Já contamos aqui diversas vezes as vantagens dos telhados verdes, mas talvez nunca frisamos como eles podem ser grandes aliados na preservação das abelhas nas cidades.Além de aumentar a biodiversidade do local, os telhados verdes podem ser abrigos para colmeias urbanas.
A importância das abelhas é incontestável: 73% de todas as espécies vegetais do planeta dependem da polinização feita por elas. No Brasil, habitat de cerca de 1.600 tipos de abelhas, mais da metade das 141 espécies de plantas cultivadas depende da polinização que é feita, principalmente, por esse grupo de insetos.
Esses insetos fundamentais para o meio ambiente estão sendo exterminados em uma velocidade assustadora, e um dos maiores vilões dessa tragédia são os agrotóxicos.
Mas o que podemos fazer para ajudar na preservação das abelhas?
Também é possível ter a sua própria criação de abelhas! Para que já pensou no medo das picadas, calma, são abelhas sem ferrão. Segundo especialistas, as abelhas são dóceis e de fácil manejo. Para saber mais como fazer a sua própria colmeia, consulte o Manual Tecnológico de Abelhas Sem Ferrão, de Jerônimo Villas-Bôas.
Em algumas cidades do mundo a apicultura urbana já está se espelhando. Em Paris os telhados de alguns edifícios históricos abrigam diversas colmeias que ajudam na preservação das especies e também dão lucro com a produção de mel.
Em Nova Iorque telhados verdes também estão dando espaço a criação de abelhas. Um belo exemplo é o edifício Bryant Park, que recebeu a certificação LEED Platium.
Além das colmeias urbanas em seu telhado verde, o edifício possui diversas características sustentáveis, como um sistema especial de filtragem de ar que filtra 95% das partículas, uma sala de jardim urbana no lobby e a compostagem dos resíduos orgânicos da cafeteria do prédio, que produz adubo para todo o paisagismo do prédio.
Como arquitetos podemos auxiliar na preservação das abelhas projetando cada vez mais edificações sustentáveis, e que incluam vegetação na sua proposta, como telhados verdes, jardins verticais e varandas ajardinadas, sempre acrescentado espécies nativas com flores diversas no paisagismo.
Foi regulamentada, na última sexta-feira, dia 3, a elaboração do Mapa do Ruído Urbano do Município de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU). Ação é inédita na capital paulista.
A construção de um Mapa de Ruído vai possibilitar que o Município tenha um diagnóstico de ruído territorializado, além de orientar a adoção de políticas públicas que melhorem a qualidade ambiental e urbanística da cidade.
A produção do mapa foi instituída como obrigatória em 2016 pela Lei 16.499 do Executivo e deve ser realizada por região.
As áreas prioritárias serão definidas por um Grupo Gestor intersecretarial, sob coordenação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, composto pelas secretarias municipais de Mobilidade e Transportes (SMT), Verde e Meio Ambiente (SVMA), Subprefeituras (SMSUB) e Inovação e Tecnologia (SMIT).
Finalizados, os Mapas do Ruído Urbano devem ser disponibilizados no portal GeoSampa, mapa digital da cidade que reúne centenas de informações institucionais. O Município tem o prazo de até sete anos para concluí-los.
O mapeamento de ruídos é importante para que sejam realizados estudos sobre as intervenções urbanas necessárias para o melhoramento da qualidade de vida das pessoas das regiões mais afetadas pelo alto nível de decibéis. Cidades como Santiago e Medelín são as cidades da América do Sul com o Mapa de Ruído implantado e em funcionamento. Outras cidades como Bogotá e Quito já estão em fase avançada de estudos para implantação. Em São Paulo não há nenhum estudo formal sobre a contaminação sonora.
Ruído no Minhocão
Em 24 de abril, a Associação Brasileira para a Qualidade Acústica (Pro Acústica), em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento (SMDU), divulgou um estudo mostrando que os ruídos urbanos no entorno do Minhocão podem ser reduzidos pela metade com a implantação do Parque.
Com o viaduto atualmente em operação, os níveis sonoros nos empreendimentos estão entre 69 e 76 decibéis. Ao ser interditado ao tráfego – apenas com o fluxo existente na Rua Amaral Gurgel – estima-se que os índices ficarão entre 59 e 70 decibéis.
A divulgação ocorreu na data em que se comemora o Dia Internacional de Conscientização sobre o Ruído, criada em 1996 com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o ruído urbano, fruto do crescimento urbano desordenado e considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o segundo maior agente poluidor de qualquer cidade.
Além do desconforto e estresse, estudos revelam que a exposição ao ruído pode causar e/ou potencializar doenças como infarto, diabetes e pressão alta ao longo do tempo.
Na busca soluções para diminuir emissões de poluentes pelo transporte de cargas, Alemanha inaugurou nesta terça-feira (07/05) sua primeira rodovia elétrica.
Um trecho da A5 perto de Frankfurt foi adaptado para a recarga em movimento de caminhões com motores elétricos.
Na verdade trata-se de um trecho de 5 km na autobahn A5, no estado de Hessen. Em ambos os lados da pista foram colocados cabos aéreos, semelhantes aos usados pelos bondes elétricos.
Caminhões com motores elétricos poderão se acoplar aos cabos aéreos e recarregar suas baterias ao passarem pelo trecho. Cinco transportadoras participarão de uma fase de testes, executada pelo Ministério do Meio Ambiente da Alemanha.
Os caminhões do teste têm tecnologia híbrida (motores elétricos e a combustão), e o trecho com os cabos serve para o recarregamento das baterias, que podem então ser utilizadas. Quando elas ficarem vazias é acionado o motor a combustão.
O ministério quer testar modelos para o transporte de cargas nas estradas e investiu 50 milhões de euros em três trechos de testes. Um deles é o que fica perto de Frankfurt, e os outros dois serão construídos nos estados de Schleswig-Holstein e Baden-Württemberg.
O objetivo final é encontrar soluções para o transporte de cargas que sejam ao mesmo tempo pouco poluidoras e que emitam poucos ruídos. Os testes também vão avaliar se a mudança atrapalha o trânsito e qual o custo adicional de manutenção das rodovias.
Segundo o ministério, o transporte de cargas têm aumentado nos últimos anos é um grande emissor de gases do efeito estufa.
O ministério justificou a opção pela A5 com o forte tráfego, de mais de 130 mil veículos por dia, dos quais 13 mil caminhões, pelo trecho. “Se funcionar aqui, funciona em qualquer lugar”, disse um responsável.
Se funcionar, isso não significa que todas as autobahns do país teriam que ser adaptadas. Pelos cálculos do ministério bastariam mil quilômetros para o transporte de cargas. O custo final seria de um 1 milhão de euros por quilômetro, ou 1 bilhão de euros no total.
Ainda não está claro como a energia que os caminhões utilizarão para recarregar as baterias seria cobrada. Na fase de testes, a conta será paga pelo Ministério do Meio Ambiente.
Também não está claro quem arcará com os custos da adaptação dos caminhões ao novo sistema. Pelos cálculos da montadora Scania, que fabricou os protótipos para o teste, um caminhão que pode se recarregar enquanto anda custa de 50% a 75% mais do que um caminhão normal.
Os atuais caminhões que andam apenas com motores elétricos podem rodar no máximo 10 quilômetros até ficarem sem carga. O objetivo é chegar a 60 quilômetros.
Além da Alemanha, a Suécia e os Estados Unidos também têm trechos de “rodovias elétricas”.
O projeto de móveis de pallets reaproveitados para os coworkings públicos Worktibas, criado pelo Instituto Municipal de Administração Pública (Imap), foi eleito na sexta-feira (3/5) um dos campeões do 26º Prêmio Expressão da Ecologia.
Promovida pela Editora Expressão, esta é a maior premiação ambiental do Sul e de maior longevidade no país, com a participação de 2.756 cases inscritos das principais empresas, ONGs, prefeituras e entidades da região, durante esses 26 anos.
Neste ano, foram inscritos 113 projetos e 23 foram escolhidos. O projeto de móveis de pallets do Imap venceram na categoria Reciclagem, assim como uma iniciativa da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) de reaproveitamento de garrafas PET na captura de pragas rurais.
Entre os ganhadores também estão as empresas Grendene, Klabin, RGE Sul Distribuidora de Energia, a Universidade Estadual do Paraná e a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná.
Sustentável
A ideia de aproveitar pallets para fazer móveis segue o princípio dos Worktibas, de requalificação de espaços e equipamentos já existentes na Prefeitura.
Os pallets utilizados serviam para sustentar cargas de alimentos, na Secretaria Municipal do Abastecimento. Com a parceria do órgão, o apoio logístico da Secretaria do Meio Ambiente e a confecção nas horas vagas da marcenaria da Fundação de Ação Social (FAS), foram feitas três mesas e 35 banquetas reaproveitando 40 pallets.
Para as banquetas também foram confeccionadas almofadas, incluídas na rotina de aprendizagem dos cursos profissionalizantes dos Liceus de Ofícios da cidade.
Além dos móveis para os coworkings públicos, o projeto de reaproveitamento atendeu outras demandas do município, que aproveita o material até então subutilizado para confeccionar as camas dealbergues e casas de acolhida da cidade.
“Com a reciclagem, a redução nos custos ultrapassa os 90% se comparado à compra de móveis novos. Além disso, eles têm durabilidade superior, uma vez que se trata de madeira maciça impermeabilizada, muito mais resistente que as chapas prensadas de MDF e MDP comumente utilizadas em móveis”, ressalta Alexandre Matschinske, presidente do IMAP.
A entrega da premiação será no dia 2 de agosto na cidade de Florianópolis (SC).
O Conselho da Cidade de Nova York aprovou recentemente um pacote pioneiro de leis que visa reduzir drasticamente as emissões de carbono de milhares de edifícios, na luta contra as mudanças climáticas da cidade.
Todos os novos edifícios serão obrigados a incorporar vegetação, painéis solares e / ou pequenas turbinas eólicas no projeto do telhado. A lei também inclui edifícios existentes que estão passando por grandes reformas.
O pacote de projetos de lei, conhecido como a Lei de Mobilização Climática, tem o objetivo de reduzir em 40% as emissões de gases de efeito estufa até 2030.
Uma das medidas mais rigorosas do pacote exige que edifícios de mais de 2.322 m2 (25.000 pés quadrados) – responsáveis por 30% das emissões de carbono da cidade – realizem reformas para tornar esses edifícios mais eficientes em termos energéticos , como a troca de esquadrias e instalação de isolamento.
Em 2024, a legislação determina que os proprietários reduzam as emissões de seus edifícios em 40% até 2030, e colocarão a cidade no caminho para reduzir suas emissões de carbono em 80% até 2050.
A Lei de Mobilização Climática de Nova York foi comparada ao Green New Deal proposto pelo Congresso americano – que visa combater a mudança climática e criar empregos com altos salários em energia limpa – que está sendo debatidos em todo o país.
A Lei de Mobilização Climática também prevê a criação de milhares de empregos, incluindo cerca de 3.600 empregos na construção e 4.400 trabalhos de manutenção.
O grande desafio será expandir o pacote de leis para edifícios menores . Nesse caso as medidas terão que ser mais sutis, para não estimular o aumento dos aluguéis e dos custos para os proprietários familiares.
Alguns tipos de edificações, como locais de culto, edifícios com aluguel de unidades reguladas e moradias de baixa renda deverão realizar outras medidas de economia de energia, como a utilização de isolantes e instalação de sensores de calor. Os hospitais terão seu próprio conjunto específico de condições.
Para ajudar os proprietários a realizar as reformas, a Lei cria o Escritório de Desempenho Energético e de Empreendimentos para supervisionar a implementação dos padrões e fornecer assistência técnica.
Outra lei do pacote cria um novo programa que tornará os proprietários de edifícios elegíveis para empréstimos específicos para atingir as metas de emissão.
A aprovação do pacote aconteceu depois de anos de conversas animadas entre defensores do meio ambiente, engenheiros, arquitetos e construtores, e tem enfrentado uma forte pressão de pesos pesados no setor imobiliário.
O prefeito Bill Blasio, trabalhou em estreita colaboração com o conselho para a aprovação do pacote.
O pacote é parte de um ambicioso plano de US $ 14 bilhões do governo de Blasio para reduzir drasticamente a pegada de carbono da cidade.
Dias após a aprovação do pacote a Prefeitura divulgou o relatório “One NYC 2050: Construindo uma cidade forte e justa” como um projeto para alcançar uma redução de 40% nas emissões de gases causadores do efeito estufa até 2030.
Para fazer isso, a administração de Blasio revelou várias iniciativas, incluindo a restrição de fachadas de vidro em novas construções, a menos que os construtores atendam a certos padrões de eficiência.
Uma pesquisa desenvolvida na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP criou dois substratos para telhados verdes: o primeiro à base de bagaço de cana-de-açúcar, e o segundo com fibras de coco verde.
O projeto de mestrado apresentou resultados sempre iguais ou superiores aos do substrato controle utilizado e gerou uma patente para a Agência USP de Inovação (Auspin) da USP.
Telhados verdes são modelos de plantação em telhados, em que podem ser cultivadas desde gramíneas até hortaliças.
Os Jardins Suspensos da Babilônia costumam ser apontados como um exemplo primitivo dessa técnica, mas os tetos verdes como os conhecemos hoje só passaram a ser desenvolvidos durante o século 20, com o crescimento dos grandes centros urbanos.
Na cidade de São Paulo, lugares como a Fundação Cásper Líbero e o Shopping Eldorado já possuem telhados verdes visando minimizar esses problemas.
Protótipos
O estudo da EACH, desenvolvido pela bióloga Milla Araújo de Almeida sob orientação da professora Renata Colombo, utilizou a cana-de-açúcar e o coco verde como bases de novos substratos para telhados verdes.
“Para além da questão do custo, não é possível mensurar economicamente a importância de reaproveitar esses resíduos e de minimizar os danos ambientais. Queremos criar um ciclo de sustentabilidade”, explica a professora.
O coco e a cana foram escolhidos por serem comuns no Brasil e não possuírem destino definido depois do uso primário.
A casca do coco é um resíduo comum depois de aproveitadas suas propriedades alimentícias e o bagaço de cana-de-açúcar é um subproduto do uso energético dessa matéria-prima.
A partir disso, esses materiais passaram por processos de desfibramento e desinfecção e tiveram que se tornar substâncias inertes, ou seja, foram tratados para não reagir quimicamente. Depois, foram testadas três composições diferentes para o substrato de cana e três para o de coco.
Foi escolhida para cada um a opção de menor peso e que absorvesse melhor a água da chuva, características que tornam os substratos mais adequados para o uso em telhados verdes.
Os protótipos com os substratos para telhados verdes escolhidos foram dispostos por seis meses, inicialmente em uma área externa e depois em uma sala disponibilizada pela Habits, uma incubadora de projetos de empreendedorismo na EACH.
Então, foram comparados com um modelo controle, que utilizava um substrato já disponível no mercado, que não especifica uma matéria-prima base. Uns ao lado dos outros, os modelos montados cobriam uma área total de quase 80 m².
A intenção era produzir alternativas mais baratas e eficientes do que as já disponíveis.
Ao serem testados para o uso em telhados, todos os três substratos foram tratados com húmus de minhoca produzido pelas pesquisadoras e tiveram grama esmeralda plantada em seu solo.
O projeto foi desenvolvido entre 2015 e 2018 e durante os primeiros 18 meses não recebeu nenhum tipo de auxílio financeiro. Depois, a Capes forneceu uma bolsa de mestrado para os 18 meses finais do projeto. “O que me motivou, mesmo quando não recebia auxílio, foi acreditar que meu trabalho poderia dar uma contribuição socioambiental para mudar a forma como lidamos com o meio urbano e com a sustentabilidade”, conta Milla Almeida.
Os resultados valeram o esforço da pesquisadora: todas as análises demonstraram que os substratos de bagaço de cana-de-açúcar e fibra de coco verde eram tão adequados, ou mais, quanto o substrato controle. Os testes avaliavam a faixa nutricional e o PH dos materiais e o desenvolvimento da grama, além do peso da estrutura.
O substrato da fibra de coco, em especial, teve um desenvolvimento acima da média de todos os outros analisados.
A patente da técnica está sob responsabilidade da Auspin, que está promovendo o produto.
Mais informações: e-mail millalmeida.bio@gmail.com, com Milla Araújo de Almeida
A fabricante de móveis sueca IKEA produziu uma cortina que, segundo a empresa, purifica o ar usando uma superfície tratada com minerais que permite ao tecido desmembrar os poluentes quando entra em contato com a luz interna ou natural. O processo é semelhante à fotossíntese.
Quando pensamos em poluição o que vêm à mente são arranha-céus cobertos de fumaça, engarrafamentos tóxicos e uma série de chaminés, mas muitas pesquisas aponta que as toxinas invisíveis que poluem o ar em nossas casas podem ser ainda mais perigosas, pois passamos a maior parte do nosso tempo em ambientes fechados.
Com o aumento da conscientização nos países desenvolvidos, soluções que vão desde purificadores de ar a plantas de interior têm sido discutidas para ajudar a remover partículas perigosas do ar em residências.
A tecnologia da cortina GUNRID foi desenvolvida pela IKEA, juntamente com universidades na Europa e na Ásia, e fornecedores e inovadores. Eles esperam que o desenvolvimento ofereça oportunidades para futuras aplicações em outros produtos têxteis.
O perigo da poluição do ar em ambientes internos:
Marina Vance, professora assistente de engenharia mecânica na Universidade do Colorado em Boulder, liderou uma equipe que usou sensores e câmeras avançados para monitorar a qualidade do ar em uma casa ao longo de um mês.
Os resultados finais ainda estão pendentes, mas o que eles descobriram foi que mesmo as tarefas básicas, como a fervura da água, podem aumentar significativamente os níveis de poluição.
A poluição do ar, que tem sido descrita como a maior ameaça à saúde ambiental, mata cerca de 7 milhões de pessoas todos os anos, enquanto 9 em cada 10 pessoas no mundo respiram ar inseguro, com as comunidades mais pobres carregando o fardo mais pesado. Um terço das mortes por acidente vascular cerebral, câncer de pulmão e doenças cardíacas ocorrem devido à poluição do ar.
A poluição atmosférica doméstica mata cerca de 4 milhões de pessoas a cada ano
Principalmente nos países em desenvolvimento da Ásia e da África, onde combustíveis e tecnologias poluentes, incluindo lâmpadas de querosene e fogueiras, são usados para cozinhar, aquecer e iluminar.
Em busca de inovações:
“Uma das nossas áreas de foco é melhorar o acesso ao ar limpo, onde pretendemos reduzir ativamente os poluentes atmosféricos e permitir que as pessoas purifiquem o ar em suas casas até 2030”, disse Lena Pripp-Kovac, chefe de sustentabilidade do Inter IKEA Group.
“A cortina de purificação de ar GUNRID é um passo nesta jornada. Queríamos criar uma maneira simples, conveniente e acessível de limpar o ar que não ocupasse muito espaço nas casas das pessoas, por isso, nos perguntamos: e se pudéssemos usar têxteis para limpar o ar? Além de permitir que as pessoas respirem melhor em casa, esperamos que a GUNRID aumente a conscientização das pessoas sobre a poluição do ar em ambientes fechados, inspirando mudanças comportamentais que contribuem para um mundo de ar limpo”, acrescentou.
“Como uma empresa de mobiliário doméstico, temos uma oportunidade única de também olhar para os desafios em torno de poluentes do ar de uma maneira diferente”, disse Pripp-Kovac.
É esse tipo de pensamento inovador que ocupou o centro da Quarta Assembleia da ONU para o Meio Ambiente, que ocorreu em Nairóbi, no Quênia. O lema para a reunião é pensar além dos padrões predominantes e viver dentro de limites sustentáveis.
No Relatório Anual da ONU Meio Ambiente de 2018, divulgado antes da cúpula, a diretora-executiva em exercício Joyce Msuya destacou o trabalho que está sendo feito para combater a poluição do ar.
“Também fizemos uma parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para sediar a primeira reunião global sobre poluição atmosférica, que mata milhões de pessoas a cada ano e continuamos a apoiar estratégias e políticas nacionais sobre transporte mais limpo”, escreveu ela.
A ONU Meio Ambiente associou-se à Coalizão para o Clima e o Ar Limpo e à OMS para conduzir uma campanha global denominada “Breathe Life” (Respire a vida, em tradução livre) para aumentar a conscientização e apoiar iniciativas de ar mais limpo em todo o mundo.
Embora muitos tenham saudado a inovação da IKEA, alguns críticos disseram que a varejista deve fazer mais para reduzir a poluição de seus processos de fabricação. A empresa diz que trabalhou durante anos para fazer isso eliminando produtos químicos perigosos e reduzindo as emissões.
“A cortina GUNRID é apenas um exemplo de todas as ações que estamos tomando para contribuir para um mundo de ar limpo”, disse Pripp-Kovac, observando que a IKEA eliminou produtos químicos suspeitos de serem prejudiciais ou causar reações alérgicas, incluindo formaldeídos. Ela também disse que o maior franqueado da IKEA, o INGKA Group, tem como meta alcançar zero emissões a partir de entregas em domicílio até 2025.
Em novembro passado, a IKEA também lançou o “Better Air Now!” (Ar melhor agora) iniciativa de transformar palha de arroz, que sobra após a colheita do arroz e é tradicionalmente queimada, em uma fonte de material renovável para seus produtos.
A IKEA comprometeu-se a se tornar mais positiva para o clima, visando utilizar apenas eletricidade renovável e calor em suas operações, e promovendo a geração de energia renovável e novas instalações.
“Sabemos que não existe uma solução única para resolver a poluição do ar”, disse Pripp-Kovac. “Também vemos a importância de falar e inspirar as pessoas a procurar novas soluções inovadoras”.
Veja o vídeo sobre a GUNRID – Cortina promete reduzir a poluição do ar dentro de casa:
Na última segunda-feira (8) o prefeito da cidade, Gean Marques Loureiro, sancionou uma lei inédita que institui a obrigatoriedade da destinação ambientalmente adequada de resíduos sólidos orgânicos por meio dos processos de reciclagem e compostagem.
Segundo a lei Nº 10.501 fica vedada, a destinação aos aterros sanitários e à incineração de resíduos sólidos orgânicos no município de Florianópolis.
O Plano Municipal de Coleta Seletiva (PMCS) mostrou que cerca de 37% do lixo produzido em Florianópolis é composto por resíduos sólidos orgânicos, a ideia é dar um um destino útil a esse material ao invés de ser descartado em um aterro sanitário. A autoria da lei é do vereador Marquito (PSOL),
Na implementação da lei deverão ser priorizadas, as iniciativas comunitárias, coletivas e as cooperativas de catadores.
A implementação da mudança deve ser realizada de forma gradual, focando em um primeiro momento nos resíduos de poda, varrição e jardinagem. Em seguida, a atuação passa para grandes geradores de resíduos alimentares e, por último, nos resíduos domiciliares.
O projeto “Ampliação e Fortalecimento da Valorização de Resíduos Orgânicos no município de Florianópolis”, foi o segundo colocado nacional em edital do Fundo Nacional de Meio Ambiente e viabilizado por acordo de cooperação financeira com o Fundo Socioambiental Caixa.
No seminário de divulgação do projeto, que aconteceu na semana do meio ambiente de 2018, aconteceu também a segunda etapa do projeto Minhoca na Cabeça com a distribuição de mais 500 kits de compostagem domiciliar.
Nesse projeto, estão sendo investidos R$ 987 mil em recursos do Fundo Socioambiental da Caixa, com contrapartida de 1% da Prefeitura de Florianópolis.
A Seed Solution, empresa focada em sustentabilidade e projetos regenerativos, lançou no dia 29/03 no evento Construtech Conference em São Paulo a ferramenta Desempenho Online.
Trata-se de uma plataforma online que realiza simulações em tempo real para a norma de desempenho.
A ideia surgiu depois que a Norma de Desempenho entrou em vigor em 2013. Com ela, todas as edificações residenciais precisam atender a níveis mínimos de desempenho térmico e lumínico, dentre outros requisitos.
Através dessa ferramenta, é possível realizar tais simulações de forma automatizada, rápida e com valores mais acessíveis do que os praticados no mercado.
“O problema hoje é que as simulações costumam ser realizadas somente por consultorias especializadas, que realizam esse serviço de forma artesanal, demorada, cara e complicada para o empreendedor” – disse Bruno Scalet, um dos fundadores da empresa. – A ferramenta possibilita não só a simplificação desse processo como torna acessível esse tipo de trabalho para um número maior de empresas, que poderão entregar projetos mais confortáveis e saudáveis para a população.”
O objetivo final da ferramenta Desempenho Online é que qualquer um possa realizar as simulações pela plataforma online e que isso ajude no desenvolvimento do projeto desde a etapa inicial de escolha de terreno e estudos de viabilidade.
Desde do início do projeto foram identificadas várias oportunidades de aplicação: diagnósticos energéticos, estratégias de sustentabilidade, estudos em tempo real, demonstração de resultados em realidade virtual, enfim, o leque é enorme e o céu é o limite!
Quer saber mais sobre a ferramenta Desempenho online? Acesse o link: https://www.seedsolution.com.br/desempenho-online ou entre em contato com a Francine Vaz através do email francine@seedsolution.com.br
Duas notícias animadoras para quem quer realizar projetos sustentáveis:
– Mais de 80% do fomento já financia projetos verdes
Quatro de cada cinco instituições de fomento brasileiras já financiam setores e atividades de baixo carbono, e 59% criaram produtos específicos para o segmento.
Os dados aparecem em estudo inédito realizado pela Associação dos Bancos de Desenvolvimento (ABDE) com a Embaixada do Reino Unido, para o qual foram ouvidas as 29 instituições que integram a entidade, o Sebrae e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
O BNDES é a principal fonte de captação de produtos “verdes”, com 50% das ofertas – no banco, os desembolsos para a chamada economia verde somaram R$ 11,9 bilhões em 2018, montante 18,8% menor que o do ano anterior. Em seguida aparecem a Finep e os fundos federais, como FGTS e fundos constitucionais, cada um com 27%.
Solar e eficiência
Projetos relacionados a energia solar são os que mais têm oferta de produtos financeiros, com 82% do total.
Iniciativas de eficiência energética, cujos projetos têm, em média, retorno de mais curto prazo, aparecem em segundo lugar, com 59%. As tecnologias limpas para indústria e o crédito rural ficam empatados em terceiro lugar, com 45% das ofertas de produtos financeiros verdes.
– BNB lança financiamento de energia solar para pessoas físicas
Pessoas físicas já podem acessar recursos do FNE Sol para financiamento de projetos de energia solar com fins residenciais, incluindo moradores de condomínios.
Nos últimos anos, o Banco do Nordeste consolidou-se, por meio do FNE Sol, como um dos principais financiadores de energias renováveis do Brasil, tendo aplicado mais de R$ 8,5 bilhões em projetos para atendimento empresarial.
Os clientes poderão financiar com o BNB até 100% do investimento, com limite de até R$ 100 mil, prazo de pagamento de até oito anos e carência de até seis meses.
Para valores até R$ 50 mil, a garantia necessária será aval somado à alienação dos equipamentos; acima deste valor, será garantia real mais alienação dos equipamentos.
A linha de crédito utiliza recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), funding operado exclusivamente pelo BNB.
Os equipamentos podem ser adquiridos e financiados sem impacto nos gastos do cliente, que passa a consumir a própria energia renovável e limpa. Depois de quitado o financiamento, ficam apenas os benefícios da redução da conta.
O 6º Prêmio Saint-Gobain – Habitat Sustentável destacou projetos com foco em conforto, inovação e sustentabilidade
A Saint-Gobain anunciou a ordem classificatória dos projetos vencedores em evento que aconteceu em São Paulo, e divulgou para convidados as premiações:
Melhor Projeto da Edição, para o projeto do Sesc Avenida Paulista, do escritório Königsberger Vannucchi Arquitetos Associados, e Destaques em “Conforto”, “Inovação” e “Sustentabilidade”, para Edifício Nova L’oréal – RRA – Ruy Rezende Arquitetura; Sede Administrativa da Fecomércio Sesc Senac (RS) – Estúdio 41; Sesc Osasco – Spadoni & Associados Arquitetura e Urbanismo, respectivamente.
Já consolidado no setor de arquitetura e um dos eventos mais aguardados do ano, o 6º Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura – Habitat Sustentável reconheceu, ao todo, 25 projetos entre as categorias “Profissional” e “Estudante”. Juntos, eles receberam mais de 300 mil reais em prêmios.
Além da presença das mais importantes personalidades do setor, como arquitetos e principais stakeholders, Julian Treasure, premiado palestrante do TED sobre som e comunicação, foi o convidado especial desta edição e levou o tema “Designin with your ears” para os participantes do evento. Ele reforçou a importância do conforto acústico como impulsionador no ambiente de trabalho.
“Quem se preocupar com a acústica, sistema de som e controle de ruídos, certamente ganhará qualidade de vida, maior produtividade e venderá mais”, disse Treasure.
Os vencedores também foram apresentados ao público no Fórum Internacional de Arquitetura e Construção da Expo Revestir 2019, que aconteceu na sexta-feira (15), no Transamérica Expo Center.
Conheça a seguir os projetos vencedores do 6º Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura – Habitat Sustentável:
MELHOR PROJETO
SESC AVENIDA PAULISTA
Autor(a): Gianfranco Vannucchi Equipe: Albert Sugai, Isadora Citrin, Jorge Konigsberger, Karina Kohutek, Sandra Dellarole e Vera Tusco Escritório: Königsberger Vannucchi Arquitetos Associados Cidade: São Paulo/SP
EDIFÍCIO NOVA SEDE INFOGLOBO Autor(a): Jose Ruy Rezende Escritório: RRA – Ruy Rezende Arquitetura Cidade: Rio de Janeiro/RJ
2º LUGAR
TOCA DO URSO – COLORADO
Autor(a): José Luiz Furtado Gouveia Escritório: Super Limão Studio Cidade: São Paulo/SP
3º LUGAR
REFORMA DA PRODUTORA O2 FILMES Autor(a): Cristina Xavier Equipe: Ana Pacheco, Ciça Souza, Felipe Góes, Fernando Rodrigues e Tatiana Onozato Escritório: Xavier Arquitetura Cidade: São Paulo/SP
CASA JURUMIRIM Autor(a): Lua Nitsche Equipe: Pedro Nitsche Escritório: Nitsche Arquitetos Associados Cidade: São Paulo/SP
3º LUGAR
CASA DE LATA Autor(a): Cássio Sauer Equipe: Elisa T. Martins Escritório: Sauermartins Arquitetos Cidade: Porto Alegre/RS
CATEGORIA PROFISSIONAL – MODALIDADE PROJETO COMERCIAL
1º LUGAR
EDIFÍCIO MAC | ESTALEIRO PIO CORREIA Autor(a): Diego Justo do Espírito Santo Equipe: Dineu Resende Borba Neto, Rodrigo Estrella e Valério Montes Doca Escritório: ES Arquitetura Cidade: Criciúma/SC
2º LUGAR
POUSADA PRAIA DE TORRES Autor(a): Alberto Torres Equipe: Audrey Bello Ramos, Ayrton Ochoa Andia, Graciela Sanhudo, Gabrieli Carlos Monteiro, Lucas Nunes Guimarães, Osmael Giacomolli e Paula Reis Torres Escritório: Torres & Bello + Y’design Cidade: Porto Alegre/RS
3º LUGAR
MICROCERVEJARIA WEBER BIER – UM CICLO SUSTENTÁVEL Autor(a): Ingrid Louise de Souza Dahm Equipe: Albert Koelln, Greice Lorscheiter Machado e Pedro Henrique Vieira Pupe Escritório: Cubo Verde Arquitetura Cidade: São Leopoldo/RS
CATEGORIA PROFISSIONAL – MODALIDADE PROJETO INSTITUCIONAL
1º LUGAR
RESTAURAÇÃO, CONSERVAÇÃO E REVITALIZAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES DOS ANTIGOS MOINHOS GAMBA Autor(a): Silvio Stefanini SantAnna Equipe: Ana Vidal e Alessandra Almeida Escritório: Vidal & Santanna Arquitetura Cidade: São Paulo/SP
2º LUGAR
FÓRUM MUNDIAL PERMANENTE SUSYNCHRONICITY Autor(a): Patricia de Almeida O´Reilly Equipe: Alexandre de Souza Mavignier Madeira e Jean Pierre Ciriadesx Escritório: Atelier O’Reilly Estratégias Sustentáveis Cidade: São Roque/SP
ESCOLA PÚBLICA CRIXÁ Autor(a): Ricardo Felipe Gonçalves Equipe: Matheus Marques Rodrigues Alves, Priscila Pasquarelli Melo e Marcus Rosa Escritório: Hiperstudio Arquitetura e Urbanismo Cidade: São Paulo/SP
CATEGORIA PROFISSIONAL – MODALIDADE PROJETO RESIDENCIAL
1º LUGAR
CASA GAMBOA: REVITALIZANDO O CENTRO DO RIO DE JANEIRO
Autor(a): Nanda Eskes Escritório: Atelier 77 Cidade: Rio de Janeiro/RJ
2º LUGAR
RESIDÊNCIA MANACÁ
Autor(a): Daniel Azevedo Silveira Equipe: Atílio Sergio Hummel, Cesar Henrique de Godoy Gomes, Diego Berwanger, Guilherme Niclewicz e Marco Antonio Rodrigues Escritório: DAS Arquitetos Cidade: Curitiba/PR
Autor(a): Antonio Carlos Vissotto Junior Equipe: Karen Miyabe Ueda e Nilce Meire Pereira Pinho Escritório: Gera Brasil Consultoria e Arquitetura Cidade: São Paulo/SP
CATEGORIA ESTUDANTE
1º LUGAR
TRANSPORTE DE BAIXO CARBONO: ESTAÇÃO DE TRENS DE ALTA VELOCIDADE REI FAHAD Autor(a): Leonardo Zanatta Orientador(a): Eliane Panisson Instituição: Universidade de Passo Fundo Cidade: Itajaí/SC
2º LUGAR
VARANDA CULTURAL Autor(a): Beatriz Barbutti Gonçalves Orientador(a): Luis Alexandre Amaral Pereira Pinto Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Campinas Cidade: Campinas/SP
3º LUGAR
COMPLEXO HÍBRIDO CAMPOS ELÍSEOS Autor(a): Jonathan Neves Almeida Orientador(a): Ivanir Reis Neves Abreu Instituição: Centro Universitário Belas Artes de São Paulo Cidade: Praia Grande/SP
PRÊMIOS DESTAQUES do6º Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura
DESTAQUE EM INOVAÇÃO
SEDE ADMINISTRATIVA DA FECOMÉRCIO SESC SENAC RS
Autor(a): Eron Costin Equipe: Dario Durce, Emerson Vidigal, Fabio Henrique Faria, João Gabriel Rosa e Martin Kaufer Goic Escritório: Estúdio 41 Cidade: Curitiba/PR
DESTAQUE EM SUSTENTABILIDADE
SESC OSASCO
Autor(a): Francisco Spadoni Equipe: Bianca Sayuri Murotani, Camila Tieko Omiya, Denny Yoneshige Moreno, Fernando Shigueo Fujivara, Guilherme Uemura Telles, Jaime Martin Vega Rocabado, Marco Felipe Parra Gómez, Marcos C. Sartori, Mayra Simone dos Santos, Natalia Turri Lorenzo, Rômulo Oraggio Beraldi e Tiago de Oliveira Andrade Escritório: Spadoni & Associados Arquitetura e Urbanismo Cidade: São Paulo/SP
A capital paranaense vai ganhar um ônibus movido a cocô. Parece brincadeira, mas não é! Trata-se de um tipo de tecnologia sustentável que vai rodar pela cidade em teste.
Curitiba foi escolhida para testar um ônibus que usa como combustível o biometano, um gás obtido da decomposição de matéria orgânica — incluindo restos sanitários.
Em outras palavras, vai ser o seu lixo e a sua ida ao banheiro que vão fazer o ônibus rodar por aí.
A novidade foi apresentada ao prefeito Rafael Greca (PMN) pela montadora Scania em uma reunião na última quarta-feira (13) após a entrega dos novos biarticulados que vão integrar a frota da cidade.
“Fazer a demonstração em Curitiba é muito emblemático para nós por se tratar de uma capital que valoriza as alternativas ao diesel”, explica o diretor comercial da empresa, Silvio Munhoz.
O destaque desse ônibus, na verdade, é que ele é capaz de rodar tanto com biometano quanto com gás natural veicular (GNV) — em uma espécie de “flex gasoso”.
Por isso, os testes vão ser feitos em duas etapas: nessa segunda-feira (18), o coletivo começou a rodar na linha Gramados, entre os terminais Sítio Cercado e Capão Raso, apenas com GNV para testar seu desempenho e, no segundo semestre, exclusivamente com o biometano.
De acordo com Munhoz, a principal vantagem no novo tipo de motor é que ele é muito mais econômico e ajuda na redução da poluição. Um ônibus abastecido com biometano chega a ser 28% mais barato no custo operacional por quilômetro rodado e emite 85% menos gases do que um veículo a diesel. Além disso, ele também faz muito menos barulho.
“Se você pega uma canaleta hoje, vai notar que o barulho é bem significativo por causa do som dos motores. Se você tem gás, parte desse ruído desaparece”, afirma Munhoz.
E quem se preocupa com o cheiro, pode ficar tranquilo. “O odor é zero. Quando você faz a limpeza do material para obter o combustível, os gases que têm odor são eliminados ”, tranquiliza o executivo.
De onde vem o combustível
Como dito, o biometano é obtido justamente da decomposição de material orgânico. Isso inclui o lixo doméstico, restos de plantas e animais e até mesmo resíduos do tratamento de esgoto. Durante esse processo, alguns gases acabam sendo emitidos — o chamado biogás.
“O problema é que ele tem algumas impurezas junto com o metano, que é o combustível. Por isso, ele precisa passar por um processo de limpeza que eleva essa concentração de metano de 40% para algo entre 90 e 95%, o que é perfeito para circular”, explica Munhoz.
Segundo ele, o prefeito Rafael Greca se interessou pela possibilidade justamente pelo fato de Curitiba já trabalhar com algumas iniciativas para a redução de poluentes, principalmente relacionadas ao lixo. Entre as possíveis fontes de biometano pode estar a usina híbrida da Caximba estudada pela prefeitura, que usaria material de poda e coleta pública.
“Outra fonte poderosa é o tratamento de esgoto. No final do processo, com a adição de produtos químicos, resta apenas um lodo que é matéria riquíssima para gerar biometano”, explica o diretor da Scania. No entanto, em Curitiba, ainda não há nenhuma iniciativa junto à Sanepar para isso.
Segundo a prefeitura, essas “iniciativas estão dentro das diretrizes de uso de energias limpas e renováveis e do aproveitamento da matéria orgânica dos resíduos sólidos”.
Vantagens do biogás
Atualmente, não só no Brasil, mas no mundo todo, um volume enorme de resíduos é despejado em lixões e aterros sanitários, desperdiçando uma oportunidade extraordinária de se produzir energia a partir do “lixo”.
Em vários países já existem usinas que utilizam o processo chamado de biodigestão anaeróbica, a decomposição de matéria orgânica que ocorre na ausência de oxigênio, gerando biogás e um resíduo líquido rico em minerais que pode ser utilizado como biofertilizante.
No Brasil, no início do ano passado, foi anunciada a inauguração, também em Curitiba, da primeira usina de grande porte de biogás do país.
Instalada junto à Estação de Tratamento de Esgoto Belém, no município de São José dos Pinhais, na região metropolitana da capital, a planta usa o lodo gerado pela estação e resíduos orgânicos coletados diariamente em shoppings e supermercados da vizinhança.
Testes
A primeira fase dos testes com o ônibus a gás da Scania, que vai usar GNV, começou nesta segunda-feira (18) e deve durar cerca de 30 dias. Para isso, porém, o veículo usado deve ser bem diferente daquele que os passageiros da cidade estão acostumados a ver. Por ser um ônibus emprestado, ele está no padrão usado em São Paulo, com a entrada baixa e algumas outras características únicas.
Para o gestor da área de frotas da Urbs, Celso Lúcio, a cidade está sempre disposta a testar alternativas de combustível nos ônibus do transporte público.
“Curitiba sempre foi pioneira ao estar aberta para novas tecnologias. Pode ser que sejam inviável, mas nos gostaríamos de testar”, diz. Segundo ele, o importante é esgotar as possibilidades e tentar oferecer uma melhor qualidade do ar — mas sem prejudicar o sistema.
O Brasil acaba de superar a marca de 2.000 megawatts (MW) de potência operacional em sistemas de geração centralizada solar fotovoltaica, ou seja, usinas de grande porte, conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a fonte solar fotovoltaica, baseada na conversão direta da radiação solar em energia elétrica de forma renovável, limpa, sustentável e cada vez mais competitiva, atingiu um total de 2.056 MW de potência instalada operacional, o equivalente a 1,2% da matriz elétrica do País.
Com isso, passa a ocupar a posição de 7ª maior fonte do Brasil, ultrapassando a nuclear, com 1.990 MW (1,2%) provenientes das usinas de Angra I e Angra II, localizadas no Rio de Janeiro.
Para o Presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, a energia solar fotovoltaica agrega inúmeros benefícios para o progresso do Brasil.
“A fonte contribui para a redução de gastos com energia elétrica, atração de novos investimentos privados, geração de empregos locais de qualidade, redução de impactos ao meio ambiente, redução de perdas elétricas na rede nacional, postergação de investimentos em transmissão e distribuição e alívio do sistema elétrico em horários de alta demanda diurna, como nos meses de verão”, destaca Koloszuk.
O Brasil possui hoje usinas solares fotovoltaicas de grande porte operando em 9 estados nas regiões Nordeste, Sudeste e Norte do País, com destaque para Bahia, Minas Gerais e Piauí.
Segundo o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, o Brasil possui atualmente 73 projetos de geração centralizada solar fotovoltaica em operação, contratados por meio de leilões de energia elétrica do Governo Federal. “Desde o primeiro leilão federal realizado em 2014, o setor solar fotovoltaico trouxe ao Brasil mais de R$ 10 bilhões em novos investimentos privados e dezenas de milhares de empregos locais de qualidade. O Brasil tem um dos melhores recursos solares do mundo e estamos apenas começando a aproveitá-lo”, projeta Sauaia.
Competitividade em ascensão
A fonte solar fotovoltaica tem apresentado forte queda de preços, o que permitiu que a tecnologia atingisse um novo patamar de competitividade a partir do leilão de energia nova A-4 de 2017. Desde então, a fonte tem ofertado energia elétrica a preços médios inferiores aos praticados por outras renováveis, como a biomassa e as pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
Segundo o presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, o Governo Federal anunciou recentemente por meio de uma portaria do Ministério de Minas e Energia que fará seis novos leilões de energia nova nos anos de 2019, 2020 e 2021. “O setor solar fotovoltaico está preparado e a postos para participar de todos estes leilões, contribuindo para a expansão renovável da matriz elétrica brasileira a preços baixos. Já somos a segunda fonte renovável mais barata do Brasil e estamos prontos para ajudar o País a crescer com competitividade e sustentabilidade”, destaca Sauaia.
A ABSOLAR projeta que a tendência de redução de preços da fonte solar fotovoltaica deverá continuar pelos próximos anos, fazendo com que a fonte passe a assumir um papel de destaque cada vez maior na expansão da matriz elétrica nacional.
O conceito de “escritório verde” nesse projeto evoluiu para um oásis natural!
Acreditando que os espaços cheios de plantas aumentam ainda a nossa capacidade de trabalho, os arquitetos abusaram dessa solução nesse escritório. Isso é bem demonstrado no resultado final do projeto dessa empresa de turismo, que se inspirou no ambiente ao ar livre de um parque, para promover o bem-estar dos trabalhadores.
O escritório verde reflete a atitude descompromissada da marca, enquanto estimula a criatividade da equipe.
5 andares fornecem um incrível espaço para os 500 funcionários trabalharem e uma grande área verde relaxante que pode servir para eventos, reuniões e descanso nos intervalos.
Plantas naturais localizadas perto das janelas, captam a luz natural, dando a sensação de estar em um parque ou em um campo.
Enquanto a área de trabalho é colocada mais distante das janelas, seu perímetro foi projetado como relaxante contorno verde. Um gramado ondulante que funciona pode ser usado para eventos, para descansar e relaxar, ou para realizar uma reunião em um ambiente mais intimista.
No centro tem uma sala de reuniões que pode ser usada de forma flexível, como uma pequena sala privada ou uma grande sala separada por uma divisória.
No piso foram aplicadas listras multicoloridas com referência ao logotipo da empresa, que é um globo construído por um grupo de pessoas coloridas.
Em outras partes, estruturas semelhantes a gaiolas oferecem alternativas para salas de reunião fechadas e podem ser movidas para se adaptarem a várias situações.
O Smart City Expo Curitiba 2019, que ocorrerá nos dias 21 e 22 de março, já tem 54 palestrantes confirmados para a área do congresso internacional.
Além dos primeiros speakers confirmados, como Brooks Rainwater, diretor do Center for City Solutions, e membro da Liga Nacional das Cidades dos Estados Unidos, e o empresário Bibop Gresta, cofundador da Hyperloop Transportation Technologies, o SCE Curitiba vai reunir representantes de cidades como Buenos Aires (Argentina), Las Condes (Chile), Guayaquil (Equador) e Boston (EUA).
O acesso à área de exposição, em que 35 empresas apresentarão soluções e produtos inteligentes, é gratuito mediante inscrição prévia no mesmo site.
Durante dois dias, três salas de conferências no Expo Barigui receberão especialistas nacionais e internacionais das áreas pública e privada, assim como do terceiro setor. Eles trarão cases e provocarão debates sobre temas relacionados às smart cities, como planejamento urbano, mobilidade, governança, novas tecnologias e sustentabilidade.
Soluções pelo mundo
Um dos novos confirmados é o chileno Alejandro Contreras, engenheiro civil industrial que liderou o processo de transformação tecnológica a serviço da comunidade em Las Condes, colocando em prática uma parceria público-privada para o desenvolvimento da cidade inteligente.
Já o desenvolvimento local e os ecossistemas de inovação estarão em debate com a presença de Josep Piqué, presidente da International Association of Science Parks and Areas of Innovation (IASP), que promove o 22@Barcelona, na Espanha, como referência global em conhecimento em smart cities; e de Tânia Gomes, vice-presidente da Associação Brasileira de Startups, fundadora da GirlBoss Consultoria e também da 33 e 34 Shoes, que se juntam ao palestrante Alejandro Franco, diretor do Ruta N, em Medellín, na Colômbia.
Economia criativa
Ana Carla Fonseca, conhecida como Cainha, é referência internacional em economia criativa e também em cidades criativas. Administradora Pública pela FGV, economista, mestre cum laude em Administração, doutora em Urbanismo pela USP, Cainha escreveu a primeira tese brasileira em cidades criativas. Professora convidada na FGV e na Universidade Nacional de Córdoba, na Argentina, a palestrante compartilhará suas expectativas sobre o futuro das cidades.
Gestão de cidades
Vindos de Buenos Aires, na Argentina, Alfonso Santiago e Laura Silvia Borsato irão apresentar soluções sobre a gestão de grandes cidades. Diretor do Diploma em Smart City da Escola de Governo, Política e Relações Internacionais da Universidade Austral, Santiago foi assessor do Congresso da Nação Argentina. Ele vai participar do painel sobre “Transições e interrupções na gestão da cidade em uma sociedade digital”.
Já Laura Borsato, subsecretária de desenvolvimento do País Digital, integra o programa governamental que tem entre suas metas aumentar o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) para potenciar as capacidades digitais, criativas e produtivas dos cidadãos. Sua palestra será “Cidades focadas no cidadão e a nova agenda urbana”.
Guayaquil e Boston
Engenheiro químico com mestrado em engenharia ambiental e mais de 15 anos de experiência na área ambiental nacional e internacional, Bolivar Coloma Valverde lidera a gestão ambiental de Guayaquil, no Equador, como diretor de Meio Ambiente, através de projetos voltados para a sustentabilidade. Participará do debate “Serviços públicos inteligentes e sustentáveis”.
Outro speaker confirmado é Renato de Castro, expert em Cidades Inteligentes e embaixador de Smart Cities do TM Fórum de Londres. Membro do conselho de administração da Leading Cities de Boston (EUA), Renato já esteve em mais de 30 países, dando palestras sobre cidades inteligentes e colaborando com projetos urbanos. No SCEC, ele falará sobre “Cidades focadas no cidadão e a nova agenda urbana”.
Outros palestrantes
Também já estão confirmados outros importantes nomes internacionais como Markos Major, fundador e diretor executivo da ONG “Ação Pelo Clima Agora”, ecologista, botânico e educador especializado na restauração das bacias hidrográficas urbanas e sequestro de carbono; Mila Gascó, diretora de Pesquisas no Centro de Tecnologia para o Governo, e professora da Universidade de Albany (EUA); Diego Gismondi, subsecretário de inovação pública do Governo de Santa Fé, na Argentina; Andrea San Gil, diretora do Centro para a Sustentabilidade Urbana da Costa Rica; e Benjamin de la Peña, chefe de estratégia e inovação do Departamento de Trânsito de Seattle (EUA).
Sobre o Smart City Expo Curitiba
Essa será a segunda edição do evento chancelado pela FIRA Barcelona, consórcio público formado pela Prefeitura de Barcelona, Governo da Catalunha e Câmara de Comércio de Barcelona, e que é o organizador do Smart City Expo World Congress, maior evento do mundo sobre cidades inteligentes, realizado anualmente em Barcelona.
O iCities, empresa curitibana especializada em soluções para smart cities, é a responsável pela organização do evento no Brasil, em parceria com a Prefeitura Municipal de Curitiba e Vale do Pinhão.
Definitivamente construções sustentáveis estão na moda! A revista Vogue da Austrália fez uma reportagem listando os 10 edifícios verdes favoritos da publicação, que é considerando um dos editoriais mais fashions do mundo!
A matéria começa com a fase: O futuro é verdejante! Nós esperamos que sim, mas sabemos que a sustentabilidade na construção não é moda passageira, é uma necessidade que veio para ficar!
Confira a lista dos 10 edifícios verdes favoritos do mundo, segundo a Vogue:
Contra o horizonte de concreto de Sydney, na Austrália, os jardins verdes em cascata de um prédio se abrem como um oásis vertical. Concluído no final de 2013, One Central Park (foto acima) ganhou um conjunto de prêmios de alto nível em 2014 (incluindo o Melhor Edifício Alto do Mundo) graças às suas características inteligentes, como a irrigação por gotejamento usando água cinza da lavanderia e do banheiro áreas.
Este edifício e seu sucesso são evidências de que uma nova escola de arquitetos está emergindo: moderna, ambientalmente consciente e compreensiva da necessidade humana pela natureza.
Criado por Ateliers Jean Nouvel e paisagista Patrick Blanc, One Central Park e suas 35.000 plantas rejuvenesceram esta antiga área industrial, e a cada ano que passa, as vinhas e a beleza da estrutura só crescem.Este edifício é também reflexo de uma tendência mais ampla na sociedade. Em 2016, o departamento de parques da cidade de Nova York avaliou o impacto econômico de suas árvores em US $ 120 milhões por ano.
Não é nenhum segredo que a vegetação resfria as montanhas de forma mensurável e absorve a poluição do ar, então, quanto mais cedo esses prédios verdes se tornarem a norma, melhor.
2- O Naman Retreat, Danang, Vietnã
Crédito da imagem: Vo Trong Nghia Architects
Apelidado de Babilônia em referência ao jardim mais famoso da história, este resort arborizado na costa vietnamita é coberto por vegetação em cascata. Vo Trong Nghia Architects projetou uma tela de persianas de concreto para envolver o exterior, que suportam as trepadeiras e as plantas trepadeiras.
Muitas vezes creditado como o inventor de paredes vivas, o aclamado paisagista Patrick Blanc está por trás deste jardim vertical de 25 metros de altura em Paris. Cerca de 7.600 plantas foram posicionadas em linhas diagonais.
4- 1Hotel Paris, Hotel Eco-Luxo, Paris, França
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Com um local designado na movimentada Avenue de France, na Rive Gauche de Paris, esse design da Kengo Kuma & Associates mostra triângulos de madeira dispostos de cima a baixo no exterior do prédio, o que criará espaço para plantas e árvores crescerem.
5- Ravel Plaza, Amsterdã, Holanda
Crédito da imagem: Instagram.com/mvrdv
Este edifício de uso misto, planejado para o distrito financeiro de Amsterdã, possui grandes varandas e plantio de terraços transbordando de vegetação.
Esta paisagem vertical de Jean Marc Bonfils foi inspirada em um jardim próximo, que não é mais aberto ao público
7- M6B2 Torre da Biodiversidade, Paris, França
Crédito da imagem: Instagram.com/maison_edouard_francois
Este edifício está envolto em rede de aço inoxidável – uma estrutura de escalada perfeita para as plantas. Projetado pela Maison Edouard François, uma empresa reconhecida por incorporar jardins em suas estruturas, quando o vento sopra através do prédio, as sementes serão espalhadas por Paris.
8- 50 Moganshan Road, Xangai, China
Crédito da imagem: Dezeen
Projetado para se parecer com duas montanhas cobertas de árvores, este complexo verde é projetado por Heatherwick Studios e destinado à metrópole movimentada de Xangai. Incluirá 400 terraços e 1.000 colunas plantadas com árvores e vegetação.
O arquiteto paisagista italiano Stefano Boeri revelou planos para uma ambiciosa cidade verde ao longo do rio Liujiang. O complexo contará com mais de um milhão de plantas para absorver a poluição do ar e operará de forma sustentável com painéis solares, ar condicionado geotérmico e carros elétricos.
10- Rosewood, São Paulo, Brasil
Crédito da imagem: Jean Novel
Terraços escalonados serão plantados com ampla área verde em um novo hotel de luxo em São Paulo. Projetado pelo famoso arquiteto francês Jean Nouvel (com interiores de Philippe Starck), o edifício promete ser um oásis no horizonte de concreto da cidade.
O projeto executivo está sendo executado pelo escritório Triptyque, a previsão de conclusão do edifício é 2020.
Matéria Original 10 edifícios verdes favoritos do mundo: Vogue Austrália
Na série Desmistificando a Arquitetura Sustentável vamos falar sobre os principais mitos do mercado, e porque você deveria deixar de acreditar nessas crenças.
São 3 aulas online e gratuitas, apresentada pelas arquitetas Juliana Rangel (sócia fundadora do SustentArqui), Danielle Garcia (sócia da Chromati Arquitetura) e Francine Vaz (consultora de sustentabilidade do CTE).
Se você curte arquitetura sustentável, mas acha que é mais caro e que o seu cliente não pode pagar?
Se você tem aqueles clientes céticos que não acreditam no aquecimento global, ou acham que arquitetura sustentável é coisa de hippie?
Ou você mesmo acha que sustentabilidade é uma moda que vai passar, e não vale a pena se especializar? Então essas aulas são para você!
Sobre o que falaremos na série Desmistificando a Arquitetura Sustentável:
Arquitetura sustentável é mais cara?
Esse é um dos grandes mitos do setor . Muita gente deixa de fazer arquitetura sustentável por achar que é mais caro. E se eu te disser que pode ser até mais barato?!
Arquitetura sustentável só se preocupa com o meio ambiente?
Sim, a arquitetura sustentável busca minimizar os impactos ao meio ambiente, mas também tem outras preocupações igualmente importantes. Vamos conversar sobre isso?
Arquitetura sustentável é moda?
Você acha que sustentabilidade é uma moda passageira? Que não vale a pena entender a fundo do assunto porque essa “moda” ainda não pegou? A arquiteta Danielle Garcia, que já está no mercado da construção sustentável há mais de 10 anos vai contar a sua opinião.
Arquitetura sustentável é coisa de hippie ou de high tech?
Muita gente acha que construir uma casa de pau a pique no meio do mato, ou colocar energia solar em uma edificação a torna sustentável. Será que isso é verdade? A arquiteta Francine faz vai nos falar um pouco mais sobre esse mito.
Arquitetura sustentável é complicado?
Se você sempre quis entender mais sobre o tema, mas acha que é tudo muito complicado, pois são muitas informações desconexas. Nós vamos mostrar que você também pode transformar a sua profissão em algo mais com mais proposito e eficiente. Vem descobrir!
Não perca essa oportunidade! A série é gratuita!
Sobre as palestrantes da série Desmistificando a Arquitetura Sustentável:
Juliana Rangel: Sócia Fundadora da SustentArqui. Arquiteta e Urbanista, formada pela UFRJ-1999. Especializou-se o em Arquitetura Sustentável pela Universitat Politècnica de Catalunya UPC-Barcelona, ES em 2008 e em bioarquitetura pelo Instituto de Tecnologia Intuitiva e Bio-Arquitetura – Tibá.
Danielle Garcia: Arquiteta e Urbanista formada pelo Centro Universitário Metodista Bennett, especialista em Edifícios Sustentáveis: Projeto e Performance pela Universidade Católica de Petrópolis. Conquistou a credencial LEED AP BD+C em 2011, mas atua no mercado de green buildings desde 2009.
Responsável direta por certificações de edificações de grande visibilidade como o Museu do Amanhã (vencedor do prêmio internacional MIPIM na categoria Edifício Verde Mais Inovador – LEED® Gold), a Biblioteca Parque Estadual (LEED® Gold), o Hotel Grand Hyatt Rio de Janeiro (LEED® Certified), entre outros. Atualmente é sócia diretora da Chromati.
Francine Vaz: Arquiteta e Urbanista, formada pela UFRJ. Master of Science em Architecture, Energy and Sustainability pela London Metropolitan University. Especialista em Gestão de Negócios Sustentáveis pela UFF. Formada em Gestão de Projetos pela FIA-SP – Fundação Instituto de Administração. LEED® AP BD+C e ID+C.
Atualmente é consultora de sustentabilidade da empresa CTE, com 9 anos de experiência em consultoria green building, 12 anos de experiência em coordenação de projeto com equipes multidisciplinares e tipologias diversas e participou da certificação LEED de mais de 80 projetos.
A Casa das Birutas localizada em uma ecovila em Piracaia, interior de São Paulo, foi erguida utilizando diversas técnicas de bioconstrução. O projeto do escritório Gera Brasil foi um dos destaques no Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura – Habitat Sustentável 2019, categorial residencial.
Cada dia mais pessoas buscam uma vida sustentável, que tenha na integração com a natureza a base para a alimentação, moradia e subsistência. Este projeto reúne todas essas características e mostra como tecnologias simples podem promover a sustentabilidade
Segundo os arquitetos “A Bioconstrução é uma nova forma das pessoas pensarem a construção respeitando o fluxo dos sistemas naturais como era feito no passado. Através dela cooperamos para a redução de impactos ambientais, otimizamos os recursos financeiros e contribuímos com a conservação ambiental e melhoria da qualidade de vida dos usuários.”
Soluções sustentáveis da Casa das Birutas:
– Eficiência energética
Para o desempenho da envoltória foi determinado por meio de simulação computacional dos ambientes de permanência prolongada do projeto Conforme tabela do PROCEL a envoltória de Casa das Birutas atende o Nível A de desempenho pelo método de simulação.
A meta de eficiência energética é uma redução de 70% no custo energético do imóvel.
Características consideradas: cobertura leve isolada, aquecimento solar da edificação, vedações internas pesadas e permitir a insolação dos ambientes
– Gestão das Águas
A água potável que vem da nascente está reservada apenas para fins nobres, gerando uma economia de 36% no seu consumo.
A água da chuva é acumulada e utilizada nas descargas dos vasos sanitários e rega. A água negra e restos de alimentos são enviados ao BSI (Biossistema Integrado) que fabricará o biogás.
O paisagismo se transformou em agrofloresta, raízes e drenos absorverão as águas cinzas purificando-as e devolvendo-as limpas ao lençol freático.
– Paisagismo Sustentável
O projeto paisagístico respeitou o relevo natural e utilizou técnicas de agrofloresta para produzir alimentos e tratar as águas.
– Sistema Construtivo e Materiais
• Gridshell em bambu Sua força vem de uma treliça dupla, autoportante. Para ser executada, uma estrutura auxiliar em bambu é montada. Sobre ela vão se organizando e amarrando as varas que formam a treliça definitiva. Pouco a pouco esta estrutura preliminar vai sendo desmontada e assim que a estrutura toda se acomoda, a cobertura está pronta.
• Tijolo aparente Tijolos em barro produzidos localmente e um uma olaria familiar, a poucos quilômetros da obra
• Estrutura e decks de madeira legalizada Contribuindo para a redução do processo de devastação de florestas, todas as madeiras empregadas na obra possuem documento de origem florestal (DOF) e nota fiscal de compra, exceto as de demolição ou reuso
• Telha Shingle Esta foi a única telha que nos atendeu nos quesitos beleza, leveza, flexibilidade, estanqueidade, rapidez na instalação e manutenção da cor por um período de 10 anos. Sob as telhas há um isolamento que garante a estanqueidade e conforto térmico do sistema.
• Painéis de vidro com película de controle solar
• Assoalho de madeira sobre contrapiso
• Contrapiso em concreto e malha 15 x 15 cm
• Painel SIP da LP e=9cm com acabamento em chapa cimentícea para laje
• Piso em garrafa Visando reduzir a extração de recursos naturais, utilizamos diversos produtos de conteúdo reciclado, como portas, janelas de demolição e mais de 6.000 garrafas que estão instaladas nas escadas e no piso inferior do imóvel (área de oficina).
• Hiperadobe – terra ensacada Executada com terra retirada das escavações
• Reaproveitamento de material – pontaletes de madeira e garrafas
• Gerenciamento de resíduos
No projeto da Casa das Birutas ( referente ao vento) não só a casa foi pensada de forma sustentável, mas também o terreno e o seu uso.
“Nela ao mesmo tempo que usamos o banheiro ou descartamos resto dos alimentos, estamos produzindo gás para a cozinha. Quando tomamos banho, já estamos regando o pomar. Quando abrimos um buraco no solo, guardamos a terra para fazer uma parede ou um reboque. Se tomamos um vinho guardamos a garrafa para fazer dela degraus no terreno acidentado… E assim foi que pensamos no projeto onde toda ação teria uma reação. A terra da fundação virou muro de contenção, a madeira da fundação, parede do depósito de obra. Toda água que utilizamos volta limpa para o solo, quer maior ganho que este? Que este projeto inspire muitos outros neste sentido” declara os arquitetos
No corte observamos que relevo natural foi respeitado, a vista para o horizonte foi priorizada, a acessibilidade a residência foi considerada, as técnicas de tratamento e infiltração das águas foram aplicadas e os resíduos foram transformados.
O Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) está selecionando profissionais para atuar em projeto que irá avaliar os níveis de eficiência energética de edificações não residenciais.
A ação faz parte de um convênio de cooperação firmado com a Eletrobras, no âmbito do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), com o objetivo de desenvolver benchmarks e indicadores de desempenho energético de edificações não residenciais em uso, privadas e públicas.
O projeto tem como foco o desenvolvimento de uma base de dados de consumo energético e de um programa nacional de gestão energética para edificações em uso, semelhante ao já existente para novas construções.
As vagas disponíveis são principalmente para profissionais com conhecimentos na área de eficiência energética e construções sustentáveis.
Os interessados podem enviar, até o dia 22 de fevereiro, o currículo e uma breve carta de apresentação para o e-mail secretaria@cbcs.org.br, indicando no assunto do e-mail a sua vaga de interesse. Os detalhes e qualificações para as vagas podem ser consultadas no site do CBCS (www.cbcs.org.br) ou pelo telefone (11) 4191-0665.
Vagas CBCS:
G1 – COORDENAÇÃO DE PROJETO
* Profissional com 8 anos de experiência na área de eficiência energética em edificações
G2 – GESTÃO ADMINISTRATIVA DE PROJETO DE PESQUISA
* Profissional graduado em Administração de Empresas
A1 – COORDENAÇÃO DE PESQUISA – Diagnóstico Energético
* Profissional graduado em engenharia ou arquitetura com conhecimentos de eficiência energética ou construções sustentáveis
A2 – COORDENAÇÃO DE PESQUISA – Simulação de Eficiência Energética
* Profissional graduado em engenharia ou arquitetura ou mestrado e doutorado na área de eficiência energética em edificações
* Profissional graduado em engenharia ou arquitetura com conhecimentos de eficiência energética, construções sustentáveis ou diagnósticos energéticos
B2 – PESQUISA: Arquiteto ou Engenheiro
* Profissional graduado em engenharia ou arquitetura com conhecimentos de eficiência energética, construções sustentáveis ou simulação energética
C1 e C2- PESQUISA: Arquiteto, Engenheiro, Gestor Ambiental ou Profissão Associada
* Profissional graduado em engenharia ou arquitetura
D1 – CONSULTORIA: Engenheiro, Arquiteto ou Matemático
* Profissional graduado em engenharia, arquitetura ou matemática com 8 anos de experiência em desenvolvimento de equações estatísticas e simulações computacionais correlatas à área de energia
Passamos em média 90% do nosso tempo em locais fechados, por isso, manter a qualidade do ar interno é fundamental para nossa saúde. O excesso de umidade nos ambientes facilita a proliferação de mofo e bactérias, e pode trazer problemas respiratórios e alergias.
Dicas para prevenir o mofo em casa:
1 – Ventilação natural! A maior causa da poluição interna é a ventilação inadequada, promova sempre a renovação do ar, não esqueça de abrir as janelas todos os dias, mesmo que seja por alguns minutos;
Foto: glasseyes view – CC BY-SA 2.0
2 – Favoreça a entrada de iluminação natural. O sol é um grande aliado contra o excesso de umidade e a prevenção do mofo;
3 – Verifique se há alguma infiltração de água na casa, e elimine imediatamente o problema;
4 – Mantenha uma rotina de limpeza com vinagre nas paredes e nos armários para evitar o surgimento dos fungos;
5 – Abra as portas e gavetas dos armários sempre que puder para ventilar o interior dos móveis;
6- Afaste os móveis das paredes úmidas. Caso não seja possível, a colocação de uma placa de isopor ou de cortiça no fundo do móvel pode ajudar;
7 – Deixe as portas e as janelas dos banheiros abertas depois do banho quente para que todo o vapor saia do ambiente. Se não tiver janela não esqueça de acionar o exaustor;
8 – Coloque pedaços de giz e/ou carvão dentro dos armários. Quando estiverem úmidos, deixe-os secar ao sol ou troque por novos;
9 – Coloque sal grosso em pequenos recipientes nos ambientes, ele também funciona como desumidificador natural;
10 – Plantas que absorvem o excesso de umidade do ar, como o lírio da paz, podem ser benéficas, pois também ajudam a purificar o ar.
Lembre-se que para que uma edificação seja sustentável, ela precisa também ser saudável!
A diretora do SustentArqui, a arquiteta Juliana Rangel, foi convidada pelo programa Como Será? da TV Globo, para dar essa e outras dicas na casa do Gelásio, que fica no meio de uma floresta do Rio de Janeiro.