Telhados verdes são sustentáveis?

Os telhados verdes são, talvez apenas abaixo das placas fotovoltaicas, o detalhe construtivo mais comentado no mundo da sustentabilidade. No entanto muitas vezes é encontrada uma dificuldade para o cidadão comum que quer apenas conhecer a viabilidade dessa solução para sua casa ou edifício, e provavelmente não irá recebê-la de forma totalmente imparcial de um vendedor.

O termo ‘Telhado Verde’ é comumente utilizado para descrever telhados cobertos com vegetação. No entanto o sistema é muito mais amplo: coberturas com painéis solares, brancas com alta emissividade e refletividade ou até mesmo telhados com telhas shingle de grande duração podem ser considerados telhados verdes, ou sustentáveis.



O termo correto seria ‘Telhado Verde com Vegetação’, mas se o termo é amplamente utilizado em todo o lugar, nós é que não iremos mudar, então chamaremos aqui também de Telhado Verde.

Veja as vantagens e desvantagens dos telhados verdes

Custo dos telhados verdes

O telhado verde possui uma variação de preço entre R$100,00 a 150,00/m2 dependendo do tipo e região, e é certamente um custo de implantação inicial maior (geralmente o dobro) do que telhados convencionais ou lajes impermeabilizadas.

Olhando superficialmente não parece vantajoso, certo? A vantagem surge se considerarmos o ciclo de vida completo da estratégia, pois sua duração é em média o dobro tempo da opção convencional.

Dificilmente uma solução comum irá durar mais de 20 anos sem manutenção, já o telhado verde, apesar de exigir cuidados específicos e periódicos, pode durar o dobro, além de proteger a laje concentrando e suportando as diferenças de temperatura e insolação.

Tipos de Telhados Verdes:

• Intensivo (ou semi): mais espesso e suporta uma maior variedade de plantas. No entanto é mais pesada e exige maior manutenção. A espessura mínima de instalação é de 20cm. Deve-se existir um cuidado especial na consideração dos cálculos estruturais, que considera nos edifícios em concreto armado no Brasil uma carga média de 300kg/m².

telhado verde semi-intensivo
Imagem: greenroorguide.co.uk

• Extensivo: mais fino e leve, com no máximo 8cm de espessura e coberta tipicamente com forração. É mais viável financeiramente, no entanto não suporta tanta carga de águas pluviais.

telhado verde-extensivo
Imagem: greenroorguide.co.uk

Incentivos políticos para telhados verdes:

Existem diversas leis e decretos sendo aprovadas na câmaras sugerindo a obrigatoriedade dos telhados verdes com vegetação. Comprova-se aqui uma falta de comprometimento real, tanto em se entender o termo de forma mais ampla com suas diversas variedades (como os blue roofs e outros descritos acima) quanto não diferenciar e criar um incentivo maior justamente para grandes centros urbanos onde existe uma grande necessidade da solução.

Também não sugere normas essenciais, como a ANSI Fire Design Standard, que delimita áreas máximas para evitar a propagação do fogo em grandes centros urbanos, nem a ANSI Wind Design Standard, que sugere usos de espécies e a não utilização para áreas sujeitas a ventos extremos.

Além disso o inventivos criados geralmente são pouco vantajosos, geralmente relacionados a um abatimento leve no IPTU, bem diferente dos EUA e outras cidades do mundo onde encontramos incentivos reais de até 50% do valor da instalação.

telhados verdes são sustentáveis
Telhado Verde do Rockfeller Center’s Rooftop Gardens- Instalado há 80 anos – Foto: © David Shankbone

Grandes economias (financeiras e humanas!)

A cidade de Chicago possui hoje a maior área de telhados verdes dos EUA. É uma lição que foi aprendida à duras penas, mais precisamente após a onda de calor de 1995 que chegou a 52 graus e vitimou 750 pessoas em um período de apenas 5 dias.

O custo de um telhado verde hoje caiu de US$75,00/m² para US$45,00/m², e existe uma facilidade grande na manutenção já que o material é bem difundido.

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 Telhado verde do Chicago city Hall… e uma visão infravermelha demonstrando a diminuição de temperatura nas áreas verdes

Outros grandes benefícios podem ser encontrados pelos EUA: A fabrica da Ford em Detroit foi fundada no começo do século, com 150.000m². Sua grande área impermeabilizada alagava constantemente, resultando em uma contaminação de um rio da região e criando problemas com a Environmanetal Protection Agency.

A solução foi a instalação de um telhado verde para a contenção pluvial. O custo foi alto, em torno de US$24,00/m² de telhado, mas economizou US$30.000.000,00 em multas e gerando benefícios para a empresa.

Ainda, de acordo com um estudo de Portland, painéis solares instalados sobre telhados verdes podem melhorar sua eficiência em ate 16%. No equipamento descobriu-se que existem condutores que operam melhor em ambientes frescos. É necessário apenas o cuidado na instalação pois as placas precisam ser ancoradas e podem furar a membrana.

Para benefícios ainda maiores o telhado verde pode ser combinado também a um sistema de coleta e aproveitamento de águas pluviais.

 No Brasil,  recentemente a Câmara Municipal do Recife aprovou o Projeto de Lei do Executivo que obriga a instalação de telhados verdes nos novos edifícios da cidade.

Sinergias dos telhados verdes na Certificação LEED (New Construction):

No caso de uma busca de certificação LEED, os Telhados Verdes contribuem com uma série de pontuações, entre elas:

– Lotes Sustentaveis: Proteger ou Restaurar Habitat
– Lotes Sustentaveis: Maximizar Espaços Abertos
– Lotes Sustentaveis: Gerenciamento de Água da Chuva
– Lotes Sustentaveis: Minimizar as Ilhas de Calor
– Energia e Atmosfera: Performance Mínima de Energia
– Energia e Atmosfera: Otimizar a Performance Energética
– Recursos e Materiais: Conteudo Reciclável
– Recursos e Materiais: Materiais Regionais

Afinal, Telhados Verdes são realmente sustentáveis?

A resposta é simples: SIM e NÃO. Depende do ponto de vista!

SIM, porque possuímos as diversas vantagens já citadas acima.

NÃO, porque a energia empregada e as emissões para a fabricação do telhado verde só será revertida a longuíssimo prazo. Afinal a fabrica irá extrair cada material, transportar para a indústria, fabricar, transportar para a loja, vender, transportar novamente, construir e após o ciclo de vida reciclar, consumindo energia e gerando emissões em cada etapa do processo. O ciclo de vida precisa ser grande para compensar todo o esforço, que dificilmente acontecerá.

Claro que medir a energia incorporada em um telhado verde é um trabalho científico gigantesco com tantas variáveis que é como procurar a receita definitiva de feijoada no Google. Mas um estudo recente realizado em Chicago demonstrou um gasto de 40.000BTUs para a fabricação e instalação das camadas plásticas impermeabilização e de proteção contra raízes de um telhado verde.

Esse custo ambiental será revertido só após 40 anos, ainda considerando que não sejam feitas trocas, apenas manutenções periódicas. Se essa manutenção for bem realizada, pode superar a expectativa de de 20 anos de uma laje impermeabilizada e aí sim começar a trazer os benefícios almejados.

Confira neste link, uma calculadora para energia de telhados verdes, que apesar de existir apenas para os Estados Unidos e Canadá, podem ajudar como base de cálculo.

componentes dos telhados verdes
Componentes do sistema tradicional de telhado verde

Conclusões:

– A dica nº1 é utilizar um sistema pré-fabricado com garantia de instalação, ou ao menos uma consultoria especializada.

– Sobre a escolha de espécies, ela deve ser feita localmente, procurando sempre plantas nativas ou facilmente adaptáveis que requerem menos irrigação. É necessário um cuidado especial para o fator de densidade, insolação e de espécie de cada planta para não tornar a idéia um problema pelo consumo excessivo de água. Sugestões são a grama esmeralda, clusia, aspargo, russélia, entre outras.

– Outra conclusão é cobrarmos de nossos governantes incentivos que valorizem a instalação de telhados verdes em grandes centros urbanos, assim tornamos o politicamente correto também ambientalmente pertinente.

Matéria enviada por Filipe Boni, arquiteto, LEED AP BD+C e sócio diretor do 2030 Studio

Referências e fontes:

http://www.nyc.gov/html/dep/pdf/green_infrastructure/gi_annual_report_2012.pdf,

http://www.greenroofs.org,

http://www.greenroofguide.co.uk



Projeto Cidade do Container no Rio de Janeiro

Com mais de 112 mil metros quadrados, no município de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, a Cidade do Container é um exemplo de Arquitetura Sustentável, já que está sendo projetada com  eficiência e utilização de recursos renováveis, como energia eólica, aquecimento solar, com a utilização de placas solares, iluminação e ventilação natural e passiva, com o uso de prateleiras de luz, e um inovador sistema de cobertura metálica, feito em aço galvanizado (100% reciclável).

A construção será a nova sede do Grupo Milanez, ainda sem data definida para inauguração.

cidade do container

Considerado um projeto ousado, a obra é forte candidata a receber o  Selo LEED Platinum para o parque fabril por agregar inúmeras soluções sustentáveis, que vão desde coberturas verdes até o piso mais adequado. Projetada pela arquiteta Maria José de Mello, da Arktectus – Arquitetura Sustentável, o novo espaço se apresenta como uma grande inovação da construção civil.

“O pioneirismo, empreendedorismo, tamanho da construção com 112 mil m² e a certificação, ainda inéditos no Brasil, fazem desse um projeto diferenciado”, diz a arquiteta Maria José.

cidade do container

Para a Cidade do Container, a arquiteta está utilizando, por exemplo, cerca de 60 mil m² de um sistema de cobertura metálica que contribui para a diminuição de ilhas de calor, por ser de cor branca, também facilita o uso e captação das águas pluviais, ao conduzi-las para a armazenagem e reuso em atividades industriais como lavagens de pátios e containers. “É um produto de fácil montagem, por ser padronizado e 100% aparafusado, além de possuir a opção do pré-pintado branco, portanto muito mais reflexiva”, explica Maria José, acrescentando que, desta forma, ganharão alguns pontos muito importantes em eficiência energética, termo-acústica, aproveitamento da água de chuvas, e qualidade do ar interno através da redução da ilha de calor.

cidade do container

A cobertura otimiza ainda projetos para aquisição de selos ambientais, como o LEED e ACQUA ou HQE, entre outros. A refletividade da cobertura e o alto índice de reflexão garantem maior conforto térmico e menor consumo de energia e climatização, o que ajuda a pontuar requisitos importantes da certificação com consumo do uso de energia e redução do consumo de água potável. O mínimo exigido pelo LEED é o Indice de Refletância Solar (SRI, na sigla em inglês) maior ou igual a 0.78. Ensaios comprovam que por sua galvanização, pintura, espessura e forma, o fator SRI do produto é superior a 0,80.

cidade do container

A cobertura é considera também 100% Green, pois desde sua concepção até a usabilidade atende as exigências de desempenho ambiental antes, durante e depois da construção. Outra característica do sistema é a espessura mais grossa e a forma da bobina em ‘u’. Comprovados em testes realizados pela UNESP – Universidade Estadual de São Paulo – e IPI, estes atributos evitam as indesejáveis ilhas de calor e a reverberação do som, melhorando o conforto térmico e acústico para o usuário. Além disso, permite a utilização de complementos padronizados, como ventilação, iluminação natural, isolamento termo-acústico, entre outros, proporcionando assim redução de gastos com energia elétrica.

Cidade do Container

Ainda de acordo com Maria José, a característica mais importante para esta cobertura é que, para projetos grandes, como é o caso da Cidade do Container, este material facilita o manuseio, a logística, o transporte e reparos sem perda de material. Isso é possível, pois o produto é pre-concebido e fabricado, além de composto por peças padronizadas. Na obra só existe a atividade de montagem, que por ser ágil e limpa, reduz o volume de resíduos da construção, permite a rápida desmobilização do canteiro e o breve início da atividade fim.

 

Fonte: Assessoria Contextual Comunicação

 

Creche sustentável em Florianópolis espera receber a certificação LEED

A creche sustentável começou a funcionar no ano de 2015 em Florianópolis.

A edificação gera eletricidade por meio de energia fotovoltaica, aquece água potável por energia solar, faz aproveitamento da água de chuva e tem madeira certificada FSC, sendo candidata a ser a primeira creche municipal do Brasil a receber a certificação LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental).

O terreno em que a unidade de educação infantil foi erguida tem quase 12 mil metros quadrados, cedido pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU).

A edificação tem 1.182 m², possui dez salas de atividades infantis com varandas pergoladas feitas de madeira certificada pelo Forest Stewarship Council (FSC), proveniente de manejo florestal, pátio coberto, refeitório com varanda, banheiros e outros espaços com acessibilidade.

Creche sustentável em florianópolis

Certificação LEED

A construção seguiu os critérios para obter a certificação LEED, que estão inseridos em sete categorias de avaliação: Terrenos Sustentáveis, Eficiência do Uso de Água, Energia e Atmosfera, Materiais e Recursos, Qualidade do Ambiente Interno, Inovação em Design e Prioridades Regionais.

O nível de certificação é definido conforme a quantidade de pontos adquiridos na avaliação, podendo variar de 40 a 110 pontos.

O projeto já foi registrado junto ao USGBC (United States Green Building Council), ONG que busca incentivar a construção sustentável, mas só poderá ganhar o certificado após passar por uma avaliação.

Energia fotovoltaica

A unidade infantil da rede municipal de ensino, fará utilização da energia do sol para gerar eletricidade através da energia fotovoltaica. No caso da creche, esta energia será captada por painéis solares de silício amorfo.

O sistema é interligado à rede elétrica pública, dispensando assim os bancos de baterias. Se o gerador solar fornecer mais energia do que a necessária para atender a creche, o excesso será injetado na rede elétrica.

Aquecimento solar da água

Também terá um sistema de aquecimento de água por energia solar, composto de coletores (placas) e reservatório térmico (Boiler). Os coletores são responsáveis pela absorção da radiação solar. Esse calor, por sua vez, é transferido para a água que circulará no interior do equipamento, seguindo para o reservatório térmico. A água poderá ser utilizada em chuveiros, cozinha e lavanderia.

Aproveitamento da água da chuva

Outra medida sustentável a ser adotada é aproveitamento da água de chuva para fins não potáveis em torneiras de jardim e vasos sanitários, visando a eficiência dos recursos hídricos.

O sistema de aproveitamento de águas pluviais contribui na redução da velocidade de escoamento de águas para as bacias hidrográficas em áreas urbanas, com alto coeficiente de impermeabilização do solo e dificuldade de drenagem, ajudando no controle de ocorrências de inundações, amortecimento e diminuição dos problemas das vazões de cheias e, consequentemente, na extensão de prejuízos.

O sistema atua igualmente na redução do consumo e uso adequado da água potável tratada e no fomento da consciência ecológica, trazendo benefícios pedagógicos.

Paisagismo sustentável, telhado verde e horta da creche sustentável:

Na área externa há dois pequenos bosques com espécies nativas, horta e parques infantis, onde se encontra uma casinha de boneca de madeira, também certificada pelo FSC, organização em prol do desenvolvimento sustentável das florestas e da conservação do meio ambiente, proveniente de manejo florestal.

Foi planejado um teto vivo, com a colocação de vegetação sobre a cobertura da área de trabalhos manuais.

O estacionamento da unidade apresenta piso drenante, que absorve a água de chuva, reduzindo a velocidade com que ela escoa para as galerias.

Iluminação Natural e Conforto térmico

A creche sustentável conta ainda com domos feitos de lâmina acrílica prismática no teto da circulação coberta, permitindo iluminação natural refratada de forma homogênea durante grande parte do dia. Mantas isolantes de subcobertura e forro acústico de lãs minerais biossolúveis darão maior conforto térmico e acústico ao pátio central e circulação coberta.

Creche sustentável em florianópolis
Creche sustentável em florianópolis

A capacidade é para 200 crianças e foi construída com verba do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Ministério da Educação e com recursos próprios da Prefeitura, por sua excelência, foram investidos na obra R$ 4,4 milhões.

O nome da Creche Municipal Hassis é uma homenagem ao artista plástica Hassis, falecido em Florianópolis em 2001. Por intermédio de telas, murais e ilustrações, o artista retratava a cultura catarinense e em especial as manifestações e o cotidiano da Capital.

A obra estava prevista para ser finalizada ainda em 2014, mas sofreu atrasos devido ao trâmite burocrático necessário à liberação de verbas do BID. 

Fonte: Prefeitura de Florianópolis

Fotos: Petra Mafalda/PMF

Rio terá sistema de compartilhamento de carros elétricos

Depois do Bike Rio, a cidade maravilhosa deve ter um sistema de compartilhamento de carros elétricos, ou carsharing, como é conhecido internacionalmente, até 2016. A frota inicial estimada é de 300 automóveis movidos a eletricidade.

Foi divulgado essa semana no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro, o vencedor da concorrência para desenvolver o projeto de viabilidade do programa. O grupo vencedor, um consórcio liderado pelo grupo Radar PPP, que envolve as empresas BYD, DirijaJa, idom, PricewaterhouseCoopers (PWC) e Albino Advogados Associados, numa Parceria Público Privada (PPP), tem até seis meses para apresentar uma proposta.

O sistema será similar ao adotado em vários países europeus, como o Autolib em Paris. O automóvel fica disponível em pontos preestabelecidos e o usuário pode alugá-lo por poucas horas e deixá-lo em qualquer um dos pontos. O serviço exige um cadastramento e toda a operação, inclusive abrir e fechar o automóvel é feita pelo smartphone.

Autolib - sistema de compartilhamento de carros elétricos
‘Autolib’ : inspiração para o sistema de compartilhamento de carros elétricos do Rio – Foto: Divulgação

Após analisada a proposta entregue, se o projeto for considerado viável será aberta uma licitação para os grupos interessados em desenvolver o programa. O grupo que fará o projeto será um dos candidatos, de acordo com o que disse Ricardo Silva, coordenador de Estruturação de Projetos da Secretaria Especial de Concessões e PPPs da Prefeiturado Rio de Janeiro.

Segundo Silva, o projeto é inédito no Brasil, apesar de já existir uma experiência parecida, desde dezembro, de compartilhamento de veículos elétricos em Recife. Porém o projeto da capital Pernambucana envolve apenas um grupo pequeno de pessoas e somente dois carros importados da China que não são homologados pela legislação brasileira por não terem airbag e ABS. Também exsiste um serviço, em fase de testes, começando a funcionar, em Porto Alegre de compartilhamento de carros elétricos na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), criado por estudantes da pós-graduação, que montaram a startup MVM Technologies.

O objetivo da prefeitura tem sido reduzir o transito e a emissão de poluentes, desestimulando o uso dos carros particulares e melhorando o transporte público, vide os investimentos aplicados no VLT e nos BRTs. A implementação do sistema de compartilhamento de carros elétricos deve ajudar a diminuir o número de automóveis nas ruas, cada carro compartilhado retira entre 6 e 20 veículos, e além disso são menos poluentes.

 

Fonte: Estado de São Paulo

Fortaleza e Barcelona juntas em prol da mobilidade sustentável

Parceria firmada entre a Prefeitura de Fortaleza e a Prefeitura de Barcelona deve resultar em ações e projetos na área de urbanismo, meio ambiente e mobilidade sustentável para a capital cearense.

Este foi o resultado da audiência que o prefeito Roberto Cláudio teve, nesta quinta-feira (19/02), na sede da Prefeitura de Barcelona, um prédio histórico construído no século XIV.

“Temos a garantia de que todas a experiências que a cidade de Barcelona acumula no planejamento urbano e na organização dos equipamentos públicos, principalmente com relação à questão da mobilidade urbana e ocupação do espaço urbano, em especial de estímulo às calçadas, ciclofaixas e transporte publico, deverá resultar em muito subsídio para as nossas ações concretas na Prefeitura de Fortaleza. Hoje, o mundo vive uma intensa troca de experiências entre as cidades, porque elas se constituem no espaço de convivência real das pessoas e, nesse campo, Barcelona tem muito a repartir com outras cidades do mundo pelo avanço que tem experimentado nas últimas duas décadas”, afirmou o prefeito Roberto Cláudio.

Em visita à Barcelona Regional (Agência de Desenvolvimento Urbano de Barcelona), o Prefeito de Fortaleza, que esteve acompanhado da secretária de Urbanismo e Meio Ambiente, Águeda Muniz, e pela secretária Patrícia Macedo, da Coordenadoria de Relações Internacionais e Federativas, pôde encaminhar as propostas que vão resultar em uma consultoria para ações e projetos que deverão ser concretizados a partir do segundo semestre deste ano, em especial no desenvolvimento de operações urbanas consorciadas que irão revitalizar áreas importantes de nossa cidade.

Barcelona e Fortaleza mobilidade sustentável
Em visita à Barcelona Regional, o Prefeito pôde encaminhar as propostas que vão resultar em uma consultoria para ações e projetos

A reunião de trabalho na Agência de Desenvolvimento Urbano de Barcelona com o diretor geral da Barcelona Regional, Willy Muller, e outros técnicos da instituição, serviu, principalmente, para alinhar os termos da cooperação que vai permitir à Prefeitura de Fortaleza avançar em áreas e temas em que a cidade tem acumulado um déficit histórico pela falta de planejamento estratégico.

“Queremos construir o pensamento e as condições objetivas para implementar ações que resultem em benefício para o cidadão, seja pela melhoria do transporte público ou pela valorização de espaços para o pedestre. Precisamos priorizar calçadas e a ocupação de espaços públicos pelo cidadão e sabemos que as reflexões e as experiências de Barcelona Regional vão nos auxiliar muito nas ações futuras da Prefeitura”, afirmou o prefeito Roberto Cláudio.

Fonte: Prefeitura de Fortaleza



Mosler Lofts: Um loft sustentável nos Estados Unidos

Este edifício, situado no distrito de Beltown, ao extremo norte de Seattle, nos Estados Unidos, projetado pelo escritório Mithun e construído no ano de 2008, conseguiu a certificação de construção sustentável LEED Prata.

O complexo de 12 andares inclui 558m2 de espaço comercial e vias de pedestres, possui 150 lofts que oferecem qualidade ambiental como uma opção de vida urbana para a crescente comunidade do centro de Seattle viver/trabalhar.

Mosler Lofts - Loft Sustentável
Imagem: Benjamin Benschneider

De dentro para fora, o projeto inclui uma série de características verdes que foi o motivo maior de compra pelos cidadãos.

O Mosler Lofts apresenta uma série de zonas coletivas que ajudam a criar um certo espírito comunitário: área de estar, terraço ajardinado na cobertura, biblioteca, galeria de arte, centro de negócios, cafeteria e um blog para a comunidade.

A estrutura da edificação é de concreto e aço. A equipe de design trabalhou com a ideia de aproveitar a cobertura para poder instalar um conjunto de coletores fotovoltáicos orientados para o sul.

Edifício Sustentável
Imagem: Benjamin Benschneider

O edifício tem bons acessos: a pé, de bicicleta, de ônibus ou de carro. Os moradores, caso membros do clube de associados, têm a disposição um serviço de aluguel de automóveis híbridos. Apesar do próprio design impulsionar o uso do transporte público, pois o acesso ao mesmo se encontra a poucos passos, o edifício conta com um estacionamento no subsolo, maximizando o uso do terreno e limita a vaga de um carro por apartamento. A garagem também possui um sistema de recarga de combustível alternativo.

Nas fachadas foram utilizados vidro com funções de iluminação natural (o que corresponde a 60%) e aquecimento passivo. O edifício dispõe de 55% de ventilação natural; 43% da zona exterior ao nível da rua é ajardinada, com vegetação de baixa manutenção; 18% da cobertura tem vegetação. Outros aspectos ambientais a considerar são as aberturas manuais, coberturas que fazem sombra, um sistema de proteção solar nos interiores e vidraça recuada, que contribuem para reduzir a carga térmica do edifício, onde pretendem compensar 35% do consumo elétrico em dois anos.

 

Loft sustentável
Imagem: mithun.com

 

Artigo enviado pela Arquiteta Gabriella Machado – graduada pela Universidade Salvador – UNIFACS

Primeira grande fábrica de painéis solares no Brasil inicia as suas operações

Primeira grande fábrica de painéis solares no Brasil inicia as suas operações esse mês. Localizada em Valinhos -SP, a  Globo Brasil Indústria de Painéis Solares também é a primeira indústria de grande porte do setor na América do Sul.

O investimento na fábrica de 30 mil metros quadrados, feito principalmente por um investidor europeu, foi de R$ 50 milhoes e irá gerar 230 empregos diretos. Foram três anos de pesquisas para que o projeto se tornasse realidade.

Neste momento, serão produzidos os primeiros lotes de teste, a produção para o mercado deve começar em abril ou maio. A capacidade de produção será de 580 mil painéis por ano, mas a expectativa é implantar uma nova linha de produção em 2016 para fabricar até 1 milhão de painéis por ano.  Além da capacidade produtiva, a Globo Brasil se destacará também pela qualidade dos painéis, que possuem uma eficiência energética de 17,6% a 17,8%.

Os painéis serão montados na fábrica, mas a  matéria-prima e os componentes para montagem dos painéis serão importados da Europa e Ásia. A intenção é que com o aumento da escala de produção, os fornecedores desses componentes instalem fábricas no Brasil.

 

fábrica de painéis solares no Brasil
Visita do presidente da Globo Brasil, onde apresentou os detalhes da fábrica ao lado do engenheiro Flavio Afonso e da responsável pelo Departamento de Planejamento, Elaine Degaspari, acompanhados pelo prefeito Clayton Machado. Foto: Prefeitura de Valinhos

 

O mercado brasileiro de energia solar deve crescer muito nos próximos anos com a necessidade de aumentar as fontes alternativas na matriz energética nacional. A microgeração começou a ganhar força a partir de 2012, quando a Agência Nacional de Energia, através da Resolução 482, estabeleceu que qualquer residência e empresa que produzir energia renovável, com até 1 megawatt de potência instalados, poderia disponibilizar o excedente ao sistema e ficar com um crédito.

O custo inicial do sistema ainda é alto, mas a promessa de retorno do investimento é de em média 6 anos e o produto tem 25 anos de vida útil. Para facilitar a compra a empresa oferecerá financiamento com o cartão do BNDES.

 

 

Captação de água da chuva pode se tornar obrigatório no Minha Casa, Minha Vida

A implantação de sistemas de captação da água da chuva poderá ser obrigatória nos empreendimentos do Programa Minha Casa, Minha Vida.

É o que estabelece o Projeto de Lei do Senado (PLS) 15/2015, que acabou de ser apresentado na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).

Do senador Ivo Cassol (PP-RO), o projeto estabelece que os empreendimentos do programa deverão observar a adequação ambiental e atender, sem prejuízo de outros fatores, a obrigatoriedade da implantação de sistemas de coleta, armazenagem e uso de águas pluviais.

Na justificativa do projeto, Cassol diz que o drama da escassez de água hoje atinge todas as regiões do país e exige crescente atenção do poder público e da sociedade.

Captação de água da chuva pode se tornar obrigatório no Minha Casa, Minha Vida
Empreendimento do Minha Casa, Minha Vida, em São José do Rio Preto (SP) – Foto: Tiago Falqueiro/Blog do Planalto

Cassol informa que, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), até 2025, cerca de 3 bilhões de pessoas estarão sujeitas a “estresse hídrico” caso sejam mantidas as condições atuais de disponibilidade, gestão e utilização da água.

No Brasil, acrescenta o senador, embora haja grande disponibilidade hídrica, os problemas de abastecimento decorrem de fatores tais como o consumo intensivo, o desperdício e a degradação de mananciais.

O autor argumenta que a utilização de água potável para limpeza de calçadas, irrigação de jardins e descargas sanitárias, entre outras formas impróprias de utilização, mostra que devem ser adotadas medidas de racionalização do uso da água e de conscientização da população para a importância “desse já escasso recurso natural”. Usos dessa natureza, diz Cassol, podem ser atendidos pela captação e reserva de águas pluviais, medida que, além de “mostrar-se muito mais razoável, contribui para atenuar o fluxo da drenagem em situações de chuvas intensas”.

O senador lembra que cidades como Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro já vêm adotando exigências do gênero para novas construções. Cassol destaca a relevância social do projeto e a contribuição que ele pode dar para o uso racional dos recursos hídricos.

O risco de desabastecimento de água tem motivado a apresentação de outros projetos sobre o tema, neste início de 2015. Projeto do senador Humberto Costa (PT-PE), por exemplo, estabelece medidas para promover o aproveitamento de água de chuva e o abastecimento com água de reúso (PLS 13/2015).

 

Fonte: Agência Senado



Feicon Batimat 2015 – Salão Internacional da Construção

A Feicon Batimat 2015 – 21 Salão Internacional da Construção – acontecerá, em São Paulo, nos dias 10 a 14 de marco no Anhembi. Considerado um  evento referência para o setor da construção civil na América Latina, apresenta-se como um encontro ideal para a geração de negócios das grandes marcas com os seus principais revendedores e distribuidores, para apresentação de lançamentos, produtos e novas tecnologias.

Simultaneamente ao evento, acontecerá um Ciclo de Palestras, promovendo seminários que  reúnem profissionais de renome nacional e internacional em apresentações técnicas, palestras, painéis de debates e estudos de casos.

Destacamos algumas palestras sobre a sustentabilidade na construção civil que acontecerão na Feicon Batimat 2015:

Introdução ao PBE-Edifica – Curso Técnico 1 / Fundação Vanzolini
10 mar 2015, 14:00 – 17:50
Palestrante: Nelson Solano , Diretor, GEROS ARQUITETURA EIRELE FAVORITOS

Seminário PINI: Uso Racional de Água e Energias Renovavéis na Construção Civil
11 mar 2015, 09:00 – 18:00

Sustentabilidade na Construção Civil
11 mar 2015, 09:10

Resiliência no Ambiente Urbano
11 mar 2015, 10:30 – 11:20

Conservação e Reutilização das Águas
11 mar 2015, 11:20 – 12:10

Redução de Custos com Mais Eficiência na Edificação
11 mar 2015, 13:40 – 14:30

Introdução ao RGMAT: ACV e EPD – Curso Técnico 2 / Fundação Vanzolini
11 mar 2015, 14:00 – 17:50

Monitoramento e Desperdício de Água nas Redes
11 mar 2015, 14:30 – 15:20,

Retrofit de Instalações
11 mar 2015, 15:40 – 16:40, Hotel Holiday Inn

Energia Fotovoltaica
11 mar 2015, 16:40 – 17:40

O Fluxo do Projeto em BIM: Building Information Modeling – Guia AsBEA – Boas Práticas em BIM
12 mar 2015, 09:30 – 10:10

Estudo de Caso 01 – SIP – Construção Estrutural com Painéis Termo Isolantes
13 mar 2015, 10:50 – 11:10, Hotel Holiday Inn

Estudo de Caso 02 – STEEL FRAMING na Habitação Social
13 mar 2015, 11:10 – 11:30

Seminário Normas de Desempenho
13 mar 2015, 14:00 – 18:00
Confira a programação completa.

 

INFORMAÇÕES GERAIS:

Data: 10 a 14 de Março de 2015
Horário: terça a sexta das 11h às 20h e sábado das 9h às 17h
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi – São Paulo/SP – Brasil

Sistema inovador aproveita a água do chuveiro para reuso

A invenção simples e inovadora do designer Alberto Vasquez, da Igen Design, aproveita a água do chuveiro para reuso. Apelidado de Gris, o equipamento coleta até 90% da água de um banho; uma grande economia, principalmente em tempos de crise hídrica.

O sistema é composto por quatro células interligadas, funcionando como um tablado, que capta a água do chuveiro e tem capacidade para armazenar até 40 litros de água, que normalmente seria desperdiçada.

Depois do banho, o que foi coletado, pode ser usado para fazer limpeza, dar descarga, ou para regar plantas.

 aproveita a água do chuveiro para reuso

Normalmente em um banho gasta-se de 20 a 30 litros de água, que pode ser reaproveitada pelo sistema.

As águas residuais de uso domésticos, como lavar louça, roupa e tomar banho, são chamadas de águas cinzas – águas grises em espanhol – o que originou do nome do equipamento.

 aproveita a água do chuveiro - Gris

Cada célula armazena 10 litros, que são desmontáveis, o que facilita o  reúso.

 aproveita a água do chuveiro para reuso - Gris - Igendesign

O designer que hoje mora na Húngria, passou parte da sua infância numa comunidade na Colômbia, onde viu que pessoas têm muitos problemas por carência de água potável.

Essa foi a sua motivação para criar este sistema inovador aproveita a água do chuveiro para reuso, que recebeu dois prêmios internacionais de design.

Por enquanto esse é só um protótipo e ainda não está disponível para venda. Mas Alberto garante que o produto terá preços acessíveis, ele estima que custará entre R$ 60 e R$ 80.

Sistema inovador aproveita a água do chuveiro para reuso

Imagens: Igendesign



Sustentabilidade será critério para obtenção de financiamento do FGTS

Os financiamentos com recursos do FGTS serão condicionados à sustentabilidade de projetos, de acordo com a resolução aprovada pelo Conselho Curador do FGTS  que define a política socioambiental que determinará diretrizes até o ano de 2022 para concessão de recursos financeiros

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), atendendo às diretrizes estabelecidas no seu Plano Estratégico, para o período de 2012 a 2022, aprovou a Política Socioambiental do FGTS. Por essa política, a partir da regulamentação da medida, só serão autorizados financiamentos com recursos do FGTS a projetos que sigam os princípios de prevenção e mitigação de impactos ambientais, o uso responsável dos recursos naturais, além da proteção aos direitos dostrabalhadores e direitos humanos, da proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, paisagístico e arqueológico.

A Política Socioambiental do FGTS, definida pela Resolução nº 761, de 09 de dezembro de 2014, busca contribuir para o processo de desenvolvimento sustentável brasileiro.

Também estão previstas na Política Socioambiental do FGTS a adoção de ações que garantam a utilização de madeira de reflorestamento (ou nativa de origem legal), a criação de espaços com áreas verdes nos empreendimentos imobiliários financiados pelo Fundo, para garantir maior conforto térmico e reduzir a impermeabilização do solo, além de ações de uso racional de energia e sistemas de saneamento e infraestrutura nas edificações.

O Ministério das Cidades, gestor da aplicação dos recursos do FGTS, e a Caixa Econômica Federal, agente operador do FGTS, terão seis meses para regulamentar a Política Socioambiental do FGTS e colocá-la em prática em todas os financiamentos e ações do Fundo.

Fonte: Agência de Notícias da Caixa

O FGTS é uma das principais fontes de recursos no país para o financiamento de obras de habitação, saneamento e infraestrutura, segmentos essenciais ao desenvolvimento nacional e que também são responsáveis por modificações importantes na paisagem urbana e por mudanças no consumo de recursos naturais, na geração de resíduos sólidos e nas emissões atmosféricas.

FGTS e sustentabilidade
Obra da Minha Casa Minha Vida com financiamento do FGTS – Crédito da foto: caixa.gov.br



“Aspectos da Construção Sustentável no Brasil e Promoção de Políticas Públicas”

“Aspectos da Construção Sustentável no Brasil e Promoção de Políticas Públicas”, é um estudo técnico encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) ao Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) desenvolvido em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

A publicação está composta em três capítulos sobre os temas água, energia e materiais e traz a perspectiva de como avançar a sustentabilidade na construção civil.

O principal objetivo do estudo é servir de subsídio para que o governo federal desenvolva futuras políticas de promoção da construção civil sustentável, com recomendações para o aprimoramento do desempenho do setor.

A iniciativa faz parte da preparação para subsidiar o 2º ciclo do Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS), previsto para acontecer de 2015 a 2018. O PPCS foi lançado pelo MMA, por meio do departamento de Produção e Consumo Sustentáveis, em 2011, com o objetivo de fomentar políticas, programas e ações que promovam a produção e o consumo sustentáveis no país.

A publicação traz uma pesquisa que foi realizada com profissionais do setor, além de abordar as necessidades e oportunidades do ramo. O estudo técnico propõe ações para eficiência energética, uso racional de água e destinação de materiais no ambiente construído.

O setor da construção tem alto consumo de recursos naturais e gera grandes volumes de resíduos. O Conselho Internacional da Construção (CIB) aponta a indústria da construção como o setor que mais consome recursos naturais e utiliza energia de forma intensiva. Estima-se que mais de 50% dos resíduos sólidos gerados pelo conjunto das atividades humanas sejam provenientes da construção.

 

DESAFIOS:

A publicação também aborda desafios do setor, como a necessidade de ampliar o conhecimento sobre o tema construção sustentável, de realizar campanhas de esclarecimento à população, de desenvolver capacitações técnicas dos envolvidos, de criar ferramentas específicas, de disponibilizar novos incentivos e linhas de financiamentos e de demandar legislação e regulamentos específicos.

O estudo foi encomendado ao CBCS por congregar experiência técnica em áreas estratégicas e reunir diferentes profissionais do setor da construção. O Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, é uma OSCIP, de âmbito nacional, criada em agosto de 2007, uma entidade de representação neutra, com objetivo de contribuir para a geração e difusão de conhecimento e de boas práticas de sustentabilidade na construção civil

Confira a publicação completa -“Aspectos da Construção Sustentável no Brasil e Promoção de Políticas Públicas” 

 

Fonte: MMA

Selo Energia Verde certificará empresas produtoras e consumidoras de energia de biomassa

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) lançaram o Selo Energia Verde nesta segunda-feira (26/1), que certificará empresas produtoras e consumidoras de uma energia limpa e renovável- a biomassa, por meio de um acordo de cooperação entre as duas instituições.

A criação do Selo Energia Verde representa a entrada em vigor do Programa de Certificação da Bioeletricidade, que permitirá a troca de informações entre UNICA e CCEE para a confirmação sobre a origem contratual da energia comercializada pelas usinas movidas a biomassa de cana no mercado livre de energia.

Selo Energia Verde

Do lado dos consumidores, serão certificados aqueles que tenham pelo menos 20% da energia elétrica consumida adquirida junto a usinas de biomassa de cana-de-açúcar. Já as usinas geradoras de bioeletricidade poderão receber o Selo Energia Verde desde que atendam a critérios de sustentabilidade constantes do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro Paulista, assinado pelo governo paulista e setor sucroenergético em 2007, e requisitos de eficiência energética.

O presidente do Conselho de Administração da CCEE, Luiz Eduardo Barata Ferraira, destaca a satisfação da instituição em fazer parte de um projeto como este. “A verificação, pela CCEE, do cumprimento dos critérios pelas usinas e consumidores permitirá que o Selo Energia Verde se torne um diferencial, que agregará valor tanto para o gerador como para o comprador da energia produzida a partir da biomassa da cana-de-açúcar”, afirma Barata.

Em 2014, foram produzidos 20.815 mil gigawatts/hora (GWh), de energia elétrica proveniente da fonte biomassa, 20% acima do realizado em 2013. Essa quantidade seria capaz de abastecer 11 milhões de residências ouequivalente a 52% daenergia que será produzida por Belo Monte, a partir de 2019. Além disso, sem o uso da biomassa na matriz elétrica brasileira, o nível de emissões de CO2 na atmosfera seria 24% maior.

Ainda assim, a bioeletricidade pode ir além. “Com o pleno uso energético da biomassa da cana, o potencial técnico dessa fonte poderia chegar a 20 mil MW médios até 2023, o que corresponde à energia produzida por duas usinas Itaipu. E, certamente, este programa de certificação contribuirá para aproveitarmos cada vez mais o seu potencial”, avalia Elizabeth Farina, presidente da UNICA.

Os primeiros selos, entregues em cerimônia realizada na sede da UNICA em São Paulo, contemplaram, na categoria de consumidores, as empresas Duratex e Unilever, que adquirem energia gerada por biomassa de cana-de-açúcar comercializada no mercado livre de energia elétrica. Entre os produtores, receberam a certificação Adecoagro, Alta Mogiana, Guarani (Grupo Tereos), Noble, Raízen, São Martinho e Zilor.

 

Fonte e imagens: CCEE

Livro – Em Busca de uma Arquitetura Sustentável para os Trópicos

O livro Em Busca de uma Arquitetura Sustentável para os Trópicos de Oscar Corbella e Simos Yannas, lançado em 2003, parte da conclusão de que a maioria das construções atuais nas regiões tropicais não garantem conforto térmico aos seus usuários.

São apresentadas propostas de soluções, descrevendo de maneira objetiva, os conceitos de física aplicada necessários à construção de prédios ecologicamente corretos.

Resenha Livro – Em Busca de uma Arquitetura Sustentável para os Trópicos:

Antigamente, a arquitetura estruturada através da experiência de sucessivas gerações, que buscavam as condições ideais de construir e morar, era igualmente disponível a todas as camadas da sociedade.

Hoje, nas grandes cidades, onde todos moram mal, à míngua de soluções lógicas, baratas e acessíveis, busca-se insistentemente a diferenciação qualitativa e soluções imaginativas.

Corbella se propõe ensinar princípios em prol de uma arquitetura sustentável para os Trópicos. Ele relata análises feitas em pesquisas em prédios para determinar seus atributos de conforto, por uma equipe de professores e alunos da FAU/UFRJ e da AASA de Londres.

Descreve e analisa também outros exemplos e mostra como usar os conceitos naturais na arquitetura e porque se devem empregar determinadas estratégias para conseguir um projeto arquitetônico com conforto ambiental em clima tropical.

Livro - Em Busca de uma Arquitetura Sustentável para os Trópicos

Estudam-se as conseqüências da energia solar sobre o edifício e como praticar seu controle, os efeitos da inércia térmica e os benefícios da ventilação sobre os usuários, quais os cuidados para obter uma boa iluminação natural e amortecer o ruído excessivo.

Fonte da Resenha: Books Google

Editorial Revan, 2003

Conceitos de Desenvolvimento Sustentável e Compensação Ambiental do Estatuto da Metrópole

Metrópole é o termo empregado para se designar as cidades centrais de áreas urbanas formadas por cidades ligadas entre si fisicamente ou através de fluxos de pessoas e serviços ou que assumem importante posição na rede urbana da qual fazem parte.

No Brasil estão definidas 60 regiões metropolitanas e cinco aglomerações urbanas. Essas áreas, que abrigam mais de 100 milhões de brasileiros, são prementes as demandas por políticas públicas de desenvolvimento sustentável.

No dia 12 de janeiro de 2015 a presidente Dilma sancionou o Estatuto da Metrópole, que tem como objetivo promover a integração de ações entre os municípios que formam uma metrópole, em parceria com os governos estadual e federal. Essas ações teriam funções públicas de interesse comum, ou seja, que seja inviável para um município realizar sozinho ou que cause impacto em municípios vizinhos. São exemplos: transporte público, saneamento básico, habitação e destinação final de lixo.,

7 principais conceitos principais do Estatuto da Metrópole:

1. O que é o Estatuto da Metrópole?

É uma lei federal, sancionada no dia 12 de janeiro, que tem o objetivo de criar regras para a governança compartilhada de grandes aglomerados urbanos que envolvam mais de um município, como já acontece nas principais capitais do Brasil. Ela fixa diretrizes gerais para o planejamento, a gestão e a execução de políticas públicas em regiões metropolitanas e aglomerações urbanas instituídas pelos estados.

2. O que é metrópole?

É o espaço urbano com continuidade territorial que, em razão de sua população e relevância política e socioeconômica, tem influência nacional ou sobre uma região. È considerada aglomeração urbana a unidade territorial constituída pelo agrupamento de dois ou mais municípios vizinhos, caracterizada por complementaridade funcional e integração das dinâmicas geográficas, ambientais, políticas e socioeconômicas.

3. Como se institui oficialmente uma região metropolitana?

Os Estados poderão instituir regiões metropolitanas de forma a integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. O Estado e os municípios inclusos em região metropolitana deverão promover a governança interfederativa, sendo que a instituição de região metropolitana que envolva Municípios pertencentes a mais de um Estado será formalizada mediante a aprovação de leis complementares pelas assembleias legislativa do Estados envolvidos. As mencionada leis complementares definirão os Municípios integrantes da unidade territorial urbana, as funções públicas de interesse comum que justificam a instituição da unidade territorial, a conformação da estrutura de governança interfederativa e os meios de controle social da organização, planejamento e da execução das funções públicas de interesse comum.

4. Como funciona a governança interfederativa?

Segundo o Estatuto da Metrópole, a governança interfederativa deve respeitar os seguintes princípios: prevalência do interesse comum, compartilhamento de responsabilidades; autonomia dos entes da Federação; observância das peculiaridades regionais e locais; gestão democrática da cidade; efetividade no uso de recursos públicos; e busca de desenvolvimento sustentável. Ainda deverão ser observadas diretrizes como: implantação de processo permanente e compartilhado de planejamento quanto ao desenvolvimento urbano; sistema integrado de alocação de recursos e prestação de contas; execução compartilhada das funções públicas; participação de representantes da sociedade civil nos processos de planejamento e tomada de decisão; compatibilização das leis orçamentárias dos entes da governança interfederativa; e compensação por serviços ambientais. O Estatuto prevê ainda que essa governança se dê com a participação da população, com órgãos colegiados de política urbana; debates, audiências e consultas públicas; conferências sobre assuntos de interesse urbano e iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano.

5. O que significam os conceitos de “desenvolvimento sustentável” e “compensação ambiental”, dispostos no Estatuto?

A busca do desenvolvimento sustentável é um dos princípios da governança interfederativa das regiões metropolitanas e das aglomerações urbanas. Já a compensação ambiental é um instrumento do desenvolvimento urbano integrado, feita a partir de serviços ambientais e outros prestados por um município à metrópole. Por exemplo, um município que possui um aterro sanitário que recebe dejetos de outras cidades deve ser compensada pelas outras prefeituras.

6. Quais serão os instrumentos para implementar o Estatuto?

São previstos dez instrumentos para a gestão compartilhada, constando dentre eles consórcios públicos, convênios de cooperação, contratos de gestão, parcerias público-privadas interfederativas e a possibilidade de compensação por serviços ambientais.

7. O que era o Fundo Nacional de Desenvolvimento Urbano Integrado, vetado pela presidente da República?

O Fundo teria a finalidade de captar recursos financeiros e apoiar ações de governança interfederativa. Os recursos do fundo poderiam vir da União, dos Estados e Municípios nas obras de funções públicas de interesse comum, ou ainda de contribuições e doações de pessoas físicas ou jurídicas, entidades e organismos de cooperação nacionais ou internacionais.

 

Fonte: CAU



Restaurante sustentável no RJ recebe o selo Qualiverde

Restaurante sustentável no Rio de Janeiro é o primeiro empreendimento comercial a receber o selo Qualiverde de construção sustentável. Além da arquitetura eco-eficiente o restaurante tem projetos sociais e atividades em diferentes áreas relacionadas à sustentabilidade.

O escritório responsável pelo projeto do Restaurante Ibérico, Beti Font Arquitetura Sustentavel & Lighting Design, teve como desafio realizar num empreendimento comercial soluções sustentáveis atendendo a realidade econômica do empreendimento e obter o selo Qualiverde na reforma, uma qualificação desenvolvida pelo conselho Municipal de Política Urbana do Rio de Janeiro, que concede benefícios fiscais e edilícios às construções sustentáveis.

A construção inicial, precisava de grandes adaptações, melhorar o aproveitamento da luz natural foi a primeira. Foram feitas grandes aberturas no volume existente e parte de fachada foi demolida, resultando em um terraço com mais espaço e em dois grandes salões que guardam transparências e vivacidade.
Somou-se à volumetria um terceiro pavimento em steelframe pré-fabricado e um telhado verde, proporcionando maior conforto térmico e minimizando o impacto deste pavimento sobre o entorno.

Restaurante SustentávelRestaurante Sustentável

Várias soluções sustentáveis foram introduzidas no projeto. A água – a cada dia um bem mais precioso – ganhou atenção especial e foi tratada de diferentes maneiras.

Nas áreas externas foi criado um sistema de captação de água pluvial. Filtrada, ela rega o telhado verde e o jardim vertical ornado com plantas nativas. A mesma água pluvial tratada é reutilizada também para a lavagem de pisos e áreas externas com as torneiras instaladas. Para que este uso fosse racional, torneiras com dispositivos de economia e vasos sanitários com o sistema ecoflush foram instalados juntamente com piso drenante para oferecer melhor qualidade à terra e alívio ao sistema de esgotamento da área.

Restaurante Sustentável - Ciclo da água
O telhado verde, além de ser um enriquecimento visual para a vizinhança, cria um isolamento térmico natural ao edifício. Outras soluções, como aquecimento solar de água, grandes aberturas na fachada facilitando a entrada da luz natural, iluminação artificial de LEDS (com redução substancial do consumo de energia), circuitos independentes e sensores de presenças acumulam fatores de alta eficiência energética.

Telhado verde restaurante sustentável
Chef Jan Santos do Restaurante Ibérico no seu telhado verde

Na decoração, foram escolhidos materiais de acabamento natural e ecológico: as tintas são à base de terra; o isolamento acústico de Rockwool, PET reciclada e fibras de madeira mineralizada; as madeiras são reaproveitadas de demolição ou certificadas; dormentes compõem o carpete vermelho da entrada; refugos de uma metalúrgica carioca deram forma às mesas de terraço; e vergalhões de outras obras foram reutilizados para a fabricação da adegas e corrimão.

restaurante sustentável com selo Qualiverde
Há, ainda e indispensavelmente, a adoção de práticas sociais e ambientais no dia-a-dia da operação. Exemplo, o ciclo dos ingredientes da cozinha: eles vêm de fornecedores certificados da região metropolitana. E há uma horta local para o cultivo de temperos e especiarias e a coleta seletiva de sobras e resíduos.

Um inovador tratamento de água de osmose inversa garante água mineral nas versões com e sem gás. A água é engarrafada no local e vendida para o comensal que quiser integrar-se a um projeto sócio-sustentável, já que parte da arrecadação com a venda de cada garrafa é destinada a uma ONG dedicada à formação de novos chefes. O restaurante está também vinculado à Gastromotiva, instituição que utiliza a gastronomia para promover a inclusão social.

Todas as práticas adotadas faziam parte de tecnologias e ideias existentes. Juntá-las em um único projeto lhe deu a originalidade da receita da sustentabilidade.

Restaurante Sustentável - Planta baixa - Restaurante Ibérico

Planta Baixa – Restaurante Ibérico

Restaurante Sustentável Ibérico
Planta Baixa 1 pav – Restaurante Ibérico

Restaurante Sustentável - Selo Qualiverde
Planta 2 pav e Cobertura – Restaurante Ibérico

 

Imagens e texto cedidos por Beti Font

 

Saiba mais sobre o Qualiverde e outras certificações de construções sustentáveis

Rio, São Paulo e BH ganham prêmio internacional de transporte sustentável

Três cidades brasileira conquistaram a premiação global Sustainable Transportation Award 2015 (STA) de transporte sustentável. Os vencedores foram anunciados numa cerimônia em Washington DC essa semana.

O premio global é concedido a cidades que tenham implantado projetos inovadores e de destaque no campo do transporte sustentável durante o último ano. Todo ano, uma só cidade com as melhores práticas é escolhida como agrande vencedora. Neste ano, no entanto, o STA decidiu reconhecer três cidades brasileiras:Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.

O STA é uma realização do ITDP – Institute for Transportation and Development Policy em parceria com o Comitê Diretor do Sustainable Transport Award. Ele acontece anualmente, desde 2005, e os projetos premiados devem melhorar a mobilidade para todos os cidadãos, reduzir a emissão de gases do efeito estufa, bem como melhorar a segurança e o acesso de ciclistas e pedestres no espaço público. No ano passado, a cidade de Buenos Aires conquistou o prêmio.

É animador testemunhar a melhora do cenário brasileiro, que reflete boas práticas com potencial para inspirar e replicá-las a outras cidades. O reconhecimento internacional atesta a excelência do trabalho realizado e projeta desafios para que as cidades avancem ainda mais.
As outras cidades que concorreram ao STA 2015 foram Bhopal (Índia), Brasília (Brasil), Cape Town (África do Sul), Gurgaon (Índia), Hensinki (Finlândia), Iloili City (Filipinas), Milão (Itália), Surat (Índia) e Toluca (México).

 

Conheça mais o trabalho realizado por cada uma das cidades vencedoras da premiação de transporte sustentável:

BELO HORIZONTE:
Com o BRT MOVE, Belo Horizonte transformou o ambiente urbano abrindo espaço para as pessoas e o transporte sustentável. Antes, nesta avenida circulavam somente veículos motorizados. Agora, há ciclovia, corredor de ônibus e calçadas para pedestres.

transporte sustentável BH
Foto: Mariana Gil/EMBARQ Brasil

Belo Horizonte foi o primeiro município brasileiro a desenvolver um plano de mobilidade alinhado à Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), o PlanMob-BH, que projeta ações para os próximos 20 anos. O Plano engloba mecanismos de empoderamento da população, como o Observatório da Mobilidade, pelo qual os cidadãos podem expressar suas demandas junto à gestão municipal.

O PlanMob-BH também projeta a ampliação do sistema de transportes e o desenvolvimento urbano sustentável, pois entre os grandes desafios reconhecidos pelo sexto maior município brasileiro está o aumento da taxa de motorização individual, que cresceu 7,3% em sete anos, ao passo que as viagens por transporte coletivo cresceram apenas 3,2%.

Em março de 2014, a capital mineira inaugurou o primeiro corredor do seu sistema BRT (Bus Rapid Transit), o MOVE. Ele foi desenvolvido ao longo de quatro anos, da concepção à inauguração, dentro das melhores práticas internacionais, tendo contado com apoio técnico da EMBARQ Brasil. Hoje, são 480 mil passageiros transportados diariamente em dois corredores, Cristiano Machado e Antonio Carlos. Com o sistema, o tempo médio de viagem foi reduzido em 40%. Mais um corredor ainda está em execução e, quando concluído, o MOVE totalizará 23,1 km de extensão e mais de 500 mil pessoas beneficiadas.

Além do BRT, o espaço urbano foi revitalizado ao redor do sistema com base no conceito do desenvolvimento orientado ao transporte. A cidade ganhou vida, as pessoas ganharam espaço e a economia local ganhou mais força. Além disso, a capital mineira prevê uma rede cicloviária de 320 km de ciclovias, dos quais 27 km já foram concluídos.

RIO DE JANEIRO:
Quem passa hoje pela 3ª capital mais congestionada do país pode testemunhar a transformação urbana que vem sendo realizada de forma gradual – nas ruas e nas pessoas.

Com um transporte coletivo de alta capacidade, 400 mil pessoas ganharam mais agilidade para se deslocar no Rio de Janeiro. Cidade vem transformando realidade urbana em prol das pessoas.

transporte sustentável RJ
Foto: Mariana Gil/EMBARQ Brasil

A cidade conta hoje com uma rede de corredores BRT que beneficiam 400 mil cariocas que se deslocam de um canto a outro da cidade. Atualmente operam o TransOeste e o TransCarioca, que totalizam 95 km de vias dedicadas. Em operação completa, a rede BRT contará também com os corredores TransOlímpica e TransBrasil, os quais somarão cerca de um milhão de pessoas.

No ano que vem, a meta é prover o acesso de mais de 60% da população a uma rede completa de transporte coletivo, desde BRT, até sistemas sobre trilhos e VLT. Todos integrados através do Bilhete Único, cartão de pagamento eletrônico. É um importante passo para garantir mais igualdade social, com acesso a empregos, saúde, educação e lazer. Além do transporte coletivo, um importante ativo para a fórmula urbana da cidade são as redes cicloviárias e os bicicletários, com previsão de concluir 450 km de ciclovias até o ano que vem.

Além das obras estruturantes, a capital criou o Conselho Municipal de Transporte, um órgão deliberativo entre governo e sociedade civil a fim de elaborar diretrizes para política de mobilidade, analisar e propor medidas de concretização das políticas públicas sobre transportes e fiscalizar a implantação dessas iniciativas.

SÃO PAULO:
A combinação entre investimentos massivos na qualificação do transporte coletivo e do ambiente urbano e uma política de dados abertos colocaram São Paulo no rol das cidades globais que vêm trabalhando para se tornar mais eficientes e melhores para os residentes.

Política de dados abertos e qualificação do transporte coletivo posicionaram São Paulo no ranking do STA 2015. E quem se beneficia é a população.

transporte sustentável SP
Foto: Fabio Arantes/Prefeitura de São Paulo

A grande inovação foi o MobiLab, laboratório em que empreendedores e pesquisadores criam soluções, aplicativos e tecnologias através dos dados para vencer os desafios de mobilidade da cidade. Ele não venceu o prêmio sozinho, mas trabalha em sinergia com cada um dos bons resultados que a cidade teve ao longo do ano.

A Operação Dá Licença para o Ônibus, que resultou em 320 km de vias dedicadas e no aumento médio de 21% na velocidade de operação do modal. Foi uma medida – ainda em andamento – fundamental porque, apesar de a maioria dos deslocamentos na capital serem por transporte coletivo, usuários estavam sendo penalizados no tráfego misto. Com as faixas, os paulistanos ganharam 40,7 minutos por dia em 2014, o que corresponde a um saldo de 20 horas ao mês.

São Paulo também sancionou, em 2014, um novo Plano Diretor que reformou o modo de lidar com questões urbanas como a mobilidade. Ele deixa claro o papel dos sistemas de transporte coletivo para a transformação urbana através do desenvolvimento orientado ao transporte. O Plano estimula o uso misto do solo, calçadas largas, fachadas ativas em prédios e a desobrigação de garagens para novos empreendimentos, além de incentivos fiscais para a doação de terrenos para construção de corredores.

Investimentos em projetos de Gestão da Demanda de Viagens (GDV) também foram considerados pelo STA 2015. A expansão acelerada da rede cicloviária foi outro aspecto que fez com que São Paulo vencesse o Sustainable Transportation Awards. Com a meta de concluir 400 km ao final de 2015, a prefeitura vem implantando 10 km de ciclovias por semana.

 

Fonte adaptada: The City Fix Brasil

10 piscinas ecológicas: para inspirar e refrescar

Piscinas ecológicas são mais agradáveis para a sua pele e para o meio ambiente., principalmente porque não precisam de cloro e o banho fica muito mais agradável, além de outras vantagens.

Veja 10 exemplos de piscinas ecológicas e inspire-se:

1- Para começar a lista, um exemplo brasileiro de biopiscina, em uma casa paulistana projetada pelo renomado arquiteto Isay Weinfeld e paisagismo de Isabel Duprat:

2-  Os famosos arquitetos Herzog & Meuron, reconhecidos pela preocupação com a sustentabilidade em seus projetos, também projetaram uma piscina biológica para um centro de lazer na Suiça:

3- Uma bela piscina natural numa pousada ecológica na badalada ilha de Ibiza – Espanha:

4-  Esse exemplo de piscina biológica vem da Inglaterra e tem até um trampolim:

5- E para quem acha que piscinas ecológicas não combinam com sofisticação, essa foto prova que é uma perfeita combinação:


6- Já para os mais adeptos ao estilo natural:

7 Piscinas ecológicas para apreciar a vista:

8-Tem até biopiscina com borda infinita, apesar de não parecer na foto:

9- Mais um modelo de piscina biológica com borda infinita:

10- Vamos pular?

 Veja mais exemplos de piscinas ecológicas e conheça as vantagens e desvantagens desse sistema.


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Projeto ecológico para um centro de gestantes na Bahia

O projeto ecológico para um Casa de Gestação foi pensado de forma a utilizar os recursos mais sustentáveis e locais do litoral Sul da Bahia, região em que está sendo construída. Paredes em terra, teto verde, saneamento ecológico entre outras técnicas foram projetadas para a casa.

A Casa de Gestação está sendo edificada na Ecovila Piracanga no Sul da Bahia. 

 

A arquiteta Irina Biletska idealizou o projeto, representando uma mulher de cócoras, e que comporta em seu desenho final: uma cozinha com balcão, uma sala de atendimento simbolizam os joelhos da gestante, uma sala central ampla para os encontros diários, que representa o ventre, a abertura no teto: o umbigo que recebe a luz e liga simbolicamente o Céu e a Terra.

Projeto ecológico - Casa de Gestação
Planta baixa

Planta Baixa – Casa de Gestação

Casa de Gestação
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Foram utilizadas árvores caídas no chão da mata ao lado. Um guia local, ajudou a encontrar as madeiras de melhor qualidade e resistência à insetos que estavam tombadas na mata.

Também foram usados troncos que chegam na praia durante a maré cheia, já tratados com sal marinho e posteriormente tratados com uma mistura de óleo de cozinha reciclado mais óleo próprio para tratar madeira.

O telhado será de piaçava e dois tetos serão verdes.

No teto verde serão cultivadas plantas medicinais que poderão ser utilizados nos cursos para gestantes oferecidos no espaço.

Em Piracanga, o terreno é arenoso e naturalmente pouco fértil, os tetos verdes se tornam, então, locais privilegiados para o plantio, e, também, por ser um local de difícil acesso para as formigas cortadeiras.

O telhado de piaçaba é uma técnica artesanal e ancestral da comunidade local.

CasadeGestacao2
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Projeto ecológico - Casa de Gestação
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As paredes serão erguidas em Hiperadobe (terra ensacada) para a Oca central e de bambu para cozinha.

Outras técnicas de terra crua, como o pau-a-pique, serão utilizadas nas paredes do consultório. Para a fundação sacos de Hiperadobe preenchidos com areia local. O piso será feito com coqueiros e em terra crua.

Nas áreas molhadas será utilizado cimento queimado e paredes em terra crua impermeabilizadas com óleo de linhaça.. Também serão utilizados tijolinhos de garrafas pet produzidos pela própria comunidade em campanha de reciclagem.

O saneamento da casa será feito com banheiro seco. Todo o resíduo produzido será compostado para produzir solo fértil para a comunidade de Piracanga, possibilitando a plantação de florestas, pomares, hortas e roçados.

O tratamento das águas cinzas (do chuveiro, máquina de lavar e pias) será conduzido para um círculo de bananeiras, sistema de tratamento ecológico e que produz bananas para alimentação! Haverá também um sistema de coleta de água da chuva.

E, finalmente, irá contar com a ajuda do sol através de painéis fotovoltaicos e de um sistema elétrico para aquecimento da água da casa.

Casa de Gestação
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Esse projeto ecológico para a Casa de Gestação é  novo e original e tem como objetivo receber as gestantes e seus familiares que chegam em Piracanga em busca de uma gravidez saudável e ativa.

A arquiteta idealizadora do projeto ecológico faz parte do grupo Lowconstrutores Descalzos, um grupo de jovens que trocam conhecimentos e vivências sustentáveis, principalmente no campo da Permacultura e da BioConstrução.

Projeto ecológico - Casa de Gestação
Casa de Gestação em construção

Imagens cedidas pela arquiteta Irina Biletska

 

Niemeyer Sustentável: Torre da FGV recebe certificação LEED

A Torre Oscar Niemeyer, parte do complexo cultural e educacional da Fundação Getulio Vargas recebeu a certificação “LEED Certified” pelo Green Building Council.

O projeto do complexo foi idealizado por Oscar Niemeyer na década de 50 mas foi finalizada em dezembro de 2013.

No terreno de 8 mil metros quadrados ao lado do edifício sede da Fundação – um novo prédio e um centro cultural, que integra as duas esplanadas. Esta foi a primeira das obras do arquiteto inaugurada após sua morte.

Niemeyer Sustentável
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O projeto sofreu alterações internas para se adaptar aos aspectos de sustentabilidade, tanto durante a obra como no seu funcionamento, que foram gerenciadas pelo arquiteto João Niemeyer, sobrinho de Oscar. Como por exemplo o uso de vidros duplos, por serem mais tecnológico e permitir melhor isolamento térmico e acústico

O LEED é um programa de certificação que avalia construções sustentáveis de alto desempenho. Esta ferramenta oferece a validação realizada por terceiros das características sustentáveis de um projeto e certifica que o edifício funciona exatamente da forma como foi planejado.

Mario Rocha, diretor de Operações da Fundação Getulio Vargas, ressalta a importância desta certificação pelo fato do LEED atestar o comprometimento de todas as etapas da obra até a inauguração do prédio, avaliando diversos fatores, como eficiência energética, qualidade dos ambientes internos, tecnologia, inovação, entre outros.

Niemeyer Sustentável
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O novo conjunto visa atender aos propósitos da Fundação nos dias de hoje e traz benefícios que extrapolam a área de atuação da FGV, permitindo a ampliação de bens públicos oferecidos pela instituição e a modernização do bairro de Botafogo.

Fonte e imagens: FGV Notícias