10 exemplos de museus sustentáveis

Projeto mais conscientes estão se espalhando pelo mundo, em resposta à crescente conscientização global sobre questões ambientais. Os museus, como guardiões da cultura, não estão isentos dessa responsabilidade. Nos últimos anos, observamos uma notável evolução no desenho de museus sustentáveis.

A preservação adequada de obras de arte requer condições específicas, com temperatura e umidade controlada, para atingir esses objetivos de maneira sustentável é necessário projetos com alta eficiência energética.

Mas para ser sustentável devem ir além da economia de energia, integrar práticas ecoeficientes, em toda a construção e manutenção do edifício. Abaixo citamos alguns exemplos de projetos de arquitetura sustentável em museus:

10 incríveis museus sustentáveis

1- MAR – Museu de Arte do Rio

O MAR foi o primeiro museu sustentável com certificação LEED da América Latina, sendo que o empreendimento recebeu o selo categoria Prata.
O espaço cultural composto por dois edifícios; a Escola do Olhar, construída recentemente com um estilo contemporâneo; e o palacete Dom João VI, construído na primeira metade do século XX. Os dois edifícios interligam-se por uma cobertura em formato de onda.

Para atingir a certificação internacional, utilizou-se diversos conceitos de construção sustentável. O projeto arquitetônico é do escritório carioca Bernardes + Jacobsen.

2- Academia de Ciências de Califórnia – EUA

Considerado um dos museus sustentáveis mais bem conceituados do mundo, recebeu a certificação máxima do USGBC, a LEED Platinum.

Projeto do arquiteto Renzo Piano inaugurado em 2008, possui diversas características sustentáveis, desde seu impressionante telhado verde de 2,5 acres até seu porão de última geração.

O telhado também possui painéis solares, capta o excesso de águas pluviais, fornece isolamento para reduzir o consumo de energia e transforma dióxido de carbono em oxigênio. Além de servir de lar para cerca de 1,7 milhão de plantas, o que o torna um refúgio para pássaros, insetos e muito mais.

3- Museu Biesbosch em Werkendam – Holanda

O museu Biesbosch em Werkendam na Holanda resultado de um projeto liderado pelo Studio Marco Vermeulen, passou por uma reforma sustentável durante oito meses.

Além de outras soluções, acrescentaram-se volumes verdes feitos com vegetação rasteira que fornecem não apenas uma bela estética, mas também a melhoria da eficiência energética do edifício.

4- Museu de Arte Moderna de São Francisco – EUA

O Museu de Arte Moderna de São Francisco nos Estados Unidos, um dos mais grandiosos do mundo, passou por uma ampliação e reforma sustentável durante três anos, acrescentando várias inovações ecoeficientes, o que garantiu ao empreendimento a certificação LEED Ouro.

A reforma e ampliação do edifício original projetado por Mario Botta foi encabeçada pelos arquitetos noruegueses do escritório Snøhetta.

5-  Muzeiko -Bulgária

O museu para crianças, projetado por Lee H. Skolnick Architecture + Design Partnership, representa o passado, o presente e o futuro, convidando os jovens a explorar tudo sobre arqueologia até viagens espaciais.

Possui uma série de tecnologias “verdes” para geração e armazenamento de energia, redução de consumo e tem aquecimento através de energia geotérmica. 

Além disso, aproveita a água da chuva, utiliza materiais de construção de alta qualidade e ainda possui um telhado verde.

6- Museu de Arte de Aspen – EUA

A arquitetura do museu baseou-se em uma malha de madeira feita de um material sustentável chamado Prodema – um composto de papel e resina encaixado dentro de um folheado de madeira.

Projetado por Shigueru Ban, possui diversas características sustentáveis que vão desde a iluminação natural que penetra através da construção (via piso de vidro) e reduz a necessidade de eletricidade, tratamento de a água da chuva, uso de pisos permeáveis e materiais renováveis até um processo construtivo com baixíssima geração de resíduos

7- PAMM – Museu de Arte de Miami- EUA

Projeto de Herzog & de Meuron, o edifício foi desenhado para se adequar ao clima tropical de Miami. Por isso foi classificado pelo próprio Herzog como um exemplo de arquitetura vernacular para a cidade.

O paisagismo é projeto do famoso botânico Patrick Blanc que usa suas técnicas de horticultura avançadas e cria um jardim vertical com plantas tropicais nativas penduradas entre as colunas estruturais.

8- MuSe- Museu de ciência de Trento -Itália

Este museu de ciências italiano inaugurado em 2013, utiliza tecnologia de ponta para minimizar seu impacto no meio ambiente, e possui a certificação LEED ouro.

Projetado por Renzo Piano, utiliza uma variedade de fontes de energia renováveis, incluindo energia solar. Além de elementos de design como janelas, espessura das paredes e persianas maximizam o desempenho energético do edifício.

Também reaproveita a água da chuva para os sanitários, a estufa e o aquário.

Utilizou-se materiais de origem local sempre que possível para minimizar a poluição proveniente dos transportes.

Além disso, o museu incentiva os visitantes a considerarem a sua viagem, as vagas de estacionamento são limitadas e o museu é facilmente acessível de bicicleta ou de transporte público

9- Museu de História de Ningbo – China

Considerado a obra prima do arquiteto vencedor do Prêmio Pritzker de 2012, Wang Shu.

O museu foi construído a partir de escombros, utilizando técnicas tradicionais e mão de obra local, o museu assemelha-se a uma montanha invertida e é dedicado à cultura e arte da região de Ningbo, na China.

10-Museu do Amanhã – Rio de Janeiro

Museu do amanhã - museus sustentáveis com certificação LEED
Foto: Alexandre Macieira

Apesar de polêmico, o projeto do renomado arquiteto espanhol Santiago Calatrava, gerenciado pelo escritório Ruy Resende, também recebeu a certificação LEED nível ouro.

Destaca-se pelas questões relacionadas ao transporte; gerenciamento das águas (enchentes); tratamento e colaboração com a limpeza das águas da Baía de Guanabara. Assim como a utilização de materiais ambientalmente amigáveis e renováveis; gestão energética extremamente eficiente; redução do consumo de água; entre outras.

Esses museus demonstram como é possível adotar práticas sustentáveis em edifícios históricos, tanto em reformas como em novas construções, reduzindo o impacto ambiental e promovendo a conscientização sobre questões de sustentabilidade.

Agora que já conhece esses exemplos de museus sustentáveis, que tal conhecer também modelos de escolas sustentáveis.

Certificação Cradle to Cradle para produtos sustentáveis

O que é a Certificação Cradle to Cradle?

A certificação Cradle to Cradle (de berço a berço) é reconhecida internacionalmente para certificar produtos mais seguros e sustentáveis ​​feitos para a economia circular.

É um programa de critérios administrado e emitido pelo Cradle to Cradle Product Innovation Institute – C2CPII, localizado na Califórnia, EUA – que verifica e atesta a segurança dos produtos para a saúde humana e ambiental, o design para a reciclabilidade e processos de fabricação responsáveis e benéficos.

A certificação está baseada nos princípios de design Cradle to Cradle® estabelecidos pelo arquiteto William McDonough e do químico Michael Braungart, inicialmente descritos no livro Cradle to Cradle: criar e reciclar ilimitadamente.

 

Categorias da Certificação Cradle to Cradle (C2C):

certificação CRADLE TO CRADLE categorias

– Saúde dos Materiais

categoria materiais saudaveis

A categoria de saúde de materiais ajuda a garantir que os produtos sejam feitos com produtos químicos tão seguros quanto possível para os humanos e o meio ambiente.

Com base em um extenso banco de dados que reúne químicos listados em regulamento europeu (REACH) e agência ambiental americana (EPA).

São cerca de 18 critérios de avaliação, dentre eles: carcinogenicidade, mutagenicidade e toxicidade reprodutiva.

Economia Circular (ou Reutilização de Materiais)

certificação CRADLE TO CRADLE categoria economia circular

Essa categoria visa eliminar o conceito de desperdício.

Ajudando a garantir que os produtos permaneçam em ciclos perpétuos de uso e reutilização de um ciclo de uso do produto para o próximo.

– Energia renovável e gestão de carbono

categoria energia renovável

A categoria de energia renovável e gerenciamento de carbono ajuda a garantir que os produtos sejam fabricados com energia renovável.

De modo que o impacto dos gases de efeito estufa que alteram o clima devido à fabricação do produto seja reduzido ou eliminado.

– Gestão da Água

gestão da água categoria

A categoria de gerenciamento de água ajuda a garantir que a água seja reconhecida como um recurso valioso.

Assim como as bacias hidrográficas sejam protegidas, e que água limpa esteja disponível para as pessoas e todos os outros organismos.

– Justiça social

categoria justiça social

O objetivo desta categoria é projetar operações comerciais que honrem todas as pessoas e sistemas naturais afetados pela fabricação de um produto.

Níveis de certificação:

CRADLE TO CRADLE niveis de certificação
  • Básico (basic)
  • Bronze
  • Prata (silver)
  • Ouro (gold)

A certificação Cradle to Cradle possui 3 grandes diferenciais:

  • Apresenta um programa simplificado,
  • Otimiza a composição química do produto e
  • Propõe a devolução limpa dos recursos naturais para promoção de um sistema circular saudável e abundante.

Todos esses temas são relevantes e pertinentes à maioria dos produtos e dos processos de manufatura.

Sendo assim, permite a fácil comunicação do fabricante sobre os esforços que classificaram seu produto como sustentável. E ajuda o consumidor a distinguir e a valorizar o selo.

Atualmente essa transparência na comunicação dos atributos de sustentabilidade está sendo uma tendência no mundo todo, com iniciativas de exposição de informações relevantes como o Declare (tabela com composição química), o JUST (tabela com indicadores sociais) e a Tabela Ambiental® (dados para mercado brasileiro).

Uma grande vantagem para o fabricante é a perpetuidade do produto no mercado.

Uma vez que antecipa uma melhoria que provavelmente será cobrada no futuro, com a divulgação cada vez maior para o público sobre toxicidade e seus impactos.

Embalagens plásticas, produtos de limpeza, tintas e inúmeros outros produtos já foram certificados, o que indica que é possível sim desenvolver novos materiais para produtos tradicionais.

Veja aqui a lista de produtos certificados.

CRADLE TO CRADLE scorecard

A certificação Cradle to Cradle no Brasil

Todas essas ações propostas pelo Programa Cradle to Cradle podem ser facilmente adotadas pelas indústrias no Brasil.

Muitas ações relacionadas a água, energia e responsabilidade já são comuns para a maioria dos fabricantes.

O maior desafio e também oportunidade será o de conhecer melhor o próprio produto e melhorá-lo para que se torne completamente seguro e possível de se tornar matéria-prima para um novo produto.

Produtos certificados Cradle to Cradle em certificações de construções sustentáveis:

Os produtos certificados Cradle to Cradle também podem ajudar a contribuir com pontos em sistemas de classificação de construção verde.

No LEED v4, a escolha de produtos certificados pode render às equipes de projeto até dois pontos para o Crédito de Materiais e Recursos; Divulgação e Otimização de Construção – Ingredientes de Materiais.

Assim como, pode pontuar na certificação WELL, por meio da opção que aceita os critérios do LEED v4.

Já na versão holandesa do BREEAM, também é possível conseguir pontos quando produtos certificados Cradle to Cradle são usados ​​em edifícios, em dois créditos diferentes; ‘Materiais de Construção’,e ‘Fornecimento Responsável’.

 

Fontes: C2Ccertified.org e blog Materiais Sustentáveis

10 soluções para diminuir os riscos de enchentes nas cidades

Todo ano é a mesma coisa! No verão sempre presenciamos alagamentos e destruições nas grandes cidades em consequência das chuvas típicas dessa época do ano.

Mas como podemos diminuir os riscos de enchentes? Obviamente existem soluções macro que fogem do nosso controle, como o sistema de drenagem, as leis de ocupação do solo e o plano diretor. Mas todos nós arquitetos e cidadãos também contribuímos e podemos melhorar essa situação . Veja abaixo algumas medidas possíveis:

10 soluções possíveis para diminuir os riscos de enchentes nas cidades:

1- Aumento da áreas verdes

areas verdes para diminuir os riscos de enchentes

As áreas verdes reduzem o vazão e volume de escoamento da água da chuva, sendo absorvendo a água através da infiltração sendo através da interceptação da chuva na vegetação, dessa forma evitam o risco de saturar a rede de drenagem e os rios e córregos que recebem o escoamento.

Quanto mais espaço verde, melhor! Um solo não pavimentado pode absorver até 90% da água da chuva.

2- Telhados verdes

casa vallarta telhados verdes
Imagem: Greenroofs

Numa edificação uma boa solução para aumentar a área verde é a instalação de coberturas com vegetação. Os famosos telhados verdes, além de lindos, são ótimos para reter a água pluvial.

3- Jardins verticais

Maior Jardim vertical da europa - Edifício garagem Warwick
Foto Divulgação: One World Design

Nas grandes cidades, que são as maiores vítimas das grandes enchentes, muitas vezes não temos muitas áreas horizontais para acrescentar vegetação, sendo assim, os jardins verticais aparecem como uma alternativa verde, para frear também a velocidade da água no momento da chuva.

4- Jardins de chuva

Os jardins de chuva são uma ótima opção para reter temporamente a água da chuva e permitir a infiltração no solo, tendo a vantagem de ajudar na recarga do aquífero.

5- Captação e aproveitamento da água da chuva

aproveitamento da agua da chuva

A captação e aproveitamento da água da chuva não só diminui o volume que vai para a rede de drenagem como também permite diminuir o consumo de água potável para usos não potáveis, como irrigação de jardins e nos vasos sanitários.

6- Pavimentos permeáveis

pavimentos permeáveis contra enchentes

Os pavimentos permeáveis são uma ótima alternativa de usar áreas destinadas para pátios e estacionamentos para detenção e infiltração da água da chuva.

Esses pavimentos, que podem ser de concreto permeável, asfalto poroso ou blocos de intertravado permitem a infiltração da água da chuva que depois é armazenada na base permeável do pavimento, e logo é infiltrada no solo, se possível, ou direcionada para a rede de drenagem.

7- Reservatórios de detenção e retenção no lote

Conhecidos como mini piscininhas esses reservatórios recebem a água da chuva gerada no lote e descarregam essa água na rede de drenagem depois que parou de chover com uma vazão que não cause problemas na rede.

Podem ser desde simples reservatórios de concreto a até áreas verdes inundáveis em períodos de chuva e que permanecem secas nos outros períodos ou na forma de um pequeno lago – dessa forma além da função técnica trazem um ganho estético e de recreação.

8- Praças inundáveis (water squares)

praças inundáveis para diminuir os riscos de enchentes
© atelier GROENBLAUW

São áreas que são projetadas de forma a funcionar como reservatórios de água durante um evento de chuva e no restante do tempo funcionam como praças, Campos de esporte. São projetadas normalmente com degraus e com sistemas para esvaziar em torno de meia hora depois que para a chuva.

9- Bueiros inteligentes

bueiro inteligente contra enchentes
Fotos: Reprodução Tiago dos Santos

Consiste na instalação de uma espécie de cesta de lixo (uma caixa de tela metálica) entre a boca de lobo e a galeria pluvial, com o objetivo de reter entulhos que possam impedir o escoamento da água.

Alguns modelos funcionam com IoT (internet das coisas), que avisam quando a cesta está a ponto de atingir sua capacidade máxima.

10- Não jogar lixo na rua

lixo bueiro
Foto: Reprodução/ TV Globo

Essa é a solução mais barata e que pode ajudar a diminuir os riscos de enchentes nas cidades. Ainda que seja função da gestora de drenagem – a prefeitura – manter os bueiros limpos, basta educação e conscientização para saber que o lixo jogado na rua pode entupir bueiros e agravar ainda mais a situação dos alagamentos.

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Resumindo, a urbanização e impermeabilização das superfícies aumenta o volume e vazão da água da chuva intensificando o problema das enchentes.

Obras grandes e caras – como os piscinões – são necessárias em alguns casos mas devem ser vistas como últimas alternativas. Medidas chamadas sustentáveis, ou compensatórias, que atuem na gestão local da água da chuva são a melhor medida de gestão a longo prazo e já são inclusive mencionadas em muitas legislações.

Essas medidas além de diminuírem os risco de enchentes, tem ainda a possibilidade de trazer ganhos estéticos, recreação e biodiversidade e devem ser incentivadas e adotadas sempre que possível.

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Texto escrito em parceria com a engenheira Mariana Marchioni, Pesquisadora no Politecnico di Milano na Seção de Ciência e Engenharia da Água (SIA) do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental (DICA).

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O que é arquitetura sustentável? E quais suas vantagens?

Muito se fala sobre este tema, mas afinal o que é arquitetura sustentável?

No entanto, antes é preciso entender o próprio conceito da sustentabilidade, que é um tripé formado por três elementos; econômico, ambiental e social

O que é arquitetura sustentável?

Então, consequentemente, a arquitetura sustentável é aquela que:

  • Busca minimizar os impactos ambientais, sendo ecologicamente correta,
  • Promove o desenvolvimento social e cultural,
  • Além de ser viável economicamente.

Os princípios da arquitetura sustentável se confundem com os princípios da boa arquitetura; analisar o entorno, as condições climáticas e atender as necessidades do usuário, respeitando o meio ambiente.

Numa construção sustentável a eficiência energética e hídrica são muito importantes, para alcançá-la pode-se usar as mesmas técnicas passivas da velha e boa arquitetura, como iluminação e ventilação natural.

Mas além disso, também pode ser adicionado o uso de novas tecnologias que otimizam a edificação, como por exemplo o uso de energia solar, materiais sustentáveis inovadores, sistemas de automação, internet das coisas, entre outros.

Tem que ser levado em conta também a saúde e o bem-estar dos usuários, o ciclo de vida da edificação e dos materiais; incluindo a qualidade e a durabilidade.

Além dos fatores sociais, como por exemplo a condição de trabalho e de saúde dos funcionários envolvidos na obra.

 

Vantagens da Arquitetura Sustentável:

vantagens da arquitetura sustentável

1- Preservação do meio ambiente

Essa é a vantagem mais comentada quando falamos em construções sustentáveis. O setor da construção civil é um dos principais responsáveis pelos impactos ambientais no mundo.

Segundo dados do CBCS, consome 75% dos recursos naturais, 20% da água nas cidades, e gera 80 milhões de toneladas/ano de resíduos.

2- É mais justa socialmente

Quando falamos de arquitetura sustentável, a maioria das pessoas associa somente ao cuidado com o meio ambiente. Mas na verdade não existe sustentabilidade se não houver justiça social.

3- Traz maior bem-estar

Todo mundo sabe que as edificações sustentáveis devem ser ecologicamente corretas, mas o que você pode não saber, é que elas também oferecem uma infinidade de benefícios para a saúde.

Além de reduzirem a quantidade de poluição, que certamente tem impacto na saúde de todos a sua volta, esse tipo de construção melhora a saúde física e mental e o bem-estar dos ocupantes, e da vizinhança.

4- É mais eficiente!

Fazer arquitetura sustentável é muito mais eficiente em todos os sentidos!

Essas construções além de se preocuparem com a eficiência energética e hídrica, focam também na diminuição dos desperdícios de materiais, nas distância que eles percorrem para chegar na obra, entre outras coisas

5- É um investimento!

Edificações sustentáveis tem maior valor no mercado imobiliário. Muitas pesquisas já mostram que o imóvel que tem um certificado, por exemplo, tem valorização instantânea de 10% no valor do aluguel.

Ademais têm maior velocidade na venda, 14% de sobrevalorização em relação aos seus vizinhos de tipologias semelhantes e menor taxa de vacância.

Além disso, o custo da manutenção e operação desses edifícios são bem menores.

Sendo assim, seja para construir para uso próprio, para alugar ou para revender, construir sustentável é um ótimo investimento

 

Veja aqui exemplos de arquitetura sustentável pelo Brasil e pelo mundo

10 razões para fazer arquitetura sustentável

Nem precisamos dizer que amamos fazer arquitetura sustentável. E você, já se convenceu da necessidade de se construir mais consciente? Veja 10 fortes motivos para fazer isso:

10 razões para fazer arquitetura sustentável:

1- É mais barato!

Sim, ao contrário do que muito gente pensa, fazer arquitetura sustentável é mais barato!

Nem toda edificação sustentável é mais cara de construir, mas sim, em média elas ainda ficam 5% mais caras que as convencionais.  No entanto, esse pequeno percentual é recuperado rapidamente na fase de uso e manutenção do edifício (a fase mais longa e cara da edificação), com economias significativas nas contas de energia e água, por exemplo.

fazer arquitetura sustentável não é mais caro

Além de outros benefícios financeiros, como valorização do imóvel, mais produtividade dos trabalhadores em ambientes corporativos, entre outros.

2- É mais ecológico!

Essa é a razão mais esperada para fazer arquitetura sustentável.

O setor da construção civil é um dos principais responsáveis pelos impactos ambientais no mundo, consome 75% dos recursos naturais, 20% da água nas cidades, e gera 80 milhões de toneladas/ano de resíduos, segundo dados do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável.

Consequentemente as vantagens ambientais em se construir verde são evidentes, destacando a redução do consumo de água e energia, a diminuição do uso racional de recursos naturais e da geração de resíduos e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

BENEFICIOS AMBIENTAIS DA ARQUITETURA SUSTENTÁVEL
BENEFÍCIOS AMBIENTAIS DA ARQUITETURA SUSTENTÁVEL


3- É mais saudável!

Todo mundo sabe que as edificações verdes devem ser ecologicamente corretas, mas o que você pode não saber é que elas também oferecem uma infinidade de benefícios para a saúde.

Além de reduzirem a quantidade de poluição, que certamente tem impacto na saúde de todos a sua volta, esse tipo de construção também melhora a saúde física e mental dos ocupantes.

Eles têm sido bastante eficazes na gestão da “Síndrome do Edifício Doente”, que é um conjunto de doenças causadas ou estimuladas pela poluição do ar em espaços fechados.

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arquitetura sustentável é mais saudável

4- É mais justo!

Quando falamos de arquitetura sustentável, a maioria das pessoas associa ao cuidado com o meio ambiente. Mas na verdade é um tripé que envolve o ambiental, o econômico e o social.

Por mais ecológica que seja uma construção, se nela não forem respeitados os direitos e a saúde dos trabalhadores, ela nunca será sustentável!

Além disso deve-se respeitar a comunidade local e ser acessível a todos, entre outras coisas.

5- Tem demanda!

Na matéria da BBC Brasil – Construção verde: o setor que vai oferecer milhões de empregos – Terri Wills, presidente-executiva do World Green Building Council declarou:

“Todos vão precisar de novos tipos de expertise. Haverá necessidade de engenheiros que saibam lidar com sistemas de energia renovável, arquitetos capazes de elaborar projetos bonitos com emissões zero ou que utilizem materiais reciclados.” diz Wills

Em 2000, apenas 41 projetos de construção foram oficialmente classificados como edifícios verdes nos EUA. No ano passado, esse número saltou para mais de 65 mil. Em outros lugares do mundo, inclusive no Brasil, houve aumentos semelhantes – e essa é uma tendência que deve continuar.

GRAFICO-LEED
Gráfico do crescimento de edificações LEED no Brasil – Fonte GBC Brasil – Novembro de 2018

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6- É mais eficiente!

Fazer arquitetura sustentável é muito mais eficiente em todos os sentidos!

Essas construções além de se preocuparem com a eficiência energética e hídrica, focam também na diminuição dos desperdícios de materiais, nas distância que eles percorrem para chegar na obra.


7- É mais confortável!

Quando projetamos uma edificação sustentável é levado em conta todos os padrões de conforto, tanto o termo-acústico, como o conforto olfativo, visual e mental.

A maior parte do nosso tempo passamos em ambientes fechados, por isso estar em ambientes confortáveis é fundamental! A edificação só é sustentável de for considerado o bem-estar dos ocupantes.

8- É um investimento!

Edificações sustentáveis tem maior valor no mercado imobiliário. Muitas pesquisas já mostram que o imóvel que tem um certificado, por exemplo, tem valorização instantânea de 10% no valor do aluguel, maior velocidade na venda, 14% de sobrevalorização em relação aos seus vizinhos de tipologias semelhantes e menor taxa de vacância.

E como já falamos, o custo da manutenção e operação desses edifícios são bem menores. Sendo assim, seja para construir para uso próprio, para alugar ou para revender, construir sustentável é um ótimo investimento!

arquitetura sustentável é investimento



9- Está na moda!

Essa frase foi só para chamar a atenção mesmo! Não acreditamos que seja moda! Mas é inegável que imagens de edifícios verdes se espalham cada vez mais por aí, e que chamam atenção de todos.

edifícios verdes favoritos da Vogue
Crédito da imagem: Stefano Boeri

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Mas não é só a arquitetura sustentável que está “na moda”.  A nova geração está cada vez mais consciente dos seus impactos ambientais e cada vez mais vai exigir produtos sustentáveis, várias marcas já perceberam essa tendência e estão adaptando suas marcas. Na arquitetura não será diferente!

10- Fazer arquitetura sustentável é urgente!

Não podemos mais continuar a projetar edificações sem levar em consideração a sustentabilidade como um todo!

Os edifícios geram cerca de 38% das emissões globais de gases de efeito estufa . Isso significa que não atingiremos a meta de 2 °C, a menos que todos os prédios se tornem mais sustentáveis em termos de construção e funcionamento.

É urgente fazer edificações mais ecológicas, mais saudáveis, mais eficientes e mais justas para todos!

 

Acreditamos sim que fazer arquitetura sustentável é um caminho sem volta!

E você?


Biofilia: O que é e como aplicar na arquitetura

Já ouviu falar em biofilia? O termo foi utilizado pela primeira vez pelo biólogo norte-americano Edward O. Wilson, nos anos 80, em seu livro publicado pela Harvard University Press.

Mas o que é biofilia?

O termo Biofilia vem literalmente do grego bios, vida e philia, amor, que significa “amor pela vida”.  Mas a palavra foi popularizada por Edward Wilson, que acredita que os seres humanos têm uma ligação emocional genética com a natureza.

Essa ligação, segundo seus estudos, tornou-se hereditária. É provável que seja pelo fato de que em 99% da nossa história não vivíamos em centros urbanos, e sim convivendo intimamente com a natureza.

A Biofilia é a necessidade que sentimos de estar em contato, interagir e nos relacionarmos com a natureza.

Ou seja, o design Biofílico propõe trazer a natureza para dentro dos ambientes. Afinal, 90% do nosso tempo passamos em ambientes fechados.

Um estudo brasileiro que avalia a saúde, bem-estar e produtividade nos escritórios , baseado no WGBC, aponta a importância da biofilia no rendimento dos trabalhadores.

“A sugestão de que temos uma ligação instintiva com a natureza, é um tema crescente na pesquisa. A compreensão científica do impacto positivo que espaços verdes trazem para a saúde mental, tem implicações para os envolvidos em projetos de escritórios, assim como para os planejadores urbanos.” afirmou a arquiteta Maíra Macedo, coordenadora do estudo.

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Do mesmo modo, esses princípios também podem incentivar os compradores a ficarem mais tempo e gastarem mais em ambientes comerciais.

biofilia loja da Apple
Loja da Apple em Macau – Projeto Foster & Partners – Foto: Nigel Young.

Um estudo realizado nos estados Unidos descobriu que, em média, os compradores americanos valorizavam os bens em 9,2%, quando eram vendidos em ambientes mais biofílicos. (Não que consumir mais seja algo mais sustentável, mas a informação deve ser interessantes para os incorporadores)

Em resumo, as vantagens de inserir a biofilia nos projetos arquitetônicos são inúmeras; ajuda a reduzir o estresse; aumenta o bem-estar e estimula a criatividade. Além de aumentar a produtividade em ambientes corporativos, ser mais rentável em ambientes de varejo, reduzir o tempo de internação em espaços de saúde, e ajudar os alunos a se concentrem mais em seus estudos, em ambientes educacionais. 

Então, vamos ver como aplicar a biofilia na arquitetura?

– Vegetação

A primeira coisa que pensamos quando falamos em elementos naturais são as plantas. Inegavelmente é a nossa conexão imediata com a natureza.

Integrar a vegetação com a arquitetura e trazer o verde para dentro dos nossos ambientes pode ser muito benéfico para o nosso bem-estar. Além disso, as plantas são purificadoras naturais do ar, melhorando a qualidade do ar interno.

Mas atenção, o design biofílico não é apenas colocar plantas!

biofilia vegetação plantas
Crédito da foto: Casa dos outros

– Iluminação Natural

Há evidências crescentes de que somos mais saudáveis ​​quando nossos ritmos circadianos são equilibrados, certamente ter acesso à boa luz do sol ajuda muito com isso.

Intuitivamente, mapeamos a hora do dia observando as sombras e a luz do sol.

Quando estamos em ambientes iluminados artificialmente, não percebemos a mudança de horário, por isso nosso cérebro não recebe a informação que está anoitecendo e deixa de produzir melatonina, o hormônio que nos faz relaxar. Por conseqüência disso, muitas pessoas ultimamente relatam dificuldades de dormir e cansaço, porque mesmo quando dormimos, nosso cérebro não descansa o que necessita.

biofilia iluminação natural
Casa Domo – projeto do Patrick Marsilli – Foto: Douglas Elliman

Ventilação Natural

Abrir a janela e deixar entrar ar fresco também é importante para ajudar nessa conexão. Através de uma janela aberta podemos ouvir o som da chuva, o vento ou pássaros cantando, conectando-nos ao clima.

Entretanto muitas vezes isso não é possível, pois muitos de nós vivemos em cidades poluídas e barulhentas. Mas se conseguirmos abrir as janelas ao menos uma vez ao dia por alguns minutos já ajuda.

abra as janelas
Foto: glasseyes view – CC BY-SA 2.0

– Vistas para o exterior

Espaços fechados onde faz nos sentirmos mais seguros, mas ao mesmo tempo, poder olhar para o horizonte, ajuda-nos a restaurar nossa sensação de segurança e conforto.

vista para o exterior arquitetura
Projeto Krads and Foto: Runolfur Geir Guobjornsson

– Uso de materiais naturais

Materiais naturais como madeira, pedra e bambu são preferíveis no design biofílico. Esses materiais oferecem uma variedade de texturas e padrões que reproduzem a variação sensorial que experimentamos na natureza.

biofilia materiais naturais
Foto: Green Village

– Formas orgânicas

Hoje, a maioria dos nossos materiais de construção e decoração possuem linhas e ângulos retos, mas as formas orgânicas nos remetem a natureza e trazem uma sensação de bem-estar, pela profunda afinidade que temos com suas complexidades e beleza.

Nem todo ambiente é possível ter formas naturais no desenho do edifício, além de ser mais caro, mas os padrões da natureza podem ser usados ​​decorativamente e serem poderosos em nos conectar com o mundo natural.

banheiro bioconstrução
Casa ecológica na Bahia – Projeto Irina Biletska – biofilia formas orgânicas

 

– Percepção do local

Como falamos anteriormente, é importante para o nosso bem-estar ter noção do que acontecer no exterior. Vistas para o exterior, assim como a iluminação e ventilação natural, são fundamentais para termos essa percepção do local. Mas conectar a decoração do interior a esses elementos também ajuda nessa conexão.

Visto que com a economia global temos os mesmos materiais e produtos disponíveis em qualquer lugar, por conseguinte nossos ambientes têm uma sensação de ausência de localização, e não estão mais enraizadas aos materiais da região, ou refletem o clima ou a cultura local.

É interessante trazer para a edificação e seu interior elementos que conectem a região. Só para exemplificar, se a edificação tiver na praia, o ideal é utilizar uma decoração praiana e utilizar, sempre que possível, materiais  e revestimentos locais.

biofilia decoração
Fibras naturais, cor azul, objeto de decoração em forma de barco, são elementos que rementem à praia. O projeto está localizado na cidade praiana de Búzios – RJ – Projeto: Fernanda Pessoa de Queiroz – Crédito: Casa Cláudia

– Biomimética

A biomimética é a imitação dos processos da natureza e sua aplicação ao design das coisas cotidianas que fazemos.

A biomimética tem sido usada para criar colas que imitam a aderência que as conchas de mexilhões têm nas rochas, até o uso da textura da pele do tubarão no design de trajes de banho.

Na arquitetura, há muito tempo utiliza-se essas formas e padrões como inspiração, mas com a industrialização, estamos cada vez mais perdendo essas referências.

biofilia biomimetica
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– Água

Espelhos d´água, fontes e lagos são excelentes formas de conectar a natureza à arquitetura e decoração. Para muitos o ruído da água traz relaxamento. Mas todos esses recursos devem ser usados de acordo com o ambiente e o clima que a edificação está inserida.

espelho d agua sesc-pompeia
Espelho d´água Sesc Pompeia
 

Essas são apenas algumas características de como usar a biofilia na arquitetura. Quer saber mais? Leia – Design Biofílico: o que é e quais são suas vantagens

Obs: Logo após escrever a matéria, surgiu na minha mente as imagens das obras de Gaudí. Acredito que o arquiteto já era o grande mestre da biofilia, antes de este termo ser usado. Olha as imagens abaixo, não acha que tenho razão? 😉

biomimética gaudi mestre
Imagens da Sagrada Família, Casa Batlló e mobiliário desenhado por Gaudí. Formas arredondadas, que remetem a natureza, biomimética, iluminação natural -Elementos da biofilia

Em conclusão, utilizar os conceitos da biofilia na arquitetura contribuirá para o sua saúde e bem-estar. Quando formos projetar ou decorar, o ideal é irmos para o exterior e aprender sobre o local. Se você entender sobre seu ecossistema, estará pronto para trazer as lições e a beleza da natureza para dentro.

Fontes: WGBC, Peble, Design Curial

Veja também alguns exemplos de design biofílico

Lar saudável: Dicas para trazer mais saúde para sua casa

Já falamos aqui dos conceitos da construção saudável, mas o que podemos fazer para transformar a nossa casa em um espaço com mais saúde? Quem não quer ter um lar saudável?!

Nosso lar é o nosso refúgio, onde devemos repor as nossas energias. Cuidar desse espaço é também cuidar da nossa saúde!

Pensar nisso não é algo novo, diversas culturas antigas e tradicionais utilizavam conhecimentos ancestrais, como o Feng Shui, radiestesia e a geobiologia, para a análise dos espaços e construção de edificações mais saudáveis.

Nos tempos modernos, com a industrialização e a padronização das construções como por exemplo, esses cuidados foram diminuindo, acrescentando a inserção de novas tecnologias, as doenças causadas pela influência das edificações sobre os indivíduos aumentaram.

Na década de 80, a Organização Mundial de Saúde reconheceu a existência da Síndrome do Edifício Enfermo, um conjunto de doenças causadas ou estimuladas pela poluição do ar em espaços fechados.

Mas o que podemos fazer no nosso dia a dia para deixar os nosso lares mais saudáveis? Veja alguma dicas:

10 dicas para ter um lar saudável:

1- Abra a janela

lar saudável
Foto: glasseyes view – CC BY-SA 2.0

Renovar o ar é muito importante para ter ambientes mais saudáveis! Tente manter o hábito de abrir a janela ao acordar.

Se não puder deixar muito tempo, vinte minutos já são suficientes, o tempo de você se arrumar antes de começar seu afazeres diários.

2- Deixe a luz entrar

LARES SAUDAVEIS iluminação-natural

Ter acesso a iluminação natural e a vistas exteriores é altamente benéfico para a nossa saúde. 

Quando temos contato com a luz do sol, nosso corpo produz vitamina D, melhora os níveis de melatonina e cortisol, aumentando nosso bem-estar.

3- Traga mais verde para o seu lar

LARES SAUDAVEIS - BIOFILIA - URBAN JUNGLE

As plantas tem um grande poder de purificar e melhorar a qualidade do ar interno, a Nasa listou as melhores espécies para este fim.

Além de deixar o ar mais limpo, as plantas aumentam o nosso bem-estar e diminuem o nível de estresse, por nos aproximar da natureza. Esse conceito de amor à natureza, chama-se biofilia.

4- Tire os sapatos ao entrar em casa

lar saudável sem sapatos

Boa parte da poluição entra nos nossos lares através dos sapatos. Outra boa estratégia para ter um lar saudável é ter capachos grandes.

5- Utilize materiais naturais e atóxicos

quarto mais sustentável materiais sustentáveis
Foto: Green Village

Muita gente não sabe, mas muitos materiais que usamos nas nossas casas podem ser prejudiciais a nossa saúde.

Tintas, vernizes, colas, madeiras compostas, emitem compostos orgânicos voláteis, os COVs, que agridem a camada de ozônio gerando impactos negativos ao meio ambiente e também sobre a saúde humana. Por isso, dê preferencia a vernizes e tintas ecológicas.

Materiais naturais como fibras, madeira e bambu, além de atóxicos, também nos trazem conforto visual, por nos conectar a elementos da natureza (biofilia).

6- Cuidados com a água

lar saudável - água

Além dos cuidados tradicionais que devemos ter, como o uso de filtro para a água que vamos beber. O ideal também é tentar diminuir a quantidade de cloro de toda a água da casa.

Para quem mora em casa, pode-se instalar um filtro na própria caixa d`água. Para apartamentos, existem opções no mercado de filtros para chuveiros e torneiras.

7- Não esqueça de limpar o filtro do ar

ar condicionado inverter LG

O ideal é utilizar o máximo possível de ventilação natural, mas como na maioria do nosso país, temos altas temperaturas boa parte do ano, o uso do ar condicionado acaba sendo necessário.

Mas é preciso ter cuidado, a falta de limpeza do aparelho pode representar um grande risco para a nossa saúde, pois quando sujos, permitem a proliferação de fungos e bactérias que podem causar doenças respiratórias comuns, até quadros clínicos mais graves.

8- Proteja seu lar contra radiações nocivas

lar saudável

Equipamentos bastante comuns hoje em dia; como celular, TV, computador, micro-ondas, antenas de telefonia celular, emitem radiações que podem ser prejudiciais para a saúde: afetar o sono, alterar o metabolismo e até causar depressão.

Mesmo com consciência disto, já praticamente não podemos viver sem eles, então a dica é evitar aparelhos eletrônicos nos dormitórios, desligar o roteador durante a noite e sempre que não estiver sendo utilizado. Também vale desligar o serviço de dados do celular no mesmo período.

9- Limpeza ecológica

limpeza ecológica lar saudável

Você sabia que o uso frequente de produtos de limpeza convencionais podem contribuir para uma maior poluição em ambientes fechados do que o próprio ar livre? A maioria dos materiais de limpeza encontrados no mercado também emitem COV, que comentamos acima.

Dê preferencia sempre a produtos biodegradáveis, ou faça você mesmo o seu material de limpeza. Vinagre, limão, bicarbonato de sódio e álcool limpam quase tudo, é só procurar receitas na internet.

10 – Horta em casa

horta em casa lar saudável

Uma boa opção para ter um lar saudável é poder colher seu alimento na sua própria horta. Falta de espaço não é desculpa, existem várias ideias para fazer em pequenos espaços. Veja algumas dicas de como montar a sua.

O que a greve dos caminhoneiros pode nos alertar sobre sustentabilidade

A greve dos caminhoneiros desencadeou uma crise de desabastecimento sem precedentes na história recente do país. Veículos sem combustível, redução da frota de ônibus em circulação, voos cancelados, hospitais sem medicamentos, falta de verduras e hortaliças nos mercados, um verdadeiro caos!

Todos esses fatores deveriam nos fazer refletir o quanto é perigoso depender quase totalmente do do modal rodoviário, e a falta de sustentabilidade que envolve essa dependência.

5 pontos que a greve dos caminhoneiros nos alertou sobre sustentabilidade:

1 – Um sistema de transporte de cargas baseado em rodovias é insustentável

greve dos caminhoneiros
Foto ilustrativa

O Brasil é um país continental e a maioria da sua infraestrutura viária é rodoviária, o que é algo totalmente insustentável!

Segundo a Empresa de Planejamento e Logística do governo federal (EPL), 65% da carga do país é transportada por meio das rodovias e só 15% circulam por ferrovias.

Além de ser altamente poluente, o transporte rodoviário de cargas é o que leva mais tempo, o que o custo do frete é mais caro, e mais sujeito a extravios por causa de roubos ou acidentes.

Já passou da hora do país investir na diversificação da infraestrutura, principalmente em novos ramais ferroviários. Sem contar com o grande potencial do país do transporte aquaviário, seja pela costa ou pela nossa densa malha de rios e lagos.

Veja a reportagem do Portal Mobilize: O caminhão parou. Cadê o trem, o barco, o elétrico?

2 – A dependência de veículos movidos a diesel e gasolina é um sistema falido

Enquanto outros países estão migrando para frotas elétricas, o Brasil continua investindo na gasolina e no diesel, que além de mais caros, são altamente poluentes. Fora a questão que precisam de transporte para chegar aos postos de abastecimento, quase 15% de toda carga transportada no Brasil é de combustível.

A França e o Reino Unido, por exemplo, já anunciaram a proibição da venda de veículos a gasolina ou diesel a partir de 2040. No Japão, os pontos de recarga para veículos elétricos  já superam os postos de gasolina. A preocupação maior dessas nações mais ricas é a qualidade do ar das cidades, que sofrem com a poluição causada pela combustão dos motores movidos a combustíveis fósseis, além claro da crise do petróleo.

Estação de recarga de veículos elétricos em Amsterdã
Estação de recarga de veículos elétricos em Amsterdã

O Brasil ainda tem a vantagem de ter a matriz energética mais limpa, o que faz dos veículos elétricos ainda mais ecológicos. Além de não produzirem fumaça, os elétricos não produzem poluição sonora e não dependem de transporte para abastecimento, já que a rede elétrica é existente, e ainda tem a opção de serem carregados com energia solar no próprio ponto de recarga. O que falta é política de incentivo!

Outra alternativa, é o gás natural veicular (GNV) que apesar de ser um combustível fóssil, é menos poluente, e o insumo chega através de dutos. Muitas cidades do país já tem redes de gás, mas não há incentivos para produzir veículos com motores adaptados ao sistema.

3 – Falta incentivo aos transportes públicos, principalmente aos menos poluentes

O incentivo a compra de carros e do uso de veículos individuais não é nenhuma novidade no país. Mas essa política ficou ainda mais evidente nesses dias de greve dos caminhoneiros.Como muita gente ficou sem poder circular com o carro, muitos tiveram que buscar outras alternativas para se locomover.

A diminuição da frota de ônibus nesse período, também acendeu outro alerta, a falta de incentivo aos transportes públicos menos poluentes, como os metrôs, trens, VLTs, e até o uso da bicicleta.

Por exemplo, toda a rede de metrô do país é praticamente a metade da rede existente na cidade chinesa de Xangai, o que indica o nosso atraso nessa questão. (veja a tabela abaixo)

greve dos caminhoneiros metro-brasil
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Um fato curioso que foi observado nesses dias de paralisação, foi o aumento da quantidade de ciclistas na rua, mostrando que o transporte em bicicletas é uma alternativa viável, em muitos casos.

Segundo a reportagem do portal Vá de Bike, as ciclovias de São Paulo bateram recorde de utilização nesse período.

greve dos caminhoneiros e a sustentabilidade
Uso da ciclovia na semana da greve (em laranja) se intensificou a partir de sexta, superando em muito a utilização na semana anterior (em azul). Crédito da imagem: Vá de Bike

4 – Hortas e fazendas urbanas devem ser estimuladas

O desabastecimento nos mercados e alta no preço das frutas, legumes e verduras, criou outro alerta, as distâncias percorridas pelos nossos alimentos até chegarem aos nossos pratos.

Uma possível solução para diminuir esse problema, são as hortas e fazendas urbanas, que estão aos poucos virando moda.

A grande vantagem desses sistemas é aproximar o consumidor dos alimentos, diminuindo a necessidade de transporte dos alimentos por longos percursos, que além de ser poluente, é um dos maiores motivos de perda pós-colheita na agricultura.

Veja 5 exemplos de Hortas Urbanas no Brasil

Horta Urbana
Foto: Vinasocial/Creative Commons

Outra opção é ter uma horta em casa, que apesar de não ser o suficiente para garantir todo o suprimento de alimentos por muito tempo, devido a falta de espaço, garante pelo o menos a salada em épocas de crises de desabastecimento (Veja dicas de como montar a sua).

5 – O problema do lixo

greve dos caminhoneiros e a sustentabilidade
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A coleta de lixo também foi afetada com greve dos caminhoneiros em algumas cidades, por causa da falta de combustível. Em algumas localidades as pessoas sofreram sem a retirada deste, ratos e moscas invadiram as casas.

Esse fato serve para refletirmos na quantidade de lixo que jogamos fora e esperamos que desapareça! Toda essa quantidade de resíduos tem que ir para algum lugar, lixões e aterros, eles não desaparecem! A maioria dos resíduos levam milhares de anos para se decompor, e quando descartados inadequadamente podem provocar doenças e poluir o solo, os lençóis freáticos, rios, mares e etc.

Além disso o lixo é transportado através de caminhões abastecidos por combustíveis fósseis, que geram ainda mais poluição. Vamos reduzir a quantidade de resíduos gerados?

A greve dos caminhoneiros afetou todos os setores do país, serviu de alerta para observarmos o quanto é insustentável a nossa dependência desse modal. Vamos repensar nosso futuro?

Energia Solar Fotovoltaica e Energia Solar térmica: Quais são as diferenças?

Muito se fala em uso da energia solar em edificações, mas existem duas tecnologias mais usadas para captar e transformar a energia do sol; a energia solar fotovoltaica e a energia solar térmica. Entenda as diferenças:

Energia Solar Fotovoltaica

O termo fotovoltaico é formado a partir de duas palavras: foto, que em grego significa “luz”, e voltaica, que vem da palavra “volt”, a unidade para medir o potencial elétrico.

energia solar fotovoltaica no Centro Sebrae de Sustentabilidade
Energia solar fotovoltaica no Centro Sebrae de Sustentabilidade – Foto: Juliano Duarte

A energia solar fotovoltaica é a obtida através da conversão direta da luz solar em eletricidade, através de células fotovoltaicas, que normalmente são constituídas de silício. Esta energia captada passa por equipamentos que transformam essa corrente contínua em energia elétrica de corrente alternada, para que ela fique com as características ideais para o consumo.

Veja o Passo a passo da instalação fotovoltaica 

O sistema fotovoltaico pode ser On-Grid ou Off-Grid. No On- Grid o sistema está conectado com a rede pública de energia. Já no sistema Off-Grid não existe essa conexão, a unidade se torna autossuficiente energeticamente, e a energia captada é armazenada em um banco de baterias. É a solução ideal para locais isolados.

No Brasil, os principais incentivos à energia solar fotovoltaica On- Grid foram a isenção do ICMS sobre a energia excedente do sistema e a Resolução Normativa 482/2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com novas regras de aprimoramento em março de 2016.

A REN 482/2012 permite que o consumidor brasileiro possa gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis e fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade. Quando o sistema de geração distribuída gerar mais do que consumir, são disponibilizados créditos de energia, válidos por 60 meses.

Relacionado: Integração dos painéis fotovoltaicos na arquitetura

Para saber o potencial de captação solar da sua edificação, existe uma ferramenta gratuita criada pelo Instituto Ideal e a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, chamada Simulador Solar.

Energia solar térmica

A energia solar térmica, também conhecida como aquecimento solar, utiliza a energia sol para aquecer um fluido.

aquecimento solar

É uma tecnologia mais difundida no Brasil, por ter um custo muito mais acessível.

Sua aplicação mais comum é para aquecer a água do banho, dispensando o uso de chuveiros elétricos. Mas também é usada em aquecimento de ambientes, geralmente em países frios, e em processos industriais.

O sistema funciona através de coletores solares que aquece o fluído dos tubos internos, que  posteriormente é acumulado em um reservatório térmico, o boiler.

Veja também: 10 novidades em captação de energia solar 

Diferenças ente Energia solar fotovoltaica e Energia solar térmica:

A principal diferença entre as duas tecnologias é que a energia solar fotovoltaica gera eletricidade e a energia solar térmica é destinada ao aquecimento.

Potencial da energia solar no Brasil

O Brasil tem um enorme potencial para aproveitar a energia do sol. Diariamente incide entre 4.444 Wh/m² a 5.483 Wh/m² no país, segundo o Atlas Brasileiro de Energia Solar.

Isso quer dizer que, o local com menos incidência solar no Brasil é melhor do que o local mais ensolarado da Alemanha, um dos pioneiros no uso dessa energia.

Além disso, o Brasil possui uma das maiores reservas de silício do mundo, material principal das células fotovoltaicas.

Os sistemas de energia solar térmico e fotovoltaico são ótimos investimentos tanto para o consumidor, que economiza na conta de luz, como para o planeta, por se tratar de uma captação de energia renovável e mais limpa.

Construção saudável: saiba o que é este conceito que é tendência no mercado

O conceito da construção saudável tem sido apontado como tendência nos últimos anos no mercado da arquitetura sustentável.

Segundo a arquiteta Maíra Macedo, Gerente de Relações Institucionais e Governamentais do Greenbuilding Council Brasil, “É uma tendência sem volta. Quando o ambiente construído prioriza as pessoas ele é capaz de proporcionar melhora no conforto e bem-estar e isso reflete na saúde dos seus usuários. Está comprovado o aumento de produtividade em escritórios, de aprendizado nas escolas e que este tipo de construção acelera a evasão dos leitos hospitalares.”

O Brasil também aponta para essa tendência de edifícios saudáveis com a chegada da certificação Well no país, e um selo nacional com conceitos semelhantes, chamado Selo Casa Saudável.

O que é o conceito de construção saudável?

A construção saudável foca na saúde, no bem-estar e na qualidade de vida dos ocupantes. Passamos mais de 90% do nosso tempo no interior de edificações, portanto melhorar a qualidade desse espaços é fundamental!

Não se trata de um conceito novo, diversas culturas antigas e tradicionais utilizavam conhecimentos ancestrais, como o Feng Shui, radiestesia e a geobiologia, para a análise dos espaços e construção de edificações mais saudáveis.

Nos tempos modernos, com a industrialização e a padronização das construções como por exemplo, essa preocupação foi diminuindo, e as doenças causadas pela influência da habitação sobre os indivíduos aumentaram. Na década de 80, a Organização Mundial de Saúde reconheceu a existência da Síndrome do Edifício Enfermo, um conjunto de doenças causadas ou estimuladas pela poluição do ar em espaços fechados.

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Princípios básicos da construção saudável:

– Qualidade do ar interno

– Ventilação Natural

–  Aproveitamento da iluminação natural e vistas

– Projeto de iluminação adequado

– Conforto termoacústico

– Uso de materiais atóxicos

Design biofílico: conexão com a natureza

– Design ativo: incentivo ao exercício 

– Ergonomia

–  Qualidade da Água

– Proteção contra radiações nocivas

– Manutenção saudável

construção saudável materiais naturais
Uso de materiais naturais e aproveitamento de iluminação natural – Hotel Scorpios na Grécia – Foto divulgação

A construção saudável beneficia também o bolso

Existem diversas pesquisas internacionais que demonstram que o maior custo de uma edificação  comercial, em todo o seu ciclo de vida, são os seus usuários.  O valor chega a 92% do total!  Sendo 6% referente aos os custos de operação e manutenção e apenas 2% de projeto e construção.

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Ambientes mais saudáveis trazem bem-estar, aumentam a qualidade de vida, proporcionando mais felicidade e engajamento e, consequentemente mais produtividade.

construção saudável
Sede da AWeber nos EUA, projetada pela Wulff Architects conta com diversas atrações, visando o bem-estar dos funcionários como escorregas e espaço de jogos. Foto divulgação

“Percebemos o mercado amadurecendo rapidamente neste sentido, e a busca cada vez maior por este tipo de construção e soluções por parte dos empreendedores e tomadores de decisões, que já reconhecem os seus benefícios econômicos, além dos sócio-ambientais.” completa a arquiteta Maíra do GBC Brasil.

Uma construção saudável é fundamental para que ela também seja sustentável. Temos que pensar no nosso planeta e também nos seres que nele habitam.

construção saudável
A sede da American Society of Interior Designers (ASID) em Washington DC projetada pelo escritório Perkins+Will, recebeu certificação LEED e WELL Platinum é considerado um dos mais saudáveis do mundo. Foto divulgação
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Vantagens da construção com terra

A construção com terra é uma das técnica mais antigas do mundo para edificar, e um dos primeiros materiais a ser utilizado no mundo para este fim, e apresenta diversas vantagens do ponto de vista da sustentabilidade.

Diversas culturas antigas utilizaram diferentes técnicas de construção com barro. Inclusive várias delas foram amplamente utilizadas durante a colonização do Brasil, sendo deixadas de lado após a industrialização.

Existem diversas técnicas de construção com terra, como por exemplo, a taipa de pilão, pau a pique, adobe, superadobe e hiperadobe.

adobe - construção com terra
Confecção de tijolos de adobe

Confira 10 vantagens da construção com terra:

1  – Proporciona um ambiente saudável

Ambientes construídos com terra tendem a ser mais salubres, pela pouca variação de umidade. O barro é capaz de absorver e desabsorver a umidade mais rápido e numa maior extensão do que qualquer outro material de construção, podem absorver até 30 vezes mais umidade do que o tijolo cozido.

A terra não é tóxica, não é poluente e “respira”,isso cria edifícios mais saudáveis, com melhor qualidade de ar interno e mais favoráveis ​​às pessoas.

2 – Isolamento termoacústico

A espessura e a densidade do material significam que a penetração de calor (ou frio) da parede é muito lenta e a temperatura interna do edifício permanece relativamente estável.

Além disso, a espessura e a densidade das paredes de terra diminuem significantemente a transmissão do ruído.

3 – Diminui a poluição ambiental

A preparação, transporte e manuseio de barro numa obra requer apenas 1% da energia necessária para a produção, e transporte de tijolos cozidos ou concreto armado.

Se a edificação utilizar terra escavada do próprio terreno, ou de local próximo, não há sequer poluição causada pelo transporte deste material.



4 – Material natural e reutilizável

O barro pode ser reciclado inúmeras vezes durante um período extremamente longo. O barro seco pode ser reutilizado após imersão em água, por isso nunca se torna um material residual que prejudica o meio ambiente.

5 – A construção com terra é econômica

Em comparação com outros materiais de construção, podem-se diminuir os custos ao se utilizar o barro escavado. Mesmo que seja transportado de outros lugares, continuará a ser mais econômico do que os materiais industriais.

E economiza combustíveis fósseis, pois não possui queima em sua produção;

Além disso, devido ao seu grande poder de isolamento térmico, diminui a necessidade de climatização artificial, como ar condicionados e aquecedores.

6 – Facilidade para autoconstrução

As técnicas de construção com terra podem ser geralmente executadas por não profissionais, desde que o processo de construção seja supervisionado por uma pessoa com experiência.

Além disso, como os processos requerem apenas ferramentas baratas e máquinas, são ideais para a autoconstrução.

7 – Preserva a madeira e outros materiais orgânicos

Devido ao baixo teor de umidade, de 0,4 a 6% em peso, e a sua elevada capilaridade, o barro conserva os elementos da madeira, que permanecem em contato com os mesmos mantendo-os secos. Os fungos e os insetos não danificarão essa madeira, já que os insetos precisam de
um mínimo de 14% a 18% de umidade para manter a vida, e os fungos mais do que 20% (Möhler 1978, p. 18). Da mesma maneira, o barro consegue preservar pequenas quantidades de palha quando misturadas a ele.

8 – Baixa manutenção e Durabilidade

Depois que as pardes de terra são construídas e seladas, elas não devem precisar de mais manutenção por pelo menos 10-20 anos, quando será necessário aplicar outra camada de selante natural, que é um processo fácil.

O barro é um material que não entra em ciclo de degeneração, além disso as paredes feitas com o material costumam ser grossas e fortes, portando duráveis. Há exemplo de construções milenares feitas com o material, que continuam de pé.



9 – A prova de fogo

A terra não é um material combustível, o que garante as construções de barro uma maior segurança contra incêndios.

10 – Proteção das ondas eletromagnéticas de alta frequência

A parede de terra funciona como um escudo de campos eletromagnéticos prejudiciais e radiação.

Algumas desvantagens da construção com terra:

– Falta de padronização

As características da terra variam de um local para outro, e a preparação da mistura correta para uma aplicação específica, também pode ser diferente. É preciso conhecimento para saber a composição específica, poder avaliar as suas características e alterá-las.

– Não é um material impermeável

Devemos evitar o contato do barro com água, protegendo de chuvas e geadas, especialmente quando estiver ainda úmido. O ideal é que as paredes de terra sejam protegidas por beirais, e algum selante natural.

– Contrai quando seca

Devido à evaporação da água utilizada para preparar a mistura, poderão ocorrer fissuras ao secar. A retração pode diminuir reduzindo a quantidade de água e argila, optimizando a composição granulométrica, ou mediante o emprego de aditivos.

– Falta de cultura da utilização do material

A construção com terra geralmente está associada à pobreza e às construções precárias e provisórias.

Alguns países como a Austrália, estão incentivando o retorno da aplicação desse material. No Brasil também temos alguns arquitetos que estão levantando essa bandeira, mostrando que a construção com terra pode fazer casas bonitas, confortáveis e até luxuosas.

casa de terra Australia
Exemplo de construção moderna com terra na Austrália – Foto: Steffen Welsch Architects

casa responsável
Interior de uma casa construída com terra em Atibaia -SP – Projeto Michel Habib

Veja alguns exemplos de construções com terra

Fonte: Manual de Construção com Terra : uma Arquitetura Sustentável de Gernot Minke



10 novos edifícios sustentáveis no Brasil

O mercado da construção verde não para de crescer no país, e os edifícios de uso comercial são os que mais receberam certificações ambientais, como o LEED, AQUA e PROCEL EDIFICA. Selecionamos alguns desses exemplos mais recentes de edifícios sustentáveis no Brasil.

10 edifícios sustentáveis no Brasil:

1 – Edifício Jacarandá – São Paulo – SP

edifícios sustentáveis no brasil
Edifício Jacarandá – SP: certificação LEED Platinum – Imagem Divulgação

O Edifício Jacarandá, projetado pelo arquiteto Carlos Bratke, é um exemplo de sustentabilidade foi o primeiro edifício comercial no Brasil a receber a certificação LEED Corel and Shell Platinum v3, em 2016. Saiba mais sobre o projeto, clicando aqui.

2-  São Paulo Corporate Towers – SP

edifícios sustentáveis no Brasil
Foto divulgação – © 2016 Ana Mello

O projeto foi desenvolvido em parceria entre a Pelli Clarke Pelli Architects e a aflalo/gasperini arquitetos, que foi responsável pelo estudo de viabilidade, tropicalização e desenvolvimento técnico do projeto.


Múltiplas estratégias foram adotadas para obter a certificação LEED  CS Platinum, concedida em 2017, incluindo o desenvolvimento de fachadas de alto desempenho, sombreamento solar e estratégias de iluminação natural, gerenciamento de água e a criação de ambientes ao ar livre agradáveis.

3- Vista Guanabara – Rio de Janeiro – RJ

edifícios sustentáveis no Brasil - vista guanabara
Foto: Divulgação Vista Guanabara

Com projeto desenvolvido pelo escritório de arquitetura norte-americano Kohn Pedersen Fox (KPF),em parceria com o escritório nacional ARQ&URB Projetos, o edifício recebeu em 2017 a certificação LEED CS Gold.

Localizado no Porto Maravilha, uma área em revitalização na cidade do Rio de janeiro, o prédio foi concebido para oferecer a máxima eficiência energética, captação e aproveitamento da água da chuva, gerenciamento de resíduos, melhora na qualidade do ar, controle de erosão, uso de tintas com baixo índice de compostos orgânicos voláteis, além da adaptação nos serviços de limpeza, dedetização e jardinagem.

4-Edifício Forluz – Belo Horizonte – MG

edifícios sustentáveis no brasil - belo horizonte
Foto: GPA&A

Projetado pelo escritório GPA&A, o prédio adotou técnicas e produtos que reduzem em 19% o consumo de energia e em 40% o volume de água potável utilizado. Recebeu a certificação LEED CS Gold em 2015.

5-Edifícios Iguaçu 2820 – Curitiba – PR

edifícios sustentáveis no brasil Iguaçu-2820-Laguna
Imagem divulgação construtora Laguna

O edifício Iguaçu 2820 projetado pelo escritório Baggio Schiavon Arquitetura, conquistou a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) nível Gold.


Entres as medidas de sustentabilidade adotadas no edifício estão os equipamentos e sistemas que contribuem para reduzir o consumo de água e de energia elétrica, bem como uma série de fatores que aperfeiçoa o uso do ar-condicionado.

6- Auri Plza Garten – Joinville – SC

edifícios sustentáveis no brasil -joinville
Imagem divulgação Aurinova

Projetado pela Oca Arquitetura o edifício recebeu a certificação LEED Gold. Dentre as estrátégias sustentáveis estão: uso de sistema de ar condicionado VRV, captação de água da chuva, plantio de espécies nativas, prioridade no emprego de materiais regionais e com um percentual de conteúdo reciclado em sua composição, entre outras.

7- Park Shopping Corporate – Brasília – DF

edifícios susstentáveis parkshopping-corporate

Entre as medidas tomadas para garantir a certificação LEED Gold podemos citar o descarte seletivo de resíduos, chillers com menor consumo de energia, utilização da água de chuva para irrigação dos jardins, vidros especiais que retém calor e deixam passar claridade, entre outros.

8- LC Corporate Green Tower – Fortaleza – CE

edifícios sustentáveis no brasil - fortaleza
Imagem divulgação -site LC Corporate Green tower

O prédio projetado pelo escritório Nasser Hissa Arquitetos a certificação LEED NC na categoria Silver (Prata).

O empreendimento comercial destaca-se também pelo uso de tecnologias ambientalmente responsáveis, como: vidros duplos nas esquadrias que filtram os raios UV, reduzindo o calor que vem de fora e o consumo de energia; lâmpadas de LED nas áreas comuns; sistema de ar condicionado que permite troca de ar e melhor conforto acústico e térmico nas salas. Com isso, obtém-se melhor conforto acústico e térmico, com menos oscilações de temperatura, melhor qualidade do ar, colaborando para a diminuição de problemas respiratórios por parte dos condôminos e visitantes.


9- Hangar Business Park – Salvador- BA

Hangar Business Park – Salvador – Imagem: Divulgação

O HANGAR Business Park, campus corporativo recebeu a Etiqueta de Eficiência Energética em Edifícios Comerciais PROCEL-EDIFICA. O empreendimento ganhou ao todo 16 selos, que atestam sua eficiência energética,

Projetado pelo escritório Caramelo Arquitetos Associados o complexo conta com sete torres comerciais e dois hotéis, além de um Green Mall, conectados por um cuidadoso projeto paisagístico. Todas as nove torres foram certificadas com a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) A e, depois, com a etiqueta Edificação Construída para a envoltória em todos os edifícios.

10- Sinduscon – BA

Imagens: Sinduscon – BA

O edifício recebeu o Selo Ouro do IPTU Verde da prefeitura de Salvador, e foi o o primeiro empreendimento comercial da Bahia a conquistar a Certificação do Processo AQUA nas fases Realização, Programa e Concepção.

Inaugurado em 2013, foi construído visando à redução dos impactos ambientais ao longo do seu ciclo de vida, o uso racional de recursos, gestão sustentável da água e a adoção de soluções que propiciem a eficiência energética, desde da fase construtiva ao seu uso operacional final.

Conhece mais edifícios sustentáveis no Brasil? Comente o seu preferido.

Como ter um quarto mais sustentável e saudável

O dormitório é provavelmente o ambiente que passamos mais horas na nossa casa. É onde devemos renovar as nossas energias, através de boas horas de sono, por isso devemos buscar soluções para ter um quarto mais sustentável e saudável.

Veja algumas dicas de como ter um quarto mais sustentável:

1- Abra a janela pelas manhãs

quarto mais sustentável
Foto: glasseyes view – CC BY-SA 2.0

Essa é uma boa dica para ter um quarto mais saudável, principalmente porque não vivemos em um país frio e podemos nos dar o luxo, quase sempre, de abrir as janelas quase todos os dias. Aproveite a iluminação e a ventilação natural para renovar o ar e deixar a luz do sol purificar o ambiente, e ainda economizar no uso de iluminação artificial durante o dia.

2 – Qualidade do ar interior

quarto mais sustentável ar interior
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Abrir a janela é uma boa opção para renovar o ar, mas vários outros fatores podem afetar a qualidade do ar interno. Desde o excesso de umidade, fumo, material de limpeza, a poluição que chega através dos sapatos.

Se for reformar, atenção a escolha dos materiais, procure produtos livres de formaldeídos e utilize tintas e vernizes a base de água e com baixa emissão de COV. Ah, não esqueça de limpar os filtros do ar condicionado!

3- Vamos falar de ar condicionado?!

ar condicionado inverter LG
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Eles são grandes vilões da conta de energia! Mas como na maioria do nosso país, temos altas temperaturas boa parte do ano, o seu uso é necessário. Sendo inevitável, devemos buscar maneiras de minimizar o consumo de energia dos mesmos.

A escolha do aparelho pode ajudar a economizar energia e algumas vezes até a melhorar a qualidade do ar.  A tecnologia inverter é a mais eficiente para modelos splits, utiliza gás e ecológico e alguns modelos possuem filtros que eliminam até 99,9% de vírus e bactérias. 

É importante também escolher modelos adequados com o tamanho do ambiente. Por exemplo, aparelhos de 9.000 btus (Confira aqui ) são ideais para quartos de até 12m2. Verifique qual é a melhor opção para o seu ambiente.

4- Escolha materiais sustentáveis

quarto mais sustentável materiais sustentáveis
Foto: Green Village

Vários itens devem ser observados na hora da compra de um material, desde a sua origem, a preocupação socioambiental do fornecedor, até a embalagem.

5 – Colchão e roupa de cama

quarto mais sustentável algodão orgânico
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Muitos tecidos sintéticos possuem componentes químicos tóxicos. Dê preferência a colchões e roupas de cama de tecidos naturais, como o algodão orgânico, que além de ser melhor para sua saúde, a produção é mais sustentável.

6-  Evite aparelhos eletrônicos

quartos mais sustentáveis evite aparelhos eletronicos
.

Para ter um quarto mais sustentável quanto menor o consumo de energia melhor! Mas esse não é o único motivo para evitar aparelhos eletrônicos nesse cômodo. 

Alguns estudos indicam que a luz que os aparelhos emitem pode ser prejudicial para a saúde:  afetar o sono, alterar o metabolismo e até causar depressão.

Quando for inevitável, adquira equipamentos eficientes, procure o selo Procel classe A.

7 – Reutilize!

quarto mais sustentável reutilize
Fotos: Pinterest

Reforme móveis antigos, compre em antiquários e reaproveite objetos que iam para o lixo, para fazer uma mesa de cama ou um abaju, por exemplo. Estão disponíveis na internet diversas opções para transformar objetos em itens para decoração.

Tome cuidado ao reaproveitar palltes e caixas de feira, os mesmos podem estar infestados de brocas e cupins.

8- Acrescente verde!

quarto mais sustentável com plantas vivas
Foto 1: Amber Dubois – Foto 2: Martina Gemmola via Hunting For George

Plantas de interior ajudam a filtrar o ar, têm grande capacidade de absorção de componentes poluentes, trazem bem -estar e podem melhorar o seu sono, até a Nasa já provou tais benefícios!

Existe um mito de que plantas não são adequadas em dormitórios, mas isso depende da espécie. Aloe Vera, lavanda e Espada-de-São-Jorge são algumas das espécies mais indicadas.

10 casas sustentáveis no Brasil inspiradoras

Já apresentamos aqui uma matéria com 3 casas sustentáveis no Brasil, mas exemplos de uma arquitetura mais consciente no setor residencial não param de crescer no país. Por isso decidimos destacar mais 10 projetos inspiradores.

Veja projetos de 10 casas sustentáveis no Brasil:

1- Projeto responsável: inspiração e exemplo de bioarquitetura  (Atibaia- SP)

casas sustentáveis no Brasil
Foto: Michael Habib

O Projeto responsável é uma residência localizada em Atibaia/SP, desenvolvida pelo arquiteto Michel Habib. Tem esse nome por terem sidos adotados sistemas construtivos ecologicamente corretos, ricos culturalmente e com atitudes socialmente justas.

Várias técnicas construtivas de bioarquitetura foram aplicadas na casa; como taipa de pilão, pau a pique com ripados de bambu, adobe e reboco de terra e cal. Saiba mais



2- Casa de bambu  (Niterói – RJ)

casa de bambu
Imagem: Arquiteta Celina Llerena

O projeto é assinado pela a arquiteta Celina Llerena, diretora da Ebiobambu (Escola de Bioarquitetura e Centro de Pesquisa e Tecnologia Experimental em Bambu). Ela escolheu o bambu por ser um material ecologicamente correto.

Além de ser ecológico, o projeto é versátil e de baixo custo. A fundação da casa foi feita com manilhas, preenchidas com concreto ciclópico (ou fundo de pedra amassada) e vigas pré-moldadas, que sustentam a laje de piso.

Utilizou, ainda, outros materiais, como as pedras para revestimento de uma das fachadas laterais, e o eucalipto para a rampa de acesso – material especificado por ser mais resistente a intempéries. Saiba mais

3- Casa 88°premiada (Boa Vista- SP)

Casa 88
Imagens: Divulgação

Localizada no condomínio residencial Fazenda Boa Vista, em SP, a casa segue as premissas da sustentabilidade em todo o seu ciclo de vida. Integra conhecimento e inovação tecnológica aos aspectos econômicos, ambientais, sociais e culturais.

O projeto é uma referência para casas sustentáveis no Brasil e por isso recebeu o Prêmio Saint Gobain na categoria PROFISSIONAL – MODALIDADE RESIDENCIAL 2015. A autoria é do Atelier O´Reilly Architecture & Partners. (Veja as Estratégias Sustentáveis da Casa 88°)

4- Casa HLC ( São Paulo – SP)

Casas sustentáveis no brasil
Imagem Divulgação

Esta casa localizada próxima ao parque Ibirapuera, um dos últimos pulmões de São Paulo. Segundo a autora do projeto, a arquiteta Kika Camasmie, o terreno foi rigorosamente estudado antes da aquisição, para que ficasse em local próximo do trabalho dos proprietários e perto de três das principais avenidas da cidade.

O conceito arquitetônico se baseia em três elementos principais: vegetação, para controlar o microclima, ajudar na permeabilidade do terreno e promover a biodiversidade; pinus, por ser uma madeira de ciclo de renovação rápida e o branco, para refletir a radiação solar incidente e ajudar no conforto térmico da casa e redução dos efeitos de “ilhas de calor”.

A casa recebeu a certificação Referencial GBC Casa. Saiba mais

5- Casa com medidas sustentáveis em um condomínio residencial (Goiânia – GO)

casas sustentáveis no Brasil
Foto cedida pela arquiteta Luana Lousa de Almeida

Nesta casa localizada em um condomínio residencial em Goiânia, utilizou-se diversas medidas sustentáveis, que vão desde o uso de energia solar até a confecção de mobiliário ecológico.

A arquiteta Luana Lousa de Almeida projetou a sua própria residência com a intenção de promover uma arquitetura viva, saudável e permacultural.

A estrutura é de concreto mas na vedação e nas paredes internas utilizou-se a alvenaria de taipa e adobe, que garantem um excelente isolamento térmico e acústico. Além disso, segundo a arquiteta, o material é altamente biocompatível, ou seja, o corpo humano tem identidade com este material, já que temos componentes em comum. (veja algumas medidas sustentáveis adotadas na casa)

6- Casa sustentável de baixo custo (Campo Grande – MS)

casas sustentáveis no Brasil
Foto: divulgação

O projeto da casa sustentável é de autoria do arquiteto espanhol Eugen Fudulu e do brasileiro Kleber Karru, em parceria com o laboratório europeu Open MS.

A construção é toda baseada na nanotecnologia, sem desperdiçar qualquer tipo de material e com apenas 4 funcionários para erguê-la em menos de uma semana.

Com foco no aproveitamento de água, ar e energia, a construção ainda tem um purificador instalado que é capaz de filtrar a água antes que ela chegue na torneira da residência. Além de estrutura para teto solar e aparelho de ar, que retira todas as bactérias do ambiente. A construção resiste a tremores sísmicos e ventos de até 300 km/h.

7- Primeira certificação do Referencial GBC Casa (Maresias-SP)

Referencial GBC Brasil Casa
Foto: Divulgação LCP Engenharia

Localizada em um terreno em frente à praia de Maresias, em São Paulo, foi a primeira residência a receber a certificação do Referencial GBC Casa.

A casa Vila Maresias ergueu-se em apenas oito meses graças à tecnologia dos Painéis de Argamassa Armada com miolo de Poliestireno Expandido (EPS). O material possui um excelente isolamento térmico e acústico, fundamentais para se proteger das ações climáticas da região.

A residência conseguiu reduzir em 37% seu consumo energético com a instalação de 12 placas fotovoltaicas e painéis de aquecimento de água na cobertura.

Além disso, foram implantadas diversas medidas de redução de consumos durante a obra, como captação pluvial e treinamentos aos operários e funcionários.



8- Primeira residência certificada no Brasil LEED FOR HOMES (Campinas-SP)

LEED FOR HOMES
Imagem: LCP Engenharia e Construção

A residência fica em um condomínio fechado na cidade de Campinas, SP, e recebeu a Certificação LEED FOR HOMES Prata.

O proprietário Roberto procurou a arquiteta Teresa D’Ávila para desenvolver o projeto da sua casa, já com algumas premissas a serem aplicadas como: armazenar água de chuva, reaproveitar as águas cinzas e utilizar eletrodomésticos com tecnologia “Inverter”.  Saiba mais

9- Casa em Mato Grosso recebe a etiqueta PBE-Edifica (Sinop-MT)

casas sustentáveis no Brasil
Imagem Divulgação

A casa projetada pela empresa Personnalité Arquitetura conta com um sistema de aquecimento de água composto por aquecedor solar e, utilização de ventilação natural, iluminação natural, uso racional de água e refrigeradores, além de receber 34 Painéis Solares Fotovoltaicos.

10 – Casa de Terra ( Ubatuba-SP )

casas sustentáveis no brasil
Foto: Divulgação Casa de Terra

A casa é um modelo da empresa Casa de terra, formada pelos sócios arquitetos Elena Caldini, Marcelo Bueno e Marina Matulja. Eles desenvolvem tipologias habitacionais básicas que incluem vários sistemas verdes economicamente viáveis,

O principal material utilizado nos projetos é o eucalipto autoclavado. Mas os módulos apresentam uma diversidade de técnicas da bioarquitetura como a taipa e o pau-a-pique.

Os modelos de casas incluem equipamentos verdes que permitem uma independência das residências em relação aos sistemas convencionais de captação. Saiba mais

Conhece mais exemplo de casas sustentáveis no Brasil? Compartilhe as informações nos comentários.



Escritório sustentável cheio de verde e artesanato

A Etsy vislumbrou em sua nova matriz uma oportunidade para instigar mudanças, estabelecer um novo padrão de escritório sustentável. Um projeto de renovação e criação de um espaço que reflete os valores da empresa, especialmente aqueles relacionados à comunidade, artesanato e sustentabilidade.

Eles abordaram cada decisão com uma consideração cuidadosa da saúde a longo prazo do ecossistema do projeto e da comunidade envolvente.

Projeto de interior Verde

 

O projeto do escritório sustentável seguiu os mais altos padrões de sustentabilidade alinhados com os objetivos do Living Building Challenge, particularmente os da Pétala de Materiais.

O sistema LBC é dividido em 7 áreas temáticas, designadas de pétalas (Petals): Lugar, Água, Energia, Saúde e Bem-estar, Materiais, Equidade e Beleza / inspiração.

Projeto de interior Verde

Princípios que guiaram o projeto do escritório sustentável:

Pétala Materiais

A escolha de materiais recebeu especial atenção nesse projeto. Foi exigido grande transparência dos componentes, exigências para materiais não tóxicos mais ecológicos e comprados localmente, sempre que possível.

No final, obtiveram mais de 60% dos materiais dentro do raio de 500 quilômetros do local, representando mais de 400 produtos. Nenhum dos 1.500 materiais utilizados continha produtos químicos nocivos ou tóxicos, comumente usados ​​em prédios de escritórios comerciais.

Toda a madeira do projeto foi certificada pelo Forest Stewardship Council (FSC) ou recuperada e reutilizada.

Foram considerado cuidadosamente os efeitos de longo e curto prazo do design e da seleção de materiais. Aplicando materiais e sistemas resilientes e eficientes. E apoiando empresas e artistas locais, além do uso responsável dos recursos naturais locais.

Pétala Energia

Grande parte da iluminações do escritório é natural, a maioria dos espaços de trabalho foram posicionados próximos as janelas, aproveitando a luz do dia e reduzindo o uso de energia. Essa ação resulta em uma economia anual de cerca de 80,000 kWh de energia.

Projeto de interior Verde

Um sistema de energia solar de 12 kW no telhado está ajuda a alimentar uma parte do escritório sustentável, e o restante são fornecidos por fornecedores de energia renovável.

escritório sustentável energia solar

Toda a iluminação artificial no edifício provém de LEDs. Além de sensores de presença, após as 20h, a maioria das luzes são desligadas automaticamente.

Pétala Equidade

A empresa promove um senso de comunidade, inclusiva, justa e equitativa. Sem distinção de idade, classe, raça, gênero ou orientação sexual de um indivíduo.

E para as os funcionários da empresa, há uma política de licença parental que não faz distinção entre cuidadores primários e secundários, e quando eles retornam ao trabalho tem um lugar aconchegante para fazer todos os coisas que os novos pais precisam fazer.

escritório sustentável equidade

Pétala Lugar

Foi escolhido reformar um edifício existente em vez de fazer uma nova construção. O local é bem comunicado com transportes públicos e ciclovias. Também está perto de espaços para caminhadas e parques que convidam os funcionários a terem reuniões ao ar livre.

Os telhados e terraços possuem 60 espécies de plantas nativas, bem adaptadas ao ambiente local, criando um habitat saudável para insetos, aves, musgo e samambaias.

No interior, existem várias áreas de bem-estar para funcionários. Uma biblioteca tranquila e verde, uma sala para meditação e Yoga. E um espaço para guardar bicicletas, com vestiários, que ajuda a incentivar o transporte de carbono neutro e mais saudável.

escritório sustentável etsy

Para minimizar o impacto do projeto, a empresa comprou um espaço de conservação equivalente ao tamanho do escritório.

Pétala Água

Todos os banheiros e cozinhas são equipados com acessórios de baixo fluxo de água e há sinalizações para reduzir o uso de água em torno do espaço.

No telhado tem um sistema de coleta de água da chuva com uma grande cisterna, ajudando a reduzir o escoamento e as inundações no bairro.

Também foram escolhidas plantas que ajudam a armazenar águas pluviais antes de atingir o sistema de águas pluviais da cidade.

Um sistema de irrigação inovador conecta a cisterna da água da chuva com os jardins verticais, criando um mini-ecossistemas auto-sustentáveis ​​que reduz o desperdício de água.

Relacionado: Veja 10 incríveis jardins verticais em escritórios.

Pétala Saúde e Bem-estar

O projeto promoveu acesso à luz solar e ao ar fresco, bem como elementos de design que nutrem a conexão humana / natureza, também conhecido como design biofílico.

A planta aberta com janelas abundantes fornece muita luz natural e excelentes vistas da paisagem circundante, além da icônica Ponte do Brooklyn.

escritório sustentável saúde

Os funcionários também têm acesso ao telhado verde e a dois terraços exteriores.

Com sensores avançados, excelente ventilação e, usando apenas produtos mais saudáveis ​​dentro do espaço, a qualidade do ar interior é excelente

São utilizados produtos de limpeza ecológicos certificados pelo programa Safer Choice , que ajudam a manter o ar interior livre de produtos químicos e outras impurezas.

Além disso, um programa de alimentos, Eatsy, serve a comunidade da empresa com refeições enraizadas na economia alimentar local que são saudáveis ​​e sustentáveis.

Os produtos são fornecidos por fazendeiros, vendedores e chefs próximos, para ajudar a crescer pequenas empresas e apoiar a economia local.

escritório sustentável saúde 2

Pétala Beleza e Inspiração

A beleza e a inspiração nunca foram deixadas de lado em todos os aspectos no projeto do escritório sustentável.

O espaço é amplamente mobiliado com móveis feitos à mão e micro-fabricados por artistas locais e fornecedores da Etsy. Juntos, eles fizeram centenas de coisas bonitas e inspiradoras, que ao mesmo tempo atendem aos altos padrões de sustentabilidade do Living Building Challenge.

A vegetação abundante em todo o escritório, faz a conexão com a beleza do mundo natural.

Projeto de interior Verde
escritório sustentável saúde
escritório sustentável artesanato

Este esforço coletivo resultou em um escritório sustentável que reflete os valores da empresa e sua missão. O produto final é uma personificação da comunidade, artesanato e sustentabilidade.

Fontes e imagens: International Living Future Institute e Etsy

Johan Van Lengen: Entrevista com o mestre da bioarquitetura

Entrevistamos Johan Van Lengen, mestre da bioarquitetura, fundador do Instituto Tibá Rio e autor do livro best -seller Manual do Arquiteto Descalço.

Johan Van Lengen nasceu em Amsterdã, na Holanda, mas foi jovem desbravar as Américas, logo após o serviço militar imigrou para o Equador.

Começou a faculdade de arquitetura no Canadá e se formou nos Estados Unidos, morou em muitos países, mas foi no México, onde passou muitos anos e teve maior contato com a bioarquitetura, que escreveu o seu livro mais famoso.

Depois de algumas passagens pelo Brasil, Johan resolveu estabelecer aqui a sua residência e há 30 anos, junto com a sua esposa Rose, fundou o Tibá – Instituto de Tecnologia Intuitiva e Bio-Arquitetura – um centro de ensino para a disseminação de uma vivência mais integrada com a natureza, situado em um belo sítio em Bom Jardim, na região serrana do estado do Rio de Janeiro.



Fomos conhecer o centro e participar de um curso de bioarquitetura. No final dessa experiência, tivemos a honra de entrevistar o arquiteto, uma pessoa de grande carisma, ótimo senso de humor e muita história para contar.

Veja como foi nossa experiência no curso de bioarquitetura no Tibá

Na entrevista Johan fala sobre bioarquitetura, tecnologia intuitiva, como foi a sua primeira visita ao Brasil, sua experiência trabalhando com o arquiteto Sergio Bernardes. Também nos contou como foi o começo do centro Tibá e muito mais.

No final seu filho, Marc Van Lengen, comentou sobre os atuais cursos oferecidos no instituto Tibá, além do de bioarquitetura, tem também sobre agrofloresta, PANCs, jardins verticais, tetos verdes, arquitetura orgânica, entre outros. E ainda existem muitas ideias de projetos interessantes para o futuro.

johan van lengen e marc van lengen com a arquiteta Juliana Rangel
Marc van lengen e Johan van lengen com a arquiteta do SustentArqui Juliana Rangel

Veja o vídeo da entrevista com Johan Van Lengen, o famoso arquiteto descalço:

Bioarquitetura no Tibá: mais que um curso, uma experiência de vida

De 15 a 18 de junho de 2017 tive o prazer de participar do curso de Bioarquitetura no Tibá Rio, instituto fundado por Johan Van Lengen, autor do famoso livro Manual do Arquiteto Descalço.

Johan nasceu na Holanda, se formou em arquitetura nos Estados Unidos, morou em muitos países, mas foi no México, onde passou muitos anos e teve maior contato com a bioarquitetura, que escreveu o seu livro best-seller.

Depois de algumas passagens pelo Brasil, o arquiteto resolveu estabelecer aqui a sua residência e há 30 anos, junto com a sua esposa Rose, fundou o Tibá – Instituto de Tecnologia Intuitiva e Bio-Arquitetura – um centro de ensino para a disseminação de uma vivência mais integrada com a natureza, situado em um belo sítio em Bom Jardim, na região serrana do Rio de Janeiro.

curso de bioarquitetura no Tibá Rio

Práticas ensinadas no curso de Bioarquitetura no Tibá:

• Adobe  • Pau-a-pique • Cob • Hiperadobe • Construção de Teto Verde • Bambu • Filtro Biológico • Plastocimento • Revestimento e Pintura Natural  • Técnica de piso-laje “Cascaje”• Arquitetura Intuitiva • Alfa/Beta

Nas aulas de bio construção aprendemos a teoria e também botamos a mão na massa, literalmente.

construção domo geodésico no curso de bioarquitetura no Tibá

Começamos aprendendo como cortar bambus no local. Logo montamos uma estrutura geodésica fazendo uma trama com tiras feitas dos mesmos.

construção do domo geodésico curso de bioarquitetura no Tibá

Logo o bioarquiteto e professor Tomas Lotufo ensinou como preparar a massa de plastocimento (solução desenvolvida por Johan Van Landen nos anos 80), e como aplicar o material, que foi utilizado para revestir o domo.

curso de bioarquitetura no Tibá - tijolo de adobe

Como bons arquitetos descalços, também colocamos os pés na massa (terra, areia, palha, água e esterco), preparamos a mistura e colocamos em formas de madeira para a confecção de tijolos de adobe.

hiperadobe muro de arrimo

Utilizamos outra técnica de bioarquitetura; o hiperadobe; para fazer um muro de arrimo, compactando a terra em sacos Raschel (material utilizado para sacos de frutas e legumes nas feiras).

Cascaje (casca + laje) - curso de bioarquitetura no Tibá

Também aprendemos a montar uma cascaje (casca + laje), outra técnica desenvolvida por Johan para fazer lajes pré-moldadas utilizando menos cimento

tinta de terra tibá

Por fim, aprendemos como fazer revestimentos e tinta de terra, logo aplicamos as diferentes misturas nas paredes.

O curso prático de bioarquitetura no Tibá foi ministrado por Cobi Shalev, Tomas Lotufo e Marc Van Lengen; filho de Johan. O pai deu aulas de técnicas intuitivas e lições de vida durante as deliciosas refeições vegetarianas, preparadas pela sua nora Aga e sua ajudante.

johan e marc van lengen curso de bioarquitetura no Tibá
Marc van Lengen lecionando ao lado de seu pai, Joahan
Professor Cobi Shalev , bio construtor especialista em construções com terra, explicando as vantagens do sistema.
curso de bioarquitetura no Tibá - johan van lengen alfabeta
Johan Van Lengen ensinado a técnica intuitiva Alfa/Beta – método que ajuda a despertar o potencial criativo trabalhando com os dois hemisférios do cérebro
almoço no curso de bioarquitetura no Tibá
Refeições ovo-lacto-vegetarianas e PANC com produtos locais.

Além de todos os ensinamentos técnicos, conviver quatro dias com os professores, que tinham tanta história para contar, e com todos que participaram do curso foi um grande aprendizado.

Pessoas de diferentes partes do mundo, de distintas profissões, todos estavam ali em busca de construir um mundo com menos impacto ambiental e social.

O local faz por merecer a origem da palavra Tibá na língua tupi, que quer dizer “lugar onde muita gente se encontra”

Turma do curso de Bioarquitetura no Tibá
Turma do curso de Bioarquitetura no Tibá – 15 a 18 de junho de 2017

Ainda teve uma fogueira na última noite, uma grande confraternização para celebrar os momentos vividos ali.

curso de bioarquitetura no Tibá

No final dessa linda experiência, ainda tive a honra de fazer uma breve entrevista com o Johan Van Lengen, veja aqui.

Princípios da Arquitetura Sustentável

Os princípios da arquitetura sustentável se confundem com os princípios da boa arquitetura; analisar o entorno, as condições climáticas e atender as necessidades do usuário, respeitando o meio ambiente, são os principais fundamentos.

Relacionado: Arquitetura ecológica x Arquitetura sustentável – diferenças e semelhanças

A arquitetura sustentável busca minimizar os impactos ao meio ambiente, sendo ecologicamente correta, mas também deve promover o desenvolvimento social e cultural, além de ser viável economicamente.

Princípios da Arquitetura Sustentável :

1 – Análise do entorno:

Análise do entorno e integração do projeto ao mesmo; com respeito ao espaço urbano, valorizando as origens e a cultura local.

2 – Uso sustentável do terreno:

Evitar fazer modificações radicais no terreno e utilizar a menor parcela do mesmo com a construção, deixando a maior área de solo permeável possível.

3- Planejamento detalhado e integrado:

Projetos bem detalhados evitam desperdícios na obra, assim como a integração com projetos complementares, garantem melhor execução e resultado.

4 – Adaptação as condições climáticas com desenho bioclimático:

Estudar o clima do local e adaptar a edificação ao mesmo, fazendo uma orientação solar adequada, direcionando o projeto para o melhor aproveitamento passivo dos recursos naturais (ex: iluminação e ventilação natural), utilizando elementos arquitetônicos (ex: brises e cobogós) adequadamente, de modo a reduzir o consumo energético e minimizar os impactos ambientais da construção.

5- Atender as necessidades do usuário:

O projeto deve ser flexível e facilmente adaptável às mudanças de necessidades de uso. Atendendo as necessidades dos usuários a curto, médio e longo prazo, com respeito ao meio ambiente.

6- Atendimento as normas e legislações:

Parece óbvio, mas cumprir as normas é fundamental, incluindo o cumprimento das leis trabalhistas, não existe sustentabilidade sem responsabilidade social.

7- Uso racional da energia; 

O projeto deve contemplar estratégias para que a edificação faça o mínimo de consumo de energia possível, desde a construção até o uso, sem prejudicar o conforto. Para atingir a melhor eficiência energética da construção, ferramentas de análises climáticas, como o uso de simulações computacionais, podem direcionar melhor as decisões de projeto.

8- Eficiência Hídrica:

Prever a redução do consumo da água através da  de sistemas de reuso ( ex: Aproveitamento de água da chuva) e especificação de equipamentos eficientes. Assim como a adoção de sistemas para a redução do volume de esgoto

9- Uso racional dos materiais:

Projetar o uso dos materiais, evitando desperdícios; utilizar materiais sustentáveis ;  e especificar materiais regionais, sempre que possível.

10- Uso de tecnologias inovadoras:

Após a adoção de todas as estratégias passivas possíveis, deve-se usar a tecnologia a favor da eficiência da construção, sempre que for viável economicamente. Adoção de sistemas de energias renováveis; automação; sistemas construtivos industrializados e mais inteligentes; são alguns exemplos.

11 – Paisagismo sustentável:

Usar a vegetação a favor da eficiência energética da edificação. Projetar telhados verdes e jardins verticais podem ser boas estratégias para melhorar o conforto térmico, além de beneficiar o meio ambiente e o bem estar dos usuários. Especificar espécies nativas e adaptáveis para o reduzir consumo de água na irrigação.

12– Priorizar a saúde e o bem-estar dos ocupantes;

O projeto deve favorecer o conforto termo acústico, assim como adotar estratégias que promovam a boa qualidade interna do ar.

13 – Viabilidade Econômica:

O projeto deve tornar a construção atraente, acrescentando maior valor agregado, além de contemplar a redução dos custos de operação e manutenção

14- Análise do ciclo de vida da construção:

A edificação deve ser projetada para ser duradoura e de forma que possa ser desmontada com o menor impacto possível, quando acabar o seu ciclo de vida, com reaproveitamento e reciclagem dos seus resíduos.

15-  Promover a conscientização dos envolvidos no processo

Promover a educação ambiental a todos os envolvidos no processo, orientando os usuários a fazerem o uso consciente da edificação.

O setor da construção civil é um dos principais responsáveis pelos impactos ambientais. Além disso o ambiente arquitetônico afeta diretamente a todos nós, pois passamos a maior parte do nosso tempo em espaços construídos.

Por isso é fundamental que todos os arquitetos conheçam e apliquem os princípios da arquitetura sustentável, para a construção de ambientes ecologicamente corretos, confortáveis e saudáveis.

INFOGRAFICO ARQUITETURA SUSTENTÁVEL
Infográfico

Veja alguns exemplos de projetos que utilizaram os princípios da arquitetura sustentável.

Primeiro edifício LEED V4 do Brasil utiliza princípios da arquitetura bioclimática

O Primeiro edifício LEED V4 do Brasil está localizado em Governador Valadares (MG) e foi projetado para reduzir o uso de energia em 88% e o consumo de água em 74%.

Para que o edifício tivesse o bom desempenho energético, diminuindo o consumo de energia elétrica, a primeira ação de projeto foi tentar reduzir ao máximo a demanda. Para isso, priorizou-se as estratégias da Arquitetura Bioclimática.

Para os autores do projeto, os arquitetos da empresa Lar Verde Lar, o grande desafio foi criar um edifício eficiente utilizando sistemas construtivos simples, disponíveis na região e de custo acessível à empresa e ao mercado local.

Foram utilizadas técnicas da arquitetura brasileira com adaptações ao clima local; como o uso de brises e cobogós.

Primeiro edifício LEED V4 do Brasil
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edifício sustentável em BH
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Algumas estratégias sustentáveis utilizadas no Primeiro edifício LEED V4 do Brasil:

Projeto Integrado: O projeto foi concebido seguindo a metodologia do Processo Integrado, definido pelo padrão ANSI Consensus National Standard Guide 2012. Por meio desta metodologia a Equipe de Projetos iniciou suas atividades em conjunto, desde a concepção.

Ventilação Natural:  Foi utilizada ventilação cruzada nos ambientes com ocupação prolongada e
ventilação por efeito chaminé no centro do edifício.

– Energia Renovável:  Foi utilizado um conjunto de 8 placas fotovoltaicas com uma redução de 65% do consumo de energia proveniente da concessionária. Também conta com um sistema de aquecimento solar de água,

– Iluminação Eficiente: Além do uso otimizado da luz natural, o projeto luminotécnico conta com 100% de lâmpadas LED. Para evitar desperdícios de energia também estão previstos controles para acionamento e desligamento automáticos das lâmpadas.

– Uso Racional da Água: O projeto contemplou a captação de água de chuva para abastecer os vasos sanitários e a irrigação, além do uso de louças e metais de baixo consumo. Para o paisagismo foram escolhidas espécies vegetais que necessitam de pouca água, além da utilização de sistema de irrigação por gotejamento

Materiais SustentáveisA Equipe de Projetos procurou no mercado fabricantes de materiais que possuem algum apelo de sustentabilidade.

– Gestão de Resíduos:  94% dos resíduos da obra foram reutilizados ou reciclados. Para o período de ocupação e operação do edifício existe um procedimento para gestão dos resíduos

– Telhado verde com horta urbana.

Primeiro edifício no Brasil a receber a certificação LEEDv4 horta
telhado verde

edifício no Brasil certificação LEED V4
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O Espaço LarVerdeLar obteve a certificação LEED v4 BD+C nível Gold com o somatório de 60 pontos alcançados pelo cumprimento de requisitos de sustentabilidade, organizados em nove categorias.

Saiba mais sobre a certificação LEEDv4

Na prática, investir em uma edificação certificada pela LEED v4 BD + C promove a melhora na segurança e saúde dos usuários, além do consequente aumento no conforto e bem-estar de quem lá vive. Para as empresas, estudos apontam aumento da produtividade entre os colaboradores, inclusão social e aumento do senso de comunidade, entre outros benefícios.

Para os investidores, a certificação agrega valor ao imóvel e a marca do empreendimento, além da consequente diminuição dos custos operacionais e de manutenção.

Primeiro edifício no Brasil a receber a certificação LEED V4
energia solar

No Primeiro edifício LEED V4 do Brasil, fica o Espaço LarVerdeLar, que abriga a sede da Controle, empresa líder de combate de pragas urbanas na região, e já ocupa os ambientes sem precisar do uso de ar-condicionado para seus funcionários trabalharem em uma temperatura agradável.

Fonte e fotos: Lar Verde lar



10 tijolos ecológicos inovadores. Confira:

Já falamos aqui das diversas vantagens dos tijolos ecológicos tradicionais; feitos com uma mistura de solo, cimento e água ; mas várias iniciativas criativas estão desenvolvendo novas maneiras de se construir com tijolos ecológicos inovadores.

Confira a lista de 10 tijolos ecológicos inovadores:

1- Tijolos ecológicos coloridos feitos de resíduos plásticos encontrados no oceano.

O REPLAST  é um produto desenvolvido pela ByFusion, uma startup estadunidense, que transforma o lixo plástico dos oceanos em blocos de construção, sem o uso de colas ou adesivos. A produção do material emite 95% menos gases poluentes do que um bloco de concreto tradicional.

tijolos ecológicos inovadores plástico do oceano
Foto: divulgação

2 – Tijolos feitos com resíduos de escavação da obra

A empresa americana Watershed Materials, desenvolveu um sistema que reutiliza o material residual retirado da obra, através de uma fábrica pop-up instalada no local. Além do reaproveitamento do material, a  iniciativa diminui o transporte de materiais, diminuindo as emissões de gases poluentes..

tijolos ecológicos inovadores
Imagem divulgação Watershed Materials

3 – Tijolos ecológicos inovadores feitos com escombros da guerra de Gaza

O aumento da demanda da construção, a dificuldade de encontrar materiais tradicionais e a disponibilidade da matéria-prima de escombros da guerra, fizeram com que duas jovens engenheiras desenvolvessem os tijolos feitos com cinzas dos escombros.

Tijolos feitos com cinzas de Gaza
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4- Eco BLAC composto de 70% de cinzas

O Eco BLAC foi criado por indianos, e possui em sua composição 70% de cinzas de caldeiras, que são misturadas com hidróxido de sódio, cal e uma pequena porção de argila. Enquanto os tijolos tradicionais vão a 1000 ° C no forno, consumindo grande quantidade de combustível, o tijolo ecológico Eco BLAC pode ser curados à temperatura ambiente, anulando as necessidades energéticas, não emitindo gases nocivos ao meio ambiente.

Tijolo ecológico
Tijolo Eco Blac x Tijolo convêncional

5- Unicef Brick – Tijolo que fornece alimentos, água e abrigo.

O conceito simples e inovador foi desenvolvido pela empresa de design Psychic Factory e visa eliminar o desperdício e os problemas logísticos encontrados no fornecimento de comida e água engarrafada em situações de emergência.

O tijolo tem dois compartimentos – um com alimentos não perecíveis e outro com água. Uma vez que estes são consumidos , os tijolos podem ser preenchido com terra e areia ou rochas, e facilmente empilhados como blocos de LEGO para construir abrigos.

tijolos ecológicos inovadores
Foto: Psychic Factory

6- Tijolo Ecológico de Reciclagem de Pneus

O tijolo ecológico que contém a borracha de pneus usados na sua composição, foi criado pelo empresário Inácio José O. Neto, que patenteou a ideia. Segundo seu criador, o tijolo de borracha tem diversas vantagens; é não-inflamável, contribui para o conforto térmico e acústico do imóvel, é mais leve que os blocos tradicionais, além de diminuir a quantidade de resíduos de pneus nos aterros.

tijolos ecológicos inovadores PET
Imagem Reprodução

7- Tijolos de Mariana

A ideia central do projeto é aproveitar a quantidade enorme de rejeitos que se espalhou por Mariana e no entorno, transformando-as em algo útil, ajudando na reconstrução da cidade. O Tijolos de Mariana é fruto de uma parceria das empresas Grey Brasi, Ecobrick (empresa de tijolos ecológicos) e os alunos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

lama de mariana
Foto: Divulgação

 8- Tijolos ecológicos inovadores feitos a partir de bactérias

O projeto bioMason recebeu o primeiro prêmio no Cradle to Cradle Product Innovation Challenge, por desenvolver um método de cultivar materiais através do emprego de microrganismos. Segundo a startup responsável pela inovação, os quatro materiais tradicionais da construção – concreto, vidro, aço e madeira – possuem altos níveis de energia incorporada e utilizam recursos naturais não renováveis, por isso criaram esses tijolos feitos de cimento biológics altamente resistentes.

tijolos ecológicos inovadores
Foto: bioMason

9 – Tijolos sustentáveis ​​feitos a partir de garrafas descartáveis (PET)

Esse modelo utiliza tereftalato de polietileno (PET) para substituir a areia na composição dos tijolos. A inovação é da pesquisadora argentina Rosana Gaggino do Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Tecnológica (CONICET) que junto com a sua equipe, desenvolveu um processo que recicla garrafas plásticas descartadas.

tijolos ecológicos inovadores PET
Imagem Divulgação

10 – Tijolos ​​feitos com garrafas de cerveja

Na década de 60, a famosa cervejaria holandesa criou a Heineken World Bottle (WOBO). Idealizada pelo então CEO Alfred Heineken, que pensou em diminuir a quantidade de lixo produzido pela empresa, reutilizando a embalagem como material de construção.

Infelizmente elas nunca foram produzidas em escala, apenas 100.000 exemplares, sendo que alguns até foram utilizados para construir uma cabana para Alfred . Atualmente, a Wobo pode ser vista no museu da empresa em Amsterdã , que tem uma parede feita com este material. Com certeza “Freddy”, como era conhecido o idealizador da invenção, estava à frente do seu tempo

tijolo de garrafa de cerveja heineken
Imagem Divulgação

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: A intenção aqui é ressaltar a inovação no uso dos materiais. Mas vale lembrar que todos os tijolos citados são experimentais e ainda não são considerados para fins comerciais. Para que ficasse comprovado a sua sustentabilidade, deveríamos ter a certeza que não são tóxicos, não propagam fogo, que são resistentes, e principalmente deveriam ser testados e aprovados por normas técnicas.