Reforma sustentável transforma museu na Holanda
O museu Biesbosch em Werkendam na Holanda foi resultado de um projeto liderado pelo Studio Marco Vermeulen. Durante oito meses passou por uma reforma sustentável, onde além de outras soluções, foram acrescentados volumes verdes feitos com vegetação rasteira que fornecem não apenas uma bela estética, mas também a melhoria da eficiência energética do edifício.
Localizado no Parque Nacional Biesbosch com uma área de 4450 hectares e rodeado por um rio, o terreno em volta do museu foi escavado para a retenção de água e a criação de várias ilhas.
Com o intuito de não desperdiçar materiais na reforma, os arquitetos decidiram manter a forma hexagonal dos edifícios originais, onde extensas aberturas com vidros resistentes ao calor oferecem vistas para as ilhas artificiais que envolvem as edificações.
Além disso, a instituição ganhou um restaurante orgânico, uma área de estar ao ar livre, uma nova extensão de 1.000m², além do grande telhado verde.
Nos meses mais frios, um fogão de biomassa mantém a temperatura do ambiente através de solo radiante, enquanto em dias mais quentes a água do rio passa pela mesma tubulação, deixando o edifício mais fresco.
Com a instalação de telhados verdes na reforma sustentável, além de integrarem totalmente a edificação à paisagem, ajudam a amenizar a temperatura interna, melhorando a eficiência energética do edifício.
Os visitantes também podem passear por elas através de passarelas que levam à um mirante que permite a vista ao redor do parque.
O esgoto sanitário é purificado com plantas chamadas Salgueiro que tem o poder de absorver os poluentes da água e transformar em matéria orgânica. Depois de tratada a água é descarregada nas águas ao redor do museu que deságua no rio.
Quando os salgueiros secam a madeira pode ser utilizada como combustível no fogão de biomassa ou para outros fins.
A nova exposição permanente oferece um rico panorama da história do Biesbosch, da cultura e coleção do museu.
A história é apresentada em sete pavilhões com diversos temas como: espaço, onde conta sobre uma inundação que ocorreu na região em 1421; economia, artesanato e natureza, que são exibidos em espaços multimídia; materiais de filmes e fotografias, que apresentam um relato da área e seus moradores.
A reforma foi estabelecida devido ao crescimento de visitantes, em 2012 o museu recebeu cerca de 35.000 visitantes, enquanto que só nos três primeiros meses desde sua recente reabertura 30.000 pessoas já visitaram o museu.
Desde então tem sido reconhecido como uma atração ecológica para os visitantes, e local de inspiração para artistas e fotógrafos.A finalização da reforma está prevista para o primeiro semestre deste ano.
Fonte: Studio Marco Vermeulen
Imagens: Ronald Tilleman
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