Por que Los Angeles está pintando as ruas de branco?

Los Angeles, assim com outras cidades do mundo, sofrem com o efeito da ilha de calor urbano. Para combater a cidade está pintando as ruas de branco.

A região é um dos únicos lugares nos Estados Unidos onde as mortes relacionadas ao calor ocorrem também durante o inverno. Este risco de saúde pública só deverá piorar à medida que as mudanças climáticas ganharem força nas próximas décadas.

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Localizado em um vale do deserto e dominado por estradas de asfalto, LA é extremamente vulnerável – e, felizmente, inovadora.

los angeles pintando as ruas de branco

A extensa paisagem urbana com cerca de 4 milhões de pessoas (mais de 13 milhões na área metropolitana) está pintando as ruas de branco, na esperança de fazer de LA um lugar mais agradável para viver.

A pintura de cor clara chamada  CoolSeal, já produziu resultados positivos no teste em um estacionamento em San fernando. “Descobrimos que, em média, a área coberta no CoolSeal é 10 graus mais fria do que o asfalto preto no mesmo estacionamento”, disse Greg Spotts, diretor assistente do Bureau of Street Services do Vale de San Fernando, um dos pontos mais populares da Grande LA.

O revestimento, que custa US $ 40.000 por milha e dura sete anos, será aplicado em algumas ruas em um programa piloto antes de ser aplicado em toda a cidade.

Espera-se que ruas mais frescas resultem em casas também mais frescas, o que, por sua vez, diminui os custos da energia e os riscos para a saúde. “Nem todo mundo tem recursos para usar o ar condicionado, então há preocupação de que algumas famílias de baixa renda sofrão, se algo não for feito para contrariar o aumento do calor “, disse Alan Barreca, professor de ciência ambiental da Universidade da Califórnia em Los Angeles.

Uma iniciativa lançada em 2009 estimulou as pessoas a pintarem seus telhados de branco, também levando em conta a propriedade natural das cores claras de refletir os raios solares, dispersando o calor. A Campanha One Degree Less (Um Grau a Menos) foi criada pela ONG Green Building Council

 

Fonte: Inhabitat

Ar condicionado inverter: mais economia e menos danos ao meio ambiente

Ar condicionado inverter pode trazer até 60% de economia, com menos danos ao meio ambiente.

Com as altas temperaturas em grande parte do nosso país, o ar condicionado acaba sendo um dos grandes vilões do consumo de energia dos brasileiros. Principalmente no verão, o uso do aparelho pode representar até metade do valor da conta de luz em residências.

Apesar de ser vilão de consumo, o aparelho é um grande aliado na busca do conforto térmico. Mesmo adotando todas as estratégias arquitetônicas para diminuir as temperaturas no interior das edificações, o uso do ar condicionado na maioria das vezes é inevitável.

Como é inevitável, temos que buscar soluções mais sustentáveis de climatização, e fazer uma boa escolha na hora da compra do aparelho. Os modelos com tecnologia inverter são uma boa opção nesse sentido, pois têm maior eficiência energética e são menos agressivos ao meio ambiente.

O que é a tecnologia do ar condicionado inverter?

A tecnologia Inverter foi criada visando a economia de energia. A grande diferença para os modelos tradicionais é o controle da velocidade do compressor do aparelho, que trabalha com uma rotação uma variável e contínua e não fica ligando e desligando o tempo todo.

Quando a temperatura selecionada é atingida interna o compressor não desliga, ao invés disso sua velocidade é diminuída. Desta forma a temperatura se mantém estável e os picos de voltagem, grande vilões no consumo de energia, não ocorrem.

Vantagens do Ar Condicionado Inverter:

  • Economia:  Pode chegar até a 60% de economia de energia em relação a modelos tradicionais.
  • Menos danos ao meio ambiente: Os modelos inverter utilizam o gás ecológico R-410A ,que não prejudica a camada de ozônio, não é tóxico e nem inflamável.
  • Mais silencioso: Como o compressor trabalha em baixa rotação o ruído da condensadora é bem menor.
  • Maior durabilidade: Como o o motor não fica ligando e desligando o tempo todo, o desgaste do compressor é menor.
  • Rápida climatização: A temperatura desejada é atingida mais rapidamente e se mantém estável sem oscilações.
ar condicionado inverter LG

Os modelos de ar condicionado LG inverter são um dos mais eficientes do mercado. Por exemplo, a  linha Split Smart Inverter Artcool, além de todas as vantagens citadas acima, possui o ionizador ION CAREE e o filtro multiproteção com tecnologia 3MConforto, que eliminam até 99,9% de vírus e bactérias.

ar condicionado inverter LG

Já o Ar Condicionado Multi-Split LG Inverter é um  produto indicado para pequenos escritórios, hotéis e residências maiores. A tecnologia multi tubular permite combinação de até cinco unidades internas, o que possibilita maior flexibilidade de instalação e otimização de espaço físico.

Todos os modelos citados, e outros, são encontrados nas lojas DuFrio, patrocinadora desta matéria.

www.dufrio.com.br

Sustentabilidade Lucrativa: Edificações e Paisagismo Sustentável – Evento

Até o mês de novembro de 2017, o estande da WWF-Brasil no Shopping CasaPark será o palco de seis workshops sobre sustentabilidade lucrativa.

O projeto é resultado de uma parceria entre a WWF-Brasil, o Sebrae no DF e a empresa Spirale Arquitetura e Soluções Sustentáveis e tem o objetivo de promover o compartilhamento de experiências em um evento com formato leve e aberto ao público.

O primeiro da série de seis eventos ocorreu dia 20 de julho, com o tema “Sustentabilidade criativa: design e produção de mobiliários sustentáveis”. Durante uma hora, empresários convidados apresentaram-se para o público, formado principalmente por arquitetos, designers e estudantes de arquitetura, falando de suas experiências em relação à sustentabilidade lucrativa. Entre os convidados, Dimitri Lociks, Aciole Felix, Antônio Carlos Teixeira Lages, Marcelo Bilac e Samuel Lamas, empresários conhecidos no segmento de design de mobiliário.

 

PROGRAMAÇÃO DO SEGUNDO EVENTO
Sustentabilidade Lucrativa: Edificações e Paisagismo Sustentável.

Palestrantes convidados:

· Frederico Rosalino | Engenheiro Civil | Bioestrutura Engenharia | Tema: Estruturas de Madeira e Bambu.
· Mariana Siqueira | Arquiteta e Urbanista | Tema: Projeto Jardins do Cerrado.
· Catharina Macedo e Juliana Garrocho. | Arquitetas e Urbanistas | Spirale Arquitetura Soluções Sustentáveis| Tema: Tendências da Arquitetura mais Sustentável.
· Alexandra Maciel | Arquiteta e Urbanista | Coordenadora de Políticas em Mudança do Clima do MMA | Tema: Integração de Eficiência Energética na Arquitetura.

Público Alvo: empresários do segmento da construção civil e paisagismo que cujas empresas prestem serviços ou forneçam produtos relacionados a arquitetura, design, construção civil, paisagismo, madeira e móveis, energias renováveis, gestão da água, resíduos, entre outros. Além de estudantes das áreas acima.

 

O evento “Sustentabilidade Lucrativa” – Evento quem vem sendo realizado pelo Sebrae DF, tem formato moderno e foco na troca de experiências e na network entre empresários. Trata-se de um workshop em que empresários contam, em palestras rápidas e interessantes, suas trajetórias, seus erros, seus acertos e seus aprendizados – indo desde as boas práticas até a gestão do conhecimento.

· Data: 24 de agosto 2017.
· Hora: 11:00h ás 13:00h – Palestra e brunch para networking.
· Local: Espaço WWF-Brasil no CasaPark.

Maior usina solar urbana do Brasil fica em um supermercado em Goiânia

Maior usina solar urbana do Brasil foi inaugurada recentemente em um supermercado em Goiânia. 

Goiânia é uma das cidades com o melhor potencial para geração de energia solar no Brasil, fica numa região conhecida com “Cinturão do Sol”. Além disso, o estado lançou uma série de medidas promotoras do desenvolvimento da energia solar fotovoltaica e as demais fontes renováveis, chamado Programa Goiás Solar, com o objetivo de transformar o estado em referência nacional no assunto.

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Uma grande rede de supermercados  aproveitou esse potencial e instalou na cobertura de sua nova loja uma planta solar com mais de 2.800 placas fotovoltaicas em uma área de aproximadamente 8 mil m², que geram uma potência máxima de 920 kWp.

maior usina solar urbana do brasil em goiania
Foto: Divulgação/Grupo GPA

A capacidade total da instalação da maior usina solar urbana do Brasil equivale a uma economia de 40% do consumo de energia elétrica da unidade, similar ao que é consumido pelo sistema de ar-condicionado e iluminação de toda a unidade.

Ao longo dos 25 anos, previstos para sua operação, a loja evitará a emissão de quase 3 mil toneladas de CO2, o equivalente a quase 18 mil árvores plantadas e uma economia de R$ 2,6 milhões.

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O Assaí já vem implementando em suas novas lojas um método construtivo que leva em consideração ganhos para o meio ambiente, visando aprimorar sua eficiência energética e a instalação da planta fotovoltaica enfatiza essa vertente da rede.

A companhia já havia inaugurado no início deste ano a sua primeira planta de geração de energia solar distribuída, em uma loja da rede em Várzea Grande, no Mato Grosso (MT), com 303 kilowatts-pico (KWp).

Esperamos que esse exemplo sirva de inspiração para muitos outros empreendimentos.

2º Congresso Nacional de Paisagismo Online

2º Congresso Nacional de Paisagismo Online – CONAPA 2017 busca elevar o tema a um novo nível, abrindo fronteiras e compartilhando conteúdo de qualidade, em meio às transformações e desafios presentes no desenvolvimento do paisagismo no Brasil.

A 2ª edição do CONAPA 2017 será realizada nos dias 4 a 8 de setembro de 2017 com palestras transmitidas gratuitamente pela internet.

Serão 5 dias de congresso onde os principais nomes do setor compartilharão seus conhecimentos e experiências sobre o que há de mais atual e avançado no paisagismo nacional e internacional.

2º Congresso Nacional de Paisagismo

Com palestras técnicas, apresentação de tendências e disseminação de conhecimento, o 2º Congresso Nacional de Paisagismo Online é o ponto de encontro para profissionais que buscam acompanhar as atualidades e os rumos do setor.

Vários temas ligados a sustentabilidade serão abordados no congresso, como: xeropaisagismo, (paisagismo com baixa demanda hídrica e impacto ambiental), gestão das águas no meio urbano e projetos que visam a sustentabilidade, utilização do lixo como material orgânico e vários outros.

Por ser um conteúdo de extrema qualidade, a organização do evento preparou o ACESSO VIP ao CONAPA– 2º Congresso Nacional de Paisagismo. Este será o acesso à plataforma paga onde haverá todas gravações das palestras para poderem ser assistidas a qualquer horário. Além das apresentações e dos áudios das palestras para download, quem adquirir o acesso vip também terá acesso a uma série de bônus exclusivos que foram criados pelos palestrantes e o certificado de participação do evento. Tudo isso por um valor muito acessível:

2º Congresso Nacional de Paisagismo

Confira os palestrantes do 2º Congresso Nacional de Paisagismo:

Marcelo Faisal – Tema: Xeropaisagismo
Eng. Agrônomo, Arquiteto e Urbanista. Paisagista com atuação em projetos públicos e privados de grande visibilidade em todo o território nacional.

Patricia Alvarenga – Tema: Paisagismo funcional em telhados verdes
Bióloga, Paisagista. Pós-graduada em pericia, auditoria e gestão Ambiental. Professora de paisagismo no IBRAP. Parceira no PPStudio Espaços Criativos.

José Antônio Puppim – Tema: Biodiver-Cidades
Engenheiro, Doutor pelo MIT, EUA. Mestre Planejamento Regional e Ambiental pela University Hokkaido, Japão. Professor da FGV.

Gustaaf Winters – Tema: Áreas de lazer para grandes empresas
Biólogo, Paisagista. Diretor do Centro Paisagístico Gustaaf Winters. Palestrante nos principais Congressos de Paisagismo e Floricultura do Brasil.

Carla Pimentel – Tema: Paisagismo, saúde e bem estar
Paisagista, pós-graduada em planejamento e gestão ambiental. Pós-graduada em Urbanismo pela PUC. Premiada pela Casa Cor Minas Gerais e Prêmio Destaques da Engenharia Civil.

Fatima Orlandi Junqueira – Tema: Adubo orgânico e o futuro do lixo
Engenheira e Paisagista Técnica com especialização na Itália.  Mestre em Engenharia do Ambiente pela Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro em Vila Real-Portugal (UTAD).

Luiz Carlos Orsini – Tema: Intuição, criatividade, improviso – a ação do tempo no paisagismo
Paisagista, formado na Escuela de Jardineria y Paisajismo “Castillo de Batres”, em Madrid. Vencedor nos prêmios “Revista Espaço D”. Vencedor dos prêmios “Olga Krell”. Projetou e executou 260.000m² do paisagismo em Inhotim Brumadinho – MG.

José Coutinho – Tema: Gramado adequado para diversas situações
Eng. Agrônomo. Coordenador na World Sports Soluções Esportivas. Responsável pelo atendimento a clubes de futebol, clubes sociais, colégios, condomínios entre outros.

Priscila Vanzo – Tema: Compatibilização de empreendimentos imobiliários e paisagismo
Arquiteta e Urbanista. Coordenadora de compatibilização de projetos na PLATZ CONSULTORIA.

Ricardo Pessuto – Tema: Jardins de Luxo
Eng. Agrônomo, Paisagista. Prêmiado como melhor projeto paisagístico pela obra Jardim Tropical no 7º premio Olga Krell de Decoração e Paisagismo. Participou de diversas mostras Casa Cor pelo Brasil, recebendo o título de melhor projeto paisagistico em 2012, SP.

Patrícia Foroni – Tema: Logística e sucesso no transplante de árvores e palmeiras de grande porte
Administradora de empresas. Coordenadora comercial e operacional da Oficina das Palmeiras, viveiro especializado em produção e transplante de plantas adultas.

Pedro Henrique de Oliveira – Tema: O poder da comunicação no sucesso profissional
Publicitário, diretor de Marketing da revista Paisagismo em Foco e do Anuário de Paisagismo. Proprietário da agência Go Up Publicidade.

Guilherme Castagna – Tema: Reidratando a paisagem urbana com água de chuva
Eng. Civil, Sócio-fundador da Fluxus Design Ecológico. Autor de projetos premiados, incluindo Zumtobel 2010, Von Martius 2013, Saint Gobain 2014.

Ronaldo Luidi – Tema: A importância do 3D no paisagismo
Graduado em Desenho Industrial pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cursou Design de Móveis, Cultura Visiva e Design da Luz no Politécnico de Milão. Especialista em softwares de desenho 3D e representação gráfica para arquitetura, paisagismo, e cenografia.

Raul Cânovas – Tema: A interação entre o arquiteto e o paisagista na concepção dos projetos
Paisagista e escritor. Autor de diversos livros sobre o paisagismo. É conselheiro da ANP e criador do blog jardimcor.com.

 

Fonte: CONAPA 

Uso da taipa de pilão na Austrália e as diferenças para o método tradicional

O uso e o desenvolvimento atuais da taipa de pilão na Austrália, mais precisamente, em experiências vivenciadas e desenvolvidas em Melbourne, estado de Victoria.

A vasta produção de construções com terra atualmente na Austrália tem suas origens na segunda metade do século XIX, quando a taipa se torna uma técnica extremamente popular em inúmeras regiões da Austrália, essa recente produção arquitetônica com terra tem prosperado talvez pela falta de história do uso da terra em construções, o que difere de outros países onde se relaciona ao patrimônio histórico e edificações precárias ou de baixa renda.

“Apesar de existirem outras técnicas em terra neste país, como o adobe, os blocos cortados e as técnicas mistas, é fato que a taipa de pilão predomina na arquitetura contemporânea australiana, resultando em um dos países que mais investiu na regulamentação, na investigação universitária e na implementação atual de inúmeros projetos” (FERNANDES et al., p.20, 2013).

Sobre a produção da taipa de pilão na Austrália:

Para iniciar a discussão sobre a produção da taipa é preciso atentar-se para uma cadeia produtiva que está estruturada em três fatores aqui ressaltados:

  • obtenção do material
  • fabricação da forma
  • expertise dos técnicos e construtores.

Esses últimos dois pontos estão relacionados de modo inextrincável, pois foi a partir da prática de construtores e técnicos que houve o desenvolvimento do sistema construtivo, resultando na alteração da fabricação e concepção das fôrmas, componente central para a produção de paredes em taipa.

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Atualmente, muitos arquitetos e engenheiros australianos já sabem como projetar e calcular para o uso da taipa, o que fomenta e amplia a produção, e consequentemente, possibilita que mais construtores saibam como trabalhar, e mais produtos e equipamentos relacionados a produção da taipa possam se aprimorar para a otimização da produção desta técnica, que pode ser destacado como importante contribuição da prática australiana.

Sobre a obtenção do material de construção, a terra, é importante pontuar que não se restringe apenas àquela presente no canteiro de obras.

Na Austrália os fornecedores de solo e agregados de construção, geralmente empresas com função de fornecer material para pavimentação de vias e rodovias, localizadas nas intermediações entre campo e cidade, são responsáveis também por providenciar material para a produção da taipa.

Essas empresas fornecem diferentes tipos de agregados, geralmente tipos de cascalho, sedimentos de rochas, barro arenoso e argiloso com diversas granulometrias, além de triturarem e reutilizarem concreto e tijolos maciços.

A diversidade e disponibilidade de solos e agregados são fundamentais para a produção e difusão das paredes de taipa.

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Depois de se observar a obtenção do material e ponderar sinteticamente sobre sua execução, concentra-se nas especificidades das formas usadas para a execução das paredes, pois estas são diferentes das destinadas à construção em concreto armado.

Geralmente, as formas em questão são produzidas pelos próprios construtores toda em madeira ou com um esqueleto metálico, conforme se verá de forma detalhada no item a seguir. (Figura 2). Além de uma imagem ilustrativa dos principais instrumentos e ferramentas necessárias para a realização da obra.

uso da taipa de pilão na austrália
Figura 1. Equipamentos necessários para a execução da taipa de pilão com terra estabilizada
(Foto: Oliver Petrovic, 2014). Fonte: arquivo pessoal.
formas metalicas para taipa
Figuras 2 e 3. Fabricação de formas metálicas e utilização das formas na execução (Fotos: Rodrigo Rocha, 2015). Fonte: arquivo pessoal.

Diferenças entre o uso da taipa de pilão na Austrália e o método tradicional:

O método de construção da taipa de pilão na Austrália com terra estabilizada traz alterações importantes se comparada com a técnica tradicional de se construir com terra apiloada.

Destacam-se dois pontos principais: a estabilização da terra e a fabricação das formas, sem contar a compactação mecanizada que confere efetividade e adequação a produção contemporânea.

O procedimento tradicional para a execução de obras em terra compactada é feito a partir de fôrmas de madeira travadas por guias verticais externas, fixas ou móveis, preenchidas com uma mistura de solo com estabilizantes naturais, a argila já presente no solo utilizado ou a cal.

Já a prática australiana além de utilizar cimento como principal estabilizante, utiliza travamento horizontal das fôrmas metálicas, não havendo necessidade do uso de guias externas para seu travamento.

Isso permite ao construtor apiloar o material de fora, sobre plataformas metálicas apoiadas em cantoneiras também metálicas engastadas nas próprias fôrmas.

Essa alteração traz importantes mudanças para o sistema construtivo de taipa de pilão, pois confere agilidade ao processo de construção, possibilitando um trabalho contínuo e eficiente.

Uma outra alteração, em termos estéticos e econômicos, está no fato de que com essas fôrmas as paredes podem ter até 20 cm de espessura, mais esbeltas do que as realizadas pela técnica tradicional, geralmente com um mínimo de 30 cm.

Há também mudança na concepção e desempenho estrutural da parede. Na técnica tradicional a terra apiloada se mantém por seu peso próprio, pois a resistência da parede está na grande inércia de sua massa, sendo assim, resiste apenas aos esforços de compressão.

Já na prática contemporânea a parede de taipa passa a funcionar de outra maneira, ela é resistente a tração, que varia de quando está somente estabilizada com cimento ou ainda armada com barras de aço, o que proporciona um aumento considerável de sua resistência a outros esforços, como veremos a seguir.

Mistura e massa ideais – os tipos de terra e o uso do cimento e da água:
A estabilização da taipa de pilão com o uso de cimento possibilita aplicação em ambientes externos, assim como elimina a necessidade de se rebocar ou revestir a parede.

De acordo com Daniela Ciancio e Christopher Beckett (2015), a quantidade aceitável é de 5% a 15% de cimento, em termos de garantia de esforços estruturais, longevidade, estabilização e capacidade de suportar cargas em compressão.

Segundo Steve Dobson (2015), o teor de umidade é relativo ao tipo de mistura e compactação, objetivando a máxima densidade seca para se garantir uma resistência à compressão de 2,5 a 5 MPa (25 a 50 kgf/cm²), o suficiente para utilizar a Taipa como alvenaria de vedação, de acordo com George Frederick Middleton (1992).

uso da taipa de pilão na austrália
Figura 4. Exemplo de parede curva armada com poliestireno extrudado, resistência térmica de 2,5 m² K/W, viga de Taipa armada com fita de espuma de EPDM expandido com junta de dilatação.
(Fotos: Oliver Petrovic e Rodrigo Rocha, 2014). Fonte: arquivo pessoal.

Os tipos de solos utilizados na Austrália variam de acordo com as necessidades do projeto e da utilização das paredes, de acordo com Middleton G. F (1992) normalmente se utilizam um ou dois tipos de solos, sendo estes com máximo de 2% de matéria orgânica, livre de folhas e gravetos, entre 5 e 20% de argila, incluindo barro e silte, mínimo de 30% de areia e pedras não superiores a 40 mm e um teor de umidade entre 4 e 12%.

Em alguns casos utiliza-se também concreto triturado, assim como tijolos maciços triturados como agregados, materiais provenientes de desperdícios e restos de construções convencionais.

Alguns detalhes de projeto:

Conhecer as possibilidades e saber projetar para Taipa de pilão é essencial para um projeto adequado às necessidades e às capacidades da técnica, que se assemelha ao concreto armado, pois se trata de paredes autoportantes, com propriedades estruturais suficientes para suportar cargas de compressão.

De acordo com Ciancio e Beckett (2015), essa técnica atinge cerca de 1 MPa (10 kgf/cm2) a 47 MPa (470 kgf/cm2), variação dada pela granulometria dos agregados, pressão de compactação e quantidade de cimento e água no traço.
A utilização de perfil metálico em “T” possibilita vãos de até 10 m (figuras 5 e 6). Para vãos com até 4 m sugere-se utilizar apenas dois vergalhões de aço de 12 mm a cada 20 cm na horizontal, conectando as paredes laterais e suportando o movimento de tração da viga (figura 4).

uso da taipa
Figura 5 – Execução de Taipa de pilão sobre viga metálica em “T” e colunas metálicas embutidas.
(Fotos: Rodrigo Rocha e Oliver Petrovic, 2014). Fonte: arquivo pessoal.
uso da taipa de pilão na austrália
Figura 6 – Exemplos de execução de vigas de Taipa acima de vigas metálicas em “T”
(Fonte: Rodrigo Rocha, 2015).Fonte: arquivo pessoal.

Com um projeto executivo finalizado é possível executar as instalações elétricas e hidráulicas dentro das paredes, porém qualquer alteração futura torna-se inviável, como mostra a Figura 7.

Ligações com vigas e pilares estruturais possibilita a terra estabilizada interagir com outros materiais como aço e madeira, assim como com outras técnicas construtivas no caso do concreto armado, conforme ilustra a Figura 8.

uso da taipa
Figura 7. Exemplos de detalhes de instalação elétrica embutida, coluna metálica embutida e contraste com aço corten (Foto: Rodrigo Rocha, 2015) Fonte: arquivo pessoal.
 taipa de pilão na austrália
Figura 8. Exemplos de conexões de piso em madeira e viga metálica para cobertura
(Fotos: Oliver Petrovic, 2014.)Fonte: arquivo pessoal.

Sobre a execução:

A execução pode ser entendida como simples e pode ser descrita de maneira resumida por um sistema construtivo que envolve apenas quatro construtores no canteiro: dois profissionais com experiência em carpintaria, alvenaria e concreto armado, e os outros dois podendo ser iniciantes.

Faz-se necessário ressaltar a importância da etapa de projeto, que define a paginação das formas e distância entre juntas de dilatação, além de resolver detalhes arquitetônicos, conexões estruturais, elétricas e hidráulicas.

De maneira simplificada, a execução da taipa pode ser descrita em duas etapas:

Na primeira etapa é feita a montagem das formas para todo o material de preenchimento ser colocado em camadas, que serão apiloadas até uma altura de 15 a 20 centímetros sucessivamente, até se atingir a altura final da parede.

Percebe-se que a altura das camadas define a quantidade de linhas de compactação, evidentes na face da parede, conforme ilustra a Figura 1.

A segunda etapa ocorre no dia seguinte, quando é realizada a retirada das formas, ou a desforma, que marca o início do processo de cura da parede. Após esta última etapa, não há a necessidade de fazer qualquer acabamento ou impermeabilização de paredes, apesar de ser recorrente a aplicação de duas demãos de hidrofugante transparente em suas faces acabadas.

uso da taipa
Figura 9. Tipos diferentes de terra estabilizada compactada na fachada da construtora
Olnee Constructions (Foto: Rodrigo Rocha, 2015). Fonte: arquivo pessoal.

O tempo de cura da parede vai depender das quantidades de cimento e argila contidas na mistura, assim como condições climáticas locais, estudos comprovam que a taipa de pilão não estabilizada pode levar 2 anos para curar e finalizar a retração, mas com o uso do cimento este tempo diminui para até 30 dias.

Dependendo da quantidade de água na mistura, sugere-se que em épocas ou locais com temperaturas elevadas e umidade relativa do ar baixas, umedecer as paredes nos dias seguintes à desforma, para não ocorrer retrações rápidas e bruscas, o que poderá desencadear fissuras e trincas na parede em função da dilatação da reação química entre os componentes da mistura.

Considerações finais:
O mote deste breve trabalho é o de divulgação de uma possibilidade de se construir com terra atualmente.

Importante frisar que o uso do cimento como estabilizante dificulta o descarte da parede em parte, já que numa cadeia produtiva estruturada, como a australiana, a parede descartada pode ser triturada e reutilizada como agregado para outras finalidades ou mesmo para outras paredes com terra estabilizada.

Espera-se, com este estudo, incentivar a pesquisa e a aplicação desta técnica construtiva no meio acadêmico e profissional, ampliando a utilização da terra crua ou estabilizada como maneira de mitigar o impacto ambiental provocado pela indústria da construção.

Autores do artigo:
Rodrigo Rocha, arquiteto e urbanista, atua como arquiteto projetista na Earth House Australia e Olnee Constructions em Melbourne, Austrália. Graduado pela Escola da Cidade, São Paulo em 2011. Possui formação complementar em Permacultura, PDC realizado na UNESP-Botucatu em 2011.
Pedro Henryque Melo, arquiteto e urbanista, mestrando em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU. Graduado pela Universidade Estadual de Goiás – UEG em 2015. Possui formação complementar em Permacultura, PDC realizado na UNESP-Botucatu em 2011.

Expo Paisagismo Brasil – a feira

A Expo Paisagismo Brasil nasceu da necessidade de atender à crescente demanda de arquitetos, paisagistas e profissionais das áreas de lazer por um evento que reúna soluções inovadoras, conhecimento e novidades do setor, agregando modernidade, sofisticação e charme a seus projetos.

Único evento profissional do setor e palco para debates importantes, a Expo Paisagismo Brasil reúne empresas que oferecem soluções em plantas nativas e exóticas, ornamentos, vasos, iluminação, softwares, ferramentas e outros produtos e serviços inovadores. O evento é voltado para paisagistas, arquitetos, decoradores, lojas especializadas e profissionais de hotéis, resorts, clubes e condomínios, entre outros.

Transformar áreas externas de residencias, condomínios, propriedades comerciais e espaços públicos em locais integrados e sustentáveis é uma tendência mundial que vem conquistando cada vez mais adeptos no Brasil.

 

Expo Paisagismo Brasil

 

Dentro de seu caráter inovador, a Expo Paisagismo Brasil abre espaço para a aquariofilia, ou seja, a prática de criar peixes, plantas e outros organismos aquáticos com fim ornamental. A tendência vem apresentando forte crescimento em projetos de paisagismo e está representada na feira pela ABLA – Associação Brasileira de Lojas de Aquariofilia.

De terça 15 até sexta 18 agosto 2017
Local: Expo Center Norte
Cidade: São Paulo

Crescimento do mercado da construção verde e novas certificações marcam a 8ª Greenbuilding Brasil

8ª Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo, apresentou resultados que demonstraram o crescimento do mercado da construção verde no país.

A plenária de abertura contou com a participação de Thassame Wanick, fundadora do GBC Brasil e Cônsul Geral da Tailândia. Em sua apresentação, abordou a trajetória dos 10 anos do GBC Brasil, ressaltou sobre a importância da mudança do pensamento em relação à construção sustentável e sobre as vantagens que traz ao setor de construção e ao Planeta.

A plenária também contou o depoimento de empresários empreendedores, que investem nas certificações de construções verdes e hoje percebem benefícios efetivos. O evento foi encerrado com as participações da vice-presidente sênior do USGBC, Kimberly Lewis e de Rick Fedrizzi, presidente fundador e ex-CEO do USGBC e atual CEO do International Well Building Institute (Certificação Well).

Ambos falaram sobre os desafios do início dos trabalhos voltados às construções verdes, as ações iniciais de mobilização do setor da construção em torno do tema sustentabilidade e da importância da visão holística (construção, economia, meio ambiente, pessoas e qualidade de vida).

Fedrizzi falou , ainda, sobre a o que chamou de Segunda Onda da sustentabilidade

“Nos anos 90, a Primeira Onda de sustentabilidade nos conduziu no sentido de buscar minimizar o impacto nos ecossistemas. Estamos hoje vivendo o que considero a Segunda Onda, uma visão complementar que nos leva, além da preservação do meio ambiente, á preocupação com as pessoas e com o ‘cuidar’ de uma forma mais abrangente”, concluiu o executivo.

Sessões Educacionais

Foram apresentadas quase 50 palestras durante o evento. Um dos temas abordados foi o detalhamento da nova cerificação GBC ZERO ENERGY e das metas do COP Paris, nas palestras de Maíra Macedo (GBC Brasil), Victoria Burrows (WGBC), Guido Petinelli (Petinelli Inc.), e na da  apresentação de Isabela Issa e Edward Borgstein, da Mitsidi, falando sobre o Potencial para Edifícios de Zero Energia e Zero Carbono no Brasil.

Crescimento do mercado da construção verde
Maíra Macedo do GBC Brasil apresentando a certificação GBC Zero Energy

 

Outro tema bastante discutido foi o bem-estar das pessoas nas edificações certificadas. Anja Mikik e Sara Welton do WELL Building Institute; Megan Sparks da GBCI; e Eduardo Straub da Straubjunqueira trouxeram conceitos sobre a importância da preocupação com os habitantes das edificações aplicada às certificações verdes e seus benefícios.

Sara Welton, do WELL Building Institute afirmou que “além dos benefícios econômicos, a certificação WELL, integrada com a LEED, possibilita integrar áreas e profissionais, aumentando a produtividade e colaborando com a sustentabilidade do edifício”.

Megan Sparks complementou: “Um Green Building proporciona uma maior qualidade de vida para os profissionais no ambiente de trabalho, além de garantir maior economia em questões hídricas, energéticas entre outras”.

Os detalhamentos da nova Certificação LEED V4 e o comprometimento com as mudanças climáticas, foi tema da conversa, mediada por Corey Enck e Gautami Palanki ambos da U.S. Green Building Council. Foram apresentados produtos e métodos para reduzir a emissão de carbono, e para a melhoria na utilização da energia.

“Reutilizar materiais do próprio prédio, que seriam descartados, é um dos caminhos para reduzir a emissão de poluentes e o impacto que esses materiais poderiam causar ao meio ambiente”, afirma Corey Enck.

Em outra sessão, Maxine Jordan, da Mitsidi Projetos, abordando a certificação EDGE (Excellence in Design for Greater Efficiencies) que proporciona acessibilidade no mercado brasileiro de certificações. “Novidade no país, o EDGE é um software que auxilia na certificação verde e fornece soluções técnicas aos clientes para o uso de práticas sustentáveis, proporcionando economias de até 20% de energia e água no projeto”, afirma Maxine.

As sessões também contaram com cases de referência, como a aplicação do referencial GBC Brasil Casa no Condomínio Vertical e Casa Container de Curitiba (PR), e o case sobre o desafios de ser pioneiro em um mercado promissor e ainda pouco explorado (piloto Referencial Gbc Brasil Casa Condomínios).

Além das Sessões Educacionais, foram apresentadas as palestras pocket (de 15 a 20 minutos), gratuitas, do Expo Hall Stage, além das ações que os expositores promoveram em seus estandes.

 

WOMEN IN GREEN POWER BREAKFAST:

O segundo dia do evento reuniu as mulheres que são referência no mercado das construções verdes, para um café da manhã em que se discutiu o Empoderamento Feminino na Economia Global, onde a diretora do SustentArqui, Juliana Rangel, esteve presente.

Maíra Macedo, gerente de Relações Institucionais e Governamentais do GBC Brasil e a vice-presidente sênior do USGBC, Kimberly Lewis, incentivaram as participantes a discutir temas como o papel da sustentabilidade no empoderamento econômico das mulheres em todo o mundo, como é possível usar a sustentabilidade para mover as economias, impulsionar grandes desafios e criar caminhos para a escala global e como é possível criar oportunidades para todos – homens e mulheres – de modo igualitário em nosso sistema de trabalho.

greenbuilding brasil 2017

Entrega de certificações:

Os executivos do GBC Brasil celebraram, juntamente com líderes da indústria nacional da construção sustentável, além de seus 10 anos, a dedicação destes profissionais em desenvolver modelos de negócios, maximizando ganho econômico com mitigação de impactos socioambientais, redução do uso de recursos naturais e melhoria de qualidade de vida dos ocupantes.

Em seu estande, durante um coquetel de recepção, foram entregues as placas de edificações certificadas GBC ZERO ENERGY, ao Centro de Sustentabilidade Sebrae-MT, de Cuiabá (MT) e Sede Geo Energia, Tamboará (PR); LEED, ao Banco Central, Salvador (BA); CASA, aos proprietários da casa Eudoxia, Campinas (SP( e da casa de Henrique e Luciana Cury, São Paulo (SP).

Crescimento do mercado da construção verde
Entrega da placa da primeira certificação GBC ZERO ENERGY, ao Centro de Sustentabilidade Sebrae-MT, de Cuiabá (MT) – Foto Salvi Cruz

 

 

Certificação Zero Energy Building lançada no Brasil pelo GBC

A Certificação Zero Energy Building para as edificações que comprovarem que o consumo de energia local de sua operação anual é zerado por uma combinação de alta eficiência energética e da geração de energia por fontes renováveis, foi lançada pelo Green Building Council Brasil (GBC Brasil), entidade que completa 10 anos de atuação em prol às edificações sustentáveis no país.

A iniciativa estimula construções que consigam reunir a eficiência energética com geração de energia renovável

A ferramenta de certificação foi desenvolvida no Brasil por um Comitê altamente técnico e ainda sofrerá colaborações de todo o mercado, uma vez que o GBC Brasil a disponibilizará para consulta pública.



Como premissa de desenvolvimento foi assegurada a participação de todos os tipos e padrões de edificações existentes no Brasil, sem a necessidade de grandes investimentos financeiros para isso.

Há total viabilidade econômica e estaremos premiando os melhores do mercado que atuam com excelência no planejamento, conceituação integrada de projeto, comunicação entre equipes, automação, tecnologia, estímulo a energias renováveis, conscientização dos ocupantes e excelência na operação predial. Já temos projetos diversos registrados no Brasil, casas, prédio residencial, creche pública, prédio comercial, centro de pesquisas e outros.”, afirma Felipe Faria, diretor executivo do GBC Brasil e presidente Regional da Rede das Américas.

Os quesitos para a certificação Zero Energy Building estão nas ações para maximizar a eficiência energética, a geração de energia renovável no local ou remoto (on-site ou off-site) e a compra de Certificados de Energia Renovável (REC), que comprovam a natureza da energia que a edificação utiliza.

A Certificação Zero Energy Building é uma ferramenta que se aplica em todo o território brasileiro já considerando todas às variáveis regionais. Apresenta critérios específicos e definidos, garante a viabilidade técnica e financeira, além da transparência na avaliação, a partir de indicadores claros e de auditoria externa.

Antes mesmo do lançamento oficial da certificação, o GBC Brasil já registrou 11 projetos pioneiros que buscam a certificação GBC NET ZERO nos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso. São eles:

CICS – Centro de Inovação em Construção Sustentável – USP
 Sede RAC Engenharia – Curitiba – PR
Creche Municipal Hassis – Florianópolis – SC
 Sede SINDUSCON PR – Curitiba – PR
 Casa do Futuro – Atibaia – SP
 Montage Botafogo – Campinas – SP
 Escritório Advocacia De Paola & Panasolo – Curitiba – PR;
 Casa Mão Verde – Piracicaba – SP
Lar Verde Lar – Governador Valadares – MG
Sede Sebrae MT – Cuiabá – MT
 Geonergia – Tamboara – PR

Certificacao Zero Energy Building
Foto 1: CICS – Centro de Inovação em Construção Sustentável – USP / Foto2: Creche Municipal Hassis – Florianópolis – SC / Foto3: Lar Verde Lar- MG / Foto 4: Centro Sebrae de Sustentabilidade – MT

Iniciativa mundial – Depois do Canadá, o Brasil é o segundo país a implementar essa certificação para o setor de construção, tornando-se um exemplo para os demais países.

A iniciativa é do World Green Building Council, que tem por objetivo acelerar a geração de energia por fontes renováveis, o conceito de geração distribuída e fomentar grandes avanços no que tange a eficiência energética.

Estudos apresentados e discutidos durante o COP Paris mostram que estas ações, atingindo a meta de garantir a autossuficiência energética das novas edificações até 2030, e em um segundo momento, todas até 2050, garantem a reduções das 84 GTon de emissões, o suficiente para manter o aquecimento em até 1,5ºC.



Assim, referida iniciativa faz parte dos compromissos firmados pelos Green Building Councils visando garantir o cumprimento das metas climáticas.
Para atingir esses números, o projeto foi proposto para 10 unidades do Green Building Council no mundo. Em maio de 2017, o Canadá foi o primeiro deles a lançar sua certificação e agora é a vez do Brasil.

Terri Wills, CEO do World Green Building Council, afirma que, como um dos maiores mercados de construção do mundo, o Brasil tem um papel vital a desempenhar na redução das emissões de carbono dos edifícios.

“Ao lançar o seu Zero Energy Standard, o país confirma que as metas são alcançáveis hoje e oferece ferramentasnecessárias para que os empreendedores da construção civil atuem dentro do conceito de Net Zero Energy Building”, afirma a executiva.

E completa: “É somente por meio de um exemplo representativo como esse que garantiremos que o setor de construção possa cumprir o Acordo de Paris e ajudar a evitar os piores impactos das mudanças climáticas”.

A nova certificação Zero Energy Building foi lançada na 8ª Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo, o principal evento de construção sustentável da América Latina, que foi realizado entre os dias 8 e 10 de agosto, em São Paulo.

Na ocasião, estavam presentes os representantes do World GBC, participantes do Comitê Técnico de criação da ferramenta, bem como os empreendedores responsáveis pelos 12 projetos pioneiros registrados no Brasil.

Certificação GBC Brasil Zero Energy curso

Livro – Arquitetura Ecológica

livro – Arquitetura Ecológica, trata da sensível degradação do meio natural que obriga profissionais da construção e tomadores de decisão a empreender rapidamente medidas que se impõem para assegurar a qualidade de vida das gerações futuras. Uma análise detalhada de 29 edificações ecológicas europeias demonstra que é possível construir ecologicamente, com um custo adicional de investimento, que rapidamente retorna com as construções econômicas em termos de energia, permitindo um grande espaço aos materiais que não causam dano ao ambiente e aos recicláveis.

Livro - Arquitetura Ecológica

Quer saber mais sobre o assunto? Leia a matéria relacionada: Arquitetura ecológica x Arquitetura sustentável 

SUMÁRIO:

Parte 1 | A alternativa ecológica: questões, práticas e perspectivas
As questões do desenvolvimento sustentável
O contexto político e econômico
As tendências da arquitetura ecológica
As práticas europeias
A madeira e o desenvolvimento sustentável
O uso racional da energia
Os programas experimentais
O futuro da iniciativa ambiental

Parte 2 | Urbanismo e desenvolvimento sustentável
Para um desenvolvimento sustentável do planeta
As cidades sustentáveis europeias
Desenvolvimento sustentável e planejamento urbano
A gestão do solo e do patrimônio
O controle dos fatores nocivos
A gestão dos transportes
A gestão da energia
A gestão ecológica da água
As áreas verdes
O controle dos resíduos
A gestão social da cidade
Transformar utopia em realidade

6 exemplos europeus
Mäder, Áustria: um pequeno município rural exemplar
Stuttgart, Alemanha: pragmatismo de longo prazo
Freiburg im Breisgau, Alemanha: uma militância ecológica e social
Amsterdã, Holanda, bairro GWL: um bairro sem automóveis em antigo terreno industrial
Helsinque, Finlândia, bairro de Viikki: um empreendimento urbano experimental próximo a uma reserva natural
Rennes, França: um projeto urbano metódico e ¿proativo¿

Parte 3 | Arquitetura e qualidade ambiental
A abordagem ambiental
A utilização racional da energia
Regulamentações térmicas e selos europeus
As energias renováveis
A gestão ecológica do ciclo da água
O impacto dos materiais sobre o meio ambiente
Construção em madeira e qualidade ambiental
A otimização da construção
A gestão dos canteiros de obras
A gestão dos resíduos de demolição
A gestão ambiental das construções
O financiamento da qualidade ambiental
Para uma qualidade ambiental no dia a dia

23 Exemplos europeus
Habitação
Equipamentos públicos
Edifícios comerciais e de serviços

A iniciativa francesa hqe
Anexos

Detalhes do Livro – Arquitetura Ecológica

Código reduzido: 21175
ISBN: 9788539600557
Código de barras: 9788539600557
Edição: 1
Número de páginas: 304
Formato: 22 X 28 CM.
Lombada: 2,50
Peso: 1,540 Quilos
Editora: SENAC SÃO PAULO

Fonte: Senac

Reino Unido planeja proibir a venda de carros a combustão a partir de 2040

Nesta quarta-feira (26), o departamento responsável pelos assuntos ambientais no Reino Unido confirmou que planeja banir a venda de carros a combustão, a partir de 2040, como parte de uma mudança para combater a poluição do ar. 

O governo estima que a má qualidade do ar representa o maior risco para a saúde pública no Reino Unido, custando à economia uma perda de produtividade de 2,7 bilhões de libras esterlinas (cerca de R$ 11 bilhões). Para combater a epidemia de saúde, o governo quer acelerar a transição para veículos menos poluentes.

A medida segue um relatório preliminar da qualidade do ar publicado pelo DEFRA em maio deste ano. O Secretário do Meio Ambiente, Michael Gove, publicará o plano completo de qualidade do ar após meses de consultas e batalhas legais.

A proibição não inclui os carros híbridos, que combinam motores a combustão e elétricos, e nem a circulação dos automóveis de passeio e veículos comerciais leves, por enquanto. O prazo é o mesmo anunciado recentemente na França para o fim dos carros a combustão.

As medidas para melhorar a qualidade do ar serão, portanto, financiadas através de mudanças no tratamento de impostos para novos veículos a diesel, ou através de uma nova priorização dentro dos orçamentos departamentais existentes.

Relacionado: Estrada que recarrega carros elétricos está em teste na Inglaterra 

Além disso, as novas leis propostas punirão severamente os fabricantes que estão tentando enganar os testes de emissões, podendo enfrentar cobranças criminais e civis, com multas de até £ 50,000 para cada dispositivo instalado.

As autoridades locais criaram um grande plano de investimento para melhorar a qualidade do ar. O pacote inclui um fundo destinado a táxis de baixa emissão, outro para a adoção de de “ônibus verdes”, esquemas de incentivos ao ciclismo e caminhadas, e até subsídios para a compra de veículos limpos.

Livro – A Casa Ecológica

No livro A Casa Ecológica apresenta uma perspectiva histórica das construções no Brasil, desde as ocas até grandes edifícios, materiais utilizados e estilos de vida, que deixaram de ser sustentáveis, impactando de forma danosa o meio ambiente.

Livro - Permacultura

 

 

Em contrapartida, o autor também mostra o avanço intelectual e tecnológico contemporâneo na área construtiva, e apresenta um novo paradigma para a construção residencial, o qual permitirá que recursos naturais estejam disponíveis para entender às necessidades das futuras gerações.

Com linguagem acessível, este livro é indispensável para estudantes e profissionais da construção civil e design de interiores, bem como para todas as pessoas engajadas com as questões ambientais.

 

A Casa Ecológica

Sobre o autor:

Atualmente é professor dos cursos de Pós-graduação do Instituto de Pós Graduação de Goiás nos cursos Master em Arquitetura e Iluminação e Design de Interiores, professor titular do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo nos cursos de Design de Interiores, Design de Produto e Design Gráfico, professor titular da Universidade Cidade de São Paulo nos cursos de Arquitetura e Design de Interiores. Tem experiência na área de Arquitetura, Arquitetura Promocional, Arquitetura Comercial e Design de Interiores, atuando principalmente nos seguintes temas: projeto de arquitetura comercial, promocional e design de interiores. Autor do livro A Casa Ecológica, palestrante e conferencista internacional.

 

 

Detalhes do livro A Casa Ecológica:

Capa comum: 192 páginas

Editora: Horizonte (1 de setembro de 2014)

Idioma: Português

ISBN-10: 8599279629

ISBN-13: 978-8599279625

Dimensões do produto: 21 x 14 x 1 cm

Peso do produto: 272 g

Fonte: Editora Horizonte

 

Livro - Permacultura

Festival da Sustentabilidade e 2º SILABAS – Simpósio Latino Americano de Bioarquitetura e Sustentabilidade

Curte bioarquitetura e sustentabilidade? Então, anota na agenda este programa imperdível! Dois grandes institutos de permacultura e bioarquitetura, o Tibá e o Instituto Pindorama, se juntaram para organizar o Festival da Sustentabilidade e o 2º SILABAS-Simpósio Latino Americano de Bioarquitetura e Sustentabilidade.

Festival da Sustentabilidade

Devido ao grande sucesso da 1 edição, este ano o evento será maior e aberto na Praça do Suspiro, que ficou marcada durante as chuvas de 2011 por uma tragédia natural. O objetivo é marcar também como um local de aprendizado, trocas de saber, união e alvorada eco-sustentável.

O Festival da Sustentabilidade e 2º SILABAS-Simpósio Latino Americano de Bioarquitetura e Sustentabilidade acontecem de 7 a 10 de setembro de 2017 em Nova Fribrugo-RJ.

2º SILABAS – Simpósio Latino Americano de Bioarquitetura e Sustentabilidade

Cidades Sustentáveis – Arquitetura de Baixo Impacto – Agricultura Orgânica

O evento visa estimular o debate entre profissionais, universidades, órgãos normatizadores e concessionárias sobre a sustentabilidade nas cidades, escolas e empresas, através de mesas redondas, palestras e oficinas.

Palestrantes confirmados para o 2º SILABAS:

johan van lengen bioarquitetura

Johan van Lengen
Arquiteto | TIBA

Autor do livro “O Manual do Arquiteto Descalço” e fundador do centro Tibá: Instituto de Tecnologia Intuitiva e Bio-Arquitectura. Johan continua ensinando e escrevendo livros sobre a metodologia de projetar arquitetura.

Veja uma entrevista com Johan van Lengen

– Gernot Minke
Arquiteto | Kassel

Gernot Minke é arquiteto e professor, considerado uma das maiores autoridades do mundo em arquitetura sustentável. Dirigiu o Laboratório de Construções Experimentais da Universidade de Kassel, na Alemanha e é autor de vários livros de Bio-construção.

– Jorg Stamm
Green School of Bali

Mestre das estruturas de carga pesada com bambu, construtor da icônica Green School em Bali, além de ter construído diversas pontes de bambu que vencem vãos de até 50 metros e suportam tráfego de caminhões, estas são algumas façanhas do Mago do Bambu.

Saiba mais sobre a Green School

– Yuri Diniz
Agricultor Sintrópico | CARPE

Jovem agricultor discípulo do Ernst Götsch, que desenvolveu a agricultura sintrópica. Inspirado nas sabedorias passadas pelo seu mestre, Yuri produz alimentos criando florestas, é o Idealizador e sócio-fundador da empresa CARPE – Projetos Socioambientais e professor de Sustentabilidades da Escola Parque.

– Marcelo Bueno
Arquiteto Ecológico e Permacultor | Casa de Terra

Bioarquiteto com 13 anos de experiência trabalhando com projetos de ecocasas. Fundou o Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica (IPEMA), onde ministra cursos de bioarquitetura e permacultura.

– Nilson Dias
Permacultor | Instituto Pindorama

– Tomaz Lotufo
Lotufo Arquitetos

– Leo Adler
Empreendedor social – Ambiente em Movimento / Solar Cities

– Valdely Kinupp
Herbário EAFM

– Marina Pinto
Mestre em Recursos Genéticos Vegetais | Compostagem Brasil

festival da sustentabilidade

Veja como foi a 1a edição do evento:

5 principais perguntas sobre Sustentabilidade dos Arquitetos e Engenheiros

Se você é arquiteto ou engenheiro, já deve ter percebido a quantidade de informações sobre sustentabilidade que nos bombardeiam todos os dias: propagandas, cursos, materiais, certificações, soluções mágicas, fórmulas prontas. É muita informação!!!

Além de ficarmos confusos, nos perguntamos: será que devo entrar nessa onda? Isso é para mim ou não? Devo me arriscar?

Bem, nesse artigo busquei responder as principais perguntas sobre Sustentabilidade dos Arquitetos e Engenheiros, e como podem usá-la a seu favor. É uma compilação de mais de 5 anos dando aula de especialização para arquitetos e engenheiros, vendo esses questionamentos da vida prática profissional.

Na nossa experiência em projetos, consultorias e cursos, todo dia aparece alguém perguntando como é esse mercado, se vale a pena ou não a área de sustentabilidade.

Então, resolvi compartilhar um pouco da experiência de nossa empresa. Vou te dar 5 dicas importantes que podem orientar sua vida profissional. Acreditamos que é nosso dever ajudar a todos que querem também ingressar nessa área e ter resultados. Então vamos lá!

#1 Sustentabilidade, que caminho é esse?

perguntas dos arquitetos sobre sustentabilidade

Para qualquer lado que olhamos, vemos algo que remete à sustentabilidade, mudanças climáticas, falta de água, crise energética.

Bem, isso não é por acaso! É um problema real e muito sério.

Há 15 anos, falar disso era difícil, porque ninguém acreditava. Mas hoje esses problemas bateram à nossa porta e causam prejuízos para o meio ambiente, as pessoas, empresas e governo.

Ou seja, afeta todo mundo, né?
Além disso, o mercado consumidor hoje está cada vez mais exigente.

O cliente tem mais conhecimento sobre os produtos, sobre o que busca e sobre os seus direitos. Ele também tem mais opções de escolha. E como as empresas buscam atender a esse novo perfil de consumidor? Sendo cada vez mais eficientes, responsáveis, trabalhando com qualidade e redução de custos, porque isso traz retorno financeiro, ou seja, é lucro.


Mas Júlia, o que isso tem a ver com a sustentabilidade e com a construção civil, que é onde atuamos? Te respondo: TUDO. Hoje, na construção, existem 4 grandes objetivos:

1. SATISFAZER AO CONSUMIDOR;

2. AUMENTAR A QUALIDADE E VALOR, COM REDUÇÃO DE CUSTOS;

3. GARANTIR O DESEMPENHO E ATENDER NORMAS OBRIGATÓRIAS; 4

. REDUZIR IMPACTO AMBIENTAL E TER COMPROMISSO SOCIAL.

Então, respondendo a primeira pergunta desse artigo: sustentabilidade: que caminho é esse? É um caminho sem volta.

Hoje vivemos uma onda verde, vendo casos onde a sustentabilidade é muitas vezes usada num tom “marqueteiro”, com falta de seriedade e ética e o termo “sustentabilidade” muitas vezes visto com algo batido.

Mas o que significa sustentabilidade e o que deveremos fazer daqui pra frente nunca esteve tão claro e necessário.

Você deverá atuar com sustentabilidade querendo ou não, pois ou seu cliente vai exigir, ou você vai sentir necessidade de agir com mais responsabilidade ambiental, ou aumentar o valor do seu trabalho, ou estará buscando reduzir custos ou mesmo atender à normas obrigatórias.

#2 Sustentabilidade, o que eu ganho com isso?

perguntas sobre Sustentabilidade

Bem, em qualquer área que você vá atuar, uma das principais motivações deve ser sua satisfação em fazer aquilo que gosta. Ser levado por modismos pode até dar certo por um período, mas ou você começa a se frustrar, ou o próprio mercado vai selecionando os profissionais sérios. Lembre-se, estamos falando de clientes cada vez mais exigentes e que tem mais opções de escolha, certo?

Então, trabalhar com sustentabilidade sem acreditar nela, não é viável. Mas se você, assim como eu, acredita e vê que é um caminho para a melhoria e transformação do mercado, saiba que atuar na área de sustentabilidade, tanto em projeto, obras ou mesmo consultoria, te traz um reconhecimento e uma diferenciação.

Você já esteve em uma reunião de equipe de projeto, e como arquiteto, se sentiu muitas vezes desvalorizado, porque TODO mundo entende e quer interferir no seu projeto, porque todos “acham” que sabem tanto ou mais que você?

Pois quando você se torna um especialista num assunto (seja projetista ou consultor, em qualquer área), a sua posição passa a ser mais respeitada, e por isso seu serviço mais valorizado, e com um preço maior.

Como os edifícios devem ser melhores, tanto na qualidade, desempenho, quanto na redução de impactos ambientais, o planejamento de todas as etapas são muito mais rigorosos.

Então, a equipe que trabalha para um edifício mais sustentável, é mais integrada, mais capacitada, e o papel do arquiteto é mais reconhecido. Ele deve coordenar e gerenciar todas as soluções, com o auxílio ou não de um consultor.

Você já percebeu que em países mais desenvolvidos, o projeto tem um tempo de execução muito maior que a própria obra? Isso, porque lá, já é comprovado que se o projeto é bem feito, a obra é mais rápida e com menor custo.

Então, o que se ganha trabalhando com sustentabilidade? Satisfação em contribuir com a sociedade e meio ambiente, reconhecimento, diferencial de mercado, valorização dos serviços e regate do arquiteto como integrador das soluções do edifício.

#3 Sustentabilidade, como trabalhar nessa área?

perguntas sobre sustentabilidade dos arquitetos

Quando olho por aí, encontro muitas “soluções verdinhas”, ou como brincamos, o “kit sustentabilidade” para edifícios!! Vários profissionais que “acham que sabem”, mas não sabem.

Usam determinadas soluções porque: viram na revista, no site, na viagem…, na casa da amiga, o representante/vendedor do material disse que é sustentável. Muito cuidado! Quando a referência é de outro país então… só piora… Gente, é outro clima, outra realidade econômica, outras tecnologias!

Na sustentabilidade as soluções são personalizadas e locais, ok?

Como assim? Não dá para copiar simplesmente. Depende do clima, da tecnologia, do custo-benefício. Bem, cada proposta deve avaliada em termos de viabilidade.

Na sustentabilidade devemos analisar criticamente se o que estamos propondo realmente funciona, se existe mesmo o desempenho que se espera.

Nada é “achismo”. Você deve provar que realmente existe o benefício que está dizendo. Não pode falar: “eu adotei tal solução porque vai reduzir o consumo de água”. Óootimo… que boa iniciativa…. Fundamental para a sustentabilidade. Mas como definiu que essa opção é a melhor? Como o consumo de água vai ser reduzido? Quanto vai ser reduzido? Em quanto tempo? Qual o custo de implantação e manutenção? E como você chegou a esses números? Baseado em que tipo de análise? Perceba que é preciso estudar e ir atrás de fontes, métodos e referências confiáveis.

Mas então, como eu posso atuar na área de sustentabilidade?? Pode atuar como um especialista, seja como projetista ou consultor.

O importante é entender que deverá ter uma visão geral e ao mesmo tempo ter uma visão específica. Julia, não entendi….


Bem, a gente precisa entender o todo, ou seja, que vão existir impactos no entorno, na cidade, entender como será a gestão do canteiro de obra, preocupar com a questão da energia e água, do conforto do usuário (térmico, lumínico e acústico), a gestão do lixo, etc.

São muitos aspectos que temos que entender. Mas é impossível saber isso tudo, certo? Claro que é impossível!! Por isso, que devemos entender do geral, mas dominar (ser o melhor) apenas em um assunto específico.


Como eu vou trabalhar e atender meu cliente que quer resolver tudo?

Tendo uma rede de parceiros que completam seus serviços. Você vai dar a solução para o cliente, porque vai oferecer uma equipe de especialistas para ele.

Isso dá credibilidade e segurança pro seu serviço. A gente, por exemplo é especialista na área de conforto ambiental e eficiência energética. Mas temos nossos parceiros na gestão de canteiros, na otimização do uso da água, etc. Entendemos o todo, mas somos especialistas de uma parte.

#4 Sustentabilidade, porque Eu e Você e não Eu ou Você!

perguntas sobre sustentabilidade dos arquitetos

Você já ouviu isso antes né?

Isso quer dizer que é preciso mudar a visão de mercado. Se estamos falando de uma área que precisa crescer cada dia mais, de forma ética, com trabalho colaborativo, é nosso dever contribuir para isso.

Porque os aventureiros, os que vendem “fórmulas prontas”, ficam para traz quando o mercado começa a ter noção crítica e reconhecer o que é preciso e o que é bom.

Então, não faz sentido eu achar que não posso capacitar e dividir conhecimento, porque estarei criando concorrência. Não. A forma correta de pensar é: eu estarei melhorando o mercado, fazendo com que mais gente trabalhe de forma correta e valorize essa área.


Quantas pessoas a gente capacitou e hoje são nossos parceiros?? Muitos! O engenheiro eletricista que trabalha conosco foi nosso ex-aluno de especialização. Somos parceiras de ex-professores nossos de mestrado e doutorado! Ou seja, é uma rede que deve crescer cada dia mais!! Aqui, MAIS é MAIS.


Você precisa entender que como especialistas num assunto, temos que prestar os serviços, mas primeiramente temos que educar nosso cliente, porque ele nem sabe que precisa da gente. Então, quanto mais especialistas em sustentabilidade o mercado tiver, mais gente estará ensinando a importância da área e mais clientes vão surgindo, e com isso, o mercado se expande.

Então somos uma rede com boas inciativas, em busca de transformar o mercado!! Gratificante, né?
Outra questão importante de eu e você atuarmos juntos, é que no Brasil, o conhecimento ainda fica muito restrito às universidades. São muitas pesquisas (mestrados e doutorados) que não viram prática, não melhoram a sociedade. Muito conhecimento desperdiçado.

Precisamos ser a ponte do conhecimento acadêmico para a pratica profissional. O especialista faz muito esse papel, e para isso deve estar sempre atendo ao que está sendo gerado de conhecimento novo, filtrar o que é importante e aplicar isso no mercado.

#5 Sustentabilidade, por onde começar?

erguntas sobre sustentabilidade dos arquitetos

Depois de tudo isso, vem a mais importante pergunta: Júlia, por onde eu começo???

Pânico!! Isso não dá pra mim, é muita coisa, muito complexo. Sim, o todo é complexo, porque é uma grande área de conhecimento, mas ninguém começa nada pelo complexo, né?

Você aprende outra língua tentando ler e escrever um artigo científico? Nunca!! É uma linguagem difícil, específica, um horror! Você vai começar pelo básico, aquilo que é mais importante para você se comunicar, começar a falar e escrever o essencial pro seu dia-a-dia.

Então, na nossa área também é assim. Existem certificações que abordam muitos aspectos da sustentabilidade e estão cada vez mais sendo aplicadas no Brasil. Temos o LEED, o AQUA, o Selo Casa Azul, a Etiqueta do Procel (PBE Edifica), etc.

Começar estudando uma delas é um caminho interessante. Algumas certificações são voluntárias, ou seja, o proprietário do edifício opta por certificar. Mas existem certificações que os governos dos países desenvolvem de forma obrigatória, porque é de interesse nacional.

Vamos dar um exemplo: lembra da etiqueta Procel das geladeiras? Nivel A, B, C, D… Claro que lembra! Então, são obrigatórias, porque é interesse do país economizar energia.

E os edifícios? Bem, o programa PROCEL criou desde 2009 a etiquetagem para edificações, que passou a ser obrigatória em 2015 para edificações que usam recursos federais. Sabia que já é cobrado nos editais de licitação? E não vai parar por aí.

Logo todas as edificações deverão ser etiquetadas. E porque eu sei disso? Porque é assim nos outros países, porque foi assim com os equipamentos e porque a Eletrobrás e Procel já sinalizaram essa intenção de ampliar a obrigatoriedade.

Outra informação importante: como a etiquetagem Procel é obrigatória no Brasil, ela está presente nas outras certificações. Ou seja, a Etiqueta PBE Edifica está inserida no LEED e no AQUA. Então, não tem como escapar da etiquetagem Procel.

E como você está atrás de uma oportunidade, você não vai esperar a Etiquetagem se tornar obrigatória para todas as edificações para entender como ela funciona e o que deve fazer em seus projetos, certo?

Você consegue imaginar a reação do seu cliente se você afirmar, garantir que está fazendo um projeto pra ele com nível A na Etiqueta de Eficiência Energética, aquela que ele tem na geladeira?

Bem, respondendo a pergunta, por onde devo começar? Você deve começar a atuar na área naquilo que já esta claro que veio para ficar, naquilo que hoje é uma oportunidade e por isso não pode ser ignorada.


Bem, busquei deixar claro nesse artigo que os arquitetos têm muito a perder se ignorarem a sustentabilidade, pois é um caminho sem volta.

Mas muitos já enxergaram a oportunidade, viram os muitos benefícios, pessoais, para o meio ambiente e para a sociedade como um todo. Ser um agente que contribui para a melhoria dos edifícios, que ajuda na transformação do mercado, é gratificante.

Não tem preço a sensação de estar se fazendo o bem e recebendo para isso.

Artigo enviado pela Arquiteta Júlia Fernandes:
Sócia da empresa Quali-A Conforto Ambiental e Eficiência Energética e Doutora em Sustentabilidade pela Universidade de Brasília (FAU/UnB)

Quer saber mais? Inscreva-se no Workshop da QualiA Online e Gratuito: Edifícios Sustentáveis e Eficientes – Mitos e Verdades?

Após polêmica, Prefeitura de Curitiba libera cultivo de hortas em calçadas

Após polêmica, Prefeito de Curitiba libera cultivo de hortas em calçadas .Greca disse que a agricultura urbana é uma tendência mundial e deve ser estimulada!

Moradores da cidade denunciaram dois hortelões urbanos por cultivarem alimentos em espaços públicos. Os mesmos foram notificados pela Secretaria de Urbanismo pois, de acordo com um decreto municipal, só é permitido o plantio de grama nas calçadas da cidade.

O prefeito Rafael Greca recebeu então os responsáveis pela horta cultivada no Cristo Rei, Ricardo Leinig e Márcia Steil, e pelas bananeiras plantadas no Hugo Lange, Vanderlei Lozano Silva, nas audiências do 156, próprias para desatar nós burocráticos da cidade.

Na reunião, o prefeito anunciou que vai criar nova regulamentação, que estimule a agricultura urbana e solucione casos similares, evitando conflitos como os que ocorreram com Vanderlei e Ricardo e Márcia.

“A agricultura urbana é uma tendência mundial, a humanidade tem que se voltar de novo para terra e para o arado”, disse o prefeito.

Greca ainda brincou com os participantes. “Se Burle Marx, meu amigo e grande paisagista brasileiro, fosse vivo, ia louvar a ideia de colocar bananeiras, ao invés de roseiras europeias, no jardim.”

No encontro, Greca disse que vai suspender as sanções por plantar hortas em calçadas contra Vanderlei e Ricardo e Márcia, enquanto o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, o Ippuc, está fazendo nova regulamentação para estes tipos de casos.

Foto: Horta Comunitária de Calçada Cristo Rei

 

O Ippuc já constituiu um grupo de estudo para flexibilizar o uso do remanescente de recuo, área onde usualmente fica o canteiro de grama nas calçadas. A atual legislação não prevê o aproveitamento dessas áreas para este fim, o que obriga a fiscalização a penalizar quem cultiva nesses recuos.

Relacionado: Paris mais verde: nova lei permite que qualquer pessoa possa plantar um jardim urbano.

Os responsáveis pela horta do Cristo Rei, Ricardo Leinig e Márcia Steil, também celebraram o resultado. Leinig explicou ao prefeito que medidas de segurança foram tomadas. “Para evitar a poluição, usamos plantas não comestíveis, que protegem as hortaliças”, contou.

 

hortas em calçadas curitiba
Horta comunitária no Cajuru, do Programa de Agricultura Urbana da Prefeitura. Na foto, Karolin Kuss com as filhas Kimberlly e Kemilly. Curitiba, 10/07/2017. Foto: Pedro Ribas/SMCS

 

Para reforçar o apoio a agricultura urbana o prefeito Rafael Greca, junto com o diretor presidente da concessionária Rumo, Júlio Fontana Neto, inauguraram nesta quinta-feira (13/07) a 24ª horta comunitária que tem apoio da Prefeitura. Localizado em um terreno da concessionária de trens (antiga ALL), no bairro Cajuru, o local passa a ser cultivado por 24 famílias da Comunidade Oficinas e da Vila Betel.

“Esta nova horta comunitária, projeto da Prefeitura e da Rumo em uma faixa de domínio da ferrovia, é um espaço de agroecologia que permitirá às famílias terem alimentos saudáveis e, por estar próximo à linha férrea, funcionará como área de segurança dos trens, além de evitar ocupação irregular”, destacou o prefeito.

O prefeito Rafael Greca validou em reunião no Ippuc, o projeto do Centro de Referência em Agricultura Urbana e Economia Criativa. O projeto será instalado na área anexa ao pátio de manobras de trens próximo à Rodoferroviária, na área do Vale do Pinhão e será fruto de parceria entre o município e a concessionária Rumo (antiga ALL).

As hortas comunitárias são um dos programas da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento desde 1986. Hoje a cidade conta com 848 famílias participantes das hortas urbanas numa área total de 410 mil metros quadrados espalhados por Curitiba. Das 392 escolas, 85 têm hortas comunitárias.

hortas em calçadas curitiba
Prefeito Rafael Greca inaugura junto com o diretor presidente da concessionária de trens Rumo, Julio Fontana Neto, a 24ª horta comunitária do programa de Agricultura Urbana da Prefeitura, no Cajuru. Curitiba, 13/07/2017. Foto: Pedro Ribas/SMCS

 

Ficou animado em cultivar hortas em calçadas na sua cidade também? Veja como planejar uma horta urbana orgânica e inspire-se com 5 exemplos de Hortas Urbanas no Brasil e no mundo.

 

Fonte: Prefeitura de Curitiba

Workshop Online Gratuito: Edifícios Sustentáveis e Eficientes – Mitos e Verdades

Arquitetos e Engenheiros ouvem tanta coisa sobre edifícios sustentáveis e eficientes. Tanta propaganda e “marketing”. A gente fica confuso com o que realmente devemos acreditar, né? E nos perguntamos: “Vai que é uma moda passageira, e eu vou é perder meu tempo…”

Mas, vamos deixar o pré-conceito com a palavra “sustentável” de lado. Vamos conversar sobre o que é importante!

Workshop Online Gratuito: Edifícios Sustentáveis e Eficientes - Mitos e Verdades

 

Uma grande quantidade de profissionais está brigando por mercado, pelos mesmos clientes, competindo por preço baixo de projeto, acreditando que esse é o único caminho. Fazendo mais, do mesmo. Mas será que os edifícios e demandas sociais e econômicas serão as mesmas?

 

Você vê um edifício que diz ser sustentável e tem dúvidas? Será que é mesmo? E essas Certificações? São confiáveis? É tudo marketing? E agora a Etiqueta Procel? Novas normas e legislações de desempenho? O que disso tudo é verdade? O que os profissionais precisam saber sobre isso? Como devemos nos preparar? E o futuro disso?

Não tem como não ficar confuso…

 

Nós passamos por isso, e não imaginávamos nem por onde começar a entender essa área. Hoje, depois de 10 anos, especializações, mestrados e doutorados, projetos e consultorias, mais de 2.500 alunos, percebemos como ainda existem arquitetos e engenheiros perdidos. E isso é ruim para os profissionais e para o mercado.

 

E saiba que as mudanças estão sendo rápidas, e muitas definitivas.
Por que você escolhe uma geladeira eficiente, nível A do Procel, mesmo que gaste um pouco a mais na hora da compra? Você não acha que seu cliente vai querer isso também do edifício? Será que é verdade o que falam “edifício sustentável é caro, não vale a pena? É inviável? “
A eficiência dos eletrodomésticos já passou a ser obrigatória, ou seja, não existe mais o “marketing verde”… é obrigação da indústria atender aos requisitos mínimos.

 

E você sabia que com os edifícios também já está sendo assim? Seu cliente pode te pedir um projeto nível A: de arquitetura, iluminação, condicionamento de ar e instalações elétricas. Sabemos, porque já é obrigatória para edifícios públicos federais e o QualiA é um Organismos de Inspeção Acreditado (OIA) pelo Inmetro para emitir a Etiqueta PBE Edifica. Ainda muita coisa vai ser implementada no Brasil nessa área.

Mas você realmente sabe o que são Edifícios Sustentáveis e Eficientes ?

Você saberia explicar pro seu cliente? Conseguiria atender exigências de qualidade, desempenho e eficiência que ele te pedir? De onde vem seu conhecimento sobre o assunto? Vamos deixar nossa implicância com a palavra “sustentável” de lado. A palavra pode estar batida, mas o que ela representa tecnicamente e as mudanças são reais e necessárias, não só ambientalmente, mas socialmente e economicamente.

 
Vamos conversar nesse workshop sobre o que tecnicamente é nossa responsabilidade quando projetamos e construímos edifícios. Sobre o que já é obrigatório e o que estar por vir. Como podemos melhorar e adaptar nossos projetos, de forma ética, conquistando mercado e maior valorização. Sejam eles chamados de sustentáveis ou não!! Traga suas dúvidas para esse debate!!

Clique aqui e se inscreva no Workshop Online Gratuito

Veja o convite da QualiA para o Workshop Online Gratuito: Edifícios Sustentáveis e Eficientes – Mitos e Verdades:

 

 

Marque na sua agenda, aulas gratuitas, sempre as 20h (horários de Brasília):

– 19/07: Edifícios Sustentáveis: da moda passageira à oportunidade de mercado e obrigatoriedade no Brasil.

– 26/07: Novos nichos de Atuação: conquiste clientes com projetos mais valorizados e ofereça outros tipos de serviços

– 02/08: A Etiquetagem Procel já é obrigatória. Seu cliente vai te exigir um projeto nível A. O que você vai fazer? Por onde começar?

– 09/08: Como trabalhar com a Etiquetagem Procel: valorizar seus projetos e até mesmo se tornar um consultor

Workshop Online Gratuito: Edifícios Sustentáveis e Eficientes - Mitos e Verdades

 

 

Leaphome: Casa sustentável modular na Itália

Leaphome é uma casa produzida através de um processo industrial, simples e inovador. Com foco nas necessidades e desejos específicos de cada cliente, repensa os paradigmas de vida saudável e sustentável em meio a natureza.

Os módulos são fabricados e combináveis para encaixe no local. Um processo industrial, como a montagem de um automóvel, onde os vários componentes são montados no local de forma totalmente seca e não precisam de processamento ou ajustes adicionais.

Relacionado – Wikkelhouse: casa eco-eficiente montada em apenas um dia 

Leaphome

A LeapHome, está atualmente em exposição, possui 130 metros quadrados, e pode ser personalizada e configurada de acordo com os desejos e orçamento do comprador.

As madeiras utilizadas possuem certificação FSC (Forest Stewardship Council), os revestimentos de chapas metálicas e os acabamentos, são produzidos com materiais ecológicos.

As aberturas panorâmicas em lados opostos, são destaque na casa modular, assim como as grandes portas de vidro deslizantes. Além de aproveitarem ao máximo a iluminação natural, servem também para o contato do morador com a natureza.

O invólucro externo, foi projetado com a eficiência energética em mente, de modo a reduzir o consumo, se comparado aos modelos convencionais.

A energia solar alimenta a casa, e a água é aquecida por um sistema solar térmico.

De acordo com a empresa, “a estrutura é projetada para maximizar a circulação do ar e distribuir calor e umidade”. O esgoto pode ser gerenciado de forma independente graças a um sistema biológico de tratamento de resíduos líquidos.

A Leaphome foi projetada para minimizar o impacto ambiental, desde a construção até o consumo de energia ao longo de sua vida. O uso de materiais certificados, reutilizáveis e recicláveis torna a casa mais sustentável.

Leaphome

A LeapHome é fabricada pela empresa italiana LEAPfactory, conhecida por construir belas estruturas pré-fabricadas, em locais de difícil acesso.

A casa está aberta para visitação na sede da Cleaf, uma empresa parceira localizada em Lissone, província de Monza na Itália.

Fonte e Imagens: LeapFactory

10 incríveis jardins verticais em escritórios

Os jardins verticais em escritórios trazem diversos benefícios aos usuários, além de lindos, aumentam o bem-estar dos usuários.

Muitas empresas estão investindo em trazer mais verde para o seu interior, sabendo que escritórios saudáveis são mais produtivos. Estudos apontam que aumentar o bem-estar dos seus colaboradores, resulta em uma melhora na performance no trabalho.

 

A qualidade do ar interno interfere diretamente nas condições de conforto, no bem estar, e na produtividade, em ambientes de trabalho, que geralmente são ambientes climatizados. As plantas funcionam como purificadoras do ar e ajudam a remover gases tóxicos, além de trazer mais beleza ao local.

Relacionado: Veja as plantas que a Nasa indica para filtrar o ar.

Alguns itens devem ser observados nas escolha das plantas a serem utilizadas nos jardins verticais em escritórios, como a incidência de luz natural e o escoamento da água, por isso é sempre fundamental contratar um especialista para o planejamento e execução.

 

Veja 10 exemplos de jardins verticais em escritórios pelo mundo:

1- Lindo jardim vertical na recepção do Google em, Sidney:

jardins verticais em escritórios _Google
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O escritório do Google em Sidney, investiu em um lindo jardim vertical na recepção da empresa.

2-  Grande parede verde na área de lazer da AWeber Communications:

jardins verticais em escritórios
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A nova sede da AWeber Communications na Pensilvânia – EUA, projetada pela Wulff Architects recebeu a certificação LEED Gold e conta com outras atrações, visando o bem-estar dos funcionários como escorregas e espaço de jogos.

3 –  Recepção da Autodesk em San Rafael

jardim vertical autodesk
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O exuberante jardim vertical da Autodesk em San Rafael segue o mesmo conceito da recepção do Google em Sidney, uma representação do logotipo que flutua entre uma parede cheia de heras e samambaias, como se estivesse saindo da floresta.

4- Muito verde no escritótio da  EasyCredit na Alemanha:

parede verde - tudo verde
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A sede da EasyCredit, em Nurenberg na Alemanha projetada pela Evolution Designmais parece um oásis para mais de 700 funcionários da empresa. Plantas em vasos e paredes verdes podem ser vistas em quase todas as áreas do escritório.

5- Jardim vertical Microsoft – Washigton:

paredes verdes - Microsoft
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O escritório da empresa foi renovado pela ZGF Architects e também conta com um colorido jardim vertical na área da recepção.

 

6- Parede verde Nuon – Amsterdã:

jardins verticais em escritórios _Nuon
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A Nuon é uma empresa de serviços públicos que fornece eletricidade e gás para a Holanda, a Bélgica eo Reino Unido e incentiva a energia sustentável em toda a Europa. A parede verde de Nuon é muito mais do que apenas uma característica estética – é um símbolo dos valores progressivos da empresa.

7- Jardins verticais no escritório do Facebook em Menlo Park

jardins verticais em escritórios_Facebook
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No café da empresa aparece a palavra Havest (colheita) recortada por plantas formando como se fosse um logotipo de jardins verticais. O verde aparece outra vez no muro vivo de um espaço a colaborativo.

8- Paredes verdes da Etsy em NY

jardins verticais em escritórios - Etsy-Office
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jardins verticais em escritórios - Etsy-Office
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O escritório da Etsy no Brooklyn, em NYC, foi projetado por Gensier e é um espaço colorido, fresco e muito acolhedor, cheio de paredes verdes.

Veja o projeto completo do escritório da Etsy

9- Super jardim vertical em Boston

jardins verticais em escritórios - Sonos-Office
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Cobrir essa grande parede próxima a escada de verde foi uma grande ideia do IA Interior Architects ao projetar os escritórios da Sonos em Boston, Massachusetts.

10 – Parede verde no escritório da Skyscanner em Budapeste.

jardins verticais em escritorios Skyscanner-–-Budapest-Offices
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O escritório da Skyscanner, o famoso motor de busca de voos, é cheio de vegetação. O espaço foi desenhado pelo Madilancos Studio e está localizado em Budapeste, na Hungria.

Fontes e fotos: Homedit, The Insider

Jovem cria objetos de design com pauzinhos de bambu reaproveitados

Os pauzinhos de bambu (hashi) são coletados em vários restaurantes asiáticos de Vancouver e reaproveitados. Uma vez limpos, os pauzinhos são comprimidos, laminados e lixados para serem criados os objetos de design.

O hashi é utilizado como talher na culinária oriental, e é fabricado em diversos tipos de materiais como madeira, bambu, metal e plástico.

pauzinhos de bambu


O dono da ideia, de reaproveitar os pauzinhos de bambu em objetos, é de Felix Bock, um estudante de doutorado da University of British Columbia.

A ideia surgiu após o jovem refletir sobre a quantidade de pauzinhos de bambu jogados em aterros. Bock estima que apenas na cidade de Vancouver, mais de 100 mil pares destes utensílios, são descartados todos os dias.

O jovem criou a empresa ChopValue e investiu em algumas caixas de coleta de reciclagem. Os recipientes foram colocados em alguns restaurantes para recolher os pauzinhos de bambu. Depois de recolhidos, são limpos, revestidos em resina e pressionados a quente com uma máquina para obter um material plano.

Esse material é cortado e toma forma, como as prateleiras de favo de mel. Para cada uma dessas formas hexagonais são utilizados 300 pauzinhos de bambu, que se transformam em algo reciclado, útil e bonito.

Além das prateleiras, também são produzidos tabuas para corte, gravuras, porta copos e mesas.

Desde a sua criação em julho de 2016, a empresa reciclou 800 mil pauzinhos de bambu. Como a cidade de Vancouver cobra o lixo por peso, os restaurantes além de colaborarem com o meio ambiente, acabam pagando menos pela eliminação de resíduos.

Diminuem o lixo em aterros e beneficiam-se do serviço de reciclagem gratuito da Chopvalue .



Fonte: UBC

Imagens: ChopValue

Greenbuilding Brasil 2017 – o maior encontro da construção verde da América Latina

A Greenbuilding Brasil 2017 – Conferência Internacional e Expo será realizada entre os dias 8 e 10 de agosto, no São Paulo Expo, apresentando as mais modernas tecnologias e soluções para este mercado.
A 8ª Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo vai reunir a cadeia produtiva da construção sustentável para fomentar o conhecimento e a tecnologia voltados à geração de negócios para o setor

O mercado de construções verdes no Brasil tem se consolidado nos últimos 10 anos, com o engajamento de toda a cadeia produtiva da construção civil, que envolve construtoras, arquitetos, fornecedores de produtos e serviços, entre outros players desse mercado.

Em um ranking de 165 países onde o a certificação para construções verdes LEED (Leadership in Energy and Environmental Design ou Liderança em Energia e Projeto Ambiental) se faz presente, o Brasil ocupa a 4ª posição com 1.230 projetos registrados e destes, 423 certificados (LEED) e 43 projetos registrados e destes, 3 certificados (CASA).

Em 2016, mesmo diante de aspectos pessimistas do ponto de vista econômico e político do país, a construção sustentável apresentou outra realidade, com um dos melhores desempenhos em termos de novos projetos registrados buscando uma certificação. Foram 205 projetos novos (LEED e Casa), sendo que o recorde é de 2012 (209), segundo o Green Building Council Brasil (GBC Brasil).

O evento, que se destina aos profissionais de áreas como arquitetura, engenharia, design, associações e instituições socioambientais, desenvolvimentos sustentável, habitação de interesse popular, planejamento urbano, entidades governamentais e outros, contará com mais de 70 Sessões Educacionais (palestras de todos os níveis técnicos), além da exposição de soluções sustentáveis e novas tecnologias, ações e atividades de engajamento e visitas técnicas em edifícios de destaque no mercado e de eventos de networking.

 

Greenbuilding Brasil 2017

 

Em sua última edição, em 2016, a Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo recebeu mais de 14 mil visitantes brasileiros e estrangeiros, 1400 congressistas, 135 palestrantes nacionais e internacionais, e 50 expositores e patrocinadores. Para 2017, a organização está preparando um evento ainda maior e espera receber mais de 20 mil visitantes.
Conhecimento – Durante os três dias de conferências, especialistas nacionais e internacionais compartilharão conhecimentos sobre os desafios da construção sustentável e seus benefícios para a sociedade.

Serão debatidos temas e apresentados cases sobe as vantagens da sustentabilidade aos ambientes corporativos, de ensino, residenciais, em edificações públicas e privadas; a gestão sustentável de cidades; geração e a economia de energia; compensação de carbono, a questão do clima global; as melhorias em termos de materiais e soluções para as construções verdes; as formas de financiamento para projetos de eficiência energética e construção sustentável; a importância da certificação e o LEED V4, Certificação CASA e Well.

Além das conferências, o evento vai proporcionar uma série de palestras gratuitas, em que serão apresentadas as novas soluções, tecnologias e os cases de sucesso, voltados às construções verdes.

Os interessados em conhecer as edificações referenciais LEED de São Paulo, poderão participar das visitas técnicas, que serão realizadas no dia 11 de agosto. Esse trabalho tem por objetivo apresentar fisicamente os espaços certificados, seu funcionamento e o reflexo disso no ambiente, no bem estar dos ocupantes, na eficiência e economia. As visitas serão organizadas a partir de cadastramento prévio.

Ainda falando sobre conhecimento, o visitante da Greenbuilding Brasil 2017 vai poder testar o que conhece sobre as construções verdes no Green Escape, um game com questões sobre o tema que levarão o participante por um labirinto a cada resposta correta.

Energia em pauta – um dos temas de grande relevância na 8ª edição do evento é a questão da energia. O primeiro ponto é que o GBC Brasil está comprando 130 REC’S (Certificado de Energia Renovável ou Renewable Energy Certificates) de energia renovável solar (painel fotovoltaico) que serão a fonte de abastecimento de energia para todo o evento.

De modo geral, a certificação LEED incentiva o desenvolvimento de mercados baseados em energia renovável, estimulando os projetos a comprarem REC’S com certificação do programa do Green-e. Este programa rastreia a geração e aquisição de energia renovável no Brasil e certifica a compra.

Outro importante ponto sobre energia, mas do ponto de vista de geração e autossuficiência em edificações, o GBC Brasil lançará, durante a feira, sobre autossuficiência energética em construções, com o objetivo de acelerar esse processo nas edificações existentes e promover o conceito de Net Zero Energy Building (autossuficiência em energia) nas edificações novas até 2030 e em todas as edificações até 2050, em consonância com os compromissos firmados entre o GBC e membros no COP Paris.

A Greenbuilding Brasil 2017 vai contar com um lounge de Net Zero Energy, que será abastecido por uma árvore fotovoltaica, ilustrando o conceito.

Em complemento a essas ações, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) contará com um espaço no evento para falar sobre o Projeto 3E tem como objetivo influenciar e desenvolver o mercado de eficiência energética em edificações comerciais e públicas, visando contribuir com a economia de até 106,7 TWh de eletricidade nos próximos 20 anos e com a redução de emissões de gases de efeito estufa em até 3 milhões de toneladas de dióxido de carbono (tCO2).

As construções verdes e o bem estar das pessoas – Estudos do Green Building Council mostram que as pessoas passam 90% de seu tempo em ambientes internos (residência, trabalho, escola, etc) e que melhorias no ambiente, tais como adequação da iluminação, qualidade do ar, etc, podem ampliar de 8% a 11% a produtividade dos habitantes. Com isso em vista, o evento vai receber Rick Fedrizzi, CEO do International WELL Building Institute (IWBI), que vai abordar esse aspecto das construções verdes.

Em paralelo, o GBC Brasil lançara o relatório resultado de um trabalho em parceria com o IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP para avaliar qualitativamente os ambientes de trabalho. A entidade criou o Comitê Saúde e Bem-estar, com 46 especialistas, para atuar sob esse ponto de vista das construções. Segundo Felipe Faria, diretor executivo do Green Building Council Brasil, esse é um dos pontos focais do GBC nos próximos anos.

“Essas mudanças na certificação das construções e edificações verdes fazem parte de um processo de aprimoramento no que diz respeito à formação de uma cultura sustentável em torno dessa cadeia produtiva e que tem gerado vantagens sociais, econômicas e sustentáveis”, afirma o executivo.

Outro ponto que o GBC Brasil destacará no evento é seu trabalho incisivo no que diz respeito à certificação de edificações residenciais, tanto prédios (multifamiliar vertical), quanto condomínios (multifamiliar horizontal).
Faria conta que, no ano em que o GBC Brasil completa 10 anos de atividades, as expectativas para o evento deste ano são grandes.

“A construção sustentável segue seu crescimento de forma ininterrupta e inabalada pelas dificuldades econômicas do mercado. Dessa forma, o evento traz importantes contribuições para a cadeia produtiva da construção sustentável, no sentido de apontar tendências, inovações e gerar a possibilidade de efetivação de negócios nos quais o meio ambiente se beneficia, assim como as pessoas e a economia”, completa o executivo.

Assim como no último ano, será realizada simultaneamente e com uma área de exposição comum à feira High Design – Home & Office Expo. A parceria entre estes dois eventos cria um encontro mais forte e abrangente para os setores de Arquitetura, Engenharia, Construção e Design.

 

Serviço: Greenbuilding Brasil 2017 – Conferência Internacional e Expo
Data: 8 a 10 de agosto de 2017
Local: São Paulo Expo
(Rod. dos Imigrantes, 1, Parque do Estado, São Paulo)
Informações e credenciamento pelo site: http://expogbcbrasil.org.br/