Shigeru Ban reutiliza escombros de terremoto para construir abrigos no Nepal

O célebre arquiteto japonês Shigeru Ban está sempre inovando na busca por materiais mais sustentáveis e de baixo custo, como por exemplo nas suas obras feitas com tubo de papel.

Mas o ganhador do Prêmio Pritzker de 2014 surpreendeu mais uma vez ao anunciar recentemente seu plano de reutilizar escombros dos edifícios desmoronados pelo devastador terremoto de 7,8 graus de magnitude no Nepal em abril.



O escombros serão utilizados como material de construção em forma de tijolos para abrigos de emergência transitórios, que irão servir aos refugiados. 

Estes abrigos serão montado a partir de estruturas modulares de madeira preenchidas com os tijolos de entulhos. As treliças do telhado serão feitas a partir de tubos de papel locais e cobertas com uma manta de plástico.

Shigeru Ban Nepal

Shigeru Ban e sua organização humanitária, Voluntário Arquitetos Network (VAN), anunciaram o plano para construir abrigos de emergência no Nepal em maio, mas só agora que os protótipos foram liberados.

O sistema é montado ligando as estruturas modulares de madeira, que medem 90cm x 210 centímetros. Este método de construção simples e de baixo custo permite que qualquer pessoa possa montar a estrutura de madeira muito rapidamente e logo o telhado, garantido a cobertura.

Assim as pessoas podem começar a ocupar os abrigos imediatamente, e posteriormente terminar o preenchimento dentro das molduras de madeira, empilhando os tijolos de entulho até completar a construção.

Shigeru Ban irá reutilizar escombros de terremoto

O estilo da construção faz referência ao estilo de arquitetura nepalês, particularmente com o uso de janelas maxim ar.

A proposta das casas transitórias de Ban é o segundo passo no plano da VAN de três estágios; a primeira etapa envolveu a distribuição de abrigos improvisados ​​e suprimentos médicos nos dias imediatamente a seguir ao terremoto.

O primeiro protótipo construído da casa de transição que vai reutilizar escombros será construído até o final de agosto. Ban deve revelar em breve seus projetos para habitações permanentes, como parte da terceira e última etapa.

Shigeru Ban irá reutilizar escombros de terremoto

Fonte: Inhabitat

Imagens: Shigeru Ban

Clique para sabe como doar ao projeto de Shigeru Ban no Nepal



Um dos símbolos de Londres vai ganhar uma versão ecológica

Um dos símbolos do transporte público de Londres vai ganhar uma versão ecológica. A partir de 2015, a Transport for London – TfL, empresa responsável pelos transportes na capital inglesa, vai testar veículos deste tipo movidos com eletricidade armazenadas em baterias.

Um contrato de cinco anos com as rotas 507 e 521 vai permitir que 51 veículos elétricos entrem em operação. Isso significa que elas serão a segunda e terceira rotas exclusivamente com ônibus elétricos depois da rota 16.

Atualmente, Londres possui 8 mil e 700 ônibus que transportam por dia 6,5 milhões de pessoas. A previsão é que até 2020 todos os veículos do transporte público do centro de Londres sejam substituídos por veículos com zero emissão de carbono.

londres bus eletrico versão ecológica

Qual o desafio?

Por serem veículos muito altos, inspirados nos famosos Routemasters, é inviável colocar baterias de grande porte na estrutura da carroceria. Sendo assim, o diretor de serviço de ônibus do TfL, Mike Weston, revelou que a solução é criar pontos de recargas rápidas espalhados pela cidade. Desse jeito, os ônibus podem ter baterias menores.

“Se fossemos colocar baterias dentro dos ônibus, não teríamos lugar para os passageiros”, revelou Weston. “Por isso é um desafio criar um ônibus elétrico. Estamos vendo cada vez mais interesse na eletrificação completa dos ônibus, não só no Reino Unido como na Europa e em muitas partes do mundo.”

O sistema vai funcionar da seguinte maneira: a recarga será sem fio. Haverá uma placa no solo que vai possibilitar a transferência de energia. O ponto vai transferir para o conjunto de baterias do ônibus uma carga de 10kW a cada cinco minutos. O ônibus para sobre esta placa, rebaixa a suspensão a 15 centímetros do chão e recebe o carregamento elétrico.

 

Matéria original: TecMundo Por Paulo Felipe Manosso Vidal

 



 

Horta orgânica em tapume de obra vira atração em Florianópolis

Ideias simples são capazes de transformar atitudes. Uma ação de marketing de um restaurante em reforma no centro Histórico de São José, na grande Florianópolis, é a prova disso e está dando o que falar.

Os proprietários do futuro negócio, instalaram uma horta orgânica vertical no tapume da obra, que fica disponível para quem quiser pegar de forma gratuita. Foram plantados manjericão, pimenta, salsinha e outros temperos em 20 vasinhos dispostos na fachada do edifício.

Horta orgânica em tapume

Segundo eles, quando pensaram no tapume para cobrir a obra do casarão do século XIX, perceberam que o impacto visual seria muito grande, por isso pensaram em uma maneira criativa de diminuir o impacto e interagir com as pessoas que passavam pela rua histórica.

Quando comentaram sobre a ideia, muitos disseram que não funcionaria, que os vasos seriam roubados, que o tapume seria pichado, mas o mais interessante é que não houve vandalismo, provando que ideias positivas, geram atitudes positivas.

Eles plantam novas mudas e regam as plantas toas as manhãs. A ação teve uma repercussão tão positiva que já planejam uma nova intervenção no local, que futuramente contará com um restaurante, café, espaço cultural e biblioteca.

A obra está prevista para finalizar no final de agosto, quando o tapume será retirado, e a fachada, que é tombada, será novamente exibida.

Veja o vídeo da ação:



O consumo de energia elétrica nas edificações no Brasil

“Adotando-se uma política integrada de eficiência energética englobando construção, reforma e operação de edificações, considerando taxas de retorno favoráveis, conseguiríamos atuar efetivamente para realizar o potencial técnico de conservação de energia elétrica, de até 15% do total da eletricidade consumida no Brasil.”

Um dos principais desafios do país e dos clientes consumidores de energia atualmente é encontrar soluções céleres, econômicas e significativas para superar as dificuldades em relação ao cenário energético e hídrico que preocupa a sociedade e influencia nosso desenvolvimento econômico. O custo de energia está alto e pode aumentar ainda mais. Existem duas formas básicas de se obter mais energia: produzindo a mesma através de um dos mecanismos disponíveis na matriz energética brasileira (hidroelétricas, termoelétricas, usinas nucleares, dentre outros) ou otimizando racionalmente o uso final da energia atual, observando também as perdas associadas. A primeira solução demanda tempo e altos investimentos o que não resolveria a curto e médio prazo a situação. Utilizar melhor a energia e reduzir as perdas através da execução de projetos de eficiência energética é a forma mais rápida e de menor custo para a sociedade.

Analisando o tema, conforme o BEN 2015 (Balanço Energético Nacional), nossas edificações (no segmento industrial, comercial, serviços, residencial e público) são identificadas como a principal demanda de eletricidade do país, responsável pelo consumo de cerca de 50% do total da eletricidade consumida no País. Todavia, através do movimento de construção sustentável, onde eficiência energética desponta como um dos principais temas, esse consumo pode ser reduzido e muito.

Cresce no país a mobilização de organizações e associações trabalhando no incentivo às práticas de construção sustentável e economia de energia. Dentre as principais atividades destes grupos há a promoção de sistemas de certificação, etiquetagem e Selo de edificações projetadas e construídas buscando maximizar seu desempenho energético, bem como atividades de readequação energética de edificações existentes.

Vários pontos devem ser observados para reduzir o desperdício de energia em edificações, onde os principais sistemas consumidores de energia elétrica são a climatização e a iluminação. A envoltória do prédio é outro ponto que deve ser observado, pois atua diretamente em todos os sistemas consumidores da edificação.

Atualmente temos 224 edificações certificadas LEED no Brasil e 11 edificações certificadas pelo recém-criado Selo Procel Edificações, além de 29 edificações classe A no Programa Brasileiro de Etiquetagem. Uma análise, considerando a média de economias comprovadas nestas edificações, mostra que as edificações brasileiras apresentam um potencial de redução médio de 30% no consumo de energia elétrica.

Considerando o total de energia elétrica disponibilizada no país, descontadas as perdas, o consumo no Brasil chega a 516,6 TWh[1], deste valor 258 TWh, ou o equivalente a R$ 117 bilhões2 são consumidos nas edificações. O potencial técnico estimado de redução de consumo nos prédios energeticamente eficientes é de 77,5 TWh, fomentado por uma política integrada de eficiência energética que englobe projeto, construção, reforma e operação das edificações, diante de taxas de retorno favoráveis. Ou seja, realizar este potencial trará imediatamente benefícios para a sociedade e com menores custos, garantindo para o país praticamente o montante de energia produzida pela Usina de Itaipu. Também significaria reduzir em 65% o uso das Termoelétricas reduzindo emissões poluentes e economizando quantias financeiras relevantes aos cofres públicos.

Para o cliente final é uma redução de R$ 35,2 bilhões onde os principais sistemas consumidores são a climatização e a iluminação.

Cabe ressaltar que a readequação energética (reformas/ retrofits) também pode resultar em inúmeros benefícios diretos e indiretos para o Governo, Iniciativa Privada e Sociedade. No mercado brasileiro de edificações já é possível encontrar diversas soluções e serviços especializados em eficiência energética, sendo que barreiras de mercado, identificadas como falta de informação, visão de curto prazo e falta de incentivos podem ser superadas por medidas de fomento via incentivos intangíveis, mecanismos de mercado, incentivos fiscais, financeiros e ao crédito além de legislação de cunho mandatório.

Os proprietários de imóveis devem se informar e estar atentos ao fenômeno da crescente conscientização dos ocupantes e perda de competitividade frente aos novos empreendimentos que se diferenciam em face da eficiência operacional. O Governo também deve coordenar uma política pública integrada mobilizando todos os agentes públicos e privados para uma atuação alinhada com metas audaciosas de eficiência energética nas edificações brasileiras. O Congresso Nacional deve fortalecer o conhecimento e relevância do tema provocando o surgimento ou seu fortalecimento às lideranças políticas.

Com isso, o Brasil possuirá todas as condições de superar os atuais desafios energéticos, com forte contribuição da eficiência energética em edificações. Não obstante, a ineficiência energética sugere desperdício de recursos e oportunidades, sendo certo que as ações de correção deste cenário irão inserir valores, que até então se encontram perdidos, na economia, contribuindo efetivamente para a geração de emprego, elevação do padrão técnico do setor, mitigação de impactos sócio-ambientais negativos e melhoria da qualidade de vida.

 
Está ação é apoiada pelo CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), ABILUX (Associação Brasileira da Indústria da Iluminação) e Carbon Trust.

Comunicado GBC BrasilABESCOABRAVA

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[1]Fonte: Balanço Energético Nacional 2015
2Fonte: ANEEL – Tarifa de energia para consumidor final

Brasil é o 4º país no mundo em números de certificações LEED

O Brasil está na liderança sul-americana do movimento internacional de Green Building para o desenvolvimento sustentável. O protagonismo brasileiro será debatido durante a 6ª Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional & Expo, que acontecerá em agosto, em São Paulo

Hoje, o US Green Building Council (USGBC) anunciou que o Brasil ocupa a quarta posição no segundo ranking anual do USGBC dos “Top 10” Países do LEED – sistema de classificação de green building mais utilizado e amplamente reconhecido no mundo.

A lista dos “Top 10” países LEED os classifica em termos de metragem quadrada construída e números de projetos certificados LEED até a presente data.

O anúncio ocorre em um momento de especial atenção internacional sobre a mitigação das mudanças climáticas que prevalecerá em destaque até a COP21 – negociações climáticas das Nações Unidas que ocorrerá no próximo mês de dezembro. O protagonismo brasileiro no cenário mundial de green buildings será debatido durante a 6ª Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional & Expo, que acontece de 11 a 13 de agosto, em São Paulo.

O Brasil é um dos cinco países que compõe o BRIC (também composto por China, Rússia, Índia e África do Sul) a integrar a lista dos “Top 10” países LEED em 2015.

O vasto mercado nacional e em ascensão no segmento de green building demonstra que uma das potências econômicas emergentes mais importantes da comunidade internacional está, de forma ativa, buscando maneiras para garantir um crescimento econômico sustentável e responsável.

O Brasil foi destaque no ano passado por ser o país que obteve a maior queda do mundo em emissões de gases de efeito estufa, com base em seus esforços bem-sucedidos de combate ao desmatamento.

A emersão do Brasil como um país na vanguarda do movimento de sustentabilidade tem o potencial de provocar o crescimento no mercado do LEED para as Américas do Sul e Central, devido à referência nacional como modelo econômico e político regional para os países vizinhos.

“Pela manutenção de uma forte posição de liderança nos movimentos de green buildings e sustentabilidade ambiental baseados no uso generalizado do LEED, o Brasil está demonstrando ao mundo que é possível buscar crescimento e desenvolvimento econômico sem sacrificar o compromisso de proteger o nosso planeta”, disse Rick Fedrizzi , CEO e presidente fundador do USGBC.” Sendo uma das potências econômicas do novo século em ascensão, o movimento da sustentabilidade brasileira está ajudando a traçar um novo caminho, mais justo e responsável para o progresso econômico e social”, completa Fedrizzi.

A lista dos “Top 10” Países destaca países fora dos EUA que estão realizando progressos significativos em projeto, construção e reforma de edifícios sustentáveis, ilustrando a crescente demanda internacional por edifícios com a Certificação LEED.

Espaços com a certificação LEED utilizam menos recursos hídricos e energéticos, são mais econômicos tanto para famílias, empresas e contribuintes, reduzem as emissões de carbono e criam um ambiente mais saudável para os moradores, trabalhadores e para a comunidade em geral.

Certificação LEED no mundo:

Todos os dias, cerca de 172 mil m2 de espaço são certificados utilizando a ferramenta LEED, e há atualmente mais de 69.800 projetos comerciais e institucionais, o que representa 1.230 bilhões de m2 de área que participam no sistema de classificação de green building. Além de 76.500 unidades residenciais adicionais que foram certificados sob o sistema LEED for Homes.

Atualmente projetos LEED podem ser encontrados em mais de 150 países e territórios em todo o mundo.

Os 10 países contemplados na lista de 2015 são culturalmente e geograficamente diversificados e representam sete das 20 maiores economias do mundo pelo Produto Interno Bruto (PIB) (China, Alemanha, Brasil, Índia, Canadá, Coréia do Sul e Turquia), bem como seis dos 11 maiores emissores de gases de efeito estufa (China, Índia, Alemanha, Coreia do Sul, Canadá e Brasil).

Os Estados Unidos, país de nascimento do LEED, não estão incluídos nesta lista, mas continua a ser o maior mercado do mundo no que tange a Certificação LEED. Os EUA são a maior economia do mundo pelo PIB, bem como o segundo maior emissor mundial de gases de efeito estufa.

A classificação total é a seguinte:

certificações LEED
** Os Estados Unidos não foram oficialmente citados nesta lista, mas continuam sendo o maior mercado de green building do mundo

O suporte ao LEED é generalizado em todo o Brasil, com 29 organizações membros USGBC, incluindo grandes empresas espalhadas por todo o país como a Coca-Cola Brasil e a Odebrecht Realizações Imobiliárias. Existem mais de 271 profissionais LEED credenciados que operam no Brasil nos setores de arquitetura, construção e design. A certificação LEED Gold é o nível de certificação mais realizado no Brasil, contando com quase 43 por cento de todos os projectos de certificação LEED do país.

De acordo com Felipe Faria, diretor executivo do GBC Brasil, a diversidade de tipologias de projetos presentes no país abre grandes oportunidades para os próximos anos. “O que nos deixa orgulhosos é que os projetos não se limitam apenas a edifícios comerciais, mas também plantas industriais, data centers, armazéns, shopping centers, lojas, escolas, edifícios públicos, bibliotecas, museus, centros esportivos, projetos de bairros, edifícios residenciais, edificações existentes.

Isso sem falar em Associações e ONGs que estão envolvidas de forma colaborativa promovendo as práticas de green building. Esta atmosfera positiva irá acelerar exponencialmente a transformação que deve ser feita”, afirma o executivo.

Para faria, o anúncio vem em um momento em que a comunidade internacional está vislumbrando as negociações da ONU em Paris como uma chance historica significativa para encontrar soluções reais, vinculadas à mudança climática. “O anúncio do USGBC é um sinal de que um ‘milagre econômico verde’ está próximo de nosso alcance”, finaliza o executivo.

Alguns dos projetos relevantes com certificações LEED no Brasil em 2014:

• Rio de Janeiro: Estádio do Maracanã , LEED Silver
• São Paulo: Plaza Gourmet Morumbi Corporate , LEED Gold
• Fortaleza: Paco das Aguas, LEED Certified
• Rio de Janeiro: Shopping Jardim Guadalupe, LEED Certified
• Brasília: Verde Towers Brasília, LEED Gold

Estádio do Maracanã LEED Silver -  certificações LEED
Estádio do Maracanã , LEED Silver – Foto: Portal da Copa

Fonte: GBC Brasil

Vaso inspirado em origami cresce junto com a planta

Um estúdio de design londrino desenvolveu um vaso, inspirado na arte japonesa do origami,  que cresce junto com a planta.

A ideia dos criadores é tornar o cultivo das plantas em vaso um ato mais sustentável, evitando o replantio e a aquisição de um novo vaso para cada fase de crescimento da planta.

Batizado de Growth (que significa crescimento em inglês) este vaso se adapta ao desenvolvimento da planta, cedendo espaço para acomodar mais terra e para a evolução das raízes.

growth vaso origami

O objetivo dos designers do Studio Ayaskan é mostrar que mesmo um objeto simples, como um vaso, pode ser melhorado e transformado para se adaptar ao ciclo de vida do usuário, nesse caso a planta, evitando o excesso de consumo e descarte de produtos.

Segundo eles “Na natureza, tudo evolui, se adapta, cresce, floresce, degrada-se ,morre, é absorvido, e logo reutilizado. Já na abordagem moderna é o oposto, os objetos são produzidos, utilizados e descartados.”

O ciclo de vida de uma planta é uma transformação, a partir de uma semente até o seu tamanho máximo na fase adulta; passando pelo o desabrochar de uma flor, o desdobramento de uma folha, a ramificação das raízes. O Growtht acompanha todo este processo.

growth - vaso origami
growth  cresce junto com a planta

Para chegar a padrão origami final, os designers testaram vários padrões, para descobrir a trigonometria por trás da forma, e calcular os índices que deram a forma exata que eles queriam. Um modelo calculado cuidadosamente, que imita a capacidade da natureza de crescer e se transformar pelo desdobramento ao longo do tempo.

Os vasos são feitos de polipropileno, um plástico muito resistente e reciclável. Uma malha feita do mesmo material ligada à base, permite que a água seja drenada.

As faces exteriores do vaso origami são dobradas, prontas para receber a planta em sua fase inicial, e logo se desdobrarem de acordo com o seu crescimento.

growth ecodesign
growth - vaso

Fotos: Studio Ayaskan

Mostra “Casas – a morada das almas” apresenta técnicas brasileiras de bioconstrução

A exposição “Casas – a morada das almas” acontece entre 18 de junho e 23 de agosto, no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo, apresentando técnicas ancestrais de bioconstrução no Brasil.

Fruto de dez anos de pesquisa da fotógrafa Zaida Siqueira na documentação de técnicas construtivas ancestrais utilizadas nas diferentes regiões do Brasil. Com curadoria de Maria Lucia Montes, a mostra tem patrocínio da AkzoNobel e apoio da Atlas Cerâmica e Cromex.

Mostra "Casas – a morada das almas"

“Casas – a morada das almas” apresenta fórmulas tradicionais de edificação, suas variações e adaptações. No desenvolvimento deste projeto, Zaida Siqueira percorreu 20 estados brasileiros registrando a sabedoria do homem ao lidar com a natureza para edificar sua casa, manuseando a terra, as pedras e a madeira. Ao estabelecer semelhanças de acordo com características climáticas e de solo, ela observou os aspectos da flora e da fauna.

As influências culturais também aparecem em seu trabalho, como em malocas (tipo de cabana comunitária utilizada pelos nativos da região amazônica) das terras indígenas de Mato Grosso. No interior de São Paulo e Minas Gerais, estados que viveram o apogeu da cultura do café, há registros de casarões de taipa e pau a pique. Na capital paulista, a construção do Pátio do Colégio, por exemplo, empregou essas duas técnicas na edificação das paredes.

Mostra "Casas – a morada das almas"

A exposição é composta por setenta e duas fotografias, revelando aspectos curiosos da construção das casas brasileiras como o uso de elementos como cupinzeiros socados e açúcar mascavo; seis instalações criadas pelo engenheiro civil Felipe Pinheiro, nas quais pedaços de muros semi-prontos ilustram a estrutura interior das construções; duas maquetes, uma de edificação de palafita no Acre e outra feita em pau a pique, do Casarão do Chá, em Mogi das Cruzes, que evidencia o emprego de troncos em curva, comum nos portais de entrada das antigas residências de reis no Japão; e seis arquivos audiovisuais que integram a série documental de episódios “Habitar Habitat”, produzida em 2013 por Paulo Markun e dirigida por Sérgio Roizenblit, abordando habitações brasileiras que trazem de volta a taipa de pilão, o pau a pique, o adobe, palhoças, palafitas e trançados para cobertura vegetal, feitos com materiais como bambu e palha.

Mostra "Casas – a morada das almas"

Segundo Zaida Siqueira, a proposta da pesquisa que embasou a exposição é resgatar técnicas ancestrais e analisar seu emprego nas edificações contemporâneas. “Na taipa, a parede é feita de terra pura, socada entre guias de madeira preenchidas; no pau a pique, o trançado de bambu recebe pedaços de pau e barro; da cidade de Souzas, interior de SP, há o registro de uma obra recente do engenheiro criador dos objetos para a mostra, que utilizou estrume para dar liga à massa do adobe: tijolo grande de barro enformado, seco no sol, feito a partir de areia, terra local e palha de arroz”, revela a fotógrafa.

“A pesquisa revelou que essas técnicas estão sendo retomadas na bioconstrução, pois são sustentáveis e apresentam bons resultados acústicos e térmicos, além da qualidade ecológica. Essas edificações geram menos impacto durante a construção e podem ser reabsorvidas pela natureza”, complementa Zaida.

Para Heder Frigo, diretor AkzoNobel Brasil, patrocinadora da exposição, valorizar o que já foi feito nas casas brasileiras é uma forma de aprimorar conceitos mais modernos na arquitetura atual. “O conceito de casa como resgate de cultura, sociedade e meio ambiente reforça nossa estratégia de Cidades Humanas”, comenta.

Sobre Zaida Siqueira:
Há 15 anos, a jornalista e fotógrafa paulistana Zaida Siqueira busca registros do cotidiano, estabelecendo pontes entre o ancestral e o contemporâneo. Sua obra resulta de intensa e ampla pesquisa das tradições e suas atuais aplicações na vida do homem, no ambiente rural e urbano, resgatando e valorizando esses conhecimentos. Aos 53 anos, ela já desenvolveu pesquisas em diversos estados brasileiros, também em comunidades indígenas, publicou seis livros e fez cinco exposições, sendo “Casas – a morada das almas”, seu sexto projeto.

Serviço: EXPOSIÇÃO “CASAS – A MORADA DAS ALMAS”

Data: 18 de junho a 23 de agosto,
Local: Museu da Casa Brasileira (MCB) – Avenida Faria Lima, 2.705 – São Paulo (SP)
Mais informações 11 3026.3913; agendamento@mcb.org.br; www.mcb.org.br

Fonte e Imagens: MCB

Poste Solar feito em bambu recebe prêmio

Os smartphones estão tão presente no nosso cotidiano que dificilmente conseguimos viver sem eles. Além do grande impacto gerado para a fabricação desses aparelhos, usamos muita energia para mantê-los carregados. Pensando nisso, um grupo criou um poste solar feito em bambu laminado, que permite recarregar até 9 celulares de maneira mais sustentável.


Poste Solar feito em Bambu

O projeto foi desenvolvido através de uma parceria entre o Instituto Pindorama e a Oficina da Floresta, ambas iniciativas com sede em Nova Friburgo – RJ. A produção é realizada de forma artesanal, fomentando iniciativas da agricultura familiar na serra fluminense, e a montagem final é realizada por Thalles Aguiar, marceneiro e Nilson Dias, responsável pela parte elétrica.



 

Chamado de Bambu Smart Point, o equipamento sustentável é fabricado com bambu laminado, a energia para recarga vem do painel fotovoltaico de 150W localizado na parte superior do poste e a impermeabilização é feita com poliuretano vegetal 100% ecológico. Um banco acoplado em formato triangular, contendo uma bandeja para recarga de até 9 smartphones simultâneamente, acomoda até 6 pessoas

Bambu Smart Point
Poste Solar feito em Bambu

 

O projeto que também contou com o apoio do Roberto Rodevalio, da Ecoverte, foi apresentado por Nilson Dias, gerente de projetos do Instituto Pindorama, no concurso Jovens Empreendedores 2014 e recebeu o prêmio das instituições organizadoras do evento, o Jornal O GLOBO e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) .

O poste solar é um equipamento urbanístico sustentável, que utiliza materiais ecológicos e energia solar, e pode se adaptar em projetos ao ar livre de shoppings, escolas, praças, parques, feiras e eventos, onde geralmente é difícil encontrar pontos de recargas de celular.

Poste Solar feito em Bambu

Poste Solar feito em Bambu

Abaixo a primeira unidade instalada em uma escola na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro:

Poste Solar feito em Bambu

 

Fonte e imagens: Pindorama – Fotos: Diego Castro/Estúdio Castro

 



Estradas feitas com plástico reciclado e fáceis de montar

A Holanda é um país que está sempre inovando no quesito sustentabilidade. A novidade apresentada recentemente é a Plastic Road, uma tecnologia de pavimentação de ruas e estradas feita com resíduos plásticos retirados dos oceanos e reciclados.

O projeto está sendo desenvolvido pela KWS Infra; a maior construtora de estradas dos Países Baixos; em colaboração com a VolkerWessels e está alinhado com o conceito cradle-to-cradle e com o The Ocean Clean Up; iniciativa que pretende eliminar os resíduos de plástico encontrados nos mares.

Plastic Road

A estrutura da Plastic Road é pré-fabricada e muito fácil de instalar, sua montagem se assemelha ao jogo de encaixes do Lego, seu interior é oco e pode ser utilizado para passagem de sistema de drenagem, cabos e tubos. Sua construção leve também ideal para solos mais pobres, isto aplica-se, pelo menos a metade da Holanda.

A pavimentação é composta de várias camadas do material que é 100% reciclado e quando uma das camadas é danificada, pode ser substituída rapidamente. A empresa fabricante garante que o material dura até três vezes mais que o asfalto, e suporta temperaturas entre -40°C e 80°C, sendo também muito mais resistente a ataques químicos.

A tecnologia possui diversos benefícios; como maior rapidez na execução, maior durabilidade e menor manutenção, mas as maiores vantagens as são ambientais. Além de ajudar a retirar toneladas de plástico dos oceanos, a substituição do asfalto tradicional, que é um derivado do petróleo, diminuirá as emissões dos transportes rodoviário, uma vez que a produção deste asfalto é responsável por 2% destas emissões.

PlasticRoad3

Apesar de tantas vantagens declaradas, a tecnologia ainda precisa ser testada. A cidade holandesa de Roterdã, conhecida pelas suas inovações, mostrou interesse e já disponibilizou uma área para testes, que funcionará como umas espécie de laboratório.

 

Imagens: VolkerWessels

 

“Casa domo” gira para aproveitar a luz do Sol

Casa construída com materiais ecológicos tem formato de um domo e gira 360 ° no seu eixo, permitindo a máxima utilização da luz solar para reduzir o consumo de energia.

O projeto da casa domo do designer Patrick Marsilli, chamado de Domespace, parece uma nave espacial que aterrizou no meio de uma floresta em New Paltz, a 130 km da de Nova York,

casa domo sustentável i
casa domo sustentável

A  característica que mais se destaca nesta casa é o fato dela poder girar 360 ° em seu eixo, através do comando de um controle remoto, aproveitando ao máximo a luz do sol e a sombra de acordo com a necessidade do dia e/ou da estação do ano. Além disso, esta característica faz com que seja possível mudar a paisagem dos ambientes.

Graças a esta peculiaridade e as suas enormes janelas curvas, quase não há necessidade de utilizar luz artificial durante o dia, mesmo em dias nublados e nas horas com menos luz, a casa pode ser iluminada naturalmente, o que permite uma significante economia de energia.

casa domo sustentável
casa domo sustentável
casa domo sustentável

Outra medida sustentável adotada no projeto foi a escolha de materiais ecológicos e livres de produtos químicos. Entre os materiais orgânicos selecionados para a construção estão o cedro, bambu e calcário. Todas as madeiras usadas são certificadas pelo Forest Stewardship Council (FSC).

Testes mostram que a casa tem a capacidade de resistir a um terremoto de até oito graus na escala Richter, sem danos significativos, isto porque a forma redonda é muito sólida. A flexibilidade da madeira e a alta resistência das vigas em arco também tornam mais difícil que a estrutura entre em colapso.

A “Casa domo” teve a estrutura projetada com base na proporção áurea, fechada com várias camadas de madeira que lhe garantiu também maior conforto térmico. 

Como parte inferior da casa é levantada do solo, não há nenhum contato entre a estrutura e o solo, evitando a entrada da umidade.

quarto sustentável
banheiro sustentável
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O modelo é pré-fabricado pela empresa francesa DomeSpace e leva apenas três meses para ser construído, sendo uma obra limpa com baixo consumo de energia e água. Estão disponíveis diversos tamanhos e também a opção de adicionar o uso de captação de energia solar no projeto.

A tecnologia inovadora tem um preço alto, a casa custa quase um milhão de dólares.

Fonte: La Bioguia Fotos: Douglas Elliman



Dinamarca gerou 140 % da sua demanda por energia eólica

Um dia com bastante vento no norte da Europa impulsionou as turbinas eólicas da Dinamarca em alta velocidade, permitindo ao país gerar não só toda demanda de energia elétrica doméstica, mas também exportar para a Alemanha, Noruega e Suécia.

Um relatório publicado no The Guardian detalha que na noite de 09 de julho, as turbinas eólicas estavam produzindo 116% das necessidades de energia do país, e que por três horas na manhã de hoje, 10 de julho, quando a demanda diminuiu, esse número saltou para 140%.

A Dinamarca tem feito investimentos significativos em energia eólica. No ano passado as turbinas do país produziram 39,1% da demanda de eletricidade, e espera-se que o país atinja seu objetivo de produzir 50 % da sua energia proveniente de fontes renováveis ​​bem antes da meta que é até 2020. Ainda serão instalados parques eólicos offshore, em alto mar, com capacidade de 1.5GW e  onshore com capacidade de 0.5GW até o final desta década, mais do que dobrando a capacidade atual.

 

Foto: Max Mudie / Alamy - Via: The Guardian
Foto: Max Mudie / Alamy – Via: The Guardian

Os números foram apresentados no site do operador dinamarquês de sistemas de transmissão, energinet.dk, que fornece um relato minuto a minuto das energia renováveis ​​na rede eléctrica nacional. O site mostrou que os parques eólicos da Dinamarca nem sequer estavam operando em sua capacidade completa, de 4.8GW, nos momentos de pico de ontem.

Do excedente de energia gerada durante o pico, 80% foi enviada para Alemanha e Noruega para serem armazenados em sistemas hidrelétricos, enquanto os 20%o restantes foi para a Suécia.

Em declarações à Guardian, Oliver Alegria, um porta-voz da Associação Europeia de Energia Eólica disse: “Isso mostra que um mundo movido 100% por energia renovável não é nenhuma fantasia. A energia eólica e as demais energias renováveis ​​podem ser uma solução para a descarbonização – e também para a segurança do abastecimento em momentos de alta demanda “.

 

Cerca de três quartos da capacidade eólica da Dinamarca vem de parques eólicos onshore, ou seja, produzida em terra firme, que contam com forte apoio do governo.

energia eólica dinamarca
Imagem: Shutterstock

 

Fonte: Inhabitat e The Guardian

 

 

ONG oferece oficina gratuita de captação de água de chuva

Em parceria com diversos movimentos eco, evento realizado no próximo sábado (11/07), em São Paulo, ensinará como captar, armazenar e usar água de chuva de forma segura

Com a crise hídrica que diminui cada vez mais os níveis das represas que abastecem as cidades, captar e utilizar a água de chuva tem se demonstrado uma solução inteligente para preservar a água do planeta. Pensando nisso, a Casa Ecoativa – espaço de convivência localizado às margens da represa Billings na Ilha do Bororé, capital paulista – oferece uma oficina gratuita de captação de água chuva. O evento será realizado no próximo sábado, a partir das 10h, na sede da entidade.

A entidade eco-cultural aproveitará a instalação de um tanque de 5 mil litros Acqualimp em sua sede para mostrar como fazer a captação e o armazenamento seguro da água de chuva – que neste caso será reutilizada nas descargas dos banheiros, limpeza de áreas abertas e na irrigação da horta da entidade. “Nesse dia também vamos abordar alguns princípios da permacultura e vamos explicar o desenho do fluxo da água desenhado para a casinha da Ecoativa”, explica o permacultor da Ecoativa Jaison Pongiluppi, que comandará a oficina ao lado de Diogo Menezes (IKOBÉ) e do mestre de obra Jair Lara.

ONG oferece oficina gratuita de captação de água de chuva

Durante o evento, os participantes também poderão conhecer a ação “Água, cuido porque amo”, iniciativa que busca motivar e incentivar as melhores práticas em relação ao uso inteligente da água, além de provocar reflexões a respeito do presente e futuro dos nossos recursos hídricos. Além dessas ações, o projeto também possui uma fanpage no Facebook: /aguacuidoporqueamo. A plataforma compartilha, diariamente, dicas de como viver de uma forma mais inteligente e racional com os recursos hídricos, diminuindo o consumo de água no dia a dia.

“Ainda que seja com uma pequena gota, todos nós queremos ter participação para que a água seja vista, amada e tratada como o bem mais valioso que uma geração pode deixar para as próximas”, explica o supervisor de Marketing da Acqualimp, Carlos Maciel, que coordena as ações da causa.

O reservatório que será instalado na casa Ecoativa foi doado pela causa “Água, cuido porque amo” e Acqualimp durante o evento de comemoração do Dia Mundial da Terra, realizado em 22 de abril no vão do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), em São Paulo. Durante o evento, o tanque foi estilizado pelo artivista Tiago Mundano, numa ação que contou com a ajuda da população que passou pelo local.

A oficina de captação de água de chuva está sendo realizada em parceria com Acupuntura Urbana, Engajamundo, “Água, cuido porque amo”, Ikobé – Cooperativa de Bioconstrução e Horta Di Gueto e Acqualimp – empresa especializada em captação, armazenamento e tratamento de água e esgoto. O evento também contará com a participação de Lucas Ciola e Santiago, que irão compartilhar trabalhos desenvolvidos pelos coletivos MUDA-SP e Horta Di Gueto.

Serviço:

Oficina de captação de água de chuva
Data: 11 de julho de 2015

Local: Casa Ecoativa – Estrada de Itaquaquecetuba, 7.225 – Ilha do Bororé – Grajaú – SP

Horário: a partir das 10h

Evento no facebook: https://www.facebook.com/events/654852654658312/

Projeto quer transformar a parte de baixo do Minhocão

O Elevado Costa e Silva localizado na região central de São Paulo, mais conhecido como Minhocão, foi inaugurado em 1971 e desde então é considerado, por muitos, uma aberração arquitetônica. Com quase três quilômetros de extensão, começando na Praça Roosevelt e terminado no Largo Padre Péricles, cruza importantes áreas da cidade, sendo uma representação do caos e das contradições da maior metrópole do Brasil.

Alternativas para revitalizar o elevado são frequentemente discutidas, uns defendem a demolição, outros querem que a estrutura se transforme em um parque suspenso, como o High Line, em Nova Iorque. Recentemente a prefeitura iniciou um chamamento público para a instalação de parques verticais nas empenas cegas da região, os recursos para a implantação dos jardins virão da Secretaria do Verde, por meio dos Termos de Compensação Ambiental (TCA) que as incorporadoras firmaram com a secretaria.

Enquanto não é decidido o futuro do elevado,  pouco se discute sobre como melhorar a condição crítica da parte de baixo do Minhocão, que sofre com a escuridão e a poluição. Pensando nisso, um grupo se uniu para criar o projeto Marquise Minhocão com o objetivo de pensar em soluções para favorecer este espaço público degradado.

A iniciativa do Movimento 90° junto com a Triptyque e a Acupuntura Urbana, enxergou uma oportunidade de repensar o espaço junto com a comunidade, depois que a prefeitura decidiu criar ciclovias na área. O projeto conta também com o apoio do Czerozero e do Catraca Livre.

Para ajudar a ideia sair do papel, no dia 10 de maio, o projeto juntou a comunidade e pessoas que discutiram as necessidades e as possíveis soluções para a transformação desse espaço público.

Marquise Minhocão - Projeto quer transformar a parte de baixo do Minhocão

Marquise Minhocão - Projeto quer transformar a parte de baixo do Minhocão
Evento promovido pelo projeto Marquise Minhocão – Fotos divulgação Facebook do projeto

Uma das ideias do projeto é a criação de uma fenda entre as pistas do elevado, para trazer luz natural para a parte de baixo do Minhocão. Com mais iluminação, as pessoas poderiam se apropriar do local, o que tornaria bem mais agradável o ambiente para a utilização da ciclovia. O projeto também prevê a instalação de quiosques, espaços de convivência com wi-fi e jardins com plantas de espécies adaptadas à pouca luz.

O projeto foi apresentado ao prefeito na semana passada e o custo estimado é de aproximadamente R$ 3 milhões. Se aprovar o projeto piloto, a Prefeitura deve determinar a maneira de financiar o projeto.

 

Um projeto parecido foi desenvolvido em Roma, o “Under the Viaduct” (debaixo do viaduto) foi coordenado pelo famoso arquiteto Renzo Piano e realizado pelo grupo G124, que transformaram a parte de baixo de um viaduto abandonado em um ambiente agradável feito com materiais reciclados.



Connected Smart Cities 2015 – Cidades do Futuro no Brasil

O Connected Smart Cities – Expo e Fórum – acontecerá de 03 a 05 de agosto de 2015, em São Paulo, no Centro de eventos Pro Magno.

O Connected Smart Cities envolve empresas, entidades e governos em um evento que tem por missão encontrar o DNA de inovação e melhorias para cidades mais inteligentes e conectadas umas com as outras, sejam elas pequenas ou megacidades.

Para atingir este objetivo, unimos empresas de serviços e tecnologia de ponta, especialistas, prefeituras e pessoas engajadas com a otimização das cidades do Brasil, buscando inspiração em soluções implantadas nas mais inteligentes cidades do mundo e trazendo novas ideias.

Missão

Promover a discussão, a troca de informações e a difusão de ideias entre governo e empresas focando atender as necessidades do cidadão consciente, visando que as cidades brasileiras possam tornar-se mais inteligentes e conectadas.

Visão

Promover o desenvolvimento das cidades de forma que nos próximos 10 anos as cidades brasileiras possam subir um degrau ou mais na escala de desenvolvimento, se aproximando dos índices dos modelos das cidades inteligentes do mundo.

Confira abaixo os setores explorados no projeto.:Connected Smart Cities

 

Expo Connected Smart Cities

A expo do Connected Smart Cities fará com que você se sinta em uma cidade de verdade. Os patrocinadores do evento levarão suas soluções para uma área de exposição na qual os setores explorados pelo evento estarão interligados por uma cenografia inovadora. A expo contará com a presença de empresas relacionadas aos setores abordados no evento, além de prefeituras, investidores, entidades e instituições relacionadas ao setor. A visitação à expo é gratuita.

Clique aqui e faça o seu credenciamento online.

Fórum Connected Smart Cities

O Fórum do Connected Smart Cities contará com a participação de especialistas dos eixos temáticos explorados no evento e apresentará experiências concretas de iniciativas realizadas em smart cities ao redor do mundo, procurando maneiras de adaptar conceitos, além de criar novos, para tornar as cidades do Brasil cada vez mais inteligentes.

Clique aqui e veja a programação completa

Clique aqui e faça a sua inscrição

 

LOCAL: Centro de eventos Pro Magno – São Paulo

HORÁRIO DE ATENDIMENTO:
03 de agosto de 2015: das 13:00 às 20:00 (somente EXPO)
Expo:
04 e 05 de agosto de 2015: das 9:00 às 20:00
Fórum:
04 e 05 de agosto de 2015: das 9:00 às 18:00

 

MAIS INFORMAÇÕES:  http://www.connectedsmartcities.com.br/

 

Equipamento brasileiro para reaproveitar a água do chuveiro

Na atual crise hídrica qualquer solução para economia de água, vale ser implementada. Pensando nisso, a empresa Lakefarm desenvolveu o Aguawell, um coletor de água do banho com capacidade de armazenar até 12 litros.

Para criar o equipamento, a empresa teve como inspiração o Sistema Gris, desenvolvido pelo designer Alberto Vasquez, da igenDesign. O Gris é composto por quatro células interligadas, que captam a água do chuveiro e, depois do banho, o que foi coletado, pode ser usado para fazer limpeza, dar descarga, ou para regar plantas.

O Aguawell utiliza o mesmo conceito de reaproveitar a água do chuveiro, mas com um sistema de armazenamento de água menor, visando a possibilidade de uso em qualquer tipo de box. O equipamento brasileiro também é mais leve e mais barato que o sistema em que foi inspirado.

aguawell - equipamento para reaproveitar a água do chuveiro
aguawell - equipamento para reaproveitar a água do chuveiro

O Aguawell consiste em um container de plástico (PEAD, Polietileno de Alta Densidade), uma placa de topo de borracha microporosa antiderrapante e uma tampa de rosca. O produto pesa 1,5 kg vazio, mede aproximadamente 55 por 56 cm e suporta uma pessoa de até 120 quilos.

No caso do uso de chuveiro á gás,  recomenda-se a colocação do Aguawell para a coleta da água enquanto ela aquece, esta água é limpa e pode ser usada nas atividades diárias. A quantidade armazenada equivale a duas descargas. Quando o equipamento estiver cheio e a água não for utilizada, recomenda-se também que o líquido seja despejado em outro container convencional, para poder reusar mais água.

aguawell - equipamento para reaproveitar a água do chuveiro
aguawell - equipamento para reaproveitar a água do chuveiro
aguawell - equipamento para reaproveitar a água do chuveiro

Infelizmente o sistema ainda não está disponível no mercado e aguarda financiamento para ser produzido em larga escala. A empresa fundada pela brasileira Flavia Arantes Jensen e os dinamarqueses Jens Lachenmeier e Soren Jense, criou um financiamento coletivo na página Kickante para arrecadar a quantia necessária para começar a produção, a meta é alcançar R$ 80.000.

São permitidas doações a partir de R$ 10, nesse caso, a cada R$ 199 coletados, um produto será doado para a uma ONG. Para quem quiser adquirir o produto, há uma opção de doar R$ 199 e levar o Aguawell como recompensa, caso eles consigam alcançar a meta de arrecadação.

O financiamento coletivo ficará disponível até o dia 30 de julho, caso a empresa não alcance a meta, o valor doado será devolvido aos contribuintes.



Shopping Tietê recebe a certificação LEED

O Shopping Tietê acaba de receber a certificação LEED Prata. O selo endossou as iniciativas sustentáveis da edificação, que foi projetada com foco na economia de recursos naturais e redução do impacto no meio ambiente.

Com o recebimento da pré-certificação LEED durante a fase de projeto, diversas ações sustentáveis foram colocadas em prática desde sua construção; como a aquisição dos materiais utilizados na obra de empresas localizadas em um raio de até 400 quilômetros do empreendimento e o uso de formas de alumínio, que geram menos entulho .

Soluções em eficiência energética e hídrica receberam destaque no projeto. A previsão é ter uma economia mensal de 12% nos gastos com energia e uma diminuição de 50% no consumo de água, comparando com os outros shoppings.

Localizado na zona noroeste de São Paulo, o Tietê Plaza Shopping foi desenvolvido e é administrado pela CCP (Cyrela Commercial Properties), que teve como parceiros na elaboração do projeto arquitetônico, a canadense Designcorp e a brasileira Collaço e Monteiro.

shopping Tiete LEED
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Alguns indicadores de sustentabilidade do Shopping Tietê para a obtenção da certificação LEED:

– Densidade do Desenvolvimento e Conectividade com a Comunidade
O empreendimento encontra-se em um terreno previamente construído, a 800m de uma zona residencial e próximo a 10 serviços básicos.

– Gerenciamento Dos Resíduos Da Construção
Durante a fase de obra foi possível verificar que 68% dos resíduos de obra foram desviados de aterros.

– Redução do Uso da Água
O empreendimento atingiu uma economia de água potável de 66% através da aplicação de equipamentos mais eficientes e tratamento de 95% do esgoto do empreendimento.
Somente 5% do volume dos efluentes gerados serão despejados no sistema de coleta municipal.

– Plano De Gerenciamento da Qualidade do Ar Interno na Obra: Durante a Construção
Durante a fase de construção foi implementado um Plano de Qualidade do Ar Interior durante a obra com o objetivo de garantir a saúde e segurança dos operários e garantir que os procedimentos em obra não irão afetar a qualidade do ar interior do edifício durante a fase de utilização.

– Materiais Regionais – 10% A 20%
Durante a fase de construção verificou-se que 49% dos materiais aplicados foram extraídos e processados/produzidos dentro de um raio de 800 km de distância.

– Prevenção de Poluição na Construção
Durante a fase de construção foram:
− Definidas medidas de controle da erosão, sedimentação e poluição do solo, tais como: sistema de lava-rodas, controle de materiais contaminantes, proteção de boca de lobo, etc.;
− Implementadas rotinas de inspeção e manutenção das medidas de controle.

– Comissionamento Básico e Avançado
O empreendimento contratou um Agente de Comissionamento cujo objetivo principal é garantir que os projetos são desenvolvidos para dar resposta às necessidades do proprietário e que os sistemas são instalados e calibrados para funcionar de acordo com o projetado.

– Maximizar Espaços Abertos
O empreendimento disponibilizou 13 mil m² de área livre com paisagismo, totalizando 57% da área livre do terreno.

– Transporte Alternativo: Bicicletários
Com base no projeto executivo de arquitetura foram disponibilizadas 202 vagas para bicicletas.

– Materiais com Baixa Emissão
O empreendimento utilizou apenas adesivos, selantes, tintas e vernizes com baixa concentração de compostos orgânicos voláteis, contribuindo para uma melhor qualidade do ambiente interior.

– Armazenamento e Coleta de Recicláveis
O empreendimento conta com uma área dedicada ao armazenamento e prensagem de resíduos recicláveis.

– Escolha do Terreno
O projeto situa-se em um terreno previamente desenvolvido.
A área do empreendimento cumpre com os requisitos do critério.
– Não possui potencial para desenvolvimento agrícola;
– Não possui vegetação ou áreas com potencial para ser habitat de espécies ameaçadas;
– A área não é um parque público.
– Não está próximo de corpos de água (menos de 30m).

– Gerenciamento de Fluído Refrigerante energético 15% superior ao de um edifício convencional.
O sistema de climatização do empreendimento foi instalado tendo em conta a aplicação da qualidade mínima necessária de fluído frigorigéneo, reduzindo assim o seu potencial de contribuição para o aquecimento global e de redução da camada de ozônio.

– Melhor Desempenho da Qualidade do Ar Interior
O sistema de ventilação apresenta taxas de ar externo superiores aos mínimos exigidos de modo a promover a qualidade do ar interior (Renovação de ar interno do ambiente).

– Desempenho no Consumo Mínimo de Energia
O empreendimento foi concebido com o intuito de reduzir o consumo de energia durante sua operação, contando com sistemas mais eficiêntes e estratégias que reduzam, direta ou indiretamente o consumo de energia estas ações contribuiram com um desempenho energético 15% superior ao de um edifício convencional.

– Medição e Verificação
O empreendimento conta com uma rede de medidores de energia para as áreas dos futuros locatários, contribuindo assim para uma melhor gestão da energia consumida.

– Redução Da “Ilha De Calor” e Vagas Verdes
O empreendimento disponibilizou ao menos 90% das vagas de estacionamento sob cobertura, adicionalmente, em áreas cobertas, utilizou-se telhas de alta refletância, de forma a reduzir a sua contribuição para o efeito de ilha de calor urbano. Ele também dispõe de vagas verdes no piso G1, indicadas para veículos que utilizam etanol e/ou GNV.

– Transporte Alternativo: Acesso ao Transporte Público
O empreendimento está localizado na Marginal Tietê, uma das principais artérias viárias da cidade, com proximidade menor que 400 metros da estação de trem Piqueri e de um ponto de ônibus, que serve 5 linhas e totaliza em 233 viagens diárias.

 

Imagens e informações: Tietê Plaza Shopping 

Inauguração da ciclovia da Avenida Paulista

A prefeitura da cidade e a CET inauguram hoje a ciclovia da Avenida Paulista, uma demanda antiga dos ciclistas paulistanos.

Depois de aproximadamente 6 meses de obras, e muita polêmica, a avenida mais famosa de São Paulo foi inaugurada. A via está interditada hoje aos carros e aberta para as pessoas nos dois sentidos entre as 10h e as 17h.

A iniciativa de interdição total do trânsito hoje também servirá de teste para um possível fechamento permanente aos domingos, com o objetivo de oferecer mais espaço de lazer, no local mais frequentado e emblemático da cidade.

A obra custou R$ 12,2 milhões, no trecho entre as avenidas Paulista e Bernardino de Campos, incluindo a instalação de dutos para a passagem de fibra ótica sob a pista.

ciclovia da Avenida Paulista

Imagem: CET

O projeto da ciclovia foi publicado, em meados de 2014 no site da CET para receber sugestões e críticas da sociedade. Em novembro passado, a proposta foi aprovada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat), após avaliação sobre o possível impacto da obra em vários bens tombados existentes na avenida, como o Masp e o Conjunto Nacional.

A ciclovia da Avenida Paulista fica no canteiro central da avenida e, exigiu o estreitamento das faixas dos veículos automotores: as faixas de ônibus ficaram com 3,3 metros e as de carros foram reduzidas de 3 metros para 2,8 metros.

inauguração da ciclovia da Avenida Paulista
Imagem: CET

Segundo dados da CET, a Paulista é a via com mais acidentes com ciclistas por quilômetro em São Paulo e uma das mais utilizadas pelos usuários de bicicletas. A ciclovia trará mais segurança e estimulará outras pessoas a usarem a bicicleta como meio de transporte, que antes não faziam por falta de infraestrutura adequada e insegurança.

Sem dúvida, esta inauguração é uma conquista importante e simbólica para os cidadãos paulistanos.

 



Equipamentos e serviços sustentáveis serão financiados pelo Banco do Brasil

O Banco do Brasil vai financiar bens e serviços sustentáveis, como a aquisição e instalação de equipamentos de eficiência energética, capacitação e reuso de água

O BB começou a oferecer consórcio para a aquisição de bens e serviços sustentáveis para famílias, empresas e propriedades rurais. O banco informou que ampliou o alcance de consórcio que já existia desde 2013, mas que oferecia cartas de crédito com foco na aquisição de bicicletas elétricas.

O Banco do Brasil comercializa cotas para a compra de equipamentos que ofereçam mais economia, eficiência e sustentabilidade, casos das placas fotovoltaicas (placas solares), sistemas de captação e reuso de água, luminária solar, sistema de bomba solar, bicicletas, bicicletas elétricas, climatizador evaporativo e energia solar térmica. As cartas de crédito para os bens sustentáveis variam entre R$ 1,5 mil e R$ 7 mil, com planos de até 36 meses e taxas de administração a partir de 0,55% ao mês.

Já o segmento de serviços possibilita o pagamento para a instalação e funcionamento dos bens adquiridos, como de sistemas de energia solar e de captura e reuso de água da chuva. Nessa modalidade, as cartas de crédito vão de R$ 1,5 mil a R$ 15 mil, com planos de até 30 meses e taxas de administração a partir de 0,56% ao mês.

Segundo o banco, as cotas estão disponíveis para pessoas físicas e empresas. A contemplação ocorre por sorteio, com base nos resultados da Loteria Federal, ou por meio de lance. Não há taxa de adesão, incidência de juros ou Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF). As parcelas são debitadas em conta e os não correntistas podem pagar por meio de boleto bancário. As cartas de crédito podem ser adquiridas nas agências da instituição, no site do banco na internet, na Central de Atendimento ou pelos terminais de autoatendimento.

 

Fonte: Agência Brasil

Designers criam uma linha de móveis com barris de óleo reaproveitados

Designers do Reino Unido criam uma linha de móveis com barris de petróleo reaproveitados, com a intenção de aumentar a conscientização em torno do reaproveitamento e da reciclagem.

Cada dia milhões de barris de petróleo são produzidos em todo o mundo, dos quais milhares são descartados todos os dias.

Estes barris de metal têm muito pouco valor de sucata, e são caros para as indústrias da reciclagem; por isso a maioria é descartada no lixo comum e acaba em aterros sanitários, causando poluição e riscos ambientais e de saúde.

O estúdio The Urbanite resolveu contribuir para a resolução desta questão através da transformação desses barris em uma linha de mobiliário moderno; dando aos resíduos industriais uma segunda vida.

móveis de bariis de petróleo
Foto: The Urbanite
móveis com barris de petróleo
© Margaret Badore – TreeHugger

O designer Phil Davidson da The Urbanite, disse que começou a trabalhar com os barris de óleo depois de saber que estes não estavam sendo reciclado na oficina do seu irmão. 

Assim, Davidson começou a recolher os barris de pequenas empresas como a que seu irmão trabalha.

O estúdio de design limpa todos os resíduos, que são então transformados em diesel vermelho para uso agrícola.

Uma vez limpo, os barris são cortados em novas formas para criar os móveis.

móveis de bariis de petróleo
Fotos: The Urbanite

As armações e acessórios adicionais são feitas de aço-carbono reciclado e os móveis recebem proteção contra ferrugem, o que permite usá-los tanto dentro como fora de casa.

Segundo o designer são peças duráveis e bem confortáveis.

A linha de móveis com barris de óleo reaproveitados, que segue os conceitos do upcycling, foi apresentada na Feira Internacional de Móveis Contemporâneos (ICFF) na Semana de Design de Nova Iorque, e teve destaque nos sites internacionais especializados em ecodesign.

Fonte: Inhabitat, Treehuger e The Urbanite



6ª Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo

A 6ª Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo – é a feira de negócios da construção sustentável no Brasil e reúne empresas nacionais e internacionais que fornecem tecnologia, equipamentos e serviços para os tomadores de decisão da indústria da construção sustentável, responsáveis por diversos segmentos, dentre eles, arquitetos, construtores e contratantes, engenheiros, prestadores de serviços, líderes de green building, entidades governamentais, arquitetos de interiores, incorporadores, instituições financeiras e associações do setor.

Água e eficiência energética serão os destaques da Greenbuilding Brasil 2015

A 6ª edição da Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo – trará especialistas nacionais e internacionais para falarem de temas como a gestão da água nas edificações e na indústria, os desafios da sustentabilidade nas cidades brasileiras, Programa Nacional para a Energia Renovável e o papel dos smart grids neste contexto

O Brasil passa por uma de suas piores crises hídricas e energéticas de sua história, o que tem causado graves consequências para a sociedade, o meio ambiente e a economia. Para tentar minimizar esses impactos, a indústria brasileira da construção tem trabalhado para apresentar ao mercado soluções que visem o uso consciente da água e privilegiem a eficiência energética, como é o caso das construções sustentáveis, compostas por edificações residenciais, comerciais ou industriais. Estimular e trazer as novas tendências para este setor é o objetivo da 6ª edição da Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo – a feira de negócios da construção sustentável da América Latina, entre os dias 11 e 13 de agosto, no Transamerica Expo Center, em São Paulo (SP).

O evento deste ano trará sessões educacionais completas dedicadas ao tema “água”. Na oportunidade serão tratados assuntos importantes como a gestão da água nas edificações e na indústria, a relação da água e o verde, e os desafios da sustentabilidade nas cidades brasileiras, a otimização do uso de água potável e os recursos de água não potável, entre outros. O tema “eficiência energética” é outro destaque das sessões. Serão debatidos temas como o Programa Nacional para a Energia Renovável, do Ministério do Meio Ambiente, os desafios e oportunidades para a indústria e o papel dos smart grids são alguns dos assuntos que estarão em pauta. A abertura do evento contará com a participação da ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Para o diretor gerente do Greenbuilding Council Brasil, Felipe Faria, o Brasil já atingiu o patamar de grande potência quando o assunto é construção sustentável. “A realização deste evento demonstra a maturidade que o Brasil alcançou neste segmento ao longo dos anos. Para nós é uma satisfação poder compartilhar inovação e conhecimento sobre este importante mercado, estratégico para o desenvolvimento econômico e social do Brasil”, afirma o executivo.

A Greenbuilding Brasil 2015 conta também com um extenso espaço de exposições, que receberá empresas nacionais e internacionais que apresentarão suas soluções destinadas ao mercado de construções sustentáveis.

Assim como nas edições anteriores, a Greenbuilding Brasil receberá um público qualificado, composto por tomadores de decisão do mercado de construção sustentável, diretores de empresas, arquitetos, construtoras e incorporadoras, engenheiros, prestadores de serviço, entidades governamentais, instituições financeiras, associações e instituições das áreas socioambientais, desenvolvimento sustentável, habitação, planejamento urbano, energia, água, entre outros.

Mercado de green buildings aquecido no Brasil

Até o segundo trimestre de 2015, o Brasil contabilizou 966 edificações registradas no LEED. São 5% a mais de registros comparados ao mesmo período de 2014. Desse total, 235 já foram vistoriados e receberam a certificação. Ao longo de 2014 foram registrados 135 empreendimentos, sendo 82 deles certificados. Em média foram sete certificações por mês e um projeto registrado a cada dois dias úteis do ano, números que comprovam o crescimento desse tipo de edificação no Brasil.

O país também tem se destacado pela diversidade nos tipos de edificação que certificaram nos últimos anos. Dentre eles destacam-se as plantas industriais, centro de logística, data centers, lojas de varejo e instalações esportivas, tendo em vista o envolvimento do GBC Brasil e seus membros em grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos 2015. Complementam a lista museus, instituições de ensino, bibliotecas, agências bancárias e planejamento urbano integrado, que também foram empreendimentos certificados recentemente.

A certificação LEED EBOM (Existing Building Operation and Maintenance), própria para edificações já existentes, desponta como grande oportunidade de expandir o número de edificações verdes no país. Hoje o Brasil possui 74 projetos LEED EBOM registrados, sendo 19 certificados.

Certificação para o setor residencial desponta no país

O setor residencial começa a se movimentar em matéria de construção sustentável. Com vistas para o desenvolvimento desse mercado, o GBC Brasil lançou, em agosto de 2014, durante a realização da 5ª edição do evento, o Referencial GBC Brasil Casa. O referencial foi criado para avaliar diferentes questões de sustentabilidade específicas para projetos residenciais. Após o lançamento, duas casas foram certificadas e outras 14 estão em processo de certificação, incluindo dois prédios residenciais. Dentre os 14 projetos, sete estão em fase “piloto” e serão finalizadas ainda este ano, e os demais projetos com previsão para terminar em 2016.

Para Felipe Faria, há ao menos 700 grandes empreendimentos em processo de certificação LEED demandando soluções e serviços com foco em eficiência e diminuição de impactos socioambientais. “Observamos que estamos em um crescente processo de conscientização do mercado, governo e sociedade ao conceito de sustentabilidade, princípio norteador do novo tratado que guiará a relação entre homem e planeta”, completa o executivo.

6ª Greenbuilding Brasil em números

Para este ano, a expectativa da organização do evento é reunir um público de cinco mil visitantes, com mais de mil congressistas e 100 empresas expositoras, nacionais e internacionais, distribuídas em um espaço de mais de seis mil metros quadrados.

Ao longo dos três dias de evento, cerca de 60 sessões técnico-educacionais que serão ministradas por 135 palestrantes: desempenho energético, cidades resilientes, escolas e hospitais auto suficientes em energia, novas certificações LEED (residenciais e em creches), redução de custo na construção por meio da sustentabilidade, utilização da madeira na construção, coleta automatizada de resíduos sólidos urbanos, as construções sustentáveis e sua relação com a saúde, bem-estar e a produtividade nos escritórios, são alguns dos exemplos. “A Greenbuilding Brasil é uma ferramenta eficaz na disseminação das boas práticas sustentáveis na construção civil, no Brasil e em toda a América Latina”, afirma Sergio Jardim, diretor geral da Clarion Events Brasil, empresa organizadora do evento.

O programa de conferências desta edição contará com a presença da ex-ministra Marina Silva, que falará sobre a interdependência das questões ambientais, sociais, econômicas e políticas, chamando atenção para as oportunidades das construções sustentáveis e esboço de um novo cenário na chamada “política de suporte”, alinhando os esforços da iniciativa privada, governos e sociedade.

A programação completa do programa de conferências está disponível no website oficial do evento: http://www.expogbcbrasil.org.br/2015/agenda-da-conferencia/.

Entre as empresas confirmadas para esta edição estão a Allpex, Anti-Impcto, Aquadrop, Armacell, Axion, Beaulieu Brasil, Bragenix, Braston, Brasus, Briand Energies do Brasil, Bry-Air, Conex LED, Cushman & Wakefield, Danfoss do Brasil, Deca, Docol, Eastman, Ecoacustica, Ecoquest, Etria, LCP Construções, Lutron, Projeto IN, Rain Bird, Rewood, Sondar, Ulma, Verti Garden, Vertical Green, Zagonel, entre outras empresas e entidades do setor.

Patrocinadores e apoiadores

A edição deste ano conta com o patrocínio de importantes empresas, tais como a Deca, Cushman & Wakefield e Docol, além do apoio de importantes instituições, como Abesco, Abiesv, Abrafac, Abrava, Asbrav, CAU/SP, CEBDS, Consulado Geral dos Estados Unidos, Grama Legal, ICLEI, Ideal, Instituto ETHOS, KNX, ITC, SECOVI Rio, WWF.

Serviço:
6ª Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo
Data: 11 a 13 de agosto de 2015
Horário de exposição: 10h – 20h
Horário do congresso: 9h30 – 18h30
Local: Transamerica Expo Center
Endereço: Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro – São Paulo
Mais informações: http://www.expogbcbrasil.org.br/

 

Sobre o GBC BRASIL – A organização não governamental é um ponto de referência para a indústria da construção sustentável no país, utilizando as forças de mercado para conduzir a adoção de práticas de green buildings em um processo integrado de concepção, implantação, construção e operação de edificações e espaços construídos.

Sobre a Clarion Events – Por mais de 65 anos, a Clarion Events dedica-se à promoção e organização de feiras de negócios, eventos e congressos. Reúne aproximadamente 700 mil pessoas e 12 mil expositores e patrocinadores em mais de 200 eventos realizados ao redor do mundo. A Clarion Events tem presença global – atua em 12 escritórios em nove países (Inglaterra, Brasil, África do Sul, Alemanha, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Holanda, Cingapura e Turquia) e está no Brasil desde 2008.