Após polêmica, Prefeito de Curitiba libera cultivo de hortas em calçadas .Greca disse que a agricultura urbana é uma tendência mundial e deve ser estimulada!
Moradores da cidade denunciaram dois hortelões urbanos por cultivarem alimentos em espaços públicos. Os mesmos foram notificados pela Secretaria de Urbanismo pois, de acordo com um decreto municipal, só é permitido o plantio de grama nas calçadas da cidade.
O prefeito Rafael Greca recebeu então os responsáveis pela horta cultivada no Cristo Rei, Ricardo Leinig e Márcia Steil, e pelas bananeiras plantadas no Hugo Lange, Vanderlei Lozano Silva, nas audiências do 156, próprias para desatar nós burocráticos da cidade.
Na reunião, o prefeito anunciou que vai criar nova regulamentação, que estimule a agricultura urbana e solucione casos similares, evitando conflitos como os que ocorreram com Vanderlei e Ricardo e Márcia.
“A agricultura urbana é uma tendência mundial, a humanidade tem que se voltar de novo para terra e para o arado”, disse o prefeito.
Greca ainda brincou com os participantes. “Se Burle Marx, meu amigo e grande paisagista brasileiro, fosse vivo, ia louvar a ideia de colocar bananeiras, ao invés de roseiras europeias, no jardim.”
No encontro, Greca disse que vai suspender as sanções por plantar hortas em calçadas contra Vanderlei e Ricardo e Márcia, enquanto o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, o Ippuc, está fazendo nova regulamentação para estes tipos de casos.
Foto: Horta Comunitária de Calçada Cristo Rei
O Ippuc já constituiu um grupo de estudo para flexibilizar o uso do remanescente de recuo, área onde usualmente fica o canteiro de grama nas calçadas. A atual legislação não prevê o aproveitamento dessas áreas para este fim, o que obriga a fiscalização a penalizar quem cultiva nesses recuos.
Os responsáveis pela horta do Cristo Rei, Ricardo Leinig e Márcia Steil, também celebraram o resultado. Leinig explicou ao prefeito que medidas de segurança foram tomadas. “Para evitar a poluição, usamos plantas não comestíveis, que protegem as hortaliças”, contou.
Horta comunitária no Cajuru, do Programa de Agricultura Urbana da Prefeitura. Na foto, Karolin Kuss com as filhas Kimberlly e Kemilly. Curitiba, 10/07/2017. Foto: Pedro Ribas/SMCS
Para reforçar o apoio a agricultura urbana o prefeito Rafael Greca, junto com o diretor presidente da concessionária Rumo, Júlio Fontana Neto, inauguraram nesta quinta-feira (13/07) a 24ª horta comunitária que tem apoio da Prefeitura. Localizado em um terreno da concessionária de trens (antiga ALL), no bairro Cajuru, o local passa a ser cultivado por 24 famílias da Comunidade Oficinas e da Vila Betel.
“Esta nova horta comunitária, projeto da Prefeitura e da Rumo em uma faixa de domínio da ferrovia, é um espaço de agroecologia que permitirá às famílias terem alimentos saudáveis e, por estar próximo à linha férrea, funcionará como área de segurança dos trens, além de evitar ocupação irregular”, destacou o prefeito.
O prefeito Rafael Greca validou em reunião no Ippuc, o projeto do Centro de Referência em Agricultura Urbana e Economia Criativa. O projeto será instalado na área anexa ao pátio de manobras de trens próximo à Rodoferroviária, na área do Vale do Pinhão e será fruto de parceria entre o município e a concessionária Rumo (antiga ALL).
As hortas comunitárias são um dos programas da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento desde 1986. Hoje a cidade conta com 848 famílias participantes das hortas urbanas numa área total de 410 mil metros quadrados espalhados por Curitiba. Das 392 escolas, 85 têm hortas comunitárias.
Prefeito Rafael Greca inaugura junto com o diretor presidente da concessionária de trens Rumo, Julio Fontana Neto, a 24ª horta comunitária do programa de Agricultura Urbana da Prefeitura, no Cajuru. Curitiba, 13/07/2017. Foto: Pedro Ribas/SMCS
Arquitetos e Engenheiros ouvem tanta coisa sobre edifícios sustentáveis e eficientes. Tanta propaganda e “marketing”. A gente fica confuso com o que realmente devemos acreditar, né? E nos perguntamos: “Vai que é uma moda passageira, e eu vou é perder meu tempo…”
Mas, vamos deixar o pré-conceito com a palavra “sustentável” de lado. Vamos conversar sobre o que é importante!
Uma grande quantidade de profissionais está brigando por mercado, pelos mesmos clientes, competindo por preço baixo de projeto, acreditando que esse é o único caminho. Fazendo mais, do mesmo. Mas será que os edifícios e demandas sociais e econômicas serão as mesmas?
Você vê um edifício que diz ser sustentável e tem dúvidas? Será que é mesmo? E essas Certificações? São confiáveis? É tudo marketing? E agora a Etiqueta Procel? Novas normas e legislações de desempenho? O que disso tudo é verdade? O que os profissionais precisam saber sobre isso? Como devemos nos preparar? E o futuro disso?
Não tem como não ficar confuso…
Nós passamos por isso, e não imaginávamos nem por onde começar a entender essa área. Hoje, depois de 10 anos, especializações, mestrados e doutorados, projetos e consultorias, mais de 2.500 alunos, percebemos como ainda existem arquitetos e engenheiros perdidos. E isso é ruim para os profissionais e para o mercado.
E saiba que as mudanças estão sendo rápidas, e muitas definitivas.
Por que você escolhe uma geladeira eficiente, nível A do Procel, mesmo que gaste um pouco a mais na hora da compra? Você não acha que seu cliente vai querer isso também do edifício? Será que é verdade o que falam “edifício sustentável é caro, não vale a pena? É inviável? “
A eficiência dos eletrodomésticos já passou a ser obrigatória, ou seja, não existe mais o “marketing verde”… é obrigação da indústria atender aos requisitos mínimos.
E você sabia que com os edifícios também já está sendo assim? Seu cliente pode te pedir um projeto nível A: de arquitetura, iluminação, condicionamento de ar e instalações elétricas. Sabemos, porque já é obrigatória para edifícios públicos federais e o QualiA é um Organismos de Inspeção Acreditado (OIA) pelo Inmetro para emitir a Etiqueta PBE Edifica. Ainda muita coisa vai ser implementada no Brasil nessa área.
Mas você realmente sabe o que são Edifícios Sustentáveis e Eficientes ?
Você saberia explicar pro seu cliente? Conseguiria atender exigências de qualidade, desempenho e eficiência que ele te pedir? De onde vem seu conhecimento sobre o assunto? Vamos deixar nossa implicância com a palavra “sustentável” de lado. A palavra pode estar batida, mas o que ela representa tecnicamente e as mudanças são reais e necessárias, não só ambientalmente, mas socialmente e economicamente.
Vamos conversar nesse workshop sobre o que tecnicamente é nossa responsabilidade quando projetamos e construímos edifícios. Sobre o que já é obrigatório e o que estar por vir. Como podemos melhorar e adaptar nossos projetos, de forma ética, conquistando mercado e maior valorização. Sejam eles chamados de sustentáveis ou não!! Traga suas dúvidas para esse debate!!
Leaphome é uma casa produzida através de um processo industrial, simples e inovador. Com foco nas necessidades e desejos específicos de cada cliente, repensa os paradigmas de vida saudável e sustentável em meio a natureza.
Os módulos são fabricados e combináveis para encaixe no local. Um processo industrial, como a montagem de um automóvel, onde os vários componentes são montados no local de forma totalmente seca e não precisam de processamento ou ajustes adicionais.
A LeapHome, está atualmente em exposição, possui 130 metros quadrados, e pode ser personalizada e configurada de acordo com os desejos e orçamento do comprador.
As madeiras utilizadas possuem certificação FSC (Forest Stewardship Council), os revestimentos de chapas metálicas e os acabamentos, são produzidos com materiais ecológicos.
As aberturas panorâmicas em lados opostos, são destaque na casa modular, assim como as grandes portas de vidro deslizantes. Além de aproveitarem ao máximo a iluminação natural, servem também para o contato do morador com a natureza.
O invólucro externo, foi projetado com a eficiência energética em mente, de modo a reduzir o consumo, se comparado aos modelos convencionais.
A energia solar alimenta a casa, e a água é aquecida por um sistema solar térmico.
De acordo com a empresa, “a estrutura é projetada para maximizar a circulação do ar e distribuir calor e umidade”. O esgoto pode ser gerenciado de forma independente graças a um sistema biológico de tratamento de resíduos líquidos.
A Leaphome foi projetada para minimizar o impacto ambiental, desde a construção até o consumo de energia ao longo de sua vida. O uso de materiais certificados, reutilizáveis e recicláveis torna a casa mais sustentável.
A LeapHome é fabricada pela empresa italiana LEAPfactory, conhecida por construir belas estruturas pré-fabricadas, em locais de difícil acesso.
A casa está aberta para visitação na sede da Cleaf, uma empresa parceira localizada em Lissone, província de Monza na Itália.
Os jardins verticais em escritórios trazem diversos benefícios aos usuários, além de lindos, aumentam o bem-estar dos usuários.
Muitas empresas estão investindo em trazer mais verde para o seu interior, sabendo que escritórios saudáveis são mais produtivos. Estudos apontam que aumentar o bem-estar dos seus colaboradores, resulta em uma melhora na performance no trabalho.
A qualidade do ar interno interfere diretamente nas condições de conforto, no bem estar, e na produtividade, em ambientes de trabalho, que geralmente são ambientes climatizados. As plantas funcionam como purificadoras do ar e ajudam a remover gases tóxicos, além de trazer mais beleza ao local.
Alguns itens devem ser observados nas escolha das plantas a serem utilizadas nos jardins verticais em escritórios, como a incidência de luz natural e o escoamento da água, por isso é sempre fundamental contratar um especialista para o planejamento e execução.
Veja 10 exemplos de jardins verticais em escritórios pelo mundo:
1- Lindo jardim vertical na recepção do Google em, Sidney:
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O escritório do Google em Sidney, investiu em um lindo jardim vertical na recepção da empresa.
2- Grande parede verde na área de lazer da AWeber Communications:
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A nova sede da AWeber Communications na Pensilvânia – EUA, projetada pela Wulff Architects recebeu a certificação LEED Gold e conta com outras atrações, visando o bem-estar dos funcionários como escorregas e espaço de jogos.
3 – Recepção da Autodesk em San Rafael
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O exuberante jardim vertical da Autodesk em San Rafael segue o mesmo conceito da recepção do Google em Sidney, uma representação do logotipo que flutua entre uma parede cheia de heras e samambaias, como se estivesse saindo da floresta.
4- Muito verde no escritótio da EasyCredit na Alemanha:
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A sede da EasyCredit, em Nurenberg na Alemanha projetada pela Evolution Designmais parece um oásis para mais de 700 funcionários da empresa. Plantas em vasos e paredes verdes podem ser vistas em quase todas as áreas do escritório.
5- Jardim vertical Microsoft – Washigton:
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O escritório da empresa foi renovado pela ZGF Architects e também conta com um colorido jardim vertical na área da recepção.
6- Parede verde Nuon – Amsterdã:
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A Nuon é uma empresa de serviços públicos que fornece eletricidade e gás para a Holanda, a Bélgica eo Reino Unido e incentiva a energia sustentável em toda a Europa. A parede verde de Nuon é muito mais do que apenas uma característica estética – é um símbolo dos valores progressivos da empresa.
7- Jardins verticais no escritório do Facebook em Menlo Park
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No café da empresa aparece a palavra Havest (colheita) recortada por plantas formando como se fosse um logotipo de jardins verticais. O verde aparece outra vez no muro vivo de um espaço a colaborativo.
8- Paredes verdes da Etsy em NY
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O escritório da Etsy no Brooklyn, em NYC, foi projetado por Gensier e é um espaço colorido, fresco e muito acolhedor, cheio de paredes verdes.
Cobrir essa grande parede próxima a escada de verde foi uma grande ideia do IA Interior Architects ao projetar os escritórios da Sonos em Boston, Massachusetts.
10 – Parede verde no escritório da Skyscanner em Budapeste.
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O escritório da Skyscanner, o famoso motor de busca de voos, é cheio de vegetação. O espaço foi desenhado pelo Madilancos Studio e está localizado em Budapeste, na Hungria.
Os pauzinhos de bambu (hashi) são coletados em vários restaurantes asiáticos de Vancouver e reaproveitados. Uma vez limpos, os pauzinhos são comprimidos, laminados e lixados para serem criados os objetos de design.
O hashi é utilizado como talher na culinária oriental, e é fabricado em diversos tipos de materiais como madeira, bambu, metal e plástico.
O dono da ideia, de reaproveitar os pauzinhos de bambu em objetos, é de Felix Bock, um estudante de doutorado da University of British Columbia.
A ideia surgiu após o jovem refletir sobre a quantidade de pauzinhos de bambu jogados em aterros. Bock estima que apenas na cidade de Vancouver, mais de 100 mil pares destes utensílios, são descartados todos os dias.
O jovem criou a empresa ChopValue e investiu em algumas caixas de coleta de reciclagem. Os recipientes foram colocados em alguns restaurantes para recolher os pauzinhos de bambu. Depois de recolhidos, são limpos, revestidos em resina e pressionados a quente com uma máquina para obter um material plano.
Esse material é cortado e toma forma, como as prateleiras de favo de mel. Para cada uma dessas formas hexagonais são utilizados 300 pauzinhos de bambu, que se transformam em algo reciclado, útil e bonito.
Além das prateleiras, também são produzidos tabuas para corte, gravuras, porta copos e mesas.
Desde a sua criação em julho de 2016, a empresa reciclou 800 mil pauzinhos de bambu. Como a cidade de Vancouver cobra o lixo por peso, os restaurantes além de colaborarem com o meio ambiente, acabam pagando menos pela eliminação de resíduos.
Diminuem o lixo em aterros e beneficiam-se do serviço de reciclagem gratuito da Chopvalue .
A Greenbuilding Brasil 2017 – Conferência Internacional e Expo será realizada entre os dias 8 e 10 de agosto, no São Paulo Expo, apresentando as mais modernas tecnologias e soluções para este mercado.
A 8ª Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo vai reunir a cadeia produtiva da construção sustentável para fomentar o conhecimento e a tecnologia voltados à geração de negócios para o setor
O mercado de construções verdes no Brasil tem se consolidado nos últimos 10 anos, com o engajamento de toda a cadeia produtiva da construção civil, que envolve construtoras, arquitetos, fornecedores de produtos e serviços, entre outros players desse mercado.
Em um ranking de 165 países onde o a certificação para construções verdes LEED (Leadership in Energy and Environmental Design ou Liderança em Energia e Projeto Ambiental) se faz presente, o Brasil ocupa a 4ª posição com 1.230 projetos registrados e destes, 423 certificados (LEED) e 43 projetos registrados e destes, 3 certificados (CASA).
Em 2016, mesmo diante de aspectos pessimistas do ponto de vista econômico e político do país, a construção sustentável apresentou outra realidade, com um dos melhores desempenhos em termos de novos projetos registrados buscando uma certificação. Foram 205 projetos novos (LEED e Casa), sendo que o recorde é de 2012 (209), segundo o Green Building Council Brasil (GBC Brasil).
O evento, que se destina aos profissionais de áreas como arquitetura, engenharia, design, associações e instituições socioambientais, desenvolvimentos sustentável, habitação de interesse popular, planejamento urbano, entidades governamentais e outros, contará com mais de 70 Sessões Educacionais (palestras de todos os níveis técnicos), além da exposição de soluções sustentáveis e novas tecnologias, ações e atividades de engajamento e visitas técnicas em edifícios de destaque no mercado e de eventos de networking.
Em sua última edição, em 2016, a Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo recebeu mais de 14 mil visitantes brasileiros e estrangeiros, 1400 congressistas, 135 palestrantes nacionais e internacionais, e 50 expositores e patrocinadores. Para 2017, a organização está preparando um evento ainda maior e espera receber mais de 20 mil visitantes. Conhecimento – Durante os três dias de conferências, especialistas nacionais e internacionais compartilharão conhecimentos sobre os desafios da construção sustentável e seus benefícios para a sociedade.
Serão debatidos temas e apresentados cases sobe as vantagens da sustentabilidade aos ambientes corporativos, de ensino, residenciais, em edificações públicas e privadas; a gestão sustentável de cidades; geração e a economia de energia; compensação de carbono, a questão do clima global; as melhorias em termos de materiais e soluções para as construções verdes; as formas de financiamento para projetos de eficiência energética e construção sustentável; a importância da certificação e o LEED V4, Certificação CASA e Well.
Além das conferências, o evento vai proporcionar uma série de palestras gratuitas, em que serão apresentadas as novas soluções, tecnologias e os cases de sucesso, voltados às construções verdes.
Os interessados em conhecer as edificações referenciais LEED de São Paulo, poderão participar das visitas técnicas, que serão realizadas no dia 11 de agosto. Esse trabalho tem por objetivo apresentar fisicamente os espaços certificados, seu funcionamento e o reflexo disso no ambiente, no bem estar dos ocupantes, na eficiência e economia. As visitas serão organizadas a partir de cadastramento prévio.
Ainda falando sobre conhecimento, o visitante da Greenbuilding Brasil 2017 vai poder testar o que conhece sobre as construções verdes no Green Escape, um game com questões sobre o tema que levarão o participante por um labirinto a cada resposta correta.
Energia em pauta – um dos temas de grande relevância na 8ª edição do evento é a questão da energia. O primeiro ponto é que o GBC Brasil está comprando 130 REC’S (Certificado de Energia Renovável ou Renewable Energy Certificates) de energia renovável solar (painel fotovoltaico) que serão a fonte de abastecimento de energia para todo o evento.
De modo geral, a certificação LEED incentiva o desenvolvimento de mercados baseados em energia renovável, estimulando os projetos a comprarem REC’S com certificação do programa do Green-e. Este programa rastreia a geração e aquisição de energia renovável no Brasil e certifica a compra.
Outro importante ponto sobre energia, mas do ponto de vista de geração e autossuficiência em edificações, o GBC Brasil lançará, durante a feira, sobre autossuficiência energética em construções, com o objetivo de acelerar esse processo nas edificações existentes e promover o conceito de Net Zero Energy Building (autossuficiência em energia) nas edificações novas até 2030 e em todas as edificações até 2050, em consonância com os compromissos firmados entre o GBC e membros no COP Paris.
A Greenbuilding Brasil 2017 vai contar com um lounge de Net Zero Energy, que será abastecido por uma árvore fotovoltaica, ilustrando o conceito.
Em complemento a essas ações, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) contará com um espaço no evento para falar sobre o Projeto 3E tem como objetivo influenciar e desenvolver o mercado de eficiência energética em edificações comerciais e públicas, visando contribuir com a economia de até 106,7 TWh de eletricidade nos próximos 20 anos e com a redução de emissões de gases de efeito estufa em até 3 milhões de toneladas de dióxido de carbono (tCO2).
As construções verdes e o bem estar das pessoas – Estudos do Green Building Council mostram que as pessoas passam 90% de seu tempo em ambientes internos (residência, trabalho, escola, etc) e que melhorias no ambiente, tais como adequação da iluminação, qualidade do ar, etc, podem ampliar de 8% a 11% a produtividade dos habitantes. Com isso em vista, o evento vai receber Rick Fedrizzi, CEO do International WELL Building Institute (IWBI), que vai abordar esse aspecto das construções verdes.
Em paralelo, o GBC Brasil lançara o relatório resultado de um trabalho em parceria com o IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP para avaliar qualitativamente os ambientes de trabalho. A entidade criou o Comitê Saúde e Bem-estar, com 46 especialistas, para atuar sob esse ponto de vista das construções. Segundo Felipe Faria, diretor executivo do Green Building Council Brasil, esse é um dos pontos focais do GBC nos próximos anos.
“Essas mudanças na certificação das construções e edificações verdes fazem parte de um processo de aprimoramento no que diz respeito à formação de uma cultura sustentável em torno dessa cadeia produtiva e que tem gerado vantagens sociais, econômicas e sustentáveis”, afirma o executivo.
Outro ponto que o GBC Brasil destacará no evento é seu trabalho incisivo no que diz respeito à certificação de edificações residenciais, tanto prédios (multifamiliar vertical), quanto condomínios (multifamiliar horizontal).
Faria conta que, no ano em que o GBC Brasil completa 10 anos de atividades, as expectativas para o evento deste ano são grandes.
“A construção sustentável segue seu crescimento de forma ininterrupta e inabalada pelas dificuldades econômicas do mercado. Dessa forma, o evento traz importantes contribuições para a cadeia produtiva da construção sustentável, no sentido de apontar tendências, inovações e gerar a possibilidade de efetivação de negócios nos quais o meio ambiente se beneficia, assim como as pessoas e a economia”, completa o executivo.
Assim como no último ano, será realizada simultaneamente e com uma área de exposição comum à feira High Design – Home & Office Expo. A parceria entre estes dois eventos cria um encontro mais forte e abrangente para os setores de Arquitetura, Engenharia, Construção e Design.
Serviço: Greenbuilding Brasil 2017 – Conferência Internacional e Expo
Data: 8 a 10 de agosto de 2017
Local: São Paulo Expo
(Rod. dos Imigrantes, 1, Parque do Estado, São Paulo)
Informações e credenciamento pelo site: http://expogbcbrasil.org.br/
Construção em Container em Itajaí recebe prêmio internacional, o 5th Architizer A+Awards . O projeto é do arquiteto Rodrigo Kirck e foi inspirado na vocação portuária da cidade.
O projeto tem dois volumes, cada um usando dois contêineres sobrepostos. Os volumes são separados por uma abertura zenital que abriga as circulações verticais, trazendo muita luz natural aos ambientes, reduzindo a necessidade do uso de iluminação artificial.
Acima dos volumes estão instalados dois grandes telhados verdes que cumprem várias funções: reduzir o impacto da radiação solar, capturar a água da chuva para reutilização e ser um reservatório de água da chuva, reduzindo o impacto no sistema de coleta pública de esgoto. Eles também servem aos vizinhos como uma “gentileza urbana”, trazendo cores e conforto visual aos moradores dos edifícios vizinhos.
A edificação possui quatro contêineres de 40 pés, que iriam pro lixo e foram restaurados, conta com dois andares e área total de 135 metros quadrados. Inaugurada no final de 2016, abriga escritório de arquitetura e coworking, onde Rodrigo e sua equipe trabalham.
Tudo no projeto tem uma razão de ser, do logotipo que menciona a origem indígena do arquiteto, aos laços afetivos que ele mantém com a cidade de Itajaí e sua conexão com a indústria naval, representada pelo próprio Container.
No design de interiores, tudo é muito simples e ao mesmo tempo de grande refinamento. Calor, , visual e integração são prioridades que recebem tratamento especial através da decoração. Luminárias com seu próprio design, peças funcionais, materiais reciclados, cores em harmonia e arte, muita arte impressa em todos os ambientes.
Sem quadros, a arte aparece impressa em todos os ambiente, com intervenções em grafites nas paredes e nas portas. Cada desenho integra o cenário que não deixa dúvidas: o local é um escritório criativo e, diferente do lugar comum.
Projeto premiado construção em Container em Itajaí:
A mais famosa favela da capital paulista vai ficar mais verde! Recentemente foi inaugurado o Projeto Horta na Laje em Paraisópolis, que incentiva o plantio de alimentos pelos moradores.
A iniciativa conta com o apoio da Associação das Mulheres de Paraisópolis, do Instituto Escola do Povo e da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis, em parceria com o INSTITUTO STOP HUNGER, e prevê a capacitação e o empoderamento de jovens e mulheres em técnicas de plantio no vaso, para que possam desenvolvê-las em suas casas, com o objetivo de garantir uma alimentação mais saudável para consumo e a segurança alimentar das famílias da comunidade.
Mais do que trabalhar no combate à fome e à má nutrição, o projeto HORTA NA LAJE pretende dar a oportunidade para que as pessoas desenvolvam habilidades para plantar, cuidar e semear horta em vaso e/ou em espaços adaptados, estimulando através da educação ambiental, a criação de pequenos espaços verdes dentro das lajes, de interação e de lazer.
A ideia é fazer de Paraisópolis um modelo de comunidade sustentável, referência nacional no campo de produção e disseminação de conhecimentos ligados à inovação social e sustentabilidade, mediante a realização de iniciativas que garantam integração entre as gerações, autonomia, empoderamento, auto realização e participação ativa de comunidades em seu contexto socioeconômico e cultural.
A ação propõe estimular a consciência cívica e a responsabilidade social dos cidadãos, assim como subsidiá-los com fundamentação teórica e conhecimentos técnicos, a fim de capacitá-los como agentes multiplicadores e facilitadores de controle socioambiental, tendo como modelo e inspiração o Programa Hortaliças.
Outro benefício do projeto Horta na Laje, dentro da vertente ambiental, é a absorção da radiação ultravioleta, dióxido de carbono e a redução do impacto da água de chuva e seu escorrimento superficial, assim como promoção da natureza dentro da comunidade.
O Instituto STOP Hunger tem em sua missão se tornar uma força de liderança no combate à fome e à má nutrição, no país, e busca com esse projeto expandir o Programa Hortaliças criado da parceria com a UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” – UNESP.
Veja o vídeo que conta um pouco mais sobre o Projeto Horta na Laje:
Conheça o passo a passo da instalação fotovoltaica e os procedimentos a serem feitos, seja em um imóvel comercial ou um residencial.
A energia fotovoltaica é um dos melhores investimentos para se fazer hoje em dia. Possui inúmeras vantagens, as principais são: financeira, por deixar de pagar contas de luz abusivas, e ecológica pois é uma energia extremamente limpa e inesgotável.
Atualmente a maior fonte de energia do país, são as hidrelétricas. Com a escassez de água dos rios, a conta de luz tem aumento no mínimo 8% ao ano, segundo estatísticas informadas pela ANEEL e previsões do IGPM e IRT. Já o sol é inesgotável e a energia não agride o meio ambiente.
Com a Resolução Normativa nº 687/2015, que facilitou a instalação fotovoltaica em todo país, somente o ano passado a produção distribuída – feita pelo próprio consumidor, indústria e comércio – cresceu 300% no Brasil.
Divulgação ENGE-PRO Solar
Além das vantagens financeira e ecológica citadas a cima, seguem outros benefícios em uma instalação fotovoltaica:
– Economia: 100% do valor investido pode ser recuperado entre 4 e 6 anos;
– Rendimento: aplicação superior a poupança e até mesmo a Selic;
– Valorização do imóvel: destaque no mercado imobiliário, para imóveis com sistema de energia solar fotovoltaica;
– Não-polui: reduz a taxa de emissão de CO², combate o efeito estufa e os danos causados no meio ambiente;
– Fácil instalação: interfere muito pouco na instalação existente, podendo aumentar as placas conforme a demanda;
– Manutenção: mínima; praticamente não existe manutenção para o sistema instalado;
A ENGE-PRO Solar alerta para que toda instalação possua todos esses benefícios, e para não haver arrependimentos futuros, contrate sempre uma empresa séria, com qualidade técnica para que possa dimensionar, projetar e executar uma instalação perfeita, com os melhores equipamentos do mercado mundial.
Divulgação ENGE-PRO Solar
Conheça o passo a passo da instalação fotovoltaica em seu imóvel:
1º) Pesquisar uma empresa especializada presente no mercado, de preferência com outras instalações concluídas, que forneça um orçamento claro, um projeto adequado e uma instalação limpa;
2º) Enviar sua conta de luz para a empresa especializada, onde ela irá analisar e dimensionar o quanto de kWp deverá ser instalado;
Na própria conta através do endereço podemos verificar a localização geográfica, tipo de telhado e quantas placas deverão ser instaladas. Com isso você terá um pré-orçamento do seu investimento.
Divulgação ENGE-PRO Solar
3º) Com o pré-orçamento em mãos, examine se a viabilidade financeira é possível para realizar essa instalação;
4º) Uma vez aprovado o pré-orçamento, a empresa especializada irá realizar uma visita técnica, para examinar o local de instalação e localizar o posicionamento ideal para obter melhor eficiência na geração;
Divulgação ENGE-PRO Solar
5º) Validado o orçamento e definida a instalação, será elaborado um contrato entre as partes;
6º) Contrato assinado, a empresa contratada irá realizar o projeto e elaborar toda documentação necessária de homologação e a aprovação junto a concessionária de energia local, para o acesso da mini ou microgeração geração fotovoltaica que será instalada. Pela norma da ANEEL a concessionária tem até 15 dias para a aprovação;
Observação: Nesse momento se o cliente possuir outro empreendimento, com a conta de luz no mesmo nome e CPF ou CNPJ, a geração pode alimentar as duas ou mais contas. Então caso o cliente tenha interesse, deverá ser informado a empresa contratada para que possa elaborar a documentação necessária na concessionária.
7º) Assim que aprovado o projeto na concessionária, a empresa pode começar a instalação do sistema. Serão instalados os painéis solares, string box e inversor para conectar no quadro de energia local;
Divulgação ENGE-PRO Solar
8º) Depois de perfeitamente instalado o sistema, a empresa deve contatar a concessionária de energia local, que irá realizar uma vistoriar no sistema instalado (mais um motivo para que tenha certeza que a empresa contratada é séria e de ótima qualidade técnica) e verificar se está de acordo com as exigências estabelecidas. O prazo para aprovação final pela concessionária é de até 7 dias;
9º) Estando tudo okay, a concessionária irá trocar o antigo medidor de energia e instalar um novo que contabiliza a energia injetada na rede, e a energia consumida;
10º)O último passo é o cliente estar satisfeito, gerando sua própria energia e receber sua primeira conta, pagando apenas a taxa mínima e nunca mais se preocupar com aumentos na sua conta de luz.
Mesmo depois de instalado a ENGE-PRO Solarmonitora online todas as instalações feitas, e caso tenha alguma perda de geração nós entramos em contato em minutos para resolver qualquer problema o mais rápido possível.
A ENGE-PRO Solarpossui uma equipe com mais de 38 anos de experiência no setor energético. A prioridade da empresa é a transparência com seus clientes, passando confiança, tranquilidade e satisfação em seus trabalhos realizados.
(Matéria enviada por Rafael Lemos, Engenheiro, Sócio Diretor da ENGE-PRO Solar. A empresa atende a região Sudeste do país.)
O livro Sustentabilidade no design de interiores, a autora destaca a preocupação com alguns dos problemas ambientais gerados pela atividade humana, como as mudanças climáticas, a diminuição dos recursos naturais e a escassez de água.
Diante do grande impacto ambiental causado pela indústria da construção civil, todos os profissionais desse setor precisam reavaliar seus princípios e formas de atuação. Através de uma atitude consciente e comprometida, o designer de interiores pode enfrentar esses problemas ao assumir e promover a abordagem sustentável de seus projetos.
Sustentabilidade no design de interiores apresenta de forma prática os fundamentos do projeto sustentável e diretrizes para a escolha de materiais, sistemas energéticos e hidráulicos e métodos construtivos sustentáveis.
Amplamente ilustrado, o livro destina-se a estudantes e profissionais de design de interiores e a todos que são comprometidos com a incorporação de princípios e corresponsáveis no desenvolvimento de projetos.
SOBRE A AUTORA:
Siân Moxon é arquiteta especializada em sustentabilidade nas áreas de habitação e conservação. Desde 2002, atua no renomado escritório de arquitetura e design de interiores Jestico+Whiles, do qual se tornou associada em 2008, e dirige a equipe especializada em sustentabilidade. Entre os seus projetos realizados estão o Royal Quay e Wakering Road Foyer, em Londres. Leciona design sustentável na London Bank University.
Detalhes do produto:
AUTOR: Siân Moxon
DIMENSÕES DO PRODUTO: 21.50 cm X 28.00 cm X 1.00 cm
A primeira edição da imersão de bioconstrução no Cerrado acontecerá de 08 a 28 de julho na cidade de Olhos D’Água.
Com a positiva onda de debates sobre sustentabilidade e reflexão sobre resíduos gerados na construção civil, o número de pessoas interessadas em construir para si mesmo de maneira mais saudável ou se profissionalizar na bioconstrução vem aumentando a cada dia.
Para atender a procura de quem quer se aprofundar um pouco mais, um pouco além dos cursos rápidos, foi criado esse período de imersão de bioconstrução. Serão três semanas de teoria e mão na massa (e pé também!).
Além das técnicas com terra crua e seus benefícios, serão apresentados conceitos básicos, como alicerce, estrutura, construção de paredes, cobertura de ferrocimento entre outros tópicos essenciais para quem quer iniciar a própria moradia. Orientador: Cobi Shalev
Especializado em adobe, cob, rebocos naturais e fibrocimento, seu primeiro contato com a bioconstrução foi em 2006, em uma fazenda de permacultura localizada em Israel, onde construiu sua primeira casa subterrânea feita de cob e materiais reciclados.
Facilitador: Renato Botelho
Finalizado o PDC em SP de onde se sentiu inspirado, participou do curso de bioarquitetura ministrado por Cobi Shalev e desde então iniciou alguns projetos para se aprofundar no assunto trabalhando com Cobi em Olhos D’Água – GO.
Exercício prático da imersão de bioconstrução no Cerrado
Será construído um muro de aproximadamente 25 metros experimentando o processo completo, desde cavar as valas até as telhas de ferrocimento. Esse processo equivale a parte estrutural de uma casa de terra crua. Dessa maneira a ideia é passar a confiança para que se possa começar a experimentar e construir por conta própria. A ideia do muro é fazer dele um laboratório para várias técnicas.
A atividade consiste nas seguintes práticas:
• Testes estruturais da terra
• Produção de adobes
• Manuseio da madeira (preparo dos mourões, cortes, montagem e impermeabilização)
• Preparo das estacas, níveis e valas
• Alicerce de pedra (assentamento de pedras)
• Preparo da massa (pisar a terra)
• Prática de pau-a-pique
• Prática de taipa de pilão
• Prática de assentamento de adobes
• Produção das coberturas de ferrocimento
• Aplicação da cobertura
• Aplicação de reboco natural
Além do muro haverá a construção de um banco de terra ensacada (hiperadobe) e tintas naturais!
A teoria será dada em campo, durante a prática. Como a imersão de bioconstrução tem a intenção de ser uma vivência de obra, o ritmo será próximo de uma. O grupo será pequeno para melhor aproveitamento, entre 5 e 8 pessoas comprometidas e dispostas a esta experiência.
Investimento: R$1.200 (o valor pode ser dividido em até 3x um sinal de R$300)
O que está incluso no valor:
Hospedagem em quarto compartilhado ou camping
3 refeições diárias durante a semana, de segunda a sexta
Local:
Olhos D’Água – GO
(1h30 distante de Brasília)
Olhos D’Água é um pequeno distrito de Alexânia. A cidade é bem simples e tranquila, conta com alguns bares e restaurantes, com bastante natureza do cerrado brasileiro em seu entorno. É fácil chegar ao rio para se banhar. Ainda mantém casinhas de adobe tombadas como patrimônio histórico para apreciar e aprender mais.
Mais infos e inscrições: adamabioarquitetura@gmail.com www.adama.arq.br
Couro ecológico feito de resíduos que a uva deixada no processo de fabricação do vinho recebeu o prêmio Global Change Award 2017 da Fundação H & M, em Estocolmo, na Suécia.
A novidade vem do país que é o maior produtor de vinho do mundo, a Itália. E combina duas das grandes excelências do local; o design e a viticultura.
A invenção do arquiteto de milão, Gianpiero Tessitore, foi premiada com mais de 1 milhão de reais.
O couro ecológico dispensa a morte de animais para fabricação, não utiliza petróleo, nem produtos poluentes, e ainda reduz o desperdício dos restos do vinho.
O Wineleather® é um material vegetal produzido através de um processamento específico de fibras e óleos contidos no bagaço de uva, que é uma matéria-prima totalmente natural, composta por peles de uva, talos e sementes obtidas na fabricação de vinhos.
A empresa VEGEA Vegetal Leather responsável pelo novo produto, fundada em janeiro de 2016, tem como objetivo produzir materiais inovadores baseados em princípios éticos como a sustentabilidade, a proteção da saúde dos trabalhadores e dos consumidores, a responsabilidade social e o total respeito pelo meio ambiente.
Normalmente, são produzidos anualmente 26 bilhões de litros de vinho, que formam quase sete bilhões de quilogramas de bagaço de uva. A ideia é que todo estes resíduos possam ser transformados em uma matéria-prima de alto valor agregado e que potencialmente podem produzir até três bilhões de metros quadrados de couro de vinho todos os anos.
Como o couro ecológico de vinho é, além de amigo do meio ambiente, um material de aparência sofisticada, a empresa pretende atuar em todos os segmentos da indústria do couro, desde vestuário até mobiliário.
Já podemos ter aquele lindo sofá de couro, sem culpa!
Quando o gelo que cobre a superfície da Groenlândia desaparece quase por completo em apenas quatro dias, ficamos surpreendidos, ganhamos consciência da nossa responsabilidade e do impacto das nossas ações e pensamos nas coisas que podemos fazer. Só assim podemos contribuir para o desenvolvimento sustentável.
O livro 1000 ideias para um estilo de vida sustentável oferece um guia de ideias que reconciliam design e estética com o desenvolvimento sustentável em situações que afetam o nosso dia-a-dia, desde a arquitetura e design, passando pela ciência, tecnologia e transporte, até à alimentação e saúde. Em suma, ideias para viver melhor e para fazer o mundo melhor.
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Informações Técnicas
Autora: Marta Serrats
Título: 1000 Ideas para un Estilo de Vida Sostenible / 1000 Ideias para um Estilo de Vida Sustentável
ISBN: 9788415227397
Páginas: 298
Edição: 1ª
Ano: 2013
Idioma: Português, Inglês e Espanhol
Dois modelos urbanos de carros elétricos com preço de ‘popular’ serão vendidos em breve no Brasil, por uma empresa paranaense.
A tendência dos carros elétricos estão ocupando espaços nas ruas das cidades mais importantes do mundo, mas no Brasil a tecnologia elétrica automotiva ainda engatinha. No mercado, apenas BMW i3 é movido com 100% de energia limpa. Os demais modelos disponíveis combinam eletricidade e motor a combustão, chamados assim de híbridos.
Mas o mercado brasileiros deve se aquecer com a chegada de dois modelos urbanos de carros elétricos com preço de ‘popular’ , o e.coTech2 e o e.coTech4 (dependendo da quantidade de portas), que serão comercializados a partir de julho pela empresa paranaense Hitech Electric.
Os veículos feitos na China têm como porta de entrada no Brasil a empresa localizada em Pinhais, na Grande Curitiba, que começa a vender os veículos por valores bastantes chamativos para um automóvel elétrico: R$ 44.890 (e.coTech2) e R$ 49.890 (e.coTech4).
Há ainda dois modelos de caminhão leve elétrico, o e.coCargo (R$ 56.990) e o e.coTruck (R$ 59.990). Os modelos são desenvolvidos pelo grupo Aoxin New Energy, uma estatal que é a principal fornecedora de caminhões da China.
As novidades estarão no showroom de revendedores em algumas cidades do Brasil, como Curitiba, Cascavel e São Paulo, a partir da primeira semana de julho de 2017. Por enquanto, as vendas ocorrem apenas para B2B (empresas).
Pelas fotos fica claro que a intenção do empresa não é competir com i3. O visual não é um convite ao consumidor para entrar neste universo sem emissão de gases poluentes.
Por isso, o empresário aposta que a demanda virá de quem já entende os benefícios e a economia de um veículo elétrico no uso urbano e, principalmente, em locais fechados, como condomínios, instalações industriais, clubes, hotéis, prefeituras e parques.
“É um design exótico, que foge do perfil tradicional, mas que tem tido uma aceitação muito grande dos clientes. Além disso, é possível personalizar os veículos em diferentes cores e plotagens”, ressalta o empresário da empresa.
Um aplicativo monitora o veículo de forma remota, repassando informações sobre problemas e nível de bateria; a instalação de um controlador de velocidade que identifica radares e desacelera o carro automaticamente; e um dispositivo de recarga da bateria que pode ser instalado em prédios e condomínios.
Economia dos carros elétricos com preço de ‘popular’:
Além do preço convidativo, próximo a um popular, ao contrário dos carros convencionais, o modelo elétrico não usa uma gota de combustível: ele pode ser carregado em qualquer tomada 110 v ou 220 v, como se fosse um celular.
O custo de manutenção chega a ser 10% do valor cobrado por um motor a combustão. Não tem troca de óleo e nem de filtros e velas e há uma redução de 50% nos desgastes de suspensão e freio.
Além disso, em muitas cidades do Brasil os carros elétricos têm desconto significativos no IPVA.
A economia média anual em combustível pode chegar a R$ 10mil e o retorno do investimento ocorre em 36 meses, garante Contin, que é engenheiro mecânico e chefe de equipe da Hitech Racing de Fórmula 3 desde 2009.
Desempenho ainda desanima: A autonomia do veículo é de 100 km, e o veículo alcança no máximo 60 km/h.
Mas a empresa afirma que há um segundo modelo previsto para o mercado. Trata-se do e-GO, um veículo elétrico voltado para desempenho: produzido com fibra de carbono, atingirá até 140 km/h, com autonomia de 350 km. Seu lançamento está marcado para dezembro.
Para os modelos de carros elétricos com preço de popular que começaram a se comercializados em julho, haverá dois tipos de bateria; a de íon-litio que é recarregada em postos específicos e fica cheia em apenas 30 minutos, e a bateria de chumbo-ácido que leva até 8 horas para dar a carga máxima, mas pode ser feita em qualquer rede elétrica em voltagem 110 v ou 220 v.
Espaços abertos e reutilização de materiais, foram as características principais para esta casa container na Indonésia.
Reaproveitar o máximo de materiais foi o principal objetivo deste projeto que utilizou 4 containers usados para formar a estrutura da casa e todas as madeiras utilizadas na construção foram recuperadas.
Para continuar com o espírito de redução de uso de materiais, os pisos foram feitos de concreto polido, assim como os móveis de madeira, não receberam acabamentos. As paredes também não foram rebocadas, os tijolos foram apenas pintados, para reduzir a utilização de cimento.
A residência, localizada em Bekasi, na Indonésia, foi planejada para um jovem casal e seus dois filhos. São quatro containers sobrepostos e entrecruzados em um terreno de 150m². Os containers, são conectados através de rampa e escada, e formam espaços abertos para ventilação.
Os arquitetos do atelier Riri, responsáveis pelo projeto, afirmam que esta casa container na Indonésia, representa uma nova definição de casas tropicais contemporâneas, com reaproveitamento de materiais e um toque industrial.
A parte superior foi dedicada ao espaço chamado de passatempo pelos arquitetos, dividido entre a brinquedoteca para as crianças e a sala de relaxamento para os pais.
Um terraço foi instalado para a família desfrutar o ar puro no início da manhã ou no final da tarde.
O primeiro piso ficou com os quartos; que foram feitos em tijolos para melhor conforto térmico; um deles virado para a rua, e os outros dois para os espaços abertos. A cozinha e sala, também ocupam o pavimento térreo.
Uma das desvantagens da utilização de containers na construção é que o material é um ótimo condutor de calor e péssimo isolante acústico. Para resolver esse problema várias estratégias foram utilizadas, como a criação de pátios internos para ter uma melhor ventilação natural, uso de vegetação e de materiais isolantes térmicos, além do posicionamento estratégico dos cômodos.
A cobertura é composta por uma camada de “telha de arame”, para suspender a vegetação e reduzir o calor no interior.
Uma camada de lã de vidro foi utilizada entre a cobertura e o forro de madeira de pinus, reutilizada de outra construção.
A mesma madeira reaproveitada, também foi aplicada em algumas paredes e parte do piso. O jardim no terraço ajudou a criar mais espaços abertos para o conforto dos moradores.
A BW Expo 2017 é uma feira de negócios e programa de conferências. Inspirada em modelos internacionais, trazendo novidades em tecnologias e serviços nos setores de Gestão de Água, Resíduos, Energia e Ar, visando garantir a sustentabilidade do meio ambiente.
O Que é o Evento?
Ao buscarmos o que havia de mais moderno em feiras nos países mais avançados do mundo em matéria de tecnologias e serviços que visam garantir a sustentabilidade do meio ambiente, constatamos que os principais eventos englobavam todos os segmentos que aqui no Brasil são tratados de forma individualizado. Ao questionarmos diversos empresários, in loco, que participavam de eventos como a IFAT na Alemanha, eles nos disseram que feiras com esta temática necessitam englobar produtos e serviços para os diversos setores, uma vez que todos trabalham a favor da sustentabilidade e raramente as empresas necessitam de apenas uma solução para o seu negócio. Com isso, eles economizam tempo e dinheiro ao encontrarem tudo que precisam em um só espaço.
A BW Expo é composta por feira, rodada de negócios e programa de conferências, a BW Expo apresenta novidades e o que há de mais importante em tecnologias e serviços nos setores de Gestão de Água, Resíduos, Energia e Ar, visando garantir a sustentabilidade do meio ambiente.
A BW EXPO 2017, acontecerá no São Paulo Expo – Exhibition & Convention Center, antigo pavilhão Expo Imigrantes, em São Paulo do dia 07 A 09 de junho, das 13h às 20h.
Campo de refugiados na Jordânia é o primeiro no mundo a ser abastecido com energia solar.
Parceria entre a Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e a Fundação IKEA, que disponibilizou 8,75 milhões de euros, possibilitou a construção de uma usina solar de dois megawatts em um campo de refugiados na Jordânia.
A central foi inaugurada em maio (17) pelo organismo da ONU e beneficiará 20 mil refugiados.
As placas fotovoltaicas instaladas nas proximidades do acampamento, em Azraq, permitirão ao ACNUR economizar 1,5 milhão de dólares por ano. Antes da usina, os abrigos de Azraq estavam conectados à rede regular de eletricidade.
Com a energia solar, a agência da ONU espera reinvestir o dinheiro em outras iniciativas para atender as necessidades dos refugiados. O projeto também evitará o lançamento na atmosfera de 2.370 toneladas de gás carbônico.
Até o princípio de 2018, a central será expandida para chegar às residências de todos os 36 mil moradores de Azraq.
A nova rede de energia vai transformar a vida dos sírios que enfrentam circunstâncias difíceis no campo de refugiados na Jordânia, localizado no norte do deserto. Nos últimos dois anos, os residentes do acampamento dependiam de lanternas solares portáteis para iluminar suas casas e não tinham meios de conservar comida ou refrigerar seus abrigos no calor extremo. Apenas no início de 2017, a rede elétrica foi conectada ao local.
Refugiados sírios têm benefícios com a abertura da instalação solar no campo de acolhimento de Azraq, na Jordânia. Foto: Fundação IKEA/Vingaland AB
Fatima, uma mãe solteira de 52 anos que veio da área rural de Damasco, está no campo desde 2015 com seus dois filhos adultos. “Na Síria, estávamos acostumados a um estilo de vida particular, e fomos separados disso no momento em que nos tornamos refugiados”, conta. “Quem está acostumado a ter eletricidade não tem ideia do quão difícil é viver sem.”
A refugiada e os filhos já investiram em uma geladeira de segunda mão, em uma máquina de lavar e em ventiladores elétricos, que dividem entre três abrigos. “Antes disso, quando cozinhávamos uma refeição, tínhamos que jogar fora os restos porque não havia como guardá-los”, explica Fatima.
“Quando ficávamos com muito calor, tínhamos que jogar água nas nossas roupas para poder se esfriar. Agora podemos ouvir música e tomar um copo de água gelada, e a nossa rotina não acaba quando o sol se põe”, acrescenta.
Construção da usina solar deu emprego para refugiados
A construção da instalação solar também foi uma oportunidade de gerar renda e oferecer treinamento para mais de 50 refugiados no campo. Eles foram empregados sob supervisão da companhia solar jordaniana Mustakbal, para ajudar a erguer a central.
Mohammad, de 20 anos, é do subúrbio de Ghouta, em Damasco, e veio para Azraq em março de 2014. Ele foi forçado a sair da escola aos 14 anos, depois que o conflito na Síria estourou. Atualmente, o jovem frequenta o sétimo ano.
Apesar de não ter qualificações, o refugiado recebeu treinamento metalúrgico no acampamento e foi um dos escolhidos para montar as estruturas que dão apoio aos painéis solares, além de ajudar também na instalação dos circuitos eletrônicos. Como resultado, ele ganhou uma experiência profissional que já o ajudou a encontrar trabalhos ocasionais fora do campo.
Foto: Fundação IKEA
“Não tive a oportunidade de terminar minha educação por causa da guerra e do exílio, mas isto me deu uma habilidade prática que poderei, com sorte, usar no futuro”, afirma Mohammad. “Se voltarmos para a Síria, a infraestrutura estará destruída, mas esta é a tecnologia que podemos usar para reconstruí-la.”
A instalação solar de Azraq é conectada com a rede nacional, o que significa que qualquer eletricidade gerada que não for usada pode voltar para a rede sem custo, apoiando as necessidades de energia do país de acolhimento.
“Iluminar o campo não é apenas uma conquista simbólica, mas fornece também um ambiente mais seguro a todos os residentes do campo, cria oportunidades de subsistência e dá oportunidade para as crianças de estudar depois que escurece. Acima de tudo, permite aos residentes do campo a ter vidas mais dignas”, explica a vice-chefe do ACNUR, Kelly T. Clements.
Para o representante da agência da ONU na Jordânia, Stefano Severe, “o estabelecimento das placas de energia solar é um exemplo notável de cooperação entre um governo acolhedor, uma organização privada e o ACNUR”.
Tinta ecológica inovadora, feita de grafeno, promete ser a mais sustentável do mundo e melhorar a eficiência energética de qualquer ambiente.
O grafeno é considerado um material milagroso, sendo a substância mais forte conhecida pela ciência. Descoberto em 2004 por dois vencedores do Prêmio Nobel na Universidade de Manchester, é um carbono puro altamente inerte, inócuo e não tóxico.
O material é parte da composição da tinta ecologicamente correta, lançada recentemente no Reino Unido, pela empresa The Graphene Company.
A pintura chamada Graphenstone é feita a partir de uma base de cal pura que foi combinada com grafeno.
As tintas à base de cal estão no mercado há anos, mas a adição do grafeno, com a sua supercondutividade, melhorou a característica do material de regulação térmica dos edifícios. Portanto melhoram a eficiência energética dos mesmos, pois necessitam usar menos o aquecedor ou o ar condicionado.
De acordo com o diretor da The Graphene Company, Patrick Folkes, “Quando usado em superfícies de paredes internas, ao invés do calor ser irradiado através das paredes, o grafeno absorve o calor dentro da tinta.”
A tinta ecológica inovadora é feita a partir de uma base de cal pura que foi combinada com o grafeno – um material recentemente saudado como o mais fino, mais forte e maior condutor nunca antes desenvolvido.
Outro benefício ambiental vem da fina espessura do material, como o grafeno possui apenas um átomo de espessura na tinta, é necessário usar menos material para conseguir um acabamento durável que seja resistente à corrosão. Um litro de tinta cobre duas superfícies de oito metros quadrados, segundo o fabricante.
Além da vantagem ambiental, essa característica oferece economias significativas no consumo, manutenção, mão de obra e no custo.
A base da tinta é feita a partir de 98 por cento de cal puro, que é conhecido por sua absorção de dióxido de carbono, o que significa que a tinta também ajuda a purificar o ar, contribuindo para que os ambientes sejam mais seguros e saudáveis
Mas enquanto a cal pura faz a tinta ser altamente absorvente e respirável, falta resistência. É aqui que entra o grafeno.
A Graphene Company afirma que é a combinação desses materiais que produz “a tinta mais sustentável e ecológica do mundo”.
A inclusão de grafeno em tintas, revestimentos e outros materiais de construção aumenta exponencialmente a dureza, durabilidade, compressão, resistência à tração, elasticidade e a cobertura do produto.
“Pela primeira vez na história, houve essa fusão de um dos mais antigos e mais confiáveis materiais de construção, com a mais recente nanotecnologia”, disse Folkes.
O produto tem todos os benefícios da cal, que é muito respirável, antibacteriano e absorve odores e dióxido de carbono, com a resistência de um produto acrílico.
“A sustentabilidade está se tornando cada vez mais importante, as pessoas estão percebendo os danos que as tintas acrílicas fazem ao meio ambiente durante todo o processo de fabricação e durante o seu uso nas paredes”, disse Folkes.
Outra característica importante é que o material é livre de compostos orgânicos voláteis, formaldeído, metais pesados, substâncias tóxicas, substâncias cancerígenas, e qualquer agente prejudicial à saúde ou que degrade o meio ambiente.
“Pode cheirar um pouco a alvenaria molhada, mas você poderia colocar um bebê para dormir no ambiente pintado sem nenhum risco à sua saúde” afirma o CEO da empresa.
A pintura Graphenstone é certificada pelo laboratório independente alemão eco-INSTITUT. Além das suas várias certificações ambientais, até o momento é a única pintura do mundo a cumprir o Cradle to Cradle Gold Standard.
A empresa assume um compromisso contínuo com a sustentabilidade. Os produtos além de serem feitos de elementos naturais, a embalagem é derivada de materiais reciclados.
O produto já foi usado para revestir paredes de hospitais, hotéis e escolas. À medida que a demanda pela tinta ecológica inovadora aumentar, provavelmente será vendida em outras partes do mundo.
Menos carros nas ruas e priorização do uso de ônibus ajudaria a reduzir a poluição em São Paulo, segundo estudo do IEMA – Instituto de Energia e Meio Ambiente.
O “Inventário de emissões atmosféricas do transporte rodoviário de passageiros no município de São Paulo”, lançado pelo instituto, é um estudo inédito que mostra a participação de cada modo de transporte (automóveis, motocicletas e ônibus) e os combustíveis utilizados (gasolina, álcool e óleo diesel) nas emissões de poluentes locais e Gases de Efeito Estufa (GEE), ao longo de 24 horas de um dia típico da cidade.
O estudo, disponível na plataforma http://emissoes.energiaeambiente.org.br, indica que os automóveis são responsáveis por 72,6% das emissões de GEE e respondem por 88% dos quilômetros rodados por veículos. Aproximadamente 30% das pessoas se deslocam de carro e moto, 30% a pé e 40% de transporte público (ônibus, metrô e trem), segundo a pesquisa Origem e Destino 2012.
“O combate à poluição atmosférica e a redução de emissões de GEE passam pela necessidade de esclarecer que o transporte público não é o principal vilão na emissão de poluentes. É preciso buscar soluções que desestimulem o uso do transporte individual motorizado. Isso inclui melhorias de infraestrutura e de tecnologia do transporte público, bem como incentivos aos modos ativos, para aumentar as viagens a pé e de bicicleta”, afirma André Luís Ferreira, diretor-presidente do IEMA.
O inventário de emissões orienta as escolhas por meios mais adequados de se locomover na cidade, a melhoria tecnológica dos veículos e o uso consciente dos automóveis.
“Material particulado e ozônio são os poluentes mais críticos em São Paulo, e o inventário mostra que é necessário reduzir principalmente as emissões dos automóveis, mas também dos ônibus”, indica David Tsai, coordenador da área de emissões do IEMA.
Segundo a instituição, o inventário de emissões é uma ferramenta que contribui tanto para melhorar o transporte quanto para combater a poluição do ar, dois temas críticos em grandes metrópoles como São Paulo.
Mapa interativo disponibilizado pelo IEMA indica as emissões atmosféricas dos transportes rodoviários da cidade de São Paulo
Novos estudos deveriam ser uma prioridade, pois são imprescindíveis para a gestão pública, não só na agenda de desenvolvimento e implementação de Políticas Públicas, mas também no seu monitoramento.
“O inventário de emissões deve ser continuamente aprimorado, para permitir análises cada vez mais precisas e abrangentes. O transporte de cargas e as fontes fixas de emissão podem ser os próximos temas”, afirma Tsai.
As conclusões do inventário desconstroem a ideia de que a frota de ônibus seja a principal responsável pela poluição na cidade, e indica a necessidade de menos carros nas ruas, e um uso mais consciente dos mesmos.
Foram analisados diferentes tipos de poluentes atmosféricos e, em quase todos eles, fica claro o maior impacto de automóveis e motos – transportes individuais – em relação aos ônibus, quando comparados os índices de emissões por passageiro transportado. Um exemplo é o material particulado (MP), poluente crítico na maior cidade do país. As emissões geradas pelos ônibus (4,9 mg por passageiro a cada quilômetro) são quase quatro vezes menores que pelos carros (18,5 mg) e quase 3 vezes menores que pelas motocicletas (13,4 mg).
Proporcionalmente, os automóveis são responsáveis por 71% das emissões do poluente na cidade, contra 25% dos ônibus e 4% das motocicletas.
De modo geral, o mesmo ocorre para outros tipos de poluentes atmosféricos (como monóxido de carbono e hidrocarbonetos não-metano) e GEE, com os automóveis como os principais emissores. Proporcionalmente, as emissões só são maiores nos ônibus no caso dos óxidos de nitrogênio, o que é explicado pelo fato de esse poluente ser gerado em níveis mais elevados pelos motores movidos a diesel.
Também foi analisada a quilometragem percorrida pelos diferentes modos de transporte. Constatou-se que os automóveis são responsáveis por 88,1%, as motocicletas por 9,1% e os ônibus 2,8%. No entanto, quando considerados os quilômetros percorridos por pessoa (e não por veículo), os ônibus são responsáveis por 55%, contra 42% dos automóveis e 3% das motocicletas.
“Embora desafiadora, hoje já é plenamente viável a transição para um modelo de gestão integrada da mobilidade urbana e da qualidade do ar. Especialmente em um centro urbano com a concentração populacional como a de São Paulo, é muito promissor o impacto na redução de emissões que pode ser obtido pela priorização e pelo incentivo ao transporte coletivo, aliados a escolhas pessoais mais conscientes de todos os cidadãos”, afirma Ferreira.
Gráfiico reproduzido no site do IEMA indica que os carros são os principais responsáveis pelas emissões de poluentes
Sobre a metodologia: O “Inventário de emissões atmosféricas do transporte rodoviário de passageiros no município de São Paulo” estimou as emissões de poluentes atmosféricos do transporte rodoviário de passageiros no município de São Paulo em um dia típico do ano de 2015, com resolução temporal de uma hora e espacial de um quilômetro quadrado. Dentro desses limites, foram considerados os diferentes veículos que compõem a frota rodoviária (automóveis, motocicletas e ônibus) e os combustíveis utilizados (gasolina, álcool e óleo diesel).
Foram utilizadas para o estudo as seguintes ferramentas e fontes de dados da gestão de transportes: ● dados da modelagem numérica de transporte da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), para estimar as emissões por automóveis;● dados de posicionamento via GPS de ônibus da frota de transporte público municipal, fornecidos pela São Paulo Transportes (SPTrans).● Pesquisa Origem Destino 2007, Pesquisa de Mobilidade Urbana 2012 (Metrô) e dados de partidas e chegadas de ônibus nos terminais rodoviários (Tietê, Barra Funda e Jabaquara), como complementação para estimar a atividade de motocicletas e ônibus rodoviários;● dados do relatório “Emissões Veiculares no Estado de São Paulo 2015” (CETESB), para os fatores de emissão de automóveis e motocicletas;● buscando considerar a influência do congestionamento nas emissões, foram combinados dados da CETESB com dados do “Guia para Inventários de Emissões de Poluentes Atmosféricos” (EMEP/EEA Air Pollutant Emissions Inventory Guidebook 2016) da Comunidade Europeia. Sobre o IEMA – Instituto de Energia e Meio Ambiente: O Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que há 11 anos produz e dissemina conhecimento técnico-científico em temas de impacto no ambiente urbano, com ênfase na mobilidade, na qualidade do ar, em energia e na redução de emissões de gases de efeito estufa.
Fossa Séptica Biodigestora desenvolvida pela Embrapa Instrumentação (São Carlos, SP) há pouco mais de 15 anos, para tratar o esgoto do vaso sanitário sem provocar mau cheiro e mosquitos, e com a possibilidade de utilização do efluente como fertilizante, agora é recomendada e faz parte de política pública do Ministério das Cidades.
A tecnologia social foi definida como referência no Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), integrante do Programa Minha Casa, Minha Vida. Os agricultores familiares e trabalhadores rurais podem receber subsídio para construção ou reforma de banheiro e instalações sanitárias, desde que o tratamento do esgoto gerado ocorra de acordo com um dos modelos definidos na Portaria 268, de 22 de março deste ano.
De acordo com Marcelo Barreto Martiniano, analista de infraestrutura do Ministério das Cidades, o valor adicional de R$ 2.500,00, previsto no programa para a construção de cisternas ou de soluções de tratamento de efluentes, é um benefício específico para os produtores da região do Semiárido, onde a deficiência nessa área é maior.
“A meta do programa é atender 35 mil unidades rurais em todo o País”, explica Barreto. A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil estão fazendo análise das propostas apresentadas pelas entidades privadas sem fins lucrativos e órgãos públicos representantes dos agricultores familiares.
Depois disso, será feita a consolidação das propostas pela Caixa em Brasília e a seleção final do Ministério das Cidades para a liberação dos recursos para as propostas selecionadas. A expectativa é que a relação dos beneficiados seja divulgada até o fim de junho.
Benefícios econômicos e sociais da Fossa Séptica Biodigestora:
Estudos da Embrapa demonstraram que para cada R$ 1,00 investidos em saneamento por meio da Fossa Séptica Biodigestora, é possível um retorno à sociedade de R$ 4,60.
Os benefícios econômicos e sociais envolvem: redução das internações médicas-hospitalares decorrentes da falta de saneamento básico; maior capacidade laboral do produtor rural; redução nos índices de faltas e desistências escolares; redução das doenças de veiculação hídrica de forma geral; redução da mortalidade infantil, de adultos, idosos e imuno-deficientes; aproveitamento agronômico do efluente de esgoto na forma de reuso de água e nutrientes; melhoria da qualidade de vida no campo além dos ganhos ambientais.
Articulação para expandir o saneamento rural
A chefe da Assessoria Parlamentar, Cynthia Cury, conta que a incorporação da tecnologia no programa governamental exigiu articulação da Embrapa. “A Empresa foi inserida nos debates promovidos pela Subcomissão de Saneamento Ambiental da Câmara dos Deputados, onde a solução tecnológica foi apresentada e motivou uma visita dos parlamentares à Embrapa Instrumentação, em junho de 2016. Nessa oportunidade, além dos parlamentares, estavam instituições e técnicos da área”, explica.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE – PNAD 2013), o Brasil possui cerca de 29,8 milhões de habitantes morando na área rural e comunidades isoladas do País. No entanto, apenas 22% dessa população tem acesso a serviços adequados de saneamento básico e cerca de 5 milhões de brasileiros ainda defecam ao ar livre.
A estatística aponta que aproximadamente 24 milhões de pessoas no País sofrem com o problema crônico e grave da falta de saneamento básico.
Atualmente, 1 bilhão de habitantes do mundo não têm acesso a banheiros, sendo nove em cada dez nas áreas rurais, e boa parte, utilizam a fossa negra, responsável pela contaminação das águas subterrâneas, ou fazem o descarte direto em rios e córregos, o que contamina a água superficial.
A Constituição Federal determina que os municípios são os responsáveis pelas ações de saneamento básico. No entanto, ainda são poucas as ações públicas locais que atuam na incorporação das tecnologias, com políticas que visem à universalização do sistema de saneamento básico na área rural.
“Infelizmente o Brasil ainda apresenta um grande déficit de coleta e tratamento de esgoto no meio urbano, e no meio rural essa carência é ainda muito mais dramática. Por isso, a transformação das fossas sépticas biodigestoras em política pública, acompanhada de iniciativas no âmbito dos estados e dos municípios, pode ter um efeito muito positivo, pois trata-se de uma tecnologia de baixo custo e fácil implementação”, explica o diretor de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa, Ladislau Martin Neto.
“Na medida em que os municípios fortalecerem a necessidade de promover o saneamento básico no meio rural por meio de uma lei, uma obrigação, ou de uma recomendação muito forte, será uma vitória importantíssima”, acrescenta Martin Neto.
Parceria de Norte a Sul
Desenvolvida pelo pesquisador Antônio Pereira de Novaes (falecido) para tratar o esgoto do vaso sanitário sem provocar mau cheiro e mosquitos, e com a possibilidade de utilização do efluente como fertilizante, a Fossa Séptica Biodigestora recebeu o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2003 e conquistou o produtor rural brasileiro de Norte a Sul.
Para compreender melhor o panorama de adoção da tecnologia, a Embrapa realizou um levantamento que indicou a presença de 11.601 unidades da Fossa Séptica Biodigestora em 286 municípios brasileiros, nas cinco regiões do País. O levantamento abrange as instalações feitas pela rede de 45 parceiros institucionais, como poder público, iniciativa privada e terceiro setor.
De acordo com o analista da Embrapa Instrumentação Carlos Renato Marmo essa quantidade de fossas instaladas beneficiou uma população aproximada de 57.500 habitantes. Os estados que mais iutilizam a tecnologia são Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
O levantamento sinaliza que o acesso aos serviços de saneamento básico na área rural ainda é um dos principais desafios para vencer a crise sanitária que afeta a qualidade de vida e a saúde de milhares de pessoas no campo, pois, dos 5.570 municípios do território nacional, 4,45% adotaram as tecnologias sociais.
A influência do efluente
Em Exu, na Chapada do Araripe, no interior de Pernambuco, a situação começou a mudar a partir de dezembro de 2015, quando a Fossa Séptica Biodigestora foi implantada pela Associação dos Agricultores Familiares da Serra dos Paus Doias (Agrodóia), junto com a realização de um curso prático.
Dia de campo na comunidade Pau dos Doias, em Exu (PE) – Foto: Renato Marmo
A parceria envolveu a Embrapa Instrumentação, Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza, CE), Embrapa Algodão (Campina Grande, PB) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE (campus Crato-CE) – que realizou o levantamento etnográfico para analisar as plantas da região e seus potenciais.
O efluente passou a ser utilizado na adubação de frutíferas exóticas e nativas no ecossistema denominado de Carrasco. Foi constatada maior sanidade nas espécies em que foi aplicado o biofertilizante no tronco, além de maior floração e frutificação.
“A graviola é a fruta com maior destaque no momento. Mas outras espécies como a pinha, a goiaba, citros, tamarindo, umbu da Caatinga, murta, cambuí, ingá, oiti, jaca, romã, nêspera, abacate, condessa, pequi e outras, vem sendo testadas o uso do efluente. Também aplicamos no urucum e estamos aguardando o resultado da produção”, diz Maria Silvanete Benedito de Sousa Lermen, presidente da Agrodóia.
A Associação recebe por ano em torno de 2.500 pessoas que visitam a experiência da entidade e das famílias associadas. São agricultores, estudantes, pesquisadores, entidades da sociedade civil e órgãos de governo da região Nordeste e de outras partes do Brasil, além de estrangeiros de diversos continentes.
“Atuamos fortemente na capacitação das famílias locais e provocamos uma interação com o público visitante das experiências locais na perspectiva de difusão das mesmas para outras famílias e comunidades. Nossa meta é expandirmos esta e outras tecnologias para as demais famílias da comunidade”, complementa Maria Lermen.
“Parcerias como essa em Exu representam o caminho que temos percorrido para a adoção da tecnologia. Constatamos que é fundamental o apoio da extensão rural – pública ou privada – para levar a Fossa Séptica Biodigestora e seus benefícios a mais produtores rurais, principalmente, em áreas mais carentes do Brasil”, avalia o pesquisador Wilson Tadeu Lopes da Silva, que coordena os trabalhos nesse tema na Embrapa Instrumentação.
“Outro gargalo é a questão do apoio financeiro por meio de políticas públicas para que os interessados possam comprar o material necessário para a montagem da tecnologia. Com a portaria, a expectativa é que o acesso aos recursos seja mais rápido e que o saneamento básico se torne realidade cada vez mais presente no meio rural, gerando benefícios econômicos, ambientais e sociais”, finaliza Wilson da Silva.