Pesquisadores do Instituto Indiano de Tecnologia (IIT) descobriram que um pigmento encontrado no jamun absorve grandes quantidades de luz solar, e acreditam que usá-lo para produção em massa pode tornar os painéis solares mais baratos e eficientes.
O nome científico da pequena fruta preta oriunda do sul da Ásia é Syzygium cumini. Apelidada por eles como ‘Fruto dos Deuses’ e conhecida aqui no Brasil por jamelão, possui alta concentração da antocianina, um corante natural que também é encontrado em outras frutas similares, como as framboesas, cerejas, açaí, entre outras.
O estudo de Soumitra Satapathi e seu assistente Roorkee foi publicado recentemente no periódico científico IEEE Journal of Photovoltaics. Satapathi explicou que a cor escura da fruta e a abundância de árvores do tipo no campus da IIT, inspirou a ideia.
Os cientistas extraíram o pigmento usando etanol e descobriram que a antocianina era um grande absorvedor termo-solar, então usaram a substância como um sensibilizador em células solares sensibilizadas por corantes (“Dye-Sensitized Solar Cells” ou DSSCs, em inglês).
Segundo o estudo, a utilização do pigmento poderia deixar os painéis solares mais baratos, diminuindo o custo em até 40%.
Apesar do resultado do estudo ser animador, ainda há um longo caminho a percorrer. A eficiência do corante natural é de apenas 0,5% em comparação com a as células solares tradicionais que proporcionam mais de 15% de eficiência. Mas os pesquisadores acreditam que, com mais desenvolvimento, seria possível aumentar muito a sua eficiência.
A maioria das células solares hoje são feitas de silício monocristalino ou silício policristalino. Embora o silício seja abundante na Terra, a produção de células de silício ainda é bastante cara.
Além de baratear o processo, as antocianinas são moléculas biodegradáveis e não tóxicas, podendo fornecer uma alternativa mais ecológica para a produção de células solares sensibilizadas.
O uso dessas células pode ser muito benéfico para Índia, considerando a abundância da fruta, a constantemente falta de energia que enfrentam, e pelo fato do país ter a meta de alcançar 40% de seu abastecimento energético proveniente de fontes renováveis até 2030.
Se a pesquisa for um sucesso, será que podemos usar a inovação com o nosso açaí?
A ONG TETO trabalha há 10 anos no Brasil, pela defesa dos direitos de pessoas que vivem em favelas precárias, diminuindo sua vulnerabilidade por meio do engajamento comunitário e mobilização de jovens voluntários.
Nesse mês, a organização lança a campanha: “Vamos transformar a nossa cidade”, em que moradores e moradoras das comunidades que o TETO atua fazem o convite para que todos trabalhem juntos pela transformação das cidades em que vivemos hoje.
Criada pela agência Leo Burnett (Brasília), com fotos de Paulo Barros, a campanha é inspirada no fenômeno do #FollowMeTo e mostra moradores(as) puxando para dentro de suas comunidades pessoas que estejam dispostas a trabalhar pela construção da nossa cidade.
Sobre o TETO:
Organização presente na América Latina e Caribe que busca superar a situação de pobreza em que vivem milhões de pessoas nas favelas mais precárias, por meio do engajamento comunitário e mobilização de jovens voluntários.
Com a implementação de um modelo de intervenção focado no trabalho lado a lado com moradores de comunidades, o TETO busca construir moradias mais dignas, promover a educação de crianças de 4 a 10 anos por meio de oficinas de leitura, e envolver toda comunidade em projetos de melhoria para seus bairros.
Vamos transformar a cidade que queremos viver? Participe da COLETA nos dias 5, 6 e 7 de maio. Inscreva-se: http://tetocoleta.com.br/
A primeira ” usina de lixo ” sem incineração do Brasil será instalada na cidade de Boa Esperança, em Minas Gerais.
A obra deve ser entregue ainda em 2017, mas só deve entrar em operação em 2019. Os primeiros testes foram feitos com sucesso em uma planta menor no município de Mauá, no interior de São Paulo.
A planta terá 7,8 mil metros quadrados, localizada em uma área cedida pela Prefeitura de Boa Esperança, e com previsão de investimento de R$ 32 milhões. O empreendimento é resultado de um projeto de pesquisa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com execução de Furnas Centrais Elétricas.
O projeto da ” usina de lixo ” é pioneiro no Brasil e seu grande diferencial é utilizar uma nova tecnologia que é capaz de gerar energia elétrica através de resíduos sólidos, sem queima, e com menor taxa de emissão de poluentes.
A previsão é que quando a usina tiver em atividade tenha capacidade de gerar o correspondente a 25% de toda energia elétrica utilizada no município. Mas a princípio, a energia gerada será utilizada para abastecimento de prédios públicos, incluindo a prefeitura. Futuramente, o excedente, poderá ser comercializado, já que a usina estará interligada à rede da Cemig.
O projeto se enquadra na regulamentação de minigeração da Aneel na qual a energia gerada pode ser compensada em escolas, postos de saúde, iluminação pública e outros prédios da administração municipal. A unidade será capaz de gerar 1 MW de eletricidade/mês.
A outra grande vantagem da nova usina é a previsão de acabar com os lixões da região em até 3 anos. Pois toda a produção de resíduos sólidos da cidade e o material já depositado no aterro sanitário servirá de combustível para a geração de energia elétrica.
Uma das ideias é que os catadores da comunidade que hoje trabalham no aterro sanitário, fazendo a coleta do lixo, possam fazer o mesmo trabalho dentro da usina que será construída.
A cidade mineira foi escolhida para ser a primeira a implantar a usina com essa nova tecnologia, através de um estudo técnico feito por uma universidade do Rio de Janeiro, considerando também a proximidade com a hidrelétrica e o reservatório de Furnas. Se o projeto tiver sucesso, a ideia é instalar outras usinas do tipo em várias cidades brasileiras.
Aborda questões como o uso compartilhado do automóvel, sistemas de coleta e reúso de água da chuva, a produção de alimentos nas próprias comunidades, a integração entre transporte, uso do solo e tecnologia, o comércio de bairro e muito mais.
SUMÁRIO Livro – Urbanismo Sustentável: Desenho Urbano com a Natureza :
Parte Um – O Porquê do Urbanismo Sustentável
Capítulo 1. O Ambiente Construído: Nossa Situação Atual
Capítulo 2. O Urbanismo Sustentável: Aonde Precisamos Ir
Parte Dois – A Implementação do Urbanismo Sustentável
Capítulo 3. Liderança e Comunicação
Capítulo 4. O Processo e as Ferramentas para a Adoção do Urbanismo Sustentável
Parte Três – Os Parâmetros Emergentes do Urbanismo Sustentável
Capítulo 5. O Aumento da Sustentabilidade por meio da Densidade Urbana
Capítulo 9. Edificações e Infraestrutura Urbana de Alto Desempenho
Parte Quatro – Estudos de Caso do Urbanismo Sustentável
Capítulo 10. As Lições Aprendidas com o Urbanismo Sustentável
Capítulo 11. O Urbanismo Sustentável de Última Geração
SOBRE OS AUTORES:
Douglas Farr Arquiteto e desenhista urbano, é sócio-fundador e diretor da firma Farr Associates. Sua atuação profissional também inclui a copresidência da Força-Tarefa Ambiental do Congresso para o Novo Urbanismo, a presidência do Comitê sobre o Meio Ambiente da Seção de Chicago do American Institute of Architects e a presidência do Comitê Central do sistema de certificação LEED para o Desenvolvimento de Bairros (LEED-ND) do U.S. Green Building Council.
TRADUÇÃO:
Alexandre Salvaterra, Arquiteto e Urbanista pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
DETALHES DO PRODUTO:
Editora: BOOKMAN
Edição: 1ª Edição – 2013
Número de Páginas: 348
Acabamento: BROCHURA
Formato: 17.50 x 25.00 cm.
Essa casa de terra premiada na Espanha é um belo exemplo de que a arquitetura moderna pode receber os inúmeros benefícios estéticos, ecológicos e financeiros da construção ecológica.
O projeto foi recentemente premiado com o Terra Award 2016, o prêmio internacional da arquitetura contemporânea de terra, na categoria de habitação individual.
Apresentado como uma “a casa contemporânea vernacular do século XXI”, o projeto incorpora uma grande variedade de estratégias de economia de energia e de recursos.
A pedra, a terra e a palha usadas na construção compreendem 80 por cento do peso da casa, e todos os materiais de construção, incluindo a madeira, a lã de ovelha e a cal hidráulica, foram adquiridas dentro de um raio de 150 quilômetros.
Utilizar materiais regionais, além de apoiar os fornecedores locais, reduz drasticamente a distância que os mesmos têm de percorrer e, assim, a quantidade de emissões de gases de efeito estufa enviadas para a atmosfera.
A arquiteta responsável pelo projeto da casa de terra premiada, Àngels Castellernau, relatou que a análise do ciclo de vida desta construção em particular, mostrou uma redução de 50 por cento nas emissões.
A casa possui também uma sistema de coleta e reutilização da água da chuva e uma caldeira de biomassa, projetados para aproveitar ao máximo os recursos naturais disponíveis.
As janelas estrategicamente colocadas, maximizam a quantidade de luz e ventilação natural que atinge o interior, reduzindo ainda mais o uso de energia.
Os revestimentos interiores são feitos com rebocos de argila local e pisos de madeira de pinus.
Toda marcenaria e as proteções solares da fachada também são feitas com esse tipo de madeira de reflorestamento.
Em sua busca para pesquisar a arquitetura tradicional local durante a última década, a arquiteta proprietária do Edra Arquitectura km0, refinou velhas técnicas e desenvolveu novas, muitas das quais ela testou nesta construção, que é sua própria residência.
A casa de terra premiada está inspirada nas construções antigas da região, no que diz respeito a orientação, morfologia e materiais locais.
A publicação Edificações sustentáveis e Eficiência Energética é um produto da parceria entre a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) e o Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV EAESP (GVces).
O relatório tem como objetivo apresentar um conjunto de propostas para que o Sistema Financeiro Nacional (SFN) tenha condições de expandir o montante de recursos destinados ao financiamento de projetos que promovam a eficiência energética.
Por eficiência energética entende-se conservação e uso racional de energia por meio de medidas de iluminação, de climatização (aquecimento e refrigeração) e envoltórias (ventilação natural e isolamento térmico). Inclui-se neste conceito a geração de energia por meio de fontes renováveis.
O estudo se propõe, também, a subsidiar melhorias em mecanismos financeiros existentes ou a criação de novos instrumentos voltados para o financiamento dos projetos citados.
O estudo considera, para fins de escopo, o financiamento para (i) edificações sustentáveis novas, (ii) projetos de retrofit em edificações existentes e (iii) aquisição e implementação de sistemas de painéis solares fotovoltaicos de forma isolada.
Dentre essas categorias, estão incluídas implantações de projetos por parte de pessoas físicas e/ou jurídicas, edificações do tipo residencial e/ou comercial, abrangendo nesta última categoria empreendimentos imobiliários tais como prédios de escritórios, centros comerciais, shoppings, hotéis, escolas, entre outros. Estão fora do escopo desse estudo as plantas industriais.
A lei que isenta de ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) os equipamentos de energia solar e insumos prioritários para a construção de usinas fotovoltaicas, foi publicada no Diário Oficial do Estado de Goiás, dia 7 de abril de 2017.
O benefício deve impulsionar o setor de energia solar, já que isenta do imposto: células solares não montadas, molduras de alumínio, encapsulantes EVA tecnologia, fitas de solda tecnologia, entre outros.
A medida integra as ações do Programa Goiás Solar, lançado em fevereiro deste ano, e que quer transformar o estado em referência nacional no consumo e geração de energia solar. O programa é executado por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima).
O Programa Goiás Solar busca resolver a questão emergente da microgeração e minigeração distribuída a partir de fontes renováveis de energia, em especial a solar fotovoltaica, no estado de Goiás, viabilizando a atração e o fomento de empreendimentos, assim como, estimulando iniciativas disseminadas do uso eficiente de energia solar em atendimento ao modelo de complementaridade às demais fontes que compõe a matriz energética do estado de Goiás.
A lei nº 19.618,que isenta de ICMS os equipamentos de energia solar e insumos prioritários para a construção de usinas fotovoltaicas, foi assinada pelo governador de Goiás e entrou em vigor a partir da publicação.
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, deu início à instalação do corredor verde da Avenida 23 de Maio. A ação faz parte do projeto São Paulo Cidade Linda.
Neste final de semana, foi inaugurado a primeira fase do corredor verde da avenida 23 de Maio. Esta primeira etapa com 1.439 metros quadrados, possui cerca de 30 espécies de plantas e folhagens, como manjericão, coração magoado, alecrim, brilhantina, entre outras.
A irrigação começou a ser instalada no final do mês passado, e vai funcionar pela captação de água da chuva, com sistema de gotejamento.
O Corredor verde da Avenida 23 de Maio foi anunciado pelo atual prefeito João Dória no fim de janeiro, logo após a prefeitura ter coberto os grafites, como o do artista Eduardo Kobra, na 23 de Maio. O projeto São Paulo Cidade Linda tem como principal objetivo revitalizar áreas degradadas da capital paulista.
O plano é que até final de junho sejam implantado mais de 10mil metros quadrados de área verde em toda a avenida. O custo para cobertura de toda a extensão é cerca de R$ 9,7 milhões e está sendo bancado por uma construtora pela lei de compensação ambiental.
O Viaduto Tutóia foi o primeiro a ser beneficiado pela iniciativa. A ação, segue agora para os viadutos Santa Generosa e Beneficência Portuguesa. Também serão contemplados os viadutos Pedroso, São Joaquim, Tutóia e Jaceguai.
As estruturas dos painéis foram feitas com 163,7 toneladas de lixo reciclado e, quando concluídos, os jardins irão capturar 66,8 toneladas de CO2. Existe também a expectativa de redução de ruídos na região, o que será medido posteriormente.
A construtora que pagará pelo corredor verde, contratou o movimento90 para a execução do projeto, o mesmo que executou os jardins verticais na área do minhocão.
A questão da compensação ambiental no Corredor verde da Avenida 23 de Maio
A empresa que vai pagar pela instalação dos jardins verticais na 23 de maio fechou um plano de compensação ambiental para compensar o desmatamento de árvores (entre elas, espécies nativas) em um empreendimento no Morumbi.
A escassez de árvores e áreas verdes saudáveis nas cidades, foi causada devido ao aumento descontrolado das construções. As vantagens de um jardim vertical são inúmeras para uma cidade, mas não compensam os benefícios que uma árvore produz, além disso, a manutenção é muito mais cara.
As árvores têm um valor muito importante para um solo sadio, além de absorver os gases tóxicos, elas absorvem a quantidade de água da chuva, abastecem os lençóis freáticos, e previnem a erosão, entre outras coisas.
Sobre o plantio de Árvores
O prefeito destacou, durante o evento da inauguração do corredor verde, o compromisso da Prefeitura para plantar ainda neste ano 200 mil árvores por toda a cidade, utilizando espaços públicos e particulares, com a ajuda da população.
“Em cem dias nós plantamos cerca de 30 mil árvores na cidade com as nossas próprias pernas, mas até o final do ano teremos parcerias, tanto em Termos de Compensação Ambiental como a ajuda da iniciativa privada e de parceiros”, disse o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Gilberto Natalini.
Primeira norma técnica para cidades sustentáveis do Brasil foi aprovada e publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em janeiro, a NBR ISO 37120:2017
A norma define e estabelece metodologias para um conjunto de indicadores relacionados ao desenvolvimento sustentável de comunidades urbanas, com o objetivo de orientar e medir o desempenho de serviços urbanos e qualidade de vida.
O trabalho de estudo e tradução da norma internacional já existente para esse tema foi feito pela Comissão de Estudos Especial 268 da ABNT, uma comissão espelho da Technical Committee TC 268 da ISO, a Sustainable cities and communities, que atuou na confecção da norma internacional. A CEE 268 foi coordenada pelo professor do Departamento de Engenharia de Construção Civil (PCC) da Escola Politécnica (Poli) da USP, Alex Abiko.
Segundo o professor, trata-se de uma tradução e adaptação para a língua portuguesa da norma ISO 37120:2014 – Sustainable development of communities – Indicators for city services and quality of life. “Esses indicadores podem ser utilizados para rastrear e monitorar o progresso do desempenho da cidade no que se refere à sustentabilidade.”
A iniciativa de ter uma norma nacional sobre o assunto nasceu das atividades de pesquisa do próprio Departamento de Engenharia de Construção Civil da Poli, que tem uma linha de estudos em planejamento e engenharia urbanos, e teve colaboração da doutoranda do departamento, a engenheira Iara Negreiros.
A primeira norma técnica para cidades sustentáveis contém 100 indicadores de sustentabilidade urbana e trata dos aspectos ambiental, econômico, social e tecnológico, entre outros.
“Esse documento vai ajudar os municípios, governos de Estado, o Ministério das Cidades a medir a sustentabilidade das cidades, mas essas normas não estabelecem padrões”, explica Abiko.
Ou seja, a norma não fala se uma cidade é sustentável ou não, mas estabelece quais requisitos devem ser avaliados para se medir essa sustentabilidade.
Engloba indicadores de diferentes áreas, tais como: economia, educação, energia, ambiente, finanças, serviços de emergência, saúde, lazer, segurança, resíduos, transportes, telecomunicações, água, planejamento urbano etc.
Empresas
Além do setor público, a NBR ISO 37120:2017 também pode ser usada pelas empresas para que atestem, para clientes e governo, o quão sustentável são seus empreendimentos. “Gostaríamos que a sociedade use e critique a norma para podermos aprimorá-la”, afirma Abiko.
A norma nasceu de uma necessidade acadêmica. “Queríamos saber como medir a sustentabilidade das cidades e fomos investigar como isso é feito no mundo. Descobrimos mais de 150 sistemas de medição, desenvolvidos e adotados em diversos países, como Estados Unidos, Austrália, França, Inglaterra, África do Sul, e inclusive alguns sistemas no Brasil. Nossa próxima pergunta foi, então, qual seria o melhor sistema para adotarmos aqui, considerando que muitos deles acabam trabalhando questões muito particulares de cada país”, conta.
Nessa pesquisa pelo melhor sistema, chegou-se à norma da ISO, a Organização Internacional de Normalização, entidade que congrega as associações de padronização/normalização de 162 países do mundo, incluindo o Brasil.
“Ela foi selecionada porque é resultado da discussão e trabalho de uma entidade que reúne quase todos os países do mundo, o que dá muita credibilidade e torna a norma internacional. As outras normas que estudamos trazem elementos que são muito particulares das realidades locais, o que torna mais difícil implementá-las em contextos diferentes, enquanto a ISO sempre busca unir o melhor de todas as normas em uma só”, destaca.
Selecionada a norma ISO, a Comissão 268 passou a trabalhar na tradução do documento. Não bastava apenas traduzir para a língua portuguesa, mas fazer uma avaliação técnico-científica do documento porque, ao mesmo tempo em que não se pode alterar uma norma ISO para adotá-la e ela ser uma norma NBR ISO, é preciso fazer adaptações em itens para que a norma faça sentido ou seja adaptada à realidade brasileira, o que foi feito por meio de notas.
Um exemplo de nota brasileira está na definição do termo favela, que também pode ter como sinônimos, no Brasil, os termos assentamentos precários ou assentamentos subnormais, como utilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Parcerias
Esse trabalho envolveu diversas instituições e órgãos públicos, tais como a Caixa, Ministério das Cidades, Sabesp, Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Sindicato da Habitação (Secovi), Conselho Brasileiro da Construção Sustentável (CBCS), Poli, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), Instituto de Engenharia, entre outras, que compuseram a CEE 268.
As próximas normas a serem desenvolvidas no contexto da CEE 268 são as de Sistemas de Gestão para o Desenvolvimento Sustentável, cujos trabalhos já estão avançados, as de Cidades Inteligentes e as de Cidades Resilientes, em nível mais preliminar.
“É importante participar da discussão de novas normas internacionais desde o início. Se nos aproximamos de outros países e instituições internacionais, podemos colocar nas normas internacionais as questões específicas do Brasil”, conclui Abiko.
Fonte: – Jornal da USP porJanaína Simões/ Assessoria de Comunicação Poli
Casa do Lago – Projeto de residência com estrutura pré-fabricada e desmontável é finalista do 4o Prêmio Saint Gobain de Arquitetura – Habitat Sustentável.
Segundo os autores do projeto do Studio de arquitetura e design aj6, “A percepção que a sustentabilidade está fora do alcance não é mais possível. As pessoas estão se dando conta de algumas coisas, primeiro, de que os recursos da terra são finitos e de que algumas coisas vão acabar com esse crescimento populacional e principalmente de que este último vai ter fim com o grande aumento de consumo de energia. O design verde deve ter um propósito maior. Devemos pensar de forma holística e não apenas no custo do empreendimento, mas no de manter as pessoas seguras, confortáveis, felizes e que esse tipo de construção influencie e comprometam com o local e a cidade onde vivem. São essas equações que contam pontos para a sustentabilidade.”
A residência situar-se-á em um condomínio, no município de Embu-Guaçu, na Zona Sudoeste da Região Metropolitana de São Paulo. O município tem como principal característica a total inserção em Área de Proteção de Mananciais e é parte integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.
A Casa do Lago foi desenvolvida com vários conceitos de arquitetura sustentável para se obter uma construção limpa, rápida e desmontável, utilizando materiais recicláveis. Será certificado a neutralização de carbono de toda a sua produção, logística e montagem.
A casa do lago é uma grande caixa de estrutura metálica, revestida por uma pele de vidros deslizantes, com um atrium verde, proporcionando um microclima com uma temperatura mais linear do que externamente.
As áreas íntimas estão em duas caixas do sistema steel frame e drywall, posicionadas na diagonal, proporcionando espaços inusitados para sala, copa, biblioteca e circulação interna. A casa oferece ainda uma piscina interna, no atrium, uma piscina orgânica externa; que não usa produtos químicos para a limpeza d´água; e um lago.
A casa terá hortas e plantas frutíferas dentro do atrium, facilitando a colheita de temperos e frutas e um lago com variados peixes para consumo e também a seletividade do lixo e biodigestor para produção de adubo de todo o lixo orgânico.
O Jardim interno (atrium) oferece uma variedade de benefícios ecológicos e econômicos. Fatores como a melhoria do clima interno, sombreamento, proporciona uma temperatura mais fria em dias quentes sem uso de equipamentos, reduzindo o custo de energia de ar condicionado e naturalmente filtrando o ar.
Estruturas construídas com jardins internos estão sendo cada vez mais usados nos principais empreendimentos comerciais e residências do mundo, pois proporcionam inúmeras qualidades e valorizam muito o empreendimento. Efeitos físicos e químicos das plantas, tais como a filtragem de poluentes do ar e também a valorização da integração da natureza no ambiente.
O projeto resulta numa casa de alta eficiência energética, através da proteção térmica e acústica nos materiais da cobertura, paredes e piso,economia de energia através da iluminação natural, proteção solar do beiral e dos vidros duplos deslizantes em todo o perímetro da casa,r, iluminação em led, ar condicionado ecológico ( a base d´água, não utilizando gás), equipamentos com selo PROCEL. Também foi contemplado o uso de placas fotovoltaicas para geração de energia e aquecedores solar de água.
Para a gestão eficiente da água foi especificado equipamentos de baixo consumo, como torneiras econômicas, vasos sanitários à vácuo, o qual tem uma economia de 80% de água em comparação aos sistemas convencionais, chuveiros infinitos (showerloop), onde com apenas 10 litros d’água, toma-se um banho no tempo que quiser. Também foi previsto um poço artesiano proporcionando custo zero da água após amortização do custo de investimento do mesmo e coleta de águas pluviais para reuso.
O conceito da casa segue várias premissas sustentáveis; como proteção solar através de um beiral em todo o perímetro da casa, ventilação cruzada através das portas deslizantes com vidro duplo, cobertura retrátil térmica acústica e verde e iluminação natural.
A casa do lago apesar de ser relativamente grande, tem pouco material construtivo, e tem prazo estimado de 03 meses de construção. O canteiro de obras é limpo e não tem refugo de construção pois os materiais chegarão ao canteiro prontos para serem montados.
A movimentação de terra estimada é mínima pois a casa está praticamente “pousada” no terreno existente. A única movimentação de terra será para a construção da garagem e áreas de serviço, porém o projeto prevalece um terreno quase intacto para obra.
Todo esse trabalho resultou numa casa de alta eficiência energética, auto sustentável, com 82% de reutilização de materiais e produtos na desmontagem.
Matéria e imagens enviadas por Alexandre Fantozzi do Studio de arquitetura e design aj6
Projeto Água para Vida, uma inciativa da ONG Habitat para a Humanidade Brasil, pretende construir de cisternas no agreste pernambucano, garantindo maior qualidade de vida aos moradores da região, através do acesso a água potável e saudável.
Todo ano, milhares de pessoas sofrem com a seca no nordeste brasileiro. Famílias vivendo nesta região trabalham principalmente com agricultura, recebendo menos de um salário mínimo por mês. A situação de vulnerabilidade econômica e social se agrava com a chegada dos meses de verão, quando, por falta de chuva, as plantações diminuem e, consequentemente, o trabalho disponível também.
A população carece de infraestrutura em todos os sentidos, principalmente no que diz respeito ao acesso à água de qualidade. A falta de disponibilidade de água força mulheres, crianças e idosos a caminharem longas distâncias, diversas vezes por semana, para abastecerem suas casas. Em muitos casos, a caminhada leva em torno de duas horas, ida e volta.
Devido a esta situação, é muito comum que mulheres e crianças na região não tenham acesso pleno a educação, o que diminui severamente suas chances de um futuro mais próspero. Mulheres que dedicam seu dia a esta tarefa não têm possibilidade e trabalhar e, portanto, não podem contribuir com a renda familiar. Esta realidade as coloca em dependência de seus maridos, o que, por sua vez, aumenta o número de casos de agressão e violência doméstica.
Em muitos casos, a água utilizada pela família não é tratada, pois vem de açudes e lagos. Estes locais também são usados por animais; para lavanderia comunitária; para banho; para dejetos. O uso de água inadequada aumenta, por sua vez, a aparição de doenças e outros problemas de saúde.
Para trazer alívio à região,Habitat para a Humanidade Brasil se aliou a parceiros locais e internacionais com o objetivo de proporcionar a estas famílias com os meios necessários para captação e armazenamento de água de chuva.
Como Funciona o Projeto Água para Vida
As famílias beneficiadas pelo Projeto Água para Vida vivem em comunidades rurais na região do agreste pernambucano. Foram contempladas famílias que não têm acesso a água, vivendo com renda mensal de até meio salário mínimo (R$339) e cujas mulheres são chefes de família. Para além disto, todas as famílias contempladas possuem telhados em situação precária ou com tamanho abaixo do mínimo permitido para participação no Programa 1 Milhão de Cisternas.
As famílias selecionadas recebem o reparo/aumento do telhado totalmente subsidiado e participam do processo de construção, apoiando no reparo do seu telhado e do telhado de outras famílias na comunidade.
Todas as famílias beneficiadas participam de oficinas e capacitações em direitos humanos, gênero e políticas públicas para que a comunidade possa ter participação ativa na elaboração de propostas junto ao Conselho de Desenvolvimento Rural.
Para além das melhorias no que diz respeito à parte técnica – que, por si só, já garante maior qualidade de vida aos moradores da região, através do acesso a água potável e saudável, diminuindo a incidência de doenças e de tempo gasto com captação – o projeto visa preparar estas famílias para que possam reivindicar direitos para a comunidade.
Garantindo a sustentabilidade da iniciativa, jovens moradores locais terão treinamento técnico para que possam estar envolvidos na manutenção dos reparos, garantindo sua viabilidade a longo prazo.
Para ajudar a tornar a iniciativa realidade, um grupo de estudantes de Engenharia Ambiental da PUC-Rio se mobilizou para apoiar a Habitat para Humanidade Brasil, e criaram uma campanha para arrecadar fundos para o Projeto Água para Vida. FAÇA AQUI A SUA DOAÇÃO.
Veja o vídeo explicativo do Projeto Água para Vida:
Fonte e fotos: ONG Habitat para a Humanidade Brasil
Museu do Amanhã é premiado por ser destaque como construção verde mais Inovadora. Edifício já tinha recebido a certificação LEED Gold de edificação sustentável.
O Museu localizado no Rio de Janeiro, ganhou semana passada (dia16) o prêmio internacional Mipim (Mercado Internacional dos Profissionais Imobiliários), superando concorrentes do Reino Unido, da Suécia e da Alemanha. O resultado foi divulgado em Cannes, na França.
Para o diretor-geral do museu, Ricardo Piquet, o prêmio é um reconhecimento da conexão entre o conteúdo do Museu do Amanhã, que “trata da sustentabilidade do planeta”, e o fato “de ser um prédio sustentável”.
Piquet acentuou que, com o prêmio, a responsabilidade aumenta, na medida em que se tem que preservar os sistemas que foram pensados e projetados para o museu, para dar o caráter sustentável ao prédio.
Entre esses sistemas, ele destacou o de captação de água da Baía de Guanabara, as placas de energia solar na cobertura, e o espelho d’água que reduz a temperatura no entorno do museu.
“Todos os quesitos da sustentabilidade e a relação com o tema propriamente dito, a relação do museu com o meio, com o entorno, com a própria Baía de Guanabara. Esses compromissos serão mais percebidos”, frisou Piquet.
“Arquitetura e conteúdo, localização no espaço urbano e integração com meio ambiente, tudo neste museu converge para um despertar de consciência sobre como as escolhas feitas hoje, por cada um de nós, impactam em um amanhã comum”, ressaltou Hugo Barreto, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, instituição responsável pela concepção do Museu do Amanhã.
O Prêmio Mipim foi criado em 1991. A competição seleciona os mais notáveis projetos já construídos ou em fase de construção em todo o mundo. O Museu do Amanhã concorreu com a sede da Siemens, em Munique, na Alemanha; o edifício residencial 119 Ebury Street, em Londres; e a fábrica da Värtan Bioenergy, em Estocolmo.
No ano passado, o Museu do Amanhã obteve o Selo Ouro da certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design – Liderança em Energia e Projeto Ambiental, em português), concedida pelo Green Building Council, principal instituição americana na chancela de edificações verdes. Foi o primeiro museu brasileiro a obter este reconhecimento no segundo mais alto nível de classificação.
ALGUMAS INOVAÇÕES SUSTENTÁVEIS DO MUSEU DO AMANHÃ:
Impactos locais e transporte:
Nesta categoria, buscamos reduzir os impactos que o museu traz para a sua área de implantação, seu entorno. Foram tratados itens como: * o efeito “ilha de calor”: redução do aquecimento que o museu causa em seu microclima; * transportes: incentivo à redução do uso de veículos, utilização de veículos não poluentes, uso de transporte público e de bicicletas; * enchentes: foram adotados recursos para que o museu contribua positivamente para a redução do problema das enchentes na região; * redução da poluição luminosa; * promoção da biodiversidade nos espaços revegetados: utilização de vegetação nativa, adequada ao local e que promova a recuperação da biodiversidade.
O Museu do Amanhã está localizado em uma área altamente urbanizada, que oferece escolhas inteligentes de transporte. Moradores e visitantes da região terão mais oportunidades de evitar o uso de carro particular e, assim, de contribuir para a redução de emissões de gás carbônico na atmosfera.
No perímetro do museu, poderão ser utilizados ônibus (Zona Sul, Zona Norte, Zona Oeste e Baixada Fluminense estão nos itinerários de dezenas de linhas urbanas e intermunicipais que integram a rede rodoviária da Praça Mauá); bicicletas (a ciclovia da cidade estará integrada com a ciclovia do museu, o que permitirá aos visitantes e funcionários um acesso fácil e seguro até o edifício); e VLT (o Veículo Leve sobre Trilhos integrará o Centro da cidade e terá uma estação na Praça Mauá).
Uso racional da água:
– Uso inteligente da água, interna e externamente: A economia de água é obtida por meio de equipamentos, instalações e acessórios instalados no interior da edificação, além de paisagismo consciente no exterior.
-As águas pluviais precipitadas na cobertura são captadas para serem reutilizadas para fins não potáveis dentro do museu.
– Águas cinzas provenientes dos chuveiros e lavatórios seguem para a estação de tratamento localizada no subsolo e serão reutilizadas no paisagismo e na lavagem de pisos. Os resultados são ainda maximizados devido ao sistema de troca de calor com a Baía.
– O grande diferencial é o sistema que “libera” para as águas da Baía de Guanabara, o calor retirado dos ambientes. O nome técnico do recurso é hidrotermia, e já é utilizado em diversos projetos pelo mundo, mas é novo para o Brasil. As águas são retiradas da Baía, recebem o calor do sistema de ar condicionado e são devolvidas novamente ao mar. Todo este processo acontece de maneira a não agredir o meio ambiente. Para respeitar limitações de variação da temperatura das águas, uma nova mistura acontece para resfriar a água antes esta que volte para a Baía no lado nordeste do píer. A utilização da hidrotermia faz com que o museu não precise de torres de arrefecimento no sistema de climatização. Isso quer dizer que são economizados até 4 mil litros de água por hora!
Energia:
-Energia solar como fonte de energia alternativa e renovável: Na cobertura do museu serão instaladas lamelas móveis que acompanharão o movimento do sol e captarão a energia solar para que esta, convertida em energia elétrica, possa ser utilizada instantaneamente dentro do museu. A produção de energia a partir das células fotovoltaicas suprirá até 9% de toda a energia necessária para a operação do museu.
– Sistema de ar condicionado altamente eficiente: economizará energia durante seu funcionamento, devido à utilização das águas da Baía de Guanabara como fonte de rejeição de calor. Essa característica proporciona a eliminação de equipamentos que exerceriam esta função e agrega benefícios econômicos e ambientais, como a redução do consumo de energia e a eliminação do uso de água potável em torres de resfriamento.
Materiais:
– Materiais reciclados e produtos extraídos, manufaturados e transportados de forma sustentável foram utilizados na cadeia de suprimentos do museu. Os materiais reciclados, por exemplo, reduzem o uso de matéria-prima virgem e o volume de resíduos sólidos gerados.
-Materiais regionais: minimizam a emissão de poluentes na atmosfera, pois são adquiridos de regiões próximas à obra. Já a certificação FSC (Forest Stewardship Council) da madeira utilizada no museu garante o manejo florestal responsável, promovendo uma mudança positiva e duradoura nas florestas e nos povos que nela habitam.
Ambiente Interno:
Ao tratar de sustentabilidade, tratamos também das pessoas, da nossa qualidade de vida. Ambientes mais saudáveis, limpos e agradáveis contam com uma boa ventilação, temperatura adequada, iluminação natural e vistas livres sempre que possível.
Também fez parte de nossa preocupação a toxidade dos materiais da obra. Uma vez instalados nos ambientes, alguns materiais podem emitir toxinas durantes muitos meses, prejudicando a saúde dos ocupantes. Os materiais empregados respeitam limites seguros de toxinas. Um plano de limpeza “verde” foi elaborado para que, após sua inauguração, sejam utilizados produtos atóxicos e biodegradáveis.
Sobre a redução e correta destinação de resíduos (reciclagem), destaca-se o reaproveitamento de sobras das estacas das fundações para a construção dos barracões da obra. Foram poupadas toneladas de aço com esta ação.
Expo Arquitetura Sustentável é a primeira feira do país a reunir as principais certificações sustentáveis em um único espaço, promovendo conhecimento e importância para o setor da construção
A mostra que promove soluções construtivas sustentáveis entre os dias 04 e 07 de abril no São Paulo Expo, leva ao público um espaço exclusivo para quem pretende conhecer a fundo as principais certificações sustentáveis que envolvem a arquitetura e construção no Brasil.
A Alameda das Certificações reúne as principais certificações sustentáveis do país que exigem o uso de técnicas e procedimentos, visando à conservação do meio ambiente e o uso responsável de materiais.
Neste importante espaço estará presente a Caixa Econômica Federal, apresentando o Selo Casa Azul, classificação socioambiental dos projetos habitacionais financiados pelo banco. A principal missão do selo é reconhecer projetos que adotam soluções eficientes na construção, uso, ocupação e manutenção dos edifícios, promovendo o uso racional de recursos naturais nas construções e melhorias da qualidade da habitação. Para recebê-lo, o empreendimento deve obedecer a 19 critérios obrigatórios.
Outra vertente que vem crescendo juntamente com o segmento de construções sustentáveis no Brasil é o mercado de madeira certificada. Buscando ampliar a importância da sustentabilidade no setor é que a FSC (Forest Stewardship Council – Conselho de Manejo Florestal), organização independente, não governamental e sem fins lucrativos que promove o manejo florestal responsável ao redor do mundo desde 1993, traz para o espaço a importância do selo FSC, sistema de certificação florestal internacionalmente reconhecido, que identifica, por meio de sua logomarca, produtos originados do bom manejo florestal.
A Fundação Vanzolini, uma das principais instituições de certificação da construção civil do Brasil, também estará presente apresentando duas certificações desenvolvidas e lançadas pela instituição: Processo AQUA-HQE e Selo RGMAT.
A certificação de sustentabilidade Processo AQUA-HQE (Alta Qualidade Ambiental) para edificações, lançada em 2008, baseia-se em 14 objetivos de desempenho que devem ser atingidos em níveis base, boas e melhores práticas, ultrapassando as exigências que correspondem à regulamentação vigente ou prática corrente, distribuídas equilibradamente em conforto, saúde e baixo impacto ambiental.
A Fundação Vanzolini traz também para os visitantes o Selo RGMAT para materiais de construção sustentável. O selo demonstra o desempenho ambiental por meio da declaração ambiental de produto (EPD, environmental product declaration, em inglês) baseado na declaração do ciclo de vida (ACV), desde a extração até o reuso ou reciclagem. Ou em escopos específicos como, por exemplo, desde a extração até o portão da fábrica.
Outra certificação ambiental de sustentabilidade que estará presente na Alameda das Certificações é a SKA Rating, apresentada recentemente no plano de ação de baixo carbono do Governo do Reino Unido. Outorgada pela ONG britânica Royal Institution of Chartered Surveyors (RICS), é obtida por um método de avaliação ambiental, benchmark e padrão para fit-outs (remodelação de espaços interiores) em empreendimentos corporativos e comerciais.
O espaço também abrigará a Certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Designd – Green Building Rating System). Criado em 1999 pela organização americana United States Green Building Council (USGBC), o sistema LEED pode ser concedido a prédios comerciais e residenciais novos, reformados, escolas, hospitais, shoppings e até bairros.
LEED for Homes– O sistema de avaliação da qualidade ambiental da edificação residencial, pertencente à família LEED da organização (USCGB), foi introduzido no Brasil, pela primeira vez, pela LCP Engenharia e Construções em 2015. Segue o mesmo padrão de pré-requisitos e pontuações do sistema LEED, mas introduz o conceito de pontuação para quesitos sociais e incentiva a ocupação com maior densidade populacional.
Lançada em 2014 pelo International Well Building Institute (IWBI), a certificação WELL traz para a Alameda a preocupação com a saúde e o bem-estar do ser humano, concentrando-se exclusivamente nos ocupantes das edificações. É baseada em sete categorias, tais como, ar, água, alimentação, luz, fitness, conforto e mente.No Brasil já temos a primeira certificação WELL, que será apresentada no Fórum Construção e Arquitetura Sustentável.
Outra certificação a ser apresentada na mostra é a EDGE, para mercados emergentes, criado pelo International Finance Corporation World Bank Group (IFC), membro do Banco Mundial. Se trata de uma plataforma online de fácil utilização, que propõe novos padrões para os Edifícios Verdes, que terão sua performance avaliada nas áreas de energia, água e materiais.
A Alameda das Certificações contará também com a presença do Selo Casa Saudável, cuja principal exigência é que o espaço seja pensado, projetado e construído levando em conta a saúde e o bem-estar dos usuários. Para isso são analisados dez grandes áreas, sempre as relacionando com a saúde e não somente com a sustentabilidade. Além da ABNTque estará presente no espaço.
Os projetos urbanos sustentáveis premiados pela Convocação Pública de Práticas Inovadoras da Nova Agenda Urbana priorizaram o equilíbrio entre o urbano e a natureza, o desenho de espaços públicos que valorizem a convivência urbana e o incentivo à mobilidade não motorizada e pública.
Uma das iniciativas premiadas durante cerimônia organizada pelo ONU-Habitat e parceiros em Medellín, na Colômbia, foi o Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo, apresentado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano.
A chamada pública é fruto de uma parceria entre o ONU-Habitat e o governo da Espanha, o Foro Iberoamericano de Melhores Práticas, a Federação Latino-Americana de Cidades, Municípios e Associações (FLACMA) e a rede Mercociudades.
Segundo a agência da ONU, a chamada pública foi uma oportunidade de facilitar o entendimento sobre a Nova Agenda Urbana e conhecer novas práticas da região latino-americana que abordam conceitos de desenvolvimento urbano sustentável.
A iniciativa também foi uma primeira chance de discutir a Nova Agenda Urbana no nível local. Os projetos tinham como foco espaços públicos e verdes, mobilidade, recuperação de áreas degradadas, sensibilização e empoderamento, assentamentos informais e habitação popular.
Depois de analisar 146 candidaturas de 16 países, o comitê de avaliação selecionou quatro projetos vencedores de Brasil, Costa Rica, Equador e Porto Rico. A cerimônia de premiação ocorreu em Medellín dia 23 de fevereiro, na Colômbia, com a participação de profissionais, acadêmicos, autoridades e estudantes.
Na ocasião, a Coordenadora do Programa de Melhores Práticas para América Latina e Caribe do ONU-Habitat, Carolina Guimarães, falou sobre a importância de e as práticas premiadas continuarem inovando e inspirando, adaptando-se às necessidades e ao contexto no longo prazo.
“Se mostrou evidente que dentro da Nova Agenda Urbana existe espaço para os vários tamanhos de cidades e, em especial, para cidades secundárias, que têm até 500 mil habitantes”, afirmou Carolina. “Essas podem e devem prover boas condições de vida para seus habitantes”, completou.
Projetos urbanos sustentáveis premiados
O Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo, apresentado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, foi uma das quatro iniciativas premiadas.
Segundo o ONU-Habitat, o plano foi contemplado por seu propósito de “tornar a cidade mais humana, moderna e equilibrada, através do emprego e da moradia, para enfrentar as desigualdades socioterritoriais”.
Para isso, a iniciativa defende um projeto mais democrático e inclusivo de cidade, além de ambientalmente responsável, produtivo e, sobretudo, com vistas a melhorar a qualidade de vida das pessoas, segundo o programa da ONU.
Na cerimônia de premiação, Patricia Marra Sepe, geóloga da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura de São Paulo, afirmou que mesmo sendo uma megalópole, a capital paulista compartilha dos mesmos conceitos de desenvolvimento urbano das demais iniciativas desenvolvidas em cidades menores.
“Foi interessante ver de maneira concreta a diversidade de temas e pontos de vista para abordar diferentes objetivos do desenvolvimento urbano no nível local apresentados pelos projetos”, disse, por sua vez, a Coordenadora do Programa de Melhores Práticas para América Latina e Caribe, Carolina Guimarães.
O projeto Fideicomiso de la Tierra del Caño Martín Peña, de San Juan, Porto Rico, também foi premiado. A iniciativa busca recuperar um corpo de água degradado por meio do desenvolvimento integral e equitativo de oito comunidades (30 mil pessoas), em assentamentos informais, a partir da participação cidadã e alianças público-privadas. O projeto também busca regularizar a terra assegurando moradia adequada e o não deslocamento pelo aumento do valor da terra.
O Plano de Melhoramento Integral de Bairros Periféricos de Cuenca, apresentado pelo Governo Autônomo Descentralizado Municipal de Cuenca, no Equador, também foi premiado. O projeto tem como objetivo melhorar o habitat de dez bairros vulneráveis e periféricos priorizados da cidade de Cuenca, realizado mediante processo participativo com a população; através de um modelo integral de atuação baseado na Nova Agenda Urbana, que busca ser replicável em outros entornos.
Já os Espaços de Dulzura, do município de Curridabat, na Costa Rica, tem como objetivo estabelecer a conservação natural como atividade urbana por meio da criação de redes de centralidades nos bairros que integram a natureza na vida das comunidades. O projeto contempla a renovação de espaços públicos existentes e o desenho e construção de áreas e redes complementares novas a partir do trabalho de equipes multidisciplinares e processos participativos com as comunidades beneficiadas.
Outros quatro projetos urbanos sustentáveis receberam menção honrosa pela organização. O programa de moradia Desenvolvimento Social Comunitário nos Lares de Soacha (Colômbia); Construção de Comunidades para o Cumprimento do Direito ao Projeto Integrado, de Cochabamba (Bolívia); Reciclando Lares Urbanos com Alugueis Tutelados, de Buenos Aires (Argentina) e o Parque Linear Rachel de Queiroz, de Fortaleza (Brasil).
O Livro Manual de Arquitetura Bioclimática Tropical, mostra a importância de se considerar o clima do local onde será erguida a construção, desde os primeiros esboços do projeto.
O Manual tem o objetivo de guiar o projetista à concepção e ao desenvolvimento de uma arquitetura com conforto e que reduza o consumo energético.
Apesar dos alertas insistentes do planeta, a maioria das construções executadas nas cidades brasileiras ainda segue os modelos da visão positivista e progressista de uso ilimitado dos recursos naturais.
Em boa parte isso acontece pela dificuldade de se formatar um outro modo de pensar o objeto arquitetônico e a construção. Em meados do século XX, surgiu um pensamento novo que despertou a consciência dos projetistas para as inter-relações da construção com o clima: a Arquitetura Bioclimática.
O Livro é dividido em duas partes: a primeira trata dos conceitos de Arquitetura Bioclimática e de Conforto Ambiental, e a segunda organiza-se conforme a estrutura do pensamento do projetista, de modo que ele possa aplicá-los ao projeto.
SOBRE OS AUTORES:
Oscar Corbella: Graduado em Física, pelo Instituto de Física Balseiro, Bariloche, Argentina (1963), aposentado em 2005 como Professor Titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, atualmente é Professor Visitante (Titular) da UFRJ, ministrando aulas de pós-graduação em Urbanismo e Arquitetura, no PROURB/FAU/UFRJ. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Tecnologia de Arquitetura e Urbanismo e fontes de energia não convencionais e renováveis. Na atualidade, atua principalmente nos seguintes temas: Urbanismo e Arquitetura e sua interação com o clima e a região, sustentabilidade e cidade, sustentabilidade de cidades novas e novas cidades, ambiente construído e eficiência energética. Autor do livro Em Busca de uma Arquitetura Sustentável para os Trópicos.
Viviane Corner: Graduada em Arquitetura e Urbanismo pelo Instituto Metodista Bennett (1986) e mestrado em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001). Desde 2012 integra a Secretaria de Obras da Prefeitura Municipal de Vassouras, desenvolvendo projetos para a cidade – escolas, creches, urbanização, postos de saúde etc. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Planejamento e Projetos da Edificação, atuando principalmente nos seguintes temas: arquitetura e urbanismo bioclimáticos, sustentabilidade, eficiência energética para instalações de refrigeração e iluminação, conforto térmico, lumínico e conforto ambiental.
Detalhes do Livro Manual de Arquitetura Bioclimática Tropical:
Hospital Regional Litoral Norte, em Caraguatatuba, SP recebe, nas fases pré-projeto e projeto, a certificação AQUA-HQE (Alta Qualidade Ambiental) − de origem francesa e concedida no Brasil pela Fundação Vanzolini.
Com previsão de ficar pronto no segundo semestre de 2018, o hospital, faz parte do Projeto de Fortalecimento da Gestão da Saúde do Estado de São Paulo, programa financiado pelo BID e pelo Governo do Estado, e será o terceiro empreendimento da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo a receber a certificação AQUA-HQE.
Os demais hospitais em processo de certificação são o Hospital Regional de Registro e o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em construção e reforma, respectivamente.
De acordo com a arquiteta e gerente técnica de projetos e obras de infraestrutura UCP/BID, da Secretaria de Estado da Saúde, Maria Cristina de Oliveira Gomes Jotten, “a população do Litoral Norte ganhará um hospital de alta tecnologia médica, inserido na paisagem urbana, dentro dos atuais conceitos de sustentabilidade e que trará desenvolvimento econômico à região, com abertura de novos postos de trabalho, empregos diretos e indiretos desde a obra até a sua operação”.
Entre as soluções de sustentabilidade do projeto, estão aquecimento de água por energia solar; utilização de água de reuso nas bacias e jardins; teto verde; bicicletário; utilização de produtos sustentáveis, como piso de borracha ou marmoleum (fibra natural); pisos drenantes nas áreas externas; iluminação com lâmpadas LED; brises para redução da incidência solar nas faces Leste e Oeste; além do estudo prévio de implantação do hospital na malha urbana e do edifício no terreno, garantindo acessibilidade ao empreendimento e otimização da climatização ao edifício.
O processo construtivo do hospital seguiu precauções ambientais desde a implantação do canteiro de obras até a execução da obra, com reaproveitamento de entulhos e melhoria dos processos produtivos de construção, que são questões importantes para a qualidade ambiental do empreendimento.
Segundo o escritório Fernandes Arquitetos Associados, autor do projeto, “foi analisada a orientação do terreno e as alternativas que propiciassem maior conforto aos pacientes no que diz respeito a insolação, iluminação e ventilação naturais.”
Com um investimento da ordem de R$ 250 milhões do Governo do Estado de São Paulo, entre obra e equipamentos, o projeto prevê 186 leitos operacionais, distribuídos em 48 de clínica médica, 48 de clínica cirúrgica, 25 de ortopedia e traumatologia, 25 de neurocirurgia e 40 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
De acordo com a arquiteta, “certas determinantes da certificação AQUA-HQE impõem alternativas de projeto mais bem estudadas que direcionam e garantem um empreendimento de melhor qualidade”.
A certificação AQUA-HQE para edificações baseia-se em 14 objetivos de desempenho que devem ser atingidos em níveis base, boas práticas e melhores práticas, ultrapassando as exigências que correspondem à regulamentação vigente ou prática corrente, distribuídas equilibradamente em conforto, saúde e baixo impacto ambiental.
“Os pontos avaliados pela certificação são realmente norteadores do desempenho do edifício e ajudam projetistas e empreendedores a garantirem a eficiência”, completa Jotten.
O Governo do Estado de São Paulo já conquistou 19 certificações para escolas (FDE-Fundação para o Desenvolvimento para a Educação) e três para empreendimentos da polícia militar ambiental, totalizando aproximadamente 73 mil m2 de área sustentável.
O escritório catalão RCR Arquitectes, comandado pelos arquitetos Rafael Aranda, Carme Pigem e Vilalta, foi o vencedor do Prêmio Pritzker 2017 .
Os três arquitetos, originários de Olot, na Catalunha, têm trabalhado em colaboração desde a fundação da sua empresa em 1988. No comunicado, a fundação explica que o Prêmio Pritzker 2017 lhes foi atribuído precisamente pelo sua forma “intensamente colaborativa de trabalho em conjunto”.
“O seu trabalho demonstra um compromisso inflexível com o lugar e a sua narrativa, para criar espaços que estão em sintonia com os respetivos contextos. Aranda, Pigem e Vilalta procuram conexões entre o exterior e o interior, resultando numa arquitetura emocional e experimental“,diz o comunicado do prêmio
Tom Pritzker, da Hyatt Foundation, salientou ainda que o trabalho destes três arquitetos é bastante diversificado: de espaços privados a espaços públicos, espaços culturais e instituições educacionais, em todos esses projetos estão evidentes a sua capacidade de se relacionar intensamente com o ambiente específico de cada local e o testemunho do seu processo e integridade profunda.
É a primeira vez que o Pritzker vai para três arquitetos, e a segunda que vai para Espanha; Rafael Moneo foi premiado em 1996 .
“Cada vez mais pessoas têm medo que a influência internacional nos leve a perder os nossos valores locais, a nossa arte local e os nossos costumes locais…Rafael Aranda, Carme Pigem e Ramon Vilalta mostram-nos que é possível ter ambas. Eles ajudam-nos a ver, da maneira mais bela e poética, que a resposta à questão não é “ou” e que nós podemos, pelo menos na arquitetura, aspirar a ter as duas coisas; as nossas raízes firmes no lugar e os nossos braços estendidos para o resto do mundo”, citação do Júri do Prêmio Pritzker 2017 .
A fundação destaca algumas das obras deste estúdio como La Cuisine Art Center (em Nègrepelisse, França), o Museu Soulages em colaboraçao com G. Trégouët (em Rodez, França), La Lira Theater Public Open Space em colaboração com J. Puigcorbé (Ripoll, Girona, Espanha) e o El Petit Comte Kindergarten em colaboração com J. Puigcorbé (Besalú, Girona, Spain, 2010).
O edifício do jardim de infância não tem paredes convencionais; em vez disso, tubos de plástico coloridos deixar filtram a luz natural de maneira divertida. Alguns tubos são fixos mas outros podem ser movidos, permitindo que as crianças interajam e brincam com o próprio edifício.
A pista de atletismo serpenteia através de uma clareira da floresta de carvalho, evitando as árvores, e é verde para combinar com o ambiente natural.
Os arquitetos premiados criam espaços duradouros e integrados à paisagem e a cultura local, através do uso criativo e extensivo de materiais modernos, incluindo aço reciclado e plástico.
A Celesc iniciou em Santa Catarina, na segunda-feira, 20 de fevereiro, o cadastramento de interessados em participar do Projeto Bônus Eficiente – Linha Fotovoltaica.
Em menos de 24 horas, o cadastro para aderir ao projeto ficou acima de cinco mil clientes interessados. Em algumas regiões, as vagas foram preenchidas em apenas trinta minutos. O cadastro ainda ficará disponível para lista de espera.
O projeto Bônus Eficiente proporcionará a instalação de sistemas fotovoltaicos em mil residências catarinenses com 60% de desconto.
Os consumidores aprovados no cadastro terão acesso ao sistema fotovoltaico de 2,6kWp, pagando 40% do custo total praticado no mercado, ou seja, em torno de R$ 6.700,00.
Inédito no Brasil, por suas características, o Bônus Eficiente Linha Fotovoltaica quadruplica o número de residências catarinenses com sistemas fotovoltaicos, aumentando a potência total instalada dos atuais 2,8MW para 5,4 MW.
O Projeto Bônus Eficiente Linha Fotovoltaica promoverá um ciclo virtuoso de sustentabilidade em Santa Catarina, promovendo a cultura de eficiência energética associado à a microgeração solar distribuída.
O benefício principal para o consumidor é a economia na conta de energia elétrica que, após a instalação dos painéis fotovoltaicos, pode chegar a R$ 2 mil por ano. Com isso, o investimento individual no sistema será recuperado em pouco mais de três anos.
Há ainda outras vantagens: “O Bônus Fotovoltaico estimula o uso racional da energia elétrica, contribui para reduzir o carregamento do sistema elétrico e aumenta a diversificação da matriz energética brasileira, fortalecendo o uso de uma fonte de energia limpa”
O investimento total do projeto é de R$ 17 milhões, somando a contrapartida de R$ 6,7 milhões de quem adquirir o sistema. Ao participar do projeto, cada contemplado terá direito ainda a receber cinco lâmpadas LED.
O processo de instalação será realizado pela Engie Solar, uma subsidiária da Engie, maior geradora privada de energia elétrica do País, e já implantou centenas de sistemas fotovoltaicos em todo o Brasil.
Requisitos para participar do Projeto Bônus Eficiente Linha Fotovoltaica:
• Consumidor residencial deve estar adimplente com a Celesc, ou seja, não pode ter dívidas com a Empresa;
• O cadastro (ou inscrição) é realizado via internet. Caso todos os requisitos sejam atendidos, o consumidor entra para a lista de instalação, ficando passível ainda de rejeição caso sua unidade consumidora apresente problemas na inspeção prévia, antes da instalação;
• A residência deve possuir área disponível mínima de 20m² no telhado para instalação, livre de sombreamentos por árvores, prédios vizinhos etc.;
• O telhado deve estar voltado para o Norte (com desvio admitido +/- 30°);
• A inclinação do telhado pode variar de 20° a 35° em relação ao plano horizontal;
• A unidade consumidora deve ter consumo mensal de 350 kWh ou acima, nos últimos 12 meses;
• O consumidor precisa ter disponibilidade de recurso para pagar a contrapartida;
• A unidade consumidora precisa dispor de acesso à rede de internet/WiFi;
A inscrição é por ordem de acesso, mas no caso de os primeiros que se cadastraram primeiro não cumprirem os pré-requisitos, aqueles em fila espera serão chamados.
Pequena turbina eólica feita de bacias de plástico e impressoras velhas está ajudando a iluminar as casas de famílias vietnamitas que vivem em favelas ao longo do Rio Vermelho, a cerca de 5 km do distrito empresarial central de Hanói.
As bacias plásticas formam as pás para os cataventos e os motores de impressoras viram geradores elétricos que carregam as baterias de motocicletas velhas com energia suficiente para acender lâmpadas Led com um brilho equivalente a uma lâmpada de 45 Watt.
Embora a energia gerada seja pequena, faz uma diferença significativa para as famílias, porque eles vivem longe de uma estação de energia e tinham de racionar a energia por causa do alto custo.
“É o suficiente para iluminar a casa da minha família e outras famílias por aqui”, disse Bui Van Ha, que ganha cerca de US $ 4,50 por dia, em média, com a venda de peças cerâmicas, para alimentar sua família de quatro pessoas.
“Mesmo que seja para apenas algumas horas depois de escurecer, a pequena turbina eólica nos ajudou a economizar em nossa despesa mensal e trazer lucro para a minha família.”
A pequena turbina eólica inovadora, que abastece de energia limpa as casas da aldeia flutuante, é ideia de Le Vu Cuong, arquiteto e professor de uma universidade de Hanoi.
Seu gerador movido a vento faz uso de materiais que são baratos e fáceis de substituir e trabalha com uma velocidade do vento de apenas 0,4 metros por segundo.
“Queremos apoiar a comunidade de baixa renda”, disse Cuong à Reuters. “Agora eles podem usar mais eletricidade, sem quaisquer custos adicionais, com energia proveniente de fontes renováveis.”
O Vietnã produz apenas 140 MW de energia solar e eólica a cada ano, mas as autoridades do país dizem que eles tem a capacidade de produzir 500 vezes mais.
Cuong espera aumentar a produção de energia limpa, e está à procura de doadores para ajudar a aliviar os custos de eletricidade de outras famílias de baixa renda.
O aumento do número de horas de eletricidade disponível aumentou enormemente a qualidade de vida da população local com uma solução verde, barata e simples, e que ainda pode ser feita pelos próprios moradores
Veja o vídeo sobre a pequena turbina eólica feita de bacias plásticas:
Tateh Lehbib Breica, um refugiado de um campo do Saara Ocidental, constrói moradias resistentes com garrafas de plásticos que iriam para o lixo.
O material permite erguer residências mais resistentes às chuvas e às tempestades de areia da região. Ajudado pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), o rapaz está construindo 25 unidades residenciais que darão abrigo a deslocados forçados vulneráveis.
Com um mestrado em eficiência energética, o refugiado Tateh Lehbib Breica planejava construir uma casa reaproveitando recursos e respeitando o meio ambiente. O jovem de 27 anos pensava em erguer uma residência no deserto, usando garrafas plásticas descartadas para plantar mudas no jardim do terraço.
A ideia inicial, porém, revelou-se inviável, devido ao formato circular do telhado. Tateh se viu, então, rodeado de garrafas que haviam perdido seu propósito.
“Perguntei a mim mesmo: ‘O que posso fazer com essas garrafas?’”, lembra o rapaz, que nasceu e cresceu no campo de refugiados de Awserd. Com uma bolsa de estudos, Tateh frequentou uma universidade em Argel, capital da Argélia, e depois entrou para o mestrado em uma faculdade espanhola.
“Eu lembrei de um documentário que eu tinha visto, durante meus estudos universitários, sobre construir usando garrafas de plástico, e pensei: ‘Por que não tentar isso?’”
Oferecer habitação adequada, capaz de resistir às duras condições climáticas do deserto, é um desafio no campo de Awserd. O acampamento é um dos cinco na região que circunda Tindouf, província argelina, e que abriga refugiados que escaparam da Guerra do Saara Ocidental, há mais de 40 anos.
Casas feitas com tijolos de argila são vulneráveis às fortes chuvas que periodicamente atingem o deserto do Saara. Ao final de 2015, uma tempestade demoliu milhares de moradias.
As frequentes tempestades de areia — chamadas “haboobs” — também atingem as residências e tradicionais barracas. A poeira é tanta que a população é chamada a evacuar temporariamente certas áreas.
A primeira casa construída por Tateh usando garrafas do lixo era para sua avó idosa, que tem dificuldade para caminhar. A senhora ficou ferida ao ser levada para um centro comunitário durante uma tempestade de areia.
Além de ter maior resistência estrutural à água, a casa circular de paredes espessas provou ser melhor para bloquear a areia e a poeira das “haboobs”.
O interesse de Tateh em construir com recipientes de plástico descartáveis lhe rendeu o apelido de “Majnoun al qarurat”, o “Louco das garrafas”. O aspecto peculiar da estrutura e as publicações do rapaz no Facebook renderam às casas uma fama que ultrapassou os limites da zona rural.
Entre os que se interessaram pelos benefícios da casa e vieram conferi-la de perto, estavam alguns funcionários da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
“Após as chuvas pesadas de outubro de 2015 que danificaram e destruíram dezenas de milhares de casas construídas com tijolos de argila, o ACNUR vem trabalhando com os saarauís (nome dado aos refugiados do Saara Ocidental) no aprimoramento das técnicas de construção, para melhor resistir ao clima severo desta região”, explicou a coordenadora sênior do ACNUR em Tindouf, Juliette Murekeyisoni.
“Incentivamos o uso de tijolos fortificados com cimento e, agora, estamos estimulando o uso de garrafas de plástico”, acrescentou a representante do organismo internacional.
O oficial de Abrigo do ACNUR, Otis Moore, explica que as garrafas de plástico são opções melhores do que as casas de blocos de argila e do que as tendas familiares tradicionais utilizadas pela maioria dos saarauís.
“Como as casas de argila podem ser destruídas por chuva pesada ou prolongada, o uso de garrafas de plástico cria estruturas mais duráveis. Adotamos a forma circular porque é aerodinâmica e pode resistir a tempestades de forma mais eficaz”, explicou o especialista.
Atualmente, em um projeto financiado pelo Fundo de Inovação do ACNUR, Tateh está trabalhando para construir 25 casas usando garrafas de plástico em cinco campos — Awserd, Boujdour, Dakhla, Smara e Laayoune. As residências serão destinadas a pessoas vulneráveis.
Em reconhecimento pelo seu projeto criativo, o refugiado recebeu recentemente o prêmio de Personalidade do Ano de 2016 de uma revista local. O apelido que lhe foi dado no campo pegou: “As pessoas ainda me veem como o cara obcecado com a reciclagem de garrafas e construção de casas incomuns”, confessa o rapaz.