Biomimética aplicada na arquitetura do Votu Hotel na Bahia

O Votu Hotel ( “votu”, em tupi-guarani, significa “vento”) adota os conceitos da biomimética para desenvolver soluções sustentáveis inspiradas na sabedoria da natureza. O projeto foi desenvolvido pelo escritório GCP Arquitetura e Urbanismo para uma linda área localizada na Praia dos Algodões – Península de Maraú, Bahia.

Uma região muito rica em biodiversidade devido aos sistemas ambientais que possui: mar, bancada de coral, mata atlântica, lagoas naturais e manguezal. Além de toda esta beleza, esta localização oferece também alguns desafios devido às altas temperaturas, bom índice pluviométrico e salinidade.

Considerando a qualidade deste lugar, seus desafios e fragilidade os arquitetos buscaram soluções de conforto térmico e eficiência energética aplicando a Biomimética.

A Biomimética é uma ciência que traduz a tecnologia que os seres vivos possuem para lidar com desafios ambientais e organizacionais. Para levar esse conceito a fundo nesse projeto, a equipe contou com a experiência da bióloga Alessandra Araujo, especialista na área, certificada pela Biomimicry 3.8.

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biomimética arquitetura votu hotel Bahia

Um lugar tão precioso exige que as construções da região cuidem dele, assim como se preocupam com seus visitantes.

O projeto do Votu Hote abraçou esse desafio com uma abordagem inovadora de design que está de acordo com a natureza, utilizando as soluções comprovadas, favorecidas por centenas de milhões de anos evolução.

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A Península de Maraú possui 25 quilômetros de areia branca e cristalina, ladeada pelo Oceano Atlântico de um lado e do outro a tranquila Baía de Camamu.
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Estratégias de biomimética utilizados no projeto Votu Hotel:

As soluções com biomimética nortearam o partido arquitetônico para as suítes, fechamentos de todos os prédios e coberturas eficientes.

O organismo que inspirou a ventilação natural e constante, garantindo conforto térmico mesmo quando o espaço esteja fechado, foi o Cão de Pradaria, que faz suas tocas enterradas no solo com entradas e saídas de ar.

Esses roedores vivem em grandes colônias onde as temperaturas no verão são muito altas e baixas no inverno. Eles dependem de longas tocas subterrâneas para isolá-los de tais extremos.

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A equipe emprestou esse conceito para a Votu, usando paredes de concreto e um jardim no teto para proteger o calor. As tocas também alavancam um processo natural chamado princípio de Bernoulli, no qual o fluxo de ar é retardado pelos montes de terra dos cães da pradaria, aumentando a pressão e forçando o ar a fluir rapidamente pelos túneis.

O projeto do Votu Hotel imitou essa estratégia inteligente, otimizando a posição de cada bangalô usando simulação por computador e colocando uma proteção semi-permeável na frente dos ventos dominantes, diminuindo a velocidade e direcionando o ar para os dutos de ventilação.

O fechamento destas construções foram inspirados na capacidade de auto-sombreamento de alguns cactos, que contam com longos espinhos e dobras para mitigar os extremos de calor e exposição solar. As dobras profundas oferecem sombra parcial, resfriando o ar no lado sombreado e criando um gradiente que facilita a circulação e minimiza a absorção de calor. O projeto imita essa estratégia com brises verticais, de madeira e auto-sombreamento.

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No prédio principal a cobertura da cozinha também é um telhado verde, porém atua como um grande trocador de calor inspirado nos bicos dos tucanos. O bico grande e vascularizado do tucano é um radiador térmico extremamente eficiente, oferecendo a maior troca térmica conhecida entre os animais.

O calor da cozinha é dissipado da mesma maneira: à medida que sobe, é atraído por uma serpentina de cobre que passa pelo solo do telhado. O ar esfria à sombra de um jardim no terraço e, eventualmente, retorna à cozinha – um ar-condicionado natural que não requer energia adicional.

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As construções repousam sobre palafitas, como fazem os manguezais e as restingas, preservando a topografia natural e permitindo o fluxo da água da chuva e das marés.

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Em frente ao hotel, um bosque de bambu intercepta qualquer escoamento dos bangalôs ou das marés da praia, agindo como um filtro vivo contra salinidade, bactérias ou poluentes.

Na parte de trás dos bangalôs, a água cinza é tratada por um círculo de bananeiras, enquanto que a água negra passa por um biodigestor e um biofiltro, terminando em uma pilha de adubo que fertiliza um pomar frutífero para os hóspedes desfrutarem.

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A equipe procurou preservar as espécies nativas da região, minimizar o consumo de ar condicionado e eletricidade, além do bom gerenciamento da água, ventilação e o conforto térmico.

Essas exigências foram desafiadoras pela vulnerabilidade dessas praias às fortes chuvas, enchentes, erosão costeira, altas temperaturas, sal marinho e alta umidade.

O projeto do Votu hotel possui 8 suítes com construção individual, um prédio de apoio náutico com espaço de SPA e vestiários, piscina, restaurante e área de convivência e estar.

Imagens cortesia bio-inspirations.com

Vila ecológica inspirada nos objetivos globais da ONU

Dois escritórios de arquitetura se uniram para criar uma vila ecológica inspirada nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS), no sul de Copenhague, na Dinamarca, . Com 35 mil metros quadrados e 400 residências, o empreendimento deve começar a sair do papel ao final do ano. A UN17 Village será o lar de 830 pessoas, incluindo idosos e crianças. O relato é da ONU Meio Ambiente.

Concebida pelas empresas Lendager Group e Årstiderne Arkitekter, a vila sustentável prevê a construção de cinco quarteirões de moradias, que serão erguidos com concreto, madeira e vidro reciclados.

 

O objetivo dos dinamarqueses é estabelecer novos parâmetros de sustentabilidade na construção civil. A expectativa é de que o condomínio seja concluído em 2023, embora o início das obras em 2019 possa ser adiado para o início do ano que vem, devido a condições climáticas.

Parece oportuno que essa vila ecológica esteja sendo levada adiante em Copenhague. Em 2014, a cidade recebeu o título de Capital Europeia Verde. O município almeja neutralizar suas emissões líquidas de carbono até 2025.

Um conjunto de prédios da UN17 Village foi projetado para produzir mais energia do que o necessário, a fim de distribuir a corrente elétrica e aquecimento para outros edifícios. O complexo como um todo, incluindo os apartamentos individuais, está sendo pensado para ter resiliência às mudanças climáticas, com áreas verdes que vão compensar a perda de vegetação e de biodiversidade associada ao crescimento urbano.

Vila ecológica na Dinamarca será inspirada nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Estruturas de coleta da chuva permitirão reaproveitar 1,5 milhão de litros de água por ano. A água será tratada e poderá ser usada no banho e em lavabos. O aquecimento da água será feito por meio de energia geotérmica e painéis solares. Cada prédio terá um jardim no telhado.

“Os prédios são projetados para limitar o consumo de energia e produzir e reciclar energia”, explica Anders Lendager, CEO do Lendager Group. “Focar no acesso universal à energia, numa maior eficiência e no uso de (fontes) renováveis é crucial para criar resiliência a problemas ambientais como as mudanças climáticas.”

A vila sustentável terá 3 mil metros quadrados de áreas comuns para os residentes e outras pessoas, além de um centro de conferências e um restaurante orgânico.

Estufas, hortas e instalações para o compartilhamento de alimentos vão produzir comida suficiente para o fornecimento de 30 mil refeições por ano.

“As safras serão servidas no restaurante local, que também ajudará a distribuir as sobras de graça. Também queremos integrar um sistema para lidar com resíduos alimentares, oferecendo uma área determinada onde as pessoas possam compartilhar e recolher excedentes de comida de graça. A produção de vegetais reduz custos de transporte e emissões, mas também desempenha um papel importante na consolidação de comunidades e na educação”, explica Lendager.

“Sessenta porcento das moradias necessárias até 2030 globalmente ainda não foram construídas. A UN17 Village mostra como podemos apoiar as populações em crescimento sem comprometer a sustentabilidade”, acrescenta o arquiteto.

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Como parte de seu compromisso em enfrentar a pobreza, os escritórios responsáveis pelo empreendimento vão oferecer cem vagas de trabalho para profissionais sem capacitação.

Os arquitetos vão chamar as empreiteiras e construtoras a incluir esses indivíduos em suas equipes.

Vila ecológica na Dinamarca será inspirada nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU

As empresas Lendager Group e Årstiderne Arkitekter foram as vencedoras de uma competição que elegeu o melhor projeto para a ecovila inspirada nos ODS.

“Em termos de escala, o bairro é particularmente adequado para ser um laboratório de inovação e para entregar uma prova de conceito”, afirma a chefe da Unidade de Cidades da ONU Meio Ambiente, Martina Otto.

A especialista aponta que a agência das Nações Unidas trabalha para ampliar o alcance de inciativas exemplares, como a UN17 Village.

“Na ONU Meio Ambiente, apoiamos políticas e soluções técnicas que incentivem uma maior integração entre setores que são normalmente planejados, projetados e operados isoladamente”, completa Martina.

Cidades pela regeneração dos ecossistemas

Anders Lendager acredita que as cidades têm um papel central na regeneração de recursos hídricos e energéticos, da biodiversidade e da humanidade.

“A mudança real no setor de construção civil ainda está por vir, mas a hora da virada está próxima”, afirma o arquiteto. “Precisamos usar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a economia circular, o upcycling, etc. como ferramentas para criar edifícios e cidades regeneradoras, que devolvam e restaurem o que destruímos ao longo das décadas passadas.”

A mais recente análise da ONU Meio Ambiente Emissions Gap Report mostra que as emissões de gás carbônico aumentaram no mundo em 2017, após um hiato de três anos. Apenas 57 países estão no caminho certo para superar as suas lacunas de emissões — isto é, a diferença entre os seus atuais níveis de emissões e os níveis que eles precisam alcançar para conter as mudanças climáticas.

 

As cidades e os assentamentos urbanos têm de estar no centro dos esforços para cortar emissões. Até 2050, dois terços da população mundial deverá viver nas cidades. As áreas urbanas já respondem por 70% das emissões de gases do efeito estufa.

A vila sustentável -UN17 Village- é o tipo de solução que a ONU Meio Ambiente espera ver e estimular na próxima Assembleia Ambiental da ONU, a UNEA, que acontece em março em Nairóbi, no Quênia. Em 2019, o encontro tem o lema “pensar além dos padrões predominantes de consumo e produção e viver dentro dos limites sustentáveis”.

Fonte: ONU BR

Imagens: Lendager Group

Geração distribuída vai impulsionar o mercado da energia solar no Brasil em 2019

O Brasil deverá ter um salto de 44 por cento na capacidade instalada de energia solar em 2019, o que levaria o país à marca de 3,3 gigawatts (GW) da fonte em operação, projetou em entrevista à Reuters o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia. A geração distribuída (GD) vai acrescentar 628,5 megawatts (MW) em capacidade solar ao país, um crescimento de 125 por cento, enquanto grandes usinas fotovoltaicas devem somar 383 MW até o final do ano, um avanço de 21 por cento.

O ano também deve marcar uma virada para o mercado solar brasileiro, segundo a entidade, com a expansão puxada pela primeira vez pela chamada geração distribuída —em que placas solares em telhados ou terrenos geram energia para atender à demanda de casas ou de estabelecimentos comerciais e indústrias.

 

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“É uma marca importante para a geração distribuída. Aquela visão do passado de que a GD é cara não se sustenta mais, ela se tornou uma opção acessível, e existem diversas linhas de financiamento. A GD está ganhando participação no mercado brasileiro”, disse o presidente da Absolar.



Entre 2017 e 2018, a geração distribuída já havia mostrado ritmo mais forte, com expansão de 172 por cento, contra 86 por cento nas grandes usinas, mas os projetos de GD, menores, adicionaram naquele período 317 MW, contra 828 MW dos empreendimentos de grande porte, viabilizados após leilões de energia do governo.

Com a disparada das tarifas de energia no Brasil desde 2015 e a redução nos custos de equipamentos fotovoltaicos, os investimentos em GD podem ser recuperados em um período de três a sete anos, de acordo com Sauaia.

A nova dinâmica é resultado também da recente crise financeira atravessada pelo Brasil, que reduziu a demanda por eletricidade e levou ao cancelamento de um leilão de contratação de usinas renováveis em 2016.

Depois, em 2017 e 2018, as contratações de grandes usinas solares foram retomadas, mas os projetos viabilizados nos últimos leilões têm obrigação contratual de iniciar operação em 2021 e 2022, enquanto a geração distribuída tem continuado a crescer em ritmo acelerado.

“Com isso, esse ano de 2019, e até 2020, serão anos de enorme desafio para a geração centralizada… A Absolar recomenda que o novo governo estruture um planejamento previsível, com continuidade de contratação, para que o setor consiga se planejar”, disse Sauaia, acrescentando que o cancelamento de leilões em 2016 gerou enorme frustração em investidores.

A Absolar estima que a expansão da fonte neste ano deverá gerar investimentos totais de 5,2 bilhões de reais, com cerca de 3 bilhões de reais para a geração distribuída.

Apesar da forte expansão, a energia solar ainda tem presença incipiente na matriz elétrica do Brasil, dominada por grandes hidrelétricas. A fonte responde atualmente por cerca de 1 por cento da capacidade instalada no país, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).



 

INVESTIDORES

O mercado solar brasileiro é liderado atualmente pela italiana Enel, que possui 703 MW em capacidade em usinas solares em operação no país, seguida pela francesa Engie, com 218 MW e pela Atlas Renewable Energy, da empresa de investimentos britânica Actis, com 174 MW, segundo dados da consultoria ePowerBay.

O ranking poderá ainda em breve ser liderado pela chinesa CGN Energy International, que está em processo de aquisição de 450 MW em usinas solares da Enel, em negócio anunciado na quarta-feira.

A transação, quando concretizada, deve deixar a Enel na vice-liderança.

Também se destacam no setor solar do Brasil a Omega Geração e a francesa EDF (com 160,5 MW cada), a norte-americana AES, com a controlada AES Tietê (150 MW), a norueguesa Scatec (132 megawatts) e a espanhola GPG, da Naturgy (ex-Gas Natural Fenosa, com 120 MW), segundo o ranking da ePowerBay.

 

Fonte: Reuters Por Luciano Costa

Prefeitura de Tietê pinta ruas de azul para diminuir o calor na cidade

A prefeitura de Tietê (SP) está pintando as ruas de azul. A medida foi tomada para diminuir a temperatura ambiente, já que o asfalto escuro absorve muita luz e calor.

O secretário de Meio Ambiente, George Nicolosi, explicou para a reportagem da TV TEM que estudos apontam que a cor azul reflete mais a luz, o que favorece a redução da temperatura do piso.

Segundo ele, com a diminuição do calor, os moradores podem reduzir o uso de ventiladores e ar-condicionado. “Você tem um ambiente com temperatura mais amena e vai demandar menos capacidade de resfriamento de um ar-condicionado, por exemplo, e vai consumir menos energia. Embora o branco absorva mais, ele tem uma particularidade de gerar muita luminosidade e causa transtorno visual. Azul favorece conforto visual e térmico”, afirma Nicolosi.

O secretário acredita que a economia nas contas de energia possa chegar a 10%.

A pintura das ruas de azul começou nas ruas do comércio em frente à Secretaria de Meio Ambiente. O objetivo, de acordo com a prefeitura, é que o azul tome conta de outras vias.

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O secretário percorreu a rua com a equipe de reportagem com um termômetro. No asfalto sem pintura a temperatura chegou a 54°C. Já na área com tinta azul o termômetro marcou 47°C.

tiete pinta ruas de azul

“O Legislativo e o Executivo já tomaram conhecimento do material e confirmaram dar continuidade nisso. É uma prática que melhora o conforto da comunidade. A lata utilizada para fazer a pintura é de 18 litros e custou R$ 130”, afirma o secretário.

De acordo com o engenheiro agrônomo e professor de meteorologia da UFSCar, Daniel Nassif, quanto mais próximo ao branco o ambiente fica menos aquecido.

tiete pinta ruas de azul
Cor azul no asfalto promete diminuir gasto com energia elétrica, diz secretário do Meio Ambiente de Piraju

“Quanto mais próximo do branco, menos aquecido o ambiente fica. Então, você tem essa relação de ganho de conforto técnico. É uma ideia interessante, usada em vários países da Europa, nos Estados Unidos, Japão”, diz.

“Aqui no Brasil a gente consegue enxergar construções novas com telhados mais claros e com cores mais claras para conforto térmico e custo de energia mais baixo para resfriamento do imóvel”, explica.

Fonte: G1 – Fotos: Reprodução/TV TEM

 

O que acham dessa medida? Dê sua opinião nos comentários. 😉

 

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Material feito de cascas de batata – uma opção sustentável ao MDF

Muitos dos materiais típicos utilizados na construção – como o MDF – contêm materiais tóxicos e formaldeído, além de terem uma vida útil extremamente curta e um impacto ambiental negativo. Mas agora há uma nova opção um material feito de cascas de batata!

Os designers londrinos Rowan Minkley e Robert Nicoll, assim como o pesquisador Greg Cooper, desenvolveram o Chip [s] Board, que é uma alternativa biodegradável ao MDF que é feito a partir de resíduos de batata industriais não alimentícios.

Material feito de cascas DE BATATA
material feito de CASCAS DE BATATA

Esta ideia inovadora para um novo material de construção é livre de resinas e produtos químicos tóxicos e é livre de formaldeído. Se nós usarmos da mesma maneira que usamos o MDF, ele não terá o mesmo impacto negativo no meio ambiente.

Minkley, Nicoll e Cooper queriam combinar a questão do desperdício de materiais com o problema do desperdício de alimentos, e o resultado é um substituto sustentável do MDF- um material feito de cascas de batata.

Eles coletaram as cascas dos fabricantes e colocaram em diferentes processos de refinamento para criar um agente de ligação. Este agente é então aplicado a fibras como cascas de batata, bambu, lúpulo de cerveja e madeira reciclada.

Material feito de cascas DE BATATA

Em seguida, a equipe forma o Chip [s] Board , composto em uma folha que pode ser processada em diferentes produtos, como móveis e materiais de construção. Uma vez que esses produtos atinjam o fim de sua vida útil, eles podem ser biodegradados em fertilizantes.

material feito de CASCAS DE BATATA

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Os detalhes sobre a fabricação do Chip [s] Board não foram divulgados, porque Minkley e a Nicoll pediram uma patente em seu processo de fabricação. No entanto, eles revelaram que o processo de prensagem imita as condições encontradas na fabricação de MDF, mas substituem as resinas baseadas em formaldeído por ligantes biodegradáveis ​​derivados de resíduos.

De acordo com a equipe de design, o desenvolvimento do Chip [s] Board envolveu muitas tentativas e erros, algumas técnicas de hackers e adivinhações, mas tudo isso permitiu que eles desenvolvessem quadros fortes e úteis. Eles também estão desenvolvendo outros materiais sustentáveis, que chamaram a atenção da indústria da moda.

Fonte: Inhabitat

Imagens:Chip[s] Board

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Arquitetura sustentável será fonte de milhões de empregos

O ‘Boom’ da arquitetura sustentável deve gerar mais de 6,5 milhões de postos de trabalho até 2030, diz OIT.

Uma sequência de colinas, cobertas por flores nativas, suculentas e canteiros de morangos silvestres, se erguem ao redor de Scott Moran. Borboletas voam de flor em flor, enquanto ele observa um casal de falcões de cauda vermelha ensinando os filhotes a caçar no topo das montanhas.

Moran não está contemplando uma paisagem bucólica no campo. Na verdade, ele está em seu horário de almoço, no topo do prédio em que trabalha, no centro de São Francisco, nos Estados Unidos. O burburinho da agitação da vida urbana o cerca por todos os lados.

Ele trabalha na Academia de Ciências da Califórnia. O edifício conta com uma cobertura de 10 mil metros quadrados de “telhado vivo“, onde vivem cerca de 1,7 milhão de plantas, pássaros e insetos. O espaço foi meticulosamente projetado para estar entre um dos mais sustentáveis do mundo.

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Scott Moran trabalha na Academia de Ciências da Califórnia, que conta com um ‘telhado vivo’ Foto: GETTY IMAGES

Painéis solares que circundam o “telhado vivo” fornecem 5% da energia do prédio, enquanto a água que escoa pelos canos dos banheiros também gera energia. Claraboias abrem e fecham automaticamente para ajudar a regular a temperatura no interior do edifício, enquanto a luz natural é usada para iluminar o máximo possível o ambiente.

Nos 15 anos em que trabalha na Academia, Moran ajudou a projetar, a construir e agora – como diretor sênior de exposições e arquitetura – a manter os sistemas sustentáveis do edifício. É o tipo de função que ele acredita que se tornará ainda mais importante no futuro.

“Está ficando cada vez mais claro que os edifícios precisam ser projetados e usados de forma a economizar o máximo de energia e água possível”, diz Moran.

“Isso requer uma tecnologia sofisticada e haverá muita demanda por profissionais com as habilidades necessárias para que isso aconteça.”

A construção de novos prédios sustentáveis, como esse em que Moran trabalha, deve gerar mais de 6,5 milhões de postos de trabalho até 2030, segundo previsões da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Depois da área de energia, este será o segundo setor que mais vai crescer no âmbito de empregos verdes nas próximas décadas.


Construção verde

Esse “boom” é resultado de uma necessidade cada vez maior de edifícios que consigam lidar com múltiplos desafios: cumprir as metas do acordo climático de Paris, custos crescentes de energia, escassez de água e aumento do risco de condições meteorológicas extremas. Tudo isso está levando a um movimento conhecido como construção verde.

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Foto: GETTY IMAGES

Arquitetos, engenheiros e construtoras tentam criar edifícios que consumam o mínimo de eletricidade possível, gerem sua própria energia, reciclem água e sejam capazes de se aquecer ou resfriar sem necessidade de ar-condicionado ou aquecedor central.

As novas tecnologias estão ajudando a transformar residências e empresas em estruturas inteligentes e sustentáveis.

Novas competências profissionais

Em 2000, apenas 41 projetos de construção foram oficialmente classificados como edifícios verdes nos EUA. No ano passado, esse número saltou para mais de 65 mil. Em outros lugares do mundo, inclusive no Brasil, houve aumentos semelhantes – e essa é uma tendência que deve continuar.

GRAFICO LEED BRASIL arquitetura sustentável
Gráfico do crescimento de edificações LEED no Brasil – Fonte GBC Brasil – Novembro de 2018

“Governos de todo o mundo se comprometeram a limitar o aquecimento global a 2 °C como parte do Acordo de Paris”, lembra Terri Wills, presidente-executiva do World Green Building Council.

“Atualmente, os edifícios geram cerca de 38% das emissões globais de gases de efeito estufa relacionados a energia. Isso significa que não atingiremos a meta de 2 °C, a menos que todos os prédios se tornem mais sustentáveis em termos de construção e funcionamento”, diz Wills.

O próprio prédio em que ela trabalha, no centro de Londres, contém exemplos de recursos que podem se tornar padrão nos imóveis no futuro.


Grande parte do material utilizado na construção é reciclado ou proveniente de fontes naturais, como madeira, na tentativa de reduzir as emissões de carbono geradas no processo de construção.

A iluminação especializada se adapta à quantidade de luz natural que entra pelas janelas, enquanto a energia solar aquece a água usada nos banheiros do escritório.

arquitetura verde milhões de empregos
O Bosco Verticale é um modelo de edifício residencial sustentável em Milão, na Itália

“Todos vão precisar de novos tipos de expertise”, diz Wills. “Haverá necessidade de engenheiros que saibam lidar com sistemas de energia renovável, arquitetos capazes de elaborar projetos bonitos com emissões zero ou que utilizem materiais reciclados.”

“Precisamos de planejadores urbanos que consigam conectar os transportes públicos de maneira eficiente e especialistas em finanças que saibam gerenciar construções verdes”, completa.

Algumas profissões provavelmente serão mais demandadas do que outras. O Escritório de Estatísticas de Trabalho dos EUA prevê um crescimento de 105% nos empregos para instaladores de painéis solares até 2026, com a criação de mais de 11,8 mil postos de trabalhos no país.

Mais empregos no setor da Arquitetura Sustentável

Seguindo a tendência, o governo chinês estabeleceu metas agressivas como parte de seu plano quinquenal, exigindo que 50% de todos os prédios urbanos novos tenham certificação verde.

construção sustentável milhões de empregos
Foto: GETTY IMAGES

“Haverá também a necessidade de tornar os edifícios existentes mais resistentes ao clima”, diz Nicolas Maitre, economista da OIT, que vem pesquisando o impacto da construção verde na economia.

“No Reino Unido, serão criados cerca de 20 postos de trabalho para cada US$ 1 milhão investido na infraestrutura existente, enquanto na China serão cerca de 200 e no Brasil, 160. Estes também serão empregos qualificados.”

“Haverá ainda a criação de muitas vagas ligadas à construção no setor hídrico, à medida que os países tentam se adaptar às mudanças climáticas. Na Argentina, por exemplo, seu plano nacional de 15 anos para a água vai resultar em 200 mil postos de trabalho”, completa.

A crescente demanda por especialistas no setor da arquitetura sustentável significa que muitas empresas já estão com dificuldade para recrutar profissionais suficientes.

“Na parte de engenharia, estamos com dificuldade para contratar todo o pessoal de que precisamos”, conta Alisdair McGregor, diretor e engenheiro mecânico da Arup, que liderou a construção do prédio da Academia de Ciências da Califórnia.


“Em meados da década de 1990, a arquitetura sustentável era quase uma sociedade secreta de cerca de 100 pessoas que participavam de conferências, mas a partir de 2000 ela explodiu. Estamos vendo muitos clientes importantes – tanto governamentais, quanto corporativos – que estão querendo fazer isso.”

“Existe agora uma grande demanda por engenheiros criativos para trabalhar nesses projetos. As empresas de arquitetura com as quais trabalhamos estão vivendo o mesmo cenário”, acrescenta.

Alice Moncaster, especialista em construção sustentável na Universidade Aberta do Reino Unido, espera que a demanda por novas habilidades na indústria de construção também encoraje mais mulheres a assumirem funções nessa área.

energia solar
Demanda por instaladores de painéis solares é uma das que têm viés de alta

“Há uma falta de diversidade chocante dentro do setor”, diz ela. “Minha esperança é que as novas habilidades [requisitadas] incentivem mais mulheres e permitam que elas cresçam em todas as profissões da área de construção sustentável.”

Empregos completamente novos provavelmente vão surgir diante da crescente demanda por edifícios verdes. A OIT prevê a criação de cargos como ecodesigner – para projetar produtos mais eficientes -, e especialistas em eficiência energética se tornarão cada vez mais importantes em países como a China e a Índia, onde o setor de construção civil está em expansão.

“Vamos ter necessidade de profissionais para atuar como consultores de emissões, por exemplo, que possam avaliar o impacto do carbono em uma construção e ajudar a reduzi-lo”, diz Wills.

“Haverá uma demanda enorme por habilidades que até agora eram amplamente especializadas.”

Para enfatizar esse aspecto, Wills mostra outro atributo literalmente verde de seu escritório – uma parede coberta de plantas que ajudam a limpar o ar.

As “paredes vivas” estão cada vez mais presentes em edifícios ao redor do mundo – o One Central Park, em Sydney, na Austrália, tem o jardim vertical mais alto do mundo, enquanto a nova sede do Google em Londres vai contar com uma ampla área verde na cobertura.

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“Temos uma equipe especializada que vem cuidar da nossa ‘parede viva'”, explica Wills.

Moran também acredita os prédios sustentáveis vão exigir habilidades que não tiveram muito destaque no setor da construção civil no passado.

“É preciso um conjunto de habilidades diferentes para cuidar de um telhado vivo, em comparação com o paisagismo padrão”, diz ele.

“Você precisa entender o ambiente, como a direção do sol e do vento podem afetar (o jardim). Mas também estamos vendo a tecnologia sendo integrada a tudo.”

“Nosso edifício todo é controlado por um sistema central de computadores, então, agora a gente pode andar com um iPad na mão e fazer todos os ajustes em tempo real”, explica.

“Isso é algo que vai se tornar apenas mais um atributo dos edifícios no futuro.”

Fonte: BBC Brasil

Versão original desta reportagem (em inglês) autor Richard Gray -BBC Capital

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Carla Juaçaba vence prêmio internacional de Arquitetura

Carla Juaçaba, arquiteta e urbanista brasileira,  foi a vencedora do AR Emerging Architecture Awards 2018, prêmio que reconhece os jovens profissionais da arquitetura.

Seu escritório, Carla Juaçaba Studio receberá 10 mil libras em reconhecimento a projetos exemplares, como a capela do Pavilhão da Santa Sé na Bienal de Veneza de 2018 e a Casa Santa Teresa, no Rio de Janeiro.

Carla Jaçuaba Arquiteta casa
Carla Jaçuaba Arquiteta
Casa de Santa Teresa, Rio de Janeiro. Projeto indicado ao Prêmio Mies Crown Hall Americas (Foto: Divulgação)

O Carla Juaçaba Studio foi selecionado a partir de uma lista de 14 escritórios finalistas. Carla, carioca de 42 anos, formou-se na Universidade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro, onde mantém seu escritório.

Um de seus projetos de maior destaque foi o Pavilhão da Humanidade, que abrigou a Rio+20 em 2012, projetado em parceria com a artista Bia Lessa.

A proposta do Pavilhão foi a sustentabilidade, fator que é uma preocupação nos demais trabalhos da arquiteta. “Um dos princípios de sustentabilidade em Arquitetura é construir com o acessível”, explica.

Carla Jaçuaba Arquiteta Pavilhão da Humanidade da Rio+20
Pavilhão da Humanidade da Rio+20 (Foto: Leonardo Finotti/ Carla Jaçuaba Arquiteta)

O Ar Emerging Architecture Awards é concedido desde 1999 pela Architectural Review, uma revista inglesa internacional e mensal que é referência em arquitetura e design. O objetivo da premiação é destacar novos talentos da arquitetura e promover seus trabalhos para uma audiência global.

Nesta edição, houve a entrega do Prêmio Peter Davey, em homenagem ao editor mais antigo da Architectural Review e fundador da premiação, que faleceu neste ano. O prêmio foi concedido ao Aulets Arquitectes de Mallorca, da Espanha.

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Dentre os jurados da 20ª edição da premiação, que foi realizada em Amsterdã do dia 28 ao dia 30 de dezembro, estava a arquiteta espanhola Ángela García de Paredes Pedrosa e os arquitetos Gurjit Singh Matharoo e Ronald Rietveld, vencedores de edições prévias da premiação.

Ao conceder a homenagem ao Carla Juaçaba Studio, o júri elogiou a “consistência e continuidade da arquiteta… de um simples pavilhão a uma residência familiar, a tenacidade e determinação para alcançar sua visão e trabalhar de perto no terreno. ”

Carla Juaçaba Capela do Vaticano na Bienal de Veneza 2018
Capela do Vaticano na Bienal de Veneza 2018. Projeto de Carla Juaçaba.

Além do Ar Emerging Architecture, Carla Juaçaba já foi vencedora do prêmio arcVision – Women and Architecture, em 2013 e foi indicada ao Prêmio Mies Crown Hall Americas de 2018, organizado pela Faculdade de Arquitetura do Instituto de Tecnologia de Illinois.

Também entrou na lista dos participantes da exposição principal da Bienal de Arquitetura de Veneza de 2018, ao lado de Paulo Mendes da Rocha e do GrupoSP, e foi a primeira vencedora do prêmio arcVision – Women and Architecture, em 2013.

Confira a lista completa de finalistas do AR Emerging Architecture 2018:

Carla Juaçaba Studio, Rio de Janeiro, Brasil (vencedora)

Yu Momoeda Architecture Office, Fukuoka, Japão (menção honrosa)

Johansen Skovsted Arkitekter, Copenhagen, Dinamarca (menção honrosa)

Aulets Arquitectes, Palma de Mallorca, Espanha (Prêmio Peter Davey)

Abari, Kathmandu, Nepal

Alejandro Guerrero | Andrea Soto, Zapopan, México

Ampuero Yutronic, Londres, Reino Unido

DOMAT, Hong Kong

OJT, New Orleans, Estados Unidos

Rosmaninho + Azevedo, Porto, Portugal

Studio FH Architects, Kampala, Uganda

Studio Weave, Londres, Reino Unido

T O B Architect, Dublin, Irlanda Titan, Nantes, França

Fonte: CAU BR

Lançamento do Livro Raízes Amazônicas – Arte e Design

Toda a Amazônia e sua história são a base dos trabalhos vistos no livro Raízes Amazônicas – Arte e Design, e que poderão ser adquiridos e conferidos nos dias 06 e 07 de dezembro no CRAB – RJ .

O livro nasceu de uma jornada idealizada pelo Sebrae em parceria com o Ará Studio para aproximar o artesanato produzido em Rondônia do resto do Brasil e do mundo.
As obras compiladas no livro Raízes Amazônicas – Arte e Design compõem um documento que reflete a riqueza e pluralidade da produção artesanal no Estado.

 

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Para melhor entendê-las, foi traçado as suas origens na cultura de produção indígena, que influencia fortemente o consciente coletivo dos artistas locais, também como outras fontes de inspiração.

No livro Raízes Amazônicas – Arte e Design você poderá acompanhar a exploração do rico universo destes artistas, detalhando os processos criativos e as técnicas e habilidades, passadas de gerações, e que tornam o artesão rondoniense único.

Os artistas tiram da terra o barro que produzem suas cerâmicas, a madeira que esculpem seus trabalhos. A Ará empresa de design amazônico fez a curadoria e esta gerenciando a comercialização das peças.

“Queremos mostrar nossa brasilidade, nossa raiz, nosso povo. Os produtos contam a história da terra, retratam a origem e a idade da madeira, mostram o quanto nosso norte é grande e abundante.”

 

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O Artesanato em Rondônia

A diversidade da fauna e flora Amazônica espelha-se no artesanato em Rondônia através da abundância de suas formas, cores e texturas.

Artistas equilibram técnica e intuição para criar peças de design único, que carregam toda a riqueza e a tradição em seu métier nesta cena artística em que a natureza está em constante conversação com as obras.

Desde os materiais brutos que são transformados por estas mãos experientes, até o valor simbólico da sustentabilidade que há por trás de cada trabalho.

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Serviço: Lançamento do Livro Raízes Amazônicas – Arte e Design
Data: 6 e 7 de dezembro de 2018
Local: CRAB – RJ (Praça Tiradente – Centro – Rio de Janeiro- RJ)
Informações: http://www.crab.sebrae.com.br/

Moradias Infantis: projeto brasileiro ganha o Prêmio Internacional RIBA

Projeto Moradias Infantis, em Formoso do Araguaia (TO), do  escritório brasileiro Aleph Zero, dos arquitetos e urbanistas curitibanos Gustavo Utrabo e Pedro Duschenes, venceu o Prêmio Internacional RIBA (Royal Institute of British Architects) 2018, elaborado em parceria com o designer Marcelo Rosenbaum e sua sócia, arquiteta e urbanista Adriana Benguela, que assina o trabalho como responsável técnica . O anúncio ocorreu no dia 20 de novembro.

O complexo foi escolhido por um grande júri presidido pela renomada arquiteta Elizabeth Diller (DS + R).

O Prêmio Internacional RIBA é concedido a cada dois anos para um edifício que exemplifique a excelência do projeto e a ambição arquitetônica, além de proporcionar um impacto social significativo.



É um dos prêmios de arquitetura mais rigorosamente julgados do mundo, com todos os edifícios de longa lista visitados por um grupo de especialistas internacionais.

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Em maio, Utrabo e Duschenes já tinham ganho o Prêmio Internacional RIBA de Arquitetos Emergentes. Naquela ocasião, foi concedido também o Prêmio RIBA de Excelência Internacional, que selecionou os 20 melhores novos prédios do mundo, que depois gerou uma lista de quatro finalistas, entre eles o agora vencedor do prêmio máximo.

Em 12 anos de existência do prêmio internacional, é a primeira vez que brasileiros são laureados. Paulo Mendes da Rocha recebeu em 2017 a RIBA Gold Medal , mas fora do prêmio.

Na opinião do presidente do RIBA, Ben Derbyshire, o projeto Moradias Infantis oferece um ambiente excepcional projetado para melhorar a vida e o bem-estar das crianças da escola. Ele ilustra o valor imensurável do bom projeto educacional”.


Foto Cristobal Palma / Estudio – Divulgação RIBA

O prédio oferece alojamento para 540 crianças entre os 13 e os 18 anos que frequentam a Escola de Canuanã. Os alunos vêm de áreas remotas do país, alguns viajando muitas horas de barco.

Financiado pela Fundação Bradesco, o Moradias Infantis é uma das quarenta escolas administradas pela fundação que oferece educação para crianças em comunidades rurais em todo o Brasil.

Para os autores do projeto Moradias Infantis , o trabalho mostra como a arquitetura pode ser uma ferramenta de transformação social.

Eles trabalharam de perto com as crianças para identificar suas necessidades e desejos para a escola.

Eles queriam criar um ambiente que pudesse ser uma casa longe de casa, onde as crianças pudessem desenvolver um forte senso de individualidade e pertencimento.

Moradias Infantis prêmio RIBA
Foto Cristobal Palma / Estudio – Divulgação RIBA

“O bom é que acaba dando voz não só para Arquitetura Brasileira, mas também para o trabalho muito consciente da Fundação Bradesco, que preza pela educação. O projeto conseguiu corresponder às demandas da Fundação e das crianças de uma maneira muito inteligente, e que acabou surpreendendo muitas pessoas”, lembrando que foram usados vários elementos que fizeram a diferença, como usar madeira no Cerrado, ter grandes sombras para as crianças brincarem e a generosidade dos espaços comuns.

“É o maior prêmio que a gente já recebeu, demora um pouco para acreditar”. afirma Gustavo

Cobrindo uma área de quase 25.000 m2, o Moradias Infantis é organizado em dois blocos idênticos: um para meninas e outro para meninos. As residências estão centradas em torno de três pátios amplos, abertos e bem sombreados ao nível do solo, onde a acomodação do dormitório está localizada.

No primeiro andar, há espaços comuns flexíveis que vão desde espaços de leitura e salas de televisão até varandas e redes, onde as crianças podem relaxar e brincar.

projeto premiado Moradias Infantis
Foto Cristobal Palma / Estudio – Divulgação RIBA
Moradias Infantis prêmio RIBA
Foto Cristobal Palma / Estudio – Divulgação RIBA

Para Rosenbaum e Benguela, “o espaço facilita a interação entre o público e o privado, e a socialização entre o coletivo, a natureza e o indivíduo, reconectando crianças e jovens às suas origens e ao ecossistema circundante”

O ecossistema em torno do complexo – particularmente o clima tropical, onde as temperaturas chegam a meados dos anos 40 no verão – foi um dos principais desafios inteligentemente abordados pelos arquitetos.

O grande telhado, cuja estrutura é composta de vigas e colunas de madeira laminada cruzada, fornece sombreamento.

O projeto de dossel suspenso criou um espaço intermediário, entre o interior e o exterior, dando o efeito de uma grande varanda com vista para a paisagem circundante e criando um ambiente confortável sem necessidade de ar condicionado.

projeto em tocantis vencedor do prêmio RIBA
Foto Cristobal Palma / Estudio – Divulgação RIBA

Combinando uma estética contemporânea com técnicas tradicionais, o Moradias Infantis tem sido descrito pelos juízes como “reinventando o vernáculo brasileiro”.

O edifício é construído com recursos locais e baseado em técnicas locais. Blocos de terra feitos à mão no local foram usados para construir as paredes e treliças, escolhidos por suas propriedades térmicas, técnicas e estéticas.

Além de ser rentável e ambientalmente sustentável, esta abordagem cria um edifício com fortes ligações ao meio envolvente e à comunidade que serve.

arquitetos premiados RIBA
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Os escritórios Aleph Zero e Rosembaun seguem parceiros em um novo projeto para a Fundação Bradesco, desta vez no Pantanal. Eles prometem mais novidades.

“É muito importante colocar a Arquitetura Brasileira no panorama internacional. Somos de uma geração que está repleta de profissionais qualificados, e eu espero que esse prêmio ajude mais escritórios a conseguirem bons trabalhos”, afirma Gustavo. “O Brasil é muito grande, é de suma importância que os arquitetos aqui consigam exercer seu ofício de maneira independente e interessante”.

Os arquitetos Gustavo Ultrabo e Pedro Duschenes, do escritório Aleph Zero, que recebeu prêmio pelo projeto de moradia estudantil

Entre os prêmios que o projeto da Aleph Zero ganhou anteriormente estão o Prêmio APCA 2017, da Associação Paulista dos Críticos de Arte, na categoria Obra de Arquitetura no Brasil; o 5º Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura – Habitat Sustentável; o Prêmio ArchDaily Building Of The Year 2018, na categoria Melhor Edifício de Arquitetura Educacional do mundo e o Prêmio de Arquitetura Tomie Ohtake AzkoNobel.

Fonte: CAU BR / Riba



5 mitos da Arquitetura Sustentável – Aulas gratuitas

Quais são os principais mitos da Arquitetura Sustentável, e porque você deveria deixar de acreditar nessas crenças?

Confira as aulas gratuitas e online, apresentadas pelas arquitetas Juliana Rangel (sócia fundadora do SustentArqui), Danielle Garcia (sócia da Chromati Arquitetura) e Francine Vaz (consultora de sustentabilidade do CTE).

Se você curte arquitetura sustentável, mas acha que é mais caro e que o seu cliente não pode pagar? Se você tem aqueles clientes céticos que não acreditam no aquecimento global, ou acham que arquitetura sustentável é coisa de hippie? Ou você mesmo acha que sustentabilidade é uma moda que vai passar, e não vale a pena se especializar? Então esses vídeos são para você!

Vamos falar dos 5 mitos da Arquitetura Sustentável:

1- Arquitetura sustentável é mais cara?

Esse é um dos grandes mitos do setor . Muita gente deixa de fazer arquitetura sustentável por achar que é mais caro. E se eu te disser que pode ser até mais barato?!

 

2- Arquitetura sustentável só se preocupa com o meio ambiente?

Sim, a arquitetura sustentável busca minimizar os impactos ao meio ambiente, mas também tem outras preocupações igualmente importantes. Vamos conversar sobre isso?

 

3- Arquitetura sustentável é moda?

Você acha que sustentabilidade é uma moda passageira? Que não vale a pena entender a fundo do assunto porque essa “moda” ainda não pegou? A arquiteta Danielle Garcia, que já está no mercado da construção sustentável há mais de 10 anos vai contar a sua opinião.

 

4-  Arquitetura sustentável é coisa de hippie ou de high tech?

Muita gente acha que construir uma casa de pau a pique no meio do mato, ou colocar energia solar em uma edificação a torna sustentável. Será que isso é verdade? A arquiteta Francine faz vai nos falar um pouco mais sobre esse mito.

 

5- Arquitetura sustentável é complicado?

Se você sempre quis entender mais sobre o tema, mas acha que é tudo muito complicado, pois são muitas informações desconexas. Nós vamos mostrar que você também pode transformar a sua profissão em algo mais com mais proposito e eficiente.

Sobre as palestrantes:

Juliana Rangel:  Sócia Fundadora da SustentArqui. Arquiteta e Urbanista, formada pela UFRJ-1999. Especializou-se o em Arquitetura Sustentável pela Universitat Politècnica de Catalunya UPC-Barcelona, ES em 2008 e em bioarquitetura pelo Instituto de Tecnologia Intuitiva e Bio-Arquitetura – Tibá.

Danielle Garcia: Arquiteta e Urbanista formada pelo Centro Universitário Metodista Bennett, especialista em Edifícios Sustentáveis: Projeto e Performance pela Universidade Católica de Petrópolis. Conquistou a credencial LEED AP BD+C em 2011, mas atua no mercado de green buildings desde 2009.

Responsável direta por certificações de edificações de grande visibilidade como o Museu do Amanhã (vencedor do prêmio internacional MIPIM na categoria Edifício Verde Mais Inovador – LEED® Gold), a Biblioteca Parque Estadual (LEED® Gold), o Hotel Grand Hyatt Rio de Janeiro (LEED® Certified), entre outros. Atualmente é sócia diretora da Chromati.

Francine Vaz: Arquiteta e Urbanista, formada pela UFRJ. Master of Science em Architecture, Energy and Sustainability pela London Metropolitan University. Especialista em Gestão de Negócios Sustentáveis pela UFF. Formada em Gestão de Projetos pela FIA-SP – Fundação Instituto de Administração. LEED® AP BD+C e ID+C.

Atualmente é consultora de sustentabilidade da empresa CTE, com 7 anos de experiência em consultoria green building, 10 anos de experiência em coordenação de projeto com equipes multidisciplinares e tipologias diversas e participou da certificação LEED de mais de 80 projetos.

Baixe agora gratuitamente o nosso eBook – 15 princípios da Arquitetura Sustentável

Paraná é líder de edifícios autossuficientes no país

Paraná tem cinco edifícios autossuficientes em energia, ou seja, edificações que produzem toda a energia que consomem, sem depender da concessionária para abastecimento. Das sete construções com o selo no país, cinco delas estão no Estado, o que concede a liderança no ranking nacional de edificações autossuficientes em energia.

As 5 construções certificadas ou em processo final de certificação no Estado são: Sede da empresa de engenharia Petinelli (Curitiba),Geo Energética (Tamboara), De Paola (Curitiba), Plasmetal (Londrina) e RAC Engenharia (Curitiba). A sede do Sebrae Cuiabá, no Mato Grosso, e o empreendimento comercial Espaço Lar Verde Lar, em Governador Valadares (MG), completam a relação de construções com o selo Zero Energia no país.

edifícios autossuficientes - Edifícios de Zero Energia
Centro de Sustentabilidade Sebrae-MT Foto: Divulgação

 

 “O Paraná possui um ambiente empresarial muito competitivo e as empresas da região entendem o papel da tecnologia no sucesso dos seus negócios. Energia configura como a segunda principal despesa, depois apenas de recursos humanos, para a grande maioria das empresas. Estamos falando de uma questão estratégica e a auto geração passa a ser avaliada de forma seria como alternativa”, argumenta o diretor da Petinelli, Guido Petinelli.

A sede da empresa em Curitiba tem 388 m² de área construída, com um ambiente de escritórios open plan, duas salas de reuniões, uma área para treinamentos e cursos e um lounge. A edificação tem um consumo anual de energia de 19,3 mil kWh, que é utilizada para iluminação, ar condicionado e tomadas. Para conseguir gerar toda a energia que precisa, a empresa investiu R$75 mil na implantação de um sistema fotovoltaico com 56 módulos e um inversor de frequência de 12kW, além de todos os itens de segurança que compõem o sistema, como disjuntores, cabos e outras peças.

Guido explica que o monitoramento e controle da energia gerada e consumida é feito a cada 15 minutos a partir da medição direta do inversor de frequência. Esta medição, no mesmo instante, é disponibilizada na internet para o monitoramento remoto do sistema, permitindo também informar possíveis problemas que venham a ocorrer no sistema de geração de energia.

Se, porventura, a energia gerada exceder a consumida, ela será destinada à rede pública e a concessionária (no Paraná, a Copel) vai gerar créditos em kWh para a empresa. Em períodos de menor produção de energia, como no inverno, se o consumo for maior do que a geração, a empresa poderá usar os créditos gerados para compensação. Os créditos são cumulativos e podem ser utilizados em até cinco anos.

De acordo com Guido, a previsão é de que o investimento seja recuperado em seis anos e a empresa economize R$ 12,6 mil ao ano gerando a sua própria energia. Apesar dos benefícios econômicos, ele afirma que a importância do selo Zero Energy está na mudança de um paradigma sobre edificações sustentáveis no Brasil.

“Nós não estamos mais falando de contrapontos, mas de performance verificada. Não é a promessa de economia, mas sim a economia real. Até então, o sistema de certificação ambiental fornecia um selo ao projeto e à obra. Agora, o que está sendo avaliado é a operação, ou seja, o desempenho real da edificação quanto à produção de consumo de energia”, destaca.

O selo Zero Energy foi lançado pelo GBC Brasil em agosto de 2017. A certificação é uma chancela concedida aos edifícios autossuficientes, que comprovem o consumo zero de energia local de sua operação anual devido à combinação de eficiência energética e geração de energia por fontes renováveis.

 

Fonte: Bem Paraná

Morador de Blumenau instala bueiro inteligente

Tiago dos Santos é um cidadão preocupado com o meio ambiente. Morador de Blumenau e sócio proprietário da loja Top Quadros, ele instalou recentemente um sistema de bueiro inteligente em frente à loja, no bairro Vila Nova.

A ideia do bueiro inteligente se resume a plaquinha colocada ao lado da estrutura: “a água passa, o lixo fica e o rio agradece”.

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A peça foi produzida com ferro pelo próprio Tiago. Sobre a instalação, ele destaca que a rua irregular acaba dificultando, mas que o resultado final foi satisfatório:

“Já realizo diversas ações ambientais na cidade. É um sistema que eu estava planejando fazer há mais de um ano. Ele já funciona em vários países e contribui para que o lixo não chegue até ribeirões, rio e mares. Minha preocupação com o planeta é muito grande. Temos que pensar local, para atingir o global. O plástico é um dos grandes causadores de poluição. A xepa de cigarro, por exemplo, feita de fibra sintética, derivado do plástico, se degrada em partículas menores e acaba sendo alimento de animais na natureza”.

O caso foi citado também numa sessão da Câmara dos Vereadores através do Alexandre Caminha (PSD). Ele convidou o executivo a estudar formas de implantar o projeto na cidade.

O que acharam da atitude do Tiago?

bueiro inteligente blumenau
bueiro inteligente blumenau

Fonte: Jornal de Blumenau

Fotos: Reprodução Facebook Tiago dos Santos

Vaso sanitário sem água é apresentado por Bill Gates na China

O bilionário e filantropo Bill Gates apresentou ontem na China, um vaso sanitário sem água nem rede de esgoto.

O co-fundador da Microsoft tinha as mãos ocupadas quando subiu ao palco durante um evento em Pequim, nesta terça-feira: carregava um pote com fezes humanas. O objeto fez parte do seu discurso na exposição Vaso Sanitário Reinventado, um evento de apresentação de novas tecnologias que podem evitar a propagação de doenças.

A Fundação Bill & Melinda Gates já gastou mais de 200 milhões de dólares em pesquisas nessa área, nos últimos sete anos.

O pote de fezes, alertou Gates, poderia conter “nada menos que 200 trilhões de rotavírus, 20 bilhões de bactéria Shigella e 100 mil ovos de vermes parasitas”.

“Eu preciso admitir: uma década atrás, eu não poderia imaginar que um dia saberia tanta coisa sobre cocô”, brincou Bill Gates, na conferência. “Eu definitivamente nunca pensei que a Melinda precisaria me pedir para parar de falar sobre vasos sanitários e dejetos fecais na mesa de jantar.”

O fundador da Microsoft ajudou a abrir o evento de três dias na China – onde o líder Xi Jinping tornou a chamada “revolução do banheiro” uma prioridade política.

Estavam em exibição vinte produtos sanitários de ponta, todos eles destinados a revolucionar as tecnologias sanitárias, separando líquidos de sólidos e eliminando subprodutos nocivos.

“A questão não é mais se podemos reinventar o vaso e os sistemas sanitários”, falou Gates. “A questão é quão rapidamente essa nova categoria de soluções de ponta será utilizada em larga escala”.

Segundo Gates, as invenções exibidas na exposição são “os avanços sanitários mais significativos em 200 anos”.

vaso sanitário sem água Bill Gates
Crédito: AFP

Falta de saneamento básico é crise crônica

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 2,3 bilhões de pessoas ao redor do mundo ainda não têm acesso a instalações sanitárias básicas. Isso pode provocar doenças como cólera, diarreia e disenteria, que matam centenas de milhares de pessoas a cada ano.

“Em países ricos, nós temos uma rede sanitária que traz água limpa, leva embora a água suja e, na maioria dos casos, há uma unidade de tratamento do esgoto”, disse Gates à BBC. “À medida que surgem novas cidades, com muitas pessoas mais pobres, essa rede sanitária não foi construída – e é provável que jamais seja. Então, a questão é: é possível processar dejeto humano sem um sistema de esgoto?”

A Fundação Bill & Melinda Gates declarou que espera que o novo vaso sanitário sem água sejam implementado primeiro em escolas e edifícios residenciais, até que os custos caiam e se tornem acessíveis em residências individuais.

“Você está economizando todos os gastos com água e produtos de processamento (do esgoto). Mas nós ainda temos de reduzir o preço em cerca de 10 vezes – isso não é atípico para mercados de novos produtos”.

Fonte: BBC

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Nanobolhas serão testadas no combate a poluição do Rio Pinheiros

A eficiência da aplicação da tecnologia de nanobolhas para a melhoria da qualidade da água do Rio Pinheiros, em São Paulo, está sendo analisada numa pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.

Os testes serão realizados em dois canais da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) localizados junto à Usina Elevatória de Traição e devem começar em cerca de dois meses, quando a montagem do equipamento estará completa.

“As nanobolhas já vêm sendo utilizadas em outros países com muito sucesso na despoluição de águas superficiais”, diz a engenheira Paula Vilela, citando o caso do lago El Cascajo, em Chancay, no Peru. “Ela (a tecnologia) pode ser utilizada em qualquer sistema de aeração artificial de meios aquáticos”, completa.

Paula realiza a pesquisa no pós-doutorado junto ao Departamento de Saúde Ambiental da FSP, sob orientação do professor Pedro Caetano Mancuso. Ela utilizará um gerador que produz nanobolhas em dimensões inferiores a 50 nanômetros – o que equivale a 0,00005 milímetros.

Além do tamanho diminuto, as nanobolhas se comportam de maneira diferente das bolhas visíveis a olho nu. Elas não flutuam em direção à superfície nem se rompem rapidamente. Podem durar por várias horas ou até alguns meses. Deslocam-se com menor velocidade e são mais estáveis do que as bolhas maiores.

 

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Para realização dos testes, o gerador de nanobolhas será integrado a uma bomba centrífuga, uma cápsula geradora de ozônio e um painel de comandos elétricos.

“Não existe uso de produto químico nem geração de resíduos”, afirma Paula.

As nanobolhas produzidas por esse tipo de sistema costumam ser feitas de ar, gás oxigênio ou ozônio. A engenheira espera observar a depuração dos contaminantes como próprio resultado do movimento das nanobolhas.

Antes de ligar o gerador de nanobolhas, os pesquisadores irão coletar a água do rio para fazer novas análises laboratoriais. Uma vez que o equipamento estiver em funcionamento, essas análises serão feitas semanalmente nos canais, para monitorar mudanças nas condições da água. Paula também quer verificar detalhadamente o efeito da tecnologia sobre as máquinas do sistema de bombeamento da usina, que são prejudicadas pelo lodo e os materiais sólidos.

A ideia é verificar se o uso das nanobolhas é capaz de melhorar as condições de operação das máquinas.

Segundo a engenheira, testes preliminares realizados em abril de 2017 superaram as expectativas dos pesquisadores. Após o uso do gerador de nanobolhas, a água antes carregada de poluição ficou sem odor e sem cor. As análises laboratoriais revelaram, ainda, outros resultados positivos, com significativa redução de contaminantes.

 

Fonte: Jornal USP

 

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Composteira Humi está entre os finalistas do Brasil Design Award

Produto inovador que permite tratar resíduos orgânicos no próprio local de geração, a composteira Humi é uma das frentes de atuação da empresa, que desenvolve projetos, soluções e tecnologias socioambientais para a diminuição de resíduos e atividades voltadas à educação e conscientização ambiental

A composteira doméstica Humi, produto inovador desenvolvido pela Morada da Floresta, está na shortlist dos finalistas do Brasil Design Award 2018, da Associação Brasileira de Empresas de Design, na categoria Design de Impacto Positivo. A Humi é uma das frentes de atuação da Morada, empresa que oferece soluções socioambientais para incentivar práticas sustentáveis cotidianas e contribuir para reduzir os impactos do consumo desenfreado dos recursos naturais e os danos causados ao planeta.

A solução é simples, bonita e eficaz. “Todo resíduo orgânico pode ser tratado no próprio local de geração, tanto em casas e apartamentos como em médios e grandes geradores. A composteira Humi é um sistema caseiro de reciclagem de resíduos orgânicos, um minhocário. Mais da metade dos resíduos brasileiros são orgânicos. Com a composteira, conseguimos tratar 50% dos resíduos no próprio local”, afirma Cláudio Spínola, CEO da Morada da Floresta.

A composteira Humi tem apenas um tamanho, mas pode ter sua capacidade ampliada com até cinco outras caixas digestoras, de 45 litros cada uma. O design é extremamente cuidadoso e eficaz: a Humi é feita de caixa longa vida reciclada, o que dá uma textura muito bonita; a tampa é inclinada, para que possa ficar na chuva; a caixa não precisa de suporte, uma vez que a base coletora tem chapas de metal nos pés que permitem a fixação de rodízios que facilitam o manejo; há furos que impedem a entrada de água mas que garantem a oxigenação da caixa digestora; as garras na tampa facilitam o manejo diário do sistema na hora de colocar os resíduos orgânicos; e o fundo, inclinado, permite que 100% do líquido vá direto para a torneira.

Segundo Spínola, “hoje menos de 1% dos resíduos orgânicos do Brasil são reciclados, compostados ou reaproveitados”. As soluções da Morada da Floresta propõem tratar o resíduo orgânico no próprio local de geração, tanto em casas e apartamentos quanto em médios e grandes geradores.

 

COMPOSTEIRA DOMÉSTICA HUMI
Imagem divulgação composteira humi

Essa é a 8ª edição do prêmio que reconhece e destaca a capacidade criativa e inovadora do design na economia nacional. Com o objetivo de se consolidar como a mais importante premiação do design nacional, o BDA assumiu, a partir de 2018, um novo formato. A premiação passou a contar com um processo de inscrições e um corpo de jurados composto por 80 especialistas de diversas partes do Brasil. Para dar mais voz e oportunidade ao design brasileiro, o formato prevê 10 categorias e 78 subcategorias. As categorias são: Branding, Design Gráfico, Craft for Design, Design de Ambiente, Design de Embalagem, Design de Impacto Positivo, Design de Produto, Design de Serviço, Design Digital e Design Editorial.

A atuação da Morada da Floresta se destaca em duas vertentes: desenvolvimento projetos, soluções e tecnologias socioambientais para a diminuição de resíduos e atividades voltadas à educação e conscientização ambiental.

No ramo da compostagem, além da produção de composteiras domésticas, a empresa desenvolve projetos de compostagem para grandes geradores, projetos socioambientais para a disseminação da prática da compostagem doméstica em larga escala e articulações para implementações e melhorias de políticas e estratégias públicas relacionadas à gestão dos resíduos orgânicos.

Também no foco da diminuição de resíduos, a Morada da Floresta produz fraldas e absorventes femininos ecológicos e promove a conscientização para a incorporação de práticas cotidianas ecológicas nos diversos setores da sociedade.

 

Premiação

Os melhores de cada subcategoria ganharão medalhas de ouro, prata e bronze, e haverá 10 troféus exclusivos – o Grand Prix – para os maiores destaques de cada categoria principal. Além disso, o BDA vai disponibilizar todos os projetos em seu site oficial (www.brasildesignaward.com.br) para votação popular online, e a empresa que receber o maior número de troféus Grand Prix será premiada com o troféu de Empresa do Ano do Design Brasileiro. A cerimônia de premiação acontece em São Paulo, no dia 22 de novembro.

 

A votação popular está aberta! LINK PARA A VOTAÇÃO

 

Fonte: Notícias de Impacto

Painéis solares poderão ser pagos na conta de energia em Pernambuco

Parceria da Sdec com a Celpe vai permitir a oferta do programa PE Solar, que facilita a instalação dos painéis solares, para as pessoas físicas. Antes, só empresas eram beneficiadas

Instalar painéis solares em residências em Pernambuco ficará mais fácil.

É que o investimento realizado para gerar a própria energia agora pode ser pago na conta de luz, através da economia criada com os painéis fotovoltaicos – o que reduz a obrigação de pagar mais um boleto no fim do mês. A possibilidade faz parte do programa PE Solar, que foi ampliado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (Sdec-PE) através de uma parceria com a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe).

“O futuro da energia é a geração distribuída, através de usinas pequenas no teto das casas. Por isso, ampliamos o PE Solar e estamos facilitando o pagamento dos painéis”, contou o secretário executivo de energia de Pernambuco, Lula Cardoso Ayres.

Ele explicou que o PE Solar existe desde 2015, mas funcionava apenas para pessoas jurídicas. Agora, passa a atender pessoas físicas e de forma facilitada, por conta da parceria com a Celpe.

“Estamos ampliando o programa para os consumidores residenciais e ainda estamos dando a possibilidade de eles descontarem as parcelas dos painéis na conta de luz”, contou Ayres, garantindo que tudo isso será feito de forma simples.

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Os consumidores interessados em gerar a própria energia devem entrar no site do PE Solar para ver as empresas de instalação de painéis fotovoltaicos credenciadas no programa – atualmente, 19 estão cadastradas pelo governo. O consumidor pode, então, negociar os preços e a instalação da sua usina solar diretamente com a empresa. Só na hora do pagamento é que ele vai optar por descontar o financiamento na conta de luz.

“O consumidor não precisa fazer essa negociação com a gente. E isso não tem um custo extra”, acrescentou a gerente de relações institucionais da Celpe, Érica Ferreira.

O programa ainda deve gerar economia para o consumidor. É que a geração dos painéis vai reduzir o consumo da energia da Celpe. E é essa redução que será usada para pagar os painéis solares.

“Tudo o que for gerado na residência vai para o consumidor. Se houver sobras, elas serão injetadas na rede da distribuidora, mas servirão como crédito para serem usadas em até 60 meses. E ainda há a possibilidade de o consumidor indicar outro imóvel, que também esteja vinculado ao seu CPF, para ser alimentado por essa sobra. Ou seja, ele vai se atender. Então, haverá redução de consumo e economia”, explicou Érica, dizendo que, por conta disso, a Celpe só vai cobrar o consumo extra, que não for gerado pelas placas solares.

Se o consumidor chegar ao ponto de gerar toda a sua energia, a companhia só vai cobrar a taxa mínima de luz, que é de R$ 24 para residências e de R$ 80 para estabelecimentos comerciais. E a Sdec garante que, dependendo do tamanho dos painéis, é possível que isso aconteça. Caso o cliente gaste R$ 500 com luz, mas passe a gerar toda a sua energia, por exemplo, será cobrada apenas a tarifa de R$ 24.

Nos primeiros anos, contudo, a conta também virá com o valor das parcelas dos painéis. Se o financiamento for de R$ 326, por exemplo, a conta será de R$ 350. “Mas o tempo de vida médio dos painéis é de 25 anos e os financiamentos normalmente duram menos. Por isso, o desconto da conta de energia será usado para pagar os painéis apenas nos primeiros anos. Depois, vai todo para você”, concluiu Lula.

 

Passo a passo para participara do programa de instalação de painéis solares:

-O interessado em implantar um sistema fotovoltaico com empresas que fazem parte do PE SOLAR deverá entrar em contato com os fornecedores cadastrados para solicitar o projeto/orçamento;

-O financiamento do projeto pode ser feito por capital próprio ou qualquer linha de crédito, com agentes financeiros públicos ou privados;

– A empresa fornecedora solicita junto a Celpe a autorização da arrecadação das parcelas do financiamento na fatura de energia e conclui a instalação do sistema fotovoltaico.

painéis solares PE Solar

 

Fonte: Folha PE  e PE Solar

 

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Projeto do Foster + Partners ganha o prêmio RIBA Stirling 2018

O edifício da Sede Europeia da Bloomberg, projetado por Foster + Partner, foi o vencedor do Prêmio RIBA Stirling 2018. A premiação é a mais prestigiada do Reino Unido sobre arquitetura.

O prédio é considerado o mais sustentável do mundo concebido e construído até o momento. Na verdade, são dois edifícios, um par de blocos triangulares conectados por pontes que se estendem sobre uma avenida para pedestres.

A edificação já tinha recebido a certificação BREEAM, com uma classificação “excepcional”. Marcando 98,5% em relação aos seus critérios; a maior pontuação do estágio de design já alcançada por um grande edifício de escritórios.

prêmio RIBA Stirling 2018 - prédio de escritórios mais sustentável do mundo
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prédio de escritórios mais sustentável do mundo
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Todo o edifício, tanto internamente quanto externamente, é executado com uma qualidade muito alta.

Externamente, o edifício é de uma escala adequada para o entorno. Procura criar um diálogo com alguns edifícios vizinhos muito antigos e é bastante bem sucedido, segundo o RIBA. A passarela coberta representa um nível de generosidade para com a cidade.

prêmio RIBA Stirling 2018 Bloomberg
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Conheça as estratégias sustentáveis utilizadas no edifício da sede da Bloomberg

Internamente, o processo de passar do exterior até subir os elevadores, cria um ambiente completamente imersivo. O nível do hall é muito vibrante e cheio de atividades. É aqui que o verdadeiro sucesso do projeto começa a emergir. Onde quer que você olhe, há um detalhe inventivo.

O objetivo do edifício era evitar o espaço de escritório padrão e nisso é bem-sucedido.

prêmio RIBA Stirling 2018 Bloomberg
© James Newton
prêmio RIBA Stirling 2018 Bloomberg
© James Newton
vencedor do prêmio RIBA Stirling 2018
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O prêmio RIBA é o premiação de arquitetura de maior prestígio do Reino Unido. Dado ao edifício considerado o mais importante do ano para a evolução da arquitetura e do ambiente construído. São avaliados vários critérios, incluindo visão de design, inovação e originalidade, capacidade de estimular o engajamento e encantar os ocupantes e visitantes, a acessibilidade e sustentabilidade, a adequação do edifício ao seu propósito e o nível de satisfação do cliente

O júri deste foi composto pelo presidente do RIBA, Sir David Adjaye, Ben Derbyshire, o co-fundador do dRMM (o laureado de Stirling 2017) Alex de Rijke, Kathrin Hersel e Judy Kelly, ex-diretora do Southbank Centre de Londres.

Veja o vídeo do projeto vencedor do prêmio RIBA Stirling 2018:

 

Imagens cortesia de Foster + Partners, Bloomberg, Aaron Hargreaves, James Newton e Rudwall.

Grafeno deixa concreto mais resistente e menos poluente

Especialistas da Exeter University, na Inglaterra, conseguiram incorporar partículas de grafeno no concreto, através da nanotecnologia. O material desenvolvido em laboratório tem o dobro da resistência do concreto convencional de 30 MPa, e é quatro vezes mais resistente à penetração da água. Os pesquisadores tiveram o cuidado de adequar as amostras de concreto à normalização britânica e europeia para a construção civil.

Além de elevar resistência e durabilidade, o grafeno também permitiu reduzir drasticamente a pegada de carbono em comparação aos métodos convencionais de produção de concreto, o que torna o material mais sustentável e mais ecológico.

Os pesquisadores Dimitar Dimov e Monica Craciun, ambos do departamento de nanoengenharia da Exeter University, publicaram os resultados do estudo na revista britânica Advanced Functional Materials.

grafeno pesquisa resistencia concreto
Imagem Divulgação

Segundo Craciun, o novo material é um divisor de águas em termos de reforço do concreto tradicional para enfrentar desafios como poluição, urbanização sustentável e fenômenos naturais que geram catástrofes. “Encontrar maneiras mais ecológicas de construir é um passo crucial na redução das emissões de carbono em todo o mundo. Este é um passo importante para tornar a construção civil mais sustentável”, completa Dimitar Dimov.

 

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Entre as aplicações práticas do concreto com grafeno estão a possibilidade de se construir paredes mais finas e mais resistentes, o que abre novas possibilidades de projetos para engenheiros civis e arquitetos que constroem com sistemas de paredes de concreto. Outra alternativa viável é construir estradas com pavimento rígido que possam ser aquecidas para derreter a neve acumulada, já que o grafeno é excelente condutor de eletricidade.

 

Grafeno é considerado o supercommodity do século 21

Atento à pesquisa desenvolvida na Exeter University, o professor-doutor do MIT (Massachusetts Institute of Technology), Franz-Josef Ulm, concorda que a descoberta pode revolucionar a construção civil, mas, por enquanto, ele vê a pesquisa apenas como um “estudo conceitual”, devido ao alto custo do grafeno. Atualmente, um grama do material custa uma vez e meia mais que a do ouro, cuja cotação tem variado entre R$ 142,00/g e R$ 145,00/g.

Recentemente, há uma concentração de estudos que buscam reduzir o custo de produção do grafeno. O material é pesquisado desde o pós-guerra, porém ficou confinado ao meio acadêmico até 2004, quando o grafeno passou a ser testado em transistores e semicondutores. Em 2010, as pesquisas com o compósito renderam aos cientistas Konstantin Novoselov (russo-britânico) e Andre Geim (russo-holandês), ambos da Universidade de Manchester, o prêmio Nobel de física.

Derivado do grafite, cujas maiores reservas mundiais estão no Brasil, o grafeno é 200 vezes mais resistente que o aço, porém superleve e superfino.

É considerado a supercommodity do século 21. Com um quilo de grafite é possível produzir 150 gramas de grafeno. Um quilo de grafite custa o equivalente a um dólar. Já um grama de grafeno é vendido por cerca de 100 dólares.

 

 

Fonte: Massa Cinzenta

Veja pesquisa publicada na revista Advanced Functional Materials

Entrevistados
Pesquisadores Dimitar Dimov e Monica Craciun, da Exeter University

Contatos
M.F.Craciun@exeter.ac.uk
dd270@exeter.ac.uk

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330



Inglaterra testa ônibus que filtra o ar enquanto roda

O primeiro ônibus que filtra o ar do Reino Unido  foi colocado em teste nas ruas da cidade britânica de Southampton. O objetivo da iniciativa é ajudar a combater os altos níveis de poluição do ar verificados em toda a região.

O filtro foi instalado no teto do ônibus Bluestar, operado pela empresa de transporte público Go-Ahead, e o objetivo é que limpe até 99,5% das partículas, informa a companhia. Segundo os técnicos que desenvolveram o filtro, o equipamento foi projetado para reter esse material cotaminante enquanto o ônibus se move, deixando para trás um ar quase puro, garantem.

“Como o veículo remove as partículas ultrafinas do ar enquanto percorre sua rota, ele pode ajudar efetivamente na resolução do problema da qualidade do ar urbano. Imagine a mudança que poderíamos promover se todos os ônibus contassem com uma tecnologia como essa?”, destaca David Brown, CEO da Go-Ahead.

Para este projeto piloto, a cidade portuária de Southampton foi escolhida por ter sido alertada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no início deste ano, que ali se atingiu o limite máximo de poluição do ar tolerado. Em 2015, a municipalidade foi avisada – juntamente com as cidades de Derby, Birmingham, Nottingham e Leeds – que deve entregar planos de redução das suas altas taxas de contaminação do ar.

 

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Especialistas estimam que a poluição causa até 40 mil mortes prematuras por ano no Reino Unido. No mês passado, um grupo de 17 líderes de Southampton pediu que o governo tome medidas urgentes, tendo em vista a “crescente crise de saúde pública relacionada à poluição”.

 

Emissão zero

A representante da organização ambiental ClientEarth, Andrea Lee, afirma que “é bom ver iniciativas inovadoras para limpar o ar sujo que respiramos. No entanto, isso não deve tirar a prioridade real de não causar poluição em primeiro lugar”. E concluiu: “Precisamos de veículos mais limpos nas vias. Em outras palavras, gostaríamos de ver os ônibus de emissão zero sendo usados como padrão.”

Após o período de testes de três meses da instalação da tecnologia no ônibus que filtra o ar é que será avaliada a eficácia real do filtro. A expectativa é de que o filtro ganhe um peso extra, devido à retenção dos poluentes, e este resultado será o indicativo do sucesso ou não do equipamento. Se o filtro for aprovado, o próximo passo, diz a Go-Ahead, será lançar o sistema para toda a sua frota de 4.600 ônibus.

 

Fonte: Mobilize