Edificações sustentáveis -investimento rentável para 2020

Existe um mito que edificações sustentáveis são mais caras, mas um estudo provou que na verdade são excelentes investimentos.

Para iniciar ou expandir um negócio, o capital aplicado para construção ou reforma de edificações e posteriormente os custos referentes à manutenção e operação dessa edificação, são itens que oneram consideravelmente o bolso dos investidores.

Bons gestores de negócios calculam a relação entre o capital investido num determinado empreendimento e a lucratividade desse negócio para que o retorno do investimento seja o mais breve quanto possível, indicando o potencial de sucesso do empreendimento.

Em época de planejar um novo ano, quando se trata do assunto de investimentos, os analistas do mercado e os empreendedores buscam nos dados, cenários e nas perspectivas econômicas as melhores opções onde se possa investir capital tendo um retorno rápido e segurança financeira.

Em vista disso, na arquitetura e na engenharia há uma constante busca por soluções que torne as edificações mais eficientes, rentáveis e com menor impacto ambiental, em síntese, tornando as edificações mais sustentáveis.

Uma construção sustentável é definida a partir de um projeto que prevê a eficiência desde a obra até o uso e operação da edificação, buscando a melhor relação custo benefício, resultante de fatores como a redução na geração de resíduos sólidos, economia com os custos de manutenção do empreendimento, maior resistência a deterioração, ambientes com mais conforto e salubridade aos usuários e a valorização de mercado para esse imóvel.

 



A viabilidade de cada tecnologia que pode ser empregada para tornar um edifício mais sustentável precisa ser analisada em relação a seu respectivo benefício, quando se trata da economia de energia elétrica e de água é fácil demonstrar retornos breves, até por isso já é bem disseminado diversas soluções tecnológicas, tais como geração de energia fotovoltaica, cobertura com telhado verde ou com retenção de água da chuva, sistemas de isolamento térmico que impactam nas contas de energia tanto para aquecer o edifício ou para refrigerar, controle de insolação para evitar calor excessivo, sistemas de reutilização de água para uso em banheiros, lavagem de chão e jardins, uso de equipamentos de alta eficiência energética e a automação e controle de climatização e iluminação, que possibilita controlar melhor a iluminação que se quer por ambiente e necessidade de uso.

Conceitualmente é razoável afirmar que a construção sustentável está vinculada a vários resultados vantajosos para as empresas e consequentemente para as pessoas.

Já na prática, deve-se analisar dados para que haja comprovação das vantagens financeiras.

Um dos indicadores financeiros mais importantes para tomada de decisão em investimentos é o tempo necessário para retorno dos mesmos. O engenheiro especializado em edificações sustentáveis, Marcos Casado, diz que o incremento de custo para se construir um edifício sustentável varia de 2% a 7% e o tempo de retorno desse investimento se dá em 3 a 5 anos, valores que percentualmente representam de 20% a 33% de taxa anual de retorno do investimento.

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Em uma análise de 3 estudos de caso apresentado à Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, foi verificado tempo de retorno do investimento de dois anos para um edifício com certificação LEED categoria Silver e de 3 anos para outros dois de categoria Gold e Platinum, sendo assim a taxa de retorno anual é de 50% e 33%, respectivamente.

Em outro caso, Luiz Henrique Ceotto, Engenheiro e Professor convidado da Poli-USP, comparando um edifício tradicional a outro de mesmo porte, mas com aplicação de conceitos de sustentabilidade, obteve uma taxa de retorno do investimento do edifício sustentável de 2,38% ao mês.

Mesmo que as edificações de maior porte apresentem taxa de retorno maior, até mesmo construções de pequeno porte se beneficiam, como o caso do Espaço LarVerdeLar, edifício de 189m² localizado em Governador Valadares, Minas Gerais, que conta com as certificações ambientais LEED v4 e GBC Energy Zero, e teve seu o retorno do investimento para ser uma construção sustentável alcançado ao tempo de 5 anos e 6 meses, taxa de retorno anual de 18,18%.

Baseado nessas referências, nota-se que, quem opta por investir em edificações sustentáveis acaba por fazer um ótimo negócio.

Simplesmente porque a taxa de retorno do investimento alcançada é maior do que das aplicações mais comuns no mercado financeiro, como investimentos atrelados ao CDI e outros bem conhecidos como a Poupança e Tesouro Direto. Superando até mesmo os índices da renda variável, como as ações da bolsa de valores e os fundos imobiliários, opções onde se assume um risco mais elevado em busca de melhores rendimentos, porém, que não são garantidos.

Esses dados podem ser verificados na tabela e gráfico abaixo, que compara a taxa de retorno de investimentos, no ano de 2019, entre as opções mais comuns e o investimento em uma edificação sustentável, que gera rentabilidade através da economia alcançada no uso e operação do empreendimento.

Edificações sustentáveis opção de investimento rentável
Via: CAU-MT

De certa forma, toda pessoa que no momento em que investe em uma construção ou reforma e não agrega as soluções sustentáveis a essa obra, acaba por si só deixando para trás uma oportunidade valiosa de investir seu dinheiro e obter maiores lucros advindos da redução de custos e despesas.

Mesmo em edifícios já construídos, soluções como o retrofit, avaliação de eficiência energética e a implantação de sistemas de geração de energia fotovoltaica podem trazer ótimos resultados econômicos, com baixo tempo de retorno do investimento.

Para quem pretende construir, adotar soluções sustentáveis desde a concepção do projeto, poderá diminuir consideravelmente os investimentos necessários para se alcançar as características de uma edificação sustentável.

Em ambos os casos, a escolha de profissionais credenciados e capacitados desde o planejamento da obra, é primordial para que sejam incluídas soluções harmoniosas ao projeto, prevenindo também incompatibilidades e retrabalhos durante a obra.

Um projeto de construção de edifício sustentável, bem planejado e executado, aliado ao uso de materiais sustentáveis e um plano eficiente de funcionamento e manutenção a longo prazo, gera inúmeros benefícios ambientais e sociais, valorização do imóvel, além de prover um bom retorno sobre o investimento e economia por todo o tempo de uso da edificação.

REFERÊNCIAS:

AECweb, CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL ATRAI ESTRANGEIROS. Disponível em: https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/construcao-sustentavel-atrai-estrangeiros_4613_10_20. Acesso em 08/12/2019.

GONÇALVES, Micheli; TOSETTO, Vitor EDIFÍCIO SUSTENTÁVEL COMPROVA SEUS BENEFÍCIOS APÓS 1 ANO DE USO. Disponível em: https://sustentarqui.com.br/edificio-sustentavel-beneficios-apos-uso/. Acesso em 08/12/2019.

CEOTTO, Luiz Henrique POR QUE VALE INVESTIR EM EDIFÍCIOS SUSTENTÁVEIS, São Paulo, 2008 Disponível em: http://atualidadesimobiliarias.blogspot.com.br/2008/10/por-que-vale-investir-emedifcios.html. Acesso em 23/11/2019.

BANDEIRA, Lívia Campos CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE EM NOVAS EDIFICAÇÕES EMPRESARIAIS SUSTENTÁVEIS, Salvador, 2013. Disponível em: http://www.gpsustentavel.ufba.br/downloads/Sustentabilidade_Criterios_Avaliacao_Edificacoes_Empresariais_Livia_Bandeira.pdf. Acessado em: 23/11/2019.

Valor Investe OS MELHORES INVESTIMENTOS EM 2019, São Paulo, 2019. Disponível em: https://valorinveste.globo.com/objetivo/hora-de-investir/noticia/2019/10/14/as-melhores-aplicacoes-financeiras-em-2019.ghtml. Acesso em 17/12/2019.

Via CAU -MT – Por Gerencia de Sustentabilidade de Pequenos Negócios, Sebrae-MT

 



Águas cinzas: O que são e dicas de reuso

As águas cinzas podem ser aproveitadas em diversos usos não potáveis, proporcionando uma significante economia e beneficiando o meio ambiente.

O que são as águas cinzas?

São chamadas de águas cinzas as águas residuais das edificações que já foram utilizadas em chuveiros, lavatórios de banheiro, tanques e máquinas de lavar roupa.

As águas da pia da cozinha em algumas literaturas são chamadas de águas cinza escura, pois contém mais gordura, e as da bacia sanitária são classificadas como águas negras.

50 a 80% de esgoto residencial são correspondentes as águas cinzas, com este número é possível observar o potencial de economia de água com o seu reúso.

 

Vantagens do reuso das águas cinzas:

– Economia na conta de água;

– Conservação dos recursos hídricos;

– Minimiza a poluição hídrica nos mananciais;

– Maximiza a infra-estrutura de abastecimento de água da rede;

– Alívio na demanda no tratamento de esgoto da rede;

– Estimula o uso racional e a conservação de água potável;

– Permite a reciclagem de nutrientes



Dicas de reuso:

Existem diversos tipos de reuso das águas cinzas, desde sistemas mais complexos de ETAC, a sistemas naturais utilizando plantas, até atitudes simples como coletar com um balde a água residual da máquina de lavar.

– Reuso de águas cinzas sem tratamento:

. Máquina de lavar roupa

Para coletar a água da máquina de lavar, simplesmente conecte a mangueira corrugada à um reservatório. Considere sempre as recomendações do fabricante para que não ocorram problemas na máquina.

REUSO DA MAQUINA DE LAVAR águas cinzas
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. Água da banheira

Basta recolher a água de dentro da banheira com baldes após o banho, e armazenar em um reservatório com tampa, para utilizar em lavagem de pisos e carros.

. Água do chuveiro

Você pode coletar parte dessa água colocando um vasilhame largo embaixo do chuveiro enquanto ele esquenta, e mantendo-o ao seu lado enquanto você toma banho. 

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– Reuso de águas cinzas com tratamento:

Para investir em um sistema de tratamento e reuso das águas cinzas, é fundamental calcular a quantidade de oferta dessas águas residuais da edificação e a quantidade de reuso para fins não potáveis, a fim de avaliar a viabilidade econômica do sistema.

Geralmente em edifícios comerciais a quantidade é relativamente pequena, pois são quase exclusivamente águas provenientes de lavatórios. Já em edificações residenciais, a oferta é maior, pois há mais consumo de água principalmente vindo dos chuveiros.

. ETAC  (Estação de Tratamento de Águas Cinzas)

O sistema de tratamento e reuso das águas residuais (tubulação, cisternas e reservatórios), deve ser totalmente independente do sistema hidráulico de água potável da concessionária.

Inclusive deve ser identificado com cores diferentes e receber sinalização que aquela tubulação ou torneira fornece água não potável.

O tratamento completo inclui etapas desde a floculação, decantação, filtração, até a desinfecção.

. Círculo de Bananeiras:

Também é possível tratar as águas cinzas através de uma técnica de saneamento ecológico, que consiste em fazer uma escavação no solo em forma de bacia, preenchida com matéria orgânica de difícil decomposição, ao redor da qual se cultivam plantas com alta demanda por água, principalmente bananeiras.

circulo de bananeiras para águas cinzas
Ilustração Catalosan: Wendell Ramires dos Santos Benevides e Erika Galbiati Carvalho

Veja mais soluções ecológicas de saneamento.

Cuidados com o reuso das águas cinzas:

O reúso destas águas residuais só deve ser realizado para fins não potáveis, quer dizer, não é própria para consumo humano.

São improprias para beber, tomar banho ou mesmo dar banho em animais domésticos.

águas cinzas cuidados
Ilustração: Manual para aproveitamento emergencial de água cinzas- IPT

Também não se deve molhar plantas comestíveis (exceto árvores frutíferas) e tampouco usar para a rega no caso de os produtos adicionados à lavagem de roupas terem cloro em sua fórmula.

Ainda assim a qualidade sanitária precisa ser garantida por meio de tratamento adequado.

Mas pode ser usada para diversos fins não potáveis, como irrigação de jardins, lavagem de pisos e carros e descarga de bacias sanitárias.

Normas e Legislação:

Os sistemas de reaproveitamento de águas cinzas não contam com uma norma nacional específica. Alguns parâmetros para tratamento de água são contemplados na NBR 13.969:2007, no item 5.6, que trata do reúso local.  Já a NBR 13969 de 1997 diz que essa água pode ser reutilizada em descargas de bacias sanitárias passando apenas por uma desinfecção simples.

Algumas cidades do País contam com leis para o reúso de água, como Niterói (RJ), que aprovou a lei 2.856/2011, que obriga o reúso das águas cinzas em novos empreendimentos com consumo superior a 20 m³ de água/dia.

Belo Horizonte e mais recentemente a cidade do rio de janeiro ( Lei Nº 7463 de 18/10/2016) também contam com  leis que regulamentam os procedimentos para armazenamento de águas pluviais e águas cinzas para reaproveitamento e retardo da descarga na rede pública

Para mais informações, recomendamos as seguintes leituras:

–  Manual para aproveitamento emergencial de água cinzas IPT 

Conservação e reúso da água nas Edificações – FIESP, Sinduscon-SP e ANA

https://leismunicipais.com.br/a/pr/c/curitiba/decreto/2006/29/293/decreto-n-293-2006-regulamenta-a-lei-n-10785-03-e-dispoe-sobre-os-criterios-do-uso-e-conservacao-racional-da-agua-nas-edificacoes-e-da-outras-providencias-2006-03-22.html

http://folhadiaria.com.br/materia/67/2918/ambiental/ambiental/lei-exige-projeto-de-reuso-de-gua-em-novos-empreendimentos-do-es#.WR9ihevyv3j – ES



Construção sustentável Federal – conheça o Viveiro do Senado

O Viveiro do Senado Federal foi construído em 2012 com dois objetivos principais: produzir plantas para a implantação e manutenção dos jardins e minimizar as emissões de CO² da instituição.

A construção idealizada pelo arquiteto e servidor da Secretaria de Infraestrutura  do Senado (Sinfra), Mário Viggiano, foi pensada de forma sustentável, aplicando conceitos bioclimáticos; iluminação e ventilação natural; além de outras estratégias citadas baixo:

Viveiro do Senado estratégias sustentáveis
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Reuso de materiais de qualidade refugados:

Foram aproveitados, por exemplo, na construção da estufa, vários vidros temperados descartados de dependências do Senado Federal.

Os tijolos, por sua vez, foram todos fabricados no local. Também foi adotada a técnica construtiva do superadobe, ambas utilizando a própria terra retirada do terreno onde hoje está localizado o viveiro.

As telhas foram fabricadas com tubos de papelão e nas treliças do telhado foram utilizadas madeiras de reflorestamento.

 


Gestão eficiente da Água:

O Projeto do Viveiro conta com sistema de aproveitamento da água da chuva ( na irrigação e descarga ), tratamento das águas cinzas e negras ( esgoto ) e reúso da água.

Energia solar:

O aquecimento da água é feito através de energia solar . Painéis fotovoltaicos também garantem energia suficiente para o funcionamento de todo o viveiro e seu excedente é enviado para consumo do setor de transportes.

Produção Orgânica:

O Viveiro do Senado Federal produz mudas de flores, forrações, arbustos e árvores para o uso no ajardinamento dos canteiros do Senado Federal e residências oficiais.

Toda a produção é feita de forma orgânica, sem a utilização de adubos químicos e sem pesticidas nocivos à saúde e ao meio ambiente.

Além da produção de mudas, são realizadas pesquisas direcionadas para a melhoria e a eficiência da própria produção, tais como: pesquisa com substratos de germinação, compostos e adubos orgânicos e quantificação de resgate de CO².

Compostagem:

A principal contribuição do Viveiro do Senado Federal para o meio ambiente urbano é refletida na atuação plena do sistema de compostagem adotado.

Aproximadamente 95% do resíduo orgânico produzido pela instituição (restos de alimentos dos restaurantes e lanchonetes, podas e corte de grama e borra de café) são processados localmente em duas grandes composteiras e transformados em adubo.

viveiro - construção sustentável federal
Viveiro do Senado

Para saber mais sobre a construção sustentável do viveiro do senado clique aqui e para baixar a cartilha sobre o viveiro clique aqui.

Fonte: Agencia do Senado

 

Centro de aprendizado de arquitetura em Londres é construído com materiais ecológicos

Os amantes da arquitetura têm um novo lugar para se reunir em Londres, graças à recente conclusão do Clore Learning Center na sede da RIBA (Royal Institute of British Architects).

O centro de aprendizado de arquitetura projetado pelo escritório Hayhurst & Co, oferece um novo destino ao público com uma variedade de exibições interativas para todos, desde crianças e famílias até alunos.

clore Learning Center na sede da RIBA (Royal Institute of British Architects).
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Centro de aprendizado de arquitetura em Londres é construído com materiais ecológicos
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Além de seu programa educacional criativo, o espaço também é uma inspiração para o design sustentável, foram utilizados materiais ecológicos, como bambu e embalagens de iogurte recicladas.

Desenvolvido com as contribuições de Price e Myers, Max Fordham e Jack Wates, design de iluminação, o Clore Learning Center é o resultado da proposta vencedora de Hayhurst and Co em um concurso de design organizado pela RIBA em 2017.

 



Os arquitetos se inspiraram no design do novo design lúdico. espaço da visão do arquiteto Gray Wornum para a sede original da RIBA, um edifício listado como Grade II *.

Localizado no quarto andar da sede, o Clore Learning Center inclui um estúdio dedicado, sala de estudos, terraço e área de exibição interativa.

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“O design da Hayhurst & Co convida os visitantes a explorar seu ‘senso de espaço’ e desenvolver uma compreensão da arquitetura que nos cerca todos os dias”, disse Hayhurst & Co. “Concebidos como uma série de intervenções simples, agradáveis ​​e adaptáveis ​​que permitem uma experiência de aprendizado interativa, os espaços promovem um entendimento da arquitetura através do aprendizado ativo: observação, teste, criação e compartilhamento.”

A sustentabilidade também foi um dos principais impulsionadores do design do projeto do centro de aprendizado de arquitetura.

Em vez de madeira, os arquitetos optaram pelo uso do bambu de rápido crescimento e embalagens de iogurte recicladas – deixando visíveis algumas tampas e etiquetas – como materiais primários para o mobiliário de interiores.

Centro de aprendizado de arquitetura em Londres é construído com materiais ecológicos
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Um sistema de ventilação mecânica ajuda a fornecer um suprimento constante de ar fresco.

A iluminação natural é maximizada e complementada com LEDs de baixo consumo de energia que podem ser dimerizados e alterados dependendo da ocasião.

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Fonte: Inhabitat

Fotos: Kilian O’Sullivan via Hayhurst & Co

 



Guia de Cálculo de Pegada Hídrica em Edificações -gratuito

O Guia Metodológico de Cálculo de Pegada Hídrica em Edificações, que permite calcular a quantidade de água utilizada na construção, está disponível gratuitamente para download.

O material busca trazer respostas aos diversos profissionais sobre como mensurar, de forma criteriosa, reprodutível e comparável, o consumo de água na produção e operação de um empreendimento.

Lançado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), a Caixa Econômica Federal e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) durante o seminário “Conservação de Água e Uso de Fontes Alternativas em Edificações – Diferencial Competitivo para Empreendimentos”.

O guia teve como consultora técnica a empresa Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente. A diretora técnica da empresa, Virginia Sodré, explicou que, a partir do cálculo da pegada hídrica, incorporadoras, construtoras e clientes poderão tomar decisões para aperfeiçoar seus projetos e compras e, assim, racionalizar o consumo de água.

“No futuro, os empreendimentos poderão ser etiquetados quanto ao impacto sobre o consumo de água, a exemplo da etiquetagem já existente de equipamentos e edificações, que atesta o grau de eficiência no consumo de energia”, afirmou.

 



Uso racional dos recursos naturais

Para o vice-presidente do SindusCon-SP, Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, essas normas e publicações “constituem o arcabouço que vai viabilizar o uso racional e consciente da água, dando embasamento técnico às ações e legislações pertinentes e possibilitando o uso seguro deste recurso natural pela população”.

Já o gerente-executivo da Caixa Econômica Federal, Eduardo Von Schwerin Pimentel, anunciou que a instituição renovou a certificação Casa Azul para estimular o uso racional dos recursos naturais na construção e no uso de empreendimentos, mediante a maximização dos benefícios para os projetos mais sustentáveis.

“A certificação da Caixa para empreendimentos sustentáveis, que já tinha as categorias Bronze, Prata e Ouro, ganhou uma nova: Diamante, quando a construtora demonstra a adoção de inovações”, informou Pimentel. A certificação dá direito a condições mais vantajosas de financiamento.

Presente no lançamento, o assessor sênior do PNUD, Haroldo Machado Filho, especialista em desenvolvimento sustentável, enfatizou que a participação de vários atores de diferentes setores – entre eles, governo, iniciativa privada, sociedade civil organizada e agentes de financiamento – é importante para o desenho e implementação de políticas públicas eficazes para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), dentre os quais se prevê acesso universal à água potável e ao saneamento básico até 2030.

“Cumprir esse objetivo depende de buscarmos soluções não convencionais e disruptivas”, afirmou.

Guia de Cálculo de Pegada Hídrica em Edificações
Foto: PNUD

Pegada Hídrica

Coordenadora do Comitê de Meio Ambiente (Comasp) do SindusCon-SP e da comissão de estudos da ABNT que elaborou a norma de conservação de água em edificações, Lilian Sarrouf atribuiu as legislações mal feitas sobre o tema à falta de normas técnicas que lhes deem embasamento, e destacou o protagonismo da construção civil na elaboração do regramento.

Segundo ela, legislações eficientes devem promover boas práticas, incentivá-las e fornecer diretrizes, e não devem obrigar a determinadas práticas sem viabilidade, especificar soluções, definir questões técnicas, restringir avanços e gerar insegurança.

Ela enfatizou que o uso de fontes alternativas pode se tornar viável se feito de forma articulada entre poder público e iniciativa privada, buscando compatibilizar as leis de saneamento e dos códigos de obras.

LINK PARA BAIXAR o Guia de Cálculo de Pegada Hídrica em Edificações

Fonte: ONU

 



Edifício verde em Curitiba recebe a certificação GBC Brasil Condomínio

Edifício verde em Curitiba, projetado pelo renomado arquiteto Arthur Casas, recebeu a certificação GBC Brasil Condomínio nível Ouro.

O residencial de luxo ÍCARO Jardins do Graciosa, na capital do Paraná, acaba de receber a certificação de sustentabilidade que comprova a preocupação do empreendimento com itens que geram redução de energia e melhor qualidade de vida aos seus moradores.

 

Itens como uso racional de água, energia e materiais contribuíram para tornar o Ícaro o empreendimento brasileiro a conquistar a maior pontuação no segmento GBC Condomínio.

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Entre os destaques da pontuação estão a utilização de energia renovável a partir de painéis fotovoltaicos e o grande aproveitamento de ventilação e iluminação natural, que é quatro vezes maior que a média dos empreendimentos convencionais.

Edifício verde em Curitiba recebe a certificação GBC Brasil Condomínio
Crédito: Eduardo Macarios

Veja as principais características sustentáveis do Edifício verde em Curitiba certificado:

Painéis fotovoltaicos no topo das torres para redução de consumo de energia do condomínio.

Reuso de água da chuva na irrigação de floreiras e jardins de todo o empreendimento.

– Irrigação automatizada para floreiras, evitando desperdício.

-15% da área construída do empreendimento de área verde, correspondendo a pouco mais de 2.500 m² de natureza.

– Implantação inteligente, com suítes voltadas para o norte.

– Esquadrias do piso ao teto para melhor insolação e ventilação.

– Lareira ecológica nas casas suspensas.

– Vagas para carro elétrico.

– Respeito pela natureza: bosque vizinho tombado e árvores protegidas são incorporados à atmosfera e ao paisagismo do empreendimento.

– Empreendimento 100% abastecido com gás natural.

– Empreendimento com iluminação das áreas comuns 100% em LED

– Grupo gerador atendendo 100% das áreas comuns do empreendimento.

 

Soluções Sustentáveis de Saneamento catalogadas

O catálogo de Soluções Sustentáveis de Saneamento: Gestão de Efluentes Domésticos desenvolvido pela Fundação Nacional de Saúde é um excelente instrumento de consulta, que serve de orientação para a escolha de soluções simples e acessíveis, que contribuam na solução das questões de saneamento domiciliar com baixo custo e sustentabilidade.

O Catálogo traz em uma linguagem acessível um acervo de soluções sanitárias apropriadas para o emprego do conceito do saneamento focado em recursos, contribuindo assim para a saúde do meio ambiental, levando à redução dos agravos à saúde humana, inibindo as doenças e promovendo saúde.

O uso dos efluentes como recurso para a produção de alimentos concebe a
indiscutível sustentabilidade ao processo, na medida em que contribui à aplicação do ciclo natural da água, da matéria orgânica e dos nutrientes, acelerando a reprodução do modelo natural.

 



Algumas soluções sustentáveis de saneamento descritas no catálogo:

– Biodigestor:

soluções sustentáveis de saneamento
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Reator para produção de biogás e biofertilizante.

Adequado para locais com disponibilidade de esterco animal, Não é adequado para água cinza.

-Wetlands:

soluções sustentáveis de saneamento - wetland
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São sistemas de tratamento projetados para reproduzir processos naturais (tais como pântanos e várzeas), usados em uma etapa de pós-tratamento. Para polimento de efluentes, ou seja, remoção de patógenos e nutrientes.

No entanto, já existem várias modificações desta tecnologia, voltadas para o tratamento em si, visando também a remoção de matéria orgânica e outros poluentes.

– Círculo de bananeira:

círculo de bananeiras - saneamento ecológico
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Escavação no solo em forma de bacia, preenchida com matéria orgânica de difícil decomposição, ao redor da qual se cultivam plantas com alta demanda por água, principalmente bananeiras.

Tratamento e reuso de águas cinza, incluindo as da pia da cozinha, e águas amarelas. Não é recomendado para tratamento de águas negras.

-Tanque de evapotranspiração:

Tanque de evapotranspiração – TEvap
(Bacia de evapotranspiração – BET/ Canteiro Biosséptico/ Fossa verde)
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Consiste em uma câmara de recepção e digestão, filtro anaeróbio e zona de raízes de fluxo subsuperficial, em um único sistema, montado em um tanque impermeabilizado.

Deve ser utilizado apenas para águas negras ou marrons, e pequenas quantidades de água cinza.

– Sanitário seco compostável

Sanitário seco compostável - banheiro seco - saneamento ecológico
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Conjunto composto por bacia sanitária sem descarga e câmara para armazenamento, desidratação e compostagem das fezes, urina e material secante.

Pode ser implantado em áreas rurais e urbanas, especialmente recomendado para locais com pouca disponibilidade de água, em solos encharcados e quando existe uma demanda por composto orgânico para plantios.

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Em resumo, o material disponibilizado é muito rico, certamente vale muito a consulta!

Autores: Paula Loureiro Paulo, Adriana Farina Galbiati eFernando Jorge Corrêa Magalhães Filho

Ilustrações: Wendell Ramires dos Santos Benevides e Erika Galbiati Carvalho

BAIXE AQUI O CATALOSAN – Catálogo de Soluções Sustentáveis de Saneamento Gestão de Eluentes Domésticos

 



Empresa brasileira ganha o o “Oscar do Greenbuilding” nos EUA

Empresa de Curitiba é a primeira brasileira a ganhar o prêmio Leadership Awards 2019 do USGBC (U.S. Green Building Council), órgão internacional responsável pela certificação de empreendimentos sustentáveis ao redor do mundo, na categoria de projetos que demonstraram excelência em construções sustentáveis.

A empresa de consultoria e engenharia em sustentabilidade recebeu o prêmio durante a Greenbuild International Conference and Expo 2019, em Atlanta, Estados Unidos.

O Leadership Awards é conhecido como o “Oscar do Greenbuilding”, evento promovido anualmente pelo USGBC, que visa a reconhecer os indivíduos e organizações de destaque na vanguarda da construção sustentável no mundo.

O escritório da Petinelli em Curitiba foi premiado por se tratar do 1º empreendimento com certificação LEED Zero Energy do mundo, gerando 100% da energia que precisa para a sua operação na própria edificação.

 



“Cada um desses premiados assumiu compromissos para melhorar nosso mundo através do poder da construção sustentável. Suas ações são uma inspiração para todos nós e demonstram como nossos esforços coletivos podem levar a mudanças significativas que nos aproximam de nossa visão de edifícios, comunidades e cidades que regeneram e sustentam a saúde e a vitalidade da vida para a atual e as futuras gerações”, comenta o presidente do USGBC, Mahesh Ramanujam.

O escritório da empresa tem 400 m² e está localizado no Rebouças, antiga área industrial de Curitiba, hoje zona de abrangência do Vale do Pinhão.

Foto: Lex Kozlik

A edificação foi certificada LEED Zero Energy em dezembro de 2018, tornando-se o 1º empreendimento do mundo a receber essa chancela internacional.

O local era um antigo barracão industrial da década de 1980 que foi totalmente reestruturado para se tornar uma edificação com eficiência energética, processo que levou três anos.

O projeto contou com financiamento da Fomento Paraná. “A instituição criou uma linha específica para incentivar a geração de energia distribuída por pequenas empresas e fomos a primeira delas a tomar esse empréstimo.

O projeto é fluxo de caixa positivo desde o primeiro dia e, no nosso caso, o investimento se pagará em pouco menos de cinco anos”, revela Guido. A empresa também tem sedes em Balneário Camboriú (SC) e Porto Alegre (RS).

Autossuficiência em energia

O caminho para se tornar o primeiro empreendimento LEED Zero Energy do mundo exigiu planejamento.

“Eficiência energética e autossuficiência caminham juntos. A única maneira de viabilizar economicamente o conceito zero energia é reduzindo a necessidade de investimento em geração local. Ou seja, quanto maior a eficiência e menor o consumo, mais fácil e barato é produzir energia. Cientes disso, e desafiados a levar essa eficiência ao limite, decidimos tornar nosso escritório em Curitiba um ‘laboratório vivo’ para desenvolver e testar conceitos e tecnologias que pudessem, futuramente, serem replicados para nossos clientes”, conta Guido.

A primeira solução adotada foi a aplicação de isolamento térmico no telhado, reduzindo o ganho de calor e melhorando o conforto térmico interno, o que significou menor uso do ar-condicionado.

Também se optou pela iluminação indireta, usando luminárias LED com alta eficiência (140 lm/W), do tipo highbay, que foram instaladas em treliças existentes e viradas para cima.

empresa greenbuilding
Foto: Lex Kozlik.

“A luz reflete no forro branco e é distribuída de forma difusa pelo ambiente. Essa iluminação indireta cria um ambiente extremamente confortável para os ocupantes”, explica Guido.

A sede teve as janelas trocadas para melhorar a estanqueidade e evitar o aquecimento. Para controlar o ofuscamento, foram instaladas “bandejas” de luz de tecido tensionado. “O tecido reflete a luz e também deixa parte dela passar de forma difusa. Cria um efeito espetacular no espaço, além de contribuir para a redução do consumo de energia”, observa Guido.

Ainda no telhado, foi instalado um painel fotovoltaico de 90 m², com 15kW de potência. Esse sistema produz energia suficiente para atender toda a demanda de consumo do escritório e ainda gerar excedente, que é destinado à rede pública, gerando créditos na fatura da conta de luz para a empresa, mesmo com a baixa insolação registrada em Curitiba.

Foto: Lex Kozlik

Todo o sistema de iluminação do escritório é dimerizável e controlado por foto sensores que medem o nível de luminosidade no ambiente e, automaticamente, ajustam a potência das luminárias. As persianas motorizadas e automatizadas garantem que a incidência direta solar nunca incomode os ocupantes.

“O sistema de iluminação de todo o escritório é eficiente, da concepção ao dimensionamento, especificação de equipamentos e controles e automação”, destaca Guido.

Os aparelhos de ar-condicionado da sede em Curitiba também são eficientes. O sistema de renovação de ar é acionado por sensor de presença e controlado por sensores de CO2.

 



O sistema tipo VRF, de três vias, assegura que os ocupantes sempre estarão confortáveis. “Além de muito eficiente, ele está integrado à automação e sensores de presença habilitam o sistema. Dessa forma, o ar-condicionado e a iluminação nunca são esquecidos ligados”, conta o CEO da Petinelli.

A empresa também buscou a eficiência dos equipamentos de trabalho, principalmente computadores. “Optamos por notebooks em vez de desktops e utilizamos monitores com tela de LED.

Virtualizamos nosso servidor e, há mais de seis anos, alocamos todos os nossos documentos em nuvem. Os três escritórios da empresa são conectados e colaboram na execução de projetos, sem a necessidade de servidores locais”, relata Guido.

Foto: Lex Kozlik

Certificação

Além de ser o primeiro empreendimento LEED Zero Energy do mundo, o escritório da empresa em Curitiba é o primeiro edifício brasileiro certificado LEED Platinum usando a ferramenta ARC.

A sede da empresa em Balneário Camboriú (SC) destaca-se por ter a 3ª maior pontuação LEED Platinum do mundo (104 pontos) e o escritório em Porto Alegre (RS) é o primeiro projeto certificado LEED v4 nível Platinum no Brasil.

A empresa conta ainda com a certificação LEED Proven Provider, concedida pelo USGBC às organizações que enviam grande volume de projetos e que comprovam a competência e a excelência no processo de documentação encaminhada.

O CEO da empresa, Guido Petinelli, é reconhecido pelo USGBC com a distinção “LEED Fellow”, honraria que reconhece profissionais de contribuição extraordinária para o avanço de construções sustentáveis no mundo.

Rafael Sabetzki (Petinelli); Guido Petinelli (CEO Petinelli Inc); Mahesh Ramanujam (CEO U.S. Green Building Council); John Chadwick (Discovery Elementary School); Matt Bell (Partner Entegrity); Chris Ladner (Partner Entegrity) – crédito da foto: Moshe Zusma

 



Procel lançará Chamada Pública Procel Edifica – NZEB Brasil

No âmbito do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – Procel, a Eletrobras lançará a Chamada Pública Procel Edifica – NZEB Brasil, para seleção de projetos de NZEB no próximo dia 2 de dezembro.

Para fins de edital, edificações NZEB são edificações de alta eficiência energética com geração distribuída associada, de fonte renovável, que alcançam um balanço anual energético próximo a zero.

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Os recursos financeiros destinados à Chamada Pública NZEB Brasil são de R$ 1 milhão para cada beneficiário, sendo até quatro beneficiários selecionados, totalizando R$ 4 milhões, conforme definido no PAR 2018 (Plano de Aplicação de Recursos do Procel).

São elegíveis à candidatura: empresas públicas; autarquias e entes da administração pública direta; sociedades de economia mista; e entidades sem fins lucrativos.

Os beneficiários selecionados serão responsáveis pela elaboração dos projetos e construção destas edificações e deverão promover sua visitação, de forma continuada à sociedade.

Fonte: Procel

Imagens da capa: Foto 1: CICS – Centro de Inovação em Construção Sustentável – USP / Foto2: Creche Municipal Hassis – Florianópolis – SC / Foto3: Lar Verde Lar- MG / Foto 4: Centro Sebrae de Sustentabilidade – MT

 



Árvore Solar brasileira ganha prêmio internacional de inovação

Árvore Solar brasileira, desenvolvida pela startup Fly to the Sun, foi selecionada como um dos 450 melhores projetos colaborativos sustentáveis no mundo.

Na era da tecnologia e da inovação, as criações que se destacam são aquelas que consideram um conjunto de aspectos, entre eles, a diminuição dos impactos ambientais.

Com essa perspectiva, a Árvore Solar Sustentável, desenvolvida no Rio de Janeiro,foi selecionada pelo prêmio asiático de inovação JEC Awards Innovation 2019.

Capaz de gerar iluminação para espaços urbanos, a árvore solar chamada “Smart Station” também provê energia para recarregar celulares, patinetes, bicicletas, além de rotear Wifi e está apta para interagir com o público por meio de um aplicativo.

O projeto recebeu no dia 14 de novembro, o prêmio em uma cerimônia na Coreia do Sul, na Ásia.

Como primeiro produto da linha Smart, a árvore solar é a materialização das propostas de unir tecnologia e a preservação do ambiente, priorizando a utilização de matéria prima retornável, como filmes fotovoltaicos orgânicos e resinas recicláveis de ultima geração.

A Smart Station é fruto do trabalho em equipe de Daniel Plitz, Yago Santos, Elson Teófilo, Joana Recalde, coordenados pela designer Venétia Santos, doutora em Ergonomia e Engenharia de Produção pelo Conservatoire National des Arts et Métiers (CNAM-Paris) e pelo Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).

Além de Smart Station, a equipe já criou bolsas, coberturas para praia, aeroportos e meeting points de shopping; e sapatos solares, recicláveis e compostáveis, todos decorrentes das pesquisas nacionais e parcerias internacionais.

Venétia comanda a startup Fly to the Sun, nascida há um ano com foco em desenvolver produtos sustentáveis e adaptados para cidades inteligentes. A professora acredita na utilização das novas tecnologias para melhor aproveitamento dos recursos naturais e enfatiza o objetivo de buscar gerar o mínimo de impactos negativos no meio ambiente.

Fonte: Faperj

 



Smart City Expo World Congress 2019 – evento sobre cidades inteligentes em Barcelona

Barcelona será a capital mundial das cidades inteligentes, de 19 a 21 de novembro : nesta data ocorre o Smart City Expo World Congress 2019, maior evento sobre smart cities do mundo, organizado pela FIRA Barcelona, consórcio público-privado formado pela Prefeitura de Barcelona, Governo da Catalunha e Câmara de Comércio de Barcelona.

Pela segunda vez consecutiva, Curitiba é finalista na premiação mundial promovida pelo evento, que destaca iniciativas e soluções inovadoras em áreas como mobilidade urbana, saúde, educação, meio ambiente, empreendedorismo e segurança alimentar.

A capital curitibana disputa com outras cinco cidades o prêmio principal, o City Award (Prêmio Cidade), pelo projeto Vale do Pinhão.

Cerca de 50 pessoas, incluindo gestores públicos, empresários, investidores, pesquisadores e acadêmicos, integram a comitiva oficial do Brasil que acompanhará o evento. A comitiva é organizada pelas empresas Global Business Innovation Intelligence, La Salle Technova e iCities, responsável pela edição brasileira do evento mundial, o Smart City Expo Curitiba.

“A comitiva é uma iniciativa muito rica para fazermos projetos interessantes ao redor do mundo acontecerem aqui no Brasil. Vamos ver na prática não só soluções tecnológicas, mas também em nível institucional e social”, explica Beto Marcelino, diretor do iCities e embaixador da FIRA Barcelona no Brasil.

Pela primeira vez o Governo do Estado do Paraná participará do Smart City Expo World Congress.

“Apresentaremos de forma inédita para integrantes do governo do Paraná as melhores práticas e soluções de Barcelona, em especial o bairro tecnológico @22”, conta Marcelino.

A iniciativa catalã revitalizou cerca de 200 hectares de uma área industrial considerada obsoleta em Barcelona. No local, foram instaladas empresas que realizam pesquisas para o desenvolvimento de tecnologias e soluções inovadoras para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

 



O que esperar do Smart City Expo World Congress 2019

O Smart City Expo World Congress 2019 tem o objetivo de ser um ponto de encontro entre a iniciativa pública e privada para o engajamento em ações que possibilitem um futuro sustentável e inclusivo.

O evento se concentra em cinco eixos que abordam as questões mais importantes das cidades na atualidade: transformação digital; ambiente urbano; mobilidade; governança e finança; e cidades inclusivas e compartilhadas.

Neste ano, a organização estima a participação de 25 mil pessoas, provenientes de mais de 140 países e 700 cidades. O congresso será conduzido por um número superior a 400 especialistas, enquanto a exposição terá mais de mil expositores.

smart city expo world congress 2019 barcelona
Smart City Expo World Congress

Janette Sadik-Khan, autoridade mundial em transporte e transformação urbana, é uma das principais speakers desta edição. Atualmente, Janette trabalha para redesenhar cidades, como diretora da Bloomberg Associates. Outro nome de relevância do congresso será Laura Faye Tenenbaum.

A premiada comunicadora de ciência foi editora científica sênior da NASA, onde relatou o aumento do nível do mar, perda de massa de gelo e impactos climáticos regionais.

Shira Rubinoff é mais uma speaker de peso do congresso: a executiva, orientadora, palestrante e influenciadora da Cybersecurity criou duas empresas de produtos de segurança cibernética e liderou vários esforços de mulheres na tecnologia. Atua como presidente da Incubadora de Tecnologia de Nova York, Prime Tech Partners, e da SecureMySocial.

Edição brasileira

O Smart City Expo World Congress, que acontece anualmente na capital catalã, tem versões regionais ao redor do mundo. A edição brasileira do evento, organizada pela empresa especializada em soluções para cidades inteligentes iCities, é sediada em Curitiba e já tem a terceira edição confirmada para 2020. A viagem da comitiva oficial integra a agenda preparatória do iCities para o Smart City Expo Curitiba 2020.

Segundo Beto Marcelino, a terceira edição do evento nasce em um momento importante, em que a empresa curitibana participa da construção da Carta Brasileira de Cidades Inteligentes, a convite dos Ministérios de Desenvolvimento Regional, do Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia.

“A carta é o documento mais importante para o segmento de smart cities no Brasil. Ela será um novo marco para regulamentação e cria um padrão no entendimento das esferas públicas e privada em relação aos direitos e deveres de cada um na requalificação das cidades no país. Isso permitirá oferecer novos projetos para mais de 5.500 municípios e é algo de extrema importância para tudo o que estamos criando”, afirma Marcelino, que participa da elaboração do documento na área de Governança das Cidades Inteligentes.

O iCities projeta que o SCE Curitiba 2020 — que será realizado nos dias 26 e 27 de março — atraia 10 mil pessoas, o que representa um crescimento acima de 40% em relação a 2019. Em 2018, a feira reuniu 5.577 participantes e, neste ano, 6.790.

Os ingressos para o congresso do Smart City Expo Curitiba 2020 já estão disponíveis. Durante a pré-venda, que vai até o dia 15 de novembro, a entrada custa R$ 600 (inteira) e R$ 300 (meia entrada para estudantes, professores, deficientes e idosos). Após este período, o valor será de R$ 900 e R$ 450. O acesso à feira expositiva é gratuito, mediante entrega de 1 kg de alimento, agasalhos e itens de higiene. Os ingressos podem ser adquiridos em https://doity.com.br/smart-city-expo-curitiba-2020.

Sobre o iCities

O iCities foi fundado em 2011 com a visão de que as cidades devem ter papel muito mais proativo no desenvolvimento da sociedade. Dentre os projetos de maior relevância da empresa estão a vinda e organização do maior congresso do tema de smart cities de Barcelona para Curitiba – o Smart City Expo Curitiba. O iCities também trabalha com consultoria para projetos de smart city para municípios de todo o país.

 



Consulta Pública Projeto de Norma ABNT para Adobe

Já falamos aqui das diversas vantagens da construção com terra, mas uma das poucas desvantagens é a falta de norma.

Entre as inúmeras técnicas de construção com terra encontradas ao redor do mundo, o adobe é uma das técnicas que foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses, no século XVI.

O adobe caracteriza-se por ser composto de solo areno argiloso, em estado plástico firme (barro), moldado em formas, desmoldado logo em seguida e colocado para secar naturalmente, para produção de elementos de alvenaria (blocos ou tijolos).

Exemplo de tijolos de adobe - NORMA ABNT
Exemplo de tijolos de adobe

Em outros países, existem algumas normas para construção com adobes, porém de difícil adaptação à realidade brasileira, porque são países com considerável vulnerabilidade sísmica e/ou solos muito diversos dos encontrados no Brasil.

Agora finalmente o projeto de Norma para Adobe entrou em Consulta Nacional, graças a um trabalho voluntário da Rede Terra Brasil que vem articulando há 7 anos, de forma coletiva, a elaboração e aprovação da norma.

O Projeto visa estabelecer requisitos para a PRODUÇÃO DE ADOBE E EXECUÇÃO DA ALVENARIA, além dos métodos de ensaio para sua caracterização física e mecânica.

O projeto da norma está em Consulta Nacional, com a identificação PROJETO ABNT NBR 16814 – Adobe – Requisitos e métodos de ensaio. Para votar basta cadastrar-se no site: https://www.abntonline.com.br/consultanacional/ e buscar pelo número do projeto.

Leia o projeto da norma na íntegra.

Imagem retirada do projeto da norma

 

Mudança nas regras da energia solar: Proposta da Aneel pode reduzir potencial de economia do brasileiro

Mudança nas regras da energia solar, para a geração distribuída, proposta pela ANEEL pode causar um enorme retrocesso ao Brasil.

A proposta apresentada dia 15/10 pela Agência Nacional de Energia Elétrica pode inviabilizar a modalidade que permitiu aos brasileiros gerar e consumir a própria eletricidade em residências, comércios, indústrias e propriedades rurais.

Segundo análise da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), com base em documentos publicados pela agência reguladora sobre a Resolução Normativa nº 482/2012, que traz como proposta a chamada “Alternativa 5”, tanto para geração distribuída remota quanto para a local, a proposta traz um grande desequilíbrio para o consumidor e para as empresas do setor, e favorece os monopólios da distribuição de energia.

A mudança nas regras da energia solar proposta pela Aneel pode reduzir em mais de 60% a economia do cidadão que investe na geração de sua própria energia elétrica limpa e renovável.

“A proposta apresentada pela Aneel surpreendeu o setor e está visivelmente desbalanceada e desfavorável para a geração distribuída no Brasil. A agência desconsiderou diversos benefícios da geração distribuída solar fotovoltaica aos consumidores e à sociedade brasileira, no setor elétrico, na economia e ao meio ambiente, dentre eles a postergação de investimentos em transmissão e distribuição de eletricidade, o alívio nas redes pelo efeito vizinhança, a geração de empregos, a diversificação da matriz elétrica e a redução de emissões de gases de efeito estufa e poluentes, entre diversos outros”, explica o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.

 



Outro ponto de alerta é a proposta de reduzir o prazo de vigência das regras, de 25 anos para 10 anos, para quem já investiu na geração distribuída.

Pela nova proposta da Aneel, consumidores com geração distribuída em operação teriam as condições mantidas apenas até 2030.

Para a ABSOLAR, a proposta decepciona e vai na contramão do espírito de segurança jurídica e regulatória do setor. “A ABSOLAR defende que a agência honre o compromisso assumido em inúmeras ocasiões por seus dirigentes, de manter as atuais regras por pelo menos 25 anos para os consumidores que acreditaram na geração distribuída e investiram pela regulamentação vigente”, comenta a vice-presidente de geração distribuída da ABSOLAR, Bárbara Rubim. “Quaisquer mudanças devem ser previstas em cronograma claro e não podem prejudicar investimentos já realizados sob as regras atuais, honrando a previsibilidade jurídica e regulatória que é pilar estrutural do setor elétrico brasileiro”, recomenda Rubim.

Atualmente, a geração distribuída solar fotovoltaica é ínfima e está muito abaixo das potencialidades do Brasil. Dos mais de 84,2 milhões de consumidores cativos brasileiros, menos de 146 mil (0,18%) possuem a tecnologia.

“Por isso, defendemos que a transição do modelo seja gradual e ao longo de um período planejado, com a mudança começando a partir de um gatilho de atendimento da demanda de energia elétrica de pelo menos 5%, conforme boas práticas internacionais”, acrescenta Bárbara.

A ABSOLAR lançou a campanha “BRASIL, DEIXE A ENERGIA SOLAR CRESCER”, um movimento para mostrar ao País tudo o que temos a ganhar com essa fonte de energia limpa e renovável. Veja o vídeo abaixo:

Por outro lado a Aneel defende que na regra atual, quando a compensação de energia se dá na baixa tensão, quem possui geração distribuída (GD) deixa de pagar todas as componentes da tarifa de fornecimento sobre a parcela de energia consumida que é compensada pela energia injetada.

As alterações ao sistema de compensação propostas, segundo a agência, visam o equilíbrio da regra para que os custos referentes ao uso da rede de distribuição e os encargos sejam pagos pelos consumidores que possuem geração distribuída.

Proposta da Aneel para Mudança nas regras da energia solar

A revisão da norma em 2019 foi prevista em 2015, quando da publicação da resolução 687/2015, que alterou a resolução 482/2012.

A ANEEL abriu uma consulta pública em continuidade para receber contribuições à proposta de revisão. Será realizada ainda audiência pública (sessão presencial) na sede da Agência em Brasília, no dia 7/11/2019.

Os interessados em participar da consulta pública devem encaminhar entre o dia 17/10/2019 e 30/11/2019 contribuições ao e-mail cp025_2019@aneel.gov.br ou por correspondência para o endereço da Agência: SGAN, Quadra 603, Módulo I, Térreo, Protocolo Geral, CEP: 70830-100), em Brasília-DF.

Fontes: ABSolar e Aneel

 



Favela orgânica publica receitas ao ar livre nos muros da comunidade

O favela orgânica é um projeto com uma abordagem holística que engloba conceitos como consumo consciente, gastronomia alternativa, compostagem caseira e hortas em pequenos espaços.

Uma iniciativa pioneira que teve origem em 2011 nas comunidades Babilônia e Chapéu Mangueira, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro comandado pelo olhar sensível e de Regina Tchelly.

Favela orgânica regina

Regina nasceu no interior da Paraíba, e mudou-se para o Rio de Janeiro em 2001. Autodidata, a paraibana, que cresceu assistindo seus pais e vizinhos aproveitando os alimentos na cozinha, passou anos, literalmente, cozinhando a ideia de fazer algo a mais com esse dom de transformar alimentos.

“Um dia quis tirar esse projeto dos meus sonhos e concretizá-lo, juntei algumas mães da comunidade, fizemos uma vaquinha de R$140 e realizei a minha primeira oficina. E não parei mais!”, relembra Regina Tchelly.

Segundo Regina Tchelly, a grande importância do projeto Favela Orgânica é poder transformar o olhar e mostrar novos paladares às pessoas, fazendo uma boa ação para a natureza, para o bolso, para a saúde e para o mundo.

Tchelly tinha a ideia de publicar um livro com suas receitas desde 2013, mas com dificuldade de patrocínio decidiu democratizar o conhecimento e junto com amigos começou a pintar os muros da comunidade com desenhos de suas receitas, dando origem ao projeto “Receitas ao ar livre”.

Segundo declaração do secretário da Associação dos Moradores da Babilônia ao Jornal O Globo, os muros onde estão os desenhos também necessitavam de uma reforma. De acordo com Adriano Paraíso, as paredes em que estão as receitas eram um lugar de despejo de lixo e entulho, o que, disse Paraíso, é frequente em outras comunidades da cidade. As pinturas, contou ele, deram outra finalidade àquele espaço, que agora não serve mais como área de descarte.

Muito mais que gastronomia consciente o projeto Favela Orgânica também é sobre gentileza urbana.

receitas ao ar livre na favela

O Favela Orgânica lançou uma campanha de crowdfunding na plataforma Benfeitoria para poder continuar esse lindo trabalho na Babilônia e no Chapéu Mangueira. Saiba como ajudar clicando aqui, e assistindo ao vídeo abaixo:

Fotos Facebook Favela Orgânica

Veja também a entrevista que fizemos com a Regina Tchelly:

 



Espírito Santo obriga captação de energia solar em novas edificações estaduais

Foi assinado nesta segunda-feira (14), o decreto que institui a obrigatoriedade da instalação de equipamentos para captação de energia solar em novas edificações estaduais no Espírito Santo.

A norma também se aplica às instalações construídas com recursos do Estado repassados aos municípios por meio de convênios, acordos ou termos de compromisso.

“Assinamos esse decreto hoje para que possamos aproveitar o crescimento da energia com custo benefício adequado e também para que possamos dar sinais aos projetistas dos futuros prédios públicos. O Governo precisa dar sinais de qual caminho quer seguir. A energia solar está se tornando viável. A energia eólica já se tornou viável e o Nordeste está sendo suprido por ela. Estamos trazendo agora na plataforma de PPPs [Parcerias Público-Privado] a substituição da energia dos prédios públicos através da construção de miniusinas solares”, afirmou governador do Estado do ES, Renato Casagrande.

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Ele celebrou ainda o momento atual com o incentivo ao uso de energias renováveis: “Estou feliz com o momento em que vivemos. O mundo exige uma visão diferente de desenvolvimento. Esse mundo novo passa pelo debate da energia. Se a gente sai da dependência do petróleo e vai para uma energia renovável, isso passa por uma decisão política e também uma decisão de viabilidade econômica. A questão ambiental é séria e estamos tendo a oportunidade de criar uma empresa de gás na hora em que o Governo Federal tomou uma decisão correta de baratear o gás. O contrato será moderno e antenado”, disse;

Casagrande aproveitou a ocasião para anunciar que estão sendo realizados estudos para a implantação de ônibus movidos por gás natural e eletricidade.

De acordo com o decreto, a Administração Pública poderá empregar outros meios de utilização da energia solar, quando não for possível a utilização de energia solar através de instalação de placas fotovoltaicas no local da edificação.

Está incluída a possibilidade de uso da modalidade do autoconsumo remoto – quando a energia gerada por um sistema fotovoltaico instalado em um local pode ser utilizada para reduzir a conta de energia de outro local completamente diferente.

Para o diretor geral da Agência de Regulação de Serviços Públicos (ARSP), Munir Abud, o Espírito Santo será o primeiro estado brasileiro a “viver de fato e por completo” o Novo Mercado de Gás com a real possibilidade de queda nos preços, atraindo investidores e movimentando ainda mais a economia local.

Segundo ele, o decreto que obriga captação de energia solar em novas edificações estaduais é um marco na política pública de ampliação da energia fotovoltaica no Estado. “Os prédios a serem construídos deverão ter a estrutura necessária para a instalação do sistema”, explicou.

Além deste decreto, o Governo do Estado também planeja criar, possivelmente por meio de concessões, parques solares nas Fazendas Experimentais do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). A proposta é que por meio desses parques solares todos os prédios públicos sejam autossuficientes em energia.

Fonte: Governo ES

Foto: ulleo (pixabay.com)

 



Pista de esqui ecológica ou usina de energia? Os dois!

O inovador escritório de arquitetura BIG foi responsável por projetar essa usina que produz energia limpa em Copenhague, com uma incrível pista de esqui ecológica na cobertura.

A CopenHill, também conhecida como Amager Bakke, é uma usina localizada em uma área industrial da cidade, capaz de converter anualmente 440.000 toneladas de resíduos por ano em energia limpa para 150.000 residências.

Pista de esqui ecológica ou usina de energia
Pista de esqui ecológica ou usina de energia limpa
Pista de esqui ecológica em copenhague
Foto reprodução Facebook Copenhill

O projeto da usina de energia nasceu como parte do objetivo de Copenhague de se tornar uma cidade com geração zero de carbono em 2025, com a pretensão de ser a usina mais limpa de geração de energia a partir de resíduos do mundo!

Outros objetivos ambiciosos se juntaram a ideia; a construção ser o maior e mais alto edifício de Copenhague, abrigar a primeira pista de esqui artificial da Dinamarca e expelir suas emissões de CO2 através de anéis de fumaça repentinos.



Além da pista de esqui ecológica e da usina de energia limpa, o prédio possui 10 andares com espaços administrativos e um centro educacional de 600 metros quadrados, no qual são realizadas conferências, visitas de escolas e oficinas de sustentabilidade.

Foto Søren Aagaard

A usina é um exemplo de sustentabilidade e eficiência energética.

A empresa de engenharia Rambøll, colaboradora do projeto, explicou que a Amager Bakke está excedendo os limites para otimização de recursos, atingindo uma eficiência energética de 107%.

A usina produz energia para dois propósitos diferentes: aquecimento de água para redes de aquecimento urbano e geração de eletricidade para consumo doméstico. Além disso, cerca de 20% dos resíduos tratados são utilizados na construção de estradas.

Esta planta industrial possui uma localização privilegiada, a 12 minutos do aeroporto e a 15 do centro da cidade.

usina de energia limpa em copenhague BIG
Foto: Aldo Amoretti

A fachada do CopenHill simula uma rede de floreiras de alumínio, com dimensões que atingem 1,2 metros de altura por 3,3 metros de largura, empilhadas em zigue-zague, para que as janelas proporcionem iluminação natural aos escritórios e ao centro de produção .

As máquinas da usina são organizadas em ordem de altura, dando forma ao telhado inclinado do edifício, que em vez de ser uma cobertura escalonada, transformou-se em uma pista de esqui de 9.000 metros quadrados, com três diferentes níveis de dificuldade, simulando o que acontece em uma pista de esqui tradicional.

Imagem reprodução site BIG

Lazer além da pista de esqui ecológica

O edifício também recebe não-esquiadores – incorporando um bar na cobertura com lindas vistas, área de cross-fit, parede de escalada de 85 metros de altura e trilhas para caminhada e corrida de 490 metros de comprimento em um jardim “exuberante”.

Esse “jardim” foi projetado pelos colaboradores SLA Architects e espera-se criar na cidade um “vibrante bolso verde” para pássaros, abelhas e flores, enquanto absorve o calor, remove partículas nocivas do ar e minimiza o escoamento das águas pluviais, além de todas as vantagens de um telhado verde.

“Um exemplo claro de sustentabilidade hedonista – que uma cidade sustentável não é apenas melhor para o meio ambiente – também é mais agradável para a vida de seus cidadãos”. disse Bjarke Ingels, fundador da BIG.

pista de esqui ecológica na Dinamarca projeto BIG
Foto SLA
Foto Laurian Ghinitoiu

O projeto original do edifício incorporava uma obra de arte na chaminé, que liberava um anel de vapor toda vez que 250 kg de dióxido de carbono fossem liberados na atmosfera. De acordo com o estúdio, esta instalação artística será adicionada ao CopenHill quando o financiamento for garantido.



Mobiliário urbano com reaproveitamento de pranchas de andaime

Mais de mil pranchas de andaimes foram transformadas em um mobiliário urbano em Londres, um banco com curvas onduladas, chamado Please Be Seated,

Na verdade trata-se de uma instalação em Broadgate, um dos bairros mais amigáveis ao pedestre da capital inglesa. Uma obra de arte que também serve como assento, desenhado pelo designer britânico de renome internacional Paul Cocksedge.

mobiliário urbano em londres Please be seated

A obra de arte foi criada em colaboração com a empresa de interiores White & White de Essex, como parte do London Design Festival 2019.

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Localizado na Finsbury Avenue Square, o mobiliário urbano Please Be Seated é uma representação física dos ritmos em mudança da comunidade.



A estrutura curvilínea de madeira mede 15,5 metros de diâmetro, enquanto suas curvas atingem uma altura máxima de 3,4 metros, alta o suficiente para as pessoas passarem e se curva para criar espaços para as pessoas sentarem, deitarem e relaxarem.

O mobiliário urbano foi construído a partir de 1.151 pranchas de andaimes reutilizadas, cada uma delas foi aplainada, lixada e cortada para se tornar parte de uma série de enormes curvas e círculos concêntricos.

“Todos os aspectos da instalação são adaptados ao seu ambiente e à função que ela serve”, disse Cocksedge em comunicado à imprensa. “As curvas se levantam para criar encostos e lugares para sentar, além de espaço para as pessoas passearem ou fazerem uma pausa e encontrarem alguma sombra. Ele percorre a linha entre um objeto de artesanato e uma solução de design. Ele ocupa a praça sem bloqueá-la.

banco com reaproveitamento de andaimes
banco com reaproveitamento de andaimes
Mobiliário urbano com reaproveitamento de pranchas de andaime


Apoiado por Broadgate e British Land, o Please Be Seated foi apresentado ao público em 14 de setembro de 2019 em paralelo ao London Design Festival.

Uma exposição do trabalho de Cocksedge que foi exibida no The Space | A 3FA também mostrou o processo por trás da criação de Please Be Seated. A instalação permanecerá em vigor até 11 de outubro de 2019.

Fotos: Mark Cocksedge via Paul Cocksedge



Plantar árvore em Americana dará desconto no IPTU

Projeto que incentiva a população plantar árvore e instalar lixeiras em suas calçadas foi aprovado em Americana – SP.

O projeto de lei nº 9/2019 dispõe sobre incentivo ao plantio e manutenção de árvores, além da instalação de lixeiras suspensas, mediante desconto no Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), foi aprovado em primeira discussão, com emendas, com treze votos favoráveis, quatro contrários e uma abstenção.

De acordo com o vereador Welington Rezende, autor do projeto , o objetivo é incentivar o plantio de árvores diante do elevado grau de desmatamento registrado em Americana nas últimas décadas. Segundo o parlamentar, dados do Instituto de Economia Agrícola da secretaria estadual de Agricultura e Abastecimento mostram que Americana perdeu, de 2000 a 2014, 85,71% de sua mata natural, caindo de 70 para 10 hectares.

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O parlamentar defende também a instalação de lixeiras suspensas nas calçadas com o objetivo de amenizar o volume de lixo jogado nas ruas, evitando entupimento de bueiros e consequentes alagamentos.

“Sabemos que é possível evitar algumas enchentes e alagamentos nos períodos chuvosos. Com mais lixeiras nas calçadas as pessoas terão mais opções de descartar o lixo corretamente em vez de jogar na rua e no meio fio”, explica.

Para obter o desconto do IPTU, o contribuinte deverá plantar ou manter árvore com altura mínima da copa de um metro. A espécie arbórea deverá estar em perfeita condição de sanidade vegetal e a lixeira deverá ser instalada pelo menos a um metro e vinte centímetros do solo.

O desconto será concedido mediante requerimento do proprietário, com foto da fachada do imóvel que comprove a existência da árvore e da lixeira. Em caso de corte, queda ou remoção da árvore, o proprietário fica obrigado a comunicar o evento à prefeitura, perdendo o benefício.



Refúgio ecológico para se desconectar da vida urbana

Localizado em uma floresta tropical em uma área remota de Bali, o Hideout Falcon é um refúgio ecológico construído todo com estrutura de bambu e materiais naturais, ideal para desconectar-se da vida urbana.

A pequena estrutura em bambu foi projetada pelo Studio WNA com a intenção de que o espaço interior fosse realmente compacto, para que os hóspedes possam realmente apreciar o ar fresco e a natureza de uma das florestas mais puras de Bali.

Um imenso deck de madeira com muitos lugares para sentar e relaxar e uma grande banheira de pedra ao ar livre servem para os visitantes aproveitarem dessa conexão com a natureza com mais conforto.

Escondido em uma floresta exuberante na região de Karangas Regency, em Bali, o design minimalista deste refúgio ecológico destina-se a colocar o foco na incrível paisagem local.



O abrigo possui um enorme telhado inclinado em forma de asa e janelas de vidro do chão ao teto, que traz luz natural e lindas vistas para o interior, proporcionando uma sensação de estar no meio da selva.

Materiais naturais e locais

Todo o material utilizado no refugio ecologico é proveniente da Indonésia.

O bambu, material abundante na regiao, foi colhido principalmente nas florestas locais em Karangasem.

A madeira usada para o grande deck é de Kalimantan, reaproveitada de uma estrutura de uma antiga ponte.

O design de interiores e os móveis de bambu foram projetados especificamente para este espaço por Putri Wiwoho.

refúgio em bambu em Bali
refúgio em bambu

O espaço interior do pequeno retiro abriga o quarto, que é grande o suficiente para uma cama king-size, coberta com uma rede mosquiteira e um pequeno espaço de lounge, perfeito para ler um bom livro em um dia chuvoso.

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Esta pequena construção em bambu é uma das três opções oferecidas pela Hideout Bali.

refúgio em bambu

Este refugio ecológico destina-se a atender os viajantes que procuram alojamentos sustentáveis ​​e de baixo impacto ambiental em suas aventuras. Você é um deles?



Fontes: Inhabitat e Archdaily

Dicas sobre o plantio de árvores nas cidades

Já falamos por aqui dos diversos benefícios das árvores nas cidades. Mas antes plantar é preciso saber quais são os cuidados de preservação e qual é a responsabilidade do cidadão e do poder público. A engenheira agrônoma, Denise Santos da Silva nos enviou algumas dicas.

Confira algumas informações úteis sobre o plantio de árvores nas cidades:

1- Nem toda espécie de árvore pode ser adequada para a sua calçada, terreno ou casa.

É preciso ter um planejamento claro antes de iniciar o plantio e também uma consulta à prefeitura da cidade, pois o órgão deve auxiliar e incentivar a arborização no espaço público e em áreas privadas.

É preciso levantar diversos fatores físicos do terreno, como largura e área disponível para o plantio, existência de fiação aérea, distância de mobiliário urbano e demais árvores.

Também há fatores biológicos, como a espécie, porte, tamanho, arquitetura da copa e o diâmetro do tronco, além da adubação do solo, irrigação, proteção do berço, necessidade de poda, entre outros.

2- Você pode se planejar e conhecer tudo sobre árvores, mas isso não significa que pode ir plantando espécies onde quiser.

Existem leis e normas do poder público que regem a ocupação do espaço público, como a calçada na frente de sua casa.

O Decreto 58.612/19 do Estado de São Paulo, por exemplo, garante a largura mínima de 1,20m na calçada para a livre circulação de pedestres e determina a largura mínima de 70 centímetros para vegetação, postes de iluminação, sinalização, etc. Ou seja, o plantio de árvores em passeios públicos só pode ser feita se tiver largura de 1,90m.

Mesmo em áreas privadas é necessário ter cuidado, uma vez que o plantio inadequado pode comprometer a estrutura dos imóveis vizinhos.

3- Cuidado no plantio de mudas de árvores.

É preciso ter em mente que uma muda nada mais é do que um ser vivo que precisa de cuidado e atenção para crescer forte e saudável – como um animal de estimação!

O plantio deve ser feito em uma área aberta em profundidade que recebe o nome de berço (e não cova, uma vez que está nascendo e não morrendo). É preciso também colocar um tutor, ou seja, um apoio para o crescimento da muda. Também é recomendado adicionar areia grossa ou cascalho para evitar a impermeabilização do solo e o atrofiamento da raiz.

A irrigação deve ser periódica nos dois primeiros anos e monitorar a presença de formigas, pois elas podem acabar com uma muda da noite para o dia, e de plantas competidoras no mesmo local. Em suma: para a árvore crescer, é preciso ter dedicação integral!

4- Árvores mal cuidadas trazem riscos à vida das pessoas.

É comum tempestades derrubarem árvores nas grandes cidades. Esse problema, porém, pode ser agravado se não houver um cuidado adequado com as espécies.

Podas malfeitas, por exemplo, comprometem o tronco das árvores e alteram seu eixo de inclinação, facilitando o tombamento em caso de vento forte. Isso pode levar a danos na fiação elétrica das ruas e demais equipamentos urbanos.

Galhos secos não retirados podem cair em carros ou até em pessoas, causando acidentes sérios. É preciso estar atento aos cuidados que a espécie que você possui precisa receber e, no caso de espaço público, cabe à prefeitura a execução deste serviço.



Além de melhorar a paisagem do local, um conjunto de árvores traz diversos benefícios ao dia a dia.

A copa bloqueia os raios solares, protegendo da exposição direta à radiação solar, e também absorve gotas de chuva, reduzindo a perda de solo causada pela erosão.

Elas produzem flores e frutos que alimentam insetos, animais e humanos, servindo até de repouso e abrigo para algumas espécies da fauna. Suas raízes possibilitam a infiltração da água, reduzindo o escoamento superficial e, consequentemente, os episódios de enchentes.

A presença delas contribui para o conforto térmico em todas as estações e suas folhas retém gases e partículas poluentes, diminuindo a presença na atmosfera. Entretanto, é preciso ter algo em mente: uma única árvore não faz milagre! É preciso ter uma conscientização na arborização do espaço urbano para que tudo isso seja possível.

Texto envido por Denise Santos da Silva, Engenheira Agrônoma, doutora em Agronomia e professora do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL), na cidade de Americana (SP).