e o resultado apontou que elas suportam temperaturas de até 1.010 ºC durante duas horas.}

Os fardos de palha usados para a construção são feitos geralmente com trigo, cevada, centeio ou aveia. Eles devem estar bem secos e compactados e, sempre protegidos da chuva e umidade.

casas de palha
Foto: StrawBale.com

Vantagens das casas de palha:

– Eficiência energética: possuem um ótimo isolamento térmico;

– Excelente isolamento acústico;

– Economia. Na construção por se tratar de um material barato e principalmente no uso, pois promove economia de energia para climatização;

– São mais ecológicas:a palha é um material natural e biodegradável;

– Qualidade do ar interno: A palha é um material que transpira e, por consequência, o ar interno da casa fica sempre renovado. É importante usar uma pintura que permita respiração, como tinta a base de Cal e argamassa de Cal.

– Construção rápida e limpa: O sistema modular dos fardos de palha é fácil de montar o que viabiliza a construção em curto prazo e gera muito menos resíduos, quando comparado aos sistemas construtivos tradicionais.

Desvantagem e cuidados das casas de palha:

Proteção contra a umidade: É importante proteger a palha da água durante o processo de construção até a conclusão da obra e construir a casa sobre uma base elevada de forma que proteja os fluxos e umidade do solo.

– Perda de área útil: Devido à grande espessura das paredes, existe uma diminuição da área útil, quando comparado a outros métodos construtivos.

Legislação: É preciso pesquisar se a legislação local tem normas para este método construtivo.

– Dificuldade de obter financiamento e seguro: A maioria dos bancos e seguradoras preferem não se arriscar a financiar ou segurar métodos construtivos não convencionais.

 

casas de palha
Casa de palha sendo construída pela empresa Ecococon. Foto: Divulgação Ecococon.

 

É preciso levar em consideração, antes de construir casas de palha, a implantação no terreno; determinar adequadamente as aberturas como portas e janelas; levar em conta o local onde bate o sol, onde o vento sopra; se há água por perto, por onde ocorre o escoamento da água da chuva; se é perto de árvores que podem conter o vento ou o sol forte.

Casa S-house – excelente exemplo de casa de fardos de palha:

S House passivehouse
Foto: © GrAT – http://www.s-house.at/

O projecto da S-House foi lançado e desenvolvido em um dos subprogramas de ” Construção do amanhã” pelo Centro de Tecnologia  da Universidade Tecnológica de Viena (GrAT, Grupo Angepasste Technologie) e financiado pela Associação Europeia do Meio Ambiente e Vida.

Após uma cuidadosa fase de planejamento, a S-House foi instalada no início de 2005 e está exposição permanente para exibição pública.

O desafio do projeto consiste em combinar o alto padrão energético dos princípios da casa solar passiva com o uso de recursos renováveis; como os fardos de palha, ​​e desta forma, aproveitar as vantagens de ambos.

Saiba mais: Livro – Da Casa Passiva a Norma Passivhaus 

casas de palha S House passivehouse
Detalhe da parede da S House – Imagem: © GrAT

Veja aqui um tutorial completo sobre como construir casas de palha e, quem sabe, coloque em prática a ideia!

A sustentabilidade do processo depende de diversos fatores, clima adequado, quantidade de palha disponível na região, entre ouros. Como em qualquer método construtivo, é necessário sempre contar com a ajuda de um especialista.

 

Primeira usina solar em prédio do governo federal

A primeira usina solar em prédio do governo federal foi instalada na sede do Ministério de Minas e Energia (MME) , sendo o primeiro edifício da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a contar com sistema de geração de energia solar fotovoltaica conectado à rede de distribuição.

Com o sistema, inaugurado nesta quinta-feira (17), o local deixará de emitir 6,4 toneladas de CO2 na atmosfera e economizará cerca de R$ 70 mil ao ano.

Em entrevista ao Portal Brasil, o ministro da pasta, Fernando Coelho Filho, destacou que, além da economia de energia, o sistema instalado simboliza o compromisso do governo brasileiro com a utilização de fontes de energia renováveis, além da fonte hídrica.

O projeto é fruto de um acordo de cooperação técnica entre o MME e a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) para a instalação do primeiro sistema da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, conectado à rede de distribuição.

Compromisso

A instalação do sistema vai ao encontro do compromisso assumido na COP 21, quando o País se comprometeu a expandir o uso doméstico de energia gerada por fontes renováveis, além da energia hídrica, para ao menos 23% da matriz elétrica, até 2030.

O ministro enfatizou que “o presidente Michel Temer depositou na ONU o compromisso do Brasil, assumido na COP 21, de poder ampliar as matrizes energéticas renováveis além da fonte hídrica. O MME, responsável pela edição de políticas do setor, já gera parte da sua energia de forma sustentável e renovável”, comemorou.

Funcionamento da Primeira usina solar em prédio do governo federal

O sistema de geração distribuída solar fotovoltaica está instalado no telhado do edifício-sede do MME, dessa forma, será possível compensar parte da eletricidade consumida por meio de geração própria.

Foram instalados 154 painéis solares (1,0 x 1,64 m), sem a alocação de recursos do orçamento do governo federal. O investimento, estimado em de R$ 400 mil, foi viabilizado pela Absolar e seus associados.

Considerando a vida útil do sistema, superior a 25 anos, um total de 161 toneladas de CO2 deixará de ser emitido pelo sistema. Isso equivale a uma área de floresta de 3 mil m² ou cerca de 900 mil quilômetros rodados por carros de passeio das ruas do País.

A energia que venha a sobrar (por exemplo, o que for gerado nos finais de semana e feriados) será entregue à Companhia Energética de Brasília (CEB), e esse crédito poderá ser utilizado em até 60 meses.

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Incentivo

A geração distribuída já é regulada no País, e o consumidor de energia elétrica pode fazer essa opção e solicitar a sua conexão à rede. A energia gerada pelo sistema fotovoltaico é de 20% a 30% mais econômica que a comprada em baixa tensão do sistema elétrico.

“É uma tendência natural no mundo todo. A instalação no ministério dá ao consumidor a confiança e o conhecimento necessários para que ele possa também adotar o mesmo tipo de sistema na sua casa ou na sua empresa”, declarou o presidente da Absolar.

Fonte: Portal Brasil, com informações do MME



Livro: Habitação Autossuficiente

O livro Habitação Autossuficiente – Interligação e integração de sistemas alternativos aborda questões referentes à sustentabilidade do planeta, como o desperdício de água e de energia elétrica estão entre os maiores exemplos de fatores causadores dos impactos ambientais observados na atualidade e vem merecendo crescente atenção em todo o mundo.

Habitação Autossuficiente

Na indústria da construção civil, o estudo e o desenvolvimento de tecnologias e técnicas construtivas que minimizem esses impactos, assumem grande importância para se chegar a uma cidade mais sustentável. Por isso, torna-se extremamente importante traçar diretrizes básicas para a construção de uma habitação autossuficiente no que se refere aos aspectos de:

– Captação de água de chuva e subterrânea e seu reuso;

– Coleta e tratamento de esgoto in loco;

– Aproveitamento da energia solar para aquecimento de água e para geração de energia elétrica.

O objetivo deste livro é apresentar as tecnologias já existentes para esta finalidade, integrando os diversos sistemas de maneira inteligente e mostrando sua viabilidade técnica e econômica. O conhecimento acerca desses sistemas pode ajudar na viabilização de habitações ambientalmente corretas, dando assim sua contribuição para um modelo mais sustentável para nossas cidades.

Habitação Autossuficiente

 

Autor: Antônio Domingos Dias Ferreira
Título: Habitação Autossuficiente
Subtítulo: Interligação e Integração de Sistemas Alternativos
ISBN: 9788571933385
Páginas: 154
Edição: 1ª
Editora: Interciencia
Ano: 2014
Assunto: Arquitetura
Idioma: Português

Fonte: Editora Interciência

 

Startup brasileira quer fazer moradias com impressão em 3D de baixo custo

A Urban 3D é uma startup idealizada por uma jovem empreendedora brasileira que pretende solucionar o problema da falta de habitação no mundo, construindo moradias com impressão em 3D de maneira mais rápida, barata e sustentável.

Com apenas 23 anos a CEO da Urban3D, Anielle Guedes, tem um currículo extenso. Aos 12 anos foi tradutora da anistia internacional, iniciou sua primeira graduação em física aos 17 anos e depois Economia pela Universidade de São Paulo.

Já fez 3 pós-graduações, trabalhou na maior incubadora de spin-offs científicas da América Latina, onde participou da fundação de três startups, e palestrou em mais de 14 países em organizações como ONU, G20, Banco Mundial e diversas prefeituras. 

Além disso esta entre os 30 jovens mais talentosos abaixo de 30 anos da Revista Forbes 2016, recebeu premio do MIT entre os jovens inovadores mundiais, cursou Singularity Universtiy, no NASA AMES, na Califórnia e é embaixadora do Women@TheFrontier no Brasil.

Anielle fundou a Urban3D em 2015, e pretende fabricar moradias com impressão em 3D, reduzindo o custo e tempo de construção a 10% dos números atuais e sem gerar resíduos.

A empresa pretende mudar os processos de construção atuais, que são lentos e suscetíveis a falhas, trazendo esta indústria para o século XXI, digitalizando e automatizando a construção, com uma tecnologia inovadora, que alia robótica e impressão 3D.

A fabricação digital é a tecnologia central e por isso a impressão 3D desempenha um papel essencial na atualização tecnológica o que permitirá que a indústria seja mais eficiente, mais rápida, mais barata, mais limpa e, principalmente mais acessível a todos.

moradias com impressão em 3d
Imagem da fábrica automatizada de concreto da Urban 3D (Divulgação)

O primeiro produto da startup é um novo tipo de concreto feito com compostos reciclados, que mantém suas propriedades estruturais e é 30% mais barato, podendo variar devido ao transporte, logística e outros custos operacionais.

Anielle além de ser fundadora da Urban 3D, participa de outra startup, a CIS – Connected Information Services, que desenvolve aplicativos de mobilidade urbana,como por exemplo o “Ônibus ao Vivo“, que fornece informações em tempo real sobre as linhas de ônibus da capital de São paulo.

moradias com impressão em 3D
Foto reprodução Instagram



Livro – Minha Casa Sustentável: Guia Para Uma Construção Residencial Responsável

O livro “ Minha Casa Sustentável : Guia Para Uma Construção Residencial Responsável” é um eficiente guia para construção residencial responsável, que seja amiga da natureza e que traga a felicidade para seus moradores.

Minha Casa Sustentável

Este livro, ricamente ilustrado, é um importante instrumento de consulta para o público em geral, Arquitetos e Engenheiros, que desejam construir casas de forma responsável.

Em sua narrativa não acadêmica, Heliomar Venâncio nos aponta o “caminho verde” para uma construção sustentável na Nossa Casa Sustentável, que é o Planeta Terra.

Minha Casa Sustentável

Sobre o Autor:

Heliomar Venâncio – Formado pela UFES Arquiteto e Urbanista e Pós-graduado pela UFMG em Construção Civil, Engenharia Ambiental pela Cândido Mendes e Light Design pela UCB. É professor em Pós-Graduação em Gestão de Obras pela FAESA, faz parte do CBCS (Conselho Brasileiro para Construção Sustentável), e compartilhou muito de seu conhecimento através de seus dois livros publicados: “Minha Casa Sustentável” e “Arquitetura em 10 Lições”.

Detalhes do Produto:

Autor: Heliomar Venâncio
ISBN13: 9788591162307
ISBN10: 8591162307
Número de Páginas: 230
Origem: Nacional
Idioma: Português
Data de

Lançamento: 2010
Acabamento: Brochura
Formato: Médio

Domos geodésicos: O que são e quais suas vantagens para a construção sustentável

O que são os domos geodésicos?

Os domos geodésicos, também chamados de cúpulas ou abóbadas, podem ser definidos, de forma resumida, como estruturas compostas por uma rede de polígonos, geralmente triângulos, que formam uma esfera, ou parte dela.



Vantagens dos domos geodésicos:

– Eficiência Energética: Por ser uma forma esférica os fluxos de ar são circulares, o que torna mais fácil a climatização, e por ter uma cobertura curva, a superfície que enfrenta o sol é menor, por isso não há grandes variações de temperatura no verão e inverno. Além disso, quando comparado com uma estrutura em forma retangular semelhante, a cúpula tem 30 por cento menos de área de superfície, o que significa uma economia de cerca de 30 por cento para aquecimento ou resfriamento.

– Construção rápida e limpa: É uma estrutura relativamente fácil e rápida de construir e transportar, além disso gera muito menos resíduo que as estruturas tradicionais;

– Resistência as intempéries: A estrutura é leve e resistente, capaz de resistir a ventos fortes, terremotos e tormentas de neve.

– Vãos livres: Como a estrutura não possui pilares, há mais espaço livre no interior.

Ventilação Natural: Com aberturas bem orientadas, na base, meio e topo, fornece uma excelente mistura do ar e temperatura, e pode funcionar como efeito chaminé. A boa circulação do ar, devido a forma esférica, não permite o estancamento do ar que pode criar proliferação de fungos, bactérias ou umidade.

– Redução dos custos iniciais: Por necessitar uma menor quantidade de material empregado, há uma redução dos custos de materiais, e também por ser uma estrutura relativamente fácil de montar, há uma redução também nos custos de mão de obra.

Os domos geodésico na história:

Os domos geodésicos são estruturas arquitetônicas existentes desde o início da história da humanidade e podem ser encontrados nos mais diversos tamanhos e construídos com diferentes técnicas e materiais, desde as ocas de madeira e barro feitas por diversos povos tribais em todos os continentes até os grandes domos de aço e concreto presentes em estádios, templos e edifícios governamentais em todo o mundo.

Ainda que possam ser também ovais ou paraboloides, o seu formato mais comum é o da meia-secção da esfera, ou hemisfério (como é o caso da Basílica de São Pedro, no Vaticano, ou do edifício do Capitólio dos Estados Unidos).

Muitas vezes relacionados a abóboda celeste, ao transcendente ou ao divino, os domos costumavam estar presentes em edifícios de grande importância local, seja por sua relação com a espiritualidade humana, com igrejas templos e mausoléus, seja do ponto de vista político, como em palácios e prédios governamentais.

Imponentes e majestosos, parte daquilo que historicamente fez com que os domos estivessem presentes em sua maior parte nesse tipo de edificação foi não apenas a sua grandiosidade arquitetônica, mas também a complexidade e o enorme consumo de recursos da sua construção, que exigia materiais robustos como pedras ou o aço e o concreto, e sistemas elaborados de arcos cruzados para sua sustentação.


Richard Buckminster Füller o pai do domo geodésico:

Com o desenvolvimento de novos materiais e técnicas de engenharia na moderna era industrial, as vantagens únicas dos domos, capazes de cobrir um grande volume de espaço da forma mais eficiente sem a necessidade de colunas e utilizando o menor volume de material, chamaram a atenção do pensador, arquiteto e inventor norte-americano Richard Buckminster Füller.

Considerado como o pai do domo geodésico, “Bucky” Füller iniciou sua busca por auxiliar no desenvolvimento de técnicas e soluções tecnológicas que pudessem melhorar a condição humana de forma eficiente ainda na década de 30, tendo como base os conceitos de sinergia e “maximização dinâmica” (elaborado por ele). Nesse sentido, suas ideias já apresentavam alguns vislumbres do conceito de uma arquitetura sustentável e de baixo impacto ambiental décadas antes deste conceito ter sido criado.

Após diversos estudos e experimentos relacionados a abrigos práticos e que utilizassem a menor quantidade possível de recursos, Fuller elaborou em meados dos anos 40 os princípios geométricos que tornaram possível o desenvolvimento da arquitetura dos domos geodésicos.

Sua base foram as propriedades estruturais dos triângulos e as relações geodésicas dos sólidos platônicos, em especial o icosaedro, princípios a partir dos quais desenvolveu a mais popular e difundida forma de domo geodésico.

Em 1949, junto de estudantes e professores do Black Mountain College, ergueu a primeira grande estrutura geodésica capaz de sustentar o seu próprio peso para além de qualquer limite prático. Para provar seu conceito, Fuller e diversos alunos participantes do projeto penduraram-se no domo, feito de estreitas barras de alumínio aeronáutico.

domos geodésicos
Foto: Hazel Larsen Archer

Por alguns anos, Fuller construiu e apresentou os seus domos geodésicos em espaços acadêmicos e feiras de ciência e tecnologia, mas logo a estrutura chamou a atenção dos mais diferentes setores, desde empresários da construção civil e militares norte americanos até os incipientes ambientalistas e permacultores da cultura hippie dos anos 60 e 70.

Difundida de forma mais intensa nos Estados Unidos, Canadá e partes da Europa ocidental durante as primeiras décadas de sua utilização, a arquitetura geodésica de Fuller foi usada para os mais diferentes propósitos, desde estufas domésticas até planetários astronômicos, mas se tornaria famosa mundialmente através de grandes estruturas, como a Biosphera em Montreal, antigo pavilhão norte-americano da Feira Mundial de 1967 projetado por Fuller, a esfera geodésica com quase 50 metros de diâmetro do Epcot Center ou o Superior Dome em Michigan, em estrutura de madeira com mais de 160 metros de diâmetro e com uma área coberta de mais de 21.000m².

domos geodésicos
Pavilhão norte-americano da Exposição Mundial de 1967 – Foto: Cédric THÉVENET – CC BY-SA 3.0
domos geodésicos
Epcot Center – Foto:Katie Rommel-Esham CC BY-SA 3.0 us

Compreendendo a Geometria Geodésica:

Nos últimos vinte anos, com o auxílio da internet, o desenvolvimento de uma cultura preocupada com soluções sustentáveis e de menor impacto ambiental e a utilização em grandes festivais alternativos, como o Burning Man, no deserto de Nevada, a geometria do domo geodésico de Fuller tem se disseminado mundialmente, levando ao desenvolvimento de novas ferramentas e técnicas que tornam a construção de domos geodésicos um processo acessível mesmo àqueles com menor grau de especialização, já que hoje muitos dos cálculos para o projeto de um domo geodésico podem ser realizados por programas de computador.

domos geodésicos
Imagem: Diogo Marques

Ainda assim, para se construir um domo na prática é importante compreender melhor alguns elementos geométricos utilizados por Bucky Fuller que formam a base da arquitetura geodésica. Para a matemática, o termo geodésia (do grego geo=terra e daiein=dividir) se refere a medições e cálculos realizados sobre superfícies curvas, como a superfície do nosso planeta.

Na geometria geodésica, o termo linha geodésica é a linha mais curta que liga dois pontos de uma superfície curva. Quando essa superfície é uma esfera, essa linha forma um arco que cruza um grande círculo da esfera, que é o círculo de maior diâmetro possível naquela esfera, como as linhas de longitude (ou meridianos) e o equador da terra.

O domo geodésico pode ser definido, de forma resumida, como um poliedro (ou sólido) irregular gerado a partir da projeção das faces de poliedros regulares, composta por elementos triangulares justapostos e organizados de forma que todos os seus vértices sejam congruentes com um grande círculo da esfera.

Na geometria, existem apenas cinco poliedros que podem ser inscritos em uma esfera de forma simétrica e regular, de forma que todos os seus vértices sejam congruentes com grandes arcos da esfera, os chamados sólidos platônicos.

Para que as formas geodésicas mantenham essa característica estrutural própria dos poliedros regulares eles são geradas a partir da projeção das faces de qualquer um desses sólidos nos grandes arcos da esferas em que eles estão inscritos. O número de divisões do arco da esfera determina a frequência (V) da esfera geodésica. Como as projeções geradas a partir do icosaedro possuem a melhor relação entre o volume de material e a área da superfície da estrutura, esse é o sólido mais utilizado atualmente para se construir domos.

Os domos geodésicos são formados a partir da secção da esfera geodésica em uma de suas frações, mas apenas as geodésicas de frequência par (V2, V4, V6, etc…) terão a bases regular ao serem seccionadas em seus hemisférios. Por esse motivo, os domos geodésicos de frequência par também são mais comuns. A escolha da frequência e da secção a ser feita dependerá do uso que será dado ao domo, e cada projeto exigirá um estudo particular, mas, comumente, utilizam-se frequências menores para domos pequenos e maiores para domos de grande porte.

Desvantagens dos domos geodésicos:

– Impermeabilização: Como tem muitas superfícies de interseção em comparação com as estruturas convencionais, a impermeabilização requer mais cuidados pois devem ser impermeáveis, tanto as superficies como suas uniões.

– Dificuldade de encontrar esquadrias: Portas e janelas devem ser fabricadas especialmente e podem ser mais caras, justamente por serem fora do padrão.

– Espaço não utilizado: Sua cobertura circular reduz a altura livre em torno das paredes externas da casa.

– Valor de revenda: Por não ser uma forma comum para construções, poderá ser mais difícil revender o imóvel.

Texto enviado por Diogo Marques da Domos Cantareira

Edifício em Porto Alegre recebe certificação de sustentabilidade inédita no Brasil

Edifício em Porto Alegre recebe certificação de sustentabilidade inédita no Brasil. O prédio da Sicredi conquistou o selo LEED EB O&M na categoria Platinum.

O reconhecimento ao Centro Administrativo Sicredi (CAS), inédito no País e o quarto na América Latina, representa o mais alto prêmio concedido a edifícios que demonstrem excelência na adoção de práticas sustentáveis e eficientes na gestão.

O processo de certificação LEED EB O&M Platinum envolveu o monitoramento continuo das práticas de gestão de facilidades que incluem: gestão de energia, água, compras, gestão de resíduos, qualidade do ambiente interno, qualidade ambiental externa, mobilidade, conforto ambiental, saúde do usuário e limpeza sustentável.

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Além de atender a pré-requisitos obrigatórios, como eficiência energética e eficiência hídrica mínima, e de demonstrar observância a condições obrigatórias de renovação de ar, também é necessário somar pontos obtidos em função de atendimentos aos chamados critérios não mandatórios. Para obter a certificação Platinum, é necessário obter, ao menos, 80 pontos dentro de uma escala de 110.

O Sicredi obteve 88 pontos na escala de pontuação, uma certificação de sustentabilidade inédita no Brasil, sendo o melhor resultado na América Latina na categoria.

certificação de sustentabilidade inédita

Para alcançar  a certificação de sustentabilidade inédita, a primeira LEED EB_OM Platinum do Brasil, o Sicredi teve que mostrar resultados, tais como:

– Eficiência energética 18% superior à meta, que contou com a contribuição de estratégias, tais como instalação de sistema regenerativo de energia nos elevadores, retrofit do sistema de iluminação artificial do estacionamento e automação dos computadores.

– Eficiência hídrica próxima a 50%, capaz de garantir a totalidade dos pontos neste quesito, oriunda de estratégias como a utilização de água de reuso e sensor de chuva para irrigação; utilização de água de reuso nos sanitários e nas torres de resfriamento; e adequação dos metais sanitários.

– Adoção de linha de produtos de limpeza com o Green Seal, que atende a critérios de toxicidade, compostos orgânicos voláteis e saúde humana, e utilização de equipamentos de limpeza de baixo impacto ambiental e sonoro.

– Alta porcentagem de utilização de transporte alternativo, incentivada por meio de estratégias, tais como o programa de incentivo à carona e a implantação de bicicletário com cobertura fotovoltaica.

– Adoção de estratégias de redução do efeito “Ilha de calor”, tanto nos pisos quanto nas coberturas.

– Implantação de procedimentos de gestão dos sistemas prediais, tais como auditorias de energia e comissionamento contínuo das instalações consumidoras de energia.

– Adoção de fontes de energia renovável “off site”.

– Paisagismo: predominância de espécies nativas ou adaptadas ao habitat local e utilização de técnicas de baixo impacto

– Gestão de resíduos: implantação de central de resíduos e envio de mais de 60% dos materiais para reciclagem ou compostagem de resíduos orgânicos e podas de jardim no próprio empreendimento.

Além disso, diversas estratégias permitiram o envolvimento de toda a equipe de colaboradores do Sicredi. Desde a comunicação objetiva, por meio de sinalização, até ações lúdicas, como o “espaço sensorial” – no qual os ocupantes puderam vivenciar a diferença entre um espaço sustentável -, a cultura empresarial ficou explícita no resultado alcançado, sendo a certificação LEED EB O&M Platinum uma conquista inédita que o Sicredi compartilha com todo o Brasil.

Fonte: GBC Brasil Fotos: Sicredi

Geração de energia por consumidores cresce 400% em 1 ano

A Aneel estima que o mercado de geração de energia por consumidores vai continuar a crescer e, até 2024, o Brasil deverá ter 1,2 milhão de unidades produzindo eletricidade. Por outro lado as distribuidoras querem que esses consumidores paguem por uso de rede.

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em setembro deste ano o número de geração de energia por consumidores no país chegou a 5.525. No mesmo mês do ano passado, eram 1.155. Em setembro de 2014, apenas 293 consumidores geravam a própria energia.
O sistema de mini e microgeração distribuída permite que qualquer pessoa gere sua própria energia para consumo. Se houver excedente, ela será descontada do crédito que ficou na distribuidora. O consumidor tem até 60 meses para gastar o excedente. E é permitido descontar desse crédito a energia consumida em outro imóvel, desde que esteja no nome da mesma pessoa.

O aumento da mini e microgeração, porém, acendeu um alerta nas distribuidoras de energia que reclamam que esses consumidores utilizam suas redes sem pagar por isso. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite, o impacto hoje é pouco significativo mas, se esse tipo de geração continuar a crescer, a receita dessas empresas pode ser prejudicada.

“Da forma como está hoje, o consumidor que instala uma microgeração não paga pelo uso da rede e deixa um ônus para os outros consumidores e para as distribuidoras”, afirma.

Leite afirmou que as concessionárias esperam que a Aneel regulamente o decreto 8.828, que permite a cobrança da chamada tarifa binômia para os consumidores de baixa tensão. Essa tarifa permite separar o custo da eletricidade do custo pelo uso da rede de distribuição, chamado “custo fio”.

A Aneel informou, no entanto, que ainda não há previsão para a regulamentação da tarifa binômia. Ainda de acordo com a agência, qualquer mudança só será feita em cinco anos e, caso a tarifa pelo uso da rede de distribuição seja implantada, não poderá valer para quem já tem o sistema de microgeração instalado.

Microgeração solar

A geração solar é a mais popular entre a geração de energia por consumidores que optaram pela microgeração distribuída. Das 5.525 conexões, 5.437 são desse tipo. Do restante, 40 são por eólica, 26 por biogás, 15 solar/eólica, cinco hidráulica e duas por biomassa. Segundo a Aneel, 78% dessas conexões estão instaladas em residências. Juntas, elas tem potência de 51.821 quilowatts (kW).

Como gerar energia solar?

Para quem se interessar em gerar a própria energia, o primeiro passo é contatar uma empresa para fazer um estudo sobre a viabilidade do sistema. A eficiência dos painéis solares depende de fatores como a região e da posição do telhado. Esses fatores interferem no tempo que o consumidor vai levar para “recuperar” o investimento.

Em geral o tempo médio é de 8 anos, mas em regiões mais ensolaradas – e onde o custo da energia é mais caro – esse tempo pode cair para 5 ou 6 anos, segundo informações da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

Hoje, em 21 estados e no Distrito Federal, a geração de energia por consumidores que usa a rede da distribuidora para guardar o excedente não paga ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Entretanto, essa cobrança é feita em Santa Catarina, Amazonas, Paraná, Espírito Santo e Amapá. A isenção do imposto foi articulada pelo governo e entidades do setor elétrico para tornar a microgeração mais barata.

Fonte: G1

As ligações clandestinas de esgoto e a crise hídrica das próximas décadas

Ligações clandestinas de esgoto prejudicam o meio ambiente e a saúde das pessoas, além de contribuírem para a crise hídrica das próximas décadas.

Desde que a Revolução Industrial alterou a forma como nos organizamos em sociedade, buscamos a facilidade de acesso e as comodidades dos centros urbanos. Este fato é comprovado pela taxa de urbanização, medida pelo IBGE, que cresceu em torno de 53% nos últimos 70 anos. Esse aumento impactou diretamente a oferta de serviços básicos como o saneamento ambiental. A falta de estrutura para atender toda a população criou uma situação de elevados impactos ambientais com o descarte de efluentes sem tratamento em recursos hídricos.

Neste contexto, a falta de estrutura adequada faz com que grande parte do esgoto produzido nas cidades contamine as águas e intensifique a eutrofização. Identificar um ambiente eutrofizado pode ser algo simples, pois formam-se verdadeiros gramados na superfície da água, tamanha a proliferação de algas microscópicas ou de plantas aquáticas. Tal condição indica uma situação de extremo desequilíbrio do ecossistema, em que a poluição, frequentemente associada ao descarte de efluentes domésticos (esgoto), favorece o crescimento intenso desses organismos. Nestas condições observamos que a água adquire a coloração verde resultante da grande presença de algas e vegetais aquáticos.

Tal situação acaba muitas vezes dificultando e até impedindo os usos múltiplos previstos para os recursos hídricos, uma vez que pode ocorrer a produção de toxinas por algas e/ou cianobactérias. O aumento populacional (maior volume de esgoto) e o aumento da temperatura do planeta são fatores que podem contribuir para que tenhamos uma condição muito desfavorável à conservação da qualidade dos recursos hídricos, já que a radiação solar e a disponibilidade de alimentos favorecem o processo de eutrofização.

Os nutrientes associados ao esgoto são “um prato cheio” para as algas, que encontram condições para sua multiplicação. Ações de sensibilização da população para regularizar a rede de esgoto ou até mesmo para cobrar os governantes pela disponibilidade em casos de ausência de coleta, podem ajudar a controlar o fenômeno da eutrofização. Além disso, problemas como a falta de água, pelo comprometimento da qualidade, serão minimizados e permitirão o uso sustentável das águas.

Neste sentido, medidas conscientes como a regularização das redes de esgoto, além das políticas públicas voltadas à gestão das águas e ao tratamento de efluentes são fundamentais e podem contribuir significativamente para que o problema da crise hídrica nos próximos anos seja minimizado.

 

Matéria enviada por: Augusto Lima da Silveira e Rodrigo Berté, professores da área ambiental do Centro Universitário Internacional – UNINTER

Telha solar: o novo lançamento da Tesla

Telha solar: o novo e incrível lançamento da Tesla. São quatro estilos distintos de telhas solares que foram apresentadas recentemente por Elon Musk.

Após revolucionar o mercado com um sistema de armazenamento inovador que promete tornar as edificações completamente independentes da rede elétrica tradicional, usando energias renováveis. Elon Musk, chefe executivo da Tesla, surpreendeu mais uma vez e apresentou as telhas solares feitas de vidro, em uma forma muito mais atraente para adicionar painéis solares nas edificações, em comparação com as tecnologias utilizadas atualmente .

O lançamento ocorreu no Universal Studios, Los Angeles, no que costumava ser o set do programa de televisão Desperate Housewives.

telhas solares tesla
Foto: Reuters

A telha solar vem em quatro estilos distintos, “Textured Glass Tile”, “Slate Glass Tile”, “Tuscan Glass Tile” e “Smooth Glass Tile”, com aparências estéticas diferentes, mas todas se assemelham bastante a um estilo de material de cobertura existente.

telha solar tesla
Imagem divulgação Tesla

telha solar Tesla
Imagem divulgação Tesla

Naturalmente, quando falamos neste tipo de tecnologia, logo vem a preocupação com o preço. Segundo Musk, o sistema custará menos do que o custo total de um telhado tradicional, somando o sistema de painéis fotovoltaicos, mas se recusou a fornecer preços específicos no momento.



 

As versões atuais das telhas têm uma perda de dois por cento na eficiência em relação a um painel solar tradicional, de acordo com Elon Musk. Mas a empresa está trabalhando com a 3M para melhorar este potencial e, possivelmente, ficar acima da eficiência atual.

Veja também: 10 novidades em captação de energia solar

O produto deve começar ser comercializado no verão (do hemisfério norte) do próximo ano. A empresa americana tem planos para começar com uma ou duas das suas quatro opções de telhas solares, em seguida, gradualmente expandir as opções ao longo do tempo. Como são feitas de vidro de quartzo, elas devem durar mais tempo do que as telhas tradicionais.

telha solar tesla
Foto: Reuters

Também fez parte do lançamento desta semana o Powerwall 2, o novo sistema de bateria da empresa, que tem como objetivo armazenar a energia excedente dos painéis solares e deve custar aproximadamente US $ 5.500.

 

Veja o vídeo de apresentação das telhas solares da Tesla:

 

Fontes: BBC, Techcrunch, Tesla



Piauí obriga a adoção de medidas sustentáveis nas construções

Governador do Piauí sanciona lei que obriga a adoção de medidas sustentáveis na construção civil, nas obras construídas pelo poder público estadual.

O governador Wellington Dias (PT) sancionou a lei 6.888, de autoria do deputado estadual Robert Rios (PDT), que obriga a adoção de medidas sustentáveis na construção civil. De acordo com o texto da lei, o objetivo é assegurar a proteção do meio ambiente mediante a determinação do emprego de técnicas sustentáveis nas obras construídas pelo poder público estadual.

Entre as medidas estão a economia e reutilização da água, eficiência energética, gestão dos resíduos sólidos, a permeabilidade do solo, o uso de energia solar através de placas fotovoltaicas, coberturas verdes quando o ambiente permitir, além de dar preferência a materiais compostos de substancias não toxicas e não utilizar insumos que possam poluir o meio ambiente ou cuja produção seja ecologicamente imprópria.

“Todas as construções civis executadas pelo Estado, diretamente por sua administração ou por meio de agentes contratados, sejam prédios públicos ou conjuntos habitacionais, deverão, obrigatoriamente, empregar critérios de sustentabilidade ambiental, eficiência energética, qualidade e procedência de materiais, conforme as diretrizes em lei”, diz na lei elaborada por Robert Rios.

A sanção foi publicada no Diário Oficial do Estado, na edição de 20 de outubro.

 

Via: Jornal O Dia – Por: João Magalhães

Estudante de arquitetura faz maquetes com lixo eletrônico

Estudante de arquitetura mineiro preocupado com o problema global dos resíduos, decide fazer algo inovador, e cria maquetes com lixo eletrônico.

Apesar de estudar arquitetura, Rafael dos Santos Silva também tem conhecimento na área da informatica e gosta de tecnologia. Ele acredita que todo esse avanço tecnológico veio para nos auxiliar, mas também, com isso, cresce os riscos ambientais.

O lixo eletrônico quando descartado incorretamente, traz diversos problemas a saúde e ao meio ambiente, tais como: Contaminação do lençol freático e das plantas, consequentemente dos animais e ser humano, uma verdadeira cadeia, pois estes contém diversos metais pesados, como chumbo, mercúrio, zinco, cobre, carbono e etc, que podem desenvolver diversos problemas a saúde.

Estudante de arquitetura preocupado com o problema global dos resíduos, decide fazer algo inovador,e cria maquetes com lixo eletrônico.

maquetes com lixo eletrônico

 

Pensando nisso, Rafael decidiu então reciclar e reutilizar o lixo eletrônico de uma forma artística. A ideia teve inicio no começo de fevereiro deste ano, quando, sentado na frente do computador, observou algumas peças estragadas que estavam em cima da mesa, e viu nessas peças alguns prédios. Começou então o trabalho de reciclagem que durou 4 meses, feito isso iniciou o processo de desmontagem dos computadores e criação dos prédios (também 4 meses) totalizando 8 meses.

 

O projeto das maquetes com lixo eletrônico:

São maquetes com lixo eletrônico dos mais variados tamanhos. Aliando arquitetura e arte, criou maquetes de cidades reutilizando somente peças de computador. A escolha do material foi para manter um padrão e coerência ao seu trabalho. Hoje são 13 maquetes finalizadas e 2 em fase final.

Estudante de arquitetura preocupado com o problema global dos resíduos, decide fazer algo inovador,e cria maquetes com lixo eletrônico.

 

maquetes com lixo eletrônicoAs peças para criação das maquetes Rafael consegue com amigos da área da informatica, lojas de Belo Horizonte e outras são achadas na rua.

Recententemente (setembro/2016), o estudante foi reconhecido pelo RankBrasil – Livro dos recordes brasileiro, com o recorde de maquete com o maior numero de peças de computador com 1.867 peças.

“Levo hoje estes projetos em feiras, eventos culturais, exposições de escolas, com uma forma de conscientizar e incentivar a pratica da reciclagem e reutilização (o conhecido 3R), abordo assuntos desta importância como sustentabilidade e etc… Mostro e explico meu trabalho e origem das peças, em forma de palestra e bate papo.” Conta Rafael

Rafael já participou de exposições em faculdade, escolas nível fundamental e médio em Minas Gerais e quer difundir esta ideia para outros estados também.

 

Imagens e texto enviados por  Rafael dos Santos Silva

Ônibus elétrico detecta pedestres e ciclistas na Europa

Ônibus elétrico, assim como qualquer automóvel elétrico, é significativamente silencioso, portanto muito mais fácil de passar despercebido pelos pedestres. Uma multinacional desenvolveu uma tecnologia avançada em seus modelos de ônibus que detecta pedestres e ciclistas e ajuda a prevenir colisões.

O sistema foi apresentado na Feira Internacional do Automóvel (IAA) em Hannover na Alemanha. Ainda este ano será testada na linha 55 na cidade de Gotemburgo, na Suécia. Os detectores serão colocados em toda frota do fabricante Volvo na Europa em 2017.

A velocidade inferior a 50 km/h de um ônibus elétrico é muito mais silencioso do que um ônibus movido a diesel. Uma velocidade mais elevada, a maior parte do ruído é provocado pelo atrito entre os pneus e a superfície da pista.

 

Para detectar pedestres e ciclistas, que possam colidir com o ônibus elétrico, o sistema utiliza uma câmara instalada no exterior do veículo, com sistema de processamento de imagem e algoritmos. O motorista recebe o alerta com sinais de luz e som. Na parte externa o som é emitido através de alto-falante para avisar o pedestre ou o ciclista. A Volvo afirma que o sistema é particularmente útil em velocidades abaixo de 31mph, quando o ruído da estrada é baixo, e assim o ônibus elétrico pode transitar quase silencioso.

Caso o motorista detecta um risco iminente de um acidente, ele não precisa esperar os sensores, e sim usar a boa e velha buzina.

A Volvo vem se consolidando na tecnologia híbrida, onde desde 2010 começaram a ser produzidos ônibus elétricos em escala comercial, chegando a dois mil ônibus vendidos em 21 países de todo o mundo.

Confira o vídeo de ônibus elétrico que detecta pedestres e ciclistas:

 

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Ônibus 100% elétrico movido a bateria está em teste em SP 

Fonte e imagens: Volvo



Estação de trem em contêineres na Holanda

Essa estação de trem em contêineres na Holanda, projetada pelo escritório NL Architect, foi construída em tempo recorde para dar mais conforto aos usuários.

 

O projeto conta com três módulos suspensos de contêineres marítimos, e o destaque do layout fica por conta de um contêiner posicionado na vertical, que sugere as tradicionais torres de relógio.

Estação de trem em contêineres na Holanda
Estação de trem em contêineres na Holanda
Estação de trem em contêineres na Holanda

A torre tem no seu topo uma imagem de uma galinha dourada, fazendo referência a agricultura local, onde predomina a indústria do ovo. A linha férrea é chamada de “linha de galinha”.

Relacionado: Conheça as vantagens e desvantagens das construções em contêineres.

A ideia surgiu após estudos que mostraram que o tempo de espera parece passar três vezes mais devagar do que o normal, principalmente em lugares pequenos, e que não apresentam nenhum tipo de atração. Buscando inovar, a estação Barneveld Noord , localizada em Utrecht, foi construída em tempo recorde com contêineres, e conta com wi-fi, banheiros, um pequeno bar e uma loja de reparos de bicicletas.

Uso de contêineres na Holanda
Estação sustentável na Holanda

Os arquitetos escolheram usar os contêineres para ter uma construção mais limpa e rápida e para que a estrutura possa ser facilmente ser realocada, se necessário.

 

Fonte: Mobilize Fotos: NL Architects

Primeiro jardim ambulante roda pelas ruas de Londres

O jardim ambulante feito de alumínio reciclado, roda pelas ruas de Londres obedecendo os desejos das plantas, mas também pode ficar em um lugar parado para melhorar a qualidade do ar local.

Com o nome de Hortum Machina B, o jardim ambulante foi desenvolvido no Interactive Architecture Lab, um laboratório em Londres onde os alunos exploram o potencial de computação, robótica e tecnologias. Lá os alunos também podem construir e testar novos espaços de interação. O projeto foi desenvolvido por dois alunos, entre eles um arquiteto brasileiro Danilo Sampaio e o engenheiro maltês  William Camilleri.

Jardim Ambulante

A máquina possui forma esférica, redonda feita de alumínio reciclável, com 3 metros de altura, e 400 quilos. Dentro Hortum Machina B há várias plantas nativas da região, para que sobrevivam sem a intervenção humana. Os estudantes se inspiraram nos domos futuristas idealizados pelo arquiteto americano Buckminster Fuller.

Jardim Ambulante

As plantas não têm sistema nervoso, mas como todas as coisas vivas, utilizam a eletricidade para transmitir sinais. Para isso foram usados: um eletrodo de superfície de contato, para medir os sinais; um amplificador de sinais, para convertê-los em medições legíveis; e um mapeamento para medir as frequências com o intuito de criar uma voz para as plantas.

As plantas detectam as condições ambientais como luz, vibrações, temperatura, humidade. Automaticamente, o sistema calcula se determinado ambiente é adequado para a planta ou não. Se não, o jardim ambulante se move para outro ambiente.

Jardim Ambulante

Algumas vantagens do jardim ambulante Hortum Machina B:

– melhora a qualidade do ar;

– detecta a poluição;

– extensão de um parque;

– espalha sementes;

O arquiteto Danilo Sampaio conta que já apresentou o projeto ao Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Esperamos que logo podemos ver o Hortum Machina B rodando por terras brasileiras.

Londres já foi palco de várias noticias sustentáveis como: um dos símbolos mais importante da cidade, o ônibus movido a eletricidade; o ponto de ônibus com energia renovável, e até mesmo uma árvore de Natal iluminada com couves de Bruxelas.

Imagens: Divulgação Interactive Architecture LAB

 



 

CURB: Ferramenta ajuda cidades a serem mais sustentáveis

CURB é uma ferramenta lançada pelo Banco Mundial para ajudar cidades na busca por desenvolvimento sustentável.

A iniciativa do Banco Mundial e parceiros simula implementação de projetos que buscam soluções mais limpas para problemas urbanos, tendo em vista que os centros urbanos são responsáveis por mais de 70% das emissões globais de gases causadores do efeito estufa, e as populações vulneráveis desses centros serão algumas das mais afetadas pelas mudanças do clima,

Para ajudar municípios a encontrar alternativas de desenvolvimento mais limpas, o organismo financeiro e parceiros lançaram em setembro, durante a Semana Climática de Nova York, uma ferramenta que ajuda gestores a planejar projetos urbanísticos sustentáveis. Chamada “Ação Climática para a Sustentabilidade Urbana”, a CURB é uma plataforma quer suprir lacunas de informações sobre as cidades e fornecer soluções realistas.

“A CURB oferece análises adaptadas que podem ajudar as autoridades urbanas a mais facilmente identificar, priorizar e planejar formas econômicas e eficientes para reduzir as emissões”, explicou o gerente de políticas climáticas do Banco Mundial e responsável pela concepção da ferramenta, Stephen Hammer.

A partir de uma base de dados, a plataforma estima o custo, viabilidade e impacto de diversas ações para combater as mudanças do clima. O sistema é capaz de avaliar sistemas de transporte e projetos de adaptação de edifícios, além de levar em conta mudanças tecnológicas e políticas nas simulações de diferentes cenários urbanos.

A CURB também calcula retornos de investimento, o que pode ajudar as cidades a criar empregos, melhorar a própria subsistência e aumentar a resiliência a riscos climáticos, especialmente para as pessoas de baixa renda.

 

Argentina é pioneira no uso da CURB

Buenos Aires foi a primeira cidade da América Latina a testar a iniciativa do Banco Mundial, que está ajudando a capital da Argentina a avançar seu plano atual de preparação para as mudanças do clima.

“Os gráficos de fácil utilização, projeções financeiras e outras características da CURB podem ajudar os planejadores urbanos a melhorar a comunicação e a coordenação no governo da cidade”, afirmou a assessora em sustentabilidade do governo municipal, Inés Lockhart. “Essa ferramenta é perfeita para ajudar a cidade a analisar novas ações potenciais de uma forma mais eficiente.”

Tal como em muitas outras cidades grandes, Buenos Aires tinha um problema de congestionamento gigantesco. Apesar do sistema sofisticado de transporte público, os usuários costumavam passar horas no tráfego devido ao número elevado de veículos nas ruas. Isso afetava diretamente a vida dos motoristas, reduzia a eficiência da cidade e contribuía para aumentar as taxas de emissões de CO2.

Para enfrentar os desafios do clima e da eficiência, Buenos Aires adotou medidas como a criação do sistema de Transporte Rápido por Ônibus (BRT) e um programa de uso compartilhado de bicicletas. Embora a cidade tenha conseguido realizações monumentais nos últimos anos, ainda resta muito para reduzir a pegada de carbono e atingir as metas climáticas.

Dados inexistentes? Isso não é problema

Um dos destaques da CURB são os dados substitutos: se a cidade carecer de informações, o sistema permite aos usuários utilizar dados de municípios ou países semelhantes. O objetivo é permitir que todos os centros urbanos possam utilizar a ferramenta, independentemente do tamanho ou nível de renda.

“Trata-se de uma das muitas características do projeto que atendem à necessidade de tornar todos os aspectos da ferramenta prontamente acessíveis a seu público-alvo principal: funcionários do governo local”, afirmou o especialista urbano do Banco Mundial, Silpa Kaza.

Além de Buenos Aires, mais de 100 cidades de diferentes partes do planeta – incluindo Joanesburgo, Bangalore e Chennai – estão usando ou se comprometeram a usar a CURB, que será alimentada com informações dos governos municipais. A plataforma é desenvolvida em parceria com o Grupo C40 de Liderança Climática das Cidades e o Grupo de Prefeitos, que devem difundir a CURB pelo mundo.

Entenda como funciona a CURB no vídeo abaixo (em inglês):

A CURB é um produto do trabalho da Força-Tarefa do Banco Mundial para Catalisar a Ação Climática, em parceria com o Grupo C40 de Liderança Climática das Cidades (C40), AECOM Consulting e Grupo de Prefeitos. Essa iniciativa acompanha o relatório de 2012 do Banco Mundial “Turn Down the Heat” (Reduzir o Calor), que adverte para os riscos de um mundo 4°C mais quente.

Para saber mais sobe a CURB, visite http://www.worldbank.org/curb (em inglês)

Fonte:ONU e Banco Mundial



Curso de Construção de domos geodésicos

A Domos Cantareira desenvolveu um curso prático de construção de domos geodésicos que busca ensinar a utilizar uma estrutura geodésica para construir uma casa ecologicamente sustentável, gerando o mínimo de resíduos, com investimento bem abaixo de uma construção convencional.

O curso é feito visando o máximo aproveitamento do conhecimento técnico teórico através da prática intensiva em 4 dias de convivência para cada módulo. Dessa forma, após aprender a construir a estrutura do domo, o aluno pode passar para o segundo módulo onde poderá aprender como cobrir e impermeabilizar o domo.

Módulo I – Construção da Estrututa – Dias 12, 13, 14 e 15 de Novembro

Introdução a geometria
História do domo geodésico
Diferentes tipos de domos e suas frequências
Cálculos com softwares disponíveis
Segurança no trabalho
Equipamento necessário
Corte dos ângulos
Montagem dos triângulos
Estruturação e montagem do domo

Módulo II – Cobertura e impermeabilização da cobertura – Dias 17, 18, 19 e 20 de Novembro

Materiais disponíveis para cobertura de um domo
Equipamento necessário
Como cortar e marcar os triângulos de forma ordenada
Fixando triângulos
Impermeabilizando juntas dos triângulos
Impermeabilizando a cobertura

 

A programação diária tem como objetivo ordenar as atividades funcionando como base para o desenvolvimento do curso, conforme necessidade percebida pelos instrutores, os horários podem ser flexibilizados.

 

Para maiores informações sobre o curso de construção de domos geodésicos e inscrições, clique aqui.

EDGE: Software gratuito auxilia na certificação sustentável

Com a utilização do software EDGE, o projeto pode economizar na construção até 20% de energia e água. Além de auxiliar na certificação, ele mostra aos investidores o aumento para comercialização e o retorno do investimento no edifício sustentável.

Segundo dados do Banco Mundial, o setor da construção civil representa 18% do total das emissões no mundo, além de ser responsável por 60% do uso de energia, 25% do uso total de água e 40% do uso de materiais. No esforço global para minimizar os efeitos das mudanças climáticas, a indústria da construção passa a ter um papel de destaque na redução das emissões de gases de efeito estufa.

A certificação de construção sustentável EDGE (Excellence in Design for Greater Efficiencies) da IFC (International Finance Corporation), fornece soluções técnicas aos clientes para o uso de práticas sustentáveis e mostra os custos de capital e as economias operacionais projetadas, a fim de demonstrar o business case da construção sustentável.

EDGE
Imagem: Divulgação EDGE

Para ser elegível ao certificado EDGE, as empresas precisam utilizar o software EDGE, que é grátis, para provar que seu projeto reduzirá o consumo de energia, água e a energia incorporada nos materiais de construção em pelo menos 20% em comparação a um edifício convencional.

O ideal é inserir o máximo de informações sobre o edifício, escolher sistemas e soluções para acompanhar as economias operacionais da edificação.

EDGE no Brasil

O software chega ao país para facilitar às pequenas e médias empresas do setor na adaptação das certificações já utilizadas atualmente, como: LEED, AQUA, BREEAM, DGNB, Procel Edifica, Casa Azul e Qualiverde.

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Complexo Constelação – Imagem: Divulgação Canopus

A primeira certificação a ser aplicada no Brasil, esta para um complexo de apartamentos localizado próximo a Belo Horizonte, Minas Gerais. Projeto desenvolvido em 2014 pela incorporadora Canopus. O empreendimento projetado para reduzir o consumo de até 22% de energia, 21% de água e 54% de materiais na construção, que hoje esta com 62% da obra concluída.

Veja a Demo do Software EDGE (em inglês):

https://youtu.be/dTrR36CLoYo

 

Fonte: CBIC e EDGE

Paris mais verde: lei permite que qualquer pessoa possa plantar um jardim urbano

Uma nova lei promete deixar Paris mais verde. Qualquer cidadão poderá se apropriar de um espaço público para plantio orgânico, mediante solicitação prévia.

Com a operação “du vert près de chez moi” (o verde mais perto de mim), os parisienses serão capazes de plantar jardins e hortas por toda a cidade.

É necessária uma autorização, mas a prefeitura está estimulando que todos tenham projetos criativos para deixar a cidade luz ainda mais bonita e sustentável, além de ajudar a criar laços sociais entre os vizinhos

Relacionado:Telhados verdes e/ou painéis solares serão obrigatórios na França.

Todas as ideias de plantio são bem-vindas; hortas, jardins verticais, telhados verdes, canteiros de flores, qualquer coisa que a imaginação permitir; tais como os exemplos abaixo:

paris mais verde
Foto: Christophe Noël
paris mais verde
Foto: Christophe Noël
paris mais verde
Foto: Christophe Noël
paris mais verde Permis de végétaliser
Foto: Christophe Noël

O processo para aplicar para uma licença é fácil, o pedido é feito em poucos cliques através do site da prefeitura, e fica pronto em um mês.

Após a autorização o cidadão assina uma ” Carta de Vegetação” se comprometendo a usar plantas locais que promovam a biodiversidade de Paris, a utilizar métodos sustentáveis, sem recorrer a pesticidas, além de garantir a estética e manutenção de suas plantas e materiais. E logo recebe um kit de plantio, incluindo solo e sementes fornecido pela prefeitura, como incentivo.

A licença para plantio é emitida para o desenvolvedor do projeto por um período de 3 anos, que pode ser automaticamente renovável.

A autorização não se destina a projetos de espaço privado, nem a espaços verde existentes (parques, jardins, praças), a ideia é criar novos jardins urbanos, em áreas que não eram aproveitadas anteriormente.

O objetivo da prefeita de Paris, Anne Hidalgo é deixar Paris mais verde, criando 100 hectares de novos espaços verdes até o ano de 2020, sendo um terço da vegetação dedicada à agricultura.

Via: Paris.fr

BNDES prioriza energia solar e deixa de lado as térmicas

BNDES prioriza energia solar, dará mais apoio às fontes alternativas e extinguirá apoio a térmicas a carvão e óleo.

A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou novas condições de financiamento para o setor de energia elétrica. As alterações, que refletem a estratégia do BNDES para o setor, em cooperação com o Ministério de Minas e Energia e Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), visam contribuir para a ampliação de fontes de energias alternativas na matriz elétrica brasileira e direcionar investimentos em TJLP para projetos com alto retorno social e ambiental.

Nesse sentido, o Banco aumentou sua participação no financiamento a energia solar (de até 70% para até 80% em TJLP), manteve em até 80% sua participação em projetos de eficiência energética e definiu o mesmo nível de participação para projetos de iluminação pública eficiente. Não haverá apoio a investimentos em termelétricas a carvão e óleo combustível, usinas com maior emissão de poluentes. O Banco também manteve elevada sua participação (em até 70% em TJLP) nas demais energias alternativas: eólica, PCHs, biomassa e cogeração.

Em linha com o objetivo de estimular alternativas de financiamento privado na composição dos novos financiamentos, o Banco reduziu sua participação para até 50%, em TJLP, em investimentos em grandes hidrelétricas (era até 70%).

As condições gerais, que servirão para todos os segmentos do setor de energia, incluem a possibilidade de o BNDES subscrever até 50% do valor das debêntures a serem emitidas pela empresa tomadora do crédito; Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD) mínimo de 1,3 para geração de energia e 1,5 para transmissão; e a exigência de participação mínima de 20% de recursos próprios do investidor. O valor total do apoio do BNDES, incluindo o financiamento e as debêntures, não poderá ser superior a 80% do valor total dos itens financiáveis. O spread será de 1,5% para todos os segmentos e não haverá a concessão de empréstimos-ponte.

A prioridade concedida à energia solar, refletida em melhores condições financeiras, decorre do fato de se tratar de tecnologia em fase inicial de desenvolvimento no país. Por essa razão, demanda estímulos para alcançar economias de escala e ganhos associados à difusão tecnológica, com preços mais competitivos.

Em relação à linha de eficiência energética, que abrange investimentos em modernização de equipamentos, instalações e processos industriais, a prioridade dada pelo Banco decorre da necessidade de aumentar a economia de energia no país, aliada à melhora dos serviços oferecidos e a maior proteção ao meio ambiente.

A inclusão do financiamento a projetos de iluminação pública eficientes busca propiciar economia de energia associada a impacto sensível na qualidade de vida da população, em aspectos como segurança pública, segurança no trânsito e lazer noturno. Além disso, desempenha relevante papel no desenvolvimento econômico urbano e na preservação e geração de empregos, na medida em que influencia o desempenho do comércio e dos serviços locais. Até então, as condições de financiamento do Banco a esses investimentos eram definidas caso a caso nos editais de concessão.

As mudanças nas condições de apoio à transmissão e distribuição têm, como pano de fundo, a premissa de que é papel do regulador garantir retorno que remunere os investidores pelo risco dos projetos e, ao mesmo tempo, garantir preços adequados ao consumidor. Por essa razão, as novas condições ampliam a participação do mercado privado no financiamento aos dois segmentos.

Na distribuição o financiamento manteve-se em até 50%, com redução da parcela em TJLP de 70% para 50%. Para projetos de leilões de transmissão de energia elétrica, o BNDES inova ao estruturar financiamento a custo de mercado (em vez de TJLP), com prazo mais longo (20 anos de amortização, no sistema PRICE, ao invés de 14 anos, no sistema SAC) e participação até 80% no financiamento total.

Essa proposta abre espaço para a emissão de debêntures de infraestrutura, cujos prazos de financiamento são de cerca de 10 anos. Nesse sentido, para estimular a emissão de debêntures, o valor do crédito do BNDES será calculado pelo índice de cobertura do serviço da dívida (ICSD) mínimo de 2,0, sendo que o limite de endividamento global (BNDES + outros credores) será dado pelo ICSD mínimo de 1,5.

As novas condições do BNDES são as seguintes:

1. Eficiência energética e iluminação pública
Participação: até 80% dos itens financiáveis
Custo: 100% TJLP

2. Solar:
Participação: até 80% (anterior 70%) dos itens financiáveis
Custo: 100% TJLP

3. Eólica, biomassa, cogeração e PCH
Participação: até 70% dos itens financiáveis
Custo: 100% TJLP

4. Hidrelétrica
Participação: até 50% (anterior 70%) dos itens financiáveis
Custo: 100% TJLP

5. Termelétrica a gás natural em ciclo combinado
Participação: até 50% (anterior 70%) dos itens financiáveis
Custo: 100% TJLP

6. Transmissão
Participação: até 80% dos itens financiáveis
Para projetos de leilões públicos, estruturados na modalidade Project Finance, o valor do crédito do BNDES será determinado pelo ICSD mínimo de 2,0, e a alavancagem geral pelo ICSD mínimo de 1,5.
Custo: Moeda de mercado (anterior 100% TJLP)
Prazo de amortização: 20 anos (anterior 14 anos), no sistema PRICE

7. Distribuição:
Participação: até 50% dos itens financiáveis
Custo: 50% TJLP / 50% mercado (anterior 70% TJLP / 30% mercado).

Em todas as linhas, foi mantido spread básico de 1,5%.

As novas condições passam a valer para os próximos leilões de outubro e dezembro de 2016.

Fonte: BNDES