Centro comunitário em Uganda foi construído com materiais simples e ecológicos em homenagem ao arquiteto idealizador do projeto, morto em um ataque terrorista.
O Ross Langdon Educação Health Center é um pequeno e belo centro comunitário construído com materiais de construção regionais de Uganda, como varas de eucalipto e paredes de tijolos de argila, além de dezenas de lâmpadas feitas de garrafas PET cheias de água, que iluminam o interior, sem gastar eletricidade.
A ideia da lâmpada de garrafa PET foi criada por um mecânico brasileiro, Alfredo Moser e difundida pela ONG My Shelter Foundation em parceria com estudantes do Massachusetts Institute of Technology (MIT), que passaram a instalar as lâmpadas em regiões carentes das Filipinas e em outros 15 países com a ajuda de voluntários, o projeto é chamado de Liter of Light.
O projeto foi desenhado pelo jovem arquiteto australiano Ross Langdon, que faleceu em 2013 vítima de um ataque terrorista em Nairobi, no Quênia, juntamente com sua esposa que estava grávida.
Depois de sua morte, a organização Cotton On Foundation da Austrália, baseada em Uganda, contratou o escritório FH Architects Studio para completar o projeto e ajudar a trazer o conceito de Ross para a vida.
O centro comunitário está localizado em uma vila de Ananya em Rakai e oferece espaço para aproximadamente 150 pessoas, com simples arquibancadas feitas de tijolos de barro e uma pequena plataforma elevada de onde os oradores podem falar com a sua comunidade.
Ao lado do salão tem uma sala para reuniões privada e uma pequena loja. Uma passarela coberta por uma pérgula fornece abrigo e forma um espaço onde as pessoas podem se reunir e relaxar.
Ross imaginou o centro como uma estrutura feita com os materiais mais básicos e disponíveis.
O edifício não tem janelas, em vez disso, espaços entre os tijolos intercalados, claraboias e as lâmpada PET deixam a luz em diferentes direções e iluminam a área do palco.
A parede está coberta de chapas de zinco apoiadas por eucalipto, e o forro é feito de esteiras de junco artesanais.
O centro comunitário se transformou em um maravilhoso tributo a Ross e um presente para a comunidade local.
O Projeto de Lei , que denomina o Elevado Costa e Silva como Parque Minhocão, nos dias em que a via estiver fechada para o tráfego de veículos, foi sancionado no dia 9 de março de 2016, pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
Desde julho do ano passado, oMinhocão é aberto aos sábados para pedestres e ciclistas a partir das 15h, e só reabre para carros na segunda às 6:30. Durante a semana o Elevado Costa e Silva fica aberto para carros das 6h30 às 21h30.
A nova legislação permitirá à via medidas previstas em outros parques da cidade, como a criação de um conselho gestor e ações de zeladoria para garantir o aprimoramento da utilização do local pela população
Para Police Neto, autor do projeto de lei, essa é uma grande conquista para o município. “A partir de agora não são apenas os olhares da sociedade que reconhecem o Minhocão como um parque, são os olhares públicos que, já no ano passado, via Conselho da Cidade, manifestaram não só para o Minhocão como para a avenida Paulista o desejo de ter mais cidade para as pessoas. É gratificante participar de mais um passo dessa transformação vigorosa da cidade”, explicou.
A sanção do projeto faz parte das diretrizes aprovadas no Plano Diretor Estratégico que prevê o fechamento do Minhocão ou a transformação permanente da via em parque.
A discussão sobre como melhorar o entorno do elevado já vem de muito tempo, muitos acreditam que sua a construção foi um erro. Atualmente a instalação de jardins verticais nas empenas cegas dos edifícios vizinhos está trazendo um pouco de verde e vida para a região, do agora Parque Minhocão. Outra mudança recente, em prol da vizinhança, foi a instalação da ciclovia que acompanha o elevado pela parte inferior, realizada em agosto de 2015.
A forma de conceber e projetar os edifícios evoluem e refletem os conhecimentos tecnológicos e técnicas de cada época. Desde o final do século XX, os computadores permitiram aos projetistas ganhar mais tempo e precisão nos desenhos e cálculos. Uma dessas ferramentas é a simulação computadorizada de edifícios, com qual é possível prever o desempenho de um edifício ainda em fase de projeto. É possível estimar os níveis de iluminação de um sistema de iluminação proposto ou mesmo os níveis de iluminação natural de um ambiente, mesmo antes de ser construído.
Nos últimos anos, vários softwares vêm sendo colocados à disposição do mercado para estes tipos de análises, tais como o Daysim (análise de iluminação natural) ou Design Builder (análise térmica e energética). No entanto, a utilização de vários softwares dificulta a troca de informação e a realização de múltiplas análises.
Já o software IES VE (Integrated Environmental Solutions – Virtual Environment) é capaz de fazer análises de incidência solar, conforto térmico, consumo de energia, níveis de iluminação natural e artificial, ventilação natural, simulação dinâmica de fluidos (CFD), análise de custos iniciais e de ciclo de vida, análise de impactos ambientais, estudo de evacuação de edifícios e análise de conformidade com normas ou sistemas de certificação. Todo isso dentro do mesmo ambiente e utilizando como base o arquivoBIM desenvolvido pelas equipes de projeto.
Atualmente, a concepção e o desenvolvimento de projetos seguem a tendência de serem cada vez mais baseados em evidências de desempenho, e neste contexto, as ferramentas de simulação de desempenho possuem papel fundamental para dar números aos tomadores de decisões. Portanto, estudos e análises de desempenho não podem ser desenvolvidas isoladamente.
Por exemplo, o aumento de envidraçados para promover a iluminação natural, pode representar um aumento de carga térmica significativa para o sistema de climatização. A concepção de vidros duplos insulados (vidro+ar+vidro) para evitar a penetração de calor excessivo do exterior no verão, pode significar o armazenamento de excesso de calor indesejado no interior do edifício no período de inverno. Portanto, apenas uma análise integrada das várias soluções em um ciclo anual é capaz de dar aos tomadores de decisão as informações mais precisas sobre os impactos das escolhas feitas em fase de projeto.
Obviamente, não podemos retirar desta equação, a questão “tempo”. Esperar a finalização de um estudo, para que suas conclusões sejam enviadas à outra equipe para servir de base a outro estudo, pode representar um consumo de tempo que um empreendimento pode não ter. Portanto, múltiplas análises em uma mesma plataforma, aumenta a precisão dos resultados (pois são garantidas as mesmas premissas em todas elas) e representam uma significativa poupança de tempo.
Uma novidade no mercado brasileiro é que desde o início de 2016, o Brasil conta com revendedor autorizado, suporte técnico e treinamento oficial do IES VE. Para maiores informações sobre como adquirir o software ou sobre cursos em todo o Brasil, entre em contato com através do e-mail info@etria.com.br.
Matéria e imagens enviadas por Jeann Cunha da Etria
O primeiro projeto de exploração de energia solar em lagos de usinas hidrelétricas com uso de flutuadores, inicia nesta sexta-feira (4/3), na usina hidrelétrica de Balbina, no Amazonas.
No dia 11/3 será lançado o protótipo similar na Usina Hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia. A cerimônia de lançamento do projeto contará com a presença do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e de dirigentes do setor elétrico e das empresas envolvidas, além de pesquisadores responsáveis pelo estudo.
No lançamento, será apresentado protótipo com cerca de 60 m² de área, em funcionamento, permitindo a visualização do sistema. Nas semanas seguintes serão aprofundados os estudos da área dos lagos para a ampliação dos sistemas, que na primeira fase terão capacidade de 1 MWp (1Megawatt pico, equivalente à geração de 1 MW no momento de maior insolação), com área equivalente a cinco campos de futebol, e posteriormente serão ampliados para 5 MWp, com superfície igual à de cinco campos.
Os projetos serão realizados com recursos destinados a ações de Pesquisa & Desenvolvimento pelas empresas, com previsão de investimentos de quase R$ 100 milhões (R$ 49,964 milhões da Eletronorte e R$ 49,942 milhões da Chesf), em ações previstas até janeiro de 2019, para gerar 10 MWp de energia elétrica. A escolha das duas usinas deve-se ao fato de estarem em áreas de regimes climáticos diferentes, o que permitirá acompanhar o desempenho dos sistemas nas diversas condições de tempo.
Este será o primeiro estudo sobre a instalação usina solar flutuante instalado no lago de usinas hidrelétricas no mundo, que permite aproveitar as sub-estações e as linhas de transmissão das hidrelétricas e a área sobre a lâmina d’água dos reservatórios, evitando desapropriação de terras. Projetos similares já foram iniciados em outros países, mas em reservatórios comuns de água, não em hidrelétricas.
Cronograma de ações
O cronograma de implantação e pesquisa prevê o início da execução dos projetos em 04 de março de 2016 (Balbina) e 11 de março de 2016 (Sobradinho). A entrega das Plantas Piloto em Balbina e Sobradinho está prevista para agosto de 2016, com geração de 1 MWp em cada unidade. Em outubro de 2017, serão entregues as Plantas Piloto nas duas usinas, com geração de outros 4 MWp em cada unidade (8 MW no total, que se somarão aos 2 MWp das plantas piloto). O encerramento do projeto e apresentação dos resultados está prevista para janeiro de 2019.
A pesquisa e o projeto da usina solar flutuante
O projeto de pesquisa analisará o grau de eficiência da interação de uma usina solar em conjunto com a operação de usinas hidrelétricas. A pesquisa focará fatores como a radiação solar incidente no local; produção e transporte de energia; instalação e fixação no fundo dos reservatórios; a complementariedade da energia gerada; e o escoamento desta energia. Os resultados dos projetos permitirão avaliar a eficácia da produção média de energia solar nesses locais.
As entidades que participarão do projeto são Sunlution, WEG, Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UFPE (FADE), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Fundação de Apoio Rio Solimões (UNISOL) e Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
Os ônibus movidos a hidrogênio que passam a integrar a frota de transporte público da região, são construídos com tecnologia brasileira e não emitem gás poluente.
Passageiros que utilizam transporte público entre as regiões de Santo André e Diadema, em São Paulo, terão a oportunidade de contribuir para a redução da emissão de gases no meio ambiente. Entraram em circulação, nesta quarta-feira 2, no Corredor São Mateus-Jabaquara (ABD), dois novos ônibus movidos a hidrogênio.
Os ônibus, desenvolvidos com tecnologia brasileira, são resultado de um projeto em parceria entre o PNUD, o Ministério de Minas e Energia (MME), a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S.A. (EMTU/SP), com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e da Agência Brasileira de Inovação (FINEP).
Em junho de 2015, três ônibus foram entregues ao Estado de São Paulo e ativados para teste. Na manhã desta terça-feira, dois deles foram integrados à frota dos ônibus intermunicipais gerenciada pela EMTU/SP. Os trabalhos começaram pontualmente às 5h20 e às 5h40, ambos operando na Linha 287P Piraporinha a Santo André, em trajeto bastante demandado por usuários.
A tecnologia utilizada de propulsão é totalmente livre de emissões de poluentes. No lugar de dióxido de carbono e outras emissões dos carros comuns, somente vapor d’água é eliminado pelo escapamento dos ônibus movidos a hidrogênio.
Além de contribuir para mitigar a mudança global do clima, os novos ônibus também ajudam a impulsionar o uso de tecnologias limpas para transporte no país.
“O desenvolvimento da tecnologia, em território nacional, de veículos movidos a hidrogênio ainda é um processo restrito a um grupo seleto de países. Isso deixa o Brasil em uma posição de destaque mundial na área”, ressalta a oficial de programa de Desenvolvimento Sustentável do PNUD, Rose Diegues.
Os dois ônibus movidos a hidrogênio reforçam a preocupação com o meio ambiente. Eles são decorados com pássaros representativos da fauna brasileira e recebem nomes de aves. Um deles é o Ararajuba, ave da região Amazônica que representará as regiões Norte e Nordeste, e outro o Sabiá Laranjeira, considerada por Decreto Presidencial como um dos quatro símbolos nacionais.
A FEICON BATIMAT deste ano terá o tema da sustentabilidade na construção como um dos destaques.
Com o crescimento populacional e do consumo, a demanda mundial de energia é cada vez maior. Por conta disso, é preciso buscar fontes alternativas a fim de não degradar os recursos do planeta e, muito menos, atingir a sobrevivência das espécies.
Atualmente, há soluções práticas, baratas para pequenos e grandes consumidores. Essa discussão é bastante atual e importante para o segmento da construção civil, por isso Energia será um dos macrotemas debatidos na Ilha do Conhecimento, espaço que tem finalidade de promover atualização profissional gratuita de maneira rápida e dinâmica, dentro da FEICON BATIMAT, um evento referência do setor da construção civil da América Latina, que acontece de 12 a 16 de abril, no Anhembi, em São Paulo.
Sustentabilidade da Água e Energia são alguns dos assuntos que estarão na pauta da Ilha do Conhecimento, espaço gratuito para novas experiências e atualização profissional.
Outro assunto que merece destaque é a crise hídrica que ano passado atingiu seu maior déficit em 90 anos. Mesmo com as chuvas que têm caído e os reservatórios mais cheios, ela ainda está longe de acabar e algumas medidas de economia ainda precisam ser mantidas pela população e pela indústria. O tema Sustentabilidade da Água será discutido no dia 14 no Salão. “Esse é um espaço para trocar de informações e experiências entre expositores, que dão as palestras, e os profissionais visitantes da FEICON BATIMAT. Esses dois temas são exemplos de que buscamos atualizar os vários segmentos da construção civil, trazendo soluções e ideias que podem ajudar no setor, otimizar as práticas e trabalhar com eficiência. A grade ainda está sendo fechada, mas garantimos que será um espaço com temas relevantes e bastante interativos”, garante Alexandre Brown, diretor do evento.
Os outros macrotemas que fazem parte da Ilha do Conhecimento são Normas de Desempenho; Sistemas Construtivos/Produtividade; e Resíduos em Obras/Reciclagem. As palestras gratuitas terão 45 minutos de duração e serão realizadas em ilhas customizadas com infraestrutura de áudio e vídeo para 30 lugares.
Nos Congressos da Feicon Batimat, especialistas do setor apresentaram importantes palestras focadas em varejo, arquitetura e construção, além de abordar as principais tendências globais e locais. Seguindo o foco sustentável, destacamos o Congresso da Fundação Vanzolini no dia 13- Tema: A Prática da Avaliação de Ciclo de Vida – ACV e Declaração Ambiental de Produto – EPD Verificada.
Outro destaque este ano é o evento simultâneo Pollutec Brasil – Feira Internacional de Tecnologias e Soluções Ambientais. com o tema: Cuidando do Futuro Agora! Uma resposta à crescente necessidade do mercado industrial e público de prevenção, tratamento de poluições, otimização de recursos e desenvolvimento sustentável. Oferece uma importante plataforma na qual, em quatro dias em São Paulo, 80 empresas nacionais e internacionais promovem e expõem soluções e inovações em todas as atividades ambientais e de saneamento.
Sobre a FEICON BATIMAT:
A FEICON BATIMAT tem sido, ao longo dos anos, um evento referência para o setor da construção civil na América Latina. É o espaço ideal para a realização de negócios com grandes marcas do mercado – somente ano passado foram movimentados R$ 600 milhões durante os cinco dias de evento -, apresentação de novidades, lançamentos e novas tecnologias.
SERVIÇO:
FEICON BATIMAT – SALÃO INTERNACIONAL DA CONSTRUÇÃO
Data: 12 a 16 de abril de 2016
Local: Anhembi – São Paulo
Horário: Terça a sexta, das 11h às 20h; sábado, das 9h às 17h
Site: www.feicon.com.br
Os recursos poderão ser sacados uma vez com essa finalidade. Para sacar, o interessado precisa comprovar pelo menos três anos com carteira assinada. A casa em que os equipamentos serão instalados tem de ser do beneficiado.
O Projeto de Lei estabelece o benefício do uso do FGTS para microgeração de energia gerada a partir de fontes hidráulica, solar, eólica ou de biomassa. A proposta segue para a análise da Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Segundo o autor, o objetivo é estimular a eficiência energética por meio de fontes renováveis. Nos últimos anos, segundo o senador, o Brasil tem sofrido com o desequilíbrio entre oferta e a demanda de energia elétrica, por escassez de chuvas ou por deficiência no planejamento setorial. A solução tem sido acionar as usinas termoelétricas, uma produção mais cara e poluente. Ciro Nogueira disse, ainda, que sabe que alguns setores do governo são contra o acesso ao FGTS para determinadas coisas.
— Esta comissão vai ter o bom senso de saber que um projeto desses visa a gerar energia de forma mais limpa possível, a melhorar a renda dos trabalhadores brasileiros e, principalmente, a fazer jus a um dinheiro que é dele, do trabalhador — afirmou Ciro.
O relator do projeto, Wilder Morais (PP-GO), deu parecer favorável à aprovação e sugeriu apenas aperfeiçoamentos de redação e técnica legislativa. O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que votou favorável ao projeto, afirmou que a busca de fontes alternativas de energia é uma preocupação de todos os parlamentares, mas ressaltou o cuidado que se deve ter com o uso dos recursos do FGTS de modo indiscriminado.
— O recurso do FGTS é uma poupança dos trabalhadores, e o volume de recurso está diminuindo. Agora mesmo, nesse programa de governo de financiamento, 80% dos recursos a serem aplicados vêm do FGTS, a menor parte é do Tesouro. E um outro fato a comentar aqui é que a presidente Dilma vetou a utilização de investimento de recursos exatamente onde deveria incentivar: na geração de energia alternativa, que é a eólica e a solar — questionou.
O senador José Pimentel (PT-CE) afirmou que investir na energia eólica e na energia solar é muito importante principalmente para o Nordeste. O senador, que também se preocupa com o uso dos recursos do FGTS, disse ainda que o conselho curador do fundo ajudará a solucionar a questão e manifestou o apoio do governo ao projeto.
— Temos poucos mananciais de água que podem gerar energia, mas temos, nessa chamada energia limpa, um potencial muito forte. Todo o Nordeste tem um potencial de energia eólica muito forte. Hoje o Ceará já produz energia eólica para o seu abastecimento e na proporção do que está sendo investido na região. Logo o Nordeste todo será superavitário na geração de energia — afirmou.
Criada pelo IWBI – International Well Building Institute e lançada oficialmente em fevereiro de 2015, a certificação WELL é a primeira focada na saúde e bem-estar das pessoas e atua de forma consonante e complementar a outros processos de certificação ambiental, tais como o LEED ou o Living Building Challenge.
Há anos, diversas pesquisas internacionais demonstram que o maior custo de uma edificação comercial são as pessoas que as habitam, chegando a representar 92% do total. Dos 8% restantes, 6% representam os custos de operação e manutenção e somente 2% os custos de projeto e construção.
Neste sentido, o IWBI acredita que os edifícios não devem ser melhores apenas para o planeta, mas também para as pessoas que os habitam, aproveitando o ambiente construído como um veículo de melhoria da saúde humana, bem-estar e conforto, melhorando os padrões de qualidade de vida e consequentemente o desempenho dos ocupantes.
Semelhante a certificação LEED, o WELL possui 102 características descritivas e de desempenho classificadas entre pré-condições (obrigatórias) e otimizações (opcionais), que somadas devem satisfazer uma quantidade mínima e determinar o nível da certificação que varia entre prata, ouro ou platina.
O conjunto de características da certificação Well está subdividido em 7 áreas de avaliação:
-Ar,
-Água,
– Alimentação,
-Iluminação,
-Saúde física,
-Conforto,
-Mente
Juntas, as características trazem benefícios para os principais sistemas funcionais do corpo humano: Cardiovascular, digestivo, endócrino, imunológico, tegumentar, muscular, nervoso, respiratório, ósseo e urinário.
O processo de certificação Well é compreendido em 5 passos:
1-registro do projeto na plataforma WELL online,
2-envio da documentação,
3-verificação de performance,
4-certificação
5-recertificação.
O processo de verificação de performance, diferentemente das outras certificações como o LEED, exige uma visita técnica ao projeto, na qual o Assessor Well realiza inspeções visuais e testes de desempenho para avaliar a qualidade do ar e da água, níveis de ruído, iluminância e temperatura entre outros parâmetros, chamado de comissionamento WELL.
Se os resultados do processo de verificação demonstrarem que o projeto atende a todos os requisitos, o projeto então está pronto para ser certificado.
Além disso, com o objetivo de manter os mesmos níveis de qualidade projetual, manutenção e operação ao longo do tempo, o projeto deve ser recertificado a cada 3 anos.
O primeiro case da certificação WELL no Brasil é o escritório da SETRI em São Paulo.
Localizado em um edifício existente, construído no início da década passada, e a tipologia escolhida para a certificação foi em Interiores Existentes.
O projeto possui algumas particularidades e, para atendimento da certificação, uma serie de adaptações que não envolveram reformas e obras foram necessárias.
Além disso, esse projeto é um dos menores em área construída deste tipo no mundo, o que por alguns momentos facilitou, mas em outros tornou o processo mais complexo.
A sede da empresa SETRI é um escritório comercial de 50m2 de área total construída. A empresa possui somente três ocupantes, todos sócios, o que facilitou a implantação de alguns dos procedimentos e políticas que são exigidos pelo WELL.
Além disso, por tratar-se de uma empresa cujo core business é desenvolver serviços ligados a saúde e qualidade de vida das pessoas dentro das edificações, a SETRI entendeu que esta seria uma boa oportunidade para demonstrar sua preocupação com o tema.
Seu knowhow facilitou bastante na aplicação e atendimento dos requerimentos, principalmente no que tange a qualidade da água.
Hoje o projeto encontra-se no segundo round de revisão da documentação, realizada pelo GBCI, mesma instituição que realiza a auditoria para a certificação LEED.
Após esta etapa, o WELL exige que seja feito o comissionamento, ou verificação de performance, realizado por um assessor autorizado.
Esse comissionamento ocorre no local do projeto e é verificado na prática o atendimento das adaptações nos sistemas prediais do projeto, nas políticas da empresa e em coletas de amostras para realização de testes de qualidade da água e do ar.
O projeto da SETRI atende a todas as precondições, que são obrigatórias para atendimento minimo da certificação, bem como soma uma série de otimizações, que caso aprovadas resultarão em uma classificação ouro.
Para adaptar o escritório, uma série de mudanças físicas e comportamentais, como a mudança de velhos hábitos, foram incorporadas. Algumas dessas mudanças foram:
• Instalação de filtros mais eficientes no sistema de ar condicionado, associado a equipamentos que monitoram os níveis de umidade relativa do ar e acionam dispositivos que garantem a correção para níveis adequados de conforto, ora umidificando, ora fazendo a desumidificação;
• Substituição de todas as lâmpadas, visando atender uma coloração mais confortável para o desenvolvimento de tarefas dentro de um escritório e para favorecer o rítmo circadiano, responsável pelo relógio interno existente em humanos e animais e sincronizar as funções fisiológicas no ciclo de 24 horas;
• Instalação de iluminação de tarefa e ventiladores de mesa que proporcionam conforto e autonomia a cada um dos usuários;
• Instalação de equipamentos que monitoram os níveis de qualidade do ar e iluminância;
• Substituição de todos os produtos e equipamentos de limpeza e higiene pessoal, bem como treinamento dos ocupantes e equipe de limpeza para novos procedimentos de manipulação e uso desses produtos. A importância de treinar os ocupantes, bem como formalizar essas informações em políticas do escritório, garante que a informação perdure no projeto e não vá embora com as pessoas;
• Instalação de novo mobiliário e adaptação do mobiliário existente para garantir melhor ergonomia e conforto além de mobiliário que garanta maior flexibilidade e movimentos físicos aos usuários como estações para trabalhos para tarefas de pé e pequenas bicicletas ergométricas embaixo das mesas;
• Instalação de vegetação para maior contato do usuário com a natureza, incorporando os conceitos de biofilia;
• Implantação de uma série de políticas que visam a mudança de hábitos de alimentação para padrões mais saudáveis, o incentivo a prática de atividades físicas e ao bem-estar, políticas de transporte alternativo, incentivo a práticas altruístas, a implantação de novos procedimentos de compras e descarte dos resíduos, entre outras
Além dessas, uma série de outras adaptações foram implementadas no projeto e, um dos grandes diferenciais é que apesar dos testes de qualidade da água e ar serem necessariamente coletados pelo agente comissionador WELL e realizados por laboratórios acreditados, a SETRI se antecipou e realizou todos os testes necessários através dos mesmos laboratórios credenciados pelo WELL.
Todos os testes atenderam aos níveis mínimos de qualidade exigidos.
Entretanto, apesar de todos os esforços, uma das principais barreiras hoje para a viabilização desta certificação no Brasil, são os altos custos das taxas de registro, certificação e comissionamento pagas ao IWBI.
Até junho de 2016 as taxas estão com valores reduzidos, visando incentivar novos projetos que busquem o WELL, mas essas taxas são proporcionalmente mais atrativas de acordo com a metragem construída, ou seja, quanto maior o projeto, mais barato por m2.
Como o projeto da SETRI é particularmente pequeno, as taxas ficaram consideravelmente elevadas.
Uma sugestão para que a certificação Well seja mais acessível em termos de custo para os padrões brasileiros é a de que os testes possam ser realizados nos mesmos laboratórios indicados pelo WELL e aceitos pela certificação sem a necessidade de se “importar” um profissional para realização desta tarefa.
Além disso, o quanto antes o Brasil contar com profissionais capacitados para realizar esta tarefa de comissionamento, certamente este mercado se desenvolverá mais rápido.
Além da questão financeira, ainda existem particularidades na certificação que não são habituais para a nossa realidade, tais como a necessidade de monitorar os níveis de ozônio no ar externo e oferecer produtos de alimentação de origem animal que possuam uma certificação classificada como Human Certified. Existem somente dois fornecedores deste tipo no Brasil e para produtos diferentes.
Vale no entanto ressaltar que nenhuma dessas barreiras é um impeditivo real para a viabilização da certificação WELL no Brasil, e, se for implantada em um projeto certificado LEED ou que tenha sido construído seguindo práticas da construção sustentável, mais fácil sua obtenção.
Como qualquer nova certificação, o WELL ainda esta em fase da maturação, porém deve evoluir rapidamente para minimizar as dificuldades e abranger melhor as diversidades de cada projeto e região.
Não à toa, uma nova versão da norma, originalmente lançada em fevereiro de 2015, foi publicada em setembro do mesmo ano.
A certificação WELL está na vanguarda e tem tudo para virar pratica padrão das empresas, principalmente daquelas que se preocupam de fato com a saúde e bem-estar de seus funcionários, e enxergam nisso a viabilização de reter talentos, reduzir turnovers a absenteísmo e aumentar a lucratividade. O Well já é realidade!
Por Arq. Luiza Junqueira e Eng. Eduardo Straub da StraubJunqueira
A ONU-Habitat (Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos), em parceria com o governo brasileiro, disponibilizou estudos sobre Sustentabilidade urbana: impactos do desenvolvimento econômico e suas consequências sobre o processo de urbanização em países emergentes. As pesquisas foram organizadas em três tomos:
Volume 1. Mobilidade Urbana
Documento organizado em quatro partes. Após a apresentação, a segunda parte reúne conceitos e entendimentos sobre mobilidade, em especial, os reflexos decorrentes das transformações urbanas, em grande parte, provocadas pelas mudanças na economia e nas formas de produção das últimas décadas. Constam ainda dessa parte considerações referentes às condições atuais de mobilidade, particularmente observadas nos grandes centros de países emergentes.
Em seguida, o documento discute os eixos centrais para a efetivação da desejada mobilidade urbana sustentável – notadamente o planejamento setorial e as concepções de rede de transporte público; o financiamento da mobilidade; a eficiência de gestão do sistema de mobilidade urbana, controle e transparência; e o sistema de mobilidade como suporte para o desenvolvimento sustentável. São esses os eixos em torno dos quais as políticas públicas de mobilidade deverão tecer suas discussões e formulações de alternativas em contextos diversos.
Por fim, discutem-se as barreiras e as dificuldades para a implantação de política sustentável de mobilidade urbana, que não se restringem às evidentes questões tecnológicas, pois, em grande parte, já dispõem de solução, mas às barreiras econômicas, sociais e mesmo culturais que deverão se integrar com as temáticas de desenvolvimento urbano e de cidades sustentáveis.
Volume 2. Saneamento básico
Estudo elaborado por solicitação do Ministério do Meio Ambiente, Ministério das Cidades e do ONU-Habitat, visa discutir os possíveis impactos de processos de mudanças, em especial relacionadas ao crescimento econômico, sobre o setor de saneamento, em suas diversas características, desde política pública até infraestrutura sanitária, abordando as diversas esferas federativas. Sua elaboração relaciona-se simultaneamente com a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20, junho/2012) e com o VI Fórum Urbano Mundial (Nápoles, setembro/2012). O apelo à economia verde e à estrutura institucional para a sustentabilidade, da Rio+20, e ao tema das cidades, incluindo os quatro eixos temáticos a serem tratados no VI Fórum – planejamento urbano; equidade e prosperidade; cidades produtivas; mobilidade urbana, energia e ambiente – claramente se articulam com a discussão aqui desenvolvida.
Volume 3. Habitação Social e Sustentabilidade Urbana
A problemática ambiental urbana deve ser o elemento capaz de unificar todas as ações urbanísticas, nos mais diversos setores, em torno de um único desafio: construir cidades ambientalmente e socialmente justas para as nossas próximas gerações.
Quais são então as perspectivas que se apresentam para responder a esse desafio? Qual a possibilidade de mudar tais paradigmas e, sobretudo, de encontrar caminhos que respondam às especificidades do nosso crescimento? Qual o papel, nesse processo, dos profissionais urbanos, dos agentes empreendedores, dos poderes públicos nas diferentes esferas de governo, da própria sociedade? São essas algumas das questões que este documento procura responder.
A publicação e a condução dos trabalhos contaram com a participação dos ministérios do Meio Ambiente, das Cidades e das Relações Exteriores. A iniciativa pretende compreender os impactos do desenvolvimento econômico e suas consequências para o processo de urbanização em países emergentes, especialmente o Brasil.
A ONU-Habitat acredita que os documentos terão um papel importante no processo de preparação do país para a Terceira Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável (Habitat III), que acontece daqui a sete meses, em Quito, no Equador.
As informações contidas nas pesquisas podem fornecer, ainda, orientações quanto às funções das cidades que privilegiarem, em suas agendas, temas como sustentabilidade, igualdade de gênero, inclusão, justiça socioambiental e bem-estar, avalia o representante da agência da ONU no Brasil, Rayne Ferretti.
Para evitar o calor nos interiores, não se deve permitir que o sol penetre neles. As cores do exterior afetam o consumo energético. Uma janela alta permite que a luz natural entre com maior profundidade em um ambiente. Os edifícios com grande massa termoacumuladora aquecem e esfriam lentamente, enquanto o contrário ocorre com os prédios leves. A água armazena mais calor que o concreto. A massa termoacumuladora é o oposto do isolamento térmico… Entender como as edificações respondem a seus entornos pode nos ajudar a reduzir de forma significativa o consumo de energia com calefação, refrigeração e iluminação artificiais.
Este livro reúne 101 regras básicas para otimizar o aproveitamento da energia natural na arquitetura e projetar de um modo direto e intuitivo, de acordo com os princípios do baixo consumo energético. Trata-se de um guia fundamental e de fácil uso, repleto de bons conselhos e ilustrações reveladoras que nos permitem apostar na redução do consumo de energia com base nos princípios mais básicos.
Huw Heywood é arquiteto. Com mais de vinte anos de prática em nível internacional, já trabalhou em projetos de escalas muito diferentes no Reino Unido, na Alemanha e na China. Atualmente é professor de graduação e pós-graduação na Escola de Arquitetura da Universidade de Portsmouth, onde tem focado na docência e na pesquisa sobre o urbanismo e a arquitetura sustentáveis.
Tramita na Câmara de Vereadores de São Paulo o “Projeto Bike SP,” um projeto de lei que incentiva a população ir de bicicleta ao trabalho.
Nos últimos anos, alguns países avançaram nos incentivos ao uso da bicicleta concedendo alguma forma de remuneração a quem adota esse veículo como forma de se deslocar ao trabalho. O maior exemplo foi a França, onde um projeto piloto remunerou o ciclista em €$ 0,25 por quilômetro percorrido, beneficiando trabalhadores de 18 empresas e instituições participantes, por um período de seis meses. O resultado foi um aumento de 80% no uso da bicicleta entre os funcionários dessas empresas.
Inspirado nessa iniciativa, o vereador José Police Neto (PSD) está preparando um Projeto de Lei (PL) que pretende estabelecer recompensa semelhante a quem usar a bicicleta para ir ao trabalho na cidade de São Paulo. Batizado de “Programa Bike SP”, o projeto prevê ainda incentivo fiscal para as empresas participantes.
Como funciona o Projeto Bike SP:
De acordo com o texto inicial do projeto, as empresas que aderirem ao programa, tendo no mínimo 30% de seus funcionários usando a bicicleta como meio de transporte, receberão incentivo fiscal a ser deduzido mensalmente do IPTU, no limite de até 20% do valor total.
Já os funcionários terão um “Cartão do Ciclista”, onde receberão créditos para utilização em peças, acessórios, serviços e compra de bicicletas nas lojas participantes do programa. As empresas terão de depositar o valor mínimo mensal de R$ 50 no cartão de cada colaborador ciclista. O projeto prevê ainda que a Prefeitura também possa subsidiar o trabalhador na proporção de 1 para 1, ou seja, a cada R$ 1 que a empresa colocar no cartão, a municipalidade pode contribuir com mais R$ 1.
Além de ter 30% de seus funcionários pedalando para o trabalho, as empresas participantes precisam disponibilizar vestiário com chuveiro e local adequado para estacionar as bicicletas.
Participe da formulação do projeto:
Lendo a descrição acima, algumas dúvidas e ideias inevitavelmente surgem. Como fiscalizar se há mesmo 30% dos funcionários usando a bicicleta? Havendo um valor mínimo mensal, há também um máximo? Como vai ser esse cartão?
Tentando modelar de forma mais completa o Projeto de Lei, para atender da melhor maneira o cidadão ao mesmo tempo em que abusos precisam ser coibidos, antes de protocolar o texto na câmara o vereador Police Neto o abriu na internet para recebimento de sugestões e críticas da população.
Neste endereço é possível consultar o texto original da proposta para entender os pormenores, com a possibilidade de deixar comentários com sugestões de complementação e alteração. Participe!
Todos já estão sentindo no bolso os efeitos da crise energética que o Brasil está enfrentando, com os aumentos em série das tarifas de energia elétrica nos últimos meses.
As empresas estão respondendo com um interesse crescente em eficiência energética, contratando consultorias e treinamentos para ajudá-las a encontrar estratégias para reduzir o seu consumo, mas quais esforços devem ser feitos na busca pela economia? Vale reduzir o ar condicionado ou apagar uma parte da iluminação? Como isso afetará o conforto das pessoas?
Ao aplicar medidas de eficiência energética, a redução no consumo não deve comprometer a qualidade dos serviços oferecidos pelo edifício aos seus ocupantes.
Há índices mínimos de conforto térmico e visual que devem ser respeitados por legislação. Além disso, o bem-estar das pessoas na sua área de trabalho influi diretamente no seu grau de produtividade, e é também uma ferramenta valiosa para manter bons funcionários.
Considerando também que a folha salarial compõe mais de 80% dos custos operacionais de um edifício comercial típico, é importante que os usuários do prédio estejam satisfeitos.
Avaliar a satisfação dos usuários de um edifício não é tarefa fácil, já que os parâmetros são muito subjetivos e complexos.
Por isso, após décadas de estudos, foi desenvolvida uma metodologia no Reino Unido conhecida como BUS (Building Use Studies), que transforma a percepção dos ocupantes em resultados quantitativos, permitindo uma avaliação objetiva dos prédios e a recomendação de melhorias.
O BUS fornece aos diretores de empresas e gestores prediais as ferramentas para tomar decisões que melhorem o conforto de seus funcionários ao mesmo tempo em que aumentem o seu rendimento, com base em informações concretas.
Após ter sido adotado oficialmente pelo Governo do Reino Unido para a avaliação dos prédios ingleses, o BUS se espalhou por todos os continentes, tendo sido usado para a avaliação de mais de 800 edifícios em todo o mundo.
A metodologia já está presente no Brasil, e pode ser aplicada como ferramenta para avaliar e melhorar os edifícios nacionais, com foco na produtividade e nas pessoas
Matéria enviada por: Alexandre Schinazi da MITSIDI (parceira oficial do BUS)
Primeira casa auto-suficiente alimentada com um sistema solar-hidrogênio é um novo marco no caminho rumo a uma vida mais verde e sustentável.
Uma inovadora habitação fora da rede, construída em Chiang Mai, Tailândia, pela CNX Construction e propriedade de Sebastian-Justus Schmid, A Phi Suea House é alimentada exclusivamente por um sistema solar-hidrogênio.
O sistema de armazenamento de hidrogênio com energia solar fornece 24 horas de acesso a energia limpa por dia, mesmo durante períodos de mau tempo.
A empresa encarregada de realizar este projeto, desenvolveu esta inovadora tecnologia de armazenamento para resolver os problemas inerentes aos painéis solares que só funcionam quando sai o sol e, que as vezes geram mais energia que necessário. Ainda que a indústria das baterias soluciona alguns destes problemas, “não são muito adequadas para o uso a longo prazo”, segundo a construtora.
“em geral, as baterias são caras, pesadas e são feitas de materiais perigosos com processos de reciclagem questionáveis”. acrescentou a CNX.
Como funciona?
Cada estrutura é coberta com painéis solares e com seus próprios inversores. Durante o dia, os painéis captam a energia do sol e enviam a instalação central, que distribui a eletricidade, com base na demanda, ao resto das casas da comunidade, ao mesmo tempo que extrai o hidrogênio da água.
Segundo a CNX Construcción, “a melhor maneira de armazenar energia é gerar gás de hidrogênio através de eletrolisadores com energia solar e água durante o dia. Os eletrolisadores produzem gás de hidrogênio mediante ao uso de uma corrente elétrica que separa a água em seus gases compostos: hidrogênio e oxigênio”. Enquanto o oxigênio é liberado no ar, o gás hidrogênio é armazenado em tanques.
Durante a noite quando necessita energia adicional, é utilizado o hidrogênio para produzir energia com uma célula de combustível.
O sistema possui várias vantagens sobre as típicas baterias, incluindo maior armazenamento e zero subprodutos indesejáveis. O processo é 100% limpo já que seus únicos subprodutos são o gás de oxigênio e a água.
O projeto inclui 86kW de energia fotovoltaica que proporcionam uma produção de energia diária média de 326.8kWh, uma quantidade que supera a demanda de energia 6,000kWh mensal da Phi Suea House.
No entanto, o projeto também está equipado com dois bancos de baterias de chumbo-ácido de 2.000 Ah, 48V como backup, embora, geralmente, elas não sejam utilizadas.
A casa auto-suficiente também conta com painéis térmicos para esquentar a água, janelas com vidros duplos, paredes grossas, ventilação natural, lâmpadas LED de baixa potencia e ventiladores eficientes para reduzir o uso do ar acondicionado, no entanto existem unidades de ar condicionado VRF instalados como backups.
O design inteligente com eficiência energética reduzi a demanda de energia da casa e um sistema de automação ajuda a impulsionar a economia de energia e o desempenho energético. Os dados recolhidos da casa serão utilizados para a investigação da Universidade Técnica de Nanyang, em Cingapura.
“Todos devem fazer algo para viver em um mundo melhor”, disse Sebastian-Justus Schmidt. “Agora nossa família está fazendo a nossa parte – deixando o mundo um lugar mais verde, enquanto ganha e partilha de conhecimentos, sem dúvida vale a pena todos os esforços. Nosso objetivo é ter a menor pegada ecológica possível – especialmente por ser um estrangeiro em outro país “.
Confira um vídeo explicativo sobre a Casa Auto-suficiente – Phi Suea House:
Porto Alegre (RS) foi a primeira capital do país a implementar um processo mecanizado de coleta de lixo. A Coleta Automatizada de Resíduos Orgânicos e Rejeito em Porto Alegre é realizada, desde julho de 2011.
Recentemente foi anunciado a implementação de 680 novos pontos de coleta automatizada de resíduos descartados pela população em contêineres, em cinco bairros inteiros (Centro Histórico, Bom Fim, Cidade Baixa, Independência e Farroupilha) e em partes de outros oito bairros (Praia de Belas, Menino Deus, Azenha, Santana, Rio Branco, Santa Cecília, Moinhos de Vento e Floresta).
As melhorias incluem também a ampliação de itinerários e dias das coletas, alteração de rotas e renovação de toda a frota. Com o novo contrato, todas as ruas da cidade que comportam caminhões passarão a ter o recolhimento de resíduos recicláveis pelo menos duas vezes por semana.
Além dos novos contêineres que começaram a ser instalados em agosto de 2015, outros 520 devem estar em funcionamento a partir de 4 de março. Com isso, o número de coletores automatizados duplicará, chegando a 2,4 mil contêineres.
Vantagens da Coleta Automatizada de Resíduos Sólidos:
– Mais conforto para a população, o descarte, o resíduo orgânico e o rejeito pode ser descartado em qualquer dia a qualquer momento (24 horas);
– Mais segurança para os trabalhadores, através do processo realizado por braços robotizados, quem opera a máquina não precisa estar em contato direto com o lixo;
– Redução de consumo de combustível e de emissões atmosféricas, e melhoria do trânsito urbano;
– Mais higiene e melhor estética no ambiente urbano, com eliminação do mau cheiro resultante da exposição de sacos de lixo em espaço público;
– Incentivo à reciclagem de materiais em larga escala;
– Melhor organização e infraestrutura para devida destinação final.
O que pode ser colocado nos contêineres:
– Resíduos orgânicos: todo resíduo de origem vegetal ou animal, ou seja, todo lixo originário de um ser vivo. Exemplos: restos de alimentos como carnes, vegetais, frutos, cascas de ovos, restos de poda, ossos, sementes, erva-mate, borra de café e chá, cinzas, restos de vegetação e galhos finos, dejetos de animais domésticos e papel sujo e engordurado.
– Rejeito: absorventes, fraldas descartáveis, cotonete, bituca de cigarro, isopor de alimento, clipes, espuma, etiquetas adesivas, lâmpadas comuns (incandescente), couro, borracha, embalagens com orgânicos (bandejas de carne, bisnagas de embutidos, embalagens à vácuo), esponjas, lã de aço, tecidos de limpeza, porcelana.
Starup mexicana constrói habitação popular sustentável com lixo reciclado, transformando resíduos plásticos em paredes e telhados.
Lixões que não param de acumular plástico e muitas pessoas sem um teto para morar. Dois problemas, um ambiental e outro social, que se transformaram em uma ideia para a empresa mexicana EcoDomum.
O plástico que demora centenas de anos para se decompor, enche lixões e polui oceanos, nesse caso, vira uma solução muito viável e econômica de moradia popular. A matéria-prima barata garante a acessibilidade da tecnologia, que tranforma plástico em paredes e telhados.
Segundo a EcoDomum, um modelo de ” habitação popular sustentável ” com 40 metros quadrados custa aproximadamente U$ 280 dólares e leva uma semana para ser construída.
Além de acessível, o material é durável e impermeável. A startup produz cerca de 120 painéis todos os dias, evitando que cerca de 5,5 toneladas de plástico sejam desperdiçados no lixo diariamente. Uma casa simples usa apenas 80 painéis — cerca de duas toneladas de plástico —, segundo o fundador da empresa, Carlos Daniel González.
De acordo com Gonzalez, o processo é relativamente simples. Primeiro, a empresa recolhe todos os tipos de de plástico utilizado e depois separa para encontrar os tipos que derretem sem emitir gases nocivos.
Em seguida, eles colocaram o plástico em uma máquina para cortar-lo, depois as peças são colocadas em um forno por aproximadamente meia hora para fundir o material.
Finalmente, o líquido passa por uma prensa hidráulica, que ao mesmo tempo comprime e cristaliza o plástico na forma dos painéis. Logo os painéis são usados como paredes e telhados com isolamento para construir as casas.
Todo o processo de construção, desde a coleta e separação do plástico até a produção dos painéis e montagem das casas, é feito pela startup.
A empresa já construiu mais que 500 casas com o método e já está com diversos projetos para o futuro. O objetivo é expandir ainda mais a capacidade de produção e espalhar a iniciativa no ano de 2016.
Além de ajudar o meio ambiente e o problema da falta de habitação para aqueles que precisam ( no México quase 10% da população vive na pobreza extrema), a EcoDomum enxergou uma grande oportunidade de aquecer a economia local, gerando empregos e pagando o dobro do salário do mercado para os coletores de lixo, que geralmente recebem salários abusivos pagos por grandes empresas.
Economicamente viável, ecologicamente correto e socialmente justo!
A cartilha Hortas Urbanas, produzida pelo Instituto Pólis, em parceria com a Fundação Banco do Brasil, dentro do projeto Moradias Urbanas com Tecnologia Social é dividida em três capítulos:
1- Planejamento da horta:
– como organizar o grupo
– como observar o espaço e seus potenciais
– plantar para colher
– como estabelecer a rotação de culturas.
2. Cultivando:
– o solo
– propagação e plantio
-tratos culturais
– cultivos em pequenos espaços
– controle de pragas e doenças
– compostagem
– água
3. Cozinhando com saúde:
– aproveitamento integral dos alimento
– receitas
A cartilha ensina a criar e manter hortas urbanas mesmo em pequenos espaços, além de explicar a fazer compostagem para nutrir o solo. Dicas de captação de água ajudam a fazer a rega sem desperdícios.
A última parte da publicação ensina a cozinhar com saúde, indicando receitas nutritivas de aproveitamento integral dos alimentos.
O objetivo é ensinar a não desperdiçar partes nutritivas dos alimentos que normalmente são desprezadas, apesar do seu valor nutricional, como talos e folhas.
Criar e manter uma horta urbana orgânica traz muitos benefícios: estimula o convívio social, serve de instrumento pedagógico para atividades de educação ambiental, ocupa espaços ociosos na cidade, além de favorecer a melhoria dos hábitos alimentares das pessoas envolvidas, já que os alimentos são produzidos localmente e sem agrotóxicos, que contaminam o solo.
O Morro da Babilônia, no Leme, zona sul do Rio de Janeiro, recebeu equipamentos para geração de energia solar como resultado de uma ação da associação sem fins lucrativos RevoluSolar.
As duas primeiras instalações fotovoltaicas na comunidade carioca foram inauguradas na noite deste sábado (30) pela associação criada em outubro que tem como objetivo promover a transição de energia renovável para a favela.
“Quando vim para o Brasil, vi tanto sol e tantos recursos naturais e procurei cooperativas de produção de energia renovável e não achei. Na Bélgica, somos mais de 50 mil famílias e [o sistema de cooperativas] funciona. Agora, começamos aqui no Brasil a primeira cooperativa de energia renovável”, diz o presidente da RevoluSolar, Pol Dhuyvetter, que também é dono de uma pousada e de um restaurante. Ele é belga e está há sete anos no Brasil.
De acordo com Dhuyvetter, o objetivo para 2016 é instalar painéis em 1% das residências da Babilônia, que tem pouco mais de mil casas. Por enquanto, além das duas já instaladas, há cinco interessados na fila. Para ele, o investimento pode ser grande no início, mas compensa muito a longo prazo com o retorno do valor pago em no máximo seis anos.
“A primeira coisa que fazemos é ver a conta de luz para dimensionar a instalação. Na nossa moradia que tem um bar, um restaurante e uma pousada, precisamos de 24 painéis. Nosso consumo no último mês foi quase R$ 1 mil. Nós colocamos 12 painéis, que custaram R$ 21 mil, e vão suprir a metade do consumo, mais ou menos 150 kW por mês. A estimativa é que, no máximo em seis anos, temos o retorno do investimento, talvez antes. E depois temos luz de graça por 19 anos, dentro da estimativa de duração de 25 anos de uma instalação solar. Então, a estimativa de lucro é de R$ 129 mil em 25 anos. Pode ser mais se o preço da luz subir”.
Número de residências microgeradoras de energia renovável quadriplicaram em 2015. A fonte mais utilizada pelos consumidores continua sendo a solar.
A geração distribuída no Brasil registrou em 2015 o total de 1.307 novas adesões de consumidores, somando uma potência instalada de 16,5 megawatts (MW) e totalizando 1.731 conexões. A geração distribuída é quando o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis.
A fonte mais utilizada pelos consumidores continua sendo a solar, com 1.675 adesões, seguida da eólica, com 33 instalações. Atualmente, o estado que possui mais micro e minigeradores é Minas Gerais, com 333 conexões. Seguem o Rio de Janeiro, com 203, e o Rio Grande do Sul, com 186.
A geração distribuída tem registrado crescimento expressivo desde as primeiras instalações, em 2012. Naquele ano, eram apenas três projetos registrados, enquanto que em 2013 foram verificados 75. Se comparado com o ano de 2014, quando registrado 424 conexões, o número de adesões quadruplicou em 2015, passando para os atuais 1.731 adesões.
Com o aprimoramento na Resolução Normativa nº 482/2012, que criou o Sistema de Compensação de Energia Elétrica e permite que o consumidor instale pequenos geradores, tais como painéis solares fotovoltaicos e microturbinas eólicas, são estimadas 1.230.000 unidades de micro e minigeração até 2024, o que representaria 4.500 MW de capacidade. As novas regras começam a valer a partir de 1º de março de 2016.
Para aprofundar as ações de estímulo à geração de energia pelos próprios consumidores, com base nas fontes renováveis de energia, o Ministério de Minas e Energia (MME), lançou em dezembro de 2015, o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD).
Com investimentos de pouco mais de R$ 100 bilhões até 2030, o Programa prevê que 2,7 milhões de unidades consumidoras poderão ter energia gerada por elas mesmas, entre residências, comércios, indústrias e no setor agrícola, o que pode resultar em 23.500 MW (cerca de 48 TWh produzidos anualmente) de energia limpa e renovável, o equivalente à metade da geração anual da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
Salvador inaugura o primeiro ponto de ônibus verde da cidade, com vegetação no telhado, uma biblioteca que incentiva a troca gratuita de livros e um paraciclo.
O abrigo sustentável foi Idealizado pela Secretaria Municipal Cidade Sustentável (Secis)e repaginado com a implantação de grama, plantas ornamentais e flores da espécie Alamanda, também conhecida como Dedal-de-Dama.
Segundo um estudo da Universidade de São Paulo (USP) a temperatura no topo dos edifícios com telhados verdes, como o do novo ponto, pode diminuir em até 5,3°C. O modelo ainda pode levar a um ganho de 15,7% em relação à umidade relativa do ar, assim como atrair pássaros, borboletas e outras espécies.
“Temos planos de fazer o mesmo em outros locais, mas ainda não tem meta estipulada. Esse vai ser referência, ponto de partida”, disse o Secretário de Cidade Sustentável, André Fraga.
O local de instalação do primeiro ponto de ônibus verde da cidade foi escolhido porque é um modelo clássico de salvador, projetado pelo arquiteto João da Gama Filgueiras, o Lelé, e não contava com área verde próxima
O ponto de ônibus verde conta também com uma biblioteca do projeto Livros Livres, que incentiva a troca gratuita de livros, e um paraciclo.
A prefeitura tem planos de instalar o modelo verde de remodelação em postos da Polícia Militar e sedes de repartições públicas, seguindo sua política de incentivo à sustentabilidade. Em 2015 foi instituído oIPTU Verde em Salvador, que concede até 10% de desconto para os proprietário de imóveis que adotem medidas sustentáveis.
Há pouco tempo Florianópolis também anunciou a inauguração da sua primeira parada de ônibus sustentávelcom estrutura 100% reciclável, placas fotovoltaicas e telhado verde com irrigação feita pelo reuso de água da chuva.
A maior usina solar da América Latina será construída na Bahia, mais exatamente em Tabocas do Brejo Velho, município do extremo oeste, a 800 quilômetros da capital.
Batizado de projeto Ituverava, o empreendimento da italiana Enel Green Power tem previsão de funcionamento estimada para meados de 2017. Com capacidade de 254 MW (megawatts) a produção anual de energia esperada é de 500 GWh (gigawatts/hora).
A Enerray do Brasil, empresa que pertence à Seci Energia do Grupo Industrial Maccaferri, por meio da Enerray Usinas Fotovoltaicas, foi a escolhida pela Enel Green Power para a construção da usina.
“Acreditamos que o Brasil representa uma grande oportunidade por ser um mercado com perspectivas de crescimento muito significativas a médio e longo prazo. Iniciar nossos negócios com a construção da maior usina fotovoltaica no país é uma conquista que nos enche de orgulho e demonstra a importância que o Brasil terá para nós”, disse Michael Scandellari CEO Enerray.
A Enerray do Brasil está localizada na cidade de Jundiaí, a 50 km de São Paulo.
Com menos de 15 mil habitantes (segundo o IBGE, 11.430 pessoas), Tabocas do Brejo Velho ainda registra intenso fluxo migratório. Para São Paulo, principalmente. Com informações da Agência Estado e IBGE.