Smart City Business América Congress & Expo: o maior evento sobre sustentabilidade nas cidades da América Latina

Smart City Business América Congress & Expo, o maior evento sobre sustentabilidade nas cidades da América Latina, acontecerá no período de 19 a 21 de maio de 2015, em Curitiba -PR

O evento:

As duas primeiras edições do evento aconteceram em 2012 e 2013, no Recife. Nesta terceira edição, no formato CONGRESS & EXPO, passa a ser um evento com relevância internacional. Receberá representantes de cidades, instituições, universidades, centros de pesquisa e desenvolvimento, empresas e empreendedores dos cinco continentes, trazendo consigo ideias que possam fazer a diferença.

O evento contará com a presença de mais de 100 empresas, além de diversos representantes de municípios brasileiros, portugueses e argentinos.

Durante o encontro serão apresentadas novas tecnologias e tendências para tornar as cidades mais sustentáveis. Será também um espaço de debates entre governos, empresas e entidades ligadas ao planejamento urbano sustentável e à busca de soluções transformadoras.

A Smart City Business America Congress & Expo é realizada pelo Instituto Smart City Business, em parceria com a Prefeitura de Curitiba, Federação do Comércio do Paraná, Universidade Positivo e Agência Curitiba de Desenvolvimento.

smart city business expo

 

O Congresso:

O congresso será o palco para uma ampla discussão sobre os principais desafios das metrópoles modernas e de como tornar as cidades mais inteligentes. Os principais temas deste ano serão:

Energia: Melhorar a eficiência energética do sistema elétrico minimizando as perdas de transmissão e a sua distribuição. A implantação imediata de geraçãode energia limpa.

Novas Tecnologias: O desenvolvimento de Novas Tecnologias é fundamental para o conceito de Cidades Inteligentes, sempre visando, melhorar a qualidade de vida.

Governanças: A correta administração dos recursos sociais e econômicos de um país visando o desenvolvimento, e a capacidade dos governos de planejar, formular e programar políticas e cumprir funções.

Sociedades Inteligentes: Análise de oportunidades no contexto do desenvolvimento sustentável considerando os pilares econômico inteligente, desenvolvimento social e proteção ambiental.

Mobilidade Urbana: O desenvolvimento de novas tecnologias junto com novas técnicas e práticas são necessárias para o desenvolvimento de uma Mobilidade Urbana Sustentável.

Cidades Sustentáveis: A idealização, criação e desenvolvimento de soluções que visam melhorar ou revitalizar certos aspectos dentro de uma determinada área urbana ou do planejamento de uma nova área.

 

Confira a programação completa do Congresso aqui.

 

Serviço:

Smart City Business América Congress & Expo

Data: 19 a 21 de maio de 2015

Local: Expo Unimed Curitiba – Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300. Campo Comprido – Curitiba – PR

http://www.smartcitybusiness.com.br

Munique: 100% energia renovável

Munique será a primeira grande cidade a ser abastecida 100% por energias renováveis.

A distribuidora da eletricidade da cidade alemã de Munique deve suprir em breve todas as residências dos 1,4 milhão de habitantes com energia renovável, um fato inédito para grandes cidades.

Segundo informou a empresa municipal, Stadtwerke München (SWM), este marco deve ser atingido em maio, fato inédito no mundo para metrópoles com 1 milhão de habitantes ou mais.

A empresa agora trabalha para suprir o sistema metroviário, de bondes e o sistema de e-mobilidade – que inclui a rede de pontos de recarga para veículos elétricos – com energias renováveis.

Munique 100% energia renovável
Juergen Sack – Vetta -Getty Images

Até 2025, a empresa espera fornecer energia limpa também para todos os clientes industriais, que inclui a BMW.

O atingimento do marco foi possível porque a SWM compra energia de fontes distantes como da usinas termo-solar espanhola Andasol 3 de 50MW e do parque eólico marítimo britânico Gwynt y Môr de 576MW localizado no Mar da Irlanda.

Relacionado: Energia solar na Alemanha quebra 3 recordes em 2 semanas

A empresa municipal ainda opera três usinas a gás de ciclo combinado, mas que devem ser desativadas até 2040.

O marco será celebrado em um evento no dia 8 de maio com a presença do prefeito de Munique, Dieter Reiter, e ministra do meio ambiente, Barbara Hendricks.

A prefeitura de Munique é uma das líderes em energias renováveis na Alemanha e uma das poucas ainda a controlar a disvribuíção de eletrticidade. A Vattenfall, empresa privada que fornece energia para Berlim, por exemplo, está muito atrás da empresa de Munique.

 

Fonte: Recharge Brasil News  – Por Bernd Radowitz em Berlim

 

Munique ganhou em 2013 o City Climate Leadarship  Award, na categoria Energia Verde; pelo projeto : Munich: 100% Green Power  – Munique: 100% energia renovável



Livro – Manual do Arquiteto Descalço

O Livro Manual do Arquiteto Descalço é uma ferramenta de pesquisa indispensável para os interessados em  bio-construção e arquitetura sustentável.

Johan ensina de maneira didática e ilustrativa como construir sua própria casa, a partir de recursos naturais, locais e climáticos.

O manual foi feito para desenvolver a confiança daqueles que tem o sonho de construir e desejam compreender a relação entre habitação e seu entorno, seus limites e suas possibilidades. Espero que estas pessoas consultem este livro e encontrem nele algumas soluções que facilitem sua realização.

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Autor do livro Manual do Arquiteto Descalço:

Johan Van Lengen – Arquiteto e urbanista natural da Holanda, viveu grande parte de sua vida na América Latina, sendo 8 anos no México a convite da ONU.

Em 1987 fixou-se no Brasil quando fundou o Instituto de Tecnologia Intuitiva e Bio-Arquitetura – TIBÁ, um instrumento para a disseminação de uma arquitetura mais integrada com a natureza.

Deixou na década de setenta uma carreira bem-sucedida como arquiteto na Califórnia para se dedicar a busca de melhoramentos nas moradias populares. Nesta condição, trabalhou para várias agências governamentais.

Veja a entrevista que fizemos com Johan Van Lengen

Foi pesquisador de energia solar na UNICAMP e também lecionou na escola de arquitetura da PUC do Rio de Janeiro. Seu nome é internacionalmente conhecido como um dos mais importantes na bio-arquitetura.

Resenha do livro Manual do Arquiteto Descalço:

O livro é um clássico da bioarquitetura, são mais de 700 páginas distribuídas em 10 capítulos, onde a informação é proporcionada por meio de vários desenhos, quase sempre em perspectiva e da maneira mais clara possível.

Um manual para leigos e arquitetos, que responde aos desafios atuais da questão habitacional e apresenta alternativas, aplicando no processo construtivo uma combinação de técnicas tradicionais e modernas; como o uso da terra, bambu, madeira e sisal, e materiais menos ecológicos, como o gesso e o cimento. 

Segundo o autor, a combinação de várias técnicas é o que permitirá a criação de um ambiente mais harmonioso para se viver.

O nome do livro é inspirado nos “Arquitetos descalços”, os primeiros arquitetos que na antiguidade amassavam a terra com os pés, para preparar os tijolos. Para nós, uma realidade cada vez mais distante, já que nos afastamos cada dia mais da natureza e de uma vida sustentável.

“Quem mais me inspirou para reunir e compartilhar estes conhecimentos de construção, foi a gente do campo e das zonas “precárias” das grandes cidades. Sua confiança na possibilidade de melhorar suas condições de vida, apesar de todas as dificuldades que enfrentam, foi a base desta obra.” define o autor.

Encontra-se no livro técnicas interessantes, por exemplo de como construir um telhado verde, um fogão à lenha, um aquecedor solar e até mesmo a velha técnica de pisar no barro para fazer tijolos de adobe.  Propõe explicações mais ecológicas de como resolver a questão da água e do saneamento e promove projetos integrados ao entorno e adequados ao clima local.

Johan Van Lengen explica que não é o autor de todas técnicas incluídas no livro; muita gente compartilhou com ele essas experiências,entre eles; Álvaro Ortega, Cláudio Favier, Eduardo Neira, Gabriel Câmara, Gernot Minke, John Turner, Sjoerd Nienhuys, Yves Cabannes.

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Veja a entrevista completa com o Johan van Lengen:

Paradas Cariocas: Os “Parklets” do Rio de Janeiro

Essa semana o prefeito Eduardo Paes assinou o decreto que regulamenta o programa Paradas Cariocas, a iniciativa permite a criação de plataformas niveladas em vagas de estacionamento que ampliarão o passeio público, espaço conhecido como “Parklets”.

O programa será implementado pela Prefeitura do Rio, por meio do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), e  visa valorizar a cultura do encontro, do convívio entre as pessoas e a confraternização no espaço público, características do modo de vida urbano dos cariocas.

O Paradas Cariocas valoriza o patrimônio cultural e segue modelos de sucesso realizados em outras cidades, como São Paulo, Boston  e São Francisco, nos Estados Unidos, onde a novidade apareceu em 2005 e virou política pública a partir de 2009.

paradas cariocas - parklet
Crédito: flirck San Francisco Planning Department

Os espaços possibilitarão diversos usos, como a instalação de mobiliário urbano, realização de manifestações artísticas e outras ocupações, sempre voltadas para o uso público e que atendam a demanda dos bairros. O objetivo é estimular iniciativas artísticas e criativas na cidade que se apropriem do espaço ocupado hoje por automóveis, além de estimular a presença das pessoas no ambiente público.

Regras para a instalação de uma Parada Carioca:

– Deverá ser respeitado o limite máximo de 15% de vagas suprimidas numa mesma via.

– Os “parklets” cariocas só poderão ser construídos em ruas cuja velocidade máxima é de 50 km/h.

– A autorização poderá ser requerida tanto por pessoas físicas quanto jurídicas, que serão os responsáveis pela instalação, manutenção e remoção das plataformas, como também com todos os custos necessários para a implantação.

– O proponente deverá dar entrada no processo na subprefeitura da região desejada, que concederá a autorização válida por um ano, podendo ser prorrogada. O IRPH acompanhará toda a análise do projeto. Caso o solicitante não seja o proprietário do imóvel em frente à Parada Carioca, deverá ter a autorização do dono do imóvel.

– Após a autorização, os proponentes deverão executar a instalação da plataforma em até 30 dias a partir do início das obras.

– Apesar de as paradas cariocas terem um responsável, o seu uso deverá atender às demandas da população em geral e o uso do espaço será público, sendo acessível a todos os tipos de pessoas nos mais variados horários.

– Não serão aceitos a instalação de comércios, nem a instalação de mesas e cadeiras como continuidade do espaço de bares e comércios. As calçadas em frente às paradas cariocas deverão continuar livres para a passagem de pedestres.

– Durante a avaliação das propostas de instalação, será levada em consideração a utilização de materiais sustentáveis e de projetos criativos.

– Poderá ser utilizada a utilização de bancos, mesas, cadeiras, jardineiras, guarda-sóis e aparelhos de exercícios físicos, bicicletários e pequenas hortas.

– Também não será aceita a instalação de comércio, nem a instalação de mesas e cadeiras como continuidade do espaço de bares e estabelecimentos comerciais. As mesas e cadeiras, quando instaladas, não poderão ter a mesma identidade visual do bar ou restaurante em frente.

– Os projetos deverão seguir as normas técnicas de acessibilidade da Prefeitura do Rio.

– As Paradas Cariocas ficarão disponíveis para a sociedade 24 horas por dia nos sete dias da semana. Esta informação deverá ser exposta em placa no local.

– O projeto deverá respeitar a distância mínima de 40 centímetros em relação ao limite das vagas de estacionamentos adjacentes e à pista para os carros.

– As Paradas Cariocas não poderão ser instaladas em esquinas e não podem obstruir rampas de acessos de pessoas com deficiências, faixas de travessia de pedestres, paradas de ônibus, pontos de táxi, equipamentos de combate a incêndio, nem acarretar a supressão de vagas especiais de estacionamento para idosos e deficientes físicos. A plataforma deverá ser nivelada o mais próximo possível da calçada para permitir o acesso de pessoas com deficiência.

– Também não será permitida a instalação em locais onde existam faixas exclusivas de ônibus, ciclovias ou ciclofaixas. As paradas não poderão prejudicar a perfeita drenagem da rua e não podem obstruir ralos e bueiros.

– As Paradas Cariocas deverão possuir algum tipo de proteção, como guarda-corpo e vasos com vegetação, com pelo menos 80 centímetros de altura, para ficarem visíveis aos veículos e, dessa forma, garantir a segurança dos usuários.

– As Paradas Cariocas não poderão conter elementos publicitários.

 

O projeto tem tudo para dar certo, tendo em vista a tradicional maneira do carioca de viver as suas ruas. São Paulo teve o primeiro modelo instalado no Brasil, em 2012, durante a Virada Sustentável.  A ideia tem sido disseminada pelo Instituto Mobilidade Verde,  um grupo formado por uma ONG, construtora de Mobiliário Urbano e três escritórios de arquitetura e design, que foi responsável pela construção dos primeiros parklets na America Latina, tendo pesquisado, planejado e implementado os 6 primeiros Parklets da cidade.

paradas cariocas - parklet

Parklet em São Paulo – Crédito: Instituto Mobilidade Verde

 

Mais informações: Prefeitura do Rio de Janeiro

 

Estrada na Coreia do Sul tem ciclovia coberta por 20 mil painéis solares

Essa ciclovia solar na Coreia do Sul liga as cidades cidades de Daejeon a Sejong e tem a cobertura feita com 20 mil painéis fotovoltaicos.

Andar de bicicleta numa estrada geralmente não é um ato muito agradável, por estar sujeito às intempéries e ao perigo de estar próximo à veículos em alta velocidade. Para incentivar os ciclistas e gerar energia limpa, essa via possui um corredor central ocupado por uma ciclovia protegida lateralmente por fortes guarda corpos, e da chuva e do sol, graças à cobertura com painéis solares de última geração. O acesso dos ciclistas é feito através de passagens inferiores a cada quilometro.

ciclovia solar

 

A  autoestrada de aproximadamente 32 km também possui vias exclusivas para o sistema BRT (Bus Rapid Transit ) que começou a funcionar em 2012. As seis vias restantes, três em cada sentido, estão abertas aos outros veículos.

Veja no vídeo abaixo as imagens desta incrível ciclovia solar :

 

Fonte e imagens: Inhabitat

Cidade onde 75% do transporte é feito em bicicleta – E fica no Brasil!

A pequena cidade mencionada têm 10 mil bicicletas enquanto a frota que reúne carros, motos, ônibus e caminhões, é de aproximadamente 2000. E não estamos falando de uma cidade europeia mas de Feijó, no estado do Acre, que tem pouco mais de 32 mil habitantes – o que significa três pessoas para cada bicicleta.

A bicicleta é o meio de transporte preferido da população local, que conta com um relevo privilegiado para as pedaladas.

O município, famoso por produzir o melhor açaí do país, fica a pouco mais de 300 quilômetros da capital, Rio Branco.

Aliás a capital acreana é conhecida como a Copenhague brasileira. Rio Branco é a cidade do País que tem a maior proporção de ciclovias em relação à malha viária (7,4%) e ao número de habitantes 6.003Hab/Km.

Atualmente conta com cerca de 160 quilômetros de vias cicláveis projetadas e mais de 110 quilômetros de vias (ciclovias e ciclofaixas) já em funcionamento.

E o principal uso da bicicleta é como meio de transporte.

A partir daí, a população se apropriou da cidade, ocupando os espaços públicos.

cidade brasileira das bicicletas
cidade brasileira da bicicletas
Foto: Cidades Sustentáveis

Um exemplo de como a vontade política e os investimentos direcionados podem favorecer o uso da bicicleta na cidade com segurança,  a cidade já demonstrava seu interesse em investir no planejamento cicloviário antes mesmo dos congestionamentos começarem a ser intensos.

Em 2006 a Prefeitura implantou 60 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, como teste para criação de vias exclusivas para o uso da bicicleta.

Em 2007, articulado aos direcionamentos do Plano Diretor no município, o Plano Diretor de Transporte e Trânsito (PDTT) de Rio Branco buscou requalificar as vias existentes segundo novos critérios de segurança ao ciclista, considerou a implantação de mais 100 novos quilômetros de vias cicláveis e melhorou as calçadas da cidade, além de ampliar a malha viária e padronizar a sinalização no sistema.

Fontes: Cidades Sustentáveis e Mobilize


14 maneiras de proteção de ciclovias

Baseado no estudo do engenheiro Austin Nathan Wilkes, o infográfico abaixo apresenta de forma ilustrativa diversas maneiras de proteção de ciclovias, avaliando os critérios de proteção, custo, durabilidade e estética.

São apresentadas as estratégias mais populares usadas ​​pelas cidades ao redor do mundo com o objetivo de melhorar a proteção de suas ciclovias, aumentando a segurança dos ciclistas.

Alguns detalhes a ter em mente: em primeiro lugar a avaliação estética é relativa. Além disso, os  custos, e todos os critérios, foram analisados com estimativas americanas. Confira a seguir:

14 dicas de como projetar ciclovias mais protegidas:

Proteção de ciclovia - faixa listrada
Proteção de ciclistas
Proteção de ciclovia - tartaruga
Proteção de ciclovia - gelo bahiano
Proteção de ciclovia - tartaruga alongada
Proteção de ciclovias - estacionamento
Proteção de ciclovia - barreiras lineares
Proteção de ciclovias - vagas de carros
Proteção de ciclovia - grades protetoras
Proteção de ciclovias - jardineiras
Proteção de ciclovia - barreiras verticais
Proteção de ciclovia - meio-fio de concreto
Proteção de ciclovia - meio-fio pré-moldado
Proteção de ciclovia - ciclovias elevadas

Matéria Original: Green Lane Project

Conferência Internacional Cidades Sustentáveis – Políticas Públicas Inovadoras

O Programa Cidades Sustentáveis realizará a I Conferência Internacional Cidades Sustentáveis – Políticas Públicas Inovadoras,nos dias 7 e 8 de abril de 2015. O evento será realizado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, e acontece junto com o III Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável.

O público alvo da conferência são gestores públicos, lideranças sociais e empresariais, pesquisadores, acadêmicos e jornalistas.

O evento terá a participação de prefeitos de vários municípios brasileiros e de outros países, que apresentarão experiências bem sucedidas em diversas áreas, entre as quais saúde, educação, mobilidade, segurança, resíduos e governança. Experiências concretas e de excelência de gestão pública sustentável, que podem servir como referências para o planejamento e a gestão das administrações municipais, integram o Banco de Boas Práticas do Programa Cidades Sustentáveis.

A abertura oficial da conferência será feita pelo Oded Grajew, coordenador geral da Rede Nossa São Paulo e do Programa Cidades Sustentáveis, acompanhado de José Fortunati, prefeito de Porto Alegre (RS) e presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP).

Confira a programação completa da Conferência:  http://www.cidadessustentaveis.org.br/conferencia2015/programacao

 

Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável

Cidades Sustentáveis

O Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável (EMDS), foi realizado pela primeira vez em 2012 e é promovido pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP).

Um dos resultados do I EMDS foi a elaboração da “Carta dos Municípios Brasileiros pelo Desenvolvimento Sustentável”, entregue ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki Moon. O documento defende maior participação dos municípios na implementação de políticas públicas para promover a sustentabilidade econômica, social e ambiental no Brasil.

Materiais para construção sustentável: critérios para o LEED V4

A escolha de materiais para construção sustentável é uma difícil tarefa. Para atingir este objetivo, geralmente ouvimos de diversas fontes que é correto utilização de materiais locais, madeira certificada, materiais facilmente renováveis como o bambu, além dos diversos materiais ditos sustentáveis que são apresentados diariamente no mercado.

No entanto o fator sustentável nesse quesito é tão amplo, que envolve tantas variáveis, que possuímos pouquíssima garantia de que muitos desses materiais realmente empregam os princípios ‘verdes’ que vendem.

Por exemplo, o bambu que chega ao consumidor levantando a bandeira da sustentabilidade pode empregar uma mão-de-obra quase escrava na manufatura ou mesmo utilizar uma técnica de extração prejudicial ao meio-ambiente.

Ou talvez aquela cadeira linda de papelão projetada por Frank Gehry, que apesar de possuir um valor histórico já conhecido, pode durar tão pouco que é preferível a aquisição de uma cadeira metálica que possua um ciclo de vida mais longo. Como medir de forma coerente e garantir os objetivos?

Por este motivo que a nova versão do sistema LEED, a V4, evoluiu drasticamente toda a categoria de Materiais e Recursos para a obtenção da certificação, criando um incentivo na utilização de materiais com certificações ambientais já existentes no mercado internacional.

Se na versão de 2009 a pontuação era obtida com a utilização de materiais regionais (provenientes de um raio de até 800km do local de obra), com conteúdo reciclável (pós ou pré-consumidor) ou facilmente renováveis (que são repostos pela natureza em no máximo 10 anos) – agora é necessário demonstrar uma prova mais convincente: a certificação de terceiros sobre seus ingredientes, demonstrar sua origem, a forma de extração e como ela é descartada no final do processo, conforme o cumprimento de diversas normas ISO .

A ideia não é acusar ou desmerecer os fornecedores, mas sim recompensar aqueles que vem realizando um bom trabalho em diversos níveis da cadeia produtiva. E diversas siglas importantes com 3 letrinhas surgem para aprendermos – como os EPDs, HPD, CSR, LCA, BODs, C2C – e nos acostumarmos, pois elas se tornarão cada vez mais comuns nos próximos anos.

O sistema de créditos apresenta 3 formas principais de apresentar materiais para construção para a obtenção de créditos, que serão apresentados de forma rápida:

1- DIVULGAÇÃO E OTIMIZAÇÃO DE PRODUTOS DA CONSTRUÇÃO- DECLARAÇÃO DE PRODUTOS AMBIENTAIS

A intenção é encorajar a seleção de produtos cujos fabricantes tenham prova de melhores ciclos de vida ambientais. Aqui entram as certificações ambientais como a ISO 14044, 14025, 14044, 15804 ou ISO 21930 e os EPDs ou programas aprovados pelo USGBC. Existem dois pontos que podem ser adquiridos:

Opção 1. Declaração de Produtos Ambientais (EPD):

Um EPD é um meio padronizado de comunicação dos impactos ambientais, assim como o potencial de aquecimento global e a utilização de recursos energéticos de um produto ou sistema.

Os materiais podem contar como 1/4, 1/2 ou produto inteiro para o crédito caso possuam avaliações distintas. A mais rigorosa, e naturalmente a que mais conta para crédito, são os EPDs de produto específico Tipo III- Produtos com certificação de terceiros, incluindo verificação externa em que o fabricante é explicitamente reconhecido como participante pelo operador do programa.

EPD
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Opção 2. Otimização de Múltiplos Atributos

A proposta é utilizar produtos avaliados conforme abaixo:
· Potencial de aquecimento global (gases de efeito estufa);
· Esgotamento da camada de Ozônio;
· Acidificação de terra e fontes d’agua;
· Eutrofização;
· Formação do ozônio trofosfrico;
· Esgotamento de recursos de energia não renováveis.

2- OTIMIZAÇÃO E DIVULGAÇÃO DE PRODUTOS DA CONSTRUÇÃO- ORIGEM DE MATÉRIAS-PRIMAS

A intenção é encorajar a seleção de produtos verificados por serem extraídos e armazenados de maneira responsável. Existem dois pontos que podem ser adquiridos:

Opção 1. Relatório de Origem e Extração de Matérias-Primas

O conceito é utilizar produtos de fabricantes que tenham lançado um relatório público de seus fornecedores de matérias-primas que incluam a localização da extração desses materais, um compromisso de longo prazo para uso do solo ecologicamente responsável, um compromisso em reduzir impactos ambientais da extração e do processo de fabricação, e um compromisso de utilizar padrões aplicáveis ou programas voluntariamente que demonstrem um critério de origem responsável.

Logicamente o que mais conta para crédito são os Relatórios de Sustentabilidade Corporativos (CSR), pois são verificados por terceiros como os EPD`s. Entre os CRS aceitáveis estão:

– Global Reporting Initiative (GRI) Sustainability Report
– Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD)- Diretrizes para Empresas Multinacionais
– Pacto Global das Nações Unidas: Comunicação de Progresso
– ISO 26000: 2010 Guia de Responsabilidade Social

Opção 2. Liderança em Práticas de Extração

Utilizar produtos que atendam pelo menos um dos critérios responsáveis de extração:

Materiais para construção sustentável
.

– Responsabilidade extendida do produtor: produtos comprados de um produtor que participe em um programa de responsabilidade extendida do produtor ou é diretamente responsável por esta responsabilidade;
– Materiais bio-formados: Devem atender aos padrões do Sustainable Agriculture Network e serem legalmente extraídos. Exclua peles de animais;
– Produtos em madeira: Devem ser certificados pelo Forest Stewardship Council;
– Reuso de materiais: Incluem produtos recondicionados, recuperados ou reutilizados;
– Conteúdo reciclável: É a soma do pós-consumidor mais metade do pré-consumidor, com base no custo.

3- OTIMIZAÇÃO E DIVULGAÇÃO DE PRODUTOS DA CONSTRUÇÃO- INGREDIENTES DE MATERIAIS:

A intenção é de encorajar o uso de produtos em que os ingredientes químicos são inventariados utilizando uma metodologia aceitável e por selecionar produtos verificados que minimizam o uso e geração de substâncias prejudiciais.

Opção 1. Relatório de Ingredientes Materiais

Utilize produtos que demonstrem um inventário químico de produto de pelo menos 0,1% conforme os programas abaixo:

Um inventário publicamente disponível de todos os ingredientes identificados por nome e um Número de Registro Químico (CARSN);
– Materiais definidos como segredos industriais ou propriedade intelectual podem reter o nome e/ou CARSN mas devem declarar função, quantidade e uma referência Greenscreen;
Declaração de Saúde de Produto (HPD): O produto final possui uma Declaração de Saúde do Produto publicada com declaração completa de riscos conhecidos de acordo com os padrões do Health Product Declaration.
Cradle to Cradle: O produto final é certificado como Cradle to Cradle v2 nível básico ou nível Bronze.

Materiais para construção sustentável - cradle to cradle
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Opção 2. Otimização de Ingredientes e Materiais

Utilize produtos que documentem a otimização dos ingredientes utilizados no projeto:

– Greenscreen v1.2 benchmark: Produtos que possuam um inventário completo dos ingredientes para 100ppm que não possuam riscos enquadrados em Benchmark 1.
– Certificação Cradle to Cradle: Produtos finais com certificação, que variam em Silver, Platinum e Gold.
– Alternativa Internacional de Submissão – REACH Optimization: Produtos finais e materiais que não possuam substâncias que estejam enquadradas no critério REACH de substâncias de grande preocupação.

Opção 3. Otimização da cadeia de produto do fabricante

Utilize produtos que se originem de fabricantes que participem em programas validados de segurança, saúde, dano ou risco com uma documentação mínima de pelo menos 99% (do peso) dos ingredientes utilizados para criar o produto ou material, originados de verificação independente por terceiros com no mínimo:

– Processos que comuniquem com transparência ingredientes químicos junto com a cadeira de fornecimento de acordo com os danos disponíveis, exposição e informações de uso;
– Processos que identifiquem, documentem e comuniquem informação de saúde, segurança ou características ambientais dos ingredientes químicos;
Processos que implementem medidas para lidar com a saúde, segurança e e risco dos ingredientes químicos;
– Processos que otimizem a saúde, segurança e impactos ambientais no desenvolvimento e melhoria dos ingredientes químicos;
– Processos que comuniquem, recebam e avaliem a segurança dos ingredientes químicos junto com a cadeira de fornecedores;
Informações de gerência (Stewardship) sobre os ingredientes químicos que estejam publicamente disponíveis junto com a cadeia de fornecedores.
– Para atendimento de crédito da maioria das pontuações citadas, produtos originados (extraídos, fabricados, comprados) em até 100 milhas (160km) do endereço do projeto constam como 200% do custo base. Obviamente outros programas futuros aprovados pelo USGBC também contarão para cálculo do crédito.

CONCLUSÕES:

E para os arquitetos que precisam conciliar um bom projeto de arquitetura, o processo como um todo, a satisfação do cliente e ainda encontrar materiais para construção sustentável que cumpram o intuito e que ainda caibam no bolso, como proceder?

Relacionado: Confira 10 Características importantes para se observar ao escolher Materiais para construção sustentável

Não é tarefa fácil, principalmente em se tratando de Brasil. Enquanto nos EUA existem listagens de fácil acesso a qualquer material desejado ou mesmo os próprios certificados EPD e Cradle to Cradle para aqueles que buscam a certificação LEED na nova versão, no Brasil existem iniciativas por enquanto muito dispersas ou sem a força de que precisam, muitas originadas de iniciativas particulares ou mesmo por blogs e sites de fabricantes.

Uma grande promessa pode vir do nosso próprio amigo Google com seu projeto Portico, lançado agorinha no início de 2015, que é um banco de dados que permite arquitetos e engenheiros uma consulta ampla e transparente de materiais considerados saudáveis para a construção, por enquanto restrito à obras dos escritórios do Google.

Os fabricantes podem também disponibilizar seu próprio material, obter o resultado e caso ele não seja o almejado pode sofrer melhorias para próximas avaliações.

Podemos considerar que a transparência dos materiais para construção sustentável ainda estão em uma etapa de infância, e precisam evoluir muito.

O próprio sistema LEED considera o sistema de crédito que mais enfrentou diversas mudanças durante o desenvolvimento dos créditos para a versão 4, e diversas formas de declarações ambientais podem ser desenvolvidas nos próximos anos.

Ou seja, se hoje a certificação na nova versão pode ser um caminho tortuoso, na medida em que os produtos forem sendo cadastrados e certificados, o futuro tende a ser muito facilitado e transparente na escolha de bons materiais para construção.

Conhece algum material nacional que possua EPDs, HPDs ou outras certificações ambientais? Contribua conosco!

Matéria enviada por Filipe Boni, arquiteto, LEED AP BD+C e sócio diretor do 2030 Studio 

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IPTU Verde em Salvador: ações sustentáveis podem dar até 10% de desconto

O prefeito de Salvador, ACM Neto, regulamentou esta semana o decreto que instituiu o IPTU Verde, tributo que concede descontos de 5% a 10% no valor do imposto para os proprietário de imóveis que adotem medidas sustentáveis.

Podem participar proprietários residenciais e não residenciais, sejam de empreendimentos novos ou já existentes. Também poderão conseguir descontos de 80% no valor venal para apuração do valor do IPTU os terrenos declarados como não edificáveis, que não sejam exploráveis economicamente localizados em uma das quatro Áreas de Proteção Ambiental de Salvador (Bacia São Cobre-São Bartolomeu, Baía de Todos os Santos, Joanes-Ipitanga e Lagoas e Dunas de Abaeté).

Os imóveis cadastrados no IPTU Verde terão uma pré-certificação e serão submetidos a uma avaliação técnica, em conjunto com a Secretaria Cidade Sustentável (Secis). O desconto só será efetivado no momento final do habite-se. No caso de uma reforma, o caso será analisado após a pessoa dar entrada com um pedido.

As condicionalidades serão verificadas a cada três anos . O certificado ficará em local visível no imóvel para que todos saibam que o espaço está adequado às práticas sustentáveis. Caso o imóvel seja descaracterizado das ações que justificaram a concessão da certificação, o benefício será automaticamente cancelado.

Faixas de desconto do IPTU verde

IPTU verde Salvador - categorias
Crédito da imagem: http://iptuverde.salvador.ba.gov.br/

SELO BRONZE – Imóveis que atinjam 50 pontos na soma dos itens de sustentabilidade fazem jus a um desconto de 5%
SELO PRATA – Construções que consigam uma pontuação mínima de 70, na lista de sustentabilidade, terão um desconto de 7%
SELO OURO – O limite máximo de desconto do IPTU Verde será oferecido a imóveis com soluções ambientais que atinjam um mínimo de 100 pontos, de acordo com os critérios estabelecidos pela prefeitura

Cada medida adotada pelo imóvel tem um valor, de acordo com a tabela de pontos da prefeitura, a exemplo do uso de  lâmpadas LED, sistemas de reaproveitamento de água e torneiras temporizadas,descarga com comando duplo, aproveitamento de águas pluviais em 90% da área de cobertura, totalizando 63 critérios sustentáveis. Adotando todas as medidas propostas pelo programa, é possível alcançar até 200 pontos, mas com 100 já é garantido 10% de desconto no IPTU.

 

Mais informações no site http://iptuverde.salvador.ba.gov.br/



Financiamento para edificações sustentáveis será tema de Fórum em SP

 Acontece em São Paulo no dia 30 de março o III Seminário do Fórum de Desenvolvimento Urbano e Construção Sustentável, o tema abordado nesta edição é o “Financiamento para edificações sustentáveis”.

Contextualização:

O tema Sustentabilidade já é realidade no setor imobiliário e na construção civil. Os empreendimentos procuram inserir requisitos de sustentabilidade em seus projetos, materiais e sistemas, execução da obra e no uso e operação. No entanto, alguns gargalos são identificados e há a necessidade de buscar alternativas que viabilizem as práticas de sustentabilidade em um maior número de empreendimentos. Há necessidade de aprimoramento das linhas de financiamento concedidas por instituições financeiras para a incorporação de aspectos de sustentabilidade aos novos empreendimentos, por parte das incorporadoras, e edificações existentes, por parte dos condomínios.

Objetivos:

Discutir incentivos para a adoção de práticas sustentáveis na construção civil, na fabricação de materiais e sistemas construtivos, na execução de obras e na pós-ocupação (usuário final). Identificar ações que possam ser implantadas pelos agentes financiadores e gestão pública.

Público Alvo

Incorporadores, construtores, agências de fomento e inovação, órgãos de governo, gestores públicos, fabricante, fornecedores, instaladores, arquitetos, engenheiros, projetistas, profissionais interessados, educadores e estudantes.

O Fórum

O Fórum de Desenvolvimento Urbano e Construção Sustentável (FDUCS) é uma articulação permanente de órgãos públicos e de entidades privadas que têm como objetivo fomentar a adoção de tecnologias que, dentre outros exemplos, resultem em comportamentos e estilos de vida nas construções que promovam a conservação e o reuso da água – incluindo chuva -, a economia de energia, a adequada gestão de resíduos e o conforto térmico, de modo a contribuir para a integração urbana, a resiliência climática, e para o desenvolvimento ambientalmente sustentável do país.

Financiamento para edificações sustentáveis

Serviços:

III Seminário do Fórum de Desenvolvimento Urbano e Construção Sustentável
Data: 30 de Março de 2015 – Horário: 8h30 às 12h
Local: SindusConSP
Endereço:Rua Dona Veridiana, 55 -Santa Cecília – São Paulo/SP

Inscrições gratuitas online

 

Prefeitura do Rio lança Plano de Mobilidade Urbana Sustentável

O Plano de Mobilidade Urbana Sustentável do Rio de Janeiro (PMUS) foi desenvolvido pela Prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) e conta com uma plataforma online para colaboração da população.

O plano orienta os investimentos públicos em infraestruturas de transportes da cidade por dez anos, a partir de 2016 e deverá integrar modais motorizados e não motorizados em um sistema coeso e sustentável, priorizando o transporte público, o deslocamento a pé e por bicicleta e considerando emissões de gases do efeito estufa.

Plataforma Interativa

Plano de Mobilidade Urbana Sustentável
Imagem: http://desafioagorario.crowdicity.com/#

Paralelamente às atividades do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável, a Prefeitura lançou um novo Desafio Ágora Rio, dessa vez com o tema mobilidade, que servirá de um espaço qualificado para o debate e proposição sobre o tema.

No site do PMUS, os cidadãos e cidadãs poderão sugerir novas rotas para BRTs, ciclovias e apontar áreas em que a passagem de automóveis não é recomendada, entre outras demandas. Além disso, serão realizados encontros em datas e locais ainda a serem divulgados para que o poder público apresente o desenvolvimento do plano e possa captar os desejos da população.

Mapa de Demandas Interativo

Mapa de Demandas - Plano de Mobilidade Urbana Sustentável
Mapa de Demandas – Site: http://www.pmus.com.br/

O Mapa de Demandas é uma plataforma digital para que a população possa registrar demandas por mobilidade e fazer outras sugestões, tudo isso em um mapa interativo da cidade.

Dentre as possibilidades no mapa, os cidadãos e cidadãs poderão sugerir novas rotas cicloviárias pela cidade, identificar pontos da cidade onde a calçada é menos acessível ou sugerir o fechamento de determinadas ruas apenas para pedestres.

Mapa de Informações da Mobilidade da Cidade

Um mapa resume como ficará a rede de transportes da cidade com todos os modais entregues:

Plano de Mobilidade Urbana Sustentável
Mapa – Site: http://www.pmus.com.br/

O trabalho utiliza os dados do Plano Diretor de Transporte Urbano da Região Metropolitana (PDTU-2013), com foco na cidade do Rio de Janeiro. Ao final de dez meses, será elaborado um documento com as principais conclusões e propostas do estudo para os cenários de 2021 e 2026 (com diferentes graus de investimento). Todas as medidas estarão em acordo com as recomendações do Plano Diretor da Cidade do Rio de Janeiro (Lei Complementar 111/11), da Política Municipal de Mudanças Climáticas (Lei 5.248/11) e da Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/12).

Mais informações na plataforma online do PMUS

Metodologia BIM ganha força como ferramenta de otimização de processos

A metodologia BIM ganha força como ferramenta de otimização de processos, mas ainda há buracos no caminho das melhorias na produtividade, qualidade, sustentabilidade e rentabilidade.

Um grupo de profissionais da construção civil se reuniu ontem, 23 de março de 2015, na FIRJAN em um evento, promovido pelo SINDUSCON-RJ, que falou sobre a utilização da metodologia BIM nos projetos.

Por um lado, é tranquilizador saber que este assunto finalmente decolou no Brasil e o número de projetos desenvolvidos com a metodologia BIM só vem crescendo. Por outro lado, ainda é difícil entender porque os brasileiros resistem tanto a mudanças e custam a adotar medidas, soluções e metodologias que já se comprovaram eficientes e rentáveis.

Passamos por um momento de desaquecimento do mercado, onde as margens são mais baixas e oferta maior, aumentando a competitividade. Em um cenário como este, não há mais espaço para baixa produtividade, retrabalhos e projetos mal desenvolvidos.

Apesar disso, muitas empresas ainda insistem em um modelo ineficiente e ultrapassado de desenvolvimento de projetos onde os maiores problemas e perdas econômicas acontecem, não por falta de conhecimento técnico das equipes, mas sim por deficiências no planejamento e gerenciamento deste projeto.

Exemplos destas deficiências são:

• Profissionais de gerenciamento preocupam-se demasiadamente em cumprir prazos de cronogramas mal elaborados, atas e questões burocráticas.
• A coordenação técnica entre as disciplinas envolvidas fica negligenciada e muitas vezes este escopo ao menos aparece como responsabilidade da gerência ou algum outro profissional.
• Os produtos são deficientemente definidos. Premissas não são compartilhadas ou mesmo o que se deve buscar como objetivos, metas ou valores para os projetos, que por sua vez, passam por incontáveis e frequentes revisões.
• Prazos de entrega não são cumpridos. Plantas com diversas áreas “EM HOLD” esperando definições que chegam tardiamente.
• Não há métrica para identificação dos padrões de qualidade das soluções apresentadas.
• Não há know-how para o perfeito entendimento de uma ENGENHARIA DE VALOR
• Projetos são orçados em fases tardias do processo quando frequentemente descobre-se que não há recursos para construí-lo. Os resultados são retrabalhos, cronogramas estourados, insatisfação entre equipes e perda de rentabilidade.
• Não se estudam ou aplicam novas e mais eficazes metodologias de coordenação de projetos.
• Não se sabe o valor de um bom investimento na etapa de planejamento. Há resistência em aumentar investimentos (tanto de recursos quanto de tempo) na etapa de planejamento e projeto.

No papel de consultora em sustentabilidade, pude perceber que as medidas que mais causam impactos ambientais e perdas são aquelas relacionadas às deficiências no planejamento e gerenciamento de um projeto.

Um projeto gerenciado de maneira deficiente traz desperdício, retrabalhos incompatibilidades e investimentos mal feitos. Muitas vezes, tais investimentos são realizados de forma absolutamente incorreta, na busca de uma falsa sustentabilidade.

Vidros são um bom exemplo. Por diversas ocasiões recebi ligações onde a pergunta era: “Que tipo de vidro tenho que especificar e comprar em um projeto sustentável.” A pergunta se repete em diversas reuniões, reportagens enfatizam a eficiência dos vidros utilizados. E a resposta correta seria: “O pior tipo de vidro seria o ideal!” Apresento um exemplo de um projeto onde foi possível especificar um vidro totalmente incolor e sem nenhuma capacidade de bloqueio de calor (um vidro que o mercado entenderia como de baixa performance ou qualidade). Isso foi possível porque a arquitetura do edifício era bem pensada e oferecia proteção. A troca de um vidro “low-E” por vidros comuns gerou economia de alguns milhares de reais ao cliente. Não precisamos afirmar que não houve nenhum tipo de prejuízo, por exemplo, ao sistema de climatização ou ao consumo energético.

As relações entre os sistemas prediais simplesmente precisam voltar a ser entendidas. Nossas edificações são organismos complexos e temos que entendê-las como o corpo humano, com estrutura, circulação, respiração, proteção, alarmes e alertas, audição, olfato, tato, sistemas de purificação, abastecimento e geração de resíduos.

Em outro projeto, estavam sendo previstas soluções muito interessantes para os sistemas relacionadas à água. Entre elas, podemos citar: a captação e aproveitamento de águas de chuva, o tratamento de águas cinzas e de condensação.Louças e metais economizadores estavam sendo utilizados e um sistema de esgoto à vácuo. O resultado de todas estas ações era que a água tratada estava sendo jogada fora por falta de demanda uma vez que o edifício consumia pouquíssimo nos sistemas de esgoto (bacias sanitárias e mictórios) e não havia jardins a serem irrigados.

Por falta de conhecimento, o mercado da construção civil tende a acreditar que itens de sustentabilidade podem ser marcados como em um “check list”. Desta forma, distorcem técnica e economicamente a maneira através da qual a questão deve ser tratada. Sustentabilidade nada mais é do que projetar e construir edificações que realmente façam sentido técnico e econômico, e não somente ambiental.

Neste momento de crise ambiental, além de metas de redução de gases do efeito estufa (GEE), temos que pensar em redução de consumo e eficiência, mas temos que alcançar esta melhoria na qualidade das edificações de maneira inteligente, não com acréscimos de custos, mas através da melhoria nos processos que já se comprovou possível.

Em projetos bem gerenciados e com o apoio técnico e ferramentas e trabalho adequadas, podemos ter como resultados, edificações de maior qualidade, durabilidade, mais saudáveis, mais atrativas e sustentáveis. Esta experiência já está acontecendo em alguns projetos brasileiros e é amplamente conhecida nos EUA e Europa.

A metodologia BIM é apenas uma ferramenta. Estamos a utilizando para identificar problemas de compatibilização, para orçar obras e definir cronogramas, para levantar quantidades e custos e estudar melhorias em projetos que infelizmente foram desenvolvidos sob uma metodologia falha. É claro que o potencial desta ferramenta é muito maior do que isso. Apenas percebemos os primeiros benefícios, mas se entendermos o real valor de um projeto bem pensado, evoluiremos com maior velocidade e rentabilidade.

O mercado precisa entender como projetar e construir de maneira mais eficiente, econômica, produtiva e lucrativa. O caminho existe e já está sendo traçado.

Matéria enviada pela arquiteta Rosana Correa, LEED AP BD+C e diretora técnica da Casa do Futuro – empresa especializada em sustentabilidade e tecnologia em edificações.

Eficiência energética de residências é investimento para economizar na conta de luz

Eficiência energética de residências é investimento que se paga rápido. Em Florianópolis, morador já nota queda de 50% no consumo após consultoria.

Com o recente aumento na tarifa de energia – média de 28,7% na região Sul –, os consumidores têm recorrido a diferentes alternativas para tentar driblar o gasto a mais: tirar os aparelhos eletrônicos das tomadas, só abrir a geladeira quando já tiver escolhido o que vai pegar, reduzir o tempo no banho…

As dicas são várias, e válidas, porém mais do que remediar é necessário planejar bem antes mesmo de construir uma casa ou apartamento, recomendam especialistas em eficiência energética.
Rafael Benedet, de Florianópolis, resolveu aproveitar a mudança para um apartamento novo e buscou a ajuda dos consultores do OI3E – Organismo de Inspeção em Eficiência Energética de Edificações, da Fundação CERTI, para saber o nível de eficiência do apartamento e como economizar na conta de energia.

Após a avaliação, a consultoria calculou o nível de eficiência da envoltória (materiais de paredes, vidros e orientação solar) e chegou à conclusão de que o apartamento apresenta bom conforto térmico para o verão e um bom desempenho para aquecimento no inverno. A equipe contratada ainda orientou Rafael na escolha de equipamentos como aquecedor a gás, lâmpadas, geladeira, torneiras e condicionadores de ar.

Nos três primeiros meses no novo apartamento, Rafael já nota uma queda de 50% no consumo em comparação com o mesmo período no apartamento antigo.

O próximo passo, agora, é confirmar o nível de eficiência do apartamento através da emissão da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia – ENCE, que está em processo de finalização.

Juliana Sangoi, especialista do OI3E, explica que no caso do apartamento de Rafael, como as intervenções foram feitas com a obra já praticamente finalizada, pode ser que a edificação não atinja o nível máximo na classificação geral da etiqueta. “O ideal é sempre fazer a avaliação do projeto da obra, de forma que a construtora ou o futuro morador possa fazer as alterações recomendadas”.

Etiqueta de Edificações

etiqueta de Eficiência energética de residências

A ENCE, de maneira semelhante ao que fazem as conhecidas etiquetas concedidas a eletrodomésticos, classifica as edificações avaliadas no espectro de “A” (mais eficiente) a “E” (menos eficiente).

A etiqueta faz parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e foi desenvolvida através de uma parceria entre o Inmetro e a Eletrobras/PROCEL Edifica. Para o proprietário, a etiqueta não só indica o nível de eficiência e a consequente economia na conta de luz, como valoriza o imóvel no mercado.

Enquanto no Brasil poucas construtoras e pessoas enxergam a avaliação e a etiquetagem da eficiência energética de edificações como um investimento, em muitos países da Europa, como Alemanha, Portugal e França, a classificação é obrigatória. Nesses países, as casas e apartamentos à venda ou para alugar devem ter a indicação de seu nível de eficiência energética.

Essa cultura aos poucos vem mudando no Brasil, e em meados de 2014 o governo federal passou a exigir a etiquetagem de edifícios públicos federais. Desde junho, portanto, os projetos de prédios novos devem ser desenvolvidos ou contratados visando, obrigatoriamente, à obtenção da ENCE (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia) de projeto classe A. Após a obtenção da etiqueta de projeto, a construção deve ser executada de forma a garantir a etiqueta A de edificação construída.

“Para quem está buscando comprar um imóvel, recomendo ficar de olho se a construtora se preocupou com o nível de eficiência energética da edificação, comprovando através da Etiqueta o nível alcançado. No fim das contas, é um investimento que se paga rapidamente”, opina Juliana.


Guia para Eficiência Energética nas Edificações Públicas

O MME, Ministério de Minas e Energia lançou, no dia 18 de março de 2015, o “Guia para Eficiência Energética nas Edificações Públicas”, elaborado em parceria com o Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel), instituído pela Portaria nº 75, publicada no Diário Oficial da União (DOU), no contexto do Projeto Esplanada Sustentável (PES).

A publicação, em suas mais de 300 páginas, aborda as principais etapas a serem contratadas em projetos de revitalização típicos em edificações públicas, para fins de eficiência energética: Diagnóstico energético; Elaboração de Projeto Básico; Elaboração de Projeto Executivo; Execução das obras; e Fiscalização e acompanhamento dos resultados. Além disso, no que couber, o Guia pode ser aplicado em edificações privadas comerciais e de serviços.

Guia para Eficiência Energética nas Edificações Públicas

O Guia foi dividido em três partes e um anexo. As partes I, II e o anexo destinam-se aos gestores responsáveis pela área de manutenção predial de cada edificação, quando forem também responsáveis pela gestão do uso de energia elétrica. Já a parte III destina-se aos gestores responsáveis por elaborar os editais para contratação dos serviços necessários para a eficientização energética da edificação.

Na elaboração do manual foram destacados os itens considerados na etiqueta para edificação comercial, de serviço e pública, tais como: envoltória, cobertura, janelas e portas, paredes, iluminação e condicionamento de ar, sistemas de supervisão, controle e aquisição de dados (SCADA), elevadores e sistema de tração.

O “Guia para Eficiência Energética nas Edificações Públicas” está disponível em duas versões on-line: a edição completa, que traz os anexos e documentos de apoio citados no Guia, e a edição compacta.

Além disso, uma cartilha de introdução ao Guia também foi disponibilizada em versão digital no site do MME, com um resumo dos principais temas abordados pelo Guia.

 

Veja abaixo a cartilha explicativa e as duas versões do Guia:

Cartilha “O Que Fazer Para Tornar Mais Eficiente O Uso De Energia Elétrica Em Prédios Públicos” (Formato PDF)

Versão compacta do “Guia para Eficiência Energética nas Edificações Públicas” (formato PDF)

Versão completa do “Guia para Eficiência Energética nas Edificações Públicas” (formato ZIP)

Portaria

 

Fonte: MME



Telhados verdes e/ou painéis solares serão obrigatórios na França

Telhados verdes na França passam a ser obrigatórios em novos edifícios comerciais. Segundo a  nova lei aprovada essa semana, as coberturas de novos edifícios construídos em zonas comerciais devem ser, pelo menos parcialmente, cobertos de plantas ou painéis solares.

As vantagens dos telhados verdes são inúmeras, têm um efeito isolante, ajudando a reduzir a quantidade de energia necessária para aquecer um edifício no inverno e deixar a temperatura mais fresca no Verão. Eles também retêm a água da chuva, ajudando assim a reduzir os problemas com o escoamento, favorecem também a biodiversidade, dando as aves um lugar para aninhar na selva urbana, dizem os ecologistas.

A lei aprovada pelo parlamento foi menos severa do que almejavam os ativistas ambientais franceses, que pediam que o âmbito desta medida não fosse restrito aos edifícios comerciais, e sim a todos os novos edifícios.

A lei foi feita menos onerosa também para as empresas, exigindo que apenas uma parte do telhado seja coberto por plantas, e dando-lhes a opção de instalar painéis solares para gerar eletricidade em seu lugar.

Telhados verdes na França
Painéis solares em Crucey-Villages, França. Foto: Alain Jocard/AFP/Getty Images

A cidade de Toronto, no Canadá, em 2009, foi a primeira a aprovar uma lei que obrigava que os novos edifícios comerciais instalassem os telhados verdes. Em seguida, em 2010, foi a vez de Copenhague, que hoje conta com cerca de 20 mil metros quadrados do sistema. Recentemente seguindo a tendência da preocupação ambiental, Recife adotou o mesmo modelo.

Fonte: The Guardian


Como construir cidades mais resilientes com o uso da tecnologia

A palavra resiliência vem de um termo da física, literalmente significa a capacidade de um corpo voltar ao seu estado natural depois de uma adversidade. Como princípio da sustentabilidade, diz respeito a capacidade de pessoas, comunidade e sistemas se reinventarem frente a situações inesperadas, como por exemplo o aquecimento global.

Desde smartphones até a inspiração em cupinzeiros, as cidades estão usando todos os tipos de recursos e novas maneiras de torná-las mais resilientes.

Abaixo, confira exemplos de como construir cidades mais resilientes com o uso da tecnologia de quatro maneiras:

1. Análise de dados

analise de dados das cidades
Visualização de dados de redes sociais (Imagem: Luc Legay/Flickr)

As cidades têm acesso a muitos dados, e ao longo dos últimos anos tem sido possível observar, em diversas partes do mundo, uma tendência de criação de novas estratégias para usar melhor esses dados. Em lugar de investir na coleta de novos dados, focar os investimentos na união dos diversos conjuntos de dados já existentes a fim de analisar como se relacionam uns com os outros e criar soluções inteligentes a partir daí.

São Paulo, por exemplo, inovou com a criação do MobiLab . O trânsito da cidade gera 30 milhões de dados diariamente; no MobiLab, empreendedores e pesquisadores partem desses dados para criar aplicativos, tecnologias e soluções inteligentes para os problemas de mobilidade na cidade.

Já Nova Orleans, nos Estados Unidos, está usando dados já existentes sobre os crimes na cidade, como os locais em que ocorrem com mais frequência e onde há mais e menos movimento de pessoas, para identificar tendências e investir no que for necessário – iluminação pública, policiamento, etc. Dessa forma, agindo com precisão a partir de dados previamente analisados, as cidades podem reduzir os custos e aumentar a eficiência na gestão de seus recursos financeiros.

2. Tecnologia para melhorar a eficiência operacional

Barcelona
Plaça Catalunya, em Barcelona, cidade que aplica os princípios da Internet das Coisas para se tornar mais eficiente e resiliente (Foto: MorBCN/Flickr)

Integrando novas possibilidades tecnológicas como a Internet das Coisas (Internet of Things) ao desenvolvimento de novos sensores, as cidades estão descobrindo novas maneiras de colocar os dados mais relevantes nas mãos dos tomadores de decisão.

Barcelona está usando a Internet das Coisas para conectar ônibus e pontos de ônibus, carros e estacionamentos, sensores na iluminação das ruas. Tudo de forma integrada, em uma dinâmica que torna o dia a dia das pessoas e a gestão dos recursos ambos mais eficientes.

Os benefícios são quase imediatos: melhor distribuição dos ônibus, que chegam aonde as pessoas precisam; mais eficiência na coleta de lixo; menos emissões de carbono; serviços de emergência mais eficazes e um meio urbano menos estressante para as pessoas.

3. Materiais e projetos inovadores

como construir cidades mais resilientes materiais - edifícios sustentáveis
Eastgate Centre: usa apenas 10% da energia de um sistema de resfriamento convencional

Os materiais usados na construção de infraestrutura em uma cidade ocupam uma posição central no que diz respeito a reduzir os desperdícios, melhorar a eficiência e criar estruturas urbanas mais resilientes.

Baseadas no conceito de biomimetismo (em inglês, biomimicry), que prega a criação de produtos, projetos, ideias de design, tecnologia e materiais a partir da natureza, as cidades podem reduzir o desperdício de energia e aumentar a durabilidade das coisas.

Em Harare, no Zimbábue, o shopping Eastgate Centre usa apenas 10% da energia de um sistema de resfriamento convencional. A explicação está em seu projeto, inspirado nos cupinzeiros, que mantêm uma temperatura amena mesmo durante o verão graças aos bolsões de ar que conduzem a ventilação natural.

4. Novos métodos de comunicação para promover a participação popular

como construir cidades mais resilientes
Foto: Adam Fagen/Flickr

Smartphones, uma das ferramentas mais empoderadoras e úteis para engajar as pessoas. Com as potencialidades oferecidas pelos celulares, são múltiplos os usos que as cidades podem fazer deles para aumentar a resiliência.

Os smartphones podem ser um canal de comunicação para as pessoas relatarem problemas ou realizarem denúncias; podem tornar as cidades mais seguras; agilizar a comunicação entre a administração municipal e os moradores durante fenômenos naturais extremos que possam oferecer riscos à população; e podem ainda impulsionar iniciativas focadas no empoderamento dos cidadãos.

Utilizando a tecnologia de maneira de inovadora, as cidades se fortalecem. E, ao dar voz para as pessoas, garantem mais eficiência para os investimentos. O benefício é duplo: ao mesmo tempo aumentar a resiliência e melhorar a vida das pessoas.
Fonte:  The City Fix Brasil  por Priscila Kichler Pacheco e 100 Resilient Cities

Casa 88° recebe o Prêmio Saint Gobain – Modalidade residencial

A Casa 88°, projeto do escritório Atelier O´Reilly Architecture & Partners, recebeu o Prêmio Saint Gobain – Edição especial 350, na categoria PROFISSIONAL – MODALIDADE RESIDENCIAL. A cerimônia de entrega da premiação aconteceu durante a realização da Expo Revestir 2015, na semana passada, em São Paulo.

Localizada no condomínio residencial Fazenda Boa Vista, em SP, a casa segue as premissas da sustentabilidade em todo o seu ciclo de vida e integra conhecimento e inovação tecnológica aos aspectos econômicos, ambientais, sociais e culturais.

O projeto está sendo concretizado pelas empresas consorciadas Atelier O´Reilly Architecture & Partners, Gaia Construtora, MADO Janelas & Portas e Rewood Madeira Laminada.

VISTA-FRONTAL-Casa 88°
Casa 88°

Um dos destaques do projeto é a cobertura Wave Stud®, uma solução inédita no Brasil, criada pelo escritório Atelier O´Reilly Architecture & Partners com o objetivo de proporcionar a melhora do desempenho térmico da residência e também o aproveitamento acústico e benefício estético, sendo, ainda, protagonista da captação e reaproveitamento de água da chuva.

Estratégias Sustentáveis da Casa 88°:

1. Reflexão- Cobertura branca – Redução ilha de calor

2. Radiação Solar face norte- Alto potencial de produção de energia FV

3.Abertura lateral- entrada de radiação no inverno, sol como bactericida, renovação do ar.

4. Beiral- Protege a da entrada da radiação direta no verão e permite a entrada no inverno.

5. Massa Térmica- Irradiação de calor a noite, absorvido durante o dia

6. Abertura Zenita nos banheirosl- Iluminação e ventilação natural

7. Cobertura Verde– Isolamento térmico e acústico

8. Paisagismo Nativo- Redução do consumo de água, xeropaisagismo, preservação do bioma local.

9. Captação de águas pluviais- Coleta de água da chuva em cisterna.

10. Reuso de água da chuva– Filtragem e reutilização de água através do sistema de irrigação por gotejamento e vasos sanitários.

11. Ventilação Natural– Aberturas voltadas para orientação dos ventos predominantes e saída do ar quente nas aberturas altas na fachada oposta.

12. Lareira- Aproveitamento de calor.

13. Conforto Térmico – Temperatura média mantida através de estratégias passivas.

14. Materiais- Reciclados e reaproveitados, sem COV’s.

15. Madeiras- Certificadas.

16. Metais de baixa vazão, monocomandos com arejadores para redução de consumo.

17. Sistema de tratamento em wetland construídos de fluxo horizontal sub-superficial.

18. Produção de energia eólica

Estratégias Sustentáveis

O júri que escolheu o projeto como vencedor, justificou dizendo que a Casa 88° criou soluções versáteis e inovadoras em diversos aspectos da sustentabilidade, além de ter apostado em uma linguagem contemporânea que, por sua vez, expressa na silhueta fluida da cobertura horizontal, que flutua sobre o corpo principal da residência.

Além de destacar a gestão de obra e a pesquisa de materiais e do sistema de monitoramento adotado na obra, que proporcionará a medição e comprovação de desempenho durante sua execução e posterior utilização pelos proprietários.

Confira no vídeo a apresentação dos diferenciais de projeto e conceitos adotados para a viabilização da Casa 88° :

Fonte e Imagens: Casa 8

Telhados verdes e jardins verticais servirão como compensação ambiental em SP

A instalação de telhados verdes e jardins verticais foi incluída entre as possibilidades de compensação ambiental pela Prefeitura de São Paulo, em decreto publicado ontem, dia 11 de março de 2015.

O prefeito Fernando Haddad, em decreto publicado no Diário Oficial, instituiu uma mudança no Artigo 4° do decreto que regulamenta o Termo de Compromisso Ambiental (TCA). O decreto permite que empresas e pessoas físicas que intervenham na vegetação para construir edificações possam compensar a perda da área verde com essas duas opções.

Telhados verdes e jardins verticais em SP
Imagem Divulgação Movimento 90 – O movimento pretende construir 8 mil m2 de jardins verticais nas empenas cegas do Minhocão

Haddad procurou o Movimento 90° depois que foi publicada uma matéria sobre os planos do grupo de paisagistas de instalar jardins verticais no Minhocão, com o objetivo de encontrar uma maneira de apoiar a ideia. Com o novo decreto, a expectativa é que aumente a procura das construtoras por instalar as áreas verdes nos edifícios, o que  abre mais uma possibilidade para a transformação da cidade.

Os dois sistemas apresentam diversas vantagens ambientais para a cidade e de eficiência energética para o edifício, além de outros benefícios. Saiba mais sobre: telhados verdes e jardins verticais.

Fonte: Estado de São Paulo



Feconati: Feira da Construção Sustentável

A  segunda edição da Feconati –  Feira da Construção Sustentável – acontecerá entre os dias 28 a 31 de maio de 2015, em Atibaia, abordará as questões de sustentabilidade e apresentará as novidades do setor.

Realizada pelo Grupo Perfil, a FECONATI, terá opções diferenciadas de exposição e participação na feira como área interna e externa, a última opção, faz da feira um grande atrativo, possibilitando uma exposição à luz do sol, o que proporciona demonstrações técnicas como, por exemplo, equipamentos de energia solar.

A Feconati atrai visitantes de todo o Brasil e um público qualificado como lojistas e atacadistas; arquitetos, engenheiros, profissionais da construção em geral, designers de interiores, decoradores e paisagistas; construtores, empreiteiros, representantes de órgãos públicos e estudantes de áreas afins.

Sustentabilidade: A Construção Sustentável está em total crescimento no país, a Feconati cumpre sua missão ao demonstrar, promover suas atividades, no conceito e na prática, buscando a minimização dos impactos ambientais negativos, bem como ser uma multiplicadora deste conceito.

A Sustentabilidade é a marca da feira e envolve diversos segmentos do setor no Congresso de Sustentabilidade com palestrantes e entidades conceituados e de altíssimo nível, além das visitas técnicas.

Local Estratégico: O evento acontece em um local estrategicamente pensado, que disponibiliza uma área de 220 mil metros, a 600 metros da rodovia Fernão Dias e muito verde que compõe naturalmente o cenário do evento.

Além da infraestrutura para a realização da feira, a Estação Atibaia, local do evento, oferece ainda, vagas de estacionamento ao seu redor, e em sua área próxima a Fernão Dias.

Feconati: Feira da Construção Sustentável
Imagem: Divulgação

A Feira da Construção Sustentável também contará com um Congresso sobre Uso Racional da Água, Energias Renováveis, Criação de Cidades e Politicas Públicas Sustentáveis e Certificações Verdes.

Nos dias 28 e 29 de maio será realizado o ciclo de palestras durante o Congresso de Construção Sustentável organizado pela Sustentech.

E o Sebrae-SP também ministrará duas palestras, no dia 29 pela manhã, sobre gestão e finanças para empresas do segmentos focadas para construtores, empreiteiros, prestadores de serviços, projetistas e administradores de obras e reformas.

No sábado dia 30 de maio, acontecerá o Seminário do Crea onde profissionais com know-how irão falar sobre temas que incluem métodos alternativos de construção como o sistema Steel Frame, bioarquitetura, arquitetura holística, o bambu como elemento estrutural e eficiência energética.

Confira a programação completa.

Serviços:
Segunda Edição FECONTI – Feira de Construção Sustentável
Data: De 28 a 31 de maio de 2015
Horário: de 28 a 30 – das 10h às 20h | dia 31 – das 10h às 18h
Local: Estação Atibaia
Endereço: Avenida Jerônimo de Camargo, 6308 – Atibaia – SP, 12944-000
A Entrada para A FECONATI é gratuita basta realizar o credenciamento diretamente no site www.feconati.com.br

Já para os Seminários:
Sebrae-SP – dia 29 de maio – Gratuito – inscrições pelo site da Feconati
Seminário de Construção Sustentável – dias 28 e 29 de maio – R$ 100,00 por dia – inscrições pelo site da Feconati
www.feconati.com.br.