Nanobolhas serão testadas no combate a poluição do Rio Pinheiros

A eficiência da aplicação da tecnologia de nanobolhas para a melhoria da qualidade da água do Rio Pinheiros, em São Paulo, está sendo analisada numa pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.

Os testes serão realizados em dois canais da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) localizados junto à Usina Elevatória de Traição e devem começar em cerca de dois meses, quando a montagem do equipamento estará completa.

“As nanobolhas já vêm sendo utilizadas em outros países com muito sucesso na despoluição de águas superficiais”, diz a engenheira Paula Vilela, citando o caso do lago El Cascajo, em Chancay, no Peru. “Ela (a tecnologia) pode ser utilizada em qualquer sistema de aeração artificial de meios aquáticos”, completa.

Paula realiza a pesquisa no pós-doutorado junto ao Departamento de Saúde Ambiental da FSP, sob orientação do professor Pedro Caetano Mancuso. Ela utilizará um gerador que produz nanobolhas em dimensões inferiores a 50 nanômetros – o que equivale a 0,00005 milímetros.

Além do tamanho diminuto, as nanobolhas se comportam de maneira diferente das bolhas visíveis a olho nu. Elas não flutuam em direção à superfície nem se rompem rapidamente. Podem durar por várias horas ou até alguns meses. Deslocam-se com menor velocidade e são mais estáveis do que as bolhas maiores.

 

Relacionado: Despoluição dos lagos do Ibirapuera será feita por jardins filtrantes com plantas nativas

Para realização dos testes, o gerador de nanobolhas será integrado a uma bomba centrífuga, uma cápsula geradora de ozônio e um painel de comandos elétricos.

“Não existe uso de produto químico nem geração de resíduos”, afirma Paula.

As nanobolhas produzidas por esse tipo de sistema costumam ser feitas de ar, gás oxigênio ou ozônio. A engenheira espera observar a depuração dos contaminantes como próprio resultado do movimento das nanobolhas.

Antes de ligar o gerador de nanobolhas, os pesquisadores irão coletar a água do rio para fazer novas análises laboratoriais. Uma vez que o equipamento estiver em funcionamento, essas análises serão feitas semanalmente nos canais, para monitorar mudanças nas condições da água. Paula também quer verificar detalhadamente o efeito da tecnologia sobre as máquinas do sistema de bombeamento da usina, que são prejudicadas pelo lodo e os materiais sólidos.

A ideia é verificar se o uso das nanobolhas é capaz de melhorar as condições de operação das máquinas.

Segundo a engenheira, testes preliminares realizados em abril de 2017 superaram as expectativas dos pesquisadores. Após o uso do gerador de nanobolhas, a água antes carregada de poluição ficou sem odor e sem cor. As análises laboratoriais revelaram, ainda, outros resultados positivos, com significativa redução de contaminantes.

 

Fonte: Jornal USP

 

Leia também: Despoluição ecológica de rios: vantagens e exemplos

Composteira Humi está entre os finalistas do Brasil Design Award

Produto inovador que permite tratar resíduos orgânicos no próprio local de geração, a composteira Humi é uma das frentes de atuação da empresa, que desenvolve projetos, soluções e tecnologias socioambientais para a diminuição de resíduos e atividades voltadas à educação e conscientização ambiental

A composteira doméstica Humi, produto inovador desenvolvido pela Morada da Floresta, está na shortlist dos finalistas do Brasil Design Award 2018, da Associação Brasileira de Empresas de Design, na categoria Design de Impacto Positivo. A Humi é uma das frentes de atuação da Morada, empresa que oferece soluções socioambientais para incentivar práticas sustentáveis cotidianas e contribuir para reduzir os impactos do consumo desenfreado dos recursos naturais e os danos causados ao planeta.

A solução é simples, bonita e eficaz. “Todo resíduo orgânico pode ser tratado no próprio local de geração, tanto em casas e apartamentos como em médios e grandes geradores. A composteira Humi é um sistema caseiro de reciclagem de resíduos orgânicos, um minhocário. Mais da metade dos resíduos brasileiros são orgânicos. Com a composteira, conseguimos tratar 50% dos resíduos no próprio local”, afirma Cláudio Spínola, CEO da Morada da Floresta.

A composteira Humi tem apenas um tamanho, mas pode ter sua capacidade ampliada com até cinco outras caixas digestoras, de 45 litros cada uma. O design é extremamente cuidadoso e eficaz: a Humi é feita de caixa longa vida reciclada, o que dá uma textura muito bonita; a tampa é inclinada, para que possa ficar na chuva; a caixa não precisa de suporte, uma vez que a base coletora tem chapas de metal nos pés que permitem a fixação de rodízios que facilitam o manejo; há furos que impedem a entrada de água mas que garantem a oxigenação da caixa digestora; as garras na tampa facilitam o manejo diário do sistema na hora de colocar os resíduos orgânicos; e o fundo, inclinado, permite que 100% do líquido vá direto para a torneira.

Segundo Spínola, “hoje menos de 1% dos resíduos orgânicos do Brasil são reciclados, compostados ou reaproveitados”. As soluções da Morada da Floresta propõem tratar o resíduo orgânico no próprio local de geração, tanto em casas e apartamentos quanto em médios e grandes geradores.

 

COMPOSTEIRA DOMÉSTICA HUMI
Imagem divulgação composteira humi

Essa é a 8ª edição do prêmio que reconhece e destaca a capacidade criativa e inovadora do design na economia nacional. Com o objetivo de se consolidar como a mais importante premiação do design nacional, o BDA assumiu, a partir de 2018, um novo formato. A premiação passou a contar com um processo de inscrições e um corpo de jurados composto por 80 especialistas de diversas partes do Brasil. Para dar mais voz e oportunidade ao design brasileiro, o formato prevê 10 categorias e 78 subcategorias. As categorias são: Branding, Design Gráfico, Craft for Design, Design de Ambiente, Design de Embalagem, Design de Impacto Positivo, Design de Produto, Design de Serviço, Design Digital e Design Editorial.

A atuação da Morada da Floresta se destaca em duas vertentes: desenvolvimento projetos, soluções e tecnologias socioambientais para a diminuição de resíduos e atividades voltadas à educação e conscientização ambiental.

No ramo da compostagem, além da produção de composteiras domésticas, a empresa desenvolve projetos de compostagem para grandes geradores, projetos socioambientais para a disseminação da prática da compostagem doméstica em larga escala e articulações para implementações e melhorias de políticas e estratégias públicas relacionadas à gestão dos resíduos orgânicos.

Também no foco da diminuição de resíduos, a Morada da Floresta produz fraldas e absorventes femininos ecológicos e promove a conscientização para a incorporação de práticas cotidianas ecológicas nos diversos setores da sociedade.

 

Premiação

Os melhores de cada subcategoria ganharão medalhas de ouro, prata e bronze, e haverá 10 troféus exclusivos – o Grand Prix – para os maiores destaques de cada categoria principal. Além disso, o BDA vai disponibilizar todos os projetos em seu site oficial (www.brasildesignaward.com.br) para votação popular online, e a empresa que receber o maior número de troféus Grand Prix será premiada com o troféu de Empresa do Ano do Design Brasileiro. A cerimônia de premiação acontece em São Paulo, no dia 22 de novembro.

 

A votação popular está aberta! LINK PARA A VOTAÇÃO

 

Fonte: Notícias de Impacto

Painéis solares poderão ser pagos na conta de energia em Pernambuco

Parceria da Sdec com a Celpe vai permitir a oferta do programa PE Solar, que facilita a instalação dos painéis solares, para as pessoas físicas. Antes, só empresas eram beneficiadas

Instalar painéis solares em residências em Pernambuco ficará mais fácil.

É que o investimento realizado para gerar a própria energia agora pode ser pago na conta de luz, através da economia criada com os painéis fotovoltaicos – o que reduz a obrigação de pagar mais um boleto no fim do mês. A possibilidade faz parte do programa PE Solar, que foi ampliado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (Sdec-PE) através de uma parceria com a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe).

“O futuro da energia é a geração distribuída, através de usinas pequenas no teto das casas. Por isso, ampliamos o PE Solar e estamos facilitando o pagamento dos painéis”, contou o secretário executivo de energia de Pernambuco, Lula Cardoso Ayres.

Ele explicou que o PE Solar existe desde 2015, mas funcionava apenas para pessoas jurídicas. Agora, passa a atender pessoas físicas e de forma facilitada, por conta da parceria com a Celpe.

“Estamos ampliando o programa para os consumidores residenciais e ainda estamos dando a possibilidade de eles descontarem as parcelas dos painéis na conta de luz”, contou Ayres, garantindo que tudo isso será feito de forma simples.

Relacionado: Mais facilidades para a micro e minigeração de energia no país

 

Os consumidores interessados em gerar a própria energia devem entrar no site do PE Solar para ver as empresas de instalação de painéis fotovoltaicos credenciadas no programa – atualmente, 19 estão cadastradas pelo governo. O consumidor pode, então, negociar os preços e a instalação da sua usina solar diretamente com a empresa. Só na hora do pagamento é que ele vai optar por descontar o financiamento na conta de luz.

“O consumidor não precisa fazer essa negociação com a gente. E isso não tem um custo extra”, acrescentou a gerente de relações institucionais da Celpe, Érica Ferreira.

O programa ainda deve gerar economia para o consumidor. É que a geração dos painéis vai reduzir o consumo da energia da Celpe. E é essa redução que será usada para pagar os painéis solares.

“Tudo o que for gerado na residência vai para o consumidor. Se houver sobras, elas serão injetadas na rede da distribuidora, mas servirão como crédito para serem usadas em até 60 meses. E ainda há a possibilidade de o consumidor indicar outro imóvel, que também esteja vinculado ao seu CPF, para ser alimentado por essa sobra. Ou seja, ele vai se atender. Então, haverá redução de consumo e economia”, explicou Érica, dizendo que, por conta disso, a Celpe só vai cobrar o consumo extra, que não for gerado pelas placas solares.

Se o consumidor chegar ao ponto de gerar toda a sua energia, a companhia só vai cobrar a taxa mínima de luz, que é de R$ 24 para residências e de R$ 80 para estabelecimentos comerciais. E a Sdec garante que, dependendo do tamanho dos painéis, é possível que isso aconteça. Caso o cliente gaste R$ 500 com luz, mas passe a gerar toda a sua energia, por exemplo, será cobrada apenas a tarifa de R$ 24.

Nos primeiros anos, contudo, a conta também virá com o valor das parcelas dos painéis. Se o financiamento for de R$ 326, por exemplo, a conta será de R$ 350. “Mas o tempo de vida médio dos painéis é de 25 anos e os financiamentos normalmente duram menos. Por isso, o desconto da conta de energia será usado para pagar os painéis apenas nos primeiros anos. Depois, vai todo para você”, concluiu Lula.

 

Passo a passo para participara do programa de instalação de painéis solares:

-O interessado em implantar um sistema fotovoltaico com empresas que fazem parte do PE SOLAR deverá entrar em contato com os fornecedores cadastrados para solicitar o projeto/orçamento;

-O financiamento do projeto pode ser feito por capital próprio ou qualquer linha de crédito, com agentes financeiros públicos ou privados;

– A empresa fornecedora solicita junto a Celpe a autorização da arrecadação das parcelas do financiamento na fatura de energia e conclui a instalação do sistema fotovoltaico.

painéis solares PE Solar

 

Fonte: Folha PE  e PE Solar

 

Leia também: BNDES expande financiamento de energia renovável para pessoa física

Projeto do Foster + Partners ganha o prêmio RIBA Stirling 2018

O edifício da Sede Europeia da Bloomberg, projetado por Foster + Partner, foi o vencedor do Prêmio RIBA Stirling 2018. A premiação é a mais prestigiada do Reino Unido sobre arquitetura.

O prédio é considerado o mais sustentável do mundo concebido e construído até o momento. Na verdade, são dois edifícios, um par de blocos triangulares conectados por pontes que se estendem sobre uma avenida para pedestres.

A edificação já tinha recebido a certificação BREEAM, com uma classificação “excepcional”. Marcando 98,5% em relação aos seus critérios; a maior pontuação do estágio de design já alcançada por um grande edifício de escritórios.

prêmio RIBA Stirling 2018 - prédio de escritórios mais sustentável do mundo
.
prédio de escritórios mais sustentável do mundo
.

Todo o edifício, tanto internamente quanto externamente, é executado com uma qualidade muito alta.

Externamente, o edifício é de uma escala adequada para o entorno. Procura criar um diálogo com alguns edifícios vizinhos muito antigos e é bastante bem sucedido, segundo o RIBA. A passarela coberta representa um nível de generosidade para com a cidade.

prêmio RIBA Stirling 2018 Bloomberg
.

Conheça as estratégias sustentáveis utilizadas no edifício da sede da Bloomberg

Internamente, o processo de passar do exterior até subir os elevadores, cria um ambiente completamente imersivo. O nível do hall é muito vibrante e cheio de atividades. É aqui que o verdadeiro sucesso do projeto começa a emergir. Onde quer que você olhe, há um detalhe inventivo.

O objetivo do edifício era evitar o espaço de escritório padrão e nisso é bem-sucedido.

prêmio RIBA Stirling 2018 Bloomberg
© James Newton
prêmio RIBA Stirling 2018 Bloomberg
© James Newton
vencedor do prêmio RIBA Stirling 2018
.

O prêmio RIBA é o premiação de arquitetura de maior prestígio do Reino Unido. Dado ao edifício considerado o mais importante do ano para a evolução da arquitetura e do ambiente construído. São avaliados vários critérios, incluindo visão de design, inovação e originalidade, capacidade de estimular o engajamento e encantar os ocupantes e visitantes, a acessibilidade e sustentabilidade, a adequação do edifício ao seu propósito e o nível de satisfação do cliente

O júri deste foi composto pelo presidente do RIBA, Sir David Adjaye, Ben Derbyshire, o co-fundador do dRMM (o laureado de Stirling 2017) Alex de Rijke, Kathrin Hersel e Judy Kelly, ex-diretora do Southbank Centre de Londres.

Veja o vídeo do projeto vencedor do prêmio RIBA Stirling 2018:

 

Imagens cortesia de Foster + Partners, Bloomberg, Aaron Hargreaves, James Newton e Rudwall.

Grafeno deixa concreto mais resistente e menos poluente

Especialistas da Exeter University, na Inglaterra, conseguiram incorporar partículas de grafeno no concreto, através da nanotecnologia. O material desenvolvido em laboratório tem o dobro da resistência do concreto convencional de 30 MPa, e é quatro vezes mais resistente à penetração da água. Os pesquisadores tiveram o cuidado de adequar as amostras de concreto à normalização britânica e europeia para a construção civil.

Além de elevar resistência e durabilidade, o grafeno também permitiu reduzir drasticamente a pegada de carbono em comparação aos métodos convencionais de produção de concreto, o que torna o material mais sustentável e mais ecológico.

Os pesquisadores Dimitar Dimov e Monica Craciun, ambos do departamento de nanoengenharia da Exeter University, publicaram os resultados do estudo na revista britânica Advanced Functional Materials.

grafeno pesquisa resistencia concreto
Imagem Divulgação

Segundo Craciun, o novo material é um divisor de águas em termos de reforço do concreto tradicional para enfrentar desafios como poluição, urbanização sustentável e fenômenos naturais que geram catástrofes. “Encontrar maneiras mais ecológicas de construir é um passo crucial na redução das emissões de carbono em todo o mundo. Este é um passo importante para tornar a construção civil mais sustentável”, completa Dimitar Dimov.

 

Relacionado: Tinta ecológica inovadora promete melhorar a eficiência energética de qualquer ambiente

 

Entre as aplicações práticas do concreto com grafeno estão a possibilidade de se construir paredes mais finas e mais resistentes, o que abre novas possibilidades de projetos para engenheiros civis e arquitetos que constroem com sistemas de paredes de concreto. Outra alternativa viável é construir estradas com pavimento rígido que possam ser aquecidas para derreter a neve acumulada, já que o grafeno é excelente condutor de eletricidade.

 

Grafeno é considerado o supercommodity do século 21

Atento à pesquisa desenvolvida na Exeter University, o professor-doutor do MIT (Massachusetts Institute of Technology), Franz-Josef Ulm, concorda que a descoberta pode revolucionar a construção civil, mas, por enquanto, ele vê a pesquisa apenas como um “estudo conceitual”, devido ao alto custo do grafeno. Atualmente, um grama do material custa uma vez e meia mais que a do ouro, cuja cotação tem variado entre R$ 142,00/g e R$ 145,00/g.

Recentemente, há uma concentração de estudos que buscam reduzir o custo de produção do grafeno. O material é pesquisado desde o pós-guerra, porém ficou confinado ao meio acadêmico até 2004, quando o grafeno passou a ser testado em transistores e semicondutores. Em 2010, as pesquisas com o compósito renderam aos cientistas Konstantin Novoselov (russo-britânico) e Andre Geim (russo-holandês), ambos da Universidade de Manchester, o prêmio Nobel de física.

Derivado do grafite, cujas maiores reservas mundiais estão no Brasil, o grafeno é 200 vezes mais resistente que o aço, porém superleve e superfino.

É considerado a supercommodity do século 21. Com um quilo de grafite é possível produzir 150 gramas de grafeno. Um quilo de grafite custa o equivalente a um dólar. Já um grama de grafeno é vendido por cerca de 100 dólares.

 

 

Fonte: Massa Cinzenta

Veja pesquisa publicada na revista Advanced Functional Materials

Entrevistados
Pesquisadores Dimitar Dimov e Monica Craciun, da Exeter University

Contatos
M.F.Craciun@exeter.ac.uk
dd270@exeter.ac.uk

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330



Inglaterra testa ônibus que filtra o ar enquanto roda

O primeiro ônibus que filtra o ar do Reino Unido  foi colocado em teste nas ruas da cidade britânica de Southampton. O objetivo da iniciativa é ajudar a combater os altos níveis de poluição do ar verificados em toda a região.

O filtro foi instalado no teto do ônibus Bluestar, operado pela empresa de transporte público Go-Ahead, e o objetivo é que limpe até 99,5% das partículas, informa a companhia. Segundo os técnicos que desenvolveram o filtro, o equipamento foi projetado para reter esse material cotaminante enquanto o ônibus se move, deixando para trás um ar quase puro, garantem.

“Como o veículo remove as partículas ultrafinas do ar enquanto percorre sua rota, ele pode ajudar efetivamente na resolução do problema da qualidade do ar urbano. Imagine a mudança que poderíamos promover se todos os ônibus contassem com uma tecnologia como essa?”, destaca David Brown, CEO da Go-Ahead.

Para este projeto piloto, a cidade portuária de Southampton foi escolhida por ter sido alertada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no início deste ano, que ali se atingiu o limite máximo de poluição do ar tolerado. Em 2015, a municipalidade foi avisada – juntamente com as cidades de Derby, Birmingham, Nottingham e Leeds – que deve entregar planos de redução das suas altas taxas de contaminação do ar.

 

Relacionado: Curitiba testa ônibus 100% elétrico e com poluição zero

 

Especialistas estimam que a poluição causa até 40 mil mortes prematuras por ano no Reino Unido. No mês passado, um grupo de 17 líderes de Southampton pediu que o governo tome medidas urgentes, tendo em vista a “crescente crise de saúde pública relacionada à poluição”.

 

Emissão zero

A representante da organização ambiental ClientEarth, Andrea Lee, afirma que “é bom ver iniciativas inovadoras para limpar o ar sujo que respiramos. No entanto, isso não deve tirar a prioridade real de não causar poluição em primeiro lugar”. E concluiu: “Precisamos de veículos mais limpos nas vias. Em outras palavras, gostaríamos de ver os ônibus de emissão zero sendo usados como padrão.”

Após o período de testes de três meses da instalação da tecnologia no ônibus que filtra o ar é que será avaliada a eficácia real do filtro. A expectativa é de que o filtro ganhe um peso extra, devido à retenção dos poluentes, e este resultado será o indicativo do sucesso ou não do equipamento. Se o filtro for aprovado, o próximo passo, diz a Go-Ahead, será lançar o sistema para toda a sua frota de 4.600 ônibus.

 

Fonte: Mobilize

Projeto Cidades Eficientes do CBCS anuncia resultados de chamada pública e inicia coleta de dados

Projeto Cidades Eficientes do CBCS anuncia resultados de chamada pública nacional e inicia fase de coleta de dados sobre consumo de energia em edifícios públicos de três municípios brasileiros

Estruturado em quatro eixos temáticos – eficiência energética, uso racional de água, mobilidade urbana e geração distribuída de energia -, o Projeto Cidades Eficientes do CBCS irá gerar conhecimento direcionado aos governos municipais.

Executado pelo Conselho Brasileiro de Construção Sustentável – CBCS, com apoio e financiamento do Instituto Clima e Sociedade – iCS, o Projeto busca estimular a adoção de políticas públicas que viabilizem reduções efetivas das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em edificações localizadas nas cidades participantes da iniciativa, bem como nos demais municípios brasileiros.

Entre os desdobramentos previstos para o Projeto que vem sendo realizado no decorrer de 2018, o CBCS irá disponibilizar resultados obtidos sobre boas práticas em plataforma pública online e, assim, ao considerar que tais resultados envolvem questões econômicas, ambientais e sociais no âmbito das cidades, visa alavancar a adoção de premissas de sustentabilidade no setor da construção civil.

 

Relacionado: Como alcançar sua independência energética

 

Após a realização de uma recente chamada pública nacional, o Projeto Cidades Eficientes do CBCS está em fase de assessoria técnica junto aos órgãos municipais das três cidades brasileiras inscritas e selecionadas como cidades piloto para a participação ativa na iniciativa, são elas: Jaboatão, em Pernambuco; Sorocaba, em São Paulo; e Florianópolis, em Santa Catarina.

O processo de participação ativa no Projeto envolve a coleta de dados sobre o consumo de energia em edifícios que pertencem à essas três prefeituras, análise da legislação e projetos significativos, entre outras ações.

 

Chamada pública nacional

Em âmbito nacional, o processo da chamada pública despertou o interesse do total de 130 municípios localizados em 21 Estados, o que representa 11% da população brasileira.

O processo seletivo para a escolha das cidades participantes envolveu tanto a faixa alvo do Projeto estabelecida para municípios com população entre 200.000 e 2.000.000 de habitantes, bem como critérios fundamentais para a fase de assessoria técnica que agora está em andamento, entre os quais se destacam:

-experiência comprovada na gestão de iniciativas públicas anteriores relacionadas à eficiência energética e hídrica de edifícios;

-existência de equipe capacitada, mobilizada e disponível para implementar atividades do projeto;

-e interesse genuíno em programas que envolvem os quatro eixos temáticos estruturadores do Projeto Cidades Eficientes do CBCS – eficiência energética, uso racional de água, mobilidade urbana e geração distribuída de energia.

“Ao liderar uma iniciativa que irá identificar comportamentos, modelar indicadores e formular boas práticas, disponibilizando todas essas informações aos gestores municipais para que possam ser absorvidas conforme as particularidades das cidades brasileiras onde atuam, fortalecemos nossa missão e o impacto positivo dos projetos que realizamos”, afirma a engenheira Dra. Clarice Degani, coordenadora executiva do CBCS.

Fase essencial durante o processo da chamada pública nacional, a equipe técnica do Projeto Cidades Eficientes do CBCS realizou entrevistas telefônicas com representantes da gestão de 20 municípios pré-selecionados.

O conjunto das informações obtidas nessa fase resultou na criação de uma base de dados que, por sua vez, permitiu mapear a situação atual das cidades brasileiras participantes no que refere especificamente aos eixos temáticos do Projeto: consumo de energia e água, e aspectos de mobilidade urbana relacionados ao cotidiano de uso dos edifícios públicos pelos funcionários.

Também permitiu, em razão do critério da distribuição geográfica que estabeleceu a necessidade de pré-selecionar representantes oriundos de diferentes regiões do Brasil, a criação de um panorama brasileiro que confirmou as prioridades do Projeto.

“Entre todos os municípios entrevistados, somente metade declarou possuir um banco de dados sobre consumo de energia e água nas edificações públicas, o que nos revela uma situação de alerta, já que trata-se de uma informação primordial para a elaboração de qualquer análise e posterior planejamento mais criterioso visando eficiência enérgica e uso racional de água nas cidades”, explicam a arquiteta Dra. Maria Andrea Triana e o engenheiro Edward Borgstein, coordenadores da equipe técnica do Projeto Cidades Eficientes do CBCS.

“Por outro lado, os dados obtidos nas entrevistas telefônicas reforçam a importância da execução do Projeto e validam o foco e as prioridades de trabalho previamente definidos para a nossa atuação junto aos gestores municipais”, concluem Triana e Borgstein.

 

 

Projeto Cidades Eficientes do CBCS

Acesse online a íntegra do documento Diagnóstico das Cidades Brasileiras Participantes | Projeto Cidades Eficientes do CBCS: Clique aquiprojeto cidades eficientes

Fase atual – próximos passos | Assessoria técnica aos três municípios selecionados

Atualmente, o Projeto Cidades Eficientes do CBCS está na fase da assessoria técnica junto aos órgãos municipais das três cidades brasileiras inscritas e selecionadas para a participação ativa na iniciativa, são elas: Jaboatão, em Pernambuco; Sorocaba, em São Paulo; e Florianópolis, em Santa Catarina.

O momento envolve coleta de dados do consumo de energia e água em edificações públicas; análise de legislação relacionada às áreas do projeto com o objetivo de apoiar a implementação de políticas públicas voltadas para a possível adoção de medidas de redução do consumo de energia e água; análise de projetos relevantes; e pesquisa de mobilidade referente ao deslocamento dos funcionários das prefeituras.

 

Sobre o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável – CBCS

O CBCS é uma OSCIP criada em agosto de 2007 e se posiciona como ativo interlocutor e fórum independente para discussões subsidiadas pela ciência, contando com a participação do poder público, do poder privado, da academia e da sociedade civil. O CBCS, através de seus posicionamentos e projetos que executa, se propõe a criar e disseminar conhecimentos e boas práticas, mobilizando a cadeia produtiva para a sustentabilidade do setor da construção civil brasileira.

Curitiba testa ônibus 100% elétrico e com poluição zero

Um ônibus 100% elétrico e sem emissão de poluentes, começou a circular em Curitiba nesta quarta-feira (3/10). O veículo Volare, da montadora BYD, ficará um mês em teste na linha Circular-Centro.

“É um veículo moderno, sem emissão de gás carbônico, óxido de nitrogênio nem da fuligem dos veículos tradicionais, confortável e que tem a cara de Curitiba”, disse o prefeito Rafael Greca durante a viagem feita nesta terça-feira (2/10) para conferir as características do veículo. O trajeto foi da Rodoferroviária de Curitiba ao Jardim Botânico.

Curitiba testa ônibus 100% elétrico e com poluição zero

“Pedi que a Urbs avalie a possibilidade de implantarmos uma linha com ônibus movidos à energia elétrica. Se tudo for aprovado, vamos encomendar quatro veículos inovadores”, completou o prefeito, que estava acompanhado da primeira-dama, Margarita Sansone.

O ônibus 100% elétrico tem uma autonomia maior da bateria, diferentemente de versões anteriores, mais limitadas. A expectativa é de que ele rode 250 quilômetros por dia com uma carga cheia de bateria.

A linha Circular-Centro roda cerca de 160 quilômetros por dia. “Esperamos que este modelo confira autonomia suficiente para a linha”, disse o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto.

O ônibus elétrico circulará das 6h20 às 19h30, no sentido horário da linha Circular-Centro. Além das características ambientais – como emissão zero de poluentes e silêncio do motor – o modelo em teste tem embarque facilitado para idosos, crianças e deficientes.

“A carroceria é amigável”, avaliou o prefeito, ressaltando que se trata de um veículo montado integralmente no Brasil, a partir de tecnologia chinesa.

Curitiba testa ônibus 100% elétrico e com poluição zero

 

Ajoelha

A suspensão pneumática faz o veículo baixar a altura do piso para facilitar o embarque de passageiros com problema de locomoção. Uma rampa na porta de entrada também facilita a mobilidade. “É como se o ônibus ajoelhasse para deixar a entrada no nível do solo, uma tecnologia que facilita o acesso”, explicou Ogeny.

 

Ebook Arquitetura Sustentável : 15 Princípios Básicos

Estamos muto felizes em anunciar o lançamento do nosso eBook Arquitetura Sustentável. Escrito pela nossa diretora, a arquiteta Juliana Rangel, em colaboração com as arquitetas Danielle Garcia e Francine Vaz.

Neste eBook você entenderá os 15 princípios básicos para alcançar projetos verdadeiramente sustentáveis, e as vantagens da construção sustentável.

Baixe aqui o seu Ebook Arquitetura Sustentável

Os benefícios da arquitetura sustentável são inúmeros, não só ambientais mas também econômicos e socioculturais.

– As vantagens ambientais em se construir sustentável são evidentes, destacando a redução do consumo de água e energia, a diminuição do uso racional de recursos naturais e da geração de resíduos e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

-Construções sustentáveis garantem o retorno financeiro do investimento a médio prazo e a economia dos custos operacionais do empreendimento.

-O ambiente arquitetônico também afeta diretamente a todos nós, pois passamos a maior parte do nosso tempo em espaços construídos.

Por isso é fundamental que todos os arquitetos conheçam e apliquem os princípios da arquitetura sustentável, para a construção de ambientes ecologicamente corretos, confortáveis e saudáveis.

Baixe aqui o seu Ebook e saiba mais sobre esse tema tão importante!

MAIS DE 10 MIL PESSOAS JÁ LERAM O NOSSO EBOOK. 🙂

ebook ARQUITETURASUSTeNTÁVEL

Conheça também o nosso Curso Arquitetura Sustentável Online – 15 passos para transformar seus projetos: um treinamento COMPLETO passo a passo para alcançar projetos verdadeiramente sustentáveis.

.

Sobre as autoras do Ebook Arquitetura Sustentável : 15 Princípios Básicos:

Juliana Rangel: Sócia Fundadora da SustentArqui. Arquiteta e Urbanista, formada pela UFRJ-1999. Especializou-se o em Arquitetura Sustentável pela Universitat Politècnica de Catalunya UPC-Barcelona, ES em 2008 e em bioarquitetura pelo Instituto de Tecnologia Intuitiva e Bio-Arquitetura – Tibá.

Danielle Garcia: Arquiteta e Urbanista formada pelo Centro Universitário Metodista Bennett, especialista em Edifícios Sustentáveis: Projeto e Performance pela Universidade Católica de Petrópolis. Conquistou a credencial LEED AP BD+C em 2011, mas atua no mercado de green buildings desde 2009.

Responsável direta por certificações de edificações de grande visibilidade como o Museu do Amanhã (vencedor do prêmio internacional MIPIM na categoria Edifício Verde Mais Inovador – LEED® Gold), a Biblioteca Parque Estadual (LEED® Gold), o Hotel Grand Hyatt Rio de Janeiro (LEED® Certified), entre outros. Atualmente é sócia diretora da Chromati.

Francine Vaz: Arquiteta e Urbanista, formada pela UFRJ. Master of Science em Architecture, Energy and Sustainability pela London Metropolitan University. Especialista em Gestão de Negócios Sustentáveis pela UFF. Formada em Gestão de Projetos pela FIA-SP – Fundação Instituto de Administração. LEED® AP BD+C e ID+C.

Atualmente é consultora de sustentabilidade da empresa CTE, com 7 anos de experiência em consultoria green building, 10 anos de experiência em coordenação de projeto com equipes multidisciplinares e tipologias diversas e participou da certificação LEED de mais de 80 projetos.

Baixe aqui o seu Ebook

Benefícios das árvores para as cidades e pessoas

Todo mundo sabe que as árvores são importantes para o nosso meio ambiente. Mas você conhece todos os benefícios das árvores para as cidades e para as pessoas?



10 Benefícios das árvores para as cidades e pessoas:

– Absorvem o gás carbônico (CO2) e liberam oxigênio

– Aumentam a biodiversidade

– Diminuem os efeitos das ilhas de calor urbano

– Absorvem a água da chuva, diminuindo os riscos de enchentes

– Embelezam a cidade

– Oferecem sombra e diminuem a temperatura das cidades

– Diminuem a poluição sonora das cidades

– Diminuem a poluição, pois ajudam a filtram o ar

– Diminuem o nível de estresse das pessoas

– Enfim, melhoram a qualidade do ar das cidades e a qualidade de vida das pessoas

beneficios das arvores

Por todos esses benefícios das árvores, a ONU (Organização das Nações Unidas), recomenda que uma cidade tenha pelo menos 12 metros quadrados de área verde por habitante.

A poluição do ar aumenta o risco de doenças respiratórias crônicas, havendo estudos que a associam ainda às doenças cardiovasculares e ao câncer. As ondas de calor nas zonas urbanas também fazem milhares de vítimas, por ano.

Vários estudos têm demonstrado que o arvoredo urbano pode ser uma solução eficaz em termos de custos para ambos estes problemas.

Relacionado: Plantar árvores nas cidades devia ser usado como estratégia para a melhoria da saúde pública 

Um relatório, realizado pela organização The Nature Conservancy, os cientistas defendem que as árvores urbanas são uma importante estratégia para a melhoria da saúde pública nas cidades, devendo ser financiadas como tal.

Outros trabalhos também têm mostrado que as árvores urbanas têm um valor monetário significativo.

Segundo um estudo do Serviço Florestal dos EUA, cada $1 gasto para plantar árvores nas cidades tem um retorno de cerca de $5,82 em benefícios públicos.

Cuidados ao plantar árvores nas calçadas:

– Evitar espécies com frutos grandes, pois pode ser perigoso se cair em pessoas.

– Evitar espécies com espinhos e tóxicas

– Evitar espécies necessitam de poda freqüente

– Evitar espécies que tenham raízes agressivas

– Deixar uma área permeável em volta da árvore para o correto desenvolvimento da mesma

– Procurar por espécies nativas

World Green Building Week 2018 – foco em residências sustentáveis

A World Green Building Week é um evento online e gratuito, organizado pelo GBC Brasil, que discutirá a sustentabilidade no mercado residencial da construção. As palestras acontecerão entre os dias 25 a 28 de setembro.

Confira os principais temas que serão abordados na World Green Building Week 2018:

World Green Building Week 2018 residencias sustentáveis

 

A sócia fundadora do SustentArqui, Juliana Rangel, estará presente no evento ministrando uma palestra sobre residências saudáveis, no dia 26 de setembro, junto com as arquitetas Danielle Garcia da Chromati Arquitetura, e a Francine Vaz do CTE.

palestra lares saudáveis - world greenbuilding week
Arquitetas Juliana Rangel, Francine Vaz e Danielle Garcia

 

Não perca!

Faça aqui a sua inscrição para a World Green Building Week 2018

 

O GBC Brasil – Green Building Council Brasil – tem como missão transformar a indústria da construção civil e cultura da sociedade em direção à sustentabilidade, utilizando as forças de mercado para construir e operar edificações e comunidades de forma integrada. E, garantir o equilíbrio entre desenvolvimento econômico, impactos sócio ambientais e uso de recursos naturais, contribuindo para melhoria da qualidade de vida e bem-estar das gerações presentes e futuras.

Como as certificações ambientais podem contribuir para a AGENDA 2030

Confira o artigo da arquiteta Mônica Fischer para o GBC Brasil sobre as contribuições das certificações ambientais à AGENDA 2030:

O Fórum Político de Alto Nível sobre desenvolvimento Sustentável da ONU, a partir da constatação que a erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões é o maior desafio global, e um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável do planeta, elaborou, em 2015, o documento Transformando Nosso Mundo: a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável.

Nele são apresentados 17 objetivos detalhados em 169 metas, que funcionam como uma lista de tarefas a serem cumpridas pelos governos, sociedade civil, setor privado e todos cidadãos na jornada coletiva para um 2030 sustentável,sem deixar ninguém para trás.

Nesse sentido, certificações ambientais de edificações são uma importante ferramenta para a transformação da construção civil, setor que responde por grande parte dos impactos negativos ao meio ambiente e que é um elemento fundamental no cumprimento das metas propostas pela agenda.

Através das certificações ambientais consegue-se mensurar, avaliar e mitigar os impactos ambientais da implantação, construção e uso de uma edificação, contribuindo não só para a esfera ambiental do desenvolvimento sustentável, como também a econômica e social, na medida em que gera valor e envolve um grande número de pessoas durante todo o ciclo de vida de um empreendimento.

Um estudo feito pela autora deste artigo, identificou 16 metas da agenda 2030 que podem ser beneficiadas diretamente pela adoção das certificações ambientais LEED e GBC Brasil Casa, durante o projeto, construção e uso de edificações.

– Questões de saúde e bem-estar (meta 3.9):

São beneficiadas pelos incentivos às soluções alternativas de transporte, como o caminhar, o uso da bicicleta e do transporte público, promovidas como meio de redução da poluição do ar por veículos automotores. Também beneficiam a meta, as ações promovidas durante a obra, como os planos de prevenção da poluição do ar por materiais particulados e controle da erosão do terreno.

Quanto à qualidade do ar interior da edificação, as certificações incentivam o uso de materiais de construção de baixa ou nenhuma emissão de contaminantes que possam causar lesão, desconforto ou mal-estar aos operários da construção e aos futuros usuários.

– Educação de qualidade (meta 4.4)

O GBC Brasil contribui na busca por educação de qualidade (meta 4.4), na medida em que inclui em sua certificação, oportunidades de desenvolvimento profissional e pessoal aos funcionários que participam da obra, propondo cursos relacionados a atividades da construção, alfabetização, inclusão digital entre outros.

Conheça os cursos online sobre o LEED e o Referecial GBC Casa e condomínios do GBC Brasil

– Gestão sustentável da água(metas 6.3 e 6.4)

As certificações contribuem com a gestão sustentável da água(metas 6.3 e 6.4), já que promovem estratégias como a redução de superfícies impermeáveis, a manutenção de áreas verdes no terreno, o uso de adubos orgânicos e controle não-tóxico de pragas como forma de manter a qualidade da água pluvial e não impedir sua infiltração no lençol freático.

Para a redução da demanda do consumo da água, incentivam a adoção de dispositivos hidrossanitários de alta eficiência, práticas de irrigação eficientes no paisagismo, o controle do consumo e o reúso da água.

– Eficiência energética(metas 7.2 e 7.3)

Em se tratando de eficiência energética, as certificações incentivam o uso de fontes renováveis de energia como painéis fotovoltaicos, geradores eólicos e painéis coletores para aquecimento da água.

Promovem estratégias passivas de projeto considerando a orientação solar, ventilação, iluminação natural e a zona bioclimática, como forma de reduzir as necessidades energéticas das edificações.

Ainda durante o projeto, medem o desempenho energético dos diversos sistemas da edificação através de simulações por computador, para melhorá-los com tomada de decisões estratégicas. Incentivam também o uso de equipamentos, lâmpadas e eletrodomésticos eficientes e o monitoramento do consumo de energia.


– Trabalho decente (meta 8.3)

Sobre trabalho decente (meta 8.3), o GBC Brasil exige que as empresas construtoras e os fornecedores de materiais e serviços atendam aos requisitos de legalidade, formalidade e qualidade da mão-de-obra.

– Fomento de inovação (meta 9.5)

O tema fomento de inovação (meta 9.5), é abordado nas duas certificações quando incentivam as equipes de projetos a buscarem soluções e estratégias inovadoras não abordadas em seus manuais. Além disso, o LEED incentiva também o atendimento de propostas da sua biblioteca de créditos pilotos.

– Cidades sustentáveis (meta 11.6)

O assunto cidades sustentáveis (meta 11.6) é amplamente abordado nas certificações. Em relação a qualidade do ar, por exemplo, elas incentivam o uso de transportes alternativos como forma de mitigar a poluição proveniente da queima dos combustíveis derivados do petróleo.

Para a redução dos despejos em aterros e incineradores, de resíduos de construção e dos gerados pelos ocupantes da edificação, as certificações incentivam a recuperação, reutilização e reciclagem de materiais, bem como o uso de materiais com conteúdo reciclado.

– Consumo e produção sustentáveis (metas 12.2 e 12.5)

O consumo e produção sustentáveis (metas 12.2 e 12.5), são vistos pelas certificações sobre a ótica da gestão e uso eficiente de recursos naturais e redução da geração de resíduos nas obras, e empregam as mesmas estratégias de uso responsável de materiais, indicadas no item anterior.

Além disso, propõem a revisão de sistemas construtivos e utilização de sistemas modulares, para reduzir a perda de materiais e exige o uso de madeiras certificadas, promovendo o manejo sustentável em toda a cadeia produtiva.

A análise do ciclo de vida de um produto é um ponto abordado nas certificações como forma de entendimento dos seus impactos ambientais, desde a extração até sua disposição no lixo.

– Mudanças climáticas(meta 13.3)

As questões sobre Mudanças climáticas(meta 13.3), são beneficiadas pela promoção do uso de transportes alternativos e o uso de fontes renováveis para geração de energia elétrica e aquecimento da água como forma de mitigar a poluição derivada da queima dos combustíveis fósseis como o petróleo, carvão mineral e o gás natural.

Outras atividades que emitem grande quantidade de CO2 e gases formadores do efeito estufa, como o descarte de resíduos em lixões e o desmatamento das florestas, são combatidas pelas certificações com a correta gestão dos resíduos da construção e o uso de madeiras certificadas, provenientes de espécies nativas legalizadas ou exóticas de rápido crescimento.

– Ecossistemas terrestres(metas 15.1, 15.3, 15.5 e 15.8)

Finalizando com ecossistemas terrestres(metas 15.1, 15.3, 15.5 e 15.8), as certificações ambientais enfatizam a importância da escolha cuidadosa do local de implantação da nova edificação e a preferência em fazê-la em núcleos de desenvolvimento urbanos já consolidados, protegendo terras e diminuindo a pressão em áreas naturais.


Também promovem a preservação de áreas naturais existentes com a restauração e conservação de plantas nativas, habitat de animais selvagens, zonas úmidas e corpos d’água. Inibem o desmatamento de florestas através do incentivo do consumo de madeiras certificadas.

Muito importante ressaltar que, o LEED Homes e o GBC Brasil Casa incentivam o uso de espécies de plantas nativas do ecossistema local e adotam como pré-requisito a não utilização e retirada de espécies de plantas invasoras no paisagismo do empreendimento, como forma de proteger a biodiversidade nativa.

Por Mônica Fischer

Arquiteta e Urbanista, especialista em construções sustentáveis, consultora GBC Brasil Casa.

Baseado em seu artigo ANÁLISE DA CONTRIBUIÇÃO DAS CERTIFICAÇÕES AMBIENTAIS AOS DESAFIOS DA AGENDA 2030 publicado na Revista Internacional de Ciências da UERJ, 2018. (http://www.e-publicacoes.uerj.br/ojs/index.php/ric/article/view/30754)

Fonte: GBC Brasil

Sustentabilidade na arquitetura: o que ela pode representar para projetos arrojados?

Veja como a sustentabilidade na arquitetura pode te ajudar a contribuir com a preservação e o bem-estar do mundo em que vivemos

Um projeto arquitetônico sustentável busca reduzir, ou evitar completamente, o esgotamento de recursos críticos como energia, água, terra e matérias-primas; prevenir a degradação ambiental causada por instalações e infraestruturas; e construir ambientes que sejam habitáveis, confortáveis, seguros e produtivos.

Edifícios usam recursos (energia, água, matérias-primas, etc.), geram resíduos, emitem gases para a atmosfera potencialmente prejudiciais e mudam fundamentalmente a função do terreno e a capacidade desse terreno de absorver e capturar água do solo.

Proprietários de prédios, arquitetos e construtores enfrentam desafios únicos para atender às demandas por instalações novas e renovadas que sejam acessíveis, seguras, saudáveis e produtivas, minimizando os impactos negativos para a sociedade, o meio ambiente e a economia.

Além de incluir conceitos de arquitetura sustentável em novas construções, os defensores da sustentabilidade geralmente incentivam a modernização de edifícios existentes em vez de construir novos. Essa ação pode muitas vezes ser mais rentável do que construir uma nova instalação.

Projetar grandes reformas e modernizações para que os edifícios existentes incluam atributos de projetos sustentáveis reduz os custos de operação e os impactos ambientais e pode aumentar a resiliência dos edifícios.

A “energia incorporada” do edifício existente (um termo que expressa o custo dos recursos em trabalho humano e materiais consumidos durante a construção e uso do prédio) é desperdiçada quando se permite que a edificação se decomponha ou seja demolida.

sustentabilidade na arquitetura
Crédito da imagem: Scott Webb/Pexels

E, embora a definição de arquitetura sustentável evolua ao longo do tempo, seis princípios fundamentais persistem. Abaixo, veja cada um deles e saiba o que a sustentabilidade na arquitetura pode representar para projetos arrojados.

1. Otimiza o potencial da edificação

A criação de edifícios sustentáveis começa com a seleção adequada do local, incluindo a consideração da reutilização ou reabilitação de edifícios existentes. A localização, orientação e paisagismo de um edifício afetam os ecossistemas locais, os métodos de transporte e o uso de energia.

Incorporar princípios inteligentes de crescimento ao processo de desenvolvimento do projeto de imóveis à venda é importante tanto se estamos falando de um único prédio, um campus ou um grande complexo.

A segurança física é um problema crítico na otimização do design do prédio, pois inclui ruas de acesso, estacionamento, barreiras de veículos e iluminação de perímetro. Seja projetando um novo edifício ou reformando um edifício existente, a arquitetura do local deve integrar-se a um design sustentável para alcançar um projeto bem-sucedido.

O local de um edifício sustentável deve reduzir, controlar e/ou tratar o escoamento de águas pluviais. Se possível, esforce-se em apoiar a flora e fauna nativas da região no desenho da paisagem dos seus imóveis.

2. Otimiza o uso de energia

Com a demanda cada vez maior de recursos de combustíveis fósseis e preocupações crescentes sobre a independência e segurança energética, e com os impactos das mudanças climáticas globais se tornando mais evidentes, é essencial encontrar maneiras de reduzir a carga de energia, aumentar a eficiência e maximizar o uso de fontes renováveis nos seus imóveis à venda.

Melhorar o desempenho energético dos edifícios existentes é importante para aumentar a nossa independência energética. Organizações governamentais e do setor privado estão se comprometendo cada vez mais com a construção e operação de prédios com energia zero para reduzir significativamente a dependência de combustíveis fósseis.

3. Protege e preserva os recursos hídricos

Em muitas partes do Brasil, a água doce é um recurso cada vez mais escasso.

Como a construção modifica fundamentalmente a função ecológica e hidrológica das terras não construídas, um edifício sustentável deve procurar minimizar a cobertura impermeável criada, por meio de práticas que possam reduzir esses impactos usando água de maneira eficiente e reutilizando ou reciclando água para uso local, quando possível.

O esforço para levar água potável para as nossas torneiras domésticas consome enormes recursos energéticos em bombeamento, transporte e tratamento.

Muitas vezes, substâncias químicas potencialmente tóxicas são usadas para tornar a água potável, além de que os custos ambientais e financeiros do tratamento de esgoto são muito significativos.

É por isso, portanto, que vale a pena nós nos utilizarmos da sustentabilidade na arquitetura e na construção de complexos de casas e apartamentos.

4. Otimiza o espaço de construção e o uso de materiais

Enquanto a população mundial continua a crescer (para mais de 9 bilhões até 2050), o consumo de recursos naturais continuará a aumentar e a demanda por bens e serviços adicionais continuará a reduzir os recursos disponíveis.

É essencial obter um uso integrado e inteligente de materiais que maximizem o valor do prédio, evitem a poluição desenfreada e preservem os recursos naturais.

Os materiais utilizados em um edifício sustentável minimizam os impactos ambientais do ciclo de vida de um prédio, como o aquecimento global, o esgotamento de recursos e a toxicidade.

Os materiais ambientalmente preferíveis reduzem os impactos na saúde humana e no meio ambiente e contribuem para melhorar a segurança e a saúde dos trabalhadores e para reduzir os custos de descarte.

5. Melhora a qualidade ambiental interna

A qualidade ambiental interna de um edifício tem um impacto significativo na saúde, conforto e produtividade dos ocupantes.

Entre outros atributos, um edifício sustentável maximiza a iluminação natural, tem ventilação e controle de umidade apropriados, otimiza o desempenho acústico e evita o uso de materiais com emissões de Compostos Orgânicos Voláteis (COVs).

Os princípios da qualidade ambiental interna também enfatizam o controle dos ocupantes sobre sistemas como iluminação e temperatura, sendo por isso muito utilizados ultimamente em apartamentos para vender em Florianópolis.

6. Otimiza as práticas operacionais e de manutenção

Considerar questões operacionais e de manutenção de um edifício durante a fase de projeto preliminar de uma instalação contribui para a melhoria dos ambientes de trabalho, para uma maior produtividade, para a redução de custos de energia e de recursos e para a prevenção de falhas no sistema estrutural.

Incentive os operadores de edifícios e o pessoal de manutenção a participar das fases de projeto e desenvolvimento, a fim de garantir operações e manutenção ideais do edifício e de seus recursos, como instalações de águas pluviais projetadas para reduzir o impacto do edifício sobre o solo.

Recrute, desenvolva e treine o pessoal de manutenção para operar edifícios de alto desempenho cada vez mais sofisticados.

Arquitetos podem especificar materiais e sistemas que simplifiquem e reduzam os requisitos de manutenção; que requeiram menos água, energia e produtos químicos/tóxicos; e que sejam rentáveis e reduzam os custos do ciclo de vida da edificação.

E aí, já sabia de todos esses benefícios que a sustentabilidade na arquitetura pode proporcionar tanto a projetos simples quanto aos arrojados? Compartilhe o post nas redes sociais e incentive esses cuidados extras com a natureza e com o meio em que vivemos!



Inmetro prorroga consulta pública sobre eficiência energética em edificações

O Inmetro prorrogou até o dia 15 de outubro o prazo para recebimento de contribuições para a consulta pública sobre eficiência energética em edificações, que visa discutir a proposta de aperfeiçoamento do Regulamento Técnico da Qualidade (RTQ). para edifícios comerciais, de serviços e públicos.

Dentre as principais alterações propostas neste aperfeiçoamento, destacam-se:

· Introdução de novos métodos de avaliação do nível de eficiência energética de edificações (método simplificado e de simulação), que buscam aproximar ainda mais os resultados da avaliação do consumo real das edificações;

· Melhorias no formato das etiquetas, que passam a fornecer um conjunto complementar de informações e indicar os consumos de energia por uso final (iluminação, condicionamento de ar, água quente, etc.);

· Introdução de novas tipologias de edificações (escritórios, educacionais, hospedagem, hospitalares, etc.);

· Introdução da abordagem de energia primária, que possibilita integrar diferentes fontes de energia (elétrica, térmica, gás, solar, etc.) na avaliação do desempenho energético da edificação;

· Melhoria do indicador de desempenho, que passa a comparar a edificação com suas características reais à mesma edificação, adotando-se condições de referência, dentre outras alterações.

De forma comparativa em relação ao ato normativo anterior (Portaria Inmetro nº 372/2010), podem ser destacadas as seguintes mudanças:

Inmetro prorroga consulta pública sobre eficiência energética em edificações tabela

 

Após o término da consulta pública sobre eficiência energética em edificações, o Inmetro entrará em contato com as entidades que tenham manifestado interesse na matéria para que indiquem representantes nas discussões posteriores, visando à consolidação do texto final.

O documento com a proposta completa pode ser acessado no link: http://www.inmetro.gov.br/legislacao/rtac/pdf/RTAC002520.pdf .

Já as contribuições, devem ser encaminhadas no formato da planilha modelo disponibilizada em http://www.inmetro.gov.br/legislacao/ para o e-mail dipac.consultapublica@inmetro.gov.br , ou por correspondência para o endereço abaixo:

Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro

Diretoria de Avaliação da Conformidade – Dconf

Rua Santa Alexandrina n.º 416 – 5º andar – Rio Comprido

CEP 20.261-232 – Rio de Janeiro – RJ

Terra Brasil 2018 – Congresso de Arquitetura e Construção com Terra no Brasil

Entre os dias 30 de outubro e 02 de novembro de 2018 acontecerá o VII Congresso de Arquitetura e Construção com Terra no Brasil – Terra Brasil 2018 – com o tema “Território e Trabalho: a produção da arquitetura com terra no Brasil”.

Ao trabalhar o tema Território e Trabalho: a produção da arquitetura com terra no Brasil, pretende-se trazer luz a algumas questões de vital importância. O cenário atual é de forte crise econômica, social e política, e é justamente em momentos críticos como este que se deve, analisando conjunturas, propor novas formas de operar para transformar nossa realidade.

Relacionado: Conheças as vantagens da construção com terra

No que tange a Arquitetura de Terra é de fundamental importância que se reflita sobre a produção dos espaços (tanto nas cidades como no campo) para que a inserção das técnicas estejam em consonância com as demandas do meio.

terra brasil congresso de arquitetura ecologica

 

 

Discutir território e trabalho na produção da arquitetura com terra significa:

– Intensificar a reflexão sobre geografia, antropologia, economia e política como bases para se desenvolver tecnologia.

– Abrir campos de trabalho que considerem como pesquisa o lugar e a sociedade, como disparadores da reflexão sobre novos modos de construir, habitar e se relacionar.

– Aprofundar as compreensões a cerca do mundo do trabalho dentro da produção das arquiteturas de terra.

– Fomentar as reflexões a respeito das técnicas e tecnologias, como interfaces entre o mundo rural e urbano, entre as tradições e a contemporaneidade.

– Ampliar a territorialidade e as fronteiras de atuação, focando na busca de soluções para desafios sociais, culturais e financeiros já conhecidos, além da produção, do trabalho e do consumo da arquitetura e construção com terra.

– Envolver a sociedade, o poder público, os produtores e possíveis consumidores de arquitetura de terra no Brasil no debate sobre novos territórios, além dos limites fronteiriços hoje conhecidos, para os trabalhos da construção e arquitetura de terra.

 

Este evento, organizado pela Rede Terra Brasil de Arquitetura e Construção com Terra, acontecerá na cidade do Rio de Janeiro – RJ, com o apoio da Universidade Santa Úrsula, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

​Para possibilitar a análise das conjunturas atuais e propor novas formas de operar e transformar a arquitetura e construção com terra, esta edição acontecerá mediante dinâmicas interativas. Assim, cada dia terá um tema específico, a saber: território e trabalho; matéria e material; técnica, tecnologia e arquitetura; futuro da arquitetura e da construção com terra no Brasil.

Tais dinâmicas se desenvolverão por meio de palestras, mesas redondas e grupos de trabalho.

A intenção é de suscitar debates e propiciar propostas concretas entre os participantes, profissionais, pesquisadores, interessados, atores políticos, membros de comunidades, entre outros.

Oficinas de práticas construtivas acontecerão ao longo do evento, possibilitando uma experimentação com uma duração maior, e permitindo um intercâmbio entre práticas e debates, experimentações e propostas, reflexões e materializações.

 

OFICINAS DE PRÁTICAS CONSTRUTIVAS DO TERRA BRASIL 2018

Ao longo do evento serão realizadas diversas oficinas práticas relacionadas às técnicas construtivas com terra mais correntes no Brasil. Dentre elas teremos:

– Ensaios de laboratório;

– Teste Carazas / Testes de terreno;

​- Adobe;

– Técnicas mistas;

– Taipa de pilão;

– Bloco de terra comprimida (BTC);

– Terra ensacada;

– Revestimentos de terra;

– Tintas de terra.

terra brasil
Foto: Divulgação

EXPOSIÇÕES DO TERRA BRASIL 2018

Será realizada a exposição de trabalhos no formato de pôster, intitulados Projetos & Obras (P&O), com a apresentação de: projetos, obras, casos de estudos, resultados de investigações ou outras atividades relacionadas à produção de arquitetura e construção com terra.

As apresentações deverão conter informações basicamente visuais (croquis, desenhos técnicos, fotografias, etc.) e descritivas (contexto, materiais construtivos, técnicas utilizadas, etc.).

 

MESAS REDONDAS E GRUPOS DE TRABALHO

Serão compostas diferentes Mesas Redondas que contarão com profissionais, pesquisadores, atores políticos, membros de comunidades, entre outros, que estarão suscitando debates em torno de diferentes temáticas. Articulados a estas mesas redondas serão montados Grupos de Trabalhos com o intuito de ampliar a discussão e aprofundar os diálogos sobre os temas propostos, a saber:

– Território e trabalho;

– Matéria e material;

– Técnica, tecnologia e arquitetura;

– Futuro da arquitetura e da construção com terra no Brasil.

 

PALESTRAS DO TERRA BRASIL 2018

Diversos profissionais e pesquisadores da construção com terra, do Brasil e do exterior, estarão presentes com o intuito de expor experiências, reflexões e perspectivas com relação à produção da arquitetura e construção com terra.

 

FAÇA AQUI A SUA INSCRIÇÃO PARA O TERRABRASIL 2018

Vencedores do Concurso Estudantil de Projetos Sustentáveis do SILABAS

Em sua 1a edição, o Concurso Estudantil de Projetos Sustentáveis do SILABAS teve o objetivo de fomentar a participação de estudantes de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil nas temáticas relacionadas à bioconstrução, arquitetura vernacular e eco soluções.

A premiação foi entregue durante o 3º SILABAS – Simpósio Latino-Americano de Bioarquitetura e Sustentabilidade, onde estudantes de diversas universidades apresentaram os projetos do concurso com a temática de projetos de interesse social utilizando os preceitos da permacultura e arquitetura de baixo impacto ambiental.

Sabe-se construção civil é uma das atividades que mais geram resíduos e degradação e deste fato surge a urgência em promover mudanças que vão desde a pesquisa de materiais e técnicas mais “verdes” até a observância das formas de construir de nossos antepassados e sociedades tradicionais.

Acreditando que estas mudanças podem vir a partir da educação e reeducação daqueles que atuam na construção civil, a comissão organizadora do SILABAS decidiu lançar o Concurso Estudantil de Projetos Sustentáveis voltado para estudantes de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil.

Tendo em vista que a arquitetura sustentável ainda é bastante elitizada e poucos são os empreendimentos de interesse social que apresentam alguma busca por eficiência energética, este concurso pretende reconhecer e premiar projetos que apresentem boas ideias e soluções sustentáveis para unidades de habitação social.

Critérios como conforto, inovação e viabilidade econômica foram avaliados, sempre sob a ótica da sustentabilidade.

1o Lugar – Alunos da Universidade Estácio de Sá

O primeiro lugar do concurso ficou para os alunos da Universidade Estácio de Sá – Campus Tom Jobim, o trabalho orientado pela Prof. Eliane Silva Barbosa.

O grupo foi composto pelos alunos Ana Luíza de Andrade Brito Sumar, Gabriel Nasra Tunes, Gabrielly Paula da Silva Ribeiro, Isadora Ferraz Faria Canil e Tatiane da Silva Pereira.

Vencedores do Concurso Estudantil de Projetos Sustentáveis
Vencedores do Concurso Estudantil de Projetos Sustentáveis
Vencedores do Concurso Estudantil de Projetos Sustentáveis
Vencedores do Concurso Estudantil de Projetos Sustentáveis
O grupo de alunos da Universidade Estácio de Sá ficou com o primeiro lugar e um prêmio em dinheiro

Acesse o trabalho completo do primeiro lugar neste link.

2o Lugar – Alunos da UNICAMP.

O trabalho orientado pela Prof. Vanessa Gomes da Silva e executado pelos alunos Alessandra Silva, Andrey Marcondes, Camila Torato, Bárbara Maia e Hannah Komuro intitulado “Duo Casa” foi também considerado uma excelente solução.

Vencedores do Concurso Estudantil de Projetos Sustentáveis
Vencedores do Concurso Estudantil de Projetos Sustentáveis
Alunos da UNICAMP ficaram em segundo com o “Duo Casa”

O projeto completo pode ser acessado aqui

3o Lugar – Alunos da UNOPAR – Campus Nova Friburgo – RJ.

O trabalho orientado pelo Arquiteto Túlio Eduardo de Souza Rezende e executado pelos alunos Felipe Feitosa Lorenção, Sulane de Castro Oliveira e Thamara Nogueira de Lima Ribeiro. O projeto de uso misto, residencial/comercial coloca as moradias sociais na área central da cidade.

Vencedores do Concurso Estudantil de Projetos Sustentáveis
Vencedores do Concurso Estudantil de Projetos Sustentáveis
Alunos da UNOPAR – Campus Nova Friburgo em terceiro lugar no concurso SILABAS 2018

Os alunos receberam um prêmio em dinheiro além de certificado de Menção Honrosa assinado pelo Arquiteto Descalço, o holandês Johan Van Lengen fundador do TIBÁ, Nilson Dias, gerente de projetos do Instituto Pindorama e pela Arquiteta Myrtes Marcelle do SEBRAE-RJ. Na solenidade o Arquiteto Tomaz Lotufo da Des_Escola de Arquitetura entregou os certificados junto com Aline Barreto do SEBRAE-RJ.

O trabalho completo pode ser acessado neste link.

A próxima edição do Concurso Estudantil de Projetos Sustentáveis será em Setembro de 2019 durante o 4º Simpósio Latino-Americano de Bioarquitetura e Sustentabilidade.

Mais informações serão divulgadas em momento oportuno para os estudantes que se cadastrarem neste link: https://conteudo.pindorama.org.br/pre-inscricao-silabas

Fonte: Festival da Sustentabilidade

Iluminando a comunidade – parceria instala postes ecológicos em bairro carente

Iluminando a comunidade é uma parceria da Eletropaulo com o Litro de Luz, instituição que desenvolve soluções sustentáveis para combater a falta de iluminação nas cinco regiões do Brasil.

Sábado passado, dia 1º de setembro, foram instalados 20 postes sustentáveis na comunidade Boulevard da Paz, localizada no bairro do Campo Limpo, em São Paulo.

Relacionado: Poste sustentável é criação vencedora de prêmio 

Ao todo, cerca de 70 pessoas estiveram envolvidas na iniciativa, sendo 40 voluntários da distribuidora e 15 do Litro de Luz, além dos moradores da comunidade.

O objetivo da instituição é levar energia para regiões carentes, por meio de soluções ecológicas e economicamente sustentáveis.

“No caso desta comunidade, alguns locais não têm iluminação pública, como o campo de futebol. Então, ao levarmos iluminação, garantimos segurança e qualidade de vida para a população. Estimamos 350 pessoas beneficiadas”, diz Fabrizio Bopp Panichi, gerente de sustentabilidade da Eletropaulo.

iluminando a comunidade litro de luz

iluminando a comunidade litro de luz

O poste é feito com garrafa PET, painel solar, bateria, LED e canos PVC, gerando iluminação por meio de energia solar fotovoltaica, que tem menor custo e é ecologicamente sustentável. A estrutura possui um circuito que acende e apaga a luz de acordo com a claridade do ambiente.

“Por meio das soluções do Litro de Luz, a falta de iluminação para guiar os moradores por algumas ruas de Boulevard da Paz será resolvida”, afirma Laís Higashi, presidente do Litro de Luz Brasil. “Nessa grande parceria, buscamos aumentar a qualidade de vida das famílias e oferecer a oportunidade para a comunidade estudar à noite, acordar mais cedo para ir trabalhar, socializar com a vizinhança e as crianças poderem brincar por mais tempo nas ruas”, acrescenta.

Esta foi a segunda edição da “ Iluminando a Comunidade ”, da Eletropaulo. A primeira aconteceu no ano passado, na Vila Moraes, em São Bernardo do Campo, região do ABCD Paulista.

 

Fotos reprodução Facebook Litro de Luz

Casa modular e sustentável – conheça a SysHaus

O renomado arquiteto Arthur Casas junto com uma startup criaram a SysHaus; um modelo sustentável de casa modular altamente flexível, que pode ser montada em menos de um mês.

O modelo de 200 metros esteve recentemente em exposição na edição de São Paulo da Casacor. Lançado por uma startup de engenharia e construção que tem como objetivo criar casas atraentes e ecológicas que podem ser construídas rapidamente e compradas com relativa facilidade.

casa modular e sustentável syshaus

As peças são desenvolvidas exclusivamente com base nas necessidades e especificações de cada projeto, de modo extremamente eficiente e funcional. Não há entulho, não há perdas; os resíduos e desperdícios tendem a zero, e o tempo gasto com a obra é mínimo.

Relacionado: Leaphome: Casa sustentável modular na Itália

A construção pode ser completada em até seis meses, da concepção à entrega das chaves.

casa modular e sustentável syshaus

“A casa SysHaus traz um novo conceito para a vida contemporânea, onde eficiência, praticidade e sustentabilidade não são apenas práticas ideais, mas também eficazes”, disse Studio Arthur Casas em uma descrição do projeto.

Casa modular e sustentável:

A casa modular além de evitar desperdícios, possui vários recursos sustentáveis, um sistema de captura e reutilização de água da chuva e um biodigestor que converte lixo orgânico em gás para uso na cozinha e na lareira, e tomadas para veículos elétricos.

Os compradores podem adicionar também painéis fotovoltaicos, um telhado verde; que ajuda a fornecer conforto térmico e acústico; e tecnologias de smart-home.

A estrutura de pilares, vigas e parafusos de aço dispensa fundação e concretagem. Tudo é encaixado, do piso ao forro. Cerca de 90% dos componentes vêm da fábrica sob medida. Além disso, 100% dos materiais utilizados são recicláveis.

casa modular e sustentável syshaus

Grandes aberturas favorecem a iluminação e ventilação natural, reduzindo o consumo de energia com iluminação e ar condicionado.

casa modular e sustentável syshaus
casa modular e sustentável syshaus

Proporcionar um alto nível de flexibilidade também foi uma preocupação norteadora do design de interiores. 

casa modular e sustentável syshaus

Fotos:  Filippo Bamberghi

Green Spine – O incrível projeto de um arranha-céu verde na Austrália

O escritório de arquitetura holandês UNStudio e o australiano Cox Architecture revelaram recentemente a “ Green Spine ”, a proposta vencedora de um concurso para um novo arranha-céu em Melbourne, na Austrália.

Selecionados entre uma lista de famosos arquitetos, que inclui nomes como BIG e OMA, a UNStudio e Cox Architecture fizeram um projeto cheio de vegetação com 6.191 metros quadrados.

O projeto vencedor está constituído de duas torres com geometrias torcida e  muitos terraços verdes.

Uma torre residencial eleva-se a 356 metros, com um Jardim Botânico no topo, acessível ao público, enquanto a outra torre de hotéis e escritórios tem 252 metros de altura.

Green Spine arranha-céu verde
.
edifício verde
.
Green-Spine-arranha-céu
.

O desenvolvimento de uso misto será integrado ao tecido urbano com uma ampla gama de recursos programáticos e espaços internos e externos.

Green-Spine-arranha-céu
.
Green Spine arranha-céu
.

O espaço paisagístico do Green Spine (Coluna Verde) parece fluir desde o nível da rua   continuamente, envolvendo as duas torres e culminando nos jardins do topo da torre.

Relacionado: Projeto de Jean Nouvel com jardins verticais de Patrick Blanc na Austrália

O térreo abrangerá a maioria dos espaços de uso misto e estará aberto tanto para os moradores quanto para a comunidade em gerali ncluindo um mercado, lojas e áreas de entretenimento

Green Spine arranha-céu verde

“Esta espinha multifacetada é criada pela divisão aberta da massa única potencial em seu núcleo, formando assim duas estruturas distintas e fazendo com que elas revelem os estratos quase geológicos de suas camadas centrais à medida que se elevam acima de um cânion cheio de luz” explica o UNStudio.

Green Spine arranha-céu sustentável

Sustentabilidade

Espera-se que a vegetação do Green Spine mitigue o efeito de ilha de calor urbana, absorva o ruído e combata a poluição do ar.

O arranha-céu verde será construído com materiais e plantas locais e nativas da Austrália.

As fachadas de vidro de alto desempenho dos edifícios seguem estratégias de design passivo, enquanto as aletas de sombreamento externas controlam o ganho solar.

O uso de energia e água também será minimizado sempre que possível.

Green Spine arranha-céu verde
Atelier Ten’s sustainability benchmarks
Green Spine arranha-céu verde
arranha-céu verde

6° Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura ‒ Habitat Sustentável

O 6° Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura ‒ Habitat Sustentável é uma iniciativa do Grupo Saint-Gobain e tem a finalidade de reconhecer e premiar projetos de arquitetura que se destacaram em soluções para o conforto do ambiente, além de mobilizar profissionais e estudantes que acreditam que a construção civil exerce significativa contribuição para a sustentabilidade do setor e bem-estar dos usuários.

Relacionado: Casa Terra: projeto inovador vence o prêmio Saint Gobain 

O prêmio ainda incentiva o uso de tecnologias e soluções inovadoras, e a correta especificação de produtos e processos construtivos.

Para a Saint-Gobain, o habitat deve proporcionar qualidade de vida e bem-estar aos usuários.

O grupo acredita fortemente em soluções construtivas que promovam o conforto do ambiente, com soluções que garantam a economia de energia, o equilíbrio da iluminação natural e artificial, o conforto térmico e acústico, e ambientes adaptados às necessidades de cada etapa da vida do usuário, sem abrir mão do cuidado com a saúde.

Os diversos confortos de uma edificação ‒ térmico, acústico, visual, modular e de saúde ‒ são temas centrais do 6° Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura, aliados ao uso da inovação e sustentabilidade das soluções construtivas.

 

Categorias:

Profissionais e estudantes

 6° Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura ‒ Habitat Sustentável

RESIDENCIAL
Projetos ou edificações de uso residencial, unifamiliar ou multifamiliar, ou de uso misto (comercial e residencial), cujo uso predominante seja residencial.

COMERCIAL
Projetos ou edificações de uso exclusivamente comercial ou de serviços: instalações industriais ou edificações de uso misto (comercial e residencial), cujo uso predominante seja comercial.

INSTITUCIONAL
Projetos ou edificações institucionais, como aeroportos, terminais rodoviários, ferroviários e hidroviários, hospitais, escolas, órgãos públicos, museus, centros esportivos, religiosos e de lazer, entre outros.

 

Premiação:

São mais de R$ 280 mil em prêmios e uma viagem internacional. *Consulte o regulamento.

 

As inscrições são feitas através do site: http://www.premiosaintgobain.com.br/

Prazo de inscrição: até às 23h59 do dia 30 de Outubro de 2018 (horário de Brasília).