7 princípios básicos da “Passivhaus” – Casa Passiva

O que é uma casa passiva?

A casa passiva, ou passivhaus, é um modelo de certificação alemão de construção sustentável, criado com o objetivo de construir casas e edifícios com um consumo de energia zero ou muito baixo.

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7 princípios básicos da Casa Passiva (Passivhaus):

1- Superisolamento:

A casa passiva possui alta eficiência energética, em razão do isolamento térmico exigido ser muito maior que o isolamento utilizado tradicionalmente na construção civil, evitando ou reduzindo o consumo de energia para o aquecimento ou o refrigeração da casa.

O princípio é que com um envelope térmico eficiente, o que nada mais é que o seu envoltório (paredes, telhado, pisos e esquadrias) bem isolado do exterior, cria-se um interior confortável, sem recorrer aos tradicionais sistemas de climatização artificial que consomem muita energia elétrica.

2- Eliminar as “pontes térmicas”:

As pontes térmicas são produzidas quando a estabilidade da fachada se debilita pela inserção de outros planos ou elementos construtivos (portas ou janelas). O projeto da casa passiva, deve ajudar a eliminar as pontes térmicas e as fugas do frio ou calor.

3- Planejamento e desenho:

A parte da personalização do desenho de uma casa ecológica e das particularidades de seu proprietário, na casa passiva também é importante incluir no projeto a possibilidade de climatizar a casa com uma ventilação mecânica e aproveitar ao máximo a captação solar.

4- Esquadrias:

Termicamente, as portas e janelas são os pontos fracos de uma construção, porque são uma fonte de perda de calor ou frio. A norma da casa passiva sugere a instalação de portas e janelas de alta qualidade, com bom isolamento térmico e acústico e vidros duplos ou triplos.

casa passiva
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5 – Ventilação mecânica e recuperação do calor (para climas frios):

As casas passivas contam com a tecnologia de recuperadores de calor, um equipamento que melhora a qualidade do ar interior e permite que o ar frio do exterior seja aquecido pelo ar quente do interior. Este equipamento cumpre duas funções: higienizar o ar da casa com o ar que vem do exterior e permitir que esse ar frio aqueça ao se misturar com o ar existente na casa. Este equipamento não consume energia já que seu funcionamento é mecânico.

6- Otimização do calor:

Na casa passiva o calor gerado no interior da casa por seus habitantes, luminárias e eletrodomésticos é aproveitado no aquecimento no inverno, No verão, há um planejamento de proteção do sol. Utilizando os princípios da arquitetura bioclimática.

7- O Software PHPP:

Os conceitos do Passivhaus se aplicam concretamente mediante um programa informático, baseado no Excel, chamado PassivHaus Plannig Package (PHPP) o qual adapta o comportamento térmico do edifício aos parâmetros térmicos do modelo da casa passiva.

O nome, casa passiva, é dado por esta ser capaz de gerenciar a sua climatização (captação, aquecimento/refrigeração e distribuição de ar) por si mesma, com mecanismos simples e de baixo consumo energético.

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Fonte: Casas Ecológicas

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A Cidade e a Água em pauta nos dias 23 e 24 de setembro, no Ibirapuera – abertura Shigeru Ban

A CIDADE E A ÁGUA como temática de debate promovido pela Arq. Futuro e realizado pela Bei Editora. O evento ocorrerá no Auditório Ibirapuera nos dias 23 e 24 de setembro, em São Paulo.

A abertura será realizada pelo Arquiteto japonês Shigeru Ban, vencedor do Pritzker de 2014. Outros arquitetos de diversos segmentos internacionais como : Arquitetos: Tim Duggan e Lars Kruche Berg – da Make it Right ( New Orleans) Liu Thai Ker – urbanista e diretor do Centre for liveable cities -( Singapura) Alexandros Washburn – ( New York)

Prefeitos : Fernando Haddad ( São Paulo) Mark Holland ( USA) Rui Moreira ( cidade do Porto -Portugal ) Gabriel Ferrato ( Piracicaba – SP)

Empresas já comprometidas com a questão da Água : PepsiCo , Energias do Brasil S.A Ambev , Cia. Bras. de Metalurgia e Mineração Whirlpool

Mais : Serão estudados alguns rios de algumas metrópolis , lançamentos de livros da Bei Editora e Arq. Futuro.

A Cidade e a Água
Foto Divulgação :Arq.Futuro

Fonte : Arq. Futuro.

 

 

 

 

 

 

 

Supermercado no Distrito Federal adota medidas de sustentabilidade

Refletindo tendência mundial, a rede Super Maia em Sobradinho, Distrito Federal, optou em construir sua primeira unidade de “Supermercado Sustentável”.              

Vejamos as alternativas de construção sustentável:

–  Adoção do uso eficiente da energia e a redução da emissão de produtos nocivos ao meio ambiente como estratégia.

–  Redução do impacto ambiental da construção.

–  Iluminação que utiliza e explora ao máximo a luz solar. À noite ela se faz com lâmpadas LED que além de serem recicláveis, duram 25 ( vinte e cinco) mais que as outras minimizando descartes. Não emitem raios UV e tem ausência de mercúrio ou qualquer outro material nocivo    para o ambiente.

–  Para evitar o uso de Ar Condicionado instalaram um telhado que suporta e traz                   conforto térmico em temperaturas elevadas.

–  A água da chuva é captada e utilizada convenientemente.

–  Torneiras de pressão que permitem fechamento automático temporizado ( ~6 segundos).

–  Secadores de mão com baixo consumo de energia, poupando também as árvores.

–  Utiliza ainda um Sistema de Câmaras e Balcões refrigerados que não provocam o efeito de estufa.

–   WI-FI e Fibra Ótica, em vez dos muitos fios de cobre que seriam necessários em contrário.

Supermercado Sustentável

Como Gestão sustentável :

–  Coleta e reciclagem de óleos, gorduras e outros resíduos para possível produção de resina para tintas, sabão, detergente, glicerina e até biodiesel.

–  Sacolas confeccionadas com material biodegradável.

–  Quanto aos produtos priorizam os orgânicos.

–  Em breve pretendem disponibilizar uma estação de coleta seletiva de lixo para seus clientes e destinar para compostagem todo material orgânico.

–  Vivenciando com esses exemplos a própria comunidade passa a se engajar.

Supermercado Sustentável -Programa de Gestão Sustentável
Imagem que faz parte da campanha de conscientização do Programa de Gestão Sustentável do SuperMaia

 

Fonte: Equipe GreenNation   /  Hypeness

Imagens: Super Maia

Jardim das Perdizes – o novo bairro sustentável de São Paulo

Foi realizada esta manhã uma visita técnica ao canteiro de obras do empreendimento Jardim das Perdizes, que é o primeiro bairro certificado AQUA na cidade de São Paulo e está baseado nos conceitos de bairros sustentáveis da Europa.

Trata-se de um novo conceito de moradia, trabalho e lazer em um bairro planejado com o menor adensamento da cidade em um terreno com 250 mil m2 de área, situado na zona Oeste da cidade, entre Perdizes e Barra Funda, próximo à futura linha 6 do metrô.

A visita fez parte da agenda da Expo Arquitetura Sustentável, sendo guiada pelo diretor de obras Joelson de Oliveira Santos e pelo gerente geral de obras Rodrigo Okamura, ambos da Construtora Tecnisa, e contou com a participação da auditora Processo AQUA Maria Luíza Salomé.

visita ao Jardim das Perdizes

O Jardim das Perdizes irá abrigar 3.500 famílias que serão distribuídas pelos 11 condomínios independentes. O programa contempla 25 torres residenciais, 1 hotel, 1 torre comercial corporativa, 1 torre com salas comerciais e strip mall (mix de lojas como padaria, salão de beleza, pet shops, etc).

O projeto urbanístico conta com um parque público central, com 44.000m2 de área que foi entregue à prefeitura como parte da operação urbana Água Branca. Toda a infraestrutura externa de ruas, TV a cabo e telefonia foi doada à prefeitura e às concessionárias locais. Houveram, inclusive, algumas dificuldades com a legislação, uma vez que não havia loteamento desde 1965 na cidade.

jardim das perdizes -bairro sustentável
Imagem: Divulgação

Certificações de Sustentabilidade:

O empreendimento foi premiado com a Certificação Ambiental AQUA na categoria de bairros, concedido pela Fundação Vanzolini. Segundo o diretor de obras da Tecnisa e a auditora do processo AQUA, os projetos já incorporavam estratégias sustentáveis necessárias para a obtenção da certificação que acabou ocorrendo naturalmente como consequência. Todas as torres estão em processo de certificação para o Procel Edifica nível A, e LEED NC nas torres comerciais.

Medidas sustentáveis:

O bairro conta com toda a rede de tubulação subterrânea, incluindo energia elétrica, telefonia e TV a cabo. Foi adotado um sistema de drenagem de águas pluviais, permitindo que a água da chuva seja absorvida pelo terreno e infiltrada no lençol freático, evitando alagamentos das ruas. As pistas do parque receberam pavimentos drenantes com elevada porcentagem de permeabilidade. As torres terão consumo racional de água que será aquecida por painéis solares. A iluminação externa e das fachadas será com tecnologia LED.

Os condomínios terão instalações para recargas de carros elétricos e híbridos, segregação de lixo e sistema de compartilhamento de bicicletas (bike sharing). Foram utilizados materiais de procedência como madeira certificadas. Foram desenvolvidos estudos acústicos para definição dos elementos da fachada como janelas e caixilhos, empregando vidros de 4 a 8mm e caixilhos com lã de rocha, dependendo do resultado dos ensaios acústicos.

Para evitar quebras de materiais, as alvenarias são modulares e no comercial as divisórias serão drywall. O Stand de vendas foi construído em estrutura metálica e será desmontado e doado para a prefeitura para instalação futura de outro uso como museu e biblioteca, por exemplo.

jardim das perdizes

Negócio Sustentável:
As análises do mercado imobiliário apontam que o primeiro item a ser considerado pelo consumidor no momento da aquisição de um imóvel é a localização, sendo que no Jardim das Perdizes houve uma alteração de influência da demanda, visto que o fator número um que motivou a compra foi pelo imóvel pertencer a um bairro sustentável.

O Jardim das Perdizes é um exemplo de que é possível e economicamente viável desenvolver edifícios, bairros e, consequentemente, cidades sustentáveis, possibilitando uma integração mais saudável entre arquitetura, urbanismo e meio-ambiente, gerando bem-estar a seus usuários.

Todos os players do mercado imobiliário, desde empreendedores a projetistas e fornecedores, são os responsáveis e deverão visualizar que esta tendência já está implementada. Quem não entrar rapidamente no “bonde” estará fora do mercado.

Matéria enviada pela arquiteta Maíra Nazareth de Macedo – Mestre em Arquitetura Sustentável pela Universidat Politècnica de Catalunya e MBA em Gestão em Negócios Imobiliários pela ESPM

Projeto sustentável de Shigeru Ban: Um centro infantil no Japão

Mais um projeto sustentável de Shigeru Ban, esse em parceria com o Voluntary Architect’s Network. LVMH Kodomo Art Maison é um centro comunitário dedicado às crianças de Fukushima – área devastada pelo terremoto e tsunami Tohoku em 2011.

Três anos após o centro original ter sido destruído pelo terremoto de 2011 no Japão, a estrutura foi completamente reconstruída.



Inaugurado em Julho de 2014, com a presença de Shigeru Ban na cerimônia oficial , juntamente com o prefeito da cidade e o primeiro-ministro do Butão.

No encerramento da inauguração a Orquestra das Crianças de Soma fez uma apresentação pátio interno.

O telhado é inclinado em direção ao pátio central e parcialmente coberto com painéis fotovoltaicos, que estão orientados para aproveitar ao máximo a radiação solar.

Em forma de “donut” , o centro infantil tem um pátio interno, uma biblioteca e uma sala de leitura com espaço para cultivar uma horta num sistema de vasos vertical.

A vegetação cresce ao longo das paredes envidraçadas em pequenos vasos, trazendo um elemento da natureza para o projeto. Cultivadas pelos moradores locais, as hortas promovem um senso de comunidade, ainda sendo restauradas após o devastador terremoto no país.

Todo o edifício recebe iluminação natural, através das fachadas envidraçadas.

O mobiliário também foi desenhado pelo arquiteto vencedor do Pritzker 2014, confeccionados com papelão ondulado, material reciclável muito utilizado por Ban.

Projeto sustentável de Shigeru Ban: Um centro infantil no Japão
Dentro do edifício as paredes de treliça contêm uma variedade de livros infantis em uma ampla biblioteca

Esse projeto sustentável de Shigeru Ban foi financiado pelo grupo Louis Vuitton Moët Hennessy, e é parte de uma iniciativa de apoio aos moradores da área devastada.

Soma City Kids Art Maison

Fonte: Inhabitat



Campanha usa humor para conscientizar sobre o desperdício de água

Irreverente campanha incentiva a população a não lavar as calçadas. Como uma forma de manifesto, pintam nas calçadas da cidade de São Paulo  o personagem  Cascão, conhecido por não gostar de água.

Um grupo de 15 jovens profissionais da área de comunicação criou uma iniciativa diferente para alertar a população paulistana sobre o desperdício de água. Eles pintaram o Cascão (personagem da Turma da Mônica, criado por Maurício de Sousa) nas calçadas da cidade, junto da frase: “Não quero água”. Cascão é conhecido por fugir sempre do banho, por isso, foi escolhido para a campanha.

A primeira pintura foi feita em uma calçada na Avenida Paulista, em frente ao Shopping Center 3. “A ideia é desenhar em locais onde há grande fluxo de pessoas, assim é possível divulgar bem nosso projeto”, diz um dos organizadores, que prefere se manter no anonimato. A campanha já dura quase um mês e espalhou a figura do Cascão em 100 calçadas do centro e nas zonas leste, sul e oeste de São Paulo.

No Instagram @naoqueroagua, o grupo divulga fotos de suas intervenções na cidade. Pede também para seus seguidores enviarem imagens que denunciem o desperdício em seus próprios bairros. “Vamos levar o Cascão até as calçadas onde costumam ser lavadas com frequência”, afirma um dos integrantes do projeto, que prefere não se identificar.

Campanha “Não quero água” usa humor para conscientizar sobre o desperdício de água

 

Sem perceber, uma pessoa pode desperdiçar muita água usando uma mangueira: são gastos mais de 500 litros de água em meia hora. Para limpar a calçada, melhor recorrer à vassoura e, se necessário, utilizar um balde para jogar a água no chão – de preferência, água de reúso.

Ainda que menos de 1% da água doce do planeta esteja acessível para consumo, o volume existente hoje é mais que suficiente para abastecer as necessidades da humanidade. O Instituto Akatu defende a adoção de um modelo de consumo e de produção mais consciente, que permita a renovação deste recurso precioso de forma sustentável. Assim, é importante que todos tenham o conhecimento de que o consumo de cada um, mesmo individualmente ou em pequenos grupos, provoca impactos significativos nos indivíduos, na sociedade, na economia e no meio ambiente.

Campanha “Não quero água”

Fonte: Akatu

Fotos:Reprodução: Instagram @naoqueroagua

 

Pierre-André Martin defende o paisagismo ecológico

Paisagista francês, radicado no Rio de Janeiro defende um paisagismo com funções ecológicas.

Para Pierre-André Martin, o futuro da sociedade é urbano. Essa é uma realidade que não dá para evitar. Por isso, a cidade precisa ser pensada como um organismo vivo, onde o paisagismo não pode ser mais encarado apenas como um cenário bonito.

Pierre defendeu sua teoria dia 20 de agosto, na segunda seção técnica do Núcleo Rio de Janeiro da ABAP e do IAB-RJ que foi aberta ao público e teve como objetivo discutir a restinga como possibilidade paisagística.

“A cidade do século 21 precisa olhar a natureza além do aspecto estético. Ela deve ser desenhada e projetada de forma a atender as necessidades do nosso tempo. Por que a gente não tem um urbanismo do ciclo da água? Nós sempre dependemos do ambiente. Hoje, é o ambiente que depende da gente para mantê-lo funcional”, afirmou Pierre-André Martin.

Ao apresentar o projeto de restauração da orla do Parque Olímpico Rio 2016, o paisagista listou alguns conflitos que precisou gerenciar no projeto: o primeiro foi a relação entre um ecossistema frágil, a restinga, e a densa urbanização do litoral; o desafio de criar um projeto com profissionais dos Estados Unidos, da China, da França e do Brasil; e a articulação dos interesses dos agentes envolvidos.

Paisagismo Ecológico - Pierre-André Martin

“Acredito que um dos pontos mais complicados nesse processo foi lidar com as instâncias nacionais e internacionais. Foi preciso articular os interesses, as demandas e as regras do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), do Comitê Olímpico Internacional (COI), da Prefeitura, e de todos os órgãos que estão participando na produção do evento”, explicou Pierre-André.

Um intenso trabalho de pesquisa também foi necessário para a escolha das espécies que seriam empregadas.

Além disso, foi necessário extrair vegetações invasoras, plantadas pelo homem, nas duas faixas verdades entre o Parque Olímpico e a Lagoa de Marapendi, que é uma Área de Preservação Permanente (APP).

“Nem tudo que é verde é bom. Bananeira, por exemplo, não é bom numa Faixa Margem de Proteção (FMP). Jambo também não. Essas são algumas espécies que o homem incorporou naquele espaço que precisaram ser retiradas. Além disso, o restauro de uma FPM utiliza muitas espécies arbóreas. A gente achou que a fitofisiologia da restinga não era isso, e apostamos em árvores, bromélias e espécies arbustivas”, disse o paisagista.

O projeto de restauro da orla do Parque Olímpico Rio 2016 foi um dos seis trabalhos selecionados para a apresentação oral no 51º Congresso da International Federation af Landscape Architects (IFLA), que aconteceu em junho de 2014. Outro projeto que também foi apresentado no congresso foi o do Parque da Restinga de Mambucaba, em Paraty (RJ), de Eduardo Barra. Ambos os trabalhos foram apresentados nas Sessões Técnicas ABAP/IAB-RJ.


Matéria Original: IAB-RJ

Um “Pato Gigante” é a proposta de designers para captar energia solar em Copenhague

Designers propõem instalar um “Pato Gigante” flutuante como alternativa para captar energia solar em Copenhague, na Dinamarca.

O projeto, chamado “Energy duck , tem como modelo um tipo de pato, que é encontrado nas águas do lago de Copenhague.

A equipe de designers decidiu usar a sua forma como uma maneira de sensibilização para os impactos locais causados pelas alterações climáticas, já que o habitat natural deste pato está ameaçado por este problema global.

Energy-Duck - energia solar em Compenhage

O pato teria uma altura equivalente a 12 andares e seria construído com uma estrutura de aço leve com uma cobertura de painéis solares e flutuaria pelas águas do porto da cidade.

A proposta faz parte do concurso de design Land Art Generator Initiative e ficou famoso pela ideia inusitada e polêmica. Os autores são os designers ingleses; Hareth Pochee, Adam Khan, Louis Leger e Patrick Fryer.

Energy-Duck - energia solar em Compenhage

Energy-Duck - energia solar em Compenhage

Além da energia vinda das placas solares, a diferença de pressão da água seria transformada em energia através de turbinas hidráulicas localizadas dentro da “barriga do pato” garantindo o fornecimento de energia renovável em todos os momentos.

Tanto a energia solar quanto a energia hidrelétrica geradas seriam conectadas à rede da cidade, de acordo com as exigências da competição , e o rendimento energético chegaria a 75% comparado ao de uma fazenda solar se fosse construída no mesmo local.

A estrutura permitiria que visitantes pudessem visitar o interior do pato, disfrutar das vistas do lago e ver a movimentação da água subindo e descendo dentro dos tanques de armazenamento. Tendo também a função de atração turística.

Energy-Duck-Pato-energia-sustentarqui

 

“Muitas vezes, os efeitos prejudiciais da mudança climática, provocada pelas emissões excessivas de CO2 podem parecer uma questão distante de nós. o “Energy Duck” enquadra essa questão, a ecologia e a importância das energias renováveis ​​num contexto local. ” disse a equipe de designers

 

Energy-Duck - pato que gera energia solar em Compenhage

A iluminação interna durante o dia seria garantida pela luz natural, que entraria pelas frestas entre as placas. À noite, o pato seria iluminado por lâmpadas LED, de baixo consumo, que mudariam de cor.

O conscurso faz parte do plano da cidade de se tornar a primeira capital a neutralizar as suas emissões de CO2. Copenhague já é conhecida por suas medidas de sustentabilidade e por ter o maior número de ciclistas do mundo.

pato que gera energia solar em Compenhage

Fonte: Inhabitat

Imagens: Land Art Generator Initiative



Novidades do setor da Construção Sustentável na 5ª Greenbuilding Brasil

Foi realizada na semana passada em São Paulo a 5ª edição da Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo . A SustentArqui esteve presente como apoio de mídia e conferimos as principais novidades do setor da Construção Sustentável.

Na feira diversos expositores apresentaram produtos e soluções sustentáveis, como equipamentos para eficiência energética e economia de água, madeira plástica, pisos permeáveis, limpeza verde, entre outros.

Em paralelo a expo, aconteceu também o Congresso Mundial do World Green Building Council, que contou com os principais líderes globais que atuam nos diferentes temas ligados à sustentabilidade na construção civil.

O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, participou da cerimônia de abertura e falou sobre o meio ambiente e o seu papel no desenvolvimento econômico. Segundo Cardoso, o grande desafio é saber como lidar com natureza sem prejudicar a sua existência a longo prazo.

Expo Greenbuilding Brasil 2014
Foto: Divulgação Expo Greenbuilding Brasil

Uma das notícias em destaque, foi o fato do Brasil ter alcançado a 3ª posição no ranking das construções sustentáveis, atrás apenas dos Estados Unidos e da China, com 176 edifícios certificados e 870 registrados.

Na conferência, outro tema que foi amplamente abordado foi a nova versao LEED v4 e as suas atualizações. Em uma das palestras as arquitetas Rosana Corrêa e Danielle Garcia, sócias da Casa do Futuro, empresa especializada em sustentabilidade e tecnologia na construção civil, apresentaram o “Processo Integrado: Requerimentos para o LEED V4 e Aplicação Prática”. No final as arquitetas dividiram o público em grupos e fizeram uma dinâmica (Charrette) exemplificando como funciona na prática as reuniões do processo integrado.

Palestra Casa do Futuro na Greenbuilding Brasil
Dinâmica de grupos na palestra sobre Processos Integrados da Casa do Futuro

 

No encerramento do evento o ponto alto foi a entrega da premiação LEED Platina para o estádio do Mineirão. A arena é uma edificação tombada pelo patrimônio histórico cuja obra original data da década de 60. O desafio foi fazer um retrofit verde aproveitando 85% de sua estrutura, gerando uma economia considerável. A concepção do projeto, as decisões da operação e a constante manutenção de consumo de energia, água e na gestão de resíduos garantiram a certificação máxima da instituição para o estádio.

Greenbuilding Brasil - Novidades do setor da Construção Sustentável
Participantes do projeto do Estádio do Mineirão recebendo a premiação do LEED Platina

 

A próxima edição da Expo Greenbuilding Brasil já está agendada para os dias 11, 12 e 13 de Agosto de 2015.

Primeiro sistema fotovoltaico conectado a rede do Amazonas é do Greenpeace

Greenpeace instala placas solares em seu escritório em Manaus e será o primeiro sistema fotovoltaico conectado a rede elétrica do Amazonas

O Brasil acaba de ganhar mais uma instalação solar: o escritório do Greenpeace em Manaus. Com 48 placas fotovoltaicas e capacidade média de 11,52 kWp, a expectativa é a de que – além do Sol brilhar e iluminar muito esse telhado – sejam gerados cerca de 1000kWh/mês pelo sistema. Este será o primeiro sistema do Estado a estar conectado a rede, sob a resolução 482 da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) que permite descontos na conta de luz a partir da micro e minigeração de energia.

sistema fotovoltaico conectado a rede Greenpeace

Além de demonstrar que a energia solar já é uma realidade no Brasil, com essa instalação a organização quer apresentar os inúmeros benefícios dessa fonte renovável. “Trata-se de uma energia renovável e limpa, com baixa emissão de gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global e pelas mudanças climáticas”, disse Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. Segundo Baitelo, “há ainda outras vantagens como baixos impactos socioambientais, geração de empregos verdes e, com a resolução da Aneel, economia na conta de luz dos brasileiros.”

Há mais de um ano, os brasileiros deixaram de ser apenas consumidores de energia para passarem a ser também geradores com a resolução que estabeleceu as condições gerais para a geração renovável de pequeno porte permitindo na prática descontos na conta de luz.

O Brasil tem um potencial renovável e solar muito elevado e deveria apostar nessa fonte para gerar energia em grande escala, criando as condições necessárias para que mais pessoas possam instalar em suas residências.

“Há duas questões cruciais que precisam ser resolvidas para que a geração solar possa ganhar mais espaço no Brasil: a falta de conhecimento sobre a fonte e políticas públicas e linhas de financiamento adequadas”, disse Baitelo.

Em pesquisa desenvolvida pela Market Analysis em conjunto com o Greenpeace, foi identificado que apenas três em cada 10 brasileiros conheciam energia solar e a resolução da Aneel. No entanto, apesar do desconhecimento, quase 90% da população entrevistada afirmou ter interesse em saber mais sobre microgeração e que consideram que produzir sua própria energia é importante e, caso houvesse linhas de crédito com juros baixos, adotariam sistemas residenciais de energia.

sistema fotovoltaico conectado a rede em Manaus

O Brasil pode e deve diversificar sua matriz elétrica para além de hidrelétricas e térmicas, opções caras ou com altos impactos socioambientais. . Para se ter uma ideia, a solarização de 250 mil casas por ano – ou seja, menos de 0,5% das unidades consumidoras residenciais do país – permitiria ao Governo, ao se atingir o número de 1 milhão de casas, reduzir o valor hoje gasto na compra de energia térmica – cerca de R$1,3bi ao ano.

“Espero que o exemplo do escritório de Manaus ilumine os caminhos para a energia solar e que ela possa ter cada vez mais espaço entre os brasileiros”, concluiu Baitelo.

Veja a primeira casa no Rio com sistema fotovoltaico conectado a rede.

Materia original e fotos: Greenpeace

Segundo estudo sinalização, para pedestres e ciclistas é precária em todo o país

A ONG Mobilize Brasil divulga o ranking com os primeiros resultados da Campanha Sinalize, onde indica que a sinalização para pedestres e ciclistas é precária em 13 capitais brasileiras.

Curitiba é a capital brasileira com melhor sinalização para pedestres, usuários do transporte coletivo e ciclistas. A capital paranaense ficou com a média 5,4, numa escala de 1 a 10. A pior capital é Manaus, que obteve a nota 0,7, também numa escala de 1 a 10.

Os dados resultam do levantamento realizado pela campanha Sinalize!, do portal Mobilize Brasil, entre junho e julho deste ano. O trabalho foi realizado por voluntários e avaliou 25 cidades, com destaque para as 13 capitais, que obtiveram a seguinte colocação no ranking nacional:

Curitiba (5,4)
Rio de Janeiro (4,6)
Porto Alegre (4,2)
São Paulo (3,8)
Belo Horizonte (3,6)
Recife (3,3)
Brasília (2,5)
Natal (2,5)
Salvador (2,1)
Cuiabá (1,9)
Maceió (1,6)
Fortaleza (1,3)
Manaus (0,7)

Na área de transporte público, foram verificados itens como as informações disponíveis nos pontos de parada e a sinalização no interior dos veículos, na maioria sistemas de ônibus ou corredores inteligentes de ônibus (BRTs), mas também metrôs, trens urbanos e até barcas, no caso do Rio de Janeiro.

Em relação à sinalização para pedestres, os avaliadores procuraram verificar a existência de faixas de travessia, placas de advertência, semáforos específicos para os pedestres e placas indicativas para orientação de quem opta por transitar a pé pelas cidades.

“O objetivo desse primeiro levantamento é chamar a atenção das autoridades e da opinião pública para a precariedade da sinalização voltada a quem não anda de automóvel. No Brasil, os passageiros chegam aos pontos de ônibus e não encontram nada que indique quais linhas de ônibus passam ali, a que hora passam e quais são seus itinerários. E também não há sinalização para ajudar os pedestres a encontrar os melhores caminhos ou para indicar os principais pontos de referência da região. Assim, quando podem, as pessoas preferem sair de carro, aumentando os congestionamentos urbanos”, explica Eduardo Dias, coordenador da campanha Sinalize!

Du Dias, que é ciclista urbano, lembra que a avaliação também procurou olhar a sinalização voltada a quem usa a bicicleta como meio de transporte. À exceção das ciclovias recentemente implantadas em várias cidades, nas ruas não se vê placas, sinalização de solo ou semáforos específicos para ciclistas. “Essa carência aumenta as chances de acidentes envolvendo condutores de bicicletas e triciclos”, afirma Dias.

Resultados
O ranking atual foi baseado em 372 avaliações em (123 de ciclistas, 128 de pedestres e 121 do transporte coletivo) em 25 cidades, mas o objetivo da campanha Sinalize! é ampliar essa amostragem com a participação de voluntários de outras localidades.
Os resultados e formulários para avaliação estão disponíveis no site da campanha.

 

Fonte: Mobilize

Beira-Rio recebe certificação LEED Prata

Mais um estádio recebe a certificação LEED, o Beira-Rio é o sétimo estádio construído para a Copa do Mundo de 2014 a atingir a meta e obteve o Selo Prata.

A iniciativa de adotar medidas sustentáveis na construção dos estádios foi feita de forma voluntária pelo governo brasileiro. Este foi um requisito para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberasse financiamento para as obras das arenas da Copa. A exigência, inclusive, será adotada pela FIFA para as próximas edições do Mundial.

Ações de sustentabilidade:

Plano de prevenção de poluição do solo e do ar , com o objetivo de reduzir a poluição proveniente das atividades de construção, controlando a erosão do solo, o assoreamento dos cursos d’água e a geração de poeira na vizinhança.

Reaproveitamento da água pluvial para irrigação de jardins e gramados, limpeza de áreas externas, como a lavagem das arquibancadas e descarga de bacias sanitárias.

Beira-Rio recebe certificação LEED
Imagem: Divulgação / Inter

Planejamento para gerenciar a qualidade do ar interno durante as etapas de construção da obra e pré-ocupação do empreendimento, para evitar a contaminação das instalações de ar condicionado, melhorar as condições de trabalho e prevenir riscos à saúde de operários e torcedores.

Do total de resíduos gerados durante a reforma, 75% foram destinados para reciclagem ou reaproveitamento.

Utilização de materiais com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis.

– A geração de energia elétrica é outro item que contribuiu para a certificação do estádio. Ao todo, são 16 transformadores distribuídos em oito subestações. Os novos equipamentos têm uma potência total de 7,8 MVA – isto é, são capazes de fornecer energia para uma cidade de cerca de 40 mil habitantes. Os transformadores são a seco, compactos e encapsulados em IP21, o que dá uma grande segurança para operação e manutenção. O estádio possui mecanismos de controle de energia elétrica.

O material usado na cobertura do Beira-Rio reduz as ilhas de calor para minimizar o impacto no microclima e no ambiente urbano. A membrana é composta por tecido de fibra de vidro e teflon. As 65 folhas do “teto” da arena são compostas de uma parte translúcida que permite a entrada de luz natural. O material é autolimpante e tem durabilidade superior a 30 anos, podendo suportar temperaturas de 200 graus negativos a 260 graus.

beira-rio sustentável
Foto: Paulino Menezes/ Portal da Copa

– Nos banheiros, foram instalados mictórios a seco e sanitários com controladores de vazão de água e fechamento automático. Tanto torneiras quanto duchas serão do tipo hidromecânica, reguladas em razão da pressão no ponto acionado na válvula.

Ficha Técnica:

Projeto de Arquitetura: Hype Studio; Arquitetos Fernando Balverdi, Gabriel Garcia e Mauricio Santos
Projeto Executivo: Santini e Rocha Arquitetos (gerenciamento técnico e detalhamento);
Projeto Estrutural: Simon Engenharia (cálculo estrutural de fundações e estruturas de aço e de concreto)
Membrana tensionada: Birdair Inc (Consultoria Técnica / hightex ( Projeto executivo)
Construtora: Andrade Gutierrez
Consultorias: Daniel Filippon (elétrica e hidráulica); Maristela Kuhn (gramado)
Área do terreno: 305.470 m²
Área construída: 171.082 m²
Construção: 2010 / 2014

Saiba mais sobre ações  sustentáveis na Copa do Mundo de 2014 

Fonte: Portal da Copa

Eficiência energética: um caminho para a sustentabilidade na construção

Eficiência energética: fazer mais com menos energia é um dos caminhos para alcançar a sustentabilidade na construção civil.

Fazer mais com menos energia veio surgindo aos poucos num formato tecnicista. Eficiência energética é um conceito da física, relação entre a energia que entra e a energia que sai em um processo, uma instalação, um equipamento.

Conter a demanda e eliminar os desperdícios de energia elétrica era o objetivo inicial. Depois se buscou um melhor rendimento energético dos equipamentos, processos, construções e edificações.

De certa forma, os governos vêm procurando conscientizar seus cidadãos para a utilização, e não para o consumo de energia.

No Brasil podemos destacar três grandes programas: o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), coordenado pelo Inmetro; o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), coordenado pela Eletrobras; e o Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás (Conpet), coordenado pela Petrobras.

Em 2001, no auge da crise de suprimento de eletricidade, foi aprovada no Congresso a Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia (Lei de Eficiência Energética).

Eficiência energética - Procel Edifica

Essa coleta de dados não é fácil porque existe um relacionamento intrínseco entre energia, crescimento econômico, meio-ambiente, eficiência e desperdício, ficando difícil algum desses temas serem tratados individualmente.

Passou-se também a adotar um índice da intensidade energética na economia: toneladas equi-valentes de petróleo/Produto Interno Bruto em US$ mil. No Brasil, em 1970, esse índice era de 0,156 e, em 1980, caiu para 0,117 tep/PIB. Em 1990 aumentou para 0,124; em 2000 cresceu para 0,130; em 2010, registrou-se 0,129. Na avaliação do potencial futuro de economia de energia, a AIE (Agência Internacional de Energia) e o WEC (Conselho Mundial de Energia), a maior esperança deveria estar nas edificações, seguindo-se – pela ordem – os transportes, a indústria, os eletrodomésticos e a iluminação.

Nas edificações, três elementos são fundamentais: a envoltória (casco do edifício), o que existe dentro dela e o modo como eles são utilizados. Vários parâmetros estão envolvidos: isolamento térmico, ventilação natural, aquecimento e resfriamento dos espaços, aquecimento de água, iluminação natural e artificial e aparelhos eletromecânicos e eletrônicos, que vão desde a qualidade da aquisição até o modo como são utilizados.

O 1º Prêmio Algás/Ademi de Eficiência Energética foi recentemente entregue ao projeto do edifício mais eficiente no uso da energia.

Além do uso mais eficiente das fontes de energia, dentre elas, o gás natural, e da relação custo-benefício, o prêmio sinaliza uma série de oportunidades de negócio: nova filosofia de projeto, mercado de trabalho para esses projetistas, modificação nos códigos de construção, novas formas de construir, novos negócios com a aquisição de diversificados equipamentos, acesso às informações sobre o uso da energia, aprimoramento da saúde e da produtividade dos ocupantes, maior valia para os proprietários dos imóveis e para os investidores, reforço das marcas corporativas e criação de valor para as empresas de energia.

Visão ampliada, eficiência e eficácia são conceitos que não devem estar apenas na produção e no uso da energia, mas em todos os campos da ação humana.

“O mundo não será salvo pelos caridosos, mas pelos eficientes” – Roberto Campos

Matéria Original: Revista Turismo e negócios por Geoberto Espírito Santo – Presidente da ALGÁS



Uruguay terá o primeiro aeroporto abastecido com energia limpa do mundo

Uruguai começa a se destacar como um país verde. Em 2016, o Aeroporto Internacional de Carrasco de Montevidéu será o primeiro do mundo a ser abastecido exclusivamente por energia renovável.

Sustentabilidade é o desafio do nosso século, já não é suficiente fazer a tecnologia trabalhar para nós, mas também que ela possa ser mantida com o mínimo impacto ambiental. Cada vez mais países e empresas estão interessadas ​​neste tipo de desenvolvimento, porque sabem que nem todos os recursos vão durar para sempre.

aeroporto sustentável

Com este projeto, o Uruguai se destaca como um dos pioneiros no desenvolvimento sustentável, com a construção do parque solar que abastecerá as necessidades energéticas do seu aeroporto, que terá uma área de 4 hectares.

Os painéis fotovoltaicos que serão instalados no local vão gerar 3 a 4 mil megawatts, com uma estimativa de investimento de US $ 10 milhões. Além de energia solar, 3 turbinas eólicas serão instalados para atender o objetivo de operar com 100% de energia renovável em 2 anos.

uruguay primeiro aeroporto sustentável do mundo

É uma meta ambiciosa, mas é definitivamente algo que pode ser alcançado. Em relação à situação em que nos encontramos no domínio do petróleo e as emissões de gases de efeito estufa, além da poluição do ar, a melhor coisa que um país pode fazer é investir em energia renovável.

Um aeroporto sustentável foi uma ótima ideia que o Uruguai teve para demonstrar que um edifício deste tamanho, com uma grande demanda de energia, pode ser perfeitamente abastecido com energia limpa.

O presidente José Mujica anunciou que o Uruguai investiu 7.000 milhões para reformar e mudar sua matriz energética desde 2005, particularmente na construção de parques eólicos e de energias mais amigáveis ao meio ambiente.

Fonte: Veo Verde

4º Seminário Sebrae de Sustentabilidade discutirá sobre cidades sustentáveis

Entre os dias 29 a 31 de julho acontecerá, em Cuiabá, o 4º Seminário Sebrae de Sustentabilidade que terá como um dos temas as cidades sustentáveis

O número de pessoas nas cidades cresceu a um ritmo exorbitante. De acordo com a ONU-Habitat (Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos), a população urbana mundial foi multiplicada por cinco entre 1950 e 2011. Apenas nos países em desenvolvimento, entre 1995 e 2005, a população cresceu, em média, em 1,2 milhões por semana, ou cerca de 165 mil habitantes por dia. E a previsão é que este número continue aumentando, podendo alcançar a marca de 5,3 bilhões em 2050.

Com a maior parte da população vivendo em cidades, a qualidade de vida torna-se motivo de preocupação em todo o mundo. Densidade populacional e intensa atividade econômica são fatores que interferem diretamente no meio ambiente, afetando a qualidade do ar, água e solo nas áreas urbanas.

O caos da mobilidade deixa de ser realidade apenas nos grandes centros. O aumento de emissões conduz a um cenário onde aproximadamente 90% da população convive com ar aquém dos níveis de segurança. Os resíduos sólidos gerados chegam a 1,3 bilhão de toneladas anuais, segundo dados da Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), e, na maior parte dos casos, descartados incorretamente. Como solucionar estas questões?

Ideias e oportunidades

Para discutir este novo cenário, o 4º Seminário de Sustentabilidade reunirá especialistas sobre o assunto em Cuiabá, entre os dias 29 a 31 de julho. Sob o título Diálogos: Cidades Sustentáveis, Carlos Silva, da Abrelpe, Mirela Souto, da Marca Ambiental, e Rolf Buschmann, da Solar Info Center (Alemanha), discutem problemas urbanos, desafios e oportunidades de negócios em cidades sustentáveis, com a mediação de Dal Marcondes.

Cidades sustentáveis são projetadas para minimizar impactos socioambientais, promovendo não apenas a melhoria na qualidade de vida atual, mas também garantindo recursos para as gerações futuras. Contemplam iniciativas como políticas públicas em prol da mobilidade, melhoria dos meios de transporte coletivos, estímulo às fontes renováveis de energia, e implantação de sistema para gerenciamento dos resíduos sólidos, garantindo um processo menos desigual, mais inclusivo e que integra as dimensões social, ambiental e econômica.

Freiburg: a cidade mais sustentável do mundo:

Freiburg: cidade sustenável

Integrando a discussão, será apresentando o caso de Freiburg, na Alemanha. A cidade é exemplo de como é possível aliar crescimento econômico, qualidade de vida e conservação de recursos.
Com cerca de 220 mil habitantes, Freiburg alcançou um dos menores índices de monóxido de carbono, graças a diversas iniciativas, como uso de fontes renováveis de energia (especificamente a solar), edificações eficientes e uso intensivo de ciclovias.

4º Seminário Sebrae de Sustentabilidade
De 29 a 31 de julho, em Cuiabá (MT)
Mais informações: www.sustentabilidadesebrae.com.br

O estádio Mineirão recebe a certificação máxima de construção sustentável

O Mineirão foi o primeiro estádio de futebol no Brasil a ter uma usina de energia solar na sua cobertura, e o único a conquistar a categoria máxima na certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), o LEED Platium.

O estádio Mineirão, conhecido como Gigante da Pampulha, foi construído para oferecer conforto, mas sem perder o foco na sustentabilidade.

Durante a obra foi implantado um sistema de coleta seletiva que continuou sendo usada durante os jogos. Mais de 90% dos resíduos recolhidos são reutilizados e todas as cadeiras do antigo Mineirão foram doadas para ginásios e estádios. Além das sucatas metálicas que são enviadas para usinas recicladoras.

No estádio, também foi implantado lava rodas para limpeza dos caminhões na saída da obra, a fim de evitar sujeira no entorno do estádio. Porém, com um sistema ecoeficiente de água, reaproveitando por meio de caixas de decantação e bombas, em média 18 mil litros de água por dia.

Mineirão recebe LEED Platium
Imagem: ABES

Toda água utilizada para encher bacias, mictórios e irrigar o campo é reutilizada. O estádio possui reservatórios com capacidade para até cinco milhões de litros de água das chuvas.

Esse processo gera uma redução de até 70% no consumo de água do estádio. Além dos restritores em mictório e torneiras que reduzem o consumo de água em cerca de 10% nos banheiros.

Não foi à toa que o estádio recebeu o Selo Platinum do U.S. Green Building (USGBC), importante órgão responsável pela certificação utilizada em 143 países.

Mineirão recebe LEED Platium
Imagem: Veja

“Uma das nossas maiores preocupações sempre foi o compromisso com o meio ambiente, então fazemos tudo voltado para a eficiência energética e não poluidora. Essa foi uma vitória, pois o novo Mineirão foi todo pensado em cima da consciência ambiental”, comemora o Gerente de Tecnologia da Minas Arena, Otávio Góes.

Outros estádios também ganharam o certificado LEED. O Maracanã, Fonte Nova, Mineirão, Amazônia, Arena Multiuso e o Castelão, receberam o certificado LEED Prata. Os demais estádios ainda passam por avaliações.

A certificação LEED passa pelo rígido critério exigido pela USGBC, que engloba parâmetros econômico, social e ambiental, além dos quesitos de liderança, inovação, gestão ambiental e responsabilidade social. Nada impede que os estádios melhorem ainda mais. Se aperfeiçoarem seus padrões de sustentabilidade, os estádios podem galgar os selos mais nobres.

Não é fácil conquistar o selo LEED. Portanto, apesar das críticas, os estádios estão contribuindo para a construção sustentável no Brasil.

Fonte: Tribuna e Vermelho



Comunidade sustentável na Costa Rica

A Finca Bellavista, é uma comunidade sustentável na Costa Rica criada por um casal americano, que decidiu morar no meio da floresta.

São casas construídas em árvores, que contam com alguns recursos tecnológicos, sistema de captação de água da chuva e biodigestores.

A Costa Rica é um dos países de maior biodiversidade do mundo, famosa por suas praias, muito frequentadas por surfistas. Foi numa viagem para o país, em 2006, que o casal Mateo e Herica Hogan decidiram abandonar o estresse das grandes cidades e criar uma comunidade ecológica nas copas das árvores de uma floresta montanhosa.

comunidade sustentável na Costa Rica
Foto: Silke Gondolf
comunidade sustentável na Costa Rica

O local escolhido para criar o condomínio ecológico possui 600 hectares e fica a dois quilômetros da cidade de Piedras Blancas, próximo de praias desertas. Hoje são 25 casas com capacidade máxima para abrigar até 200 pessoas entre visitantes e moradores.


Cada morador da comunidade sustentável é obrigado a usar um biodigestor, que gera eletricidade e calor através de um processo de transformação de lixo e material orgânico em energia.

A arquitetura é otimizada para aproveitar ao máximo a ventilação cruzada e a iluminação natural com sistemas construtivos passivos.

O uso de painéis solares e sistema de reutilização de água da chuva completam as estratégias de sustentabilidade do projeto.

Interior sustentável
Foto: Anders Abedul

Além de moradores que optaram por viver uma vida em harmonia com a natureza e auxiliar na preservação da área através de trabalhos voluntários, a comunidade tem espaço de aluguel para visitantes o que trás retorno financeiro para a comunidade.

Quem nunca sonhou em ter uma casa na árvore?



Energia das ondas do mar no Rio de Janeiro

A partir do próximo ano, a cidade do Rio de Janeiro vai receber uma usina que gera energia elétrica a partir da movimentação das ondas do mar.

Em parceria com Furnas e a empresa Seahorse Wave Energy, a Coppe/UFRJ irá instalar um conversor offshore com capacidade de 100 kw, a cerca de 14 quilômetros da praia de Copacabana, próximo da Ilha Rasa. A usina ficará a uma profundidade de 20 metros e, sua capacidade pode abastecer o equivalente a 200 casas residenciais.

Energia das ondas do mar

O projeto conta com um investimento de R$9 milhões e tem conclusão prevista para 2015. Os protótipos do projeto estão sendo produzidos pelos pesquisadores do Laboratório de Tecnologia Submarina (LTS) da Coppe, em conjunto com os engenheiros da Seahorse Wave Energy.

Segen Estefen, coordenador do LTS, diz que o projeto é economicamente viável e explica que a primeira iniciativa começou com a instalação de uma usina no Porto de Pecém, Fortaleza (CE), resultado da parceria entre a Coppe, a Tractebel Energia e o Governo do Ceará. “Estamos colocando o Brasil entre os países que buscam o domínio das tecnologias de aproveitamento da energia das ondas para gerar eletricidade em grande escala. É fundamental que consigamos nos manter competitivos para que no futuro não tenhamos que importar tais tecnologias”, afirma Segen.

O professor afirma ainda, que o próximo passo é desenvolver usinas com estruturas flutuantes para ser instaladas em locais afastados da costa. “E, no futuro, com estas usinas flutuantes poderemos, inclusive, abastecer as plataformas dos campos do pré-sal”, adianta.

Energia das ondas do mar

A geração de energia da usina se dará a partir da movimentação vertical de um flutuador de onze metros de altura e 4,5 metros de diâmetro, impulsionado pelas ondas do mar. Quanto mais altas forem as ondas, mais energia pode ser captada, porém, é possível obter um bom resultado mesmo com ondas baixas, mas contínuas, como o mar de Copacabana que tem ondas com cerca de 1,5 metros.

Energia das ondas do mar

“O flutuador será guiado por uma coluna central, com fundação no leito marinho, e a sua movimentação será transformada em movimento rotativo no gerador, utilizando-se um sistema mecânico que integrará o flutuador e o gerador”, detalha Paulo Roberto, sócio proprietário da Seahorse Wave Energy.

A eletricidade gerada será enviada por cabo submarino, que vai ao fundo do mar até a ilha para conexão à rede elétrica, sendo toda geração feita pelo mar.

Essa iniciativa vem a ser um marco não só para cidade do Rio de Janeiro, mas também para o Brasil. Ao contrário das usinas hidrelétricas e nucleares, as usinas flutuantes não consomem combustível de nenhuma espécie e não exigem transporte de grandes equipamentos. Portanto, vão fornecer energia limpa, renovável e abundante.

Fonte: Planeta COPPE

Brasil “come” etapas e produz células solares orgânicas

Ainda sem uma indústria de energia fotovoltaica, à base de silício, o Brasil pode saltar etapas e dar um grande passo para a produção eficiente de células solares orgânicas.

O projeto que vai receber o investimento de US$19 milhões durante os próximos três anos, é resultado da associação entre a gestora de capitais brasileira, FIR Capital, e do Centre Suisse dÉlectronique e Microtechnique, CSEM S.A.

Embora menos eficiente, a energia usada na produção das células solares orgânicas é vinte vezes menor comparada à produção dos painéis de silício, suas características permitem uma redução considerável nos custos de instalação, sendo considerada uma opção ainda mais verde para o reaproveitamento de energia solar.

“Temos a vantagem competitiva de estar no Brasil, com muito sol e uma matriz energética complementar que ainda não cobre 100% da população. Além disso, estamos confiantes com as nossas parcerias globais e com o time de excelência montado com doutores e profissionais que são líderes em suas áreas de atuação,” afirma o Dr. James Buntaine, da CSEM Brasil.

Células Solares Orgânicas

O processo de fabricação das células fotovoltaicas orgânicas – impressão em rolos ou roll to roll – permite a produção em massa, baixo custo e rapidez para chegar ao mercado. E, diferente do silício, as células solares orgânicas são feitas com plásticos, o que as torna leves, flexíveis e transparentes.

Assim, em vez dos painéis solares rígidos e retangulares, as películas fotovoltaicas podem ser usadas como fonte de energia limpa no revestimento de edifícios e casas, como fachadas, janelas, aparelhos eletrônicos como celulares e computadores, e até mesmo nos componentes eletrônicos de automóveis.

Além de outras aplicações inovadoras, essas características permitem uma redução significativa nos custos de instalação, responsáveis por até 70% do custo total dos sistemas fotovoltaicos tradicionais. E, embora possua vantagens em relação ao silício, a eletrônica orgânica impressa é uma tecnologia que não pretende substituir as aplicações da eletrônica tradicional – sendo utilizada apenas em soluções novas e complementares.

Fotos: Divulgação



O bambu pode substituir o aço?

O bambu é um material ecológico e de excelente resistência, mas porque não é tão utilizado? 

Uma pesquisa do Future Cities Laboratory está em andamento para determinar toda a gama de possibilidades construtivas para o bambu, mostrando suas vantagens e desvantagens.

Países em desenvolvimento apresentam grandes demandas por concreto armado, mas frequentemente não contam com os meios de produzir todo o aço necessário para suprir essas demandas.

Ao invés de se colocar à mercê do mercado global dominado por países desenvolvidos, o Future Cities Laboratory de Singapura sugere uma alternativa a esse bem manufaturado: o bambu.

o bambu pode substituir o aço

Abundante, sustentável e extremamente resistente, o bambu tem o potencial de se tornar futuramente um substituto ideal nos locais onde o aço não pode ser produzido.

Nos ensaios de resistência, o bambu se mostra mais adequado que a maior parte dos outros materiais, inclusive o concreto armado.

Ele alcança essa resistência devido à sua estrutura tubular oca, um produto da evolução ao longo de milênios para resistir aos esforços do vento em seu habitat natural.

Essa estrutura leve também se mostra fácil de colher e transportar. Devido ao seu crescimento incrivelmente rápido em diversas partes do mundo, o material é também extremamente barato.

De fato, apesar de todos esses benefícios, ainda há trabalho a ser feito para superar as limitações do bambu. Contração e expansão causada por mudanças de temperatura e absorção de água são algumas de suas fraquezas.

O vegetal também pode sofrer danos estruturais causados por fungos ou simples biodegradação. Ironicamente, muitos dos países que poderiam se beneficiar das qualidades construtivas do bambu são os mesmo que carecem de meios de desenvolvê-lo como uma alternativa viável ao aço.

O Future Cities Laboratory está atualmente conduzindo uma pesquisa para determinar toda a gama de possibilidades construtivas para o bambu. As experimentações nesse campo lhes rendeu um Zumtobel Group Award.

Referência: Future Cities Lab

Fonte: Walker, Connor. “Bambu: Uma alternativa viável ao concreto armado?” [Bamboo: A Viable Alternative to Steel Reinforcement?] 17 Jun 2014. ArchDaily. (Romullo Baratto Trans.) Accessed 22 Jun 2014. <http://www.archdaily.com.br/br/621054/bambu-uma-alternativa-viavel-ao-concreto-armado>