Parque Villa-Lobos autossustentável: primeiro do Brasil a ser totalmente abastecido por energia solar

25/01/2017 por Redação SustentArqui

Parque Villa-Lobos autossustentável: Além da geração de energia elétrica, o projeto visa promover junto à população o uso de energia fotovoltaica de forma amigável ao meio ambiente.

Em 2017 os Parques Villa-Lobos e Cândido Portinari, localizados na zona oeste da Capital de São Paulo, serão totalmente abastecidos por energia solar. O projeto, liderado pela Cesp – Companhia Energética de São Paulo, consumiu R$ 13 milhões na construção de uma microcentral de nove quilowatts-pico (kWp) e na instalação de 40 postes que geram a própria luz no Villa-Lobos, além da cobertura de 264 vagas para veículos com mais de 3 mil placas de captação de energia solar no estacionamento do Parque Candido Portinari.

Esse é o maior projeto de mini geração solar distribuída em um parque do Brasil. O sistema tem capacidade de produção anual de 665 megawatts-hora (MWh) e foi dimensionado para atender a demanda do estacionamento, lanchonete e área de esportes do parque.

A energia gerada pelas plantas fotovoltaicas atenderá todo o consumo dos dois parques tornando-os autossustentáveis e gerará um excedente que será cedido à Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo para uso em suas instalações.

Mesmo autossuficiente o parque continua conectado à rede de fornecimento de energia elétrica da AES Eletropaulo, no chamado sistema de compensação. Isso porque os Parques consomem a energia solar no momento em que ela é gerada e fornecem para a rede o seu excedente. No momento em que não houver a produção de energia, como, por exemplo, a noite ou em dias com forte nebulosidade, os parques serão abastecidos pela eletricidade da rede.

O empreendimento foi desenvolvido com a finalidade de estudar os aspectos regulatório, econômico, técnico e comercial da energia solar. Além da obtenção de dados de geração fotovoltaica para pesquisas acadêmicas e a autossuficiência dos parques, o projeto pretende propagar o uso de energia fotovoltaica entre os visitantes, demonstrando que geração de energia solar é amigável ao meio ambiente e pode se integrar com as instalações urbanas.

O projeto conta com a participação das empresas RTB Energias Renováveis, AES Eletropaulo, além do apoio das Secretarias de Energia e Mineração e do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.

 

São Paulo e as energias renováveis:

São Paulo vem ampliando sua importância na geração de energia fotovoltaica. A primeira usina do Estado é a de Tanquinho, no município de Campinas, com potência de 1.082 quilowatts-pico (KWp) e capacidade de gerar 1,6 GWh por ano. A segunda usina fotovoltaica está na Universidade de São Paulo – USP, na capital paulista.

O Estado também conta com empreendimentos que estão sendo instalados em Dracena e Guaimbê com potência de 270 MWp. Existem ainda em São Paulo, conectados ao sistema, 711 empreendimentos de micro e mini geração distribuída.

A Cesp também realiza um projeto piloto na cidade de Rosana. Trata-se da primeira usina fotovoltaica do Brasil a utilizar a tecnologia de placas flexíveis e rígidas em sistema flutuante na usina Porto Primavera. O projeto recebeu investimento de R$ 23 milhões e consiste na instalação de duas plantas com painéis solares rígidos de 250 quilowatts (kW) em terra e 25 kW em sistema flutuante, e outras duas plantas com painéis solares flexíveis com 250 kW em terra e 25 kW em sistemas flutuantes. Completou em outubro dois meses de operação.

O Levantamento do Potencial da Energia Solar Paulista, estudo conduzido pela Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo, aponta uma geração estimada de 12 milhões MWh/ano, suficiente para abastecer 4,6 milhões de residências. O estudo demonstra que São Paulo tem potencial instalável solar de 9.100 MWp e as regiões que mais se destacam no Estado são Araçatuba, Barretos e Rio Preto.

 

Com informações da Secretaria de Energia do Estado de São Paulo.

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