Projeto mais conscientes estão se espalhando pelo mundo, em resposta à crescente conscientização global sobre questões ambientais. Os museus, como guardiões da cultura, não estão isentos dessa responsabilidade. Nos últimos anos, observamos uma notável evolução no desenho de museus sustentáveis.
A preservação adequada de obras de arte requer condições específicas, com temperatura e umidade controlada, para atingir esses objetivos de maneira sustentável é necessário projetos com alta eficiência energética.
Mas para ser sustentável devem ir além da economia de energia, integrar práticas ecoeficientes, em toda a construção e manutenção do edifício. Abaixo citamos alguns exemplos de projetos de arquitetura sustentável em museus:
10 incríveis museus sustentáveis
1- MAR – Museu de Arte do Rio
O MAR foi o primeiro museu sustentável com certificação LEED da América Latina, sendo que o empreendimento recebeu o selo categoria Prata.
O espaço cultural composto por dois edifícios; a Escola do Olhar, construída recentemente com um estilo contemporâneo; e o palacete Dom João VI, construído na primeira metade do século XX. Os dois edifícios interligam-se por uma cobertura em formato de onda.
Para atingir a certificação internacional, utilizou-se diversos conceitos de construção sustentável. O projeto arquitetônico é do escritório carioca Bernardes + Jacobsen.
2- Academia de Ciências de Califórnia – EUA
Considerado um dos museus sustentáveis mais bem conceituados do mundo, recebeu a certificação máxima do USGBC, a LEED Platinum.
Projeto do arquiteto Renzo Piano inaugurado em 2008, possui diversas características sustentáveis, desde seu impressionante telhado verde de 2,5 acres até seu porão de última geração.
O telhado também possui painéis solares, capta o excesso de águas pluviais, fornece isolamento para reduzir o consumo de energia e transforma dióxido de carbono em oxigênio. Além de servir de lar para cerca de 1,7 milhão de plantas, o que o torna um refúgio para pássaros, insetos e muito mais.
3- Museu Biesbosch em Werkendam – Holanda
O museu Biesbosch em Werkendam na Holanda resultado de um projeto liderado pelo Studio Marco Vermeulen, passou por uma reforma sustentável durante oito meses.
Além de outras soluções, acrescentaram-se volumes verdes feitos com vegetação rasteira que fornecem não apenas uma bela estética, mas também a melhoria da eficiência energética do edifício.
4- Museu de Arte Moderna de São Francisco – EUA
O Museu de Arte Moderna de São Francisco nos Estados Unidos, um dos mais grandiosos do mundo, passou por uma ampliação e reforma sustentável durante três anos, acrescentando várias inovações ecoeficientes, o que garantiu ao empreendimento a certificação LEED Ouro.
A reforma e ampliação do edifício original projetado por Mario Botta foi encabeçada pelos arquitetos noruegueses do escritório Snøhetta.
5- Muzeiko -Bulgária
O museu para crianças, projetado por Lee H. Skolnick Architecture + Design Partnership, representa o passado, o presente e o futuro, convidando os jovens a explorar tudo sobre arqueologia até viagens espaciais.
Possui uma série de tecnologias “verdes” para geração e armazenamento de energia, redução de consumo e tem aquecimento através de energia geotérmica.
Além disso, aproveita a água da chuva, utiliza materiais de construção de alta qualidade e ainda possui um telhado verde.
6- Museu de Arte de Aspen – EUA
A arquitetura do museu baseou-se em uma malha de madeira feita de um material sustentável chamado Prodema – um composto de papel e resina encaixado dentro de um folheado de madeira.
Projetado por Shigueru Ban, possui diversas características sustentáveis que vão desde a iluminação natural que penetra através da construção (via piso de vidro) e reduz a necessidade de eletricidade, tratamento de a água da chuva, uso de pisos permeáveis e materiais renováveis até um processo construtivo com baixíssima geração de resíduos
7- PAMM – Museu de Arte de Miami- EUA
Projeto de Herzog & de Meuron, o edifício foi desenhado para se adequar ao clima tropical de Miami. Por isso foi classificado pelo próprio Herzog como um exemplo de arquitetura vernacular para a cidade.
O paisagismo é projeto do famoso botânico Patrick Blanc que usa suas técnicas de horticultura avançadas e cria um jardim vertical com plantas tropicais nativas penduradas entre as colunas estruturais.
8- MuSe- Museu de ciência de Trento -Itália
Este museu de ciências italiano inaugurado em 2013, utiliza tecnologia de ponta para minimizar seu impacto no meio ambiente, e possui a certificação LEED ouro.
Projetado por Renzo Piano, utiliza uma variedade de fontes de energia renováveis, incluindo energia solar. Além de elementos de design como janelas, espessura das paredes e persianas maximizam o desempenho energético do edifício.
Também reaproveita a água da chuva para os sanitários, a estufa e o aquário.
Utilizou-se materiais de origem local sempre que possível para minimizar a poluição proveniente dos transportes.
Além disso, o museu incentiva os visitantes a considerarem a sua viagem, as vagas de estacionamento são limitadas e o museu é facilmente acessível de bicicleta ou de transporte público
9- Museu de História de Ningbo – China
Considerado a obra prima do arquiteto vencedor do Prêmio Pritzker de 2012, Wang Shu.
O museu foi construído a partir de escombros, utilizando técnicas tradicionais e mão de obra local, o museu assemelha-se a uma montanha invertida e é dedicado à cultura e arte da região de Ningbo, na China.
10-Museu do Amanhã – Rio de Janeiro
Apesar de polêmico, o projeto do renomado arquiteto espanhol Santiago Calatrava, gerenciado pelo escritório Ruy Resende, também recebeu a certificação LEED nível ouro.
Destaca-se pelas questões relacionadas ao transporte; gerenciamento das águas (enchentes); tratamento e colaboração com a limpeza das águas da Baía de Guanabara. Assim como a utilização de materiais ambientalmente amigáveis e renováveis; gestão energética extremamente eficiente; redução do consumo de água; entre outras.
Esses museus demonstram como é possível adotar práticas sustentáveis em edifícios históricos, tanto em reformas como em novas construções, reduzindo o impacto ambiental e promovendo a conscientização sobre questões de sustentabilidade.