Brasil mantém posição de destaque no Ranking dos Green Buildings

Brasil mantém posição de destaque no Ranking dos Green Buildings, continuando na 4ª posição na lista de Países com maior número de projetos LEED. A certificação LEED contribui para os esforços do Brasil no combate às mudanças climáticas.

O U.S. Green Building Council (USGBC) anunciou o Ranking Anual dos 10 Países e Regiões com o maior número de projetos LEED. A lista reconhece mercados fora dos Estados Unidos que utilizam o LEED na construção de espaços onde as pessoas possam morar, trabalhar e estudar com melhor saúde e qualidade de vida).

O Brasil se manteve na 4a posição com mais de 460 empreendimentos certificados LEED, que totalizam mais de 14.8 milhões de metros quadrados certificados.

“Ao redor do mundo, líderes estão se comprometendo com inciativas contra as mudanças climáticas com o intuito de melhorar a qualidade da vida de cidadãos, além de garantir um futuro sustentável a todos,” diz Mahesh Ramanujam, Presidente e CEO do USGBC e do Green Business Certification Inc. (GBCI), organização global que certifica projetos LEED. “O progresso ocorre a cada nova construção e aplaudimos estes mercados por sua liderança e contribuição para que possamos entregar edifícios melhores e mais saudáveis.”

Ranking Green Buildings
Fachada do edifício Miss Silva Morizono em São Paulo – LEED Gold CS

A lista destaca países e regiões em termos de metragem certificada acumulada, considerando dados de 31 de dezembro de 2017, 6.657 projetos foram certificados, totalizando mais de 158 milhões de metros quadrados. A certificação LEED, ou Leadership in Energy and Environmental Design, é a ferramenta de orientação ambiental para edifícios sustentáveis mais utilizada no mundo, presente em 167 países, com mais de 205.800 de metros quadrados de área certificada diariamente.



Os Estados Unidos, país de origem do LEED, não está no ranking e se mantém como o maior Mercado mundial.

O LEED é uma solução global, regional e local que fornece parâmetros para edifícios, comunidades e cidades criarem espaços saudáveis, altamente eficientes e econômicos, ao mesmo tempo que melhoram a qualidade de vida de seus ocupantes.

“Trata-se de uma mudança de padrão necessária. As tendências mundiais para os próximos anos mostram que a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas serão as bases para que projetos sejam planejados, soluções sejam desenvolvidas e inovações sejam implementadas. E os profissionais e empresas no Brasil, demonstram capacidade de se colocarem nesse cenário como uma referência.” Pondera Felipe Faria, CEO do GBC Brasil e Presidente do Comitê dos GBCs das Américas pelo World GBC.

Trata-se de um mercado próspero, onde a indústria da construção sustentável movimenta trilhões de dólares, atrelando também o mercado de materiais sustentáveis, que acredita-se, chegará a um valor de $234 bilhões de dólares até 2019.

Além dos benefícios sociais e ambientais, as construções sustentáveis são consideradas hoje o melhor modelo de negócio no segmento imobiliário, agregando valor ao imóvel e promovendo economias nos custos operacionais das edificações. Estudo da Fundação Getúlio Vargas, liderada pelo Professor Phd. Odilon Costa, aponta que apenas o fator “certificação LEED”, independente de outros fatores como localização, idade da laje, tamanho, dentre outros, favorece uma valorização por metro quadrado no aluguel de 4% a 8%.

Isto sem prejudicar a ocupação, pelo contrário, também foi constatado que as construções certificadas LEED registraram taxa de vacância de 28,6%, contra 34,1% nas edificações não certificadas. O estudo analisou mais de 2.000 prédios comerciais na cidade de São Paulo entre o 1º trimestre de 2010 e 3° trimestre de 2014.

Dentre as razões da ascensão das construções sustentáveis, está o desejo das corporações em gerar economia.

Prédios verdes, por exemplo, possuem taxas de condomínio menores, bem como garantem aos consumidores que a edificação em que moram ou trabalham, isto é, onde passam a maior parte do tempo de suas vidas, possuem desempenho acima de todas as normas técnicas que disciplinam os diversos sistemas de uma edificação.

Os Green Buildings são totalmente viáveis para aqueles que os constroem, mas principalmente, são extremamente importantes para aqueles que os habitam. Em resumo, trata-se de alta qualidade influenciando não apenas o bolso, mas também na qualidade de vida e bem-estar das pessoas.

 

Fonte: GBC Brasil



Lugares saudáveis podem influenciar a saúde tanto quanto a genética

A análise do estudo The Case for Healthy Places (em português, “ O caso dos lugares saudáveis ”) pode ser concluída em uma frase:

“O lugar onde uma pessoa mora pode ser um indicativo de saúde até mais confiável do que seu código genético”.

A afirmação, proferida por Melody Goodman, professora da Universidade de Washington, sintetiza a influência que o lugar onde moramos exerce sobre nós.A forma como diferentes bairros são desenhados tem um impacto considerável sobre a saúde física e mental das pessoas.

As oportunidades e serviços que oferecem, os lugares de que dispõem, a organização do mobiliário urbano, as condições de segurança e acessibilidade – uma intrincada rede de elementos age sobre os organismos humanos, afetando-os positiva ou negativamente.

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O estudo foi publicado em dezembro de 2016 pela Project for Public Spaces (PPS), organização sem fins lucrativos dedicada a ajudar as pessoas a criar e manter espaços públicos que contribuam para fortalecer as comunidades onde são inseridos.

Para embasar as análises, a pesquisa utiliza o conceito de placemaking, uma estratégia holística para a criação de comunidades urbanas saudáveis. Resumidamente, trata-se do processo de planejar espaços públicos de qualidade que contribuem para o bem-estar da comunidade local.

Se um bairro é planejado de acordo com os preceitos do placemaking – que envolve a participação dos moradores no planejamento do bairro, o reconhecimento de suas necessidades e desejos –, são consideráveis as chances de que seja um ambiente saudável e acolhedor para os moradores.

Por outro lado, se o processo de planejamento falha em ouvir as pessoas e em oferecer a infraestrutura de que necessitam, os locais tendem a oferecer impacto negativo na saúde.

É nesse sentido que a diferença de desenho observada entre bairros de classe média ou alta e as periferias ou áreas mais pobres ajuda, também, a explicar as disparidades nas condições de saúde dos moradores.

Pessoas de baixa renda e minorias étnicas e raciais costumam ter acesso limitado a parques e espaços públicos bem conservados nos lugares onde vivem, que são mais propensos a carecer de infraestrutura cicloviária, boas calçadas e condições adequadas de acessibilidade – fatores diretamente associados aos níveis de atividade física e saúde.

 

Infraestrutura de transporte ativo é chave para pessoas e lugares saudáveis

Hoje, o dia a dia nas cidades favorece problemas de saúde não só mais intensos, mas também diferentes dos observados antigamente. De obesidade à depressão e à exposição a um nível maior de poluentes, as causas e consequências de viver em ambientes urbanos sofreram mudanças ao longo das últimas décadas.

“Tratar os problemas de saúde do século XXI requer soluções que considerem não apenas as causas físicas desses problemas, mas também as sociais, econômicas e ambientais”, afirmou o presidente e fundador da PPS, Fred Kent.

O placemaking pensa o planejamento dos bairros de forma abrangente e integrada, considerando os fatores mencionados por Kent. Dessa forma, ajuda a atenuar desigualdades e a melhorar a saúde das pessoas.

Com esse objetivo em mente, um dos campos de ação do placemaking envolve a oferta de infraestrutura para pedestres e ciclistas, construção de parques e espaços públicos e melhorias de acessibilidade e segurança viária.

Esses fatores encorajam o uso da bicicleta e a prática de atividades físicas em geral porque ou oferecem condições adequadas ou são eles próprios destinos que estimulam os trajetos a pé e de bicicleta.

lugares saudáveis
Oferecer destinos onde as pessoas queiram e possam estar, com conforto e segurança, também contribui para a saúde (Foto: La Citta Vita/Flickr-CC)

 

Se a conexão entre saúde, prática de atividade física e o fomento aos modos ativos de transporte não é uma revelação inesperada, novos campos de pesquisa abrem-se diante dessa certeza. Conforme sugere o estudo, avaliar o impacto da criação de novos espaços públicos na quantidade de tempo que as pessoas caminham ou andam de bicicleta, bem como desenvolver novas ferramentas para medir os impactos econômicos da disponibilidade de infraestrutura para a mobilidade ativa, são duas possibilidades ainda pouco exploradas.

Os modos de transporte ativo, notadamente bicicleta e caminhada, trazem benefícios inquestionáveis tanto para a saúde das pessoas quanto para o ambiente urbano, que se torna mais seguro, acessível, convidativo e humano.

Como, porém, as cidades podem lançar mão de planos, leis, projetos e investimentos para garantir a priorização desses modos por meio de mudanças práticas e robustas?

O WRI Brasil Cidades Sustentáveis debate a questão na mesa “Como transformar as cidades através do transporte a pé e de bicicletas”, durante o IV Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável, em Brasília.

 

Fonte: The City Fix Brasil



Conheça 6 exemplos de revestimentos mais sustentáveis

Tintas ecológicas, madeira de demolição, garrafas Pet e bambu são algumas das alternativas para revestimentos mais sustentáveis.

É de conhecimento geral que reformar a casa, o escritório, ou mesmo construir, causa enorme impacto ambiental. São resíduos, gasto excessivo de material, muitas vezes desnecessários, diversos poluentes, entre outros que, a longo prazo, arruínam ecossistemas.

No entanto, uma nova onda de preocupação em reduzir este impacto está ganhando mais força, ao menos em uma das etapas dos processos de construção e reforma: a utilização de revestimentos mais sustentáveis, tanto para piso, quanto para paredes.

Confira exemplos de revestimentos mais sustentáveis:

1 – Use e ame o bambu

revestimentos sustentáveis - bambu

Exemplo de revestimento de bambu. Pode ser usado tanto para paredes, como para pisos

Por ser renovado rapidamente na natureza, o bambu é uma ótima alternativa tanto para revestir pisos quanto paredes. Além disso, bambus são encontrados em abundância em muito lugares e sua exploração e extração não causam impactos ambientais pesados. Outra vantagem do material é que este não deixa resíduos ou mesmo gases tóxicos e poluentes que prejudiquem ao meio-ambiente.

Veja: 8 ideias sustentáveis para usar o bambu


2 – Porcelanato com conteúdo reciclado

revestimentos mais sustentáveis - porcelanato

Os porcelanatos têm alta durabilidade e podem ser colocados tantos em pisos quanto em paredes

Modelos com materiais reciclados em sua composição têm ganhado força no mercado e conquistado muitos adeptos da cultura de reutilização. Um pedreiro especializado em colocação de porcelanato pode fazer a instalação deste modelo, evitando desperdícios.

3- Tintas ecológicas e naturais

revestimentos mais sustentáveis - tintas ecológicas
Foto: Embarro -www.embarro.com

Produzidas a base de água e pigmentos naturais, as tintas ecológicas não têm compostos orgânicos prejudiciais

Pigmentos naturais são aqueles encontrados em muitas plantas. São serem livres de compostos orgânicos voláteis, quase sem cheiro e ainda não agridem a camada de ozônio.

Veja: Como fazer uma tinta ecológica 

 

4- Madeira de demolição

revestimentos mais sustentáveis - madeira de demoliçõ

Madeira de demolição, após o tratamento, confere o ar mais rústico e cheio de personalidade ao espaço

Além de cumprir o processo de retorno e reutilização, usar madeira de demolição para revestir pisos, paredes e até alguns móveis deixa tudo com muita personalidade. O ar mais rústico encontrado a partir do processo de tratamento para reutilização é o que há de mais atrativo, além, é claro, de todo o papel sustentável.


5- Cimentício mais ecológico

Muito resistentes, duráveis e quase livres de manutenção, os cimentícios ecológicos são feitos a partir de placas que secaram naturalmente, dispensando o uso de um forno ou câmera quente, por exemplo. Desta forma, não emitem gases poluentes e nocivos em seu processo de produção, além de serem muito bonitos.

6- Garrafas PET também para revestir

revestimentos sustentáveis - garrafa pet

 

A garrafa PET reciclada tem uma infinidade de usos e manuseios. Logo, que tal usá-la também para revestir pisos, paredes, armários e tudo o que desejar? Já existe no mercado vários produtos que utilizam o material em sua fabricação, como ladrilhos, pastilhas e etc

Veja mais opções de revestimentos mais sustentáveis no nosso guia de materiais.

Texto enviado por Renan Correia

Smart City Expo Curitiba 2018 – evento sobre cidades inteligentes

Estão abertas as inscrições para o Smart City Expo Curitiba 2018, maior evento sobre cidades inteligentes do mundo, que ocorre em Curitiba, no Expo Renault Barigüi, nos dias 28 de fevereiro e 1º de março.

Os participantes poderão acessar a área da feira de maneira gratuita após fazerem o cadastro no site. Já para a área de congresso, é necessário realizar a inscrição e a compra do passaporte para os dois dias.

O Congresso do Smart City Expo Curitiba 2018 reunirá 18 palestrantes internacionais e 36 palestrantes do Brasil. Quatro temas concentrarão os debates: Tecnologias Disruptivas, Governança, Inovação Digital e Cidades Sustentáveis do Futuro.

Na temática Cidades Sustentáveis do Futuro serão abordados os seguintes assuntos: Economia Circular – Gerenciamento de resíduos – Energia Sustentável – Mobilidade Sustentável – Transporte Público – Espaços Abertos e Verdes – Design Urbano – Mobilidade Elétrica – Eficiência Urbana – Mudanças Climáticas – Poluição – Resiliência

smart city expo curitiba
Imagem: Reprodução Facebook

 

A programação de todos os temas detalhados e horários foi lançada pela FIRA Barcelona. As palestras abordarão temas relacionados à inovação em cidades, envolvimento governamental, participação da população em políticas públicas e serviços, economia sustentável, inclusão social, promoção de startups e desenvolvimento de ambientes urbanos sustentáveis, gestão inteligente de recursos, aplicabilidade de soluções tecnológicas e sustentáveis, entre outros.

Relacionado: Como construir cidades mais resilientes com o uso da tecnologia 

Também estarão em debate a utilização e a aplicação de tecnologias emergentes que podem transformar as cidades, como indústria 4.0, big data, internet das coisas, robótica, blockchain, inteligência artificial e realidade virtual.

O valor do primeiro lote de ingressos para o Congresso é de R$ 900 até o dia 31 de janeiro, de R$ 1200 entre os dias 1º e 27 de fevereiro e de R$ 1500 durante os dois dias do evento. Estudantes pagam meia entrada mediante comprovação.

Para realizar a inscrição e acessar a programação completa do Congresso acesse o site: https://www.smartcityexpocuritiba.com/

Sobre o Smart City Expo Curitiba 2018:

O Smart City Expo Curitiba (www.smartcityexpocuritiba.com) será a primeira edição brasileira do Smart City Expo World Congress (www.smartcityexpo.com/), realizado anualmente em Barcelona, o maior evento global sobre o tema de Cidades Inteligentes, que reúne mais de 18 mil pessoas de 120 países durante 3 dias. O evento já ocorre anualmente em outras cidades ao redor do mundo como Kyoto (Japão), Montreal (Canadá), Puebla (México), Casablanca (Marrocos), Istambul (Turquia), Bogotá (Colômbia) e recentemente em Buenos Aires (Argentina).

Curitiba foi anunciada oficialmente como sede brasileira, em Barcelona, em novembro, durante o encontro mundial das Cidades Inteligentes, em cerimônia que contou com representantes de 700 cidades de todo o mundo e mais de 400 especialistas.

O Smart City Expo Curitiba tem a chancela da FIRA Barcelona Internacional – consórcio público formado pela Prefeitura de Barcelona, Governo da Catalunha e Câmara de Comércio de Barcelona, e conta com organização do iCities, apoio estratégico do World Trade Center Business Club e participação da Prefeitura de Curitiba.

O prédio de escritórios mais sustentável construído até o momento está em Londres.

O prédio de escritórios mais sustentável concebido e construído até o momento inaugurou recentemente em Londres, projetado pelos arquitetos Foster + Partners para o gigante financeiro e de mídia Bloomberg.

Na verdade, são dois edifícios, um par de blocos triangulares conectados por pontes que se estendem sobre uma avenida para pedestres.


Essa passagem segue a rota de uma antiga estrada romana que historicamente passava pelo local.

A sede de nove andares deve economizar 73 por cento no consumo de água e 35 por cento no consumo de energia em comparação com prédios de escritórios típicos.

prédio de escritórios mais sustentável do mundo
prédio de escritórios mais sustentável do mundo
prédio de escritórios mais sustentável do mundo

Enquanto o prédio é um complemento impressionante para a paisagem urbana de Londres, é o pensamento sustentável que corre por toda a instalação, que o torna ainda mais impressionante.

prédio de escritórios mais sustentável do mundo
prédio de escritórios mais sustentável do mundo
prédio de escritórios mais sustentável do mundo

Tanto o arquiteto, Norman Foster quanto o cliente, Michael Bloomberg, concordaram no início da gestação do projeto, que a nova sede incorporaria os mais altos padrões de construção sustentável.

BREEAM deu ao edifício uma classificação “excepcional”, marcando 98,5% em relação aos seus critérios; a maior pontuação BREEAM do estágio de design já alcançada por um grande edifício de escritórios.

De acordo com o BREEAM – método para avaliar e certificar o impacto ambiental do ambiente construído – este é o prédio de escritórios mais sustentável já construído.

prédio de escritórios mais sustentável do mundo

ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE DO EDIFÍCIO DA BLOOMBERG:

Estratégias de ventilação

As lâminas de bronze da fachada do edifício servem dois propósitos. Em primeiro lugar, para fazer sombra nas vidraças e, em segundo lugar, como parte integrante do sistema de ventilação natural.

prédio de escritórios mais sustentável do mundo

As lâminas podem ser abertas e fechadas de acordo com o clima, puxando o ar através dos espaços do escritório para o átrio e para fora do telhado em forma de sistema de “pilha”.

Os sensores inteligentes podem então ajustar o fluxo de ar. Esse sistema pode reduzir as emissões de CO2 em até 300 toneladas por ano.

Estratégias de iluminação

A iluminação é fornecida por cerca de 500.000 LEDs que usam cerca de 40% menos energia do que a iluminação tradicional.

Esses LEDs estão contidos em painéis de teto integrados que também combinam aquecimento, resfriamento e acústica ,em um elegante e inovador painel de folha de pétala.

prédio de escritórios mais sustentável do mundo

Acima: Os 500.000 LEDs do edifício estão dispostos em um inovador design de folhas de pétalas 

Estratégias de energia

O edifício Bloomberg possui sua própria planta de geração de energia no local, gerando eletricidade a partir de gás natural.

Como a empresa está gerando energia, eles “possuem” o calor residual criado. Esse lixo está configurado para ser usado para aquecer o edifício durante o inverno, enquanto no verão ele irá dirigir um resfriador de absorção para circular água gelada ao redor da instalação.

Estratégias de Água

Espera-se ver uma redução de 73% no consumo de água em comparação com um prédio de escritórios típico.

A água da chuva colhida do telhado, a água da torre de resfriamento, da descarga e a água de fontes de água cinzas, como as pias e os chuveiros, serão tratadas e recicladas para servir aos banheiros com descarga a vácuo. Estes banheiros, semelhantes aos encontrados em aviões, usam cerca de um quarto da água de um banheiro comum.

Em geral, os sistemas de conservação de água economizarão 25 milhões de litros de água por ano, o suficiente para preencher dez piscinas de tamanho olímpico.

prédio de escritórios mais sustentável do mundo

Ocupação sustentável

Desde 2010  a empresa Bloomberg em Londres tem todo o seu lixo reciclado, compostado ou convertido em energia. Este compromisso continuará no novo local, com melhor transmissão de resíduos para permitir que uma maior proporção de tipos de resíduos seja reutilizada e reciclada.

O projeto de interior do novo edifício encoraja o trabalho ativo, com estações de trabalho de sit-to-stand, com altura regulável que permite trabalhar tanto em pé quanto sentado, para todos os funcionários e uma rampa central que abrange seis andares, o que incentiva as pessoas a se movimentarem a pé pelo edifício.

Um centro de bem-estar que incorpora serviços de saúde no local também estarão disponíveis para todos os funcionários.

prédio de escritórios mais sustentável

Esses recursos, juntamente com muitos outros, levaram à criação do prédio de escritórios mais sustentável do mundo até à data, e os designers esperam que muitos dos sistemas inovadores empregados neste projeto se tornem uma prática padrão em outros escritórios no futuro.

Imagens cortesia de Foster + Partners, Bloomberg, Aaron Hargreaves e Rudwall.

Fonte: The B1M  e BREEAM


Centro Sebrae de Sustentabilidade é finalista do prêmio mundial do BREEAM

O Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS), unidade de referência nacional do Sistema Sebrae em sustentabilidade, situado em Cuiabá (MT), é finalista e representará o continente americano na premiação mundial BREEAM Awards 2018.

A solenidade de entrega do prêmio será, em 6 de março de 2018, no London’s ExCeL Centre, como parte da programação do Ecobuild 2018, o maior evento de materiais para a construção sustentável do mercado mundial, realizado pela Building Research Establishment (BRE).

A BRE é uma instituição inglesa, fundada em 1921, como entidade filantrópica para apoiar a reconstrução de Londres, no pós-segunda guerra. Nas últimas décadas, se transformou em fundação e se tornou referência mundial na ciência da construção e de projetos inovadores e sustentáveis.

O BREEAM é o mais antigo selo de sustentabilidade, criado em 1990, está presente em mais de 50 países e já certificou mais de 250 mil prédios de diversos países e vários continentes, entre novos e antigos.

 

Concorrência

O CSS concorreu com cinco projetos norte-americanos e foi escolhido para representar o continente americano na categoria Prêmio Regional/Novas Construções Em Uso no certame mundial.

Os projetos concorrentes foram: Flatlron Crossing, Colorado; Kierland Commons, Arizona; Plant and Environmental Sciences Building, University of Califórnia; Queens Center, New York; e Scottsdale Fashion Square, Arizona.

 

Sabedoria indígena

O projeto arquitetônico do Centro Sebrae de Sustentabilidade é de autoria de José Afonso Botura Portocarrero, arquiteto, professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Doutor em habitações indígenas brasileiras.

Em formato ogival, o edifício é baseado no conhecimento ancestral e nas casas indígenas do Xingu, consideradas exemplares em termos de arquitetura bioclimática.

O processo de construção incluiu a participação de mulheres, reaproveitamento de resíduos (madeiras, pedras, etc) e o projeto se adaptou ao terreno em declive, evitando a terraplanagem e preservando a vegetação nativa.

Entre as vantagens e benefícios do projeto, se destacam: conforto térmico; utilização máxima da iluminação natural; cobertura em duas cascas, que possibilitam o resfriamento interno do prédio e a captação de água da chuva, que é filtrada e armazenada para uso na irrigação do jardim, lavagem de piso; banheiros; entre outros. Há, também, uma instalação de vermicompostagem, que recebe resíduos orgânicos da lanchonete e da poda de árvores e plantas.

O jardim do Centro Sebrae de Sustentabilidade é integrado por espécies dos biomas presentes em Mato Grosso: Cerrado, Pantanal e Amazônia. Dez estações interativas sobre diversos temas (resíduos, água, energia, consumo, etc) compõem as visitas guiadas para visitantes, que são agendadas com antecedência.

 

Conhecimento para pequenos negócios

Há seis anos, o CSS vem conquistando certificações, prêmios e visitantes. No período de 2011 a 2016, recebeu cerca de 70 mil visitantes brasileiros e de 26 países, entre empresários, arquitetos, engenheiros, universitários e pessoas interessadas na causa da sustentabilidade e em ecoinovação.

A missão do Centro é introduzir o conceito de sustentabilidade na vida das micro e pequenas empresas e dos empreendedores, enquanto protagonistas e integrantes de um setor robusto e relevante (98% das empresas brasileiras) no desenvolvimento sustentável brasileiro.

O objetivo de todas as iniciativas é estimular o ingresso e a participação desses empreendimentos, o quanto antes, na chamada ‘economia de transição’ ou ‘nova economia’, que considera os resultados econômicos (rentabilidade e lucro), mas também prioriza objetivos ambientais, sociais e culturais.

 

Conteúdos, produtos e redes sociais

Nesse edifício, trabalha uma equipe multidisciplinar (engenheiros civil, ambiental, florestal, eletricista e sanitarista; arquiteto; jornalista; publicitária; e advogado) que, em parceria com especialistas e consultores, desenvolvem conhecimento, informações e orientações para os pequenos negócios (temáticos e por setores e segmentos).

Ao longo de seis anos, esta equipe e parceiros desenvolveram e disponibilizaram ao público, por meio do portal www.sustentabilidade.sebrae.com.br, :

.448 conteúdos (cartilhas, pesquisas, infográficos, vídeos, estudos de tendências e relatórios de inteligência setoriais);

. 80 publicações, metodologias e soluções construídas em conjunto com as unidades estaduais do Sebrae e Sebrae Nacional (Certificação de Conhecimentos em Sustentabilidade; Trilha de Sustentabilidade para pequenos negócios; Jogos Negócios Sustentáveis; Curso Fundamentos da Sustentabilidade na Gestão Empresarial de Pequenos negócios; Metodologia de Inventário de Gases de Efeito Estufa em Pequenos Negócios; Curso Energia Solar Fotovoltaica).

Nesse período, o Centro contabilizou mais de 7 milhões de pessoas alcançadas via portal www.sustentabilidade.sebrae.com.br e redes sociais (YouTube, Facebook, Twitter e Instagram).

 

Sol parceiro

Em relação à infraestrutura do CSS e do Sebrae MT, foram implantadas duas microusinas de geração solar fotovoltaica (45 kW e 75 kW), em maio/2016, que tornaram o Centro 100% autossuficiente em energia e reduziu, em até 40%, o consumo energético da sede da instituição.

Desse modo, o Centro também se tornou exemplo no uso de energia solar para os pequenos negócios. As microusinas demonstram que investir em tecnologia solar reduz custos das empresas e o retorno do investimento ocorre em relativamente poucos anos.

Centro Sebrae de Sustentabilidade
Foto: Juliano Duarte

 

Prêmios e certificações do Centro Sebrae de Sustentabilidade:

. Selo PROCEL Edifica Nivel A em projeto e edificação construída, em 2013;

. Prêmio COBEE (Congresso Brasileiro de Eficiência Energética), em 2014;

.Prêmio ISWA (International Solid Waste Association) para o Guia Prático para a Sustentabilidade nos Pequenos Negócios, em 2014;

. Finalista do Prêmio Fecomércio de Sustentabilidade, em 2014;

. Certificação BREEAM In-use, classificação “Excelente” do Building Establishment Environmental Assessment Method (BREEAM), em 2016 (foi considerado o prédio mais sustentável da América Latina);

.Prêmio 15º Benchmarking Brasil do Instituto Mais, em 2017;

. Certificação Greenbuilding Council Zero Energy (GBC), em 2017;

. Finalista na categoria Prêmio Regional/ Construções Novas e Em Uso da premiação BREEAM Awards 2018 como representante do continente americano.

 

Fonte: Agência Sebrae – Por Vanessa Brito

Mais informações:

www.sustentabilidade.sebrae.com.br

www.mt.sebrae.com.br



Projeto sustentável transforma recepção do Greenpeace em SP

O Greenpeace Brasil promoveu um concurso para a revitalização da recepção do escritório da ONG em São Paulo. Os requisitos para a criação da proposta eram trazer o espírito do voluntariado, apresentar soluções sustentáveis, funcionalidade e custo benefício.

O projeto vencedor do concurso “Troca de Experiências” promovido em meio a rede de voluntários da ONG, foi o da arquiteta Luciana Abreu Braga, do Atelier LAB.

projeto sustentável recepção greenpeace

Conceito do projeto da recepção do Greenpeace:

INTEGRAÇÃO:

A palavra que norteou a criação do espaço. Pallets que se interligam, funcionando como painéis divisores, bancos e balcão da Recepção de forma integrada. Como algo fluido, que caminha e se modifica. Um percurso de transformações, como a vida, como as campanhas do Greenpeace.

TRANSFORMAÇÃO:

O pallet é proposto como um dos materiais de reaproveitamento, resignificado para dar forma a diferentes usos, trazendo unidade e personalidade ao ambiente.

“PAZ VERDE”:

As cores são uma busca à natureza. Uma mistura de tons de verdes em meio à textura do pallet e outros elementos de madeira, junto ao branco, trazem a identidade visual da Instituição e, ao mesmo tempo, bem-estar e aconchego gerado pela presença de elementos naturais.

O verde é trazido com grande presença também nas plantas, com seleção de espécies fortes, de fácil cultivo, que retiram as impurezas do ar.

Como fundo principal, uma pintura minimalista cujo formato remete à ação e progresso buscados pela Organização, de dentro para fora.

 

projeto sustentável recepção greenpeace

 

A escolha das tintas (à base d’água) considerou a saúde dos usuários, a redução do impacto ambiental e a viabilidade econômica através da seleção de paleta de cores prontas.

projeto sustentável recepção greenpeace

 

Pilares do Projeto:

– Valorização de elementos e estética do espaço existente

– Intervenções de baixo impacto, não estruturais

– Trazer o espírito voluntário a partir de móveis e decoração feitos sob o conceito de “faça você mesmo”

– Aproveitamento de mobiliário existente e materiais reaproveitados

– Ambiente acolhedor

– Maior presença de vegetação com espécies filtrantes e de baixa manutenção

–  Acessibilidade

Setorização:

Recepção / Coffee Green:

projeto sustentável recepção greenpeace

 

Um espaço adaptável e flexível, onde cabem diversas situações de uso. Uma área pensada para funcionar como espera, coworking ou café, promovendo a INTEGRAÇÃO dos diferentes usuários, e proporcionando o aconchego para uma reunião, bate-papo ou relaxamento.

A mesa-balcão da recepção se TRANSFORMA em um banco-sofá para abrigar todas essas possibilidades. Mesas com tampos de roda de bicicleta trazem novamente o espírito voluntário.

No coração da Recepção não poderia faltar muito verde, muita vida. Unindo facilidade de cultivo e purificação do ar, a Espada de São Jorge e o mini Lírio da paz simbolizam a luta em defesa do meio ambiente e a promoção da paz, trazendo em si a essência da ONG Greenpeace.

Box Multiuso – Mais privacidade e foco:

Para criar uma área mais reservada e aproveitar melhor o grande espaço, é proposta uma “caixa” de pallets permeável, como transição entre o espaço público e privado do escritório.

O espaço multiuso pode ser utilizado como sala de reunião, área de exposição a ser tomada pelo universo de uma campanha em especial ou para apresentação específica para colaboradores.

projeto sustentável recepção greenpeace

Espaço Estratégias de sustentabilidade do Greenpeace SP:

projeto sustentável recepção greenpeace

Um espaço voltado à multiplicação da informação quanto às ações sustentáveis adotadas no escritório da ONG.

Com arte da designer Karen Martinez, foram propostos tópicos inseridos dentro de folhas, apresentando de forma rápida e intrigante alguns itens que fazem a diferença na sustentabilidade da sede, e que podem ser facilmente replicados pelo público em suas casas e ambientes de trabalho.

projeto sustentável recepção greenpeace

Projeto: Atelier LAB

​Fotos de divulgação: Débora Klempous


Abrigos de bambu promovem transformação social em Bali

Abrigos de bambu para catadores de lixo projetados pela empresa IBUKU, especialista em construções sustentáveis, promoveram uma verdadeira transformação social em Bali.

Isso porque na Indonésia, a atividade de coleta de lixo reciclável não é institucionalizada, e atrai pessoas que procuram um meio de subsistência, coletando os resíduos de casas e empresas para logo vendê-los. No entanto, a atividade não é vista com bons olhos pela população local.

Para melhorar esta imagem, a IBUKU foi contratada por uma grande empresa multinacional para desenvolver um projeto de habitação saudável ​​e bem organizado para os coletores de lixo, tornando-se um meio para a transformação social.

Abrigos de bambu em Bali
Abrigos de bambu em Bali

O complexo chamado Pemulung House foi entregue em 2011, e compreende 14 unidades habitacionais modulares, que também inclui banheiros, armazenamento, cozinhas e áreas comuns para atender às necessidades de seus usuários.

Abrigos de bambu em Bali
Abrigos de bambu em Bali

Cada casa possui espaços de convivência no primeiro andar e uma área de dormir em um entrepiso. Um espaço para o armazenamento seguro dos materiais reciclados também foi integrado no projeto.

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Os pisos e paredes foram feitos de bambu, e projetados para que o vento possa penetrar por todo o edifício, diminuindo sua temperatura interior.

abrigos de bambu IBUKU

Foram utilizadas garrafas recicladas e embalagens tetra pack para cobertura e isolamento.

Os abrigos de bambu são destinados a fornecer moradia temporária para que seus os catadores de lixo possam trabalhar na cidade de Denpasar, aumentar suas rendas e logo retornarem às suas cidades de origem.

Fotos e imagens: IBUKU

Via: Archidaily

Dicas de como economizar energia no verão

A estação mais quente do ano chegou! Além do calor a estação geralmente traz o aumento na conta de luz, principalmente com as mudanças nas bandeiras tarifárias (definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica, ANEEL). Por isso o consumidor precisa ficar atento a seus hábitos, especialmente nessa época do ano, mas com medidas simples, ao alcance de todos em casa, é possível economizar energia no verão, sem perder conforto.

As dicas de como economizar energia no verão valem para evitar o desperdício, nesses tempos de energia mais cara devido aos baixos níveis dos reservatórios e acionamento de térmicas. Confira:

– Usando a geladeira:

Faça o teste do papel para saber se a vedação de sua geladeira está 100%. Para saber se a borracha da sua geladeira está vedando como deveria, faça o teste do papel. Coloque uma folha entre a porta e a borracha e feche. Puxe o papel. Se sair facilmente é sinal que a borracha esteja em mal estado. Mas atenção, faça o teste na parte superior, inferior e na lateral.

Não coloque as roupas para secar na parte detrás da geladeira, isso irá forçar o motor e fazer com que sua geladeira consuma mais energia.

 

– Usando as lâmpadas:

Não ligar as luzes durante o dia. Aproveite a iluminação natural. Abra as janelas e cortinas.

Na hora de pintar a casa, escolha cores claras, que refletem melhor a luz e diminuem a necessidade da iluminação artificial.

 

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– Usando o chuveiro:

Use a chave seletora na posição Verão, isso irá reduzir o consumo de energia em até 30%.

Evite banhos demorados.

 

– Usando o ar-condicionado:

Use o controle do ar-condicionado para programar o desligamento uma hora antes do seu despertar pela manhã.

A potência do ar deve ser compatível com o tamanho do ambiente.

Limpe o filtro periodicamente.

Usando a máquina de Lavar:

Junte uma boa quantidade de roupas e lave essas peças todas de uma só vez.

 

– Usando o ferro elétrico:

Junte uma boa quantidade de roupas e utilize o ferro de uma só vez.

Use a temperatura indicada no ferro elétrico para cada tipo de tecido.

 

Fonte: Procel – Com informações de Light



Edifícios sustentáveis já são a preferência em vendas e locações

Edifícios sustentáveis já são a preferência das empresas que compram e alugam lajes em edifícios corporativos.

As edificações com certificação de sustentabilidade registraram taxa de vacância de 20,6% no terceiro trimestre de 2017 (julho, agosto e setembro) contra 32% dos edifícios convencionais. Em quatro anos, a curva sofreu uma drástica inversão. Até 2013, os prédios de escritórios A e A+ (alto e altíssimo padrão) mas que não possuíam selos verdes, registravam vacância de 11,4%.

A razão desta guinada a favor dos edifícios sustentáveis é a economia.

Não está relacionada apenas com o impacto da crise econômica, mas com o desejo das corporações em gerar economia com a logística que envolve seus negócios. Um exemplo: prédios verdes têm taxas de condomínio que custam entre 15% e 25% a menos que os valores cobrados por edifícios convencionais. Os dados foram apurados pela Engebanc Real Estate, com base em dados levantados em uma pesquisa condominial na cidade de São Paulo-SP.

Apesar de abranger lajes corporativas na capital paulista, o levantamento reflete uma tendência nacional: a de que os projetos para prédios corporativos estão preferindo buscar os selos de sustentabilidade para ganhar mercado.

O motivo é que as empresas multinacionais, que são as que mais compram ou alugam lajes, estão preferindo os empreendimentos com certificação. É uma tendência que cresceu sobremaneira nesta década. Conectadas com essa preferência dos locatários, as construtoras estão optando por erguer prédios verdes.

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Segundo o levantamento, atualmente na cidade de São Paulo 72% dos edifícios construídos a partir de 2012, ou em construção, têm certificação de sustentabilidade. Quando todos os empreendimentos forem concluídos, o que deve ocorrer até 2020, a capital paulista terá mais prédios verdes do que edifícios convencionais nas novas regiões corporativas da cidade, que englobam Pinheiros, Faria Lima, Avenida Paulista, Jardins, Jardim Paulistano, Itaim Bibi, Vila Olímpia, Berrini, Roque Petroni, Santo Amaro, Chácara Santo Antônio e Morumbi.

IPTU VERDE em São Paulo
Edifício Certificado LEED em SP – Complexo Comercial Rochavera – Imagem divulgação

Sustentabilidade ainda é mito

Nestas localidades há 138 imóveis comerciais, dos quais 63 já possuem certificação sustentável. Para 2018, o estudo estima que a oferta de lajes novas em edifícios sustentáveis crescerá mais 11%.

Nas regiões pesquisadas, há mais seis edifícios em fase final de construção, e que possuem selos de sustentabilidade, o que vai acrescentar mais 150 mil m2 a favor dos empreendimentos certificados. “Essa movimentação aconteceu por uma tendência mundial e, principalmente, pela necessidade das empresas estrangeiras que, ao vir para o Brasil, trazem a premissa de ocupar prédios com essas características, por um posicionamento já consolidado lá fora”, destaca Leandro Angelino, gerente de inteligência de mercado e marketing da Engebanc Real Estate.

A projeção é que em dez anos o m2 dos edifícios sustentáveis esteja igual ou até mais barato que dos edifícios convencionais. Hoje, as construções com certificação têm custo 10% maior.

Para Angelino, o encarecimento ainda se deve ao fato de que a sustentabilidade ainda é muito subjetiva na hora de precificar uma obra. “Conforme ela (a sustentabilidade) for deixada de ser tratada como mito, e incorporada ao dia a dia das pessoas, os custos tendem a diminuir”, avalia.

 

Fonte: Massa Cinzenta

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

5 Dicas de presentes de Natal sustentáveis

Veja algumas dicas que separamos de presentes de Natal sustentáveis:

1 – Presente faça você mesmo

Um objeto feito a mão com amor é um dos melhores presentes de Natal sustentáveis. Você pode reaproveitar materiais que iam para o lixo e transformar em um lindo presente. Já demos aqui várias dicas de objetos de decoração usando o conceito do upcycle.

Veja alguns exemplos:

Luminárias com potes de vidro:

presentes sustentáveis
.

Quadro de recados feito com rolhas:

Dicas de presentes de Natal sustentáveis
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No nosso Pinterest também tem várias inspirações, confira lá.

2 – Composteira Humi

presentes de Natal sustentáveis - composteira
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Trata-se um sistema de reciclagem dos resíduos orgânicos onde minhocas e microorganismos transformam restos de alimentos em adubo de excelente qualidade.

Prática, compacta, higiênica e de fácil manuseio, não produz cheiro nem atrai insetos e animais indesejados e ainda é feita de material 100% reciclado.

Excelente presente para aquele amigo que se preocupa com o meio ambiente!

presentes de Natal sustentáveis

Na loja online da Morada da Floresta tem várias opções de presentes sustentáveis, além da composteira.

3-  Conhecimento

Dar de presente conhecimento, é uma boa opção para aquele familiar ou amigo que está sempre querendo estudar e se especializar.  Dar um cursos de presente é uma ideia bem interessante e sustentável.

Aos interessados em arquitetura sustentável, temos algumas sugestões:

cursos online construções sustentáveis
.

Você também pode se auto presentear, conhecimento nunca é demais!

 

4- Livros

Livro é um presente que nunca sai de moda. É cultura, entretenimento, é tudo de bom! Para aquela pessoa que curte arquitetura sustentável, temos várias sugestões aqui no site.

Vamos destacar os mais comentados:

Manual do Arquiteto Descalço
Imagem: Divulgação Capa e Contra Capa do Livro – Manual do Arquiteto Descalco Capa
presentes de Natal sustentáveis
presentes de Natal sustentáveis

5- Experiência

presentes de Natal sustentáveis

Que tal chamar seus avós para um passeio especial, convidar seus pais para uma viagem, proporcionar a seus melhores amigos um jantar especial, levar seus sobrinhos a um musical especial, oferecer ao seu irmão aventureiro um vôo de balão, ir ao SPA com a sua irmã? e oferecer isso como presente de Natal?

Estar com as pessoas que amamos é sempre um presente especial e fica mais na memória que qualquer lembrancinha.

Para filhos isso dificilmente funciona, vai ter que ter um presente também no saco do Papai Noel. 😉 Tem várias opções de brinquedos sustentáveis por aí, lembre-se que o estimulo ao consumo consciente deve começar desde cedo.

Gostou das nossas dicas de presentes de Natal sustentáveis? Compartilhe com os seus amigos, quem sabe você não ganha um da lista?! 😉

Conheça boas práticas para economizar água em condomínios

Preocupação recorrente para quem quer ajudar a manter o planeta Terra saudável e ainda ao meio-ambiente conservado, a ideia de economizar água em condomínios também deve ser primordial para todo mundo. Práticas sustentáveis estão cada vez mais em alta e cada um pode fazer uma pequena parte para conscientizar e melhorar seu pequeno ecossistema.

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Em um condomínio não precisa ser diferente. Afinal, deixar o consumo de água mais sustentável faz parte desta pequena iniciativa individual que deve reverberar e se tornar coletiva em forma de boas atitudes para todos.

Veja como pequenas iniciativas podem fazer toda a diferença para economizar água em condomínios:

1- Espalhe a ideia:

Ideias simples e cotidianas podem ser espalhadas pelas áreas comuns do condomínio, como por exemplo, não demorar no banho, fechar a torneira ao se ensaboar, juntar bastante roupa e louça para lavar de uma só vez, escovar os dentes com a torneira fechada, reutilizar a água que a máquina de lavar roupas despeja para lavar o chão de alguns ambientes como banheiros, áreas de serviço e cozinha, entre outros.

Coloque, para complementar, alguns dados alarmantes: uma torneira aberta enquanto você escova os dentes gasta, por minuto, cerca de 12 litros de água; a máquina de lavar roupas, por exemplo, pode gastar, de uma só vez, cerca de 124 litros a cada uso.

2- Confira o funcionamento das torneiras e encanamento

Estar atento ao funcionamento correto de torneiras, descargas e de todo o sistema de encanamento do condomínio também pode ser uma tarefa para você se preocupar mais. Comece por seu apartamento e veja se todas as torneiras e válvulas de descarga não possuem algum escape de água ou vazamentos, por exemplo. Lembre-se que um sistema de descargas com válvulas antigas, pode gastar numa tacada só, cerca de 24 litros de uma só vez.

3- Consulte um especialista

Na dúvida, chame um especialista para calcular corretamente os gastos com a instalação. Assim como a ideia de economizar água em pequenas ações, espalhe por seus vizinhos a importância de manter tudo bem regulado. Aliás, além da economia com a água, contratar um pedreiro para olhar diversos ambientes pode baratear o custo de cada serviço. Pense no coletivo.

4 – Fiscalize a caixa d’água

Além de ser mantida sempre limpa, é essencial que a caixa d’água não tenha vazamentos. Assim, a cada seis meses, é ideal que um especialista seja consultado para que a verificação não tenha falhas. Muitas vezes, alguns vazamentos são ocasionados pelo sistema de distribuição da água a todos os condôminos.

5 – Tenha redutores de vazão

A instalação de redutores de vazão, desde os mais simples como arejadores, até os que estão em torneiras automáticas, pode trazer economia significativa de água. Eles podem ser instalados também em chuveiros, no modelo redutores de pressão da água.

6 – Consumo medido individualmente pode conscientizar

Muitos condomínios usam apenas um hidrômetro – medidor de água, e têm o custo todo do gasto da água dividido entre todos os moradores. No entanto, com esse sistema, é possível que seu vizinho que more em um apartamento com seis pessoas, por exemplo, gaste mais água do que você, que está apenas com mais uma pessoa dentro de casa.

Claro que, hipoteticamente, a família maior gastará realmente mais água. No entanto, ter instalações separadas, com consumo individual, pode criar a consciência em todos os moradores de uma só vez.

7- Aproveitar a água da chuva

Aproveitar a água da chuva para uso não potável, também é uma alternativa para economizar água em condomínios. A água pluvial coletada, pode ser usada, depois de tratada, em lavagem de áreas comuns (quando necessário – o ideal é usar a vassoura), rega dos jardins, e até em descargas de banheiros de uso comum.

Texto enviado por Renan Correia

TSE tem usina solar fotovoltaica na sua cobertura

Foi inaugurada recentemente uma usina solar fotovoltaica na cobertura do edifício do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com capacidade para gerar cerca de 780 mil watts a partir da luz solar, a usina vai representar uma economia anual de aproximadamente 20% no consumo de energia elétrica, o que significa algo em torno de R$ 970 mil.

“O dia de hoje marca uma importante ação de racionalização e qualidade para melhor eficiência do gasto público e da gestão dos processos de trabalho na Justiça Eleitoral e da Administração Pública como um todo”, declarou o presidente do TSE na ocasião da inauguração, ao lembrar que a captação de energia solar fotovoltaica é um modelo ecologicamente sustentável, que contribuirá para o uso racional de recursos públicos e para a manutenção de um meio ambiente sadio e equilibrado.

O TSE é o primeiro prédio do Judiciário em Brasília a utilizar a geração de energia com células fotovoltaicas.

A instalação da usina atende à recomendação para adoção de práticas de sustentabilidade prevista nas Resoluções nº 201 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e nº 23.474/2016 e nº 23.505/2016 do TSE, sendo esta última a que instituiu o Plano de Logística Sustentável (PLS) do TSE.

usina solar fotovoltaica TSE

 

A usina minigeradora de energia fotovoltaica vai operar com 3.080 módulos de 40 volts de energia cada um, e a estimativa é de que, em menos de sete anos, os custos com a implantação sejam pagos com a economia gerada.

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“A usina deve ter uma vida útil de 25 anos, portanto, nós teremos 20 anos de poupança e economia. Em tempos difíceis de orçamento do Judiciário isso faz todo sentido”, finalizou.

Além da geração de energia, a usina solar fotovoltaica vai favorecer a diminuição do uso do ar-condicionado, uma vez que não haverá mais a incidência do sol na laje nua do teto do Anexo I da Corte. Haverá, portanto, um efeito climatizador natural.

“Preservar o meio ambiente é uma necessidade e, acima de tudo, uma responsabilidade de todos nós. Por isso, precisamos incentivar a cultura da conservação e da utilização de meios sustentáveis em nossas instituições, a fim de garantir que, no futuro, não nos falte água nem recursos fundamentais à vida”, finalizou o presidente do TSE antes de descerrar a placa de inauguração da usina.

 

Fonte e fotos: TSE

Arquitetura Dos Índios da Amazônia – Livro

Johan van Lengen, autor do best-seller – Manual do Arquiteto Descalço, surge com outra obra que explora a sustentabilidade na arquitetura, o livro Arquitetura Dos Índios da Amazônia.

Como os índios da Amazônia constroem suas habitações? Quais materiais são utilizados? O que podemos aprender e adaptar ao nosso cotidiano?

Livro - Arquitetura Dos Índios da Amazônia

As respostas estão na análise que Johan van Lengen nos propõe como saída para os dilemas contemporâneos e todas as transformações que assolam o mundo – da futura escassez dos materiais, à poluição do planeta e a devastação do ambiente.

Veja a entrevista que fizemos com Johan van Lengen

O livro Arquitetura Dos Índios da Amazônia demonstra que o homem pode usar saberes ancestrais que só nos ajudariam a manter o equilíbrio do mundo, sem provocar impactos suscetíveis de desestruturar a vida e o homem, para além de estabelecer uma visão arquitetônica capaz de demonstrar um maior respeito pelo meio ambiente.

Arquitetura Dos Índios da Amazônia livro
Livro - Arquitetura Dos Índios da Amazônia

Uso do amianto está proibido em todo Brasil

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu ontem, dia 29/11/2017, proibir definitivamente o uso do amianto do tipo crisotila, e manteve a lei do Rio de Janeiro que vetava a fabricação e a venda de produtos feitos com o material.

O amianto era muito usado na construção civil por não ser inflamável, ter resistência mecânica superior a do aço e apresentar grande durabilidade. A maior parte da variedade crisotila era aplicada hoje no Brasil na indústria de fibrocimento, para fabricação de telhas, e também era muito utilizado na produção de caixas d’água.

A decisão dos ministros foi tomada para resolver problemas que surgiram após a decisão da Corte que declarou a inconstitucionalidade de um artigo da Lei Federal 9.055/1995, que permitiu o uso controlado do material.

Com a decisão, tomada por 7 votos a 2, não poderá ocorrer a extração, a industrialização e a comercialização do produto em nenhum estado do país.

Durante o julgamento não foi discutido como a decisão será cumprida pelas mineradoras, apesar do pedido feito por um dos advogados do caso, que solicitou a concessão de prazo para efetivar a demissão de trabalhadores do setor e suspensão da comercialização.

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Em agosto, ao começar a julgar o caso, cinco ministros votaram pela derrubada da lei nacional, porém, seriam necessários seis votos para que a norma fosse considerada inconstitucional. Dessa forma, o resultado do julgamento provocou um vácuo jurídico e o uso do amianto ficaria proibido nos estados onde a substância já foi vetada, como em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, mas permitido onde não há lei específica sobre o caso, como em Goiás, por exemplo, onde está localizada uma das principais minas de amianto, em Minaçu.

As ações julgadas pela Corte foram propostas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) há dez anos ao Supremo e pedem a manutenção do uso do material. A confederação sustenta que o município de São Paulo não poderia legislar sobre a proibição do amianto por tratar-se de matéria de competência privativa da União. Segundo a defesa da entidade, os trabalhadores não têm contato com o pó do amianto.

De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e outras entidades que defendem o banimento do uso do amianto, apesar dos benefícios da substância para a economia nacional – geração de empregos, exportação, barateamento de materiais de construção -, estudos comprovam que a substância é cancerígena e causa danos ao meio ambiente.

Argumentos contra o uso do amianto:

– Vários estudos mostram que o amianto é uma fibra comprovadamente cancerígena, a respiração da poeira de suas fibras causa a inflamação das células dos alvéolos, evoluindo para uma série de doenças incuráveis e progressivas.

Uma das doenças que a respiração das minúsculas fibras de amianto pode levar é a asbestose, também conhecida como pulmão de pedra, porque causa o endurecimento do pulmão. Além disso, há cânceres no trato gastrointestinal e o desenvolvimento do mesotelioma, um tumor raro, agressivo e malignoque acomete os tecidos que revestem o tórax e o abdômen. Um fator agravante é que os sintomas dessas doenças podem levar até 20 anos para aparecerem.

A poeira de amianto faz com que o pulmão enrijeça, levando à doença asbestose, também conhecida como pulmão de pedra

– Os trabalhadores são as principais vítimas do desenvolvimento dessas doenças, pois as fibras do amianto podem ser inaladas em grande quantidade no processo de extração ou na degradação natural dos produtos de fibrocimento.

– Mas, os usuários dos produtos feitos do amianto também podem se contaminar, quando, por exemplo, alguma telha cai e quebra, ou ainda, ingerindo a água das caixas d’água desse material, pois há um constante atrito dela com a caixa-d’água. Infelizmente, os próprios trabalhadores são os maiores consumidores desses produtos. Sem contar a contaminação das esposas desses trabalhadores, que muitas vezes lavam suas roupas de trabalho e inalam as fibras também.

Visão da indústria sobre o uso do amianto:

Entidades que atuaram no caso declaram que não há mal algum em usar o amianto crisotila. Segundo o setor, poucos produtos são tão fiscalizados desde a sua extração até chegar ao consumidor final. Os produtores defendem que todas as etapas são rigorosamente monitoradas para a segurança da saúde do trabalhador.

O advogado Marcelo Ribeiro, representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria, citou estudos nesse sentido durante sustentação oral na tribuna do STF, em agosto.

Em nome do Instituto Brasileiro do Crisotila, Carlos Mário Velloso Filho lembrou voto do ministro Marco Aurélio na ADI 3.937, quando ressaltou que a vida contemporânea reclama a convivência com substâncias que podem trazer riscos à saúde humana, mas que, ao mesmo tempo, oferecem inúmeros benefícios à sociedade — como é o caso do níquel, carvão, cromo e o próprio amianto do tipo crisotila.

O advogado Rodrigo Alberto Correia da Silva, da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, alertou que muitos produtos usados no cotidiano da população levam, em sua fabricação, componentes cancerígenos ou que fazem mal ao meio ambiente.

De acordo com ele, diversos produtos comuns na atualidade estão na lista de agentes cancerígenos, como o pó de sílica (utilizado na fabricação de esmaltes, vidros, óculos) e cádmio (baterias).

 

Com informações da Assessoria de Imprensa do STFUol e Agencia Brasil

Catar apresenta projeto de estádio feito com contâiners para a Copa do Mundo de 2022

O Comitê Supremo de Entrega e Legado (SC), entidade que organiza a Copa do Mundo de 2022 no Catar, apresentou recentemente o projeto de um estádio feito com contâiners. A arena Ras Abu Aboud será totalmente desmontada após o evento, e pretende ser uma construção o mais sustentável possível.

Para evitar os criticados elefantes brancos, resultado de estádios construídos para grande eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, o Catar revelou planos para o primeiro estádio totalmente modular do mundo. Algo parecido com que foi feito em algumas arenas no Parque Olímpico Rio 2016.

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A arena de 40.000 lugares projetada por Fenwick Iribarren, Schlaich Bergermann Partner e Hilson Moran, acolherá encontros até a fase de quartas-de-final.

estádio feito com contâiners no Catar
estádio feito com contâiners no Catar

Ao contrário dos típicos estádios de Copa do Mundo, o Ras Abu Aboud será construído com blocos de construção modulares, com assentos removíveis, stands de concessão e banheiros, previamente construídos em uma fábrica, antes da montagem no local. Não se trata de containers marítimos reutilizados, mas serão construídos e transportados nos mesmos moldes.

O design modular de Ras Abu Aboud também significa que a construção do local exigirá menos materiais, criará menos resíduos e reduzirá a pegada de carbono do processo de construção. Graças a essa abordagem, o estádio deve receber a certificação quatro estrelas do Sistema de Avaliação de Sustentabilidade Global, a GSAS .

“Desde o primeiro dia, houve uma forte ênfase na sustentabilidade do Catar, incluindo um compromisso de garantir que toda a infra-estrutura atinja critérios rígidos de design, construção e operações no âmbito do programa de certificação GSAS.” afirmou Federico Addiechi, chefe de Sustentabilidade e Diversidade da FIFA



A GSAS é uma certificação de edifícios sustentáveis de grande alcance. Além de analisar o projeto e a construção, também mede as operações. Isso realmente mudou o processo de licitação da Copa do Mundo da FIFA 2026. Agora, os concorrentes devem aderir a todas as três etapas em relação aos novos desenvolvimentos, enquanto os edifícios existentes devem ser operados de acordo com as diretrizes de sustentabilidade acordadas “. completou Frederico

O novo estádio da Copa do Mundo de Catar deverá ser concluído em 2020 e estará localizado em um local à beira-mar de 450 mil metros quadrados, perto do porto de Doha.

estádio feito com contâiners no Catar
estádio feito com contâiners no Catar

Após o torneio, o estádio feito com contâiners será desmontado, e as suas peças serão reutilizadas em outros lugares.

“Este local oferece o legado perfeito, capaz de ser reutilizado em um novo local na íntegra ou integrado a inúmeros locais esportivos ou culturais”, disse Hassan al-Thawadi, secretário-geral do comitê organizador da Copa do Mundo de Qatar.

estádio feito com contâiners no Catar
estádio feito com contâiners no Catar

Embora o anúncio inicial do Catar tenha sido de construir até 12 estádios, agora está programado para oito locais.

A escolha do país como sede da Copa do Mundo foi bastante criticada, tanto pela falta de tradição do país no esporte, como pela violação dos direitos humanos, pelos abusos trabalhistas e principalmente por alegações de corrupção. Mas parece que em termos de construções, estão tentando fazer o mais sustentável possível. Vamos aguardar os acontecimentos.

Veja o vídeo do projeto de estádio feito com contâiners:

Imagens: © Supreme Committee for Delivery and Legacy



Imprima sua cidade! – projeto combina impressão em 3D com reciclagem

O estúdio de design holandês, The New Raw, pretende  transformar o desperdício de plástico doméstico em mobiliário urbano. A iniciativa ” Imprima sua cidade! ” combina impressão em 3D com reciclagem para redesenhar o espaço urbano.

Como o nome sugere, o projeto é um apelo à ação, reunindo cidadãos para reciclar resíduos domésticos de plástico para transformá-los em matéria-prima para mobiliário público, através de um processo de impressão em 3D.

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O primeiro protótipo deste projeto é o banco XXX, projetado para o município de Amsterdã.

imprima sua cidade banco 3d
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O banco XXX acomoda de duas a quatro pessoas e assume a forma de uma cadeira de balanço de dois lados. A ideia funciona ao trabalhar em conjunto para fechar o ciclo de plástico.

imprima sua cidade banco 3d

imprima sua cidade banco impressão 3d

 

Impressão em 3D e reciclagem:

De acordo com relatórios recentes, os residentes de Amsterdã geram 23 kg de resíduos de plástico por pessoa anualmente.

O estúdio de design The New Raw, baseado em Roterdã, descobriu que isso equivale a material plástico suficiente para construir um banco para cada dois cidadãos todos os anos.

A equipe contou com a colaboração da Aectual 3D  para imprimir a sua primeira peça de mobiliário 100% reciclado, o banco XXX.

imprima sua cidade banco 3d

O projeto ” Imprima sua cidade! ” (Print Your City!) foi iniciado em 2016 como parte de um programa de economia circular da AMS Institute (Stimulus project of Circular City Program) e é apoiado pela Universidade de Delft e pela AEB Amsterdam.

O primeiro resultado do projeto criou um fluxo circular dentro da cidade, gerando cidadãos mais comprometidos e menos emissões de CO2,


Fonte: Inhabitat

Veja o vídeo da iniciativa ” Imprima sua cidade! “:

Fotos: The New Raw

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1ª Semana de Eficiência Energética terá capacitações gratuitas voltadas para edificações

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) realiza em Brasília, entre os dias 28 e 30 de novembro, a 1ª Semana de Eficiência Energética em Edificações, como parte das atividades de encerramento do Projeto 3E – Transformação do Mercado de Eficiência Energética no Brasil.

A programação conta com oficinas gratuitas de capacitação sobre os diversos aspectos da eficiência energética em edificações e melhores práticas de uso dos recursos energéticos junto à sociedade. O evento é uma realização do MMA em parceria do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

As oficinas estão concentradas em duas áreas principais: uso de ferramentas e metodologias para apoiar a gestão energética de edifícios e contratação de projetos e obras voltados à eficiência energética no setor público“, destaca a coordenadora do Departamento de Políticas sobre Mudança do Clima do MMA, Alexandra Maciel.

Podem participar todos os interessados, sendo o público alvo projetistas, gestores e mantenedores de edificações, tanto do setor público quanto do setor privado. São 45 vagas para cada uma das 12 oficinas oficinas oferecidas.

 

SOLUÇÕES

Alexandra Maciel explica que o principal fator a se considerar para obter eficiência energética é observar as características climáticas da região, na hora de desenvolver o projeto. “Isso é primordial para que a edificação obtenha níveis de conforto ambiental, tanto térmico quanto luminoso, e precise utilizar o menos possível equipamentos de condicionamento de ar e iluminação elétrica nos períodos diurnos”, diz a coordenadora.

Para ajudar profissionais da área a encontrar as melhores soluções, o Projeto 3E disponibiliza, por exemplo, uma plataforma nacional chamada projeteee, que agrupa soluções e estratégias mais adequadas de acordo com a caracterização climática de mais de 400 cidades brasileiras. A plataforma recebe cerca de 20 mil acessos por mês.

Em edificações já construídas, segundo Alexandra, é possível adaptar e incluir proteções solares corretamente dimensionadas, aberturas que proporcionem ventilação natural, usar sistemas de resfriamento evaporativo ou aberturas zenitais para iluminação e ventilação, entre outras medidas.

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PROJETO 3E

O Projeto 3E parte do princípio de que a promoção da eficiência energética em edificações é uma estratégia de relevância cada vez maior para a mitigação da mudança global do clima. O setor de edificações responde, atualmente, por mais de 40% do total da eletricidade consumida no Brasil.

Assim, o projeto tem como objetivo influenciar e desenvolver o mercado de eficiência energética em edificações comerciais e públicas, visando contribuir com a economia de até 106,7 TWh de eletricidade nos próximos 20 anos e com a redução de emissões de gases de efeito estufa em até 3 milhões de toneladas de dióxido de carbono (tCO2). Para isso, considera-se o fator médio de emissão do setor energético de 0,55 tCO2/MWh que foi contabilizado pelo método do Mecanismo de Desenvolvimento ALimpo (MDL) em 2013.

 

SERVIÇO:

1ª Semana de Eficiência Energética em Edificações – Projeto 3E

Data: 28 a 30 de novembro de 2017

Local: Hotel Nacional, Brasília (DF)

Contato: projeteeenoclima@mma.gov.br

Acesse a programação

Faça aqui a inscrição

 

Fonte: MMA

10 grandes projetos de arquitetura solidária

Hoje vivemos em um mundo cheio de mazelas sociais, e por isso, é preciso boa vontade e criatividade para suprir as necessidades das pessoas mais carentes. O déficit habitacional é um dos maiores problemas enfrentados pela sociedade moderna, e a arquitetura solidária pode ser uma boa solução.

Visando acabar com este problema, alguns arquitetos renomados, implementaram conceitos da arquitetura sustentável e levaram a sua boa vontade e criatividade para regiões onde pessoas sofriam com a falta de moradia e serviços.


10 belos exemplos do que a arquitetura solidária pode fazer pela humanidade:

1- Quixotes Village (Estados Unidos)

arquitetura solidária quixote-village
arquitetura solidária quixote-village
Fotos: Quixote Village

Sabemos que existem milhares de desabrigados no Brasil, muitos deles estão perto de nossas casas, as vezes na mesma rua. É verdade que em termos de quantidade, essa realidade é diferente nos Estados Unidos, mas lá também existem diversos moradores de rua.

Foi pensando justamente nisso que surgiram os projetos das tiny houses, pequenas casas de baixo orçamento, que suprem a carência dos menos favorecidos. Assim surgiu a Quixote Village, uma comunidade auto – gerenciada por 30 adultos, até então sem teto, na capital Washington.

As casas são pequenas, mas tem espaço suficiente para abrigar uma cama levando dignidade e conforto.Alimentação e higiene são realizadas em áreas comuns dentro da comunidade.

2- Convento de bambu (Equador)

arquitetura solidária
Foto divulgação Enrique Mora

Em meio a escassos recursos econômicos é mais do que necessário recorrer a criatividade. O bambu é um material extremamente barato e fácil de ser encontrado, em muitos lugares, com ele o arquiteto Enrique Mora projetou um convento no Equador.

O objetivo deste projeto era justamente, suprir as necessidades religiosas de Chone, cidade que fica na costa Equatoriana. O projeto contou com um orçamento final de 15.000 dólares. O arquiteto teve a ideia de utilizar os recursos do próprio terreno, trabalhando o material in situ. Foram necessários 900 bambus e 8 troncos de árvores de louro e a mão de obra utilizada foi a dos próprios moradores da cidade.

 

3- Um lar para os orfãos (Quênia)

arquitetura solidária orfanato-kenia
arquitetura solidária orfanato-kenia
arquitetura solidária orfanato-kenia
Fotos: Orkidstudio

A Orkistudio, fundada no ano de 2008, com o intuito de através do seu trabalho e criatividade dos profissionais envolvidos, levar conforto para as crianças órfãs do Quênia. Um dos projetos da empresa foi o ST. Jerome´s Center, um prédio, totalmente construído só com madeira e terra para servir de abrigo as crianças abandonadas de Nakuru.

A obra contou com a colaboração da comunidade Kikuyu, e com a ajuda de alguns de estudantes ingleses de arquitetura. A edificação foi erguida em apenas 2 meses custando apenas 50.000 libras esterlinas e destacando-se por sua luminosidade e pela divisão em espaços pequenos que dão intimidade para os meninos e meninas.

4- Uma Escola captadora de água (Quênia)

arquitetura solidária
arquitetura solidária
arquitetura solidária
Fotos: Architecture for Humanity

A arquitetura tem como sua função primordial solucionar problemas. Foi justamente o que ocorreu aconteceu em uma região rural afetada por uma seca contínua no Quênia. Mais do que ajudar nessa questão, o projeto também auxiliou nas necessidades educativas da comunidade que não tinha uma escola de segundo grau.

Foi construído um prédio multidisciplinar, possibilitando que as crianças pudessem estudar, o local também servia para reuniões e o mais interessante, o telhado recolhe água da chuva canalizando-a até um poço onde era purificada e armazenada para uso dos próprios estudantes.

Este projeto do arquiteto Greg Elsner, poderia ser usado em vários locais da África que sofrem com este mesmo tipo de problema. Uma solução inteligente que resolve dois problemas de uma vez só.


5. Nader Khalili e seu superadobe

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Fotos: Aga Khan

O iraniano-americano Nader Khalili, foi um dos precursores de construções de baixo custo, desenvolveu um projeto revolucionário nos anos 70. Premiado pela ONU, Khalili passou vários anos percorrendo o deserto na busca de soluções que abrigassem os menos favorecidos. Depois de alguns anos ele acabou desenvolvendo uma construção barata e que era totalmente a prova de abalos sísmicos: o superadobe (superblock em inglês). São vários sacos cheios de terra, “o material mais ecológico, abundante e durável que existe” segundo o próprio Khalili, unidos em suas diferentes camadas por arames farpados.

Este projeto foi tão revolucionário que chegou até a ser apresentado para a NASA, que vislumbra a possibilidade de usá-lo como método de construção para uma futura colonização lunar.

6- Casas da esperança (África do Sul)

arquitetura solidária
Fotos: © 10x10_Housing Initiative

A África do Sul é um dos países com maior defasagem econômica entre a sua população. Uma grande porção do povo sul-africano, vive abaixo da linha da miséria. Visando suprir um pouco do déficit habitacional as lideranças da Cidade do Cabo oficializaram um concurso de arquitetura visando a construção de casas com proteção oficial que custassem no máximo 7.000 dólares.

Este concurso foi ganho pela companhia MMA que, inspirada na obra de Nader Khalili, ergueu casas usando estrutura feita com sacos de areia. O projeto foi tão bom que acabou servindo de inspiração para que as pessoas também construíssem suas moradias desta maneira.

7. As Escolas móveis (Birmânia)

arquitetura solidária escola móvel
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Fotos: Building Trust

A Building Trust, é uma organização sem fins lucrativos que fornece variados tipos de assessoria arquitetônica visando a confecção de projetos humanitários. O projeto Moving Scholl, idealizado pelos arquitetos Amadeo Benetta e Dan La Rossa, consiste em uma série de edificações móveis para que as crianças residentes em comunidades na fronteira entre a Tailândia e Birmânia possam ter acesso ao estudo.

Essas escolas foram construídas de uma maneira que possam ser desmontadas e reconstruídas facilmente, visando resolver o problema de direito sobre a terra que assola as comunidades deslocadas, e também, diminuir os efeitos dos fenômenos naturais.

8. As casas de papelão de Shigeru Ban

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O japonês Shigeru Ban, foi o ganhador do prêmio Pritzker em 2014, prêmio este equivalente ao Nobel da Arquitetura. Isto porque Shigeru já está há 30 anos praticando arquitetura para os menos favorecidos, antes mesmo que o famigerado termo “arquitetura sustentável” surgisse, ele construiu sua fama internacional trabalhando em projetos carentes em cenários.

Foram diversos lugares marcados por tragédias como o Haiti, Turquia ou Ruanda. Shigeru foi reconhecido por utilizar materiais baratos e fáceis de serem encontrados como rolos de papelão, peças plásticas e caixas de cerveja. O único objetivo disto é: resolver problemas com o menor custo possível.

9- Uma ponte educativa (China)

arquitetura solidária bridge-school
arquitetura solidária bridge-school
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Este é um grande exemplo de uma construção que não cumpre só uma função física, mas também social. A vila de Fujian precisava de uma ponte que a ligasse a antiga fortaleza, que fica na outra margem do rio e tem grande valor histórico.

O arquiteto Li Xiaodong colocou a mão na massa e projetou uma passarela elevada, que também funciona como um centro educacional, graças a suas salas extras que são utilizadas como classes. Além disso, a ponte foi planejada para combinar com tudo que está a sua volta, já que o seu revestimento de bambu, representa a conexão entre o passado e o presente entre o antigo castelo e a atual vila.

 

10- O lar da bola (Brasil)

arquitetura solidária casa-futebol-2
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Imagens: 1 Week 1 Project

O legado da Copa do Mundo no Brasil, não foi o esperado. Os estádios faraônicos localizados fora dos grandes centros futebolísticos acabaram tornando-se grandes elefantes brancos, obras sem nenhuma contra partida para a sociedade. Pensando nisso, a cooperativa “1 Week 1 Project” formado por Axel de Stampa e Sylvain Macaux, pensou em uma ideia de como aproveitar melhor os estádios brasileiros construídos para o mundial de 2014.

Para eles, as obras poderiam ter uma segunda utilidade, como, por exemplo, abrigar os mais necessitados. Por enquanto, é apenas um projeto, já que para sair do papel, dependeria da autorização dos mandatários dos estádios. O projeto faria com que os estádios obsoletos passassem a ter utilidade para a sociedade.

Texto enviado por Patrícia Thiago do Habitissimo


Cimento verde: Pesquisas avançam na direção de um material menos poluente

Todos sabemos que o cimento é um material muito poluente, o ideal é reduzir o máximo o seu uso na construção, mas muitas vezes é difícil eliminá-lo completamente. Estudos avançam na direção do ” cimento verde “, um material que gera menos emissão de CO2 e consume menos energia na produção.

O Instituto de Tecnologia de Karlsruhe (KIT), na Alemanha, um dos principais centros de pesquisa sobre consumo de energia da Europa, desde 2009, entre seus estudos prioritários está o desenvolvimento deste material.

O objetivo é chegar a um material que gere menor emissão de CO2 e consuma menos quantidade de energia para ser produzido.

Os avanços não param. No recente simpósio “O Futuro do Cimento”, que aconteceu em Paris (França), o KIT apresentou seus estudos mais recentes sobre a produção de cimentos que substituem o clínquer pelos hidrosilicatos de cálcio (Celitement®).

A descoberta permitirá produzir cimento com 50% menos consumo de energia, pois a mistura é atingida a 500 °C em vez dos 1.450 °C tradicionalmente necessários para a produção do material.

Para o engenheiro químico-chefe do instituto, Peter Stemmermann, as pesquisas estão em evolução e o próximo passo é a construção de uma planta-piloto que permita produzir 100 quilos por dia do novo aglutinante. “Essa produção vai possibilitar realizar a aplicação do cimento em vários tipos de sistemas construtivos, a fim de que o material possa ser produzido em larga escala”, diz o pesquisador.

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De acordo com Stemmermann, o “cimento verde” será realidade a partir de 2050. “Atualmente, são produzidas cerca de dois bilhões de toneladas de Cimento Portland por ano, em todo o mundo. Se todas as fábricas do planeta vierem a adotar a tecnologia que estamos desenvolvendo, meio bilhão de toneladas de dióxido de carbono deixaria de ser emitido na atmosfera a cada ano. Isso contribuiria enormemente para a preservação do clima. Mas, obviamente, não estamos falando de uma transformação a curto prazo. Imaginamos que podemos atingir esse cenário a partir de 2050 “, diz.

Além do desenvolvimento tecnológico, o centro de pesquisa da Alemanha também precisa viabilizar economicamente o “ cimento verde ”.

“O caminho para uma implementação de produção em massa é longo. Certamente, exigirá vários anos de desenvolvimento extensivo. As etapas passam por testes exaustivos e pelos processos de certificação, de regulamentação e de normalização. Nossa previsão é de que, no curto prazo, o cimento à base de Celitement® só deverá ser usado para aplicações especiais e totalmente inovadoras. Superadas todas as barreiras, e com a produção em grande escala, o material tende a se tornar viável economicamente para a aplicação na maioria das obras”, prevê o engenheiro químico-chefe do KIT.

 

Cimento Verde no Brasil

No Brasil, no começo desta década, pesquisadores da Escola Politécnica da USP, liderados pelos professores Vanderlei John e Rafael Pileggi, conseguiram produzir um tipo de “ cimento verde ”, usando uma tecnologia menos complexa que a em desenvolvimento na Alemanha.

O que os especialistas brasileiros fizeram foi substituir parte do clínquer por pó de calcário cru superfino. O rearranjo na fórmula do cimento produzido na USP permitiu reduzir a emissão de CO2 em 50%. Atualmente, a tecnologia embrionária ainda encontra-se limitada a estudos acadêmicos.

 

Entrevistado
Peter Stemmermann, engenheiro químico-chefe do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe (KIT) (via assessoria de imprensa)

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

Fonte: Massa Cinzenta