A produção de energia pelo mundo vem inovando cada dia mais. No Brasil, dois engenheiros preocupados com o deficiente fornecimento de energia nas pequenas cidades afastadas dos grandes centros urbanos, criaram uma maneira simples de produzir energia limpa: transformar caixas d’água em miniusinas hidrelétricas.
O projeto se chama Unidade Geradora de Energia Sustentável, uma espécie de miniusina hidrelétrica que transforma o abastecimento de água em energia elétrica.
Criado pelos engenheiros Mauro Serra e Jorgea Marangon, a tecnologia é de fácil acesso a qualquer caixa d’água independente do tamanho e do fluxo de água.
“A UGES transforma a passagem da água que abastece os reservatórios em um sistema gerador de energia. Vale destacar que o consumo diário de água no país é, em média, de 250 litros por pessoa, consumo que é totalmente desperdiçado como forma de energia. Ao desenvolver um sistema que reaproveita essa energia, podemos gerar eletricidade, sem emissão de gases e totalmente limpa”, destacou Mauro Serra.
A UGSE funciona com um sistema instalado dentro do reservatório de água e uma unidade móvel para captar e distribuir toda energia para o uso doméstico.
Porém, não precisa de energia externa para funcionar, porque a água ao entrar pela tubulação para abastecer a caixa passa pela miniusina, que, com sua pressão, gera energia.
Essa energia pode ser usada para abastecer lâmpadas, rádios, geladeiras, computadores e outros aparelhos. Entretanto, equipamentos de alto consumo de energia como, por exemplo, o chuveiro, deve ser evitado.
A ideia em breve vai estar no mercado e pode revolucionar a produção de energia limpa nas residências e no comércio. A quantidade de energia produzida varia de acordo com o tamanho da caixa d’água e da quantidade de água consumida.
Os inventores afirmam que essa tecnologia poderá vir a ser aplicada em indústrias, escolas e restaurantes onde o consumo de água é grande ou até mesmo vir a abastecer a iluminação pública de um município.
A possibilidade de armazenar o excedente da energia para uso posterior e a independência ( parcial ) das redes de distribuição seria também uma vantagem do sistema.
A ideia do casal de engenheiros chama atenção pelo custo benefício pequeno e a independência na produção de energia. Diferente da produção de energia solar e a eólica, a UGSE não depende do sol e nem de ventos para produzir energia. E, segundo o casal, poderia suprir a necessidade de uma pessoa ou até mesmo de um município.
Da necessidade de um mundo mais saudável, as metrópoles estão se reinventando para serem mais sustentáveis. Diante disso, hortas urbanas pelo mundo estão sendo criadas, modificando os espaços urbanos e crescendo.
Dessa possibilidade de troca vem surgindo diferentes ideias. Existem hortas que alimentam seus moradores gratuitamente, hortas em aeroportos, em tetos de prédios e até mesmo em estações de trem.
Essas iniciativas deixam a cidade menos cinzenta, as pessoas interagem, revitaliza espaços urbanos abandonados e facilita o acesso à alimentos frescos e saudáveis.
Conheça cinco hortas urbanas pelo mundo inspiradoras:
1- Fazenda Urbana no Brooklin em Nova Iorque
A Brooklyn Grange se destaca por ser a maior horta urbana de Nova York no telhado de um prédio no Queens.
A fazenda urbana tem 43.000 metros quadrados produz diferentes alimentos. Cultiva saladas verdes, acelga, couve, berinjela, manjericão, pepino e cerejas, que resulta em 20.000 quilos de produtos frescos anualmente.
Os produtores vão aproveitar o inverno para plantar trevo e ervilhaca, para evitar a erosão do solo e repor os nutrientes. Além disso, o Brooklyn Grange conta com mais de 30 colmeias que irão produzir aproximadamente 1.500 libras de mel por ano.
Para o prefeito Michael Bloomberg, Além de isolar o edifício do calor e do frio, o jardim vai absorver mais de um milhão de litros de água da chuva e ajudar a manter os portos e rios limpos.
2- Hong Kong Value Farm – Horta comunitária na China
Na China, cresce uma horta urbana comunitária dentro de uma antiga fábrica de vidro. A horta oferece a comunidade local uma variedade de alimentos que vão de frutas à leguminosas e tubérculos, tudo de graça. O projeto se chama Value Farm porque busca o “valor de cultivar a terra em esforço coletivo”.
Em plena área industrial, a iniciativa aproxima os moradores da cidade com o meio ambiente e a experiência do cultivo. Os arquitetos preservaram as características da fábrica que agora possui outro clima devido à horta. O espaço ainda é utilizado para sediar eventos culturais e programas de educação ambiental.
Em Todmorden, pequena cidade da Inglaterra, os habitantes se alimentam de graça. O projeto The Incredible Edible Todmorden cultiva hortas coletivas em espaços públicos da cidade e todo alimento cultivado está disponível para todos os moradores, gratuitamente.
Com mais de 40 hortas comestíveis espalhadas pela cidade, às hortas vão de jardins de centros de saúde e até no cemitério local. A ideia é que os moradores cultivem seu próprio alimento e reflita sobre os recursos que consome.
Para Pam Warhurst, confudadora do projeto, chegou o momento da população assumir a responsabilidade e investir em mais gentileza não só com o outro, mas também com o meio ambiente.
4 – Em Berlim, antigo aeroporto vira horta comunitária
Em Berlim, na pista de aterrissagem de um antigo aeroporto fechado em outubro de 2008 nasce uma horta comunitária. Moradores cultivam tomates, batatas e produz mel, que ganhou o selo do antigo aeroporto de Tempelhof. E também usam o jardim como um parque, um espaço de lazer.
A horta conta com cerca de 300 pessoas que vão de imigrantes turcos à estudantes e aposentados. Devido a Prefeitura não permitir plantações diretamente no solo do antigo aeroporto, alguns usam a originalidade, como sapatos, mochilas ou até cadeira velha de escritório. Além de melhorar a alimentação, a horta aproximou os moradores da cidade.
5 – Japão inaugura hortas em estações de trem
Em Tóquio, na cobertura de edifícios dentro das estações de trem foram construídos cinco pomares. A intenção é que os passageiros enquanto aguardam o trem possam subir no telhado para ver as hortas e fazer da sua espera um momento mais agradável, podendo inclusive semear algumas hortaliças.
A horta não se limita aos passageiros da estação, elas são abertas para o público geral e não é preciso comprar o bilhete para acessá-las. O projeto se chama Sodarofarm e os planos futuros é além de criar hortas nas coberturas das estações, criar um espaço verde em torno de cada uma projetando um trajeto verde na costa leste do país.
Este projeto uniu o desenho arquitetônico e as tecnologias integradas de energia para criar uma arquitetura sustentável em uma escola, onde o edifício produz a própria energia e coleta da chuva a água que consome.
A escola primária que fica na Dinamarca, apresenta uma arquitetura compacta e triangular com as suas principais fachadas orientadas de forma a otimizar a captação solar, através de painéis localizados na cobertura que produzem energia elétrica.
Na cobertura também, além de áreas verdes, possui coletores de água da chuva.
As janelas ao longo da fachada junto com outras no teto, permitem capturar três vezes mais luz que um prédio padrão, garantindo um clima saudável no interior da escola em todas as estações do ano.
A escola foi projetada para ensinar os jovens desde cedo como proteger o meio ambiente.
Possuem estufas, onde os funcionários e as crianças podem cultivar plantas e interagir com a natureza.
A Lei de Resíduos Sólidos que acaba com os lixões, não fez a população diminuir a produção de resíduos. Segundo o relatório da Associação de Empresas de Limpeza e Resíduos Especiais (Abrelpe), de 2012 para 2013, o Brasil teve o maior crescimento de resíduos por dia da última década. Em 2012 foram geradas 201.058 toneladas diárias, já em 2013, o aumento foi de 4,1% a mais, chegando à cifra de 209.208 toneladas de lixo por dia.
Esse índice é um alerta: o país está consumindo e descartando numa progressão muito acentuada, alcançando o maior número de resíduos dos últimos dez anos. O brasileiro joga quase a metade do seu lixo fora (41,7%), que infelizmente vai parar nos lixões que ainda sem controle são fontes de poluição e doenças.
De acordo com a Lei Federal 12.305/2010, os lixões precisam ser trocados por aterros sanitários e as prefeituras ficam sujeitas a multas por crime ambiental. O prazo para a mudança expirou no dia 2 de agosto e os lixões a céu aberto não deixaram de existir. A maior dificuldade em cumprir a Política Nacional de Resíduos está no Nordeste, que apesar de possuir 453 aterros sanitários licenciados, ainda conta 837 lixões a céu aberto. Segundo Carlos Silva Filho, diretor-presidente da Abrelpe, “Dos 5.570 municípios brasileiros, 1.569 ainda fazem uso de lixão. E, desses, mais da metade está no Nordeste. O aumento na geração de resíduos de 2012 para 2013 não encontrou um sistema de tratamento adequado. Mais de três mil municípios não têm condições de fazer aterros sanitários”.
Foto: Reprodução
Já na região Sudeste, a mais rica do país, o problema é com a quantidade de lixo produzido. Mais de 50% de todo lixo coletado em território brasileiro vem dessa região. E, 90% deste lixo não é coletado, ou seja, cerca de 20 mil toneladas desde material ficam abandonadas por dia em locais impróprios, podendo parar em copos d’água.
Foto: Reprodução
“Os dados mostram que a situação permanece praticamente inalterada desde 2010 e que apesar dos termos da lei, os municípios efetivamente não conseguiram se adequar à PNRS”, lamentaCarlos Silva Filho, diretor-presidente da Abrelpe.
Embora o país apresente dificuldades na coleta de lixo, outros esforços coletivos se fazem necessário para que a nova legislação funcione. Apesar de muitos municípios não oferecerem esse tipo de serviço, a coleta seletiva e a separação residencial de resíduos são boas alternativas. Por que além dos lixos das residências, temos outros tipos de lixos que ainda não foram debatidos, como os da construção civil, que são descartados em vias públicas sem nenhuma fiscalização ou alternativa.
A empresa Windstream instalou no telhado de um grande escritório de advocacia, o maior projeto de energia renovável híbrido e eólica do mundo.
O projeto feito na Jamaica, produz eletricidade a partir do sol e dos ventos economizando cerca de US$ 2 milhões em custos de energia, e sua vida média chega até 25 anos.
O escritório fica próximo à Costa Kingston, aonde as rajadas de vento chegam até 96 quilômetros por hora, facilitando a captação de energia. Às 50 unidades de SolarMill instaladas no projeto são capaz de gerar até 106 mil kWh de energia, sendo 55 kW do sol e 25 kW dos ventos, e também são projetadas para funcionar em situações extremas.
A tecnologia utilizada no SolarMill é composta por uma turbina eólica em eixo vertical e painéis solares. Controlado por um painel eletrônico inteligente capaz de funcionar independente da transmissão.
Essa tecnologia fornece a maior densidade de energia atualmente disponível no mercado renovável. A empresa americana Windstream já expandiu o projeto para outros continentes e afirma que o retorno do valor investido acontece em até quatro anos.
Na Jamaica, a concessionária Jamaica Serviço Público também pretende expandir a tecnologia de vento híbrido por toda Ilha, onde o custo de energia é mais elevado que nos EUA.
A bicicleta vem ganhando espaço no cotidiano do brasileiro não só como mais uma opção de lazer, mas como um importante meio de transporte diário.
Hoje, no Brasil, são mais de 60 milhões de bicicletas, metade são usadas pela população para ir ao trabalho. Segundo a pesquisa Origem e Destino do metrô, aplicada na Região Metropolitana de São Paulo, o uso desse tipo de deslocamento aumentou 18% entre 1997 e 2008. Sendo que 22% das viagens de bicicleta têm por motivo o alto custo da condução e 57%, a pequena distância da viagem.
Maiores reféns do trânsito, as grandes capitais já recebem algumas iniciativas de incentivo ao uso da bicicleta.
Por exemplo, as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo contam com o sistema de aluguel de bicicleta – Bike Rio e Ciclo Sampa – resultado da parceria entre as prefeituras e bancos. O projeto vem atraindo um grande número de adeptos, no Rio, a Bike Rio aumentou o número de postos e bicicletas para atender a demanda.
Já a cidade de São Paulo não para por aí, o prefeito Fernando Haddad tem um projeto audacioso: criar 400 km de ciclovias na capital paulista até o final de 2015, inaugurando um trecho de rotas cicloviárias por semana. Incomodado com o fraco desenvolvimento da cidade paulista quando comparada a outras metrópoles, em Sampa, o trajeto de bicicleta abrange menos de 1%.
Porém, outra iniciativa na cidade já está em andamento, um bicicletário público com vestiário está sendo criado próximo a estação de metrô Faria Lima. O projeto que partiu de um abaixo assinado com mais de 23 mil assinaturas, terá manobristas, armários, ferramentas para bicicleta, e funcionará 24 horas.
Foto: Divulgação / SPurbanismo
Outra capital que também está criando alternativas para os ciclistas é Curitiba. A cidade onde mais de 55 mil pessoas aderiram à bicicleta como meio de transporte, recebe o projeto Via Calma, que tem como objetivo criar ciclovias nas principais vias da cidade. Os ciclistas vão transitar pelo lado direito das vias em áreas demarcadas. Para evitar acidentes, a velocidade vai ser reduzida a 30 km por hora e nos cruzamentos vão ser instalado Bikeboxes, uma área especial de parada para bicicletas nos semáforos, protegendo e priorizando o ciclista quando o sinal abrir.
No Mundo
Diferente do Brasil, alguns países já estão bem desenvolvidos em relação a ciclovias. Como por exemplo, a cidade de Bogotá, que possui 359 km de ciclovia, Nova York 675 km e Berlim 750 km. Em Tóquio e na Holanda, 25% dos trajetos são feitos de bicicleta. Portanto, esses países procuram além das ciclovias, outras iniciativas para estimular o uso da bicicleta.
Na França, 20 empresas e instituições somando mais de dez mil funcionários, pagam 25 centavos de euro a cada quilômetro percorrido de bicicleta no trajeto casa-trabalho. Ainda na França, em Paris, o P’tit Vélib’, terceiro maior serviço de compartilhamento de bicicletas do mundo, vai oferecer 300 bicicletas para crianças de 2 a 10 anos de idade em diferentes tamanhos. No Reino Unido, o governo criou um sistema de vendas de bicicleta em conjunto entre funcionários e empregados, chamado Cycle to Work, que oferece preços menores e descontos nos impostos para aqueles que usam bicicleta para ir ao trabalho.
Foto: Fast Company
Já na Alemanha o projeto é ainda maior, o governo alemão preocupado em reduzir o congestionamento e a poluição, pretende trocar carros e caminhões por bicicletas de carga. Segundo o porta-voz do ministério dos Transportes, Birgitta Worringen, o projeto é viável porque mais de 75% dos trajetos no país são para cobrir distâncias menores do que dez quilômetros. A empresa de logística, UPS, já realiza entregas em seis cidades alemãs usando bicicletas. Entretanto, o representante da empresa, Lars Purkarthofer, ressalta que a estrutura no país ainda não é a ideal, as ciclovias são estreitas e em alguns pontos faltam estacionamentos para guardar as bicicletas.
Foto :Federation European Cyclist/Flickr
Benefícios do incentivo ao uso da bicicleta
Além de manter uma população mais saudável e diminuir a poluição e os congestionamentos das grandes metrópoles, outros dados chamam a atenção para os diferentes benefícios do uso da bicicleta como transporte diário. Segundo um estudo realizado em Nova Iorque, as vendas das lojas de rua aumentaram em até 49% após a construção de ciclovias. O estudo argumenta que um ciclista tem menos barreiras para entrar numa loja local que, ao contrário do carro, é mais fácil encontrar um ponto para prender a bicicleta.
Outro fator interessante é a questão da segurança. É quase unanimidade entre os ciclistas que pedalar nas grandes vias além de atrapalhar o trânsito, aumenta o risco de acidentes. Porém, um estudo feito na Universidade do Colorados em Denver, nos Estados Unidos, mostra o contrário. O estudo afirma que o aumento de bicicletas nas estradas reduz o número de acidentes de trânsito e ainda torna o tráfego mais seguro. O professor e coautor do estudo, Wesley Marshall, trabalha com a hipótese de que quando existe um grande número de ciclistas na estrada, o motorista fica mais atento. Portanto, cidades com grande volume de bicicletas, não são seguras apenas para os ciclistas, mas para os carros também.
Foto: Tree Hugger
O fato é que qualquer tipo de incentivo ao uso da bicicleta é importante, as ruas no Brasil se encontram em situação precária. As grandes capitais estão congestionadas e sem previsão alguma de melhora. O trabalhador quando não espremido no transporte público, está isolado no carro esperando o trânsito andar.
Então, a bicicleta vem se tornando uma importante alternativa onde a sociedade ganha como um todo por ter uma cidade mais humana e saudável, e menos congestionada e poluída.
O ator e produtor Brad Pitt é conhecido por ser um forte defensor de causas humanitárias. A organização Make It Right sem fins lucrativos, fundada pelo ator, formou parceria com a Sioux e Assiniboine Tribes para construir casas sustentáveis na comunidade de Fort Peck, Montana.
O projeto irá desenvolver um plano sustentável por toda reserva, além de 20 casas com todas as características sustentáveis que lhe darão a categoria de LEED Platium, desde painéis solares a inovações ligadas a eficiência energética. Cada casa terá em média quatro quartos e três banheiros.
PROJETO: METHOD HOMES
A reserva indígena onde vivem mais de seis mil americanos sofre com um antigo problema: a superlotação. Devido à falta de moradia, mais de 600 pessoas estão à espera de habitação. No entanto, os membros com renda inferior a 60% do salário mínimo americano terão prioridade na aquisição das casas.
Baseado no conceito Cradle to Cradle, onde tudo é nutriente para um novo ciclo e exclui o conceito de lixo, o projeto atual conta com o Living Homes, Architecture for Humanity, Method Homes e a Sustainable Native Communities Collaborative.
Todas as organizações são ligadas às causas humanitárias e sustentabilidade, e antes de iniciarem o projeto passaram quatro dias em reuniões com os moradores da tribo.
Mas essa não é a primeira iniciativa da Mak It Right, criada em 2007, a fundação também construiu 150 casas sustentáveis para quem ficou sem habitação durante a passagem do furacão Katrina, na região metropolitana de Nova Orleães, Estados Unidos.
Com essas iniciativas, o ator norte-americano além de ajudar de forma imediata essas pessoas, também pensa no futuro delas.
Sabemos que plantas e árvores são eficazes filtros de ar usados com frequência em varandas de casas e apartamentos, porém, os alunos Carlos Espinoza, Louis Lancaster, Chun-Yu, Jimmy Liang, Kelly McCoy, Jessica Moncayo e Edwin Rodriguez da Universidade da Califórnia em Riverside desenvolveram um telhado que despolui ar em até 97%.
Preocupados com a poluição atmosférica que aflige principalmente as áreas urbanas, durante as aulas de laboratório os alunos tiveram a ideia de cobrir telhas de barro com dióxido de titânio e, para simular o ambiente atmosférico, usaram uma câmara de madeira composta de óxidos de nitrogênio, que corresponde a combustão dos carros.
O dispositivo conectado a câmara para ler as concentrações de poluentes exibiu um resultado impressionante: a luz ultravioleta usada para simular a luz solar ativou o dióxido de titânio e retirou entre 88% e 97% os óxidos de nitrogênio.
Além do baixo custo, o composto dióxido de titânio é facilmente encontrado em diferentes tintas de parede e até cosméticos. No caso de um milhão de telhados revestidos dessa mistura, 21 toneladas de poluentes seriam eliminados diariamente.
A iniciativa dos alunos ganhou menção honrosa do concurso de design da Agência de Proteção Ambiental dos EUA.
A questão do aquecimento global preocupa o mundo todo, diferentes países se manifestam preocupados com as consequências do aquecimento para o planeta. Mas o casal norte-americano Julie e Scott Brusaw foi além da preocupação e tiveram a iniciativa de pensar numa solução para amenizar o problema: criaram placas solares para ser usada em estradas.
A ideia do casal de engenheiros é fazer uma pavimentação modular nas estradas, a troca do asfalto pela tecnologia reduz o uso do poluente petróleo e faz das estradas uma fonte incessante de energia.
O projeto consiste em painéis solares hexagonais que coletam energia solar. Mais duráveis que o asfalto – tendente a criar buraco – são equipados com saída de águas pluviais e a sua modulação por ser de fácil manutenção, reduz o tempo de obras e gastos. Cada hexágono é equipado com LEDs, essa iluminação é usada na sinalização das estradas, aumentando a visibilidade e a segurança do motorista. Em países frios, podem até ser usadas para derreter a neve.
Ciclovias e painéis solares no Brasil
Com o excesso de carros nas estradas, o uso da bicicleta vem ganhando força no Brasil. A criação de ciclovia de painéis solares seria uma soma do saudável com o sustentável. A energia produzida pelos painéis pode ser convertida em eletricidade para casas e carros, e o exercício de pedalar estimula uma população menos estressada e mais imune.
Reconhecimento
Além de ter ganhado mais de dois milhões no projeto Indiegogo de financiamento coletivo, a Solar Roadways recebeu um contrato para testes com a Administração Rodoviária Federal dos EUA. A empresa criada pelo casal pretende contratar mais especialistas para aperfeiçoar ainda mais o projeto.
A nossa torcida é que iniciativas como essa sejam constantes e que chegue o quanto antes ao país canarinho.
Imagina uma matéria prima renovável, bonita, resistente, durável, e que além de ecologicamente sustentável é fonte de criação para seis grandes designers brasileiros. Pode até parecer impossível, mas esse é o projeto da madeireira Madeibor, que usa Seringueiras como uma nova opção de madeira.
Considerada um produto não madeireiro, a Seringueira está presente no Brasil desde o século 19, sendo utilizada na produção do látex e da borracha natural. Apesar de ser novidade no país, a indústria asiática moveleira já utiliza a Seringueira como madeira há mais de vinte anos.
Idealizada pelo produtor Fernando Genova, que após seis anos de pesquisa e viagens por países asiáticos criou a Madeibor, o uso da seringueira como madeira foi aderida por seis renomados designers: André Cruz, Zanini de Zanine, Jack Fahrer, Sérgio Fahrer, Fernando Jaeger e Paulo Alves.
Conhecidos por trabalhar com materiais ecologicamente correto, o surgimento de uma nova matéria prima sustentável foi comemorado entre os talentosos designers, que não mediram esforços para criar belíssimos moveis.
Bancos de André Cruz
Banco de Fernando Jaeger
Namoradeirea de Paulo Alves
Cadeira Charles Miller de Sérgio e Jack Fahrer
Banqueta de Zanini de Zanine
Depois de completarem o seu ciclo na produção de látex e borracha natural, as árvores tombadas eram usadas como lenha. O seu reaproveitamento além de diminuir o desmatamento, contribui para evitar a exploração predatória de espécies nativas.
A seringueira é uma matéria-prima sólida e lisa que aceita diferentes acabamentos e tingimentos, podendo ser reaproveitada na criação de pisos, laminados, brinquedos entre outros.
Palco da abertura da Copa do Mundo, a nova Arena Corinthians cresceu conduzida por um projeto sustentável. Construída pela Construtora Odebrecht, o estádio teve sua parte arquitetônica gerida por dois escritórios do Rio de Janeiro, o Coutinho, Diegues e Cordeiro, e o DDG. Além da parceria com o escritório alemão Werber Sobek, que fez os cálculos estruturais e projetou a tecnologia de sustentabilidade e racionalidade do estádio.
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Sobek trouxe pela primeira vez para o Brasil o conceito Triple Zero, que contém três itens: zero energia, zero emissões e zero desperdício. Quer dizer que a energia da Arena Corinthians deve ser gerada por fontes renováveis do próprio estádio ou na área em que se encontra deve ser no mínimo equivalente a toda a energia primária que o estádio requer para o aquecimento. E também não pode gerar CO2, já que nenhum processo de queima é permitido no estádio.
Do ponto de vista da acessibilidade, o Itaquerão usou do problema uma solução. O terreno para construção do estádio era estreito e tinha um problema de desnível acentuado, isso fez que o estádio fosse esboçado de maneira compacta, eliminando uma grande quantidade de escadas. Todo o setor inferior da arquibancada é acessado sem escadas, e na parte superior o uso delas foi diminuído consideravelmente.
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Na iluminação do estádio foi utilizado um modelo de fachada translúcida, que além de usar a luz natural com beleza, economiza lâmpadas internas. A grande fachada de vidro fica no mesmo local onde se localizam os restaurantes e as lojas, diminuindo a necessidade de iluminação artificial.
Com o intuito de canalizar o ar quente para cima, o projeto de ventilação do estádio é feito por uma cobertura fixa, com design leve e perfil aerodinâmico calculado em túnel de vento, permitindo a circulação de ar equilibrada. Esse fluxo de ar vai passar pelas arquibancadas e refrescar os torcedores. Nas imagens podemos enxergar esse projeto pelos dois vãos atrás dos gols, e também pelo espaço aberto entre a cobertura e arquibancadas.
A vegetação também foi usada para melhorar o clima no estádio, árvores foram plantadas em torno do Itaquerão, que, além de paisagístico, ajuda a aliviar a temperatura. Os espelhos d’água também vão ajudar o clima no estádio, eles diminuem em até três graus a temperatura em sua volta, pode até parecer pouco, mas junto com uma boa ventilação vem a ser importante num local onde vai receber um grande número de pessoas.
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Uma das curiosidades na construção da Arena Corinthians, foi a inusitada parceria entre Corinthians e Palmeiras. Segundo Pierre Ziade, empresário do ramo de reciclagem de entulho, as britas e pedras vindas da demolição do Parque Antarctica, antigo estádio do Palmeiras, foram reaproveitadas para a construção do estádio do arquirrival. Porém, os dois times só tiveram conhecimento dessa parceria quando o estádio já estava em processo de acabamento. Outro fato curioso é o ar condicionado nos banheiros. A fim de evitar gastos com manutenção causada por depredações de torcedores, o arquiteto justifica que o ar fresco acalma as pessoas, conhecido como “efeito metro”.
Apesar de construído baseado num projeto sustentável, a Arena Corinthians deixou a desejar em dois pilares importantes da sustentabilidade: custo e segurança. Além do atraso na construção do estádio e projetos de mobilidade urbana inacabados, o valor do estádio quase triplicou e hoje é avaliado em R$1,1 bilhão. Durante a construção da arena, infelizmente, ocorreram três acidentes fatais, o último caso foi com o operário Fábio Hamilton da Cruz, que se acidentou numa função diferente para qual foi contratado, e veio a falecer no hospital. O estádio também não ficou pronto a tempo para o jogo teste.